Milho
Os primeiros registros do cultivo do milho datam de há 7.300 anos, e foram
encontrados em pequenas ilhas próximas ao litoral do México, no golfo do
México. Seu nome, de origem indígena caribenha, significa “sustento da
vida”.
Uma vez difundido no México, o grão se firmou como produto em países da
América Central com clima propício para seu cultivo, como o Panamá, e pela
América do Sul, segundo as informações da Embrapa (Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária).
Na América do Sul, a origem do milho está mais precisamente no Sul Peru.
No Brasil, o milho já era cultivo pelas tribos indígenas antes da chegada dos
portugueses. Com a colonização, há mais de 500 anos, o consumo teve
grande aumento, tonando-se um hábito alimentar. Os índios tinham em sua
alimentação o milho como um dos principais alimentos, principalmente as
tribos guaranis.
Mas foi com a chegada dos colonizadores, há mais de 500 anos atrás, que o
consumo do cereal no país aumentou consideravelmente. E passou a
integrar o hábito alimentar da população.
De acordo com a Fundação Joaquim Nabuco, no período Brasil-Colônia, os
escravos africanos tinham no milho, além da mandioca, como um de seus
principais alimentos.
No entanto, com o período de colonização do continente americano e as
chamadas grandes navegações que ocorreram durante o século XVI. O
milho se expandiu para outras partes do mundo. Se tornando um dos
primeiros itens na cultura mundial.
Paçoca
Paçoca é um alimento de origem indígena constituído por carne bovina e
farinha de mandioca. Aqui, claro, estamos falando da versão salgada.
Era um alimento muito utilizado pelos tropeiros do Nordeste que chegavam
a ficar semanas em viagem longe de casa. Para garantir o sustento,
precisavam levar comida que fosse de fácil transporte e rápida de se
preparar.
Tal necessidade fez da paçoca um dos alimentos mais consumidos e um dos
que rapidamente se popularizam Brasil afora.
A atividade dos tropeiros era basicamente transportar encomendas e
mensagens entre os distritos afastados.
Em época que não existiam grandes meios de transporte, os tropeiros
montados em seus burros eram o principal meio de integração das cidades,
por isso exerciam papel importante para a troca de informações e
mercadorias, contribuindo para manter uma unidade, ainda que precária
no país.
Por visitarem várias regiões, foram responsáveis por popularizar alguns
hábitos entre cidades e capitanias, pois muitas vezes eram os únicos meios
de contato que povoados e vilas tinham do mundo externo.
Apesar do largo consumo e da popularização que promoveu, a paçoca não
é invenção da cultura nordestina, mas da cultura indígena.
Os povos indígenas já se alimentavam com comida à base de carne seca e
farinha de mandioca.
O termo “paçoca” vem do termo indígena “pasoka”. Alguns especialistas
apontam que também venha do Tupi “po-çoc”, mas ambos têm significados
parecidos. Enquanto o primeiro significa “esmagar com as mãos”, o outro
significa “esmigalhar”.
Receita: Canjica
500g de milho para canjica
150g açúcar cristal
01 litro de leite integral
500ml leite de coco
250g de amendoim torrado e moído
250g de paçoquinha
800g de creme de leite 17% gordura
250g de doce de leite
100g de coco fresco ou seco
395g leite condensado
No dia anterior coloque o milho de molho na água, de um dia para o outro
e escorra a água.
Em uma panela de pressão coloque o milho já escorrido e acrescente água
e os 150g de açúcar cristal por mais ou menos 40 minutos.
Em outra panela maior coloque o milho cozido, o leite integral, leite de coco,
creme de leite
Cozinhe por 5 min e depois coloque o amendoim torrado e moído, paçoca
esfarelada, e deixe cozinhar por uns 10 minutos e coloque o coco ralado e o
doce de leite.
Deixe engrossar ao seu modo.
Acerte a doçura da canjica com o leite condensado, ao seu gosto.
Deixe ferver e por fim, para acertar o doce, adicione aos poucos o leite
condensado.