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Ezio Alves de Carvalho Junior Francisca Edivanuse Rafael Gomes

Este trabalho apresenta uma pesquisa sobre a história da docência, desde a Antiguidade até os tempos atuais. Aborda alguns protagonistas importantes e como o papel do docente evoluiu ao longo do tempo, passando da Idade Média para a Modernidade e chegando à contemporaneidade. Reflete também sobre as possibilidades e desafios da profissão docente nos dias de hoje.
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Ezio Alves de Carvalho Junior Francisca Edivanuse Rafael Gomes

Este trabalho apresenta uma pesquisa sobre a história da docência, desde a Antiguidade até os tempos atuais. Aborda alguns protagonistas importantes e como o papel do docente evoluiu ao longo do tempo, passando da Idade Média para a Modernidade e chegando à contemporaneidade. Reflete também sobre as possibilidades e desafios da profissão docente nos dias de hoje.
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FACULDADE CATÓLICA DE ANÁPOLIS

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO


ESPECIALIZAÇÃO EM DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA

O PROCESSO HISTÓRICO DA DOCÊNCIA

EZIO ALVES DE CARVALHO JUNIOR


FRANCISCA EDIVANUSE RAFAEL GOMES

ANÁPOLIS – GO
2012
EZIO ALVES DE CARVALHO JUNIOR
FRANCISCA EDIVANUSE RAFAEL GOMES

O PROCESSO HISTÓRICO DA DOCÊNCIA

Trabalho de Conclusão de curso apresentado


à coordenação do curso de Docência
Universitária como requisito parcial para
obtenção do título de Especialista em
Docência Universitária, sob a orientação do
Profº. Ms. Robson Luis de Araujo.

ANÁPOLIS – GO
2012
EZIO ALVES DE CARVALHO JUNIOR
FRANCISCA EDIVANUSE RAFAEL GOMES

O PROCESSO HISTÓRICO DA DOCÊNCIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à coordenação do Curso de


Especialização em Docência Universitária da Faculdade de Anápolis como requisito
para obtenção do título de Especialista.

Anápolis-GO, 22 setembro 2012.

APROVADA EM: _______/_______/_______NOTA_______

BANCA EXAMINADORA

________________________________________
Profº. Ms. Robson Luis de Araujo
Orientador

________________________________________
Profª. Esp. Aracelly R. Loures Rangel
Convidada

________________________________________
Profª. Ms. Elaine Abrahão Amaral
Convidada
AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus por mais esta vitória em estar finalizando a


Especialização em Docência Universitária. Aos profissionais deste Centro de Ensino,
pela colaboração na pesquisa realizada. A família e aos colegas. Em especial aos
nossos filhos.
RESUMO

Este trabalho pretende partilhar uma pesquisa bibliográfica específica de conclusão


de curso em Docência Universitária, na qual tem como objetivo manifestar as
diversas formas e culturas que perpassaram a história docente/discente e visualizar
alguns dos principais atuantes e pesquisadores em educação. Com preocupação
não só na contemporaneidade, mas no que diz respeito a ter herdado ou não do
ensino e prática docente da história educacional. Trabalho realizado através de
pesquisa científica que lida com a cultura educacional antiga e atual, atenuando a
educação na idade antiga, média, moderna e contemporânea onde nos
encontramos inseridos. Fundamentado no conteúdo de História da Educação do
antigo “direito de educação” ao novo “direto à educação” escrito por A. Reis
Monteiro que caracteriza a educação como direito do homem representado como
um novo capítulo na história. Baseado ainda nas idéias de Selma Garrido Pimenta,
em Estágio e Docência, fonte bibliográfica que fala das atribuições e compreensão
clara do conhecimento no mundo, como poder de transformação e possibilidade
criativa. Apresenta uma retrospectiva pelo qual se examina pontos levantados no
desenvolvimento do profissional e construção da trajetória a partir de experiência do
docente, condição contemporânea e seu caminho, que ora ganha corpo onde a
cultura foi se ampliando, outra o papel da educação foi se transformando e perdendo
o valor do profissional. Também reflete sobre as ações elaboradas por alguns
protagonistas mencionados. Dessa forma enfatizam-se conexões entre a história
antiga e a contemporaneidade docente, de forma ampla e flexível, realçando e
buscando compreender o conceito de educação, que deram início à construção de
caminhos que se direcionam a uma nova perspectiva de ensino na atualidade.

Palavras-chave: Docência. História Educacional. Protagonistas.


ABSTRACT

This paper intends to share a specific literature search of completion in University


Teaching, which aims to demonstrate the various forms and cultures that have
permeated the history teacher / student and view some of the major players and
researchers in education. With concern not only in the present, but with regard to
whether or not to have inherited the teaching and practice of teaching educational
history. Work done through scientific research that deals with the former and current
educational culture, education in alleviating old age, medium, modern and
contemporary where we find inserted. Based on the contents of the History of
Education of the old "right to education" to the new "right to education" written by A.
Reis Monteiro featuring education as a right of man represented as a new chapter in
history. And Selma Garrido Pepper on stage and Teaching, speaking and clear
understanding of the tasks of the knowledge in the world, such as processing power
and creative possibility. We present a retrospective by which examines issues raised
in the professional development and construction of the path from the teaching
experience, contemporary condition and its path, which now gains body where
culture was expanding, another was the role of education is transforming and losing
the value of the professional. It also reflects on the actions made by some
protagonists mentioned. Thus to emphasize connections between history and
contemporary teaching, broadly and flexibly, highlighting and trying to understand the
concept of education, which initiated the construction of paths that are directed to a
new perspective on teaching today.

Keywords: Teaching. History Educational. Protagonists.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 07

1 BREVE RELATO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ................................................... 09


1.1 ALGUNS PROFISSIONAIS QUE PROTAGONIZARAM A HISTÓRIA
EDUCACIONAL ........................................................................................................ 10
1.2 O DOCENTE NA ANTIGUIDADE........................................................................ 12
1.3 O DOCENTE NA IDADE MÉDIA ......................................................................... 15
1.4 O DOCENTE NA IDADE MODERNA .................................................................. 18
1.5 O DOCENTE CONTEMPORÂNEO ..................................................................... 19

2 HISTÓRIA DOCENTE E CONSIDERAÇÕES ........................................................ 20


2.1 POSSIBILIDADES NA PROFISSÃO DOCENTE ................................................ 21

3 SER DOCENTE ..................................................................................................... 24

CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 28

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 30
7

INTRODUÇÃO

A ideia de desenvolver uma pesquisa voltada para o campo da docência


deu-se por acreditar que, a história docente tem passado por profundas
transformações no meio educacional. Por isso, esta pesquisa desempenha um papel
importante permitindo aprofundar pontos levantados no desenvolvimento do projeto,
sendo úteis as informações que resulta neste texto.
Para abordar a história docente vê-se a necessidade de direcionar os
estudos no sentido de um maior esclarecimento dos fatos relevantes para a melhor
compreensão deste trabalho, para isso, será levantado um breve histórico da
docência, enfatizando o espaço geográfico onde o indivíduo está inserido e voltada
para a formação de educadores como agente de transformação social, pois esta
pesquisa abrange a educação desde a antiguidade, perpassando a idade média,
idade moderna e a contemporaneidade.
Estes registros documentam a história da docência que perpassam os
tempos e várias décadas traçando uma linha do tempo, refletindo a herança
educacional, e momentos históricos da educação que ainda se fazem presentes na
docência.
A partir das pesquisas realizadas foi possível conhecer e compreender
melhor o ensino e a importância deste conhecimento para a compreensão do
presente, porque ainda hoje se vêem heranças que fazem parte da docência, vindas
de outros períodos educacionais. Assim motiva-se para o desenvolvimento desse
trabalho, a fim de possibilitar a busca de respostas sobre a evolução da docência e
sua relação com o outro e com o mundo.
Os professores são profissionais importantes no processo de mudança da
sociedade, sendo assim, estes profissionais precisam estar em busca de
interferência na realidade educacional, assim como ressalta Pimenta, (2008, p. 11),
“buscar uma efetiva interferência na realidade educacional por meio do processo de
ensino e de aprendizagem”. Com isso percebe-se que a educação (aqui
representada pelo docente) está se aperfeiçoando sempre, por isso a cada dia
pesquisadores e universidades vem estudando meios que aproximem o discente do
docente. São práticas e teorias que estão sendo sempre revistas e aperfeiçoadas.
8

Pimenta (2008), em Estágio e Docência fala do “Ser Docente” na


contemporaneidade, onde se tem novas exigências acrescidas ao profissional da
educação.

Na sociedade brasileira contemporânea novas exigências são


acrescentadas ao trabalho dos professores. Com o colapso das velhas
certezas morais, cobra-se deles que cumpram funções da família e de
outras instâncias sociais; que respondam a necessidade de afeto dos
alunos; que resolvam os problemas da violência, da droga e da indisciplina,
que preparem melhor os alunos [...], (PIMENTA, 2008, p. 14).

A família tem transferido para a escola sua responsabilidade, tanto no que


diz respeito à educação quanto de carinho e amor. No entanto, os profissionais
educacionais, por mais que se esforcem, não conseguem exercer a função deixada
pelos pais. São mostras complexas da realidade que outrora na docência se
confrontava com experiência não humana, com ensino pré-elaborado. Pimenta
(2008) fala também do trabalho docente de forma que o conhecimento dos alunos
seja um processo formativo e significante entre o contexto de suas vivencias e que,
são atribuições que ultrapassam o plano individual, mas que coletivamente podem
apontar caminhos para o enfrentamento dessas novas demandas, observando ainda
que estes profissionais (docentes) exercem papel imprescindível para a mudança
social, uma vez que muitas vezes eles são o contato mais próximo e íntimo que uma
criança recebe.
Abordando a pesquisa como instrumento para mostrar resultados a esses
alunos, assim sendo nesta coleção Docência em Formação, essencialmente no que
aborda Estágio e Docência, apontam caminhos, finalidades, desafios e fundamentos
que os direcionam a planejar, refletindo sobre o espaço de formação, tendo a
pesquisa como eixo.
A partir dessas concepções a fim de aprofundar na história da docência,
aqui será expresso à docência universitária. No capítulo 1- breve relato histórico;
será abordada parte da história da educação. No capítulo 2 trata da linha do tempo;
onde se fala da história docente e considerações. No capítulo 3 aborda-se o ser
docente, percorrendo a trajetória de construção desses “ser”.
9

1 BREVE RELATO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO

Dentro das diversas abordagens educacionais, a escolhida como


proposta deste trabalho de conclusão de curso em Docência Universitária foi à
própria docência, como elemento de investigação da história educativa. Buscou-se
conhecer o passado para entender o presente e assim agir de forma mais ordenada
diante das dificuldades apontadas diariamente no contexto educacional.
O desenvolvimento deste processo de pesquisa fundamenta-se em
Estágio e Docência, no qual os autores deixam sua contribuição para formação de
qualidade dos profissionais educacionais, sendo que estes abordam o estágio como
processo fundamental para a prática educativa. É proposto um paralelo no que diz
respeito à História da Educação do antigo entre o “direito de educação” ao novo
“direto à educação”, analisando semelhanças e divergências tanto na educação
quanto na docência.
A proposta de Estágio e Docência conduz os professores, a pesquisar e
tornarem-se investigadores de suas próprias práticas e inquietudes. Porém com
base nos estudos, esta proposta de trabalho monográfico conectou com o histórico
do ensino vinculando a prática docente contemporânea, apresenta a oportunidade
de um conhecimento maior da cultura educacional e realiza um papel de colaborador
para o enriquecimento cultural.
Este trabalho abordar parte da educação onde se trata dos direitos e
deveres dos docentes em épocas diversas, perpassa o ensino pelo contexto
histórico da educação na antiguidade, idade média, moderna e contemporânea, para
assim compreender melhor as atividades dos docentes no decorrer do caminho
percorrido.
Através das pesquisas realizadas no desenvolvimento deste trabalho de
Conclusão de Curso de Docência Universitária, que culmina nesta escrita, têm-se a
possibilidade de ampliar o modo que se pensa sobre ela, assim, adiciona
experiências, a partir de observações, reflexões onde deve enfatizar caminhos,
avanços, conquistas, dificuldades e aprendizagens, além de traçar novos caminhos
significativos e desafiadores.
Refletir sobre a trajetória docente e discente possibilita o embasamento
no qual se torna possível experimentar diferentes métodos de pesquisas com a
certeza de que ele é eficaz para o desenvolvimento educacional. Esta pesquisa
10

seguiu para evidenciar a cultura e tradições educacionais através de estudos em


artigos científicos, internet e livros.

Na formação de professores, os currículos devem considerar a pesquisa


como princípio cognitivo, investigativo com alunos a realidade escolar,
desenvolvendo neles essa atitude investigativa em suas atividades
profissionais e assim tornando a pesquisa também principio formativo na
docência, (PIMENTA, 2008, p. 17).

Assim, despertar nos indivíduos, valores e possibilidades de articulação e


percepção entre a docência e a cultura existente na atualidade, é fundamentalmente
investigativo, pois o aluno se torna sujeito de sua aprendizagem e o professor um
pesquisador inovador, que não deixa de investigar coisas novas em profundidade,
visando ampliar a exploração de vestígios culturais e construção de conhecimentos.
Para possibilitar o conhecimento Leão (2009) cita que: segundo a “teoria
de Vygotsky, o aprendizado esta relacionado ao desenvolvimento”.

Os alunos geralmente reclamam de estudar e repetir certos tópicos. Acham


que a ênfase não os motiva. Isso ocorre porque os alunos não dominaram a
habilidade de olhar para os assuntos abordados como coisas diferentes em
grande profundidade. Dos estudos sobre a percepção, entretanto, é sabido
que o significado muda à medida que mudamos o ponto e a perspectiva
através das quais nós observamos. Detalhes previamente esquecidos
podem, de repente, tornarem-se extremamente importantes. Depois de
mudarmos as metas ou depois de obtermos informação adicional, o
significado de alguma coisa familiar também muda. Muitas são as invenções
e descobertas através do uso deliberado de métodos que tornavam o
familiar estranho e estranho familiar, (LEÃO, 2009, p. 190).

Diante disso, o professor que propõe o ensino numa perspectiva de


integrar diferentes habilidades para o desenvolvimento de pesquisas por meio de
investigação de sua história, busca despertar um olhar mais aguçado e evidenciam-
se registros do passado que trazem à contemporaneidade culturas diferenciadas e,
algumas vezes, presentes, pois estas podem ser propícias ao aprendizado, assim
modifica a sua prática em razão das necessidades reais da sociedade em que está
inserido.
11

1.1 ALGUNS PERSONAGENS QUE PROTAGONIZAM A HISTÓRIA


EDUCACIONAL

Nesta perspectiva de construir conhecimento sobre a ação pedagógica


através da docência, fez-se de fato necessário o conhecimento de alguns
movimentos educacionais e alguns de seus precursores. Basicamente apóia-se na
história educacional e em alguns pioneiros da educação, os quais ponderam a
valorização das relações entre as gerações e seus movimentos.
A educação atual é parte de um movimento onde Vitorino de Feltre 1
docente (1378-1446) considerado como pioneiro de uma nova educação, ou seja,
educação para todos, pois começou a atuar como docente para os filhos de um
príncipe, atraindo assim filhos de elite, e posteriormente buscou uma educação
voltada para as crianças pobres, porém com diferença da contemporânea, pois era
de fato gratuita, mas apenas para crianças dotadas.

Vitorino de Feltre praticamente nada escreveu. O que se sabe da Casa


Giocosa deve-se a ex-alunos, que unanimente fizeram o seu elogio. Era
uma educação humanista, na acepção histórica e ética do termo, respeitosa
da dignidade e individualidade de cada criança, harmoniosa, em que a
educação física tinha um importante lugar, marcada pela doce
personalidade do mestre. Na opinião de Debesse, Vitorino de Feltre
aparece-nos essencialmente, hoje, como um educador genial. Representa,
como mais tarde Pestalozzi, o gênio pedagógico, (MONTERIO, 2006, p. 94).

Falar na história educacional e citar nomes dos protagonistas que fizeram


e ainda fazem parte dela, é uma aventura que seria de suma importância para
exprimir a ideia que se tem da docência, porém fica inviável, devido ao grande
número de autores. Então se opta por citar alguns e dentre estes podem ponderar
os que foram personagens principais para situação transitória, e favorecem como
exemplo a educação atual.

1
Vitorino de Feltre (1378-1446) é citado como o primeiro precursor do espírito da Educação Nova, com a sua
Casa Giocosa (Casa do Jogo ou Casa Alegre) em Mantua (Itália), onde foi chamado pelo príncipe Gian
Francesco de Gonzaga para educar seus filhos, por volta de 1423. O nome vem da ex-residencia de diersao
(Casa Zojosa) posta a sua disposição, próxima do Palacio ducal, num parque verde com um lago, repuxos de
água e alamedas. A sua reputação atraiu filhos de outras famílias nobres italianas e estrangeiras, mas Vitorino
criou, ao lado, uma escola gratuita para crianças pobres, mas dotadas.
12

Um dos nomes que é muito referido na história educacional é Pestalozzi,


este idealizou a escola que está presente na contemporaneidade onde todos têm
acesso, sem exclusão por serem pobres.

A aventura pedagógica de Pestalozzi começou por volta de 1775, quando


acolheu em sua casa, em Neuhof, algumas dezenas de crianças pobres,
mais ou menos abandonadas, para reeducá-las e ensinar-lhes um ofício.
Juntar a formação geral e profissional é a primeira característica da sua
concepção pedagógica. A esperança de que a sua escola pudesse auto-
subsistir através do trabalho dos alunos não se confirmou e teve de fechar,
em 1780. Foi durante as duas décadas que se seguiram (época em que
morreu sua mulher) que Pestalozzi escreveu algumas das suas obras
principais [...], é lhe atribuído o titulo de Cidadão Honorário da Revolução
Francesa, (MONTEIRO, 2006, p. 95).

Logo Pestalozzi começa a aplicar seus métodos e atrai uma variada


clientela, alguns observadores defendem a idéia que o seu método impulsiona a
criança a ser gerador de liberdade autônoma.
Jean Piaget defende os cidadãos livres, e por esse motivo critica, como
mostra Monteiro (2006, p. 109), “autoritarismo e verbalismo da escola tradicional”,
iniciando a “evolução social e da pedagogia nova”.
Os autores citados acima são protagonistas da educação e seus
principais métodos ainda fazem parte da educação na atualidade. São princípios
filosóficos que partiram do século XIII ao XIX, e podem ainda servir de exemplo a
necessidade que se tem para sustentar teoricamente a nossa história docente, pois
apontam traços e laços entre si.
O processo docente tem se estruturado através de filósofos que pensam
e repensam na melhoria para a educação, procuram soluções nos conflitos
existentes entre as diversas teorias, mesmo que seja de forma temporária,
apresentam alguns problemas e conseguem uma pequena melhoria nas deficiências
constatadas no ensino anterior, assim uma completa a outra.
Conforme visto, a educação é o retrato de todo o processo histórico de
cada região. Aqui no Brasil não seria diferente, pois a cada fase da história uma
nova evolução para educação e consequentemente para o ser docente.
Este trabalho está basicamente fundamentado na História da Educação
do antigo “direito de educação” ao novo “direto à educação” escrito por A. Reis
Monteiro que a caracteriza como direito do homem representado como um novo
capítulo na historia, e ainda nas considerações de Selma Garrido Pimenta, em
13

Estagio e Docência, que fala das atribuições e compreensão clara do conhecimento


no mundo, como poder de transformação e possibilidade criativa.

1.2 O DOCENTE NA ANTIGUIDADE

Estudos sobre o papel do professor como agente de transformação social,


é o grande impulso na educação contemporânea. Estas reflexões levam a uma
viagem histórica do desenvolvimento docente e fatos complexos de lutas pela
defesa dos direitos educacionais, bem como as dificuldades enfrentadas pelos
docentes para adaptação a uma nova realidade. .

A história da educação pode ser reveladora e proveitosa num sentido ainda


mais amplo. Porque, sendo a história das diversas maneiras como, através
das idades e das civilizações, se formou o indivíduo para o seu papel de
homem na sociedade onde tinha de viver, constitui, no fundo, uma
verdadeira história do homem, ou antes, da idéia que dele se fez através da
história. [... Sendo] parte essencial da história da humanidade, ela é o
aspecto mais profundo, talvez, da história da civilização, (GAL, 1948, p. 7).

Sendo assim, é importante compreender que as referências à


humanidade2 que se fizeram presentes, contribuem e enriquecem fundamentos
históricos da educação. A partir daí pode-se observar que métodos são
diferenciados conforme a classe docente, isso ocorre desde as comunidades
primitivas, por exemplo, a prática pedagógica dos professores são diferenciadas de
acordo com sua idade ou tempo de serviço, isto se deve ao fato de terem vivido em
contextos diferentes. [...] No entanto, é evidente o ajustamento da criança ao seu
ambiente físico e social por meio da aquisição da experiência de gerações
passadas, característica essa, essencial ao processo educacional (MONROE, 1987,
p.1)

Portanto, tendo em vista os vários conceitos de educação e a forma como


ela acontece, tenta-se delimitar o campo de investigação educativo, porém é
impossível distinguir as modalidades, setores e tipos de educação uma vez que
estão sempre intercaladas. Conforme as concepções pragmáticas3 percebe-se que a

2
Refere-se aos povos primitivos.
3
As concepções pragmáticas concebem a educação como um processo imanente ao desenvolvimento humano
cujo resultado é a adaptação do individuo ao meio social. Por isso, educar-se é desenvolver-se, é auto-atividade
provocada pelos interesses e necessidades do organismo, suscitados pelo ambiente físico e social.
(RODRIGUES, 2008, p. 20)
14

educação é um processo imanente ao desenvolvimento humano, cujo resultado é a


adaptação do indivíduo ao meio social.
O ensino se diferencia conforme as classes sociais, além das
desigualdades ainda existe a imposição que sejam diferentes no que tange a
educação. Se as pessoas são adaptáveis ao meio em que vivem, dessa forma a
educação como privilégio de alguns e outros que eram de classes sociais distintas.
As desigualdades sociais, hoje chamadas de etnocentrismo e estereótipos, julgam e
generalizam os padrões culturais, desqualificando-os e negando-os.

Políticas socioeducacionais e praticas pedagógicas inclusivas, voltadas a


garantir a permanência, a formação e qualidade, a igualdade de
oportunidades e o reconhecimento das diversas orientações sexuais e
identidades de gênero [e étnico-raciais], contribuem para a melhoria do
contexto educacional e apresentam um potencial transformador que
ultrapassa os limites da escola [...], (CARRARA, 2009, p. 33).

Visto que, na antiguidade o que se destaca é a pedagogia oriental, pois


aqui inicia à educação formal, com propostas não exclusivas pedagógicas, mas com
preocupação em suas regras e ideais que enquadram em sistemas religiosos morais
e tradicionalistas, com normas e costumes a serem seguidos.

Com os povos da Antiguidade oriental, nasce a educação formal. Não


existem propostas exclusivas pedagógicas, mas as preocupações com a
educação perpassam pelos livros sagrados. Eles oferecem regras, ideais de
conduta e orientação para o adequado enquadramento das pessoas nos
rígidos sistema religiosos e morais que obedecem também às divisões
sociais. Pelo seu caráter tradicionalista, as sociedades pretendem perpetuar
costumes e normas que nuca devem ser transgredidos. Portanto, jamais
devem ser discutidos os preceitos cujos princípios se encontram nos livros
sagrados, (MELLO, 2006, p. 23).

Nessa perspectiva, a pesquisa realizada nutre o que hoje esta em estudo,


observando a diferença entre alfabetização e letramento que se voltam à distribuição
por região, sexo, idade, nível social entre outros.
Outro ponto importante da docência na antiguidade é que; há uma grande
preocupação com a moral e dentro deste aspecto percebe-se a educação familiar
até certa idade dos filhos. Onde homens educam filhos e mulheres educam filhas,
cada um a seus afazeres, percebe-se também a diferenciação entre filhos e filhas e
grau superior somente para elite, assim como afirma Aranha (1989), “esse tipo de
15

educação, atenderá aos filhos da elite, prepara-os para o exercício da cidadania,


especialmente na arte de bem falar e convencer”.

O ofício de professor, da mesma forma que qualquer outro em que se


ganhava salário, era desprezado pelos romanos. O pagamento dos mestres
era muito exíguo, a ponto de serem forçados a exercer conjuntamente
outros ofícios, como o de copistas. Contribuía para isso o fato de que, em
princípio, o professor não estava legalmente autorizado a cobrar de seus
alunos, nem mesmo receber presentes, (ARANHA,1989, p. 41).

Atualmente, vê-se ampla gama de conhecimentos exigidos na formação


do homem culto, no qual eleva o papel do educador. Outrora o ofício de professor
era imperceptível e não recebiam salários, por tais motivos exerciam outras funções,
pois não estavam legalmente autorizados a receber qualquer tipo de pagamento
pelos seus serviços e nem era remunerado mensalmente como hoje.

1.3 O DOCENTE NA IDADE MÉDIA

Esse trabalho traz a oportunidade, não só de observar realidades


distintas, mas também de pensar em como atuar sem distingui-las ou tratá-las
diferentemente, uma vez que a antiguidade se liga a modernidade pela evolução
histórica que foi se desenvolvendo com o passar do tempo e com as novas
exigências surgidas da globalização e da evolução tecnológica.
Pensar a docência como um espaço de atuação do professor pesquisador
é muito instigante. Repensar a proposta é saber que ela se modificará cada vez que
ir e voltar e estas questões que nos movem em direção à busca de soluções e de
novos questionamentos, atitude necessária em um mundo que está em constante
evolução. Neste tópico abordam-se alguns pontos da educação na idade média,
idade marcada por turbulências e grandes discussões e assertivas em nome da
cultura. Mancini (2006) afirma que:

[...], posteriormente esses dogmas são questionados e novas idéias


começam a surgir. No período das invasões bárbaras e da decadência do
Império Romano, as escolas leigas e pagãs continuaram a existir em
algumas cidades, ensinando as sete artes liberais Houve inúmeras
tentativas de não deixar que o clero dominasse a cultura Greco-romana
que, ate então, impingia a liderança nas escolas. Esses ensinamentos eram
baseados no trivium e no quadrivium, conhecimentos que continuaram a
integrar o currículo das escolas medievais, (MANCINI, 2006, p. 64).
16

Cultura essa que se herda o sistema de ideias e de valores, que


perpassam a história docente à contemporaneidade. São valores controversos ao
modelo que se anseia para a educação, onde os professores atuam como
profissionais criativos e críticos. Porem ensinar as sete artes4 é conhecimento que
continuam nos dias atuais.
Na idade média, tinha-se um conceito diferenciado de ensino, mesmo que
nas escolas ele deveria ser gratuito, o docente poderia receber presentes, não
pagamentos pelas aulas, pois isso era considerado como um abuso aos hábitos.
Como se vê em história da educação:

Nessas escolas, o ensino deveria ser gratuito e o mestre não poderia


receber qualquer tipo de remuneração, o que não o impedia de aceitar os
presentes que os alunos lhe davam. Muitas vezes, alguns mestres
acabavam se deixando seduzir e aceitavam dinheiro dos estudantes,
(MANCINI, 2006, p. 65).

A educação era reservada, especialmente às elites e aos melhores, a fim


de torná-los ainda melhores que seus antecessores, tornando-os guardiões
superiores por excelência por estarem mais próximos da Divindade, como visto na
história educacional.

A educação é, porém, exclusivamente para a elite dos „guardiões‟‟ da


Cidade ideal, não para as classes inferiores: exclui os escravos porque são,
na sua grande maioria, prisioneiros de guerra, bárbaros, “coisas”; e exclui
os artesãos, comerciante e trabalhadores em geral, porque tem natureza
medíocres, (MONTEIRO, 2006, p. 34).

Neste período a educação se destacava para homens e principalmente


para a religião, aquelas pessoas que se dedicavam e acreditavam na existência
Divina. Já a educação feminina quase não existia, raros casos podem ser relatados,
e na maioria quando se tinha classe social privilegiada. Assim como ressalta
Mancini:

4
Artes liberais= trivium (gramática, retórica e dialética) e o quadrivium (aritmética, geometria, música e
astronomia)
“As matérias que compuseram o trivium (gramática, retórica e dialética) e o quadrivium (aritmética, geometria,
música e astronomia), assim sistematizadas por volta dos séculos V-VI e alvo de acréscimos e remodelações
com o aparecimento das universidades nos séculos XII-XIII, podem ser consideradas a base mais coesa para
qualquer reflexão sobre o assunto. Foi para esse cerne que o homem da Idade Media fez convergir a sua
curiosidade intelectual, instrumento indispensável ao posterior desenvolvimento da filosofia, da teologia, da
jurisprudência e da literatura em língua vulgar” (FRIAÇA ET.al., 1999, p. 7 )
17

A mulher pobre trabalha duramente ao lado do marido e, como ele,


permanece analfabeta. As meninas nobres só aprendem alguma coisa
quando recebem aulas em seu próprio castelo. Neste caso, estudam
musica, religião e rudimentos das artes liberais, alem de aprender os
trabalhos manuais femininos, (MANCINI, 2006, apud ARANHA,1996, p. 68).

Porém, neste período, havia também os que as defendiam, acreditavam


que estas mulheres poderiam assumir papéis importantes quando adultas, assim o
estudo chega à cidade conforme a sua emancipação e a educação feminina
acontece, em meados do século VI. A partir daí, se a educação fosse de ordem
religiosa, pelo menos não dependia mais da classe social e o preconceito com as
mulheres foi diminuindo gradativamente, pois muitas delas se destacaram e
começaram a exercer suas profissões sem autorização de seus esposos. Com isso
pode-se perceber o início de mudanças sociais e educacionais.
Ressaltar o ensino discriminatória feminino foi de suma importância, pois
como retrata Ribeiro (2010, p. 12), “a educação feminina restringia-se a boas
maneiras e prendas domesticas”, assim fica claro que na antiguidade as mulheres
não podiam fazer parte dele, no entanto hoje sexo feminino é a maior parcela de
alunos dentro de uma Instituição Educacional.
A partir do século XVIII, reconhece como a primeira mulher a formar em
medicina Maria Montessori que estudou o comportamento de jovens com atrasos
mentais, sendo de formação religiosa, porém acreditava no ser humano em sua
capacidade de desenvolvimento, desde que houvesse ambiente favorável.

Pelas suas convicções (e também pela sua formação religiosa), tinha um


verdadeiro culto pela criança. Acreditava na bondade da sua natureza e nas
possibilidades de uma criança em quem se confia. Por isso, o mais
importante é criar um ambiente favorável ao seu livre desenvolvimento. Esta
é a pedra angular do seu pensamento pedagógico, que esta na origem dos
materiais didácticos que fizeram a sua fama, designadamente um mobiliário
literalmente a altura e à medida das crianças, (MONTEIRO, 2006, p. 119).

Logo em seguida surgem às universidades que naquela época não


seguiam um modelo, porém vinham de movimentos corporativos, onde as pessoas
que se interessavam em ampliar seus estudos se reuniam para trocarem idéias.
A partir do século XIII constroem-se universidades onde as regras eram
estabelecidas pelos próprios fundadores, estes mandavam e desmandavam,
alteravam o quadro de docentes quando os julgavam incompetentes no exercício de
18

suas funções. Observa-se também que a disciplina mestre era o direito e logo em
seguida a medicina que exigia maior idade e um bom nível social.
Assim, os dogmas religiosos começaram a serem ameaçados com a
abertura crescente de novas universidades.

Funcionando como centro de grande atividade intelectual, as universidades


começaram a ameaçar o dogmatismo da Igreja Católica, fazendo com que
esta criasse a Inquisição, que se espalhou pela Europa a partir do século
XII. “As ordens religiosas, como a dos dominicanos, assumem o trabalho de
manter a ortodoxia religiosa, com censura e rigor, determinando a punição
dos dissidentes, a queima de livros e dos seus autores”, (ARANHA, 1996, p.
81).

Passa a busca pela expansão do cristianismo e a disputa das


universidades com clérigos e civis5, em mostrar as descobertas que eram contrarias
às ideias religiosas.

1.4 DOCENTE NA IDADE MODERNA

Conforme aponta Bettini, (2006, p.80), “à decadência de valores e de


relações, políticas e sobretudo econômicas, contrapõe-se um processo histórico que
marcha para a constituição de novos mundos, de conhecimento e de práticas”.
Assim torna-se necessário ressaltar que a preocupação com uma reforma que iria
vir, marcada por variados fatores6, se contrapõe a educação com avanços em
alguns países, pois que ao mesmo tempo em outras reformas liberadas marcam
transformações sociais, políticas e econômicas.

[...] constitui a base de um programa pedagógico formativo em que os


clássicos são efetivamente modificados e postos a serviço dos objetos
religiosos daqueles jesuítas. O núcleo do documento é a rígida
normatização da disciplina, que abrange toda a organização da vida no
colégio, (BETTINI, 2006, p.86).

5
Clerigos = s.m. Aquele que recebeu a tonsura; indivíduo que pertence à classe eclesiástica ou que tem ordens
sacras.
Civis = O que não é militar ou religioso.
6
Que são: uma crise demográfica, marcada pela peste negra; uma crise de Estados, em que o poder dos
Estados nacionais e das comunas tende a se expandir não apenas dentro dos limites geográficos europeus, mas
também rumo ao mundo que se mostra peãs cartas elaboradas pelos cartógrafos quatrocentistas, como
horizonte a ser desvendado
19

As mudanças da época trouxeram a possibilidade de reorganização do


ensino, ainda em controle dos bispos, onde se intitulavam os seminários para
educação religiosa e evidente ignorância do clero, durante o século XV e XVI.
Logo no século XVIII a educação atende aos novos valores sociais em
diferentes espaços, mas com críticas as tradições e tudo mais que representasse o
passado, isso criados pela burguesia.

1.5 O DOCENTE CONTEMPORÂNEO

Quando se emerge na pesquisa em busca de novos conhecimentos,


coisas comuns, banais, que se codificam ou se re-significam, que se assemelham ou
diferenciam no sentido de explorar o conhecimento, trazem saberes e aprendizado
que emanam desses arquivos, colaborando para a ampliação dos conhecimentos e
a identificação com aquilo que nos constitui, torna-se familiar o que outrora causava
estranhamento.
A possibilidade de ser o professor investigador produz conhecimentos e
vivências às dificuldades do processo docente, os resultados que transformadores e
pelos quais podem perceber o conhecimento de forma crítica. Guimarães fala do
olhar, que aqui aplicado, da liberdade de ser sim um professor reflexivo em todos os
campos educacionais.

[...] buscando descobrir em cada um a cidade que habita, que se foi


construindo ao longo dos tempos e que podem representar a possibilidade
de ir consolidando um olhar mais apurado – olhar critico e mais sensível
para o contexto e o meio ambiente. Aqui temos a transição de um olhar
indiferente rumo a um olhar reflexivo, olhar que pergunta, olhar que indaga,
(GUIMARÃES; OLIVEIRA, 2010, p. 56).

Ate chegar aqui passou-se por momentos educacionais que mostram a


evolução e não evolução do ser docente, visto que Vale (2006) ressalta a
importância de:

[...] compreender o papel central da revolução política ocorrida na França no


período de 1789 a 1799 e, antes da Revolução Francesa, o impacto da
Revolução Protestante e da Contra-Reforma no panorama cultural e
educacional da humanidade, (VALE, 2006, p. 112).
20

A educação contemporânea está em processo de evolução constante,


porém não se deve esquecer que a educação tradicional, vinda da antiga educação,
perpetua nos dias de hoje, pois é bem comum perceber na educação interessados
em vertentes religiosas e que atendem de forma individualizada às elites sociais. Os
caminhos repletos de desafios oportunizam presenciar a compreensão histórica da
realidade docente. Porém um dos fatores importantes é que se ganha força para
exigir os direitos educacionais, como educação para todos, valoriza o material e
espiritual, leitura e escrita, comportamento e sociedade justa e humana.
21

2 HISTÓRIA DOCENTE E CONSIDERAÇÕES

Nesse capítulo discute-se a relação da história docente antiga até a


contemporânea. Os últimos anos com a questão da educação, direitos e deveres
tanto do docente quanto do discente e a severidade na história educacional. Aponta-
se aqui fases importantes da educação e um provável caminho para que ela possa
acontecer de forma respeitável e com liberdade de expressão. Os questionamentos
aqui apresentados não têm um sentido e nem um caráter utópico, porém
apresentam conexões necessárias de uma educação histórica para a
contemporaneidade em todos os sentidos e relaciona-se para uma melhor
compreensão dos processos educacionais.
O pensamento docente e discente deveria ser inserido no processo de
desenvolvimento do ser humano. Dessa forma, a docência universitária buscaria
mudança no ensino e a possibilidade de pesquisar novos conhecimentos e
caminhos, no qual se percebe que já se discutem há muito tempo. Pode-se perceber
que esse assunto em sua maioria foi tratado de forma isolada, onde poderiam ser
integradas as escolas, uma vez que poderia usar os estágios supervisionados,
projetos, entre outras maneiras que as mesmas7 disponibilizam. Conforme Libâneo
(2008)

O tratamento de uma escola e de um ensino genéricos encaminhou-se,


pois, para a abordagem de uma escola e de um ensino concretos, na
perspectiva de transformá-los democraticamente. Cabe questionar: a) se a
mudança ocorreu somente na abordagem/compreensão do objeto; b) se o
objeto de estudo da disciplina continuou, então, a ser a escola e a
organização do ensino; c) se a legislação e os documentos constituem,
ainda, o eixo básico da apreensão da escola e do ensino, (LIBÂNEO, 2008,
p. 45).

Acredita-se que os incessantes questionamentos levam os profissionais a


verem e estudarem melhorias para uma educação mais digna. Os aperfeiçoamentos
contribuem para levar respeito e ensino a quem os procura, a docência é uma
profissão que foi incumbida de levar conhecimento à frente, de maneira satisfatória
não só aos docentes, mas aos discentes. Assim os pesquisadores educacionais
podem observar se o objeto de estudo que esta pesquisando tem o poder de
modificar democraticamente, e se esse mesmo pode possibilitar e identificar outros

7
Escolas, faculdades.
22

elementos e novas funções educacionais que modifique positivamente a prática


pedagógica.

2.1 POSSIBILIDADES NA PROFISSÃO DOCENTE

A profissão docente tem como principal ingrediente o compromisso, para


tanto se dá início logo que se adentram em processo de formação, neste caso os
estágios valem como parte da experiência docente. O caminho que se percorre
durante os estágios, seja em cursos superiores ou em magistério, ensina a postura e
a ética profissional. Nesses momentos se percebe as conquistas e algumas
negociações que podem valer a pena mais tarde para uma educação diferenciada.
São momentos de construções de valores e confronto com a realidade educacional,
dos quais permitem estudos e pesquisas para a mudança.
A educação como foi apresentada no capítulo anterior, vem de mudanças
de ensino severo, onde se baseava em sacrificar o presente para um futuro
promissor que poderia vir ou não. Com isso observa-se que a docência ganha em
termos de valores humanos e históricos, porém, por outro lado em alguns casos,
perde grande parte do respeito ao professor. Como o foco aqui é mostrar parte do
caminho histórico do profissional docente, deixa-se uma ponte para o terceiro
capítulo onde será retratado esse Ser8 docente.
Hernández (2007, p.15), aponta que “tudo o que orienta e guia o
pensamento e as práticas educativas teve uma origem, alguém o estabeleceu com
uma determinada finalidade”. A partir dessa afirmação torna-se necessário ressaltar
que o estudo e a pesquisa da docência revelam a nossa história, se traduzem em
diversas e diferentes vozes que precisam ser escutadas, valorizando os aspectos
que influenciam e contribuem, despertam e favoreçam a reflexão sobre a maneira de
visualizar a história docente.
Esta abordagem em estágio está relacionada a todos que passam por
eles, logo que se entra em sala de aula o professor ainda tem possibilidade em
aprender com os estágios, pois quando a escola abre a estes estagiários vêem-se
novas possibilidades de conhecimento de forma participativa e formativa. São
olhares diversos ao mesmo grupo de pessoas. Conforme Pimenta (2008):

8
Humano enquanto profissional.
23

Antes de ser profissional do magistério e lecionar uma determinada


disciplina, o professor é uma pessoa que tem as marcas de sua história de
vida e de sua experiência individual e coletiva. O que muitas vezes não está
claro para ele nem para a instituição a que pertence é o papel da educação
na busca da transferência e da humanização do homem. É importante que
essa compreensão esteja presente em todos os momentos da ação
docente, bem como na reflexão sobre os porquês da profissão, o sentido e
a responsabilidade social de ser professor. O estágio é o espaço por
excelência onde podemos refletir sobre essas e outras questões alusivas à
vida e ao trabalho docente, na sala de aula, na organização escolar e na
sociedade, (PIMENTA, 2008, p. 146).

Ao pensar assim é que se compreende à necessidade em falar dos


estágios como parte da história educacional, pois é simplesmente a maneira que se
encontra para se ensinar e aprender a profissão docente. Como é perceptível os
estágios foram modificados no decorrer dos anos e assim, novas possibilidades
surgem no sentido de formar para uma educação de valores humanos, vinculada ao
processo de democratização. Hoje os estudos sobre as políticas educacionais estão
mais voltados para o estudo das relações escola e família, onde se busca
possibilidades para a junção entre cultura familiar e escolar, num processo de
construção de conhecimento que possibilitam identificar valores estranhos e
ausentes nas propostas de ensino.
A contemporaneidade esta marcada pela valorização às diversidades
culturais. Um crescente acesso ao conhecimento emerge entre relações sociais e
diferentes gerações culturais, isso oportuniza aos discentes um melhor aprendizado
e assim irem se tornando gradativamente cidadãos críticos por meio da construção
coletiva do conhecimento entre escola e comunidade. Neste novo contexto, exigem-
se principalmente novos meios para obtenção de resultados positivos ao ensino,
dentre estes os estágios e projetos são os mais viáveis.
Perceber as possibilidades através dos estágios é uma grande vantagem
para os educadores. Vantagens essas que podem ser conquistadas ao estagiar e/ou
simplesmente ser receptivo e aberto às novas possibilidades e atividades que são
roteiros que perfazem trajetórias diferentes e são trazidas para dentro da sala de
aula, seja ela universitária ou em qualquer espaço de atuação pedagógica.
A educação contemporânea pode ser vista de forma diferenciada, onde o
docente tem concepções diversas e caminha para uma cultura de educação múltipla
em conhecimentos. Conseguir trabalhar ou não o que pretende, ainda pode exigir
um tempo para se concretizar, pois como faz parte da história educacional ainda
existe distanciamento das famílias e escolas.
24

Assim, educação pode ser percebida também em sua qualificação e


desqualificação, onde se estuda e se discute a educação democrática, que pode
também ser considerada como progressista9, procurando conhecer a realidade dos
discentes, e também visualizar os problemas para que o docente assuma o notável
papel para lidar com as necessidades existentes.
Através dos estágios a educação se estrutura, modifica e acumula
saberes/histórias de forma dinâmica, e aprofunda-se neste contexto educacional, ao
(re) fazer historicamente a teoria e prática a partir de novas formas de aprender a
ensinar.

[...] o estágio passa a ser um retrato vivo da prática docente e o professor-


aluno terá muito a dizer, a ensinar, a expressar sua realidade e a de seus
colegas de profissão, de seus alunos, que nesse mesmo tempo histórico
vivenciam os mesmos desafios e as mesmas crises na escola e na
sociedade. Nesse processo, encontram possibilidades para ressignificar
suas identidades profissionais, pois estas, como vimos, não são algo
acabado: estão em constante construção, a partir das novas demandas que
a sociedade coloca para a escola e a ação docente. Formadores e
formandos encontram-se constantemente construindo suas identidades
individuais e coletivas em sua categoria, (PIMENTA, 2008, p. 127).

A história da educação mostra que por um longo período ela passou por
várias dificuldades, especialmente na época da escolarização colonial, houve falta
de profissionais qualificados além da falta de investimentos. Seria importante
ressaltar que na atualidade tem-se estruturado muito bem a formação docente,
estabilizando o ensino sem exclusão, no entanto, o profissional docente ainda não é
valorizado como deveria, baixos salários que levam este profissional a pegar uma
carga horária excessiva e a burocracia com o preenchimento de documentos
prejudicam o seu trabalho.

9
Libertária: Conhecimento construído coletivamente. (RODRIGUES, 2008, p. 113)
25

3 SER DOCENTE

Pensar a condição do docente contemporâneo no Brasil é adentrar em


um caminho incerto, pois com a revolução industrial percebe-se que a educação
ganhou corpo onde a cultura se amplia, e logo se rompe com o ensino que tinha
caráter escolástico10. Segundo as políticas educacionais pode-se ver que o papel da
educação se transforma e caracteriza um caminho histórico educacional.
Há os que afirmam as funções e possibilidades da escola diante da
sociedade, ao estabelecer uma estreita relação entre ambas.

As noções que as pessoas têm a respeito do mundo, da sociedade, dos


homens orientam sua visão de escola, advindo daí a existência de
diferentes compreensões de educação escolar, diferentes maneiras de
entender a relação entre educação e sociedade, (LIBÂNEO, 2008, p. 173).

Outros defendem as funções da escola dentro de seu próprio tempo.


Libâneo (2008, p. 173) considera que “a escola tem uma função especifica,
educativa, propriamente pedagógica ligada à questão do conhecimento”.
Como pode ser percebido a educação muda, e falar do ser docente é
tanto complexo quanto falar da história educacional, pois a cada dia novas
possibilidades e dificuldades são enfrentadas pelos profissionais que lidam muitas
vezes com a falta de condições de trabalho, observa-se que as turmas na educação
contemporânea são de fato de número superior, contrapondo a produção esperada,
e que os professores desenvolvem habilidades em seu cotidiano, entras tantas
aprender a lidar com todas as limitações existentes.
Diante dessa potência adverte que o passado no qual se inscreve o
possível não é próximo, nem distante, mas caracteriza-se como um tempo
indefinido, que ao mesmo tempo que se mostra longínquo, pode estar próximo à
realidade. Conforme o autor, a partir da ideia desenvolvida o dinamismo vem de
alguns movimentos que podem ser mutáveis.

Nesse movimento, nesse dinamismo, constrói-se o pensamento pedagógico


brasileiro. Apesar de as escolas ainda serem, em grande parte, tradicionais
em seu fazer pedagógico, não significa que serão sempre assim. Seu
caráter histórico e, portanto, mutável, é percebido nas experiências
progressistas e exitosas de muitos profissionais da educação,

10
Com ênfase no latim, na retórica e no estudo dos clássicos. (LIBÂNEO, 2008, p. 171)
26

comprometidos politicamente com a escola publica e adeptos de uma


educação promotora de emancipação, (LIBÂNEO, 2008, p. 174).

Vale salientar que na contemporaneidade o projeto político-pedagógico


pode significar um meio em que toda a equipe se interage, onde os mesmos se
tornam responsáveis pelo sucesso de seus alunos e por sua inserção na cidadania,
considera-se a complexidade. O profissional docente contemporâneo encontra
assim como esteve, em processo de formação contínua na busca sistematicamente
estruturar e planejar melhor, o que consiste em sua atividade. Embasa-se em
educação formal, não formal e informal, este docente esforça para entrelaçar este
conjunto de valores e ideias que todos os discentes trazem consigo.

A atitude do professor é apresentada no cotidiano da sua prática. Logo,


caracterizar especificamente um professor merece cautela, uma vez que se
pode correr o risco do surgimento de rotulações ou estereótipos de
profissionais o que creio não ser benéfico para o avanço de reflexões em
torno da formação de professores, (RODRIGUES, 2008, p. 14).

Rodrigues (2008, p. 14), ressalta ainda que “cada professor atua de


acordo com sua concepção de educação, mundo, sociedade e aprendizagem. A
partir da sua concepção, sua prática se consolida. Dos quais podem seguir
determinada tendência pedagógica”.
Assim diferentemente da educação antiga, hoje o professor não tem
métodos específicos a seguir desde que chegue ao aprendizado necessário, a
metodologia depende do ser docente que esta a frente para mediar. Neste momento
a educação está muito voltada a instigar os alunos a buscar seus conhecimentos de
forma dinâmica, a investigar e construir a aprendizagem.
De certa forma, o ser docente perpassa a história educacional em
constante aprendizado e influenciada entre os seres humanos, se diferencia e
especializa para o sistema educacional. Rodrigues cita em seu texto sobre o papel
do Professor Contemporâneo numa Nova Perspectiva, que:

Para Andrea Ramal o professor deste milênio será um estrategista da


aprendizagem. Isto é, precisará conhecer a psicologia e a ecologia
cognitivas de seu tempo (em outras palavras: saber como o aluno aprende),
para poder criar estratégias de aprendizagem no ambiente do computador e
de outras tecnologias como um novo ambiente cognitivo. Isto significa
compreender que, no contexto digital mudam as nossas formas de pensar
e, portanto de aprender, (RODRIGUES, 2008, p. 30).
27

Portanto, a educação e o docente passam por fases, fases estas que se


organizam em antes da Revolução e pós-Revolução. Destaca-se bem a educação
jesuítica no período colonial, onde é bem considerada neste trabalho por fazer parte
da docência de padres e educação voltada a religião. Se opõe à contemporânea,
pois Rodrigues mais uma vez observa, que:

Pierre Lévy usa duas expressões interessantes para falar do professor:


arquiteto cognitivo e engenheiro do conhecimento. Isto é, aquele
profissional responsável por traçar e sugerir caminhos na construção do
saber, (RODRIGUES, 2008, p. 30).

Assim, durante os estágios que são realizados no processo de formação


docente entende-se que o trabalho de campo ora realizado atende as expectativas,
enquanto estagiários, pois contempla as propostas de ensino contemporâneo, na
qual o local é interpretado a partir do seu contexto.
Busca-se a formação processual, percebe-se as mais variadas
possibilidades de ser o professor investigador e de forma coletiva consegue produzir
conhecimentos. Nesse momento as dificuldades do processo do estágio aparecem,
mas também os resultados que são transformadores, e se nivela aos saberes
fundamentais a prática docente.
Ao imergir no campo11, em busca de novos conhecimentos, as partilhas
surpreendem ao descobrir que as coisas do dia a dia, coisas que são comuns e/ou
banais, aparecem significantemente semelhantes e/ou diferentes ao explorar os
conhecimentos diversos. Os estágios têm como finalidade ampliar o olhar do
docente para a diversidade e potencializar a inserção desse ser na
comunidade/escola para o ensino e ações de cultura. Dessa forma influencia a
concepção de ensino local, tanto para os alunos/as quanto a comunidade em geral,
pensa-se no ensino da atualidade.
Essas percepções são notadas de acordo com o desenvolvimento de
cada parte do estágio e/ou da formação docente, de forma a garantir a qualidade e
quantidades dos recursos didáticos12 e estratégias que estes profissionais carregam

11
Escola, cidade e meio ambiente.

12
A didática possibilita que os professores das áreas especificas pedagogizem as ciências, as artes, a Filosofia.
Isto é, converta-as em matéria de ensino, colocando os parâmetros pedagógicos (da teoria da educação) e
didáticos (da teoria do ensino) na docência das disciplinas, articulando esses parâmetros aos elementos lógico-
científicos dos conhecimentos próprios de cada área. Nesse aspecto, será possível configurar e compreender o
campo das Didáticas especificas. (PIMENTA, 2008, p. 155)
28

em sua bagagem. Dessa forma o estágio é para o docente em formação uma nova
maneira de ensinar, de expressar e vivenciar os desafios e possibilidades que este
profissional encontra em sua carreira, ao construir a sua própria identidade. Pimenta
(2008), retrata o estágio como sendo uma oportunidade para que o profissional
docente em formação tenha a oportunidade de refletir sobre a sua prática docente, e
buscar modificá-la preferencialmente de forma positiva.
29

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através do desenvolvimento deste trabalho percebe-se que diante dos


diversos processos da história educacional o grande desafio foi relacionar as
práticas e metáforas mediadoras que perpassaram os tempos na história da
docência. Observa-se que foram muitas as barreiras encontradas e superadas
durante o exercício do mesmo, mas por meio de estudos e pesquisas, fica uma
certeza: é possível desenvolver e capacitar os profissionais docentes, como visto,
são várias as possibilidades e dentre elas os estágios constituem-se como
imprescindíveis.
Assim o intuito deste trabalho monográfico foi propor um retrospecto
através da relação entre a educação e sua diversidade de meios, parte-se de
pressupostos teóricos e práticos, que permitiram inserção uma nova visão de
educação e novas práticas e meios metodológicos, os quais contextualizam e visam
o reconhecimento do potencial de cada docente e discente, ao lhes dar a abertura
para a livre expressão tanto individual quanto coletiva.
A partir disso, busca-se não só atender aos anseios de ampliar e
aprofundar conhecimento sobre as práticas docentes, mas também rever o ensino e
seus protagonistas com métodos diversos, porém busca-se sempre a melhoria para
o aprendizado, pois aqueles mais rígidos, não são mais bem vindos, nos dias atuais,
no meio educacional. Até mesmo porque se valoriza de fato a igualdade de
atendimentos de acordo com as necessidades que cada aluno apresenta.
Sendo assim, percebe-se que o profissional docente precisar ser mais
estratégico, trabalhar de forma criativa e que permita aos discentes orientações
necessárias para o aprendizado, onde os mesmo se tornarão sujeitos de sua
aprendizagem e cidadãos críticos.
Durante esse estudo a certeza de que, através dos procedimentos
utilizados, pode-se ensinar e aprender ao mesmo tempo, mesmo com a educação
rígida muitos dos professores conseguiram observar as dificuldades enfrentadas
pelos seus alunos, onde hoje se tem a possibilidade de confrontar as diferenças e/ou
semelhanças no que fez parte do ensino, e estabelecem assim uma nova
perspectiva para o processo de aprendizagem e avaliação educacional.
Assim, uma reflexão aprofundada foi necessária para ampliar as formas
de ensino, acredita-se que os problemas enfrentados precisavam ser revistos e
30

projetada uma reforma ampla para o ensino. Esta conscientização, inspirou esforços
que resultam em enfrentamentos destes problemas, permitem tanto que os
profissionais docentes quanto os discentes assumissem o papel e o espírito
autenticamente universitário.
As possibilidades de práticas metodológicas atuais são as mais variadas
e o docente tem conseguido, na medida do possível, superar as dificuldades
conforme as necessidades e assim enfrentar o cotidiano. Isto é possível graças a
bagagem de conhecimento que é adquirida no processo de ensino no qual
participou, pois essa capacitação aproxima o futuro docente do que é pretendido,
refletir e contextualizar melhor cada etapa vivenciada e aplicada.
O conhecimento a respeito da docência e o uso das ferramentas e dos
meios metodológicos desenvolvem a atitude profissional e resultam de forma
coletiva o desenvolver de cada ação pedagógica. Desta forma, os desafios são
superados, são adicionados a uma nova forma de perceber e construir
conhecimentos necessários ao educador. Pode-se ser crítica e teoricamente situado
ao lado das novas práticas pedagógicas, e torná-las ainda mais reflexivas.
É essencial ressaltar, que o papel do educador é, em qualquer situação,
seja desafiadora ou não, ter a postura de contínuo aperfeiçoamento, e também ser
disseminador das ideias que lhes são propostas. Neste caso, ele é visto como
alguém que não apenas ensina, mas que também aprende, para tanto é preciso ser
intelectual, criativo e sensível, ao transmitir sua prática pedagógica de modo eficaz,
capaz de possibilitar aos estudantes explorarem, de forma intensa, tudo ao seu
redor, sua cultura, seu espaço, instigá-los, também, a exercitar sua imaginação.
Dessa forma, a docência diferentemente de alguns anos atrás passa a ser vista de
forma diferenciada e importante na vida do discente, sem confrontar-se com a ideia
uns dos outros e sim com compartilhamento delas.
31

REFERÊNCIAS

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