Antonio Bicudo nasceu provavelmente entre 1540 e 1555 na Ilha de S�o Miguel,
A�ores, Portugal.
Foi tamb�m referenciado sob o nome Antonio Bicudo Carneiro por Pedro Taques na obra
Nobiliarquia Paulistana (NP), e por Luiz Gonzaga da Silva Leme na Genealogia
Paulistana (GP),
a qual tomou como base a pr�pria Nobiliarquia.
Na se��o de Recorda��es pode-se observar sua assinatura como Antonio Bicudo.
Antes de 1570, Antonio Bicudo foi tabeli�o em Santos, como verificaram os
lineagistas P. Taques e Frei Gaspar. Depois de 1573, residiu em S�o Paulo,
com fazenda da banda de Pinheiros, em Carapicu�ba.
Antonio Bicudo exerceu diversos cargos p�blicos em S�o Paulo, conforme consta nas
atas da C�mara de S�o Paulo. Foi vereador em 1575 e 1581, almotacel em 1576,
e juiz ordin�rio em 1577, 1579 e 1584. Em 1580 era ouvidor eclesi�stico e de 1584
em diante foi ouvidor da capitania. Em 1585, mandou levantar o pelourinho da vila
de S�o Paulo.
Assina v�rias atas da C�mara sob o nome de Antonio Bicudo.
Em 1587, segundo Am�rico de Moura (Revista do IHGSP, vol. 47), ocorre a �ltima
refer�ncia a presen�a de Antonio Bicudo em S�o Paulo,
quando multou vereadores do ano anterior por n�o terem levantado o pelourinho,
sendo a multa relevada pela c�mara ("Actas", I, 309, 310).
Depois disso n�o aparecem mais refer�ncias a sua pessoa em S�o Paulo.
Em 1598, declarando-o "ausente", sua mulher pediu ch�os para si, com as filhas
solteiras e com os filhos menores que tinha ("Reg.", VII, 50; "Cartas de Datas",
98).
Antonio Bicudo teria sido tamb�m bandeirante e sertanista.
Segundo Francisco de Assis Carvalho Franco (Dicion�rio de Bandeirantes e
Sertanistas do Brasil), Antonio Bicudo participou, em 1593, das entradas de Afonso
Sardinha ao sert�o do Jeticai,
em 1602, na entrada de Nicolau Barreto ao Guair� e, em 1628, na grande entrada com
Antonio Raposo Tavares para o mesmo destino.