PROJETO
O Pl Reforma @ ta Hoje!" 1
"Sola scriptura, sola gratia, sola fide, soli tc solus Christus” OS PURI
OS een en ee eee)
O.COM By ieee
O Que Diz a:Escritura? ©A Biblia E A Palavra de Deus!!!
eeeoe CanuiD ofan mae a ohana 6 Dstt prea marr NoaGsaaiaGa ton coer NTs TT
/D) eibro-me que, quando crlanga, s6 0s evangélicos levavam suas Biblias"debalxo do brapo". Era uma
co WA caracteristica dos evangélicos. O tempo passou e a Igreja Catdlica e sua ala carismatica, especial-
\_ mente, iniciou um processo de mudanga no quadro. Os catdlicos também créem na Biblia como a
+1. — Palavra de Deus mas a fazem insuficiente quando acrescentam a tradigao dos homens @ revelago
~~ inspirada de Deus. Tradigao que dizem erradamente ser originaria da sucessao apostdlica. Além dis-
0, hoje o mundo esta mais religioso e mistico e a Biblia tem sido usada por muitos grupos e seitas a ponto de
confundir a muitas pessoas. Somos agora um mundo mais supersticioso com a Biblia "debaixo do brag’
‘Ao mesmo tempo em que se busca a Biblia com os mais variados e distorcidos objetivos, sempre existiu na
historia da Igreja aqueles que permaneceram de pé defendendo a verdade. No entanto, paralelamente, sempre
existiram aqueles que procuraram atacar a inspiracdo e autoridade das Escrituras, usando de formas as mais
diversas e sutis. Hoje vemos nos Semindrios protestantes "confessionais”, ditos reformados, professores afir-
iando que a Biblia apenas contem a Palavra de Deus, demionstrando sua ignorancia com respeito a singulari-
dade da Biblia no que conceme ao significado do que é ser inspirada e suas consequéncias
Alguns pastores e mestres até afirmam contrariamente aos seus votos de ordenacdo, que Génesis de 13
nao passa de uma saga, de um mito, uma parabola e ainda afirmam que é uma “saga inspirada", que Deus
Soprou esta "mitologia ao escritor (Moisés) que a escreveu como um mito “fundante”. Se varios povos tiveram
seus mitos para sua origem, porque nao Israel? Esta é uma posicao dos liberals que sempre destruiram a igreja
(vejamos a apostasia na Europa). Mas sobre eles pesa o nus de criarem uma nova religido, como disse 0
grande campedo da ortodoxia americana, G. Machen, fundador do Westminster Seminary. Sobre eles pesa
aior julz0 e sempre pesara a mao de Deus. O pior é ver que estes nem ao menos 840 disciplinados ou mesmo
advertidos por seus superiores, Mas quando se levanta alguém afirmando, pelas Escrituras, que a Biblia é
inerrante, suficiente e que a ela nada se deve acrescentar ou mesmo que as mulheres ndo tém a autoridade de
ensino sobre os homens na igreja, estes 40 advertidos e chamados de radicals.
No entanto a Biblia nao se originou da vontade humana, mas homens, movidos pelo Espirito Santo, falaram
‘em nome de Deus, falaram aquilo que Deus ihes revelou. Nao é uma “flosofia ou teoria humana’, algo inventado
por homens, nem mesmo por algum arjo.
(Os que ensinam falsidades, mentiras, invengbes humanas, so falsos profetas. H4 uma adverténcia dura do
apéstolo Paulo contra os que assim procedem: “Rogo-vos, irmos, que noteis bem aqueles que provocam
divisées @ escandalos, em desacordo com @ doutrina que aprendestes, afastai-vos deles" (Rm 16:17)..Nao so
crentes!
~~ Neste numero apresentamos a posicao de grandes autores (ortodoxos), defensores da verdade (e a quem
muito devemos), quanto a inspirag&o, infalibildade e autoridade das Escrituras e uma adverténcia contra aque-
les que, com sua soberba, presungdo e falsa piedade, procuram destruir a Igreja de Cristo
Joo Calvino disse que devernos as Escrituras 0 mesmo respeito que devemos ao proprio Deus.
Desde 0 século XVI a doutrina da inspirago das Escrituras veri sendo atacada. A grande maioria dos "tedlogos"
modemnos a rejeitam dizendo que, mesmo que Deus tenia falado aos autores da Biblia (e a isso tamibém tem duivida),
les escreveram de forma insuficiente o que entenderam e sempre se apoiaram no pensamento da epoca. Assim, se
utiizaram de ritos contemporaneos,
‘Afirmam que, de fato, Deus criou o mundo mas nao da forma como Genesis apresenta, Da mesma forma aceitam
que Deus formou o homem mas no "formou ao homer do
EDITORIAL 0 da terrae sim através de um proceso evolutvo.
SSE] ___ Estamos numa fase chamada "pés critica’, na verdade,
hem ha A "pos-modema’, quando nos ¢ colocada a idéta de que ape-
fats ara Hee nas “entendemos"a mensagem da Biblia a nossa manerra,
Have Cte ore as Para os que pensam assim, a Bibla, em parte é a Paiavra
ta mcs pre SES | deDeuseem parte € palavra de homens; em parte é verda-
ance! Canto {ior Hetica eusuxio de € em parte é mito. Mas, perguntamos: "Quem decide o
Oe eran ala. eT 998.0886, ue € verdadeiro e 0 que ndo &? O que é mito € o que ndo
a ae 7 A resposta tem sido evasiva “A razao do homem € que
Eni te erreny SIN Sin Pa decide". Ou seja, o homem ¢ o érbto final - isso é precisa-
a Ie ete a posiga0 doliberalismo teolbgico. Posiao antibibica
sore pee ke ees ecomisraalAqui liberalismo esté estranhamente de mos dadas com os carismaticos (na pratica) quando dizem
que reconhecem ser a Palavra de Deus aquilo que “nos fala a0 nosso coracao". Parece primeira vista
tudo muito espiritual, mas, como o “falar ao coracdo ¢ entendido? Como fazer a diferenca entre a verdade
©. que sentimos como fruto da nossa imaginac4o ou do nosso estado emocional e psicologico e até aquilo
que ¢ fruto de algum poder mau que esta Por isso,
vice versa.
Os evangélicos de hoje precisam confessar a sua fé através do que dizem e fazem. Temos de sero que
cremos e temos de crer em toda a Escritura e sua inspiragdo e por isso em sua autoridade. Temos de
retornar a nossa heranga doutrinaria. As igrejas reformadas tém suas confiss6es - corpo de doutrinas
essencialmente biblicas - para recuperar sua vitalidade e o dmago da verdade escrituristica, Isso destruira
o.relativismo liberal, nos fara intearos doutrinariamente e, por isso, com rumo definido e 0 confusos
como esta a igreja de hoje quando busca ansiosamente agradar a todos e ndo a Deus.
Nao podemos ver “confessionalismo" como ortodoxia morta (se bem que pode ser), mas como artodo-
xia viva, demonstrando uma ‘6, tanto experimental quanto firmada na verdade, onde ha espaco para o
emocional puro eo intelectual, 0 racional.
Ninguém pode crer nas Escrituras, na Sua inspiragao e autoridade, submeter-se a ela inteiramente, se
no for pelo testemunho do Espirito Santo, Paulo falou nisso em Co 2:14. Um descrente n&o pode crer-na
suficiéncia, inspiragao e autoridade das Escrituras, E 0 mesmo que mandar um descrente entrar em comu-
nh&o com Deus pela oragao. SO um crist&o cré que a Biblia é a Palavra de Deus inerrante.
Lloyd-Jones disse: "A autoridade das Escrituras nao é tanto uma verdade a ser defendida, como a ser
afirmada. Lembro-me do que o grande C.H. Spurgeon disse: "Nao ha necessidade de se defender um ledo
que esta sendo atacado. Tudo o que tens de fazer é abrir 0 portao e deixa-lo sair’. Mas ndo queremos com
isso dizer que temos de ser passivos pela luta em prol da verdade que uma vez foi dada aos santos, mas
como consequencia do zelo pela gléria de Deus temos de ser soldados da verdade
G,Machen diz em seu livro "Cristianismo e Liberalismo" (no prelo - NE)) que o homem moderno desti-
tuido de fundamento abandona “os muros da cidade de Deus preparados para a batalha' e foge "em panico
desnecessario para as planicies abertas de uma vaga religido natural so para ser presa facil do inimigo que
esta sempre armando emboscada Ia”
Ao analisarmos estes artigos deste numero, nos lembramos das palavras deste grande soldado da fé,
G. Machen que lutou contra o liberalismo que infestava Princeton em sua época
(0 apresentarmos 0 liberalismo corrente, agora quase dominante na igreja contra 0 Cristianismo, nao
somos animados, ent&o, por um propésito polemista ou puramente negativo; ao contrario, ao mostrarmos 0
que © Cristianismo nao é, esperamos ser capazes de mostrar 0 que © Cristianismo 6, a fim de que os
homens possam ser conduzidos a voltarem-se dos elementos pobres e fracos e a refugiarem-se novamen-
tena graca de Deus"
Concluimos citando
1) Machen, "Q liberalismo moderna pode ser criticado com base no fato de que & ndo cristo e com
base no fato de que é no cientifico... 0 liberalismo moderno no apenas é uma religiio diferente do cristi-
anismo, como pertence a uma classe totalmente diferente de religido, O desejo de resgatar o cristianismo
por parte do liberalismo ¢ falsa"
2) Confisséo de Fé de Westminster: "Ainda que a luz da natureza e as obras da criacao e da providéncia
manifestem a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, de tal modo que os homens ficam injustificados,
contudo no sao suficientes para transmitir aquele conhecimento de Deus e de sua vontade, necessério 2
salvaco, portanto aprouve ao Senhor, em diversos tempos e diferentes formas, revelar-se a sua Igreja e
declarar aquela sua vontade. E depois, para melhor preservar a propagar a verdade, e para o mais seguro
estabelecimento e conforto da Igreja contra a corrup¢ao da carne e a malicia de Satanas e do mundo,
entregou a mesma para que fosse plenamente escrita, Isso torna a Sagrada Escritura totalmente indispen-
savel, tendo cessado aquelas antigas formas de Deus revelar sua vontade a seu povo" (Cap. |, Se¢ao |).
3) "Toda a Escritura € inspirada por Deus @ til para o ensino, para a repreensdo, para corregéo, para a
editficagao na justica, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa
obra" (Il Tm 3:16-17)
‘Vamos lutar contra o pensamento liberal e neo-ortodoxo nos seminarios, nas iatejas, nos congressos.
‘mesmo que nos acusem de Unicos donos da verdade, que nos acusem de intolerantes, de “fechados", de
‘080 politicamente corretos, Q que nos motiva é saber que as portas do inferno ndo suportardo 0 avanco do
"pequenino rebanho"
Boa leituralA Infabilidade
das Escrituras Por: C. H. Spurgeon
a
-
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DY
0 que Isaias disse, foi
consequentemente dito por leovd
Foi aualvelmente a expresso vocal
de um homem; mas na realidad fo
a expressio do pripro Senhor 0s
{bios que proferram as palaeras
foram de Isaas, mas anda assim é
verdade que "A boca do Senhor 0
disse",
* Ir Para Pagina N°
Porque a boca do Senhor o disse." (Isaias 1:20)
que Isaias disse, foi consequentemente dito por Jeovd. Foi audivelmente a
expressao vocal de um homem: mas na realidade foi a expresséo do proprio
Senhor. Os labios que proferiram as palavras foram de Isaias, mas ainda assim
é verdade que "A boca do Senhor o disse”. Toda a Escritura sendo inspirada
pelo Espirito, é proferida pela boca do Senhor. Seja lé como este livro sagrado
6 tratado hoje em dia, ele nao foi tratado de maneira negligente. nem desprezado.
rem questionado pelo Senhor Jesus Cristo, nosso Mestre e nosso Senhor. E
notdvel como Ele reverenciava a Palavra escrita, O Espirito de Deus estava
pessoalmente sobre Ele, sem medida. e Ele podia expor de sua propria mente
a revelacdo de Deus, ¢ ainda assim Ele continuamente citava a lei eos profetas
€ 05 Salmos: e Ele sempre tratou os esctitos sagrados com intensa reveréncia-
um intenso coniraste com o "pensamento moderno”. Eu estou certo. immaos.
1nés ndo podemos estar errados em imitar 0 exemplo de nosso Senhor Jesus
Cristo na nossa reveréncia por esta Escritura, que néo pode ser quebrada. E eu
digo que se Ele, 0 Ungido do Espirito e capaz de Ele mesmo falar como sendo
a boca do proprio Deus, ainda citava as Escrituras sagradas ¢ usava o livro
sagrado em seus ensinos, quanto mais deveriamos nés - que nao temos espirito
de profecia sobre nés e nao somos apios a proferir novas revelacdes - voltarmo:
ros para a lel e para o testemunho e dar valor a cada palavra que "A boca do
‘Senhor disse? O valor semelhante ao mencionado pode ser visio nos apéstolos
de nosso Senhor, pois eles trataram as Escrituras antigas como supremas em
autoridade, ¢ deram sustentagdo as suas passagens da Santa Lei. O mais elevado
grau de respeito e honra ¢ tributado ao Velho Testamento pelos escritores do
Novo. Nos nunca encontraremos um apdstolo levantando uma questao sobre 0
sgrau de inspiracdo neste ou naquele livro, Nenhum disefpulo de Cristo questiona
‘a autoridade dos livros de Moisés ou dos profetas. Se vocé quiser queixar-se ou
suspeitar. vocé nao simpatizaré com o ensino de Jesus ou de qualquer um de
seus apéstolos. Os autores do Novo Testamento dobram-se reverentemente
ante o Velho Testamento e receber-no como palavras de Deus, sem question
© que quer que seja. Vocé e eu pertencemos a uma escola que continuara a
fazer o mesmo. deixando outros adotarem seja 14 0 comportamento que for.
Quanto a nése nossa casa. este livro inestimavel continuaré sendo o padrao de
nossa fé ea base de nossa esperanca enguanto vivermos. Outros podem escolher
os deuses que bem entendem, e seguir as autoridades que preferirem, mas.
quanto a nds. 0 glorioso Jeova é nosso Deus e nés cremos no que concerne a
cada doutrina de toda a Biblia que “a boca do Senhor o disse’ .
Em segundo lugar "Porque a boca do Senhor o disse’. ESTE E O
CHAMADO QUE DEUS FAZ PARA QUE VOCE ATENTE PARA A SUA
PALAVRA.
Toda palavra que Deus nos deu neste livro requer nossa atencéo. por
causa da infinita majestade daquele que a proferiu. Eu vejo diante de mim um
parlamento de reis e principes. sabios e senadores. Eu ougo um apés outro dos
dotados Criséstomos emitirem elogilentes palavras como os "boca douradas
Jornal OS PURITANOSEles falam, e eles falam bem. De repente ha um solene
siléncio. Que quietude! Quem deve falar agora? Eles,
estao calados porque Deus 0 Senhor esté para levantar
Sua voz. Nao esté certo que eles fiquem assim? Nao é
Ele que diz ‘Calem-se diante de mim 6 ilhas”? Que voz
& como a Sua voz? "A voz do Senhor é poderosa; a voz
do Senhor é cheia de majes-
tade. A vor do Senhor que-
bora os cedros: sim, a voz do
Senhor quebra os cedros do
Libano. A voz do Senhor
abala 0 deserto; 0 Senhor
abala o deserto de Kadesh." Vede que néo refuteis a Ele
que fala. O meu ouvinte, nao deixe que seja dito de
voce que vocé passou por esta vide, Deus falando-the
em Seu livto, e vocé recusando ouvi-lO! Pouco importa
se vocé ouve a mim ou no; mas importa um bocado se
voc’ ouve @ Deus ou nao. Foi Ele quem fez vocé: nas
Suas maos esté 0 seu fdlego de vida; e se Ele fala, eu
imploro a voc’, abra 0 seu ouvido e nao seja rebelde.
Hé uma majestade infinita em cada linha das Escrturas,
‘mas especialmente naquela parte das Escrituras onde 0
Senhor Se revela a Si mesmo e Seu plano glorioso de
Graca salvadora na pessoa de Seu querido filho Jesus
Cristo. A cruz de Cristo tem uma grande demanda sobre
voc’. Ouca 0 que Jesus prega da arvore. Ele diz “Inclinai
vossos ouvidos e vinde a mim: ouvi, e vossas almas
(O clamor de Deus de ser ouvido também apoia-
se sobre a condescendéncia que O levou a falar a nés.
Foi algo tremendo ter Deus feito 0 mundo e nos convidar
a contemplar a obra de Suas maos. A criacéo é um livro
de figuras para criangas. Mas para Deus faler na lingua
de homens mortais é ainda mais maravilhoso, se vocé
parar pare pensar nisto, Eu me admiro de ter Deus falado
pelos profetas; mas eu me admiro ainda mais de ter Ele
escrito a Sua Palavra impressa, em linguagem sem erros.
a qual pode ser traduzida em todas as linguas, para que
todos nés possamos ver e ler por nés mesmos 0 que
Deus falou a nés: e o que Ele na verdade continua nos
falando. Pois 0 que Ele uma vez falou, Ele ainda nos
fala de maneira tao nova como se tivesse acabado de
dizé-lo pela primeira vez. © glotioso Jeova, falarias Tu
‘ao homem mortal? Pode haver alguém que negligencie
escutar-Te? Se Tu és to repleto de amor e bondade,
que sais do céu para conversar com Tuas criaturas
pecadoras, ninguém que seja mais bruto que 0 boi e 0
asno deixaria surdo 0 seu ouvido para Contigo!
A Palavra de Deus entdo clama por sua atencio,
por causa da sua majestade e condescendéncia; mas
ainda mais além, ela deveria conquistar seu ouvido por
sua intrinseca importancia. "Porque a boca do Senhor o
disse" - ento nao é coisa de somenos. Deus nunca fala
coisas vas. Nenhuma linha de Seus escritos trata dos
temas frivolos de um dia. Aquilo que sera esquecido
dentro de uma hora é para homens mortais ¢ nao para
© Deus eterno. Quando o Senhor fala, seu discurso é
Jornal OS PURITANOS
“Os autores do Novo Testamento dobram-se
reverentemente ante o Velho Testamento e
recebem-no como palavras de Deus, sem
questionar o que quer que seja.”
Alnfabiidade das Escrituras
divino, e Seus temas so dignos dAquele cuja habitac:
6 0 infinito e a eternidade. Deus nao brinca com voce.
homem mortal: brincaria voce com Ele? Vocé acaso O
trataré como se Ele como um todo fosse um seu igual”?
Deus fala a sério com voc®: nao ouviria voce seriamente?
Ele fala a vocé sobre grandes coisas, que tém a ver com
sua alma e seu destino.
"Nao é uma coisa va para
voc’. pois trata-se da sua
vida.” A sua existéncia eter-
na, sua felicidade ou sua
miséria, dependem daquilo
que a boca do Senhor falou. No que concerne a
realidades eternas Ele fala a vocé, Eu suplico a voce.
nao seja tao tolo ao ponto de desviar seus ouvidos. Nao
se comporte como se a Palavra de Deus nao fosse nada
para vocé, Nao trate a Palavra do Senhor como algo
secundétio, algo que deve esperar a sua recreacéo @
receber sua atencao quando nao tiveres mais nada para
fazer: ponha todo o resto de lado, mas busque ao seu
Deus.
Dependa dela, se “A boca do Senhor o disse
entao hé uma necessidade urgente e premente. Deus
nao quebra o siléncio para dizer aquilo que também
poderia ter ficado nao-dito. A Sua voz indica grande
urgéncia, Hoje. se ouvirdes a Sua voz, ouca-a, pois Ele
requer atencao imediata. Deus no fala sem ter razdes,
abundantes para tal. E- 6 meu leitor- se Ele fala a Sua
palavra.a vocé, eu te peco, acredite que deve haver uma
causa espantosa para tal! Eu sei o que Satands diz: ele
te diz que tu podes te sair muito bem sem escutar a vor
de Deus. Eu sei 0 que teu coragao carnal sussurra: ele
diz "Ouca a voz dos negécios, e do prazer: mas ndo
cuca a Deus", Mas, mas se o Espirito Santo ensinar a
tua razdo a ser razodvel, colocar a tua mente em
posic&o de verdadeira sabedoria, reconhecerés que a
primeira coisa que deves fazer é honrar o teu Criador.
Voce pocle ouvir as vazes de outros outra hora, porém
teu ouvido deve ouvir a Deus em primeiro lugar, ja que
Ele é 0 primeiro, e aquilo que Ele fala deve ser de
primeira importancia. Sem demora apressa-te para
obedecer 0s Seus mandamentos. Sem reservas responda
20 Seu chamado, e diga "Fala Senhor, pois o teu servo
escuta, Quando estou sobre este pulpito para pregar 0
Evangelho, eu nunca sinto que eu posso calmamente
convidé-los para atenfarem para um assunto que é um
‘entre muitos, e que possa muito bem ser deixado sé
estivessem as mentes de voces jé ocupadas. Nao. Vocés
podem estar mortos antes que eu fale a vocés de novo,
@ assim eu imploro por atengao imediatamente. Eu ndo
tenho medo de estar tirando vocés de outros afazeres
importantes ao pedirlhes que escutem aquilo que a boca
do Senhor falou, pois nenhum outro negécio tem em si
tanta importancia se comparado a este: este é 0 tema
mestre dentre todos os temas. E a tua alma, tua propria
alma, tua alma eterna quee esta em jogo, ¢ 60 teu Deus,
que te fala. Escutai-O, eu lhe imploro. Eu no estou
stCH. Spurgeon
pedindo um favor quando te peco que escute a voz do
Senhor: 6 uma divida para com teu Criador, que voce
deve pagar. Sim, e além disso é um bem para vocé
mesmo. Mesmo de um ponto de vista egocéntrico, eu te
admoesto a ouvir o que a boca do Senhor disse. pois na
Sua palavra ha salvagao. Buscai diligentemente aquilo
que o teu Criador. teu Salvador, teu melhor amigo.
tem a te dizer. "Nao enduregais os vossos coracoes
como na provocagao”, mas, “inclinai vossos
ouvidos e vinde a mim: escutai e vossa alma
viveré”, "A fé vem pelo ouvir, e 0 ouvir pela
Palavra de Deus
COMO 0 PRINCIPIO REGULADOR LIBERTA.
Geralmente na discussao a respeito da adoragao o Principio Regulador sempre aparece como
ilo. Ele é restritivo, opressor, confinador, como é geralmente chamado por seus oponentes, e afinal
de contas no ¢ isso que a palavra "Regulador" implica? Regular ou estabelecer regras para enrijecer
© estilo de adoragao da Igreja
De fato, 0 Principio Regulador limita a adorago corporativa (que é supervisionada pelo Conse-
tho), ao que a Confiss4o de Fé de Westminster chama de elementos "Ordinarios”: Leitura das Escri
turas, Pregagdo, Canticos de Louvor, Sacramentos e Orago. Se nés buscarmos agradar a Deus na
adoracéo, desde que Ele é nossa "audiéncia’, no temos outro guia melhor para agradé-lo ou de
como devemos adora-lo do que a Biblia. A Biblia, os Presbiterianos créem, nos ordenou a adorar a
Deus desta forma € nao de outra.
Mas perderemos o elemento fundamental do Principio Regulador se nos esquecermos que 0 seu
propésito maior & proteger a liberdade de consciéncia, A Confissao de Fé de Westminster nos ensina
que "Deus somente é o Senhor da consciéncia" “a deixa livre das doutrinas e mandamentos dos
homens, 0s quais s80 de alguma forma contrarios 2 Sua Palavra como também em matéria de fé €
adoragao". Esta afirmagao ¢ 0 outro lado da moeda, de que nbs s6 podemos adorar a Deus como Ele
ordena. Se um Conselho inclui no culto alguma coisa n&o ordenada por Deus, entao esta escravizan-
do a consciéncia daqueles que se reuniram para adoracao. Somente o Senhor pode escravizar nossa
consciéncia e nés sabemos que sob 0 Seu Senhorio nés encontramos verdadeira liberdade. Mas
quando a Igreja tenciona uma pratica para a qual no pode encontrar clara sustenta¢ao biblica, ent&o
estaré usurpando 0 Senhorio de Cristo, neste caso. Se a igreja no ¢ capaz de dizer sobre a sua
adoragao pratica: "Assim diz o Senhor’, entao ela esta substituindo os mandamentos de Deus pelo
dos homens.
‘Ao reconhecer a estreita conexao das doutrinas do Senhorio de Cristo ¢ Liberdade Crist8, isso
livra 0 Principio Regulador da sua refutagao negativa. Ao invés de restringir 0 que fazemos na adora-
G40 ele de fato, protege a liberdade individual dos cristdos da tirania da sabedoria humana, Colocan-
do-0 de forma diferente, o Principio Regulador coloca limites sobre o que os oficiais da igreja podem
requerer na adoracao publica; mas concede ao crente a liberdade de recusar as préticas no susten-
tadas nas Escrituras. Assim, enquanto esta doutrina significa que o Conselho no pode usar estan-
dartes na adoracao (uma violagao do 2° mandamento), isto também livra o crente, incluindo ministros
€ presbiteros, de serem forcados a adorar numa igreja cheia de apetrechos e estandartes.
Como J. David Gordon escreveu:"Algumas respostas acerca do Principio Regulador’ no
Westminster Teological Journal (out/93), O Principio Regulador é acima de tudo uma doutrina
eclesiologica que é designada para proteger a liberdade de consciéncia do abuso de poder da igreja”
‘A questo néo é fazer disting3o como a Biblia regula a adoracao e como ela regula o resto da vida
crist&, mas seu Unico propésito é distinguir entre aqueles aspectos da vida governada pelos presbiteros
da igreja e aqueles que nao so sujeitos ao poder da igreja. Aos oficiais da igreja foi dada a responsa-
bilidade de supervisionar a adoracdo corporativa segundo o ensino biblica, Nesta solene obrigago, 0
Principio Regulador instrui que eles devem ter muito cuidado para nao abusar das prerrogativas do
seu oficio
Pur DG. Han Cranscrito de Modern Reformation
Jomal Os PURITANOSO Conceito Biblico
da Inspir. ‘a¢do Por: Benjamin B. Warfield
7 _ 1.0 SIGNIFICADO DOS TERMOS
rf J termo “inspirar’, assim como os seus derivados, parece terem sido sempre usados
XK com diversos significacios, fsicos e metaféricos, seculares e religiosos. As palavras
wT derivadas multiplicaram-se e a sua aplicacdo foi-se alargando com o correr do
tempo aié alcancarem um uso relativamente lato e variado, Fundamental ao
seu uso, porém, existe a constante implicacdo duma influéncia exterior, que
produz, no seu objeto, movimentos e resultados para além do seu poder nativo
ou, pelo menos, normal
O termo “inspiracéo", embora ja se usasse antes do século XIV, s6 nos
O termo “insprar’, assim como.os {ins do século XVI parece ter adquirido um significado nao teol6gico. O
significado especificamente teolégico de todos estes termos ¢ orientado,
evidentemente, pelo seu uso na teologia latina; e este uso baseia-se, em titima
analise, no seu emprego na Biblia Latina. Na Vulgata, o verbo inspiro (Gn. 2.7:
Sabedoria 15.11; Ec. 4.12; II Tm. 3.16; Il Pd. 1.21), e o substantivo inspiratio
seus derivados, parece terem sido
“sempre usados com dlversos
signifcados, fsicos e metatircos,
seculares erelgiosos.As patawas (4) Sm, 92.16; J6 32.8; SI. 17.16; At. 17.25) ocorrem quatro ou cinco vezes,
aerivadas muliplicaram-se e 2 Si corm aplicacées diversas. Porém, no desenvolvimento de uma terminologia
apicagio fase alargando com 0 teolégica, adquiriram (juntamente com outras aplicagdes menos freaientes)
correr do tempo até akangarem um um sentido téenico, no que se refere aos escitores e aos livios da Biblia,
uso relativamente lato variada Os livros biblicos so chamados inspirados por serem 0 produto.
Fundamental ao sev uso porém, _divinamente determinado, de homens inspirados; 0s escritores biblicos sao
iste aconsiante inplicagio duma _chamados inspirados por tetem recebido o sopro do Espirito Santo, de manera
infbnca exterior que produz no 80 produto de sues atvidades transcende a eapacidade humana e recebe
sev cbete, novineas€ auterdade divin, insptecto&, poi, efnia, em gel, come send una
ee influéncia sobrenatural exercida nos excrtores sagrados, pelo Espirito de Deus,
resultados para além do seu poder its de da qual os seus escritos recebem fidedignidade divina,
natvo ou, pelo menos, normal.
2. A IDEIA FUNDAMENTAL DE "INSPIRACAO"
“Toda a Escritura € divinamente inspirada, e é proveitosa para
ensinar, para redarglir, para corrigir, para instruir em justica” (Il Tm. 3:16/
Almeida revista e corrigida). A palavra grega usada nesta passagem,
theépneustos, nao significa, de maneira nenhuma, “inspirado de Deus"
Esta frase é, antes, a traducao do latim divinitus inspirata, da Vulgata. A
palavra grega nem sequer significa, como Almeida traduz, “divinamente
inspirada", embora esta traducdo seja, por assim dizer, uma pardfrase rude,
ainda que nao enganadora, do termo grego, na linguagem teolégica
* Ir Para Pagina N°
a «2 | corrente daquele tempo. A expresso grega, porém, nada diz a respeito de
Arisa os cts % | inspiracao ou de inspirar: fala apenas de respirar ou de respiracao. Diz,
Comrie Benue Ueere | sim, que é "exalado por Deus", sendo pois 0 produto do "sopro” criador de
fonltstactwe o Deus, e nao que seja "inspirado por Deus", isto é, que seja produto da
Feng se 14 | “ingpiragao" divina nos seus autores humanos. Numa palavra, 0 que se
Aoonssiose oemarutworeemes 1” | declara nesta passagem fundamental é, simplesmente, que as Escrituras
a | s80 um produto divino, sem qualquer indicagéo da maneira como Deus
Cetra Lennie Saxena ie | Opetou para as produzir Nao se poderia escolher nenhuma outra expresso
Osos wore es 37 | que afirmasse, com maior saliéncia, a producéo divina das Escrituras, como
esta 0 faz
Jornal OS PURITANOS 7EBenjamin B. Warfield
O"sopro de Deus” é. nas Escrituras, 0 simbolo do
Seu poder onipotente. 0 portador da Sua palavra
criadora. No Salmo 33.6, lemos: "Os céus por sua
palavra se fizeram, e, pelo sopro de sua boca, 0 exército
eles’. E precisamente onde as operacées de Deus so
ativas, que esta expressdo hebraica (“ruah” ou
"Neshamah”) é usada para designar essas operacées -0
sopro de Deus é 0 fluxo inesistivel do Seu poder.
Quando Paulo declara que "toda a escritura” ou “cada
escritura” é o produto do sopro divino. "é exalada por
Deus’, afirma com toda a energia possivel. que as Es-
tituras s80.0 produto de uma operacao especificamente
divina
3. O TESTEMUNHO DE CRISTO DA AUTORIA
DIVINA
Do mesmo modo, nosso Senhor tem, fre-
guentemente, ocasio de Se admirar do efeito
insignificante produzido pela leitura das Escrituras. nao
porque tivessem sido examinadas com demasiada
curiosidade, mas porque néo foram examinadas com
bastante anselo ¢ com uma confianca suficientemente
simples e forte em cada dectaracéo que elas contém,
"Ainda nao lestes esta Escritura” sequer? pergunta, 20
citar 0 Salmo 118, para mostrar que a tejeigao do
Mesias jé fora dada a entender nas Escrituras (vd. Me.
12.10: Mt, 21.42 altera a expressao para o equivalente
ce diz; "Nunca lestes nas Escrituras?") E quando os judeus
indignados se chegaram a Ele e se queixaram dos
Hosanas com que as criangas, no Templo, O acla-
mavam, e he perguntaram: "Ouves 0 que estes esto
dizendo™. Jesus (apenas thes replicou, Mt. 21:16): "Sim
rnunca lestes: Da boca de pequeninos e criangas de peito,
tiraste 0 perfeito louvor?”
© pensamento em que esto baseadas as
passagens acima citadas é apresentado, abertamente,
quando Ele dé a entender que a origem de todos os
erros a respeito das coisas divinas ¢, justamente, a
ignorancia das Escrituras. "Errais’, declarou Ele aos seus
perguntadores, em determinada ocasiao importante.
“nao conhecendo as Escrturas...” (Mt, 22.29}: ou, como
se encontra, talvez com mais forca, na forma inter-
rogativa, na passagem paralela, em outro Evangelho:
"Nao provém o vosso erro de no conhecerdes as
Escrituras...?" (Mc. 12.24). E evidente que. aquele que
conhece bem as Escrituras, nao erra,
A confianca com que Jesus se baseava nas
Escrituras, em todas as declaragées que elas fazem. ¢
ainda ilustrada numa passagem comoa de Mateus 19.4,
Certos fariseus chegaram perto d'Ele com uma pergunta
acerca do divércio. e Ele replicou-thes da seguinte
maneira: "Néo tendes lido que o Criador. desde o
principio, os fez homem e mulher e que disse?
Portanto, 0 que Deus ajuntou, nao 0 separe o homem”.
ponto a salientar aqui é a referéncia explicita de
Génesis 2.24. como tendo Deus como autor. °e Criador.
desde o principio, 08 fez... e que disse”. "Portanto. 0
i,
que Deus ajuntou”. No entanto, esta passagem nao nos
dé uma sentenca de Deus, regisirada na Biblia, mas
apenas a palavra da propria Escritura, e s6 pode ser
tratada como uma declaracdo de Deus na hipstese de
que toda a Escritura é uma declaragao de Deus. A
passagem paralela em Marcos (10.5 e ss.). do mesmo
modo. ainda que nao tao explicitamente, apresenta esta
passagem como sendo da autoria de Deus, citando-a
como lei autorizada e falando da sua determinacio como
um ato de Deus. E interessante notar. de passagem. que
Paulo, tendo oportunidade de citar a mesma Escritura
(ver | Co. 6.16), cita-a também, explicitamente, como
palavra divina: "Porque, como se diz, serdo os dois uma
s6 carne" -0 diz, aqui, de acordo com um uso que mais,
adiante veremes, refere-se a Deus.
Portanto, é evidente que Jesus, citando ocasio-
nalmente as Escrituras como sendo um documento com
autoridade. baseia-se na alribuigéo a Deus da sua
autora. O Seu testemunho é que tudo quanto esté escrito,
nas Escrituras é uma Palavra de Deus. Nao podemos.
tampouco, retirar a este testemunho a sua forca.
alegando que representa Jesus apenas nos dias de Sua
came, quando se poderia supor que Ele apenas refletia,
a opiniao do Seu tempo e da Sua geracao. O ponto de
vista a respeito das Escrituras, que Ele apresenta, era
também, sem dtivida, © ponto de vista do Seu tempo e
da Sua geragao, além de ser 0 Seu, Mas nao hé qualquer
razéo para duvidar que Ele 0 mantinha, nao por ser 0
ponto de vista comente, mas porque, no Seu conhe-
cimento Divino-humano, sabia ser 0 verdadeito: pois.
‘até mesmo na Sua humilhacéo Fle é testemunha fiel e
verdadeira,
Em todo caso, devemos ter presente que era este
© ponto de vista do Cristo ressurreto, como fora o do
Cristo humilhado. Foi depois d'Ele ter sofrido e
ressuscitado, no poder de Sua vida divina, que
pronunciou "O néscios e tardios de corago...” aqueles
que nao crerem em tudo aquilo que esté escrito nas
Escrituras (Le. 24.25); e que apresentou o simples "Assim
‘esta escrito", como base suficiente para uma fé confiante
(Le. 24.46). Tampouco podemos minorar o testemunho
de Jesus em relacao & fidedignidade das Escrituras
interpretando-o como sendo nao o Seu, mas dos seus
discipulos, que o colocaram na Sua boca. ao relatarem
as Suas palavras. Nao sé tudo é demasiado constant.
minucioso, intimo e, em parte, incidental, e, por isso
encoberto, por assim dizer, para admit tal interpretagao
mas de tal forma penetta todas nossas fontes de
informacao a tespeito dos ensinos de Jesus, que da a
certeza de que ver na verdade, d'Ele mesmo. Nao s6
ertence ao Jesus apresentado nos relatos evangélicos.
como também 20 Jesus das fontes mais antigas. que
concorciam com os relatos evangélicos, como se pode
verificar, observando os incidentes em que Jesus cita as,
Escrituras. como divinamente autorizadas. registacies em
mais que um dos Evangelhos (por exemplo. “Esté escrito”
~Mt 4.4, 7. 10: Le. 4.48, 10: Mt. 11.10: Le. 7.27: Mt
Jornal Os PURITANOS21,13: Le. 19.46, Me. 11.17: Mt. 26.31; Me. 14.21;
Escritura” ou “as Escrituras': Mt. 19.4: Me. 10.9: Mt
21.42: Mc, 12.10: Le. 20.17: Mt. 22.29: Me, 12.24: Le,
20.37; Mt. 25.56: Me. 14.49: Le. 24.44). Estas passagens
bastariam para tornar evidente o testemunho de Jesus
acerca das Escrituras. como sendo em todas as suas
partes e em tudo o que diz, divinamente infalivel.
4. 0 TESTEMUNHO DOS APOSTOLOS
As tentativas para se atribuir o testemunho de Jesus
08 seus discipulos. apenas
0 Conceito Biblico da Inspiracio
este constante apelo as Escrituras, de forma que basta
que algo esteja contido nas Escrituras (ver | Pe. 2.6)
para ter autoridade infalivel. A Escritura tem de se
Cumprir, porquanto o que ela contém é a declaragao
feita pelo Espirito Santo, através do autor humano. O
que as Escrituras dizem, 6 Deus quem o diz: e, assim,
lemos afirmagées tao notaveis como as seguintes:
Porque a Escritura diz a Farad: Para isto mesmo te
levantei..."(Rin. 9.17}: “Ora, tendo a Escritura previsto
ue Deus justificaria pela {é os gentios. preanunciou 0
evangelho a Abrado: Em ti,
tem em seu favor o fato
inegavel de que o teste-
munho dos escritores do
Novo Testamento tem pre-
cisamente 0 mesmo efeito
que o testemunho d'Ele.
Também eles falam superfi-
Quando Paulo deciara que “toda a escritura”
ou “cada escritura” 6 0 produto do sopro
divino, "é exalada por Deus", afirma com toda
a energia possivel, que as Escrituras sao 0
produto de uma operacéo especificamente
divina.
sero abencoados todos os
povos" (Gl. 3.8). Estas cita-
(GOes ndo sdo apenas exem-
plos da simples personi-
ficacdo das Escrituras, 0
que, alias, em si, é um uso
bastante notavel (ver Me.
Gialmente das Escrituras, usando esse tdo significativo
nome e citam-nas com um simples "Esta escrito”, im-
plicando que tudo quanto nelas esta escrito, é
divinamente autorizado. Do mesmo modo que a vida
piiblica de Jesus comega com este "Esta escrito” (Mt
4.4), também a proclamacio evangélica comeca com
um “Conforme esté escrito" (Mc. 1.2):e do mesmo modo
que Jesus procurou justificar a Sua obra com um solene
"Assim esta escrito, que 0 Cristo havia de padecer e
ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia"(Le. 24.46),
também os apéstolos justificaram, solenemente, 0
Evangelho que pregavam, em todos os seus pormenores,
com um apelo as Escrituras, "que Cristo morreu pelos
nossos pecados, segundo as Escrituras” e "que foi
sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as
Eserituras" (I Co. 15.3, 4: ver também At. 8.35; 17.3:
26.22; Rm. 1.17;3.4, 10; 4.17: 11.26; 14.11;1Co. 1.19:
2.9; 3.19; 15.45; Gl. 3.10, 13; 4.22, 27),
Onde quer que levassem o Evangelho, era um
Evangelho baseado nas Escrituras que prociamavam (At
17.2; 18.24, 28); e encorajavam-se a si mesmos para
provar a veracidade da mensagem com as Escrituras
(ver At. 17.11). A santidade de vida que inculeavam,
baseavam-na em exigéncias das Escrituras (ver 1 Pe.
1.16), e recomendavam a lei real do amor, que
ensinavam com sango divina (Tg. 2.8). Todos os
detalhes do dever cristo, os sustentavam com um apelo
&s Fscrituras (ver At. 23.5; Rm. 12.19). Vao buscar as
Escrituras a explicacdo de circunstancias nas suas vidas
@ dos acontecimentos em redor (ver Rm. 2.26: 8.36;
9.33; 11.8: 15.9, 21; II Co. 4.13). Do mesmo modo que
© Senhor declarou que tudo quanto estava escrito nas
Escrituras tem que se cumprir (ver Mt. 26.54: Le. 22.37,
24.44), assim, também, os seus discipulos explicavam
tum dos acontecimentos mais espantosos que se deram
nas suas experiéncias pessoais, mostrando que "convinha
que se cumprisse a Escritura que 0 Espitito Santo proferiu
anteriormente por boca de Davi...” (At. 1.16).
‘Afirma-se aqui, muito claramente, a razéo para
Jornal OS PURITANOS
15.28; Jo. 7.38, 42; 19.37; Rm. 4.3: 10.11: 11.2: Gl.
4.30; 1 Tm. 5.18; Tg. 2.23; 4.5 ss.), vocal, com a
convic¢ao expressa por Tiago (4.5) de que a Escritura
nao pode falar em vo. Mostram uma ceria confusio,
na linguagem corrente, entre "Escritura’ e "Deus
resultado de uma conviccao profundamente arraigada
de que a palavra da Escritura € a Palavra de Deus.
Nao foi a "Escritura’ que falou a Faraé, ou deu a sua
grande promessa a Abrado, mas sim Deus. Porém.
Escritura’ e "Deus" estavam t4o intimamente ligados
na mente dos escritores do Novo Testamento, que
odiam falar naturalmente da "Escritura’ operar aquilo
que as Escrituras dizem ter Deus operado. Era-lhes.
porém, ainda mais natural falarem casualmente ¢
atribuindo a Deus aquilo que as Escrituras dizem; e,
assim, encontramos formas de expresso, como estas:
"Assim, pois. como diz o Espirito Santo: Hoje. se
ouvirdes a sua voz..." (Hb. 3.7, citando o SI. 95.7):
“Tu, Soberano Senhor... que disseste por intermédio
do Espirito Santo, por boca de Davi, nosso pai. teu
servo: Por que se enfureceram os gentios..." (At. 4.25.
citando o SI. 2.1); "E, que Deus o ressuscitou dentre os
mortos para que jamais voltasse & corrupeao, desta
maneira o disse: E cumprirei a vosso favor as sanias e
fiéis promessas feitas a Davi. Por isso, também diz em
outro Salmo: Nao permitirds que o teu Santo veja
cormupeéo" (At. 13.34, 35, citandols, 55.3 SI. 16.10),
etc. As palavras colocadas, nestes casos, na boca de
Deus, no so palavra de Deus registradas nas
Eserituras, mas simplesmente palavras das Escrituras.
Quando comparamos as duas espécies de passagens,
em uma das quais se diz que a Escritura é Deus.
enquanto que na outra se fala de Deus como se Ele
fosse a Escritura, podemos verificar quao intima era a
identificacdo de ambas nas mentes dos escritores do
Novo Testamento.
Benjamin Breckinridge Warfield (1851-1921; USAD oi um dos maiores
tedlogs eelormacles conservadnres que delenderam a ontorhoxia
‘ina; Pro de Teologia Sistema na Universidade de Pins eton
AA Inspiragao Plendria
da Biblia e A Posi¢ao
Inconsistente dos
Liberais Por: Loraine Boettner
7D, schamados moderistas ou lberais, nao t8m uma opiniéo consistente, Ou tém
CT, Ll, de abracar deliberadamente o racionalismo e negar a autoridade da revelacao.
ou entao regressar ao conceito das Exritures, possuidores detoda a aitoidade
EY A histéria do Protestantsmo Liberal mostra-nos, claramente, a sua imensa
dificuldade em se manter na mesma plataforma do deismo, para no dizer do
Cristianismo. A sue tendéncia tem sido realmente para um reptidio de todos os
fundamentos da Fé Crista. O modernist, se sequir logieamente na direcao em
ue as suas premisses o levam, nega em primeiro lugar a inspiragao das
Escrturas, os milagres, a divindade de Cristo, a expiagho, a ressureigao;e, 8
5 chamades modernistas ou {or alé ao fim. acaba no completo cepticismo. Por muito estranho que pareca
eras, no tém uma opinio naiguns meios religiosos ouve-se falar hoje do "ateismo" da modema teologi.
Fis naizmeris pore eara, ume Incoritnce no proces olonaa su
tev or wig tematMoxfoon eyeliner nun concierge
Praticamente, todas as Igrejas ngélicas requerem_ aqueles que
regar a auteridade da rerlis80, sao urcce sarge minster Cath one talon vublealasae elias
ou entao regressar ao conceito das da Biblia como a Palavra de Deus. Por isso, a0 modernista nao the assiste o
Escrituras, possuidoras de toda a minime direito de ser ministro ou presbitero duma igreja evangélica, porque
consistente. Ou tém de abracar
deliberadamente o racionalismo e
autoridade. A historia do 1nao_possui_ boa moral. como nao tem, aliés, teologia. Confessar uma coisa
Protestantsmo Liberal mostra-nos, quando se acredita o contratrio, no ¢ indicio de possuir-se o caréter de um’
claramente, 4 sua imensa shomem honesto, Os votos de ordenacdo podem ser profundamente evangélicos.
difculdade em se manter na mesma 28.0 fato 6 que hé muita iaweias cujos ministros negamn ou omitem a verdade
platatorma do demo, para ido risté da infaliblidade da Biblia!
(Os que defendem a inspiragio dum ponto de vista inferior, defrontam
hzer do Cristianisma, A sua
ee eee problemas dos quais tentam fugir ao dizer que a Biblia contém simples mente a
tendnca fon si realnente P28 Palayra de Deus. Esta férmula dlfusa, porém, nada afima praticamente. Um
ae eee rio da india, que “corte por sobre areias douradas", contém, sem dvida. ouro,
fndamentos da Fé Crist
Mas deve ser muito dificil calcula a proporcao relativa enite a areia e 0 ouro,
Sea Biblia apenas contém a Palavra de Deus, como até os modernistas sem
escripulos o afirmam, sem divida que Ihe falta bastante para ser infalivel:
nesse caso, ficamos & merc? do criticismo ou das suas opinides pessoais. para
detetminar sobre quais sera smentos que sao Palavra de Deus ¢ aqueles
que s80 apenas palavra de homem.
0 Dr. Clarence E. Macartney disse recentemente: "Aqueles que se
afastaram da fé da numa Biblia infalivel, fazem esforcos desesperados mas
infeiramente vos, para conseguirem um substituto adequado e outro terreno
em que se apoiem. Mas, com 0 decorrer do tempo, o patético desespero deste
esforgo toma.se cada vez mais evidente. A "revelacéo progressiva”. a “experiéncia
pessoal, a “devocao pela verdade”, etc, im sido colocadas a parte uma apés
outra. O Modernismo e 0 Liberalismo, segundo seus préprios aderentes
confessam, gsido em bancarrota ¢ nao so mais do que “cisternas rotas’
ais os homens lancam, em vao, os seus baldes para consequirem a Aqua da
Vida. Nao existe qualquer substituto possivel para a Biblia inspirada, Ninguém
Rede preaar com 0 poder e a influéncia daquele que usa uma espada plena do
Cu, e que vai para o pilpito fortalecido com o ‘assim diz 0 Senhor’. Quando
enfreniamos os fatos terriveis do pecado, da paixao. da dor. do tuto, da morte
* Ir Para Pagina N°
Fsesgnace co Bt “
ABxpemio as asape tro eric 17
Jornal Os PURITANOSedoalém-timulo, as frases ocas eféceis do modernismo
nao séo mais do que um planta quebrada. Portanto,
aquele que prega o crstianismo histérico e defende a
revelacdo divina tem, no meia da tempestade, da
confusdo e das trevas da hora que passa, uma posi¢ao
incomparével...J4se avistam os sinais de que os homens
regressardo as Sagradas Escrituras para beberem de
novo a Palavra da Vida, e que a Igreja Prédiga, ferta
das bolotas do pais distante, regressaré a casa paterna.”
sue rejeitam a doutrina da lara @ respeito da
Inspiracdo, em favor de qualquer outra doutrina, jamais
poderdo estar de acordo entt ca das partes da
Biblia que sao inspiradas, ¢
dos que no 0 sho, ou 2
que ponto sao inspiradas, Se
a doutrina to elevada da
inspiragao verbal for re-
jeitada, pouco faltaré para
dizer-se que os escritores sagrados foram téo inspirados
quanto Shakespeare, Milton ou Tennyson. De fato,
partindo das suas premissas, alguns dos criticos tém
chegado a esta triste conclusdo. Afirmamos porém que,
2.05 milagres registrados nas Eserituras s80 aceitos, nao
ha razio forte para rejeitar o milagre de inspiracéc
pomue a inspiracéo
reino da palavra ou da composigéo. A maioria da
abjecies que hoie subsistem contra a doutrina, pode
ser tracada, mais ou menos claramente, partindo da
suposigéo de que o sobrenaturalé impossivel.
CERTEZA DE QUE A BIBLIA £ A PALAVRA DE
DEUS
Surge agora, naturalmente, a sequinte questéo:
‘como sabemos nés que a Biblia é a Palavra de Deus?
Eis e nossa resposta: Pelo testemunho do Espirito Santo
nos nossos coragbes, 20 examiné-la, Quando o crente
le a Biblia sente, instintivamente, que Deus Ihe esté
falando. O Espirito Santo testifica com o seu espitito,
que estas coisas sé como so; as principais bases para
2.sua conviccdo sho internas e néo externas. Aos que
té Confessar uma coisa quando se acredita 0
contrario, no 6 indicio de possuir-se o
carter de um homem honesto.
—
‘Alnspiragio Pienaria da Biblia © A Posilo inconsstente dos Liberals,
podem ser usadas, com éxito, para calar a boca dos
opositores. Apesar de tudo, nao tém senéo um valor
relativo. Fora da iluminagdo do Espirito Santo, jamai
poderdo convencer 0 incrédulo, por muito légica e
habiimente apresentadas
Tentar provar a origem divina da Biblia por meio
de provas externas, é 0 mesmo que querer prover a
existéncia de Deus com 0 mundo exterior Podem cita
52.os arqumentos ontol6gico, teleolégico. cosmol6gico
‘ou moral, o que bastaré ao crente, Apesar disso, esses
larqumentos néo séo tivos @ coercivos, © 05
inerédulos néo se darao_por convencidos. Se cor
sentirmos em fortalecer a
autoridade da Biblia por
meios exteriores, estamos
permitindo 0 combate no
terreno do adversério e,
nesse caso, femos de apro-
veitar a0 maximo possfvel os nossos argumentos. Em
si, estes arqumentos sdo de tal natureza, que levantam
divide na alma néo regenerada, e nio podem resolver
‘oassunto definitivamente, Se sairmos ao combate nesse.
terreno, faremos_uma.concé .20 racionalismo, que
pressupde ser_a razéo humana capaz de julgar @ de,
fapreciar todas as experiéncias humanas, e nega a
necessidade da revelagao divina, qualquer que sei
Estamos ou nao intimamente regenerados. Paulo
diz que *...homem natural nao aceita as coisas do
irito de Deus, porque Ihe sho loucura: € nao pode,
entendé-las, porque elas se discemem espiritualmente*
(I Co. 2:14). E, noutro lugar, diz que 9 Evangelho de!
isto crucificado 6”...escandalo para os judeus, loucura:
para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto:
judeus como gregos...poder de Deus ¢ sabedoria de
Deus" para salvaco (I Co.1.24). Por consequinte, 0
homem nao regenerado tem uma afitude antagonica e
1ndo seré convencido mesmo que se the apresente todo
attestemunho extemno de que se possa lancarmao. Todas
as pessoas tém de escolher entre a Vox Dei e a vox
mundi, a vor de Deus e a voz do mundo; ea decisao da
s80_espirituais a Palavra Os que defendem a inspiracéo dum ponto de sua escolha, do que para eles
autentica-seasiprdpria, Na_yista inferior, defrontam problemas dos quais P0ssui maior autoridade,
verdade, o crente acha
muita seguranca adicional
20 verificar as muitas exce
lencias das Escrituras, como sejam as sublimes verdades
expitituais e morais que ela apresenta; a unidade das
vérias partes; a magnificéncia do seu estilo; a influéncia
benéfica da Biblia, onde quer que ela chega; 0 apelo
que faz tanto ao sdbio como ao homem simples do
campo; as suas declaragées da verdade, em linguagem
tao simples que até uma crianca pode entender 0 seu
significado; enquanto, por outro lado, o homem mais
sdbio nao é capaz de esgotar a sua profundidade, o
cumprimento detalhado de suas profecias, séculos
depois de terem sido proferidas, etc. Fis, na verdade,
algumas provas que obrigam a sua aceitacéo, e que
Jornal OS PURITANOS
tentam fugir ao dizer que a Biblia contém “ePpende de serem ou ndo
simplesmente a Palavra de Deus.
regenerados. E impossivel a~
alma humana, sem qualquer
auxflio. compreender as coisas profundas do Espitito,
como é para o psicanalista comum, dar uma explicacio
adequada do processo da salva¢éo, Tados os esforcos
tendentes a convencer a alma nao regenerada da origem
ina da Biblia, por meio de provas escoldsticas ou
histGricas, s6 podem resultar em insucesso ¢ tém de ser
‘abandonados, de forma tio completa, como Jesus fez,
quando desistiu de convencer os membros do Sinédrio
de que Ele nao era culpado de blasfémia, visto que eles
tinham resolvido, no seu intimo, 0 contrério. Foi este 0
prinefpio que fez com que a lgreja Protestante resistisse,
rho tempo da Reforma, a Igreja Catélica. Enquanto osLoraine Boetiner
catélicos reconheciam a lgreja como fonte de autoridade,
0s hurmanistas admitiam a razdo humana, o principio
protestante de que a Confissio de Westminster é um
prinefpio tipico, era de que a fonte de autoridade é a
vvor de Deus falando a alma. "A autoridade das Sagradas
Escrituras, nas quais devemos cter e obedecer, nao
depende do testemunho de homem algum, nem de
qualquer igreja, mas sim. inteiramente, de Deus (que é
averdade) ¢ o Seu Autor, ¢, pottanto, deve ser tecebida,
pois é a Palavra de Deus... A nossa conviccao e
sequranca profundas na verdade infalivel e na sua
autoridade divina, esté na
Fé Crista estaria praticamente indefesa perante os
ataques do inimigo. Desejamos uma base sélida para a
nossa fé, ea nossa investigag&o mostra que a possuimos,
Reconhecemos que as provas externas, a0 serem
apresentadas a0 incrédulo, de forma racional, apontam
ocaminho para Deus e preparam, muitas vezes, 0
coracéo para a obra do Espitito Santo. Mas desejamos,
no entanto, mostrar que estas provas em que alguns
tanto confiam sio destituidas de valor a menos que
sejam suplemeniadas pelo Espirito Santo nos coracées,
E possivel que os nossos adversanios se queinem
de que este método da a
raz4o da operacio interior
do Espirito Santo que da
testemunho por meio. com
a Palavra nos nossos cora-
bes" (1, 1V. V). Esté fora de
duvida que aleancariamos
Quando enfrentamos os fatos terriveis do
pecado, da paixao, da dor, do luto, da morte
e do além-timulo, as frases ocas e faceis do
modernismo nao sao mais do que uma planta
quebrada.
discussao um aspecto dema-
siadamente dogmatico. Es-
quecem, porém, que agem
exatamente do mesmo mo-
do: partem, também. de
premissas que so axio-
muito maior progresso nas discussées, ho!. em dia, se
nos recordassemos sempre deste principio.
Em suma: a {6 do crente no depende de provas
externas, mas da experiéncia intima, O crente vive pelas
Escrituras e deleita-se na sua luz. Tem uma sequranca
consciente e intima - chamem-Ihe misticismo ou
qualquer outta coisa -de que é fiho de Deus, e de que
as Escrituras sho a Palavra de Deus, As provas externas
jservem pata classificat e fortalecer a sua fé, mas a proval
labsoluta e infalivel de que o sistema cristo 6, sem
maticas, ainda que pretendam que estio sujeitos. de
forma absoluta, a razao. A sua proposicao ¢ quea azo
humana é competente para julgar todas as coisas, até
mesmo as coisas profundas de Deus. Ainda que
reconhecamos ser © seu ponto de partida errado ngo
‘nos queixamos disso, pois eles ndo podem fazer outra
coisa: a mente que néo ¢ iluminada pelo Espitito Santo
nd0 pode do Espirito, Como disse
[Thorrwall, e muito bem: "A walidade da evidéncia ¢
© poder para entendé-la € outra_ muifo|
|dvida, © verdadeiro sistema, encontra-se no tes-
2 de o seu coragae, quando Ié,
ha sua experiéneia como crente. Mesmo que
possua_o conhecimento de todas as evidéncias
escolésticas e cientificas, que Ihe permitam defrontar.0s
crticos destrutivos no seu priprio terreno, o crente repele
todas as suas dividas da mesma maneira como fez.0
cea. cutado pelo Salvador. que telcava.a todos os
argumentos dos fariseus. com a sua_conviccao
‘habalvel ‘Se é pacador, nao si-umna coisa sel cura
cego ¢ agora vejo". O crente nao pede autorizagao ao
crlico para ever, da mesma
forma ue nao pede au
torizagio a0 médico para
respirar, pois ambas as
coisas si para ele abso
lutamente naturais ¢ es-
pontaneas. Julga, na ver-
dade. que o estudo cientifico e escoléstico dé
direcao_mais clara a Palavra, e que the permite
sistematiza-la e compreendé-la melhor. Mas a autoridade
supreme de sun crenca-vem-do coragho-e nfo-do
"so ndo sianifica que menospreza.asabedorlaea
ciéncia, Em parte alguma se encontra 0 principio da
Giéncia sadia e de investigacdo cientifica em condigdes
mais puras do que entre os verdadeiros ¢ leais crentes
das larejas Evangélicas. De fato, estamos convencidos
de que. se nao fora o auxilio prestado pela sabedoria, a
Dei e a vox muni
Todas as pessoas tém de escolher entre a Vox
i, a voz de Deus e a voz do
mundo; e a decisdo da sua escolha, do que
para eles possui maior autoridade, depende
de serem ou néo regenerados.
Kdiferente. Nao ¢ valida uma objecdo contra o brilho do|
ol, se ndo pode dar luz aos cegos". Cada um de nds
determina os sous métodos. O mais que podemos pedir
€ que esses principios sejam postos a prova. e que se
nos dé oportunidade de verificar qual deles se
enquadram melhor nas realidades da vida
Desejamos, em conclusdo, que o Povo de Deus
se radique e baseie, de forma completa e absoluta. na
grande doutrina da inspiracéo das Escrituras: e que.
depois de ter examinado as evidéncias, se convenca de
quea Biblia é Palavra de Deus. Visto que todas 2s outras,
grandes doutrinas cristas
jerivam da Biblia, @ esto
bbaseadas na sua autoridade.
sta doutrina é, por assim
dizer, a mac ¢ a quardia de
todas as outras. Cremos que
as declaracées que fizemos
880 fatos que resistrdo 8 prova da investigagao cientifica
¢ histérica, ¢ que ndo poderdo ser negadas por uma
pessoa bem informada e honesta
Fmbora a Biblia seja negligenciada, hoje em dia,
em muitas igrejas, cremos que viré o tempo em que ela
ocuparé 0 devido lugar na igreja e nos negécios
humanos. De qualquer maneira, temos a absoluta
confianga de que. quando 0 tumulto findar, quando a
presente tempestade de incredulidade houver desa-
parecido, de novo surgirdo os picos. altos e sagrados do,
Sinai e do Calvario e que, no meio das ruinas de tronos.
Jomal OS PURITANOSAlnspiragao Pleniria da Biblia € A Posigdo Inconsstente dos Liberals,
de nagbes desaparecidas e de principios morais que nao
so mais, a humanidade, provada por tantos desgostos,
purificada por tantos sofrimentos e tomada sébia por ‘de Agfonomia na Universidade de Massouh
tantas experiéncias extraordinérias, de novo se curvaré tm 1917 recebe o grau honoriia de Qnuter em Divina ech
perante o Deus Onipotente e Misericordioso, como Ele 197 » yyau de Dr_em Literatura, Ensino Bia pity af m0
mesmo Se revela numa Biblia infalivel. Pikeville College, Kentucky. Resdiu em Washington, D.C. por ze
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inwmortaity © Roman
A Predestination, Studies in Thes
ios.
De. Loraine Boctiner nascew numa fazenda no nordeste ce Missour
PRONTAMENTE ELE POS DE LADO SUA GLORIA...
(Filipenses 2: 8)
Ele nao veio na majestade de um Rei, rodeado de seus guarda-
costas, mas Ele veio pobremente; nado como herdeiro dos céus, mas de
descendéncia humilde. O lugar onde Ele nasceu era pobre, nao foi a
cidade real de Jerusalém, mas Belém um insignificante e obscuro vilarejo.
Ele nasceu numa hospedaria e uma manjedoura foi o Seu berco, as
teias de aranha suas cortinas e animais seus companheiros. Descen-
dente de pais pobres... conforme é manifesto por suas singelas ofertas
“um par de rolas ou dois pombinhos" (Lucas 2:24), que era tipica oferta
de gente pobre. Cristo era tao pobre que quando Ele precisou de dinhei-
ro, foi forgado a realizar um milagre para obté-lo (Mateus 17:27). Quando
Ele morreu nao fez nenhum testamento. Ele veio a este mundo pobre.
Por que Ele veio? para que pudesse tomar a nossa carne e nos
redimir, trazendo-nos para 0 Seu reino. Ele foi pobre para que pudesse
nos fazer ricos. Ele nasceu da virgem para que pudéssemos nascer de
Deus. Ele tomou nossa carne para que pudesse nos dar Seu Espirito.
Ele foi posto numa manjedoura para que pudéssemos ser postos no
paraiso. Ele desceu do céu para que pudéssemos ser elevados as altu-
Tas.
Afim de tomar a nossa carne, Cristo desceu ao ultimo estagio de
sua humilhagao. Ele se humilhou mais sendo concebido no ventre da
virgem que dependurado na cruz. Nao é muito para um homem morrer
mas para Deus se tornar homem este foi o ato mais extraordinario da
humilhagao. Ele "tornou-se semelhante aos homens" (Filipenses 2:7).
Para Cristo se tornar em carne foi algo mais humilhante que anjos se
tornar em vermes... Ele despojou a si mesmo das Suas vestes de gloria
para cumbrir-se com os trapos da nossa humilhacao.
PURITANO (Thomas Watson, A Body of Diinty, pp. 136-7 (BT)
Jomet 05 PURITANS weFidedignidade
da Biblia
Por: Loraine Boettner
Depois de um breve estudo sobre
0s pretensos erros e olscrepandas,
Jnclaindo no s6 0s que
_mencionames, mas também muitos
outros, afirmamos, sem receio de
_sermos desmentidos, que nenhum
deles é auténtico, Como cristéos
chamamos ao livro de Deus “Biblia
Sagrada”
* Ir Para Pagina N°
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epcis de um breve estudo sobre os pretensos erros e discrepancias, incluindo
nao 86 05 que mencionamos, mas também muitos outros, afirmamos, sem
receio de sermos desmentidos, que nenhum deles € auténtico. Como cristaos
chamamos ao livro de Deus "Biblia Sagrada’. Se se tratasse apenas de um livro
relativamente bem escrito, apresentando verdades morais e espirituais valiosas
mas contendo ao mesmo tempo muitas coisas duvidosas, nao Ihe poderiamos
aplicar 0 adjetivo "Sagrada". Estaria, neste caso, no mesmo nivel de outros
livros e a tinica diferenca seria nao em qualidade mas em grau,
Porém, quao diferente é a nossa atitude quando nos aproximamos dela e
a consideramos a Palavra de Deus, tinica regra de {é e prética, inspirada e
infelivel! Quao prontamente aceitamos as suas declaracées e nos curvamos
perante a enumeracéo do nosso dever! Quao indistintamente trememos perante
{as suas ameacas como descansamos nas suas promessas! Ao prociamarmos a
Palavra da Vida, no pilpito ou numa aula; ao tentarmos dar conforto junto de
um leito de dor ou num lar enlutado; 20 vermos os nossos companheiros hutando
contra a tentagéo ou preocupados com problemas ¢ thes damos coragem ¢
cesperanca para este mundo e para o vindouro, quo gratos estamos por uma
Biblia absolutamente fidedigna! Em tais casos, queremos saber que possuimos
1nao algo simplesmente provével ou plausivel mas seguro e conereto.
Aquilo a que se dé o nome de "Lei de Documentos Antigos", aceita em
geral pelos estudiosos dos livros religiosos e seculares, consiste em supor que
"Documentos apatentemente antigos, que nao tragam consigo marcas de
falsificagao e encontrados sob guarda conveniente, sao verdadeitos até que
existam proves, suficientemente fortes, em contrério". Pois bem, afirmamos
ue, julgados por este principio, os livros do Velho e do Novo Testamento so
aquilo que dizem ser e, como tal, deverdo ser aceitos. Estamos certos de que.
quando 0s eriticos forem vencidos, quando a batalha terminar e a fumace
desaparecer, 0s livros da Biblia, se pudessem falar, diriam 0 que Paulo disse a0
carcereiro de Filipos: "Nao te fagas nenhum mal, porque todos aqui estamos".
A principio, parece muito dificil compreender por que tantas pessoas se
preocupam em apontar erros na Biblia, Mas, a0 examninarmos o fato mais
detalhadamente, verificamos que a razéo esté em que a Biblia julga os homens
eaponta o pecado dos seus coragées, E-0s homens ndo-convertidos nao gostam
disso, antes preferem ler um jornal ou um romance. A descricao de uma
julgamento, no jornal, interessa-lhes muito mais do que um capitulo do Novo
Testamento, E porque nao gostam que a Biblia Ihes diga a verdadea seu respeito
edomundo em que vive, tentam descobrir erros no Livro Santo. A razéo por
que no podem deixar o Livro em paz, é que ele nao os deixa paz, Em todas as
épocas e em todas as classes sociais, 0s infigis tm tentado tudo quanto Ihes é
possivel para encontrar eros que condenem a Biblia como falsa, Nao tm
pprazer em apontar erros em Viralio, em Cicero, em Shakespare, mas nao podem
suportar a Biblia. E, infelizmente, os inimigos fidagais da Palavra nao se
‘encontram apenas entre as pessoas incultas mas também entre pessoas educadas
<.cultas, Realmente, muitos que nada tém em comum, unem-se, no entanto,
na sua oposicéo & Biblia,
Jornal Os PURITANOSTestemunho de sébios famosos
Ha, evidentemente, hoje em dia, muitos sabios
que, por varias razées, tentam lancar o descrédito sobre
a Palavra de Deus. Comecam em geral por atacar 0
Velho Testamento e levam esse ataque alé ao Novo
‘Testament. Porém, temos a alegria de dizer que muitos
‘bios, hd, de sabedora pelo menos igual, que declaram
sera Biblia absolutamente digna de confianga. O falecido
Dr. Benjamim B. Warfield, professor de Teologia
Sistematica em Princeton durante 35 anos, fol, cremos,
maior tedloao e estudante do Grego que jamais houve
na América, Depois de ter exeminado a evidéncia sobre
ue todos 05 criticos baseavam as suas conclusdes, no
teve qualquer escripulo em declarar que essa evidéncia
era destituida de qualquer valor, e disse que a Biblia, do
Génesis a0 Apocalipse, é aquilo que pretende ser a
Palavra de Deus..O seu livro "Revelacio e Inspiracao"
6, sem dtwvida, o melhor lio sobre o assunto, A revista
"Sunday School Times" tem absoluta razo a0 afirmar
que ‘é a defesa mais erudita, exaustiva e convincente
da Inspiracdo da Biblia jamais aparecida, nos dltimos
tempos’
Em relacéo a0 Velho Testamento, sentimo-nos
‘em terreno seguro, ao afirmar que no suraiu, até hoie,
maior autoridade do que Robert D. Wilson. Conhecendo
perfeitamente 45 linguas e dialetos, e sabendo mais
acerca do Velho Testamento do que qualquer homem
alual, eis como ele apresentou as suas conclusbes:
"Dediquei-me constantemente, hd quarenta ¢
cinco_anos, 20 estudo do Velho Testamento em todas
as linguas, em toda a sua arqueologia, em todas as suas
‘radugées e, tanto quanto possivel, em tudo quanto diz
respeito ao seu texto ¢ a sua histéria... A evidéncia que
ppossuimos convence-me de que Deus falou muitas vezes
ede muitas maneiras pelos profetas e pelo Filho (Heb.
1.1),,¢de que o Velho Testament em hebraico, sendo
inspirado diretamente por Deus, foi conservado puro
pela Sua providéncia e cuidado"
(O mundo continua 2 esperar por uma teoria
que dé um relato adequado da origem ¢ da autoridade
da Biblia, baseado noutras hipéteses que nao tenham a
sua origem em Deus. Uma apés outra, as teorias
apresentadas caem automaticamente ou séo des-
mentidas por outros esquemas iguaimente destrutivos
Aléhoie nenhuma outra hipstese, com excecdo daquela
{que se refere a origem divina, conseguiu manter-se mais,
de meio século, Isto 6, de per si, uma prova de que a
origem do Livro néo se pode atribuir a outros meios
além dos que nos foram apresentados pelos mesmos
profetas. Nao temos tampouco razdo para admitir que
apareca outra teoria com possibilidade de éxito, no
futuro. Assim, 0 tinico curso racional a seguir é aceitar
aquilo que a Biblia afirma ser, até que possamnos mudar
de opinio.
E interessante demonstrar que, através dos
séculos, a Fé Crista ortodoxa tem-se desenvolvido e
defendido pelos esforgos reverentes e ansiosos de
Joma OS PURITANOS
Fidedignidade da Biblia
Origenes, de Agostinho, de Erasmo, de Lutero, de
Calvino, de Hodge e Warfield, que acreditavam na plena
inspiracao da Biblia, e nao pelos pelagianos, socinian
\wellhausens e fosdicks com suas duividas sobre se Moisés,
Paulo ou até mesmo Cristo acreditavam naquilo que
diziam. O nosso desejo é que nao haja oportunidade
parase dizer de nés, 0 que foi dito daqueles que viveramn
em épocas passadas: "que recebemos a Palavra de Deus,
tal como foi anunciada pelos anjos, e ndo.a quardamos’
Razées para a nossa fé de que a Biblia ¢ infalivel
Quando afirmamos que a Biblia é absolutamente
fidedigna quanto a sua apresentacao de fatos dou-
trindrios ou éticos, nao queremos com isso dizer que
examinamos pessoalmente cada uma das suas
declaracées 1&0 cuidadosamente que nos sentimos
justficados ao afirmar que séo todas verdadeiras, nem
tampouco queremos dizer com isso que somos
‘oniscientes. Chegamos a esta conclusdo, em primeiro
lugar, ao notar as reivindicacées feitas na Biblia acerca
da sua propria inspiracdo e fidedignidade; e depois,
‘experimentamos essa pretensio com os fatos fornecidos
pelo criticismo e pela exegese biblica. Em virtude da
muita evidéncia que consubstancia esta pretensao da
Biblia, como por exemplo o alto nivel morale espiritual
que existe por todo © Livro, a prometida direcéo do
Espirito Santo, as muitas profecias feitas em de-
terminadas épocas e que, no devido tempo, tiveram 0
set cumprimento, até nos mais insignificantes por.
menores, a inerente unidade do Livro, a forma simples
@ sem preconceitos com que se descrevem acon-
tecimentos, etc., e, portanto, na auséncia de quaisquer
erros comprovades, concluimos que a Biblia é aquilo
‘que pretende ser: um livro inteiramente inspirado. Esta
parece ser a tinica maneira logica e compreensivel de
encarar 0 problema. Se rejeitarmos este método, para
chegarmos a uma conclusdo teremos de fazer um exame
exaustivo de cada parte das Escrituras, verso por verso.
declaracao e provar a sua veracidade ou falsidade. Ao
tentarmos este processo, depressa esbarraremos com
coisas dificeis de entender, declaracées sobre que ndo
temos informacao adequada, e profecias ainda por
cumprir. Encontrar-nos-emos a lutar com as Escrituras,
para nossa propria destruigao espiritual.
‘A posicao dos conservadores sobre este assunto,
foi apresentada, de forma bem clara, pelo Dr. Samuel
Craig. Depois de afirmar que "a Biblia dé testemunho
acerca da sua propria veracidade’, acrescenta: "Se nao
fosse assim, o mais que poderiamos dizer é que a Biblia
‘no possul erros comprovados. Tal fato é bem dbvio, se
ros lembrarmos de que as partes mais recentes da Biblia,
foram escritas ha cerca de dois mil anos; que a Biblia,
como um todo, trata de periodos de historia dos quais,
na melhor das hipéteses, temos apenas informacées
incompletas; que relata as crencas e experiéncias de
muitos individuos acerca dos quais pouco sabemos e
que contém representacdes que, supée-se, foram
oeFidedignidade da Biblidedignidade da Bina
reveladas de forma sobrenatural, incluindo muitas
predigdes ainda nao cumpridas - para nao enumerar
‘outros assuntos. Ninguém, nem mesmo os sabios mais
famosos, possui o minimo de conhecimentos, que seriam
necessério para poder afirmar, com base apenas no seu
préprio conhecimento, que a Biblia tem qualquer erro,
Porém, somos da opiniao que 0 problema é ab-
solutamente diferente, se 0 testemunho da sua
veracidade absoluta 6, em si, parte do fenémeno
escriturfstico. Neste caso, 0 caminho esté aberto para
afirmar a sua completa veracidade, sem necessidade
de provar uma negativa universal. Evidentemente néo
pretendemos que nos julguem, como se afirméssemos
que o mero fato de que a Biblia pretende ter infalibilidade
1nos inibe da responsabilidade de examinarmos as suas,
assagens para afirmar que parte do seu contetido esta
de acordo com as suas reivindicacoes, Porém, sea Biblia
apresenta tal reivindicacdo, e se o exame mais cuidadoso
nada revela que a contradiga, é possivel que entao que
essa reivindicagao seja valida. Se, a0 examinar a Biblia,
verificamos que todas as suas declaracées s4o veridicas,
seremos mais inclinados a crer que as declaracées
incapazes de se verificarem, s4o iqualmente veridicas.
Em poucas palavras, a nossa defesa ao afirmarmos
infalibilidade da Biblia, baseiase: (1) Na auséncia de
eros comprovados: ¢ (2) no testemunho que a Biblia
presenta da sua completa fidedignidade, A nossa
confianca na fidedignidade dos escritores biblicos ¢ tal,
que nos sentimos absolutamente fundamentados ao
aceitar as suas declaracées como verdadeiras, mesmo
quando nao tehhamos possibilidade de as verficar’. E,
noutro lugar: "Estamos dependents das Escrituras para
© nosso conhecimento de todos os fatos e doutrinas
distintas do Cristianismo. Se ndo podermos confiar nelas,
quando falam de si préprias, como poderemos confiar
nelas quando nos falam acerca da divindade de Cristo,
da redencéo pelo Seu sanque, da justficacdo pela fé,
mneracao pelo Espirit urreicao dos
mortos e da vida eter:
‘Além disso, nao podemos ver inteiramente a
importancia do testemunho a respeito da sua propria
veracidade, a menos que consideremos o fato de que a
fidedignidade de Cristo esta também envolvida, Peas
expressbes: “A Escritura nao pode ser anulada” e “até
que os céus e a terra passem, nem um jota nem um til
se omitird da lei, sem que tudo seja cumprido’, Ele afribui
completa autoridade ao Velho Testamento, como um
todo organico, e faz dele a regra de vida. Nestes pontos
nao existe qualquer questao a respeito da pureza do
texto grego. Assim, a autoridade das Escrituras ¢ a|
autoridade de Cristo esto ligadas inseparavelmente, Hé,
infelizmente, quem se incline perante ele e se reaoziie
nEle como Mestre e Senhor e, simultaneamenie, impute
eros, ndo s6 histéricos como morais as Escrituras!
Porém, nao é possivel manier uma atitude tao]
inconsistente, Parece-nos absurdo que sejamos a_um
tempo Seus adoradores e Seus criticos! $6 a ignorancial
He 16
ou a falta de reflexdo faz com que seja possivel que
alguém pense que pode continuar a ser ortodoxo na
sua concepcéo acerca de Jesus, aceitando, igualmente,
muitos pontos de vista de criticos destrutivos. Quando
dizemos: “Jesus, ensina-me isto ou aquilo, mas a verdade
é esta ou aquela’, jd nao _Lhe prestamos culto como
‘Senhore Mestre. Deste modo, a pergunta: "Que pensais
és de Cristo; de quem ¢ Ele filho?" E. perfeitamente
paralela & pergunta: "Que pensais vés da Biblia; de quem
€ este livro?" A investigacéo convence-nos de que a
Biblia, ¢ bem assim o Cristo por ela apresentado, é
verdadeiramente humana e verdadeiramente divina. Do
mesmo mado que Ele era verdadeiro homem, tentado
em tudo como nés o somos, mas sem pecado, porque
era divino, também a Biblia é, na verdade, um livro
humano, escrito por homens como nés, mas sem erros.
porque é também divina.
Quando dizemos que a inspiracéo abrange todas
as partes da Biblia, ndo queremos dizer que todas as
suas partes sio iqualmente importantes. Admite-se, de
‘boa vontade, que Génesis, Mateus ou Apocalipse, por
exemplo, fm muito mais importincia do que Il Cronicas
‘Ageu ou Jonas. Como Paulo diz: "Uma estrela difere
emaléria de outra estrela’ - e, no entanto, Deus criou
asa todas. No como humano, alguns drgaos tém muito
‘mais valor do que outros: os olhos, por exemplo, ou 0
coraco so mais valiosas do que os dedos ou o cabelo,
De fato, quase podemos viver prescindindo de certos
S1ga0s, embora um compo completo seja muito mais
desejével e sadio. O mesmo se pode dizer da Biblia
‘nem todas as suas partes tém o mesmo valor, mas todas
so iqualmente verdadeias,
Além disso, nfo pretendemos dizer que se nde.
houvesse inspiracéo nao haveria Cristianismo
‘Admitimos, de boa vontade, que se os escritores biblicos,
dependessem apenas das suas faculdades como se
fossem historiadores e simples mestres, poderiam, apesar
disso, dar-nos relatos precisos das mensagens que
tivessem recebido e dos acontecimentos que tiverar
lugar, e que o Cristianismo assim mesmo teria
prosseguido, embora de uma forma muito mais pobre
Mesmo que a Biblia como livro se tivesse perdido po:
completo, as verdades essenciais a respeito do caminhe
da salvacéo nos teriam sido transmitidas, relativamente
Constantemente err0s piores, estariamos expostos! Nac
se pode negar que teriamos somente uma forma de
Cristianismo, muito fraca e pobre. Para podermos
apreciar 0 que nos aconteceria, basta-nos olhar pare
certos grupos como a lgreja Catélica, a Igreja Ortodoxa
as lgrejas Nestoriana e Copta, e para os modemnistas
dos nossos dias, com a sua Biblia indigna de confianga
@ asua contfissao sem limites. Nas duas primeiras lgrejas
citadas, foi negado ao povo 0 acesso as Escrituras; nas
‘outras duas tém as Escrituras mas se mistura com muito
erro, Portanio, sem a Biblia, alvez tivéssemos qualquer
forma de Cristianismo, mas quéo pobre seria! Quem
Jornal Os PURITANOSpode medit © valor exato we uit: prisuegn: vino este?
Na verdade, a pratica tem demonstrado que 0 fator que
mais fortemente tem _contribuido para a conservacéo
doverdadeiro Cristianismo, através dos séculos, tem sido
‘uma Biblia digna de confianca nas maos do povo.
(Cremos que a Biblia, tal como a conhecemos, est
completa e nenhum outro “E porque nao gostam que a Biblia Ihes diga
livro se the deve acrescentar,
Fideignidade da Biblia
divina e a autoridade das Escrituras mas com algumas
reservas. Declaram que a Vulaata, traducio latina da
Biblia por S. Jerénimo, terminada em 405 ¢ 0 texto
auténtico das Escrituras. ¢ que “ninguém deve atrever
s@ ou pretender rejeité-lo sob pretexto algum”. Além’
disso, ¢ 0 que é mais importante, introduzem uma.
estimativa, fundamental-
mente diferente do lugar
a verdade a seu respeito e do mundo em que
vivem, tentam descobrir erros no Livro Santo.
A razéo por que nao podem deixar o Livro
das Escrituras na Religiio,
eda Religiao emsi, quando
Cremos isto porque a Bibl
10s da um relato suficien-
‘mente claro da relacéo
nistente entra oS em paz, 6 que ele ndo os deixa paz.”
colocam, juntamente com
as Escrituras e como pos-
Jeus e os homens, e do Plano de Redencéo do Senhor suindo igual autoridade, certas tradicdes da lgreja que
Jeus, tal como foi realizado por Cristo, e que esté sendo
plicado agora ao Seu povo. pelo Espitito Santo. E isto
tue apresenta a Confissao de Fé de Westminster, quando
liz; "Todo o Conselho de Deus acerca das coisas
ecessArias para a Sua propria gloria, salvacio, fe vida
Johomem, é expressamente apreseniado nas Escrituras
ou pode delas ser deduzido, como conseqiiéncia boa e
necessaria, & qual nada se pode acrescentar, em tempo
algum, seja por novas revelagées do Espirito ou por
tradigéo do homem’.
Devemo-nos lembrar de que a doutrina Pro-
testante da Inspiracdo e autoridade das Escrituras, difere
fundamentaimente da que é sustentada pelos papistas.
Q Coneilio de Trento, que se reuniu na cidade italiana
do mesmo nome, ¢ cujas sessées terminaram em 1563,
fixou as regras que a Igreja de Roma tem, desde enta
defendido consistentemente. Afirmam a inspiracéo
‘em geral consistem de decretos papais e dos concilios
da Igreja, ¢ declaram que unicamente a lareja se deve
reconhecer como “o juiz do sentido ¢ intempretacao das
Sagradas Escrituras”. Isto coloca a autoridade final da.
interpretacdo das Escrituras nas maos de homens faliveis
¢ pecadores, ¢ abre de par em par a porta a toda a
eapécie de erro,
De Loraine Boerner nasceu numa fazenda no nordeste de Missour
Graduou-se do Semindrio Tealigico de Princeton em 1924)
Th.8.1928; Th.4.1929} onde estudou Teologia Sistemstica com De
C.W. Hodge. Anteriormente lormou-se em Tarkio College, Miss
© fer um curso breve de Agronomia na Universidade de Missouri
£m 1933 recebeu o pau hontrério de Doutor em Divindade, e, em
1957 0 grau de Dr em Literatura. Ensinow Sia por oto anos no
Pikeville College, Kentucky. Resdiu em Washingion, D.C. por anze
anos em Los Angles por ies anos. Escreveu véros livtos,
The Reiormed Doctrine of Predestination, Studies in Th
Immortality e Roman Catholicism,
A EXPRESSAO DA TEOLOGIA PURITANO-REFORMADA
Ref: 12) o.5:39: 13) 175. 2:13; GL 1-11-12
CONFISSAO DE FE DE WESTMINSTER - CAPITULO I/IV
DAS ESCRITURAS SAGRADAS
A autoridade” da Escritura Sagrada, razdo pela qual deve
ser crida e obedecida, nao depende do testemunho de
qualquer homem ou igreja, mas depende somente de Deus
(a mesma verdade) que é o seu Autor; tem, portanto, de
ser recebida, porque é a Palavra de Deus."*
Jornal OS PURITANOSA Historicidade
de Adio Por: Brian Schwertley
~~ 5 dos mais caluni los trechos da Biblia so os
rds primeiros capftulos de Genesis. A alquém que freaientasse qualquer
/ universidade secular, ou alquma igre liberal ou modernist, he seria dito que
LAS esprimeizos capitulos de Génesis nio wlatam fatos reais. O professor de uma
foculdade secular humanista e o pastor modemista argumentatiam que essas
primeiras narretivas s80 mitos, lendas, contos ou parsbola, Em otras palavras.
que nao existiu um Ado e uma Eva lterais, ou uma Queda literal e histirice
‘notempo e espace, Devido a frequente e largamente divulgada negacao de um
Adéo e uma Eva literais e historicos (e sua conexéo com a exposic¢do do
Um des mais cabiniades, Evangelno no Novo Testamento). 6 muito importante compreender os ensinos
‘desacrediados e lstorcidos biblicos sobre a historicidade de Adéo.
trechos da Blbka sf0 0s trés Para examina a historicidade de Addo, precisamos considerar os sequintes
primeiros capitulos de Génesis. A ‘6picos.
Primeiro, precisamos considerar o fato de que a rejei¢io modernista e