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Livro 01 - Propondo Ao Sr. Raines - Série Riding The Raines - Laurann-Dohner

O documento conta a história de Trina, uma mulher que propõe a Navarro, um homem que está prestes a perder seu rancho, que ela dará dinheiro para salvá-lo em troca de sexo. Trina tem uma queda por Navarro há algum tempo e vê isso como uma oportunidade para os dois.
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Livro 01 - Propondo Ao Sr. Raines - Série Riding The Raines - Laurann-Dohner

O documento conta a história de Trina, uma mulher que propõe a Navarro, um homem que está prestes a perder seu rancho, que ela dará dinheiro para salvá-lo em troca de sexo. Trina tem uma queda por Navarro há algum tempo e vê isso como uma oportunidade para os dois.
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Propondo ao Sr.

Raine

Livro 1

Série Riding The Raines

Por Laurann Dohner


Staff

Envio: Área 51 Traduções

Tradução: Louvaen Duenda

Revisão: Sariah Stonewiser

Leitura Final e Formatação: Louvaen Duenda


É SEMPRE BOM LEMBRAR QUE...

Esta tradução foi realizada por fãs sem qualquer propósito lucrativo e
apenas com o intuito da leitura de livros que não têm qualquer previsão de
lançamento no Brasil.

A fim de nos preservamos, o grupo se reserva no direito de retirar o arquivo


disponibilizado a qualquer momento, sem aviso prévio.

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precisando. Não critique.

Caso seja possível, adquira livros originais para auxiliar o autor e


contribuir com suas finanças. Faça sua parte e divirta-se!
Sinopse

Trina Mattews perdeu o marido de dezesseis anos em um trágico acidente.

Recomeçar a vida na pequena cidade de Hailey, Texas, aos trinta e oito anos parecia

uma boa ideia, mas ela nunca contou com a solidão que experimentaria.

Navarro Raine é o homem mais gostoso que ela já viu. Ele é alto, com olhos azuis

penetrantes e beleza nativa americana. Ele preenche suas fantasias noturnas e a faz

pensar sobre todas as coisas que ela ainda não experimentou na cama. E Navarro tem

fama de ser muito bom nesse departamento…

Ao descobrir que está prestes a perder o rancho da família, Trina tem a solução

perfeita para os dois. Ela está disposta a oferecer a Navarro o dinheiro para salvar seu

rancho se ele lhe der o tipo de sexo sobre o qual ela só leu. Pode ser a coisa mais louca

que ela já fez, mas depois de anos de sexo baunilha, ela se decidiu – era hora de provar

mais alguns sabores.


Dedicação

Para o homem que sempre me faz sorrir e acreditar no amor – Sr. Laurann.

Agradecimentos especiais a Kelli Collins. Você é demais!

Observação

Este livro foi originalmente lançado há alguns anos. É um relançamento. Teve

algumas edições atualizadas, mas mantive a história original intacta.


Nota da Revisão

O texto a seguir foi revisado de acordo conforme as novas Regras Ortográficas,

entretanto, com o intuito de deixar a leitura mais leve e fluida, a revisão pode

sofrer alterações e apresentar linguagem informal em vários momentos,

especialmente nos diálogos, para que estes se aproximem da nossa comunicação

comum no dia a dia.

Alguns termos, gírias, expressões podem ser encontrados bem como objetos que

não estão em conformidade com a Gramática Normativa.

Boa leitura!
Capítulo Um

A queimação do uísque desceu lentamente de sua boca até sua barriga. Trina

mordeu o lábio e colocou o copo com cuidado sobre a mesa, respirando fundo. Seus

nervos estavam à flor da pele e ela percebeu que algumas doses de coragem líquida

seriam apenas o truque para fazê-la fazer algo totalmente insano. Ela respirou fundo

novamente, expelindo rapidamente, e então ergueu o olhar para olhar secretamente o

motivo pelo qual não estava em casa, na cama, lendo um bom livro, como costumava

fazer todas as noites.

No canto do bar estava sentado o homem que ocupava muitas de suas fantasias

noturnas. Ele parecia estar de mau humor enquanto olhava para suas mãos, enroladas

em um copo com alguma mistura forte de álcool, e bebia sua bebida. Ela podia

adivinhar que naquele exato momento, Navarro Raine poderia estar sentindo o peso do

mundo sobre aqueles ombros grandes e largos. Durante dias, as fofocas da cidade

estiveram ocupadas espalhando a notícia de que o irmão mais novo de Navarro, um

homem com um conhecido histórico de problemas com bebida e jogo, havia feito um

empréstimo de vinte mil dólares contra seu rancho, que eles não podiam pagar de volta.

Missy, que estava no correio, disse que era uma pena que os Raines estivessem

perdendo o lugar. Mike, no posto de gasolina, sorriu presunçosamente quando disse


que seria uma boa viagem para toda a família Raine quando o banco executasse a

hipoteca. Trina ouviu tudo, sentindo-se muito mal pelo homem por quem ela

secretamente tinha uma queda. Eles nunca se falaram, então ela não teve a

oportunidade de dizer a ele que sentia muito pela bagunça em que ele estava.

O caixa do supermercado naquela manhã havia contado a Trina as últimas fofocas

que circulavam pela cidade. A namorada de longa data de Navarro, uma ruiva de

pernas compridas chamada Tammy Brent, largou-o assim que soube que ele iria perder

tudo. Isso irritou Trina enquanto ela voltava para casa, pensando em como a vida

poderia ser injusta. Ela tinha visto a mulher mais jovem por toda a cidade. Ela era uma

franca e inútil. Dizia muito sobre o caráter baixo de Tammy abandonar um homem por

causa de problemas que nem mesmo foram criados por ele mesmo.

Trina engoliu outro gole de uísque. O líquido queimou em sua barriga novamente.

Enquanto ela guardava as compras horas antes, sua mente se concentrou nos problemas

financeiros de Navarro, em sua ex-namorada malvada, e de repente um plano maluco

se formou.

É uma loucura, ela lembrou a si mesma. Ele nunca vai fazer isso nem em um

milhão de anos e ainda vai pensar que sou maluca.

Seu olhar se ergueu novamente, fixando-se automaticamente em Navarro. Só uma

mulher cega não conseguia ver o quanto ele era gostoso, e não havia nada de errado

com a visão de Trina. Sua atração por ele era tão forte que seu coração disparava toda
vez que colocava os olhos no pedaço alto. A calcinha dela estava molhada só de

observá-lo do outro lado da sala.

Ele tinha cerca de um metro e noventa de altura e cabelo preto e sedoso que caía até

os ombros, complementado por sua pele profundamente bronzeada. Ele malhava com

frequência, a julgar pelos braços musculosos e ombros largos que preenchiam

firmemente uma camisa de flanela vermelha. Embora ele estivesse sentado, ela sabia

que ele tinha quadris magros, uma bunda apertada que ficava incrível em seus jeans

desbotados e pernas longas e musculosas. Ele sempre usava jeans que se moldavam a

cada centímetro de seu corpo, dos quadris às panturrilhas, e mantinha os pés grandes

enfiados em botas pretas de cowboy. Ele era quase perfeito do pescoço para baixo.

Uma cicatriz percorria alguns centímetros ao longo de sua mandíbula, uma fina

linha branca que só era perceptível se ele inclinasse a cabeça para trás sob boa

iluminação. Ela ouviu dizer que ele aprendeu isso nos tempos de rodeio, quando era

mais jovem, trabalhando no circuito. Dizia-se que havia mais algumas cicatrizes em sua

têmpora, mas seu longo cabelo as escondia. Ele tinha o tipo de olhos que uma mulher

poderia olhar por horas – um azul escuro e tempestuoso emoldurado por grossos cílios

pretos. Sua estrutura óssea era forte, com maçãs do rosto dominantes que alguns

poderiam pensar que o faziam parecer um pouco severo, mas Trina não concordava.

Para ela, ele era simplesmente sexy.


Uma olhada no relógio revelou que se ela não criasse coragem logo, ele iria

embora. Ele trabalhava duro em seu rancho de cavalos e quando visitava o único bar da

cidade, geralmente saía por volta das nove horas. Ela presumiu que ele acordava cedo,

assim como a maioria das pessoas na região. Estava aprendendo muito sobre pecuária

desde que se mudou para a pequena cidade de Hailey, no Texas, alguns meses antes.

Forçando sua coragem, ela respirou fundo e se levantou, engoliu em seco e

caminhou em direção à mesa dele. Estava feliz por ser terça-feira à noite e o bar estar

quase vazio, sabendo que teria mais medo de fazer isso se houvesse muitas

testemunhas por perto. Ele ia perder a casa, estou muito sozinha, então faça isso, ela ordenou

a si mesma silenciosamente. O que eu realmente tenho a perder? Eu poderia estar ajudando

ele.

Navarro pareceu senti-la vindo em sua direção e ergueu os olhos. Seu lindo olhar

azul escuro fixou-se em Trina. Ela quase se virou e fugiu, mas conseguiu continuar se

movendo em direção a ele, embora um rubor subisse em suas bochechas. Ela parou na

frente da mesa dele e nervosamente empurrou para trás uma longa mecha de seu cabelo

loiro encaracolado que caiu para frente.

— Posso me sentar? — Sua voz era um sussurro. — Tenho uma proposta para você.

A surpresa passou por suas feições, mas um segundo depois seus olhos escuros se

estreitaram, desconfiados. Seus lábios carnudos se curvaram em uma carranca, mas ele
balançou a cabeça em um aceno de cabeça. Ele largou o copo e apontou para uma das

cadeiras à sua frente. Ela lentamente se sentou.

Trina entrelaçou as mãos na frente dela sobre a mesa para que ele não as visse

tremendo. Seu corpo inteiro tremia levemente de nervosismo e pela centésima vez, ela

ponderou se deveria ir ao psiquiatra, já que estava louca por fazer isso. Ela estava pelo

menos ciente de como isso era loucura, então isso lhe deu esperança de que ela não

tinha perdido totalmente a sua mente amorosa. Mordendo o lábio inferior, ela se forçou

a encontrar o olhar dele.

— O que está em sua mente?

Ela estremeceu um pouco ao som de sua voz. Ele tinha uma voz rouca,

profundamente masculina e sexy que fez seu estômago apertar. Ela desejou ter tomado

outro gole, sua coragem escapando dela tão rápido quanto o calor em sua barriga

devido ao uísque que ela bebeu antes de se aproximar dele.

— Eu sou...— Ela teve que limpar a garganta. — Eu sou Trina Mattews.

— Eu sei quem você é.

Isso a surpreendeu. — Você sabe?

Ele assentiu. — Você comprou a casa da fazenda dos Vern quando eles se

aposentaram em Oregon.

Ela engoliu o nó que se formou em sua garganta. Ela assentiu.


— Eu fiz. Vi à venda na internet e comprei há alguns meses. Perdi meu marido no

ano passado quando ele morreu em um acidente de trabalho. Sou do sul da Califórnia e

queria morar em algum lugar onde não tivesse que ser constantemente lembrada da

minha perda.

Trina estava orgulhosa por ter conseguido aquela informação sem sua voz falhar.

Já se passaram quatorze meses desde a devastadora realidade de que Ted havia sido

morto. A mudança do sul da Califórnia para Hailey ajudou muito e ela estava

finalmente começando a seguir com sua vida, deixando quase tudo para trás, tão pouco

a lembrava de seu casamento.

— Desculpe. Eu não tinha ouvido isso. — Seu olhar suavizou.

— Obrigada.

— Você mencionou que tinha uma proposta para mim? Você quer comprar um

cavalo? Tenho alguns que vêm à mente se você está aprendendo a andar. Eu não apenas

os crio, mas também os treino.

Trina hesitou. — Eu não quero um cavalo. Eu nem quero um cachorrinho. Eu... —

Ela engoliu em seco, percebendo que era mais difícil conversar com ele do que ela

pensava que seria. — Quer dizer, não estou procurando um animal de estimação ou

algo para cuidar porque, honestamente, alguns dias já tenho muita dificuldade em

cuidar de mim mesma.

Simpatia encheu a expressão do homem. — Você realmente o amava, hein?


Ela assentiu. — Fomos casados por dezesseis anos.

Um olhar atordoado passou por seu rosto. — Uau. Acho que o relacionamento

mais longo que tive foi de dois anos, quando era casado, mas não deu certo.

Ela respirou fundo. — Tudo o que dissermos aqui, isso pode ficar entre nós?

Suas pálpebras se estreitaram um pouco novamente enquanto ele levava o copo aos

lábios para tomar um gole. Ele engoliu em seco e seu copo beijou a mesa quando ele o

pousou suavemente. — Eu não sou fofoqueiro, se é isso que você está perguntando.

— Eu não pensei que você fosse. Isso é constrangedor e gostaria apenas que me

garantisse que não repetirá nada do que eu disser. Posso ter sua palavra? Ouvi dizer

que você é muito confiável.

Ele assentiu. — Claro. Não vou repetir nada, mas estou meio confuso. Você não

quer comprar um cavalo de mim, então precisa de ajuda em sua casa? É isso?

Ela hesitou. — Eu ouvi sobre seu irmão... e o que ele fez.

A raiva fez sua boca se contrair em uma linha firme. — Sim, bem, imaginei que já

havia se espalhado que vou perder meu rancho. Algumas pessoas provavelmente estão

muito felizes com isso.

Ela não sabia o que dizer sobre isso. — Eu… Droga, isso é mais difícil de fazer do

que pensei que seria. Ensaiei isso na minha cabeça centenas de vezes no caminho para a

cidade, mas agora que estou diante de você, é muito embaraçoso.

Ele franziu a testa para ela. — Basta dizer o que você quer dizer.
Ela encontrou seu olhar intenso e de olhos azuis que fez seu coração bater forte no

peito. Ele tinha olhos absolutamente sexy e lindos. — A empresa para a qual meu

marido trabalhava teve que me pagar uma indenização porque foi culpa deles ele ter

morrido. Não quero entrar em detalhes, mas alguém estragou tudo e Ted foi morto. Ted

também tinha um seguro de vida, então dinheiro não é problema para mim. — Ela fez

uma pausa. — Tenho dinheiro suficiente para salvar seu rancho.

O choque arregalou seus olhos e sua mão apertou sua bebida, deixando os nós dos

dedos brancos. Longos segundos se passaram. — Você estaria disposta a me emprestar

o dinheiro? Eu faria bem em pagar de volta. Tentei conseguir outro empréstimo, mas

meu irmão estragou nosso crédito. Não vou mentir sobre isso. Estou na merda.

— Sem empréstimo. — Ela hesitou. — Quero dizer, eu poderia fazer isso, mas

então você teria que pagar de volta. Eu... uh... tenho um trabalho em mente para você

ganhar o dinheiro.

Navarro franziu a testa novamente. — Olha, não sei que tipo de trabalho você tem

para mim, mas tudo que sei são cavalos. Tenho jeito com martelo e sei pintar. Eu fiz

coisas na minha própria casa ao longo dos anos. Coloquei um piso novo e remendei

meu próprio telhado. Eu...-

— Isso não. — Trina interrompeu. O constrangimento aqueceu suas bochechas. —

Isso é realmente mais difícil de dizer do que pensei que seria.

Olhos azuis escuros a observaram. — Apenas diga.


Ela assentiu, deixando seu olhar cair para o peito dele; não olhar diretamente em

seus olhos ajudou um pouco. — Fui casada por dezesseis anos. Meu marido era um cara

legal, mas trabalhava demais e era meio tenso. Eu o achava fofo. — Ela fez uma pausa,

sabendo que suas bochechas estavam mais quentes agora. — Ouvi dizer que você é um

verdadeiro mulherengo e que você é... uh... bem versado no quarto.

Trina viu o peito dele subir e descer rapidamente enquanto ele inspirava,

obviamente surpreso com o que ela havia dito. Ela também não o culpou nem um

pouco pela reação. O silêncio entre eles era absoluto e muito desconfortável. Ela desejou

que o assento se abrisse embaixo dela e que ela pudesse desaparecer. Isso era muito pior

de fazer do que praticar mentalmente e ela podia sentir o olhar dele sobre ela enquanto

imaginava que ele estava chocado e sem palavras. Ela lambeu os lábios secos e decidiu

encerrar a discussão mais humilhante de sua vida.

— Isso é mais difícil de dizer do que pensei que seria. Eu amava Ted, mas ele não

era muito aventureiro na cama. Pensei que talvez pudesse lhe dar o dinheiro que você

precisa para salvar seu rancho e talvez em troca você pudesse me dar o que eu quero.

Não consigo imaginar o que você pensa de mim agora, mas não sou uma pessoa má. Eu

simplesmente nunca tive uma boa vida sexual. Estou sozinha e... merda... — Ela ficou

em silêncio. — Esta foi uma má ideia.

— Isso é algum tipo de brincadeira? — Sua voz era áspera e tensa enquanto ele

falava suavemente.
O olhar de Trina voou para ver o quão irritado ele estava, seus olhos azuis

brilhando de raiva. Ela balançou a cabeça. — Eu gostaria que fosse porque eu adoraria

lhe contar uma piada sobre isso agora. Sinto muito. Ouvi dizer que você e sua

namorada terminaram, sabia que você era solteiro e precisava de dinheiro. Eu... eu sinto

muito. — Ela se levantou, percebendo que estava balbuciando. — Esqueça.

Navarro avançou e agarrou seu braço, dedos fortes curvando-se firmemente em

torno de seu antebraço. Ele não a machucou, mas a chocou o suficiente para que ela

engasgasse suavemente enquanto seu olhar voava de volta para o dele. Ele ainda

parecia furioso.

— Sente-se.

A mão a soltou no segundo em que sua bunda tocou a cadeira novamente. A raiva

de Navarro Raine desapareceu rapidamente. Ela olhou para o rosto dele e então voltou

sua atenção para a mesa. Ela não conseguia se lembrar de ter ficado tão envergonhada

em toda a sua vida, tendo acabado de propor a um homem que lhe pagasse por sexo.

Ela realmente precisava consultar um psiquiatra e prometeu silenciosamente marcar

uma consulta amanhã. Tudo o que Trina podia esperar era que ele não contasse a

ninguém o quanto estava desesperada e triste. Se se espalhasse pela cidade que ela

estava oferecendo dinheiro a homens em troca de fazer sexo com ela, nunca mais seria

capaz de enfrentar ninguém.

— Olhe para mim.


Seu queixo ergueu-se, incapaz de resistir à ordem áspera ou à voz profunda e

autoritária. Seus olhares se encontraram. Seus olhos ainda eram lindos, mesmo quando

estavam estreitados com suspeita.

— Diga-me a verdade. Isso é uma piada, não é?

— Não.

Ele franziu a testa. — Você está me oferecendo dinheiro para te foder? É isso que

está fazendo? — Sua voz era apenas um sussurro.

— Eu sei que é uma loucura e sinto muito por incomodar você.

— É isso que você está fazendo? — Sua voz se aprofundou.

Ela não desviou o olhar dele, embora o desejo estivesse presente. — Ouvi dizer que

você era bom nisso quando algumas mulheres estavam almoçando no restaurante uma

vez. Elas estavam comparando notas e todos namoraram você no passado. Eu nunca…

Ela suspirou e desviou o olhar dele, incapaz de olhar em seus olhos enquanto

confessava seus segredos mais sombrios. — Eu amava Ted, mas toda vez que eu pedia a

ele para tentar algo para que talvez eu gostasse, ele ficava chateado comigo e agia como

se eu tivesse ferido seus sentimentos, então calava a boca. — O olhar dela levantou

novamente para encontrar o dele. — Ainda vou te emprestar o dinheiro, é o mínimo

que posso fazer porque não quero que você perca seu rancho. Apenas elabore algo legal

e coloque as formas que você pode pagar e depois traga para mim. Sinto muito por isso

e por favor não conte a ninguém. Não quero me mudar e ficaria muito envergonhada se
isso vazasse e eu não pudesse morar nesta cidade. — Ela se levantou novamente e

fugiu.

O constrangimento que ela sentia era quase uma dor física. Ela tinha acabado de

propor sexo a um homem e foi a coisa mais estúpida que ela já fez em sua vida. Suas

mãos tremiam enquanto ela pegava as chaves de seu SUV, feliz por ninguém parecer ter

ouvido a conversa no bar. Ela rezaria para que Navarro não contasse a ninguém o que

ela tentou fazer, porque ela realmente não queria se mover. Ela adorava a casa de

fazenda que comprou, mas foi uma tola por oferecer dinheiro a um cara em troca de

sexo quente.

Uma mão agarrou seu braço e a fez ofegar. Ela deixou cair as chaves e virou-se para

olhar para Navarro Raine. Ele estava muito perto. Ele era quase trinta centímetros mais

alto que seu metro e setenta e três e era maior de perto do que ela imaginava.

— Nossa conversa ainda não acabou. — Navarro continuou segurando-a. — Ainda

estou atordoado, mas não disse não.

Foi a vez dela ficar chocada e sem palavras.

— Prossiga. Me diga mais.

Fale, ela ordenou a si mesma. — Não sei mais o que dizer. Acabei de ter uma ideia

maluca de que poderíamos ajudar um ao outro. Eu tenho dinheiro e você... — Ela corou.

— Sou atraída por você e ouvi dizer que era muito bom na cama. Eu nunca tive isso e

nunca... — Ela suspirou, concentrando-se no peito dele. — A menos que tivesse baterias
ou fosse só eu, nunca tive um orgasmo. Eu leio livros e sempre ouvi dos meus amigos

como o sexo pode ser ótimo. Eu só queria... — Ela fez uma pausa. — É uma loucura,

não é? — Ela olhou para ele novamente, estudando suas feições. — Prometo que vou

marcar uma consulta com um psiquiatra. Só por favor não conte a ninguém porque eu

morreria se todos soubessem o quão patética eu sou.

Seus olhos procuraram os dela no estacionamento escuro por longos segundos

antes de se arregalarem de surpresa. — Você está falando sério.

Expressões que ela não conseguia ler passaram pelo rosto dele quando ele soltou o

braço dela. Ele deu um passo para trás, enfiando os polegares nos bolsos frontais da

calça jeans. Desviando o olhar dele, Trina se abaixou para pegar as chaves. Ela se

endireitou, agarrando-os, e olhou para ele novamente.

— Sinto muito e falo sério sobre o empréstimo. Basta elaborar algo justo e trazer-

me a papelada para assinar. Posso passar um cheque para você e não precisarei dele

antes que você possa devolvê-lo.

Ela destrancou a porta e jogou a bolsa dentro, pronta para entrar e fugir da cena de

sua humilhação. Uma mão gentil apertou seu braço novamente. Ela se virou para olhar

para Navarro, apenas para descobri-lo olhando para ela, quase tocando seu corpo com o

dele. Ela não conseguia ler a expressão intensa no rosto dele, mas desejou poder.

— Você é uma mulher atraente e poderia atrair muitos caras para sua cama.
Ele parecia ser um homem legal e o mínimo que ela podia fazer depois de jogar

uma bomba nele era ser honesta.

— Tenho trinta e oito anos, não sou mais jovem, e meu corpo não é mais o que era

há vinte anos. Ganhei peso quando era casada e depois perdi alguns quilos durante o

luto, então fico melhor com roupas do que sem elas. Só dormi com três homens na

minha vida, então sou meio tímida e nada extrovertida. Eu sempre fiquei com os tipos

inteligentes que não são como você. — Ela fez uma pausa. — Isso não é um insulto, eu

te acho que inteligente, mas o que eu quis dizer é que fico com homens nerds. Mesmo

quando eu era mais jovem, homens que se pareciam com você nunca davam em cima

de mim. Fiquei atraída porque não sou cega e você é quase perfeito.

Um pequeno sorriso curvou seus lábios carnudos. — Muito perto, hein? O que me

torna quase perfeito?

Ela hesitou. — Você tem um espelho em sua casa. Você é gostoso e sabe disso.

— Então o que faz você pensar que eu não iria te foder sem você me pagar? Você é

atraente, Trina.

— Eu vi sua ex-namorada e tenho idade suficiente para ser sua jovem mãe. Ela tem

pernas que duram para sempre e ela é linda.

— Ela também é uma vadia fria, — Ele disse asperamente, toda a provocação

desapareceu de seu tom.

— Sim. O que ela fez foi uma merda.


Ele arqueou uma sobrancelha. — Você está falando sério sobre esta oferta?

Ela apenas olhou para ele, perguntando-se se ele estava brincando com ela ao fazer

aquela pergunta. Ele a estudou, sua expressão pensativa.

— Quais são os termos que você criou se eu concordar em fazer isso?

— Não sei. — O espanto encheu Trina. Ele estava considerando isso? — Eu não

cheguei tão longe. Achei que poderíamos simplesmente discutir o assunto e descobrir se

eu tivesse coragem de te abordar, o que eu meio que duvidava que faria, então não

planejei muito além de apenas fazer uma proposta.

Navarro deixou a palma da mão deslizar pelo braço dela até agarrá-la,

surpreendendo-a pela ação. Ele olhou para ela por longos segundos e então abriu a

boca.

— Se você pagar o empréstimo do meu irmão, eu lhe darei dois meses.

O choque a percorreu com suas palavras, deixando-a sem palavras.

— Digamos cinco noites por semana durante esses dois meses. Poderíamos ficar na

minha casa ou na sua, mas seria mais fácil se fosse minha. Caso contrário, teria que

partir antes do amanhecer, pois tenho cavalos para cuidar. Eu te daria sete noites, mas o

que faço é muito difícil para o meu corpo e preciso dormir algumas noites inteiras.

— Seriamente? Você fará isso? — Ela ainda estava atordoada.


Um sorriso apareceu em seus lábios. — Não acredito que vou ser pago para tocar

em você. — Ele se aproximou mais. — Você quer que eu te foda, certo? — Sua voz caiu

para um tom mais profundo enquanto ele falava.

Trina sabia que não poderia ter falado para salvar sua vida naquele momento. Ela

deu um aceno brusco.

— Então eu irei – e mostrarei o que você está perdendo.

Seus joelhos fraquejaram e ela conseguiu balançar a cabeça novamente, querendo

que ele soubesse que ela estava aceitando tudo o que ele estava oferecendo.

— Siga-me até minha casa.

Outra onda de espanto a percorreu, deixando-a capaz de falar novamente. —

Agora?

— Agora.

— Mas pensei que você fosse querer o dinheiro primeiro. — O pânico a atingiu com

força, já que ela realmente não acreditava que ele concordaria com sua ideia maluca,

mas ele não apenas disse sim, como queria que ela fosse para casa com ele naquele

momento. — Mas…— Ela estava muda e incapaz de pensar.

O olhar intenso de Navarro a perfurou. — Esta noite é livre, Trina. Amanhã

começaremos nosso acordo e então você poderá falar sobre dinheiro comigo, então

escreverei algo para lhe prometer dois meses de minhas noites. — Sua mão a soltou
enquanto ele recuava. — Vamos, Trina. Você foi corajosa o suficiente para vir até mim,

então siga-me agora mesmo.

Ele se afastou, movendo-se lentamente em direção à sua caminhonete surrada. Ela

hesitou por um instante antes de entrar em seu SUV e colocar o cinto de segurança. O

espanto a atingiu com força por ele ter concordado e a convidado de volta à sua casa

para uma noite de sexo grátis. Quando ele saiu da vaga de estacionamento, ela se viu

enfiando a chave na ignição, com as mãos tremendo muito, mas deu partida no veículo.

Navarro Raine se ofereceu para levá-la para sua cama, para lhe mostrar todas as

coisas que ela sempre sentia falta no quarto, se ele fosse realmente tão bom como

algumas mulheres da cidade se gabavam.

Todo o seu corpo tremia ao pensar no que ele poderia fazer com ela quando

estivessem sozinhos.
Capítulo Dois

A casa dos Raine era uma casa de dois andares em estilo espanhol. Estava escuro

demais para dar uma boa olhada em sua condição, mas a julgar pela varanda bem

iluminada, era óbvio que Navarro cuidava de sua casa. Trina estacionou atrás da

caminhonete e saiu do SUV. Ela estava grata por ter tomado banho e se vestido bem

para conversar com ele no bar.

Navarro a observou em silêncio enquanto ela caminhava em direção onde ele

esperava no final da varanda. Ele estava de costas para a luz, então ela não conseguia

ver seus olhos nas sombras. Ela realmente estava nervosa e isso deve ter transparecido

em seu rosto.

— Eu não vou machucar você.

— Eu sei. Eu simplesmente nunca fiz isso antes.

Ele riu. — O que exatamente você não fez antes?

— Nunca fui para casa com um estranho. Sempre tive relacionamentos de longo

prazo com os poucos homens com quem fiz sexo.

— Eu prometo a você que você vai gostar do que fizermos.

Trina estremeceu. — OK. Estou contando com isso.


Navarro riu novamente e estendeu a mão para pegar a mão dela, virando-se em

direção à casa, conduzindo-a pelos degraus da varanda. Ele fez uma pausa para

destrancar a porta, abriu-a e esperou que ela entrasse primeiro. A luz da sala já estava

acesa quando ela entrou na casa dele, permitindo que Trina desse uma boa olhada no

grande cômodo que estava um pouco mal mobiliado, mas limpo. A sala continha

apenas um sofá, uma mesa de canto com abajur, uma grande televisão e uma mesa de

centro. Era óbvio que não morava ali uma mulher.

— Quarto? Ou você quer outro cômodo da casa? A cozinha, talvez?

Ela olhou para seu rosto bonito e percebeu que seu olhar sexy a estava estudando

perto o suficiente para fazê-la corar. — Não sei. Eu não sou muito boa nisso. É por isso

que eu quis pagar a você.

Ele riu, revelando que deu uma bela risada enquanto apertava suavemente a mão

dela, fechando a porta atrás deles, e usou a mão livre para trancá-la. — Vamos para o

meu quarto.

Ela deixou que ele a conduzisse por um corredor e subisse as escadas. Ele

contornou algumas portas fechadas e foi até aquela no corredor que estava aberta e

escura. Ele entrou, acendeu a luz e deixou Trina observar o ambiente enquanto ele

soltava sua mão e fechava firmemente a porta do quarto atrás deles.

O quarto também era bastante vazio, abrigando apenas uma grande cama king-size

de madeira com dossel. Estava coberto com um edredom preto e alguns travesseiros
grandes estavam ao longo da cabeceira de madeira. Duas mesinhas de cabeceira e uma

cômoda eram os únicos móveis do quarto. Duas portas estavam abertas, uma levando a

um pequeno closet cheio de roupas e a outra ao banheiro privativo, com a banheira à

vista. Um par de jeans descartados estava no chão e uma cueca boxer preta estava em

cima deles, o único sinal de bagunça em seu quarto limpo.

— Você tem alguma coisa para beber? — Trina o encarou.

Navarro assentiu. — Eu tenho, mas não quero você bêbada.

— Oh. — Ela engoliu em seco. — Achei que isso iria me relaxar.

— Tire a roupa e suba na cama. — Ele sorriu lentamente, mostrando dentes

brancos.

— Então estamos indo direto ao assunto, hein? — Seu coração martelava no peito.

— Sim. Estou duro desde o estacionamento. Tire a roupa e suba na minha cama,

Trina. Quero você deitada de costas bem no meio.

A incerteza tomou conta de Trina enquanto ela hesitava. — Podemos baixar as

luzes? Talvez até desligá-las? Eu não estava brincando sobre a parte em que fico melhor

vestida.

Seu sorriso morreu quando os olhos azuis se estreitaram. — Se isso vai funcionar,

você precisa fazer o que eu digo, Trina. Você precisa seguir ordens. Tire todas as suas

roupas. Quero que você se deite de costas no meio da minha cama, completamente nua.

Está claro?
Nervosa, Trina começou a se despir e sabia que estava corando muito, sentindo

suas bochechas arderem de calor. Ele pediu para vê-la nua, mas ela esperava que ele

não mudasse de ideia depois de tê-la daquele jeito. Ela olhou com pavor para o

edredom preto e percebeu que, com sua pele branca, provavelmente pareceria morta

deitada em cima dele. Com sua pele clara, ela evitava o sol tanto quanto possível. Ela

esperava não tê-lo cegado.

Ela tirou os sapatos, abriu o zíper da calça jeans e deslizou-a pelas pernas e tirou-a,

depois tirou a camisa e a deixou cair. Ela estava feliz por seu sutiã e calcinha com corte

de biquíni combinando. Se ela soubesse que ele a veria nua, ela teria vestido branco –

seria menos surpreendente contra sua pele do que o preto que ela usava. Ela arriscou

uma olhada para ele. Ele ainda estava completamente vestido, observando-a em

silêncio. Ela fez uma pausa.

— Você não vai se despir?

— Eu vou. Tire tudo.

Merda. Mordendo o lábio novamente, ela estendeu a mão para desabotoar o sutiã e

desviou o olhar dele enquanto o deixava cair. Ela esperava que ele não se desanimasse

porque a gravidade havia afundado um pouco seus seios e sua barriga não era firme ou

lisa. Ela corou de vergonha, presumindo que ele estava totalmente firme.

Ela pegou a calcinha por último, para deslizá-la para baixo, imaginando como ele

reagiria ao fato de que ela estava totalmente raspada da cintura para baixo. Ela
caminhou rigidamente até a cama dele, percebeu que era mais alta do que uma cama

padrão e realmente teve que subir, já que o colchão estava na altura do quadril dela. Ela

chegou ao centro do colchão e lentamente rolou de costas para se esticar exatamente

como ele havia ordenado que fizesse. Ela arriscou outro olhar curioso em sua direção.

A camisa de Navarro estava ligeiramente aberta, então ela viu um toque de pele

bronzeada e peito definido, mas ela olhou para o rosto dele para observar sua reação a

ela. O olhar dele percorreu o seu corpo enquanto ele desabotoava mais botões da

camisa de flanela, mas ela não viu nojo enquanto ele a estudava. Ele realmente parecia

excitado, se ela pudesse julgar suas expressões. Ela estava mais nervosa do que excitada

quando sua atenção se fixou no peito dele, que ele revelou quando deixou cair a camisa.

Ela experimentou a sensação de levar um soco no estômago enquanto olhava para

seu peito perfeitamente musculoso, então decidiu que ele era melhor que perfeito. Sua

pele era bronzeada sobre os músculos de seu estômago tenso e firme. Ele tinha um

pouco de cabelo no peito - apenas um pouquinho - mas que caía em uma linha desde o

umbigo até o fecho da calça. Duas mãos bronzeadas agarraram a frente enquanto ele os

abria lentamente.

— Trina?

— Sim? — Sua voz tremeu.

— Não fique tão assustada.


— Eu estou nervosa. — Ela percebeu que a honestidade era melhor e simplesmente

admitiu isso.

— Sou eu quem está sob pressão.

O olhar dela voou para o dele com surpresa. — Pressão?

— Você acha que valho muito dinheiro. — Ele sorriu. — Relaxe.

O sorriso foi instantâneo e algo que ela não conseguia parar. — Você é totalmente

colírio para os olhos. Eu só queria estar.

Ele deixou sua cueca sexy preta enquanto caminhava para a cama. — Não tenho

queixas. — Seu olhar deslizou sobre seu corpo. — Confie em mim. De onde estou, você

parece bem.

— Obrigada.

Ele sorriu. — Olhe para mim.

Ela encontrou os olhos dele, observando-os. — Eu estou.

— O que você quer?

— Não sei. Eu te disse, eu não... — Ela suspirou, um pouco envergonhada, mas

pronta para ser completamente aberta com ele. — Eu sei o que significa o termo

baunilha, desde que li. Minha vida sexual tem sido tão simples quanto possível. Li

sobre muitas coisas, mas não fiz quase nada. Eu sei que fui casada por dezesseis anos,

mas ele não gostava de experimentar. Eu queria, mas ele não.


Navarro a observou. — É por isso que você me quer. Você quer experimentar todas

essas coisas que fantasia, não é, querida?

Trina sentiu-se envergonhada, mas ela tinha ido tão longe, então achou que

poderia muito bem se estender totalmente. — Sim. Nunca me senti tão atraída por um

homem como por você. Eu te contei que ouvi algumas mulheres no restaurante falando

sobre o quanto você é muito bom em sexo e que …

— Eu sou o que? — Ele se aproximou dela.

— Hum... muito bom de cama e um pouco selvagem. Foi o que uma delas disse. Ela

disse que você era muito divertido e outra concordou com ela.

Os olhos azuis escuros brilharam de diversão enquanto seus lábios se curvavam em

um sorriso sexy. — Então recebi boas críticas, hein?

Ela sorriu de volta. — Sim.

Navarro olhou para ela. — Seus dias de sexo chato acabaram. Eu sou o homem que

vai levar você a novos patamares e sou o homem que vai te mostrar o que está

perdendo. Você me conta o que fez e então trabalharemos a partir daí.

Trina lambeu os lábios, deixando seu olhar percorrer mais uma vez seu peito

musculoso e abdômen tanquinho, votando silenciosamente que ele era o homem mais

sexy do planeta. O corpo dela já estava respondendo apenas à visão dele e ele nem tinha

subido na cama ainda.

— Trina?
Ela encontrou os olhos dele. — Sim?

— Estou impaciente para colocar minhas mãos e boca em você. Eu te quero muito

mas você vai primeiro responder às minhas perguntas. Você vê o que faz comigo? Se

você não começar a conversar, teremos essa outra conversa muito mais tarde.

Seu foco desceu pelo corpo dele até a cueca boxer preta, e a visão ali fez seu coração

bater forte. Trina não podia deixar de notar que ele estava tendo uma grande ereção.

Navarro não era apenas um colírio para os olhos da cintura para cima. Ela podia ver

claramente o quanto ele a queria porque estava testando os limites de até onde uma

cueca poderia esticar. Ela ficou muito impressionada – e estava um pouco intimidada.

— Trina?

Ela encontrou os olhos de Navarro. — Sim?

— Não me diga que deixei você sem palavras. Responda minhas perguntas se você

me quiser.

Trina o queria tanto que doía. Ela teve que se forçar a pensar para lembrar o que ele

queria saber, mas era difícil se concentrar quando Navarro estava tão perto dela.

— Selvagem para meu marido era estilo cachorrinho.

Trina não pôde deixar de notar a surpresa que cruzou o rosto de Navarro enquanto

ele respirava fundo. — Você já fez sexo anal?

Ela balançou a cabeça. — Também não posso dizer que já senti falta de não tê-lo.
Uma risada explodiu dele e sua expressão suavizou-se com humor. — Seu marido

gostava de sexo oral?

— Eu fazia, mas ele nunca deu.

Seu humor evaporou e o choque transformou suas feições. — Nunca?

— Ele tentou duas vezes, mas não gostou e nunca mais fez. Isso só me fez sentir

desconfortável e eu também não gostei, então não o incomodei com isso.

Navarro balançou a cabeça. — Você é quase virginal, não é, querida?

Ela encolheu os ombros. — Provavelmente.

— Ele te excitava?

— Sim.

— Mas deixava você chapada e seca no final?

Outro rubor manchou suas bochechas pelo constrangimento de ter passado

dezesseis anos em um casamento com sexo monótono. — Eu o amava e ele era um bom

homem.

— Mas ele não sabia quem era o cotovelo na cama, não é? — Navarro não esperou

por uma resposta. — Eu quero que você relaxe e confie em mim. Você pode seguir

ordens? Você precisa fazer o que eu digo, sem questionar. Você vai gostar do que eu

faço e, se não gostar, encontrarei o que gosta mas que ser honesta comigo sobre tudo.

Não finja nada, embora eu tenha a sensação de que você se tornou muito boa nisso ao

longo dos anos. Estamos claros sobre isso?


— Sim.

Ele fez uma pausa. — Você foi testada?

Ela olhou para ele, confusa. — Testada para quê?

Ele olhou para ela, esperando. Ela assentiu, entendendo quando ele dirigiu sua

atenção para suas coxas e depois olhou para ela.

— Faço exames regulares e não tenho nada. Não vamos usar camisinha? Quero

dizer, você tem certeza de que não tem nada? Não estou tomando nenhuma forma de

controle de natalidade.

— Estou limpo e não posso engravidar você. — Sua boca ficou tensa. — Tive um

acidente quando era mais jovem que me deixou estéril.

A simpatia brotou nela. — Desculpe. Você está bem?

— Se você está me perguntando se tudo funciona, sim, funciona, mas não posso ter

filhos.

A expressão em seus olhos incomodou Trina, percebendo raiva real ali e talvez um

pouco de ressentimento também. — Meu marido também não poderia ter filhos.

O choque empalideceu as feições de Navarro por um segundo. — Com licença?

— Ted teve leucemia quando era adolescente e isso o deixou estéril. Você parecia

tão zangado quando disse que não poderia ter filhos. Sinto muito pela sua perda. Isso

não incomodava Ted, já que ele não queria filhos, sempre dizia que trabalhava demais

para ter filhos, de qualquer maneira.


A boca de Navarro se torceu em uma linha tensa. — Ele te contou depois que você

se casou com ele?

— Não. Ele foi sincero sobre isso em nosso primeiro encontro e queria que eu

soubesse antes de chegarmos perto.

— Você também não queria filhos?

Ela hesitou. — Eu os queria, mas amava Ted. Conversei com ele algumas vezes

sobre adoção, mas seu horário de trabalho era bastante agitado e ele disse que

estávamos felizes sem eles. Ele realmente não queria discutir o assunto, então deixei

passar.

Navarro estava olhando para ela com uma expressão estranha no rosto. — Abra

suas coxas bem abertas para mim.

— Uau. — Ela ficou atordoada. — De zero a sessenta, hein?

Ele sorriu. — Espalhe para mim.

Lambendo os lábios, Trina abriu bem as pernas. Ela estava grata pela ioga que

aprendeu após a morte de Ted. Ela era bastante flexível e mantinha sua rotina, de

manhã e à noite. Ela ficou um pouco envergonhada ao ver Navarro desviar o olhar dela

para olhar lentamente para baixo de seu corpo até que seu único foco fosse seu sexo

exposto.

Ele respirou fundo. — Linda.


Arqueando as sobrancelhas, ela o observou estudá-la. Seu olhar subiu para

encontrar o dela e um sorriso curvou seus lábios.

— O que?

— Linda?

Ele assentiu. — Oh sim. Você gosta de olhar meu corpo?

— Você está em forma e parece ótimo. Você tem um corpo duro e todo mundo

adora um desses.

Ele riu. — Se eu gostasse de corpos realmente duros, não acho que gostaria de

mulheres. Você já ouviu o ditado “os opostos se atraem”? Bem, estou muito atraído por

você e fico com calor só de olhar seu corpo mais macio e suas curvas. Sua pele me

lembra leite e eu adoro isso.

Ela engoliu em seco, relaxando um pouco na cama, e ficou aliviada por ele não ter

ficado desanimado com ela. Ela encontrou e sustentou seu olhar, certa de ver paixão em

seus olhos. O olhar dela desceu pelo corpo dele até a protuberância em sua cueca, um

sinal óbvio de que ele estava definitivamente excitado. Ela olhou de volta para o rosto

dele e viu que ele estava sorrindo de novo, parecendo divertido, e esperando que não

fosse às custas dela.

— Feche os olhos e sinta, ok? Você parece pronta para fugir.

Ela o obedeceu e se forçou a relaxar, disposta a confiar nele.


Duas mãos grandes tocaram suavemente o interior de suas coxas. Suas mãos

tinham uma textura áspera e a sensação a fez estremecer um pouco de surpresa, seus

olhos se abrindo para ver Navarro sorrindo novamente.

— Meu toque assustou você?

— Suas mãos são ásperas.

— Elas estão calejados por causa do trabalho. Estou machucando sua pele? Você é

tão macia. — Suas mãos roçaram a parte interna das coxas novamente.

Ela balançou a cabeça. — Simplesmente me surpreendeu. Na verdade, é bom.

Ele riu. — Feche os olhos novamente e mantenha-se bem aberta para mim. Vou te

mostrar os pontos mais delicados do sexo oral, querida. Eu prometo que terá prazer no

que eu faço.

Ela se forçou a relaxar, embora seu coração batesse forte, lembrando-se de que era

isso que ela queria. Navarro é um estranho, então se as coisas fossem mal, bem,

raramente o vejo na cidade, pensou ela. Eu farei o empréstimo, mas não preciso falar

com ele para que ele envie um cheque todo mês se a coisa do sexo não...

Ele esticou seus lábios abertos com os polegares enquanto passava os dedos sobre

seu monte. Ela ficou tensa, embora não fosse sua intenção. O cara estava espalhando-a

ainda mais, fazendo com que o ar atingisse seu clitóris. Não, não é só ar, pensou ela, era

quente. Seu coração acelerou ao perceber que ele estava respirando sobre ela – e um

segundo depois, sua língua quente deslizou por seu botão sensível.
Ela estremeceu um pouco com a lambida forte, mas não tentou fechar as coxas. Os

ombros de Navarro ainda empurravam contra ela para mantê-los abertos enquanto sua

boca se fechava completamente sobre seu clitóris. Trina agarrou freneticamente o

edredom enquanto o homem chupava e lambia seu sexo, puxando-o com força.

O prazer a atravessou. Ela nunca tinha experimentado nada que parecesse assim

antes. Foi demais, muito intenso, mas ela não lutou para fugir daquela boca. Estava

consciente de sua respiração áspera, realmente ofegante, e um gemido mais alto saiu de

seus lábios. Em sua névoa cheia de paixão, sua mente mal funcionava, mas ela percebeu

a diferença entre o homem que a tocava agora e o homem com quem passou dezesseis

anos.

Ted nunca fez isso. Ele nunca tinha feito muito pelo clitóris dela, mas brincava um

pouco com ele com um dedo antes do sexo. A boca e a língua quentes de Navarro iriam

matá-la.

— Oh Deus. — Ela ofegou.

Suas unhas arranharam o edredom, mas ela queria cravar os dedos no cabelo de

Navarro. Ela resistiu ao impulso, com medo de que ele parasse se ela o tocasse, e ela não

queria que ele fizesse isso. A sensação crua de prazer a percorreu enquanto seu corpo

ficava tenso, suas costas arqueadas, embora ela não tivesse a intenção de fazê-lo,

sabendo que estava empurrando sua boceta contra a boca de Navarro com mais força.
Ela choramingou e depois gritou quando gozou com força, seu clímax rasgando seu

corpo quase violentamente.

A boca e a língua quentes libertaram o seu clitóris, apenas para ele soprar ar fresco

sobre ela. Seu coração estava batendo de forma irregular e seus olhos apertados

enquanto seus músculos internos se contraíam após sua chegada. Ela conhecia bem a

masturbação, já que a fazia com frequência, mas o que acabara de experimentar fazia

com que o que seus dedos e vibrador fossem suaves em comparação.

Navarro empurrou suavemente um dedo dentro dela, chocando-a pela entrada

repentina que a fez gemer. Ele amaldiçoou suavemente, forçando-a a abrir os olhos para

ver o que estava errado enquanto ela fixava toda a sua atenção nele.

Ele estava curvado e seu rosto a trinta centímetros acima do dela, a mão livre

apoiada na cama ao seu lado, enquanto a outra estava entre suas coxas ainda abertas.

Seu dedo estava dentro dela e ele o moveu, deslizando profundamente e retirando-se

enquanto seus olhos se travavam.

— Porra, querida. Você é tão apertada. Quando foi a última vez que você fez sexo?

— Com uma pessoa ou com meu vibrador?

Um sorriso abriu seus lábios enquanto ele ria. — Ambos. Quando foi a última vez

que algo além do meu dedo esteve dentro de você?


— Tenho um daqueles vibradores pequenos e finos que usei na semana passada. A

última vez que fiz sexo foi com meu marido, uma semana antes de ele morrer, e isso foi

há quatorze meses.

Os olhos de Navarro escureceram de paixão quando ele retirou completamente o

dedo antes de penetrá-la com dois dedos, esticando-a enquanto lentamente empurrava

ambos os dedos profundamente em seu sexo. Trina gemeu com a sensação, estendendo

a mão e agarrando um de seus travesseiros. Ela percebeu que seus quadris arquearam

para encontrar os dedos dele.

— Droga. Você é tão quente e apertada, mas não quero te machucar.

Trina balançou a cabeça. — Você não vai. Eu sei que já faz muito tempo, mas eu te

quero. Eu realmente quero.

Seus dedos se retiraram quando Navarro se endireitou para alcançar o cós de sua

cueca boxer. — Oh, você vai me pegar, Trina. Estou tão duro que poderia quebrar tijolos

agora mesmo. É que você está tensa e como já faz tanto tempo, tenho medo de deixá-la

dolorido.

Trina olhou para baixo quando Navarro empurrou a cueca boxer para baixo em

suas coxas e teve que conter um suspiro, vendo que embora ele não fosse

assustadoramente grande, ele era muito maior do que qualquer homem com quem ela

já esteve, e ele era grosso. Ele também estava tão duro quanto afirmava. Ela nunca

pensou que o pênis de um homem pudesse ser atraente, mas o dele era.
— Trina?

Ela desviou seu foco de seu pênis. — Sim?

— Eu não quero usar camisinha. Está tudo bem com você? Isso mata um pouco da

sensação para mim e quero sentir tudo com você.

Ela assentiu. — Tudo bem. Por favor…

— Tem certeza? Porque uma vez dentro de você, me mataria tentar parar. Eu te

quero muito e sei que você vai se sentir no paraíso. Meu pau está com ciúmes dos meus

dedos.

— Tenho certeza. — Ela o queria, mas quando olhou para sua ereção espessa, teve

dúvidas sobre tomá-lo sem dor. — Quero você.

Ele subiu um pouco mais na cama e seu grande corpo pairou ligeiramente acima do

dela antes de se abaixar, então ela ficou presa debaixo dele. Sua pele estava quente

quando ele se acomodou em cima, tomando cuidado para não esmagá-la, os cotovelos

apoiando seu peso.

— Envolva suas pernas em volta da minha cintura. — Ele a incentivou suavemente.

— E mantenha os braços acima da cabeça. Eu amo seus seios levantados assim.

Seguindo suas instruções ao pé da letra, ela envolveu as pernas em volta de sua

cintura e se ajustou até que seus calcanhares pousaram em sua bunda apertada,

sentindo a pele e os músculos firmes. Navarro provavelmente tem uma bunda incrível,
pensou ela. Ela ainda não o tinha visto sem jeans cobrindo-o, mas podia imaginar que

parecia firme e arredondado.

Navarro ajustou os braços mais alto e, para sua surpresa, uma de suas mãos

envolveu seus pulsos para prendê-los entre o polegar e os dedos. O olhar dela voou

para o dele.

— O que você está fazendo?

— Eu sou grande e não quero que você se mova. Fique bem quieto e relaxe para

mim.

Ele estava começando a assustá-la, mas ela relaxou, sem lutar contra o aperto em

seus pulsos. Navarro mexeu os quadris, fazendo-a se sentir surpresa por ele não

precisar de uma mão para guiar seu sexo até o dela, enquanto apenas aproximava os

quadris e levantava o corpo um pouco mais alto. Seu pênis de ponta grossa roçou sua

boceta molhada e esperou, provocou-a e esfregou ao longo de sua fenda até seu clitóris

e depois voltou antes de se mover um pouco mais e pressionar contra sua entrada.

Navarro rompeu sua boceta, entrando nela de forma torturante e lenta. Seu corpo

cedeu à sua carne dura penetrando-a, esticada para acomodar seu amplo pênis. Fazia

mais de um ano que ela não fazia sexo e seu pequeno vibrador portátil era minúsculo,

fino e tinha apenas dez centímetros de comprimento. Navarro era muito maior que isso.

— Oh Deus. — Ela gemeu, enquanto ele deslizava dentro dela mais

profundamente.
— Deus não, querida. — A voz de Navarro era profunda e áspera. — Sou tudo eu.

Porra, você é apertada. Estou te machucando?

Ela engoliu em seco quando ele congelou dentro dela. — Não. Posso sentir você me

esticando e isso queima, mas é bom. Você já entrou?

Ele bufou. — Dificilmente, querida. Você está pronta para ficar com o resto?

— Foda-me. — Ela sussurrou.

Suas palavras afundaram no segundo em que as pronunciou, sendo uma de suas

frases favoritas. Ela abriu a boca para explicar, mas Navarro apenas gemeu,

interpretando suas palavras literalmente.

— Você conseguiu, querida. — Ele empurrou-a completamente, hesitando apenas

por um momento quando ela engasgou, mas então começou a se mover dentro de seu

corpo.

Trina jogou a cabeça para trás, gritando com a sensação de Navarro enchendo-a

enquanto ele bombeava para dentro e para fora, aumentando lentamente a velocidade.

A respiração áspera e os gemidos dela encheram o quarto, junto com os sons da cama

dele rangendo. Ele mexeu os quadris, entrando nela de um novo ângulo, e isso fez com

que se sentisse ainda melhor.

Trina ficou chocada minutos depois, quando outro clímax a atingiu e o prazer

tomou conta dela enquanto Navarro murmurava seu nome e seu pênis empurrava

profundamente em sua boceta, gozando com força até que ele acalmou seus quadris.
— Oh meu Deus. — Ela ofegou.

Navarro levantou ligeiramente o peito do dela quando seus olhares se

encontraram. Ele parecia sexy como o inferno no resplendor do sexo com suas feições

coradas, boca entreaberta e olhos estreitados. Seus lábios se curvaram em um sorriso

satisfeito.

— Isso foi incrível, não foi, querida?

Engolindo o nó na garganta, Trina assentiu. — Uau.

Rindo, Navarro piscou para ela enquanto soltava seus pulsos. — Mas você tem que

parar de dizer 'Deus'. Acho que mereci ter você gritando meu nome em vez do dele.

Ela riu de suas palavras engraçadas, sem esperar que ele fosse engraçado depois do

sexo. — Talvez eu pense que você é um deus.

Ele riu com ela, retirando-se lentamente de seu corpo. — Eu gosto disso. — Ele se

afastou dela para se deitar de lado e levantou a cabeça, apoiando o rosto na mão. Ele

manteve uma de suas coxas sobre a dela, prendendo sua perna onde ela estava deitada.

— Isso foi realmente incrível, Trina.

Ela sorriu. — Então presumo que você não se importará com isso?

Seu sorriso morreu. — A única coisa que me importa é você se oferecer para me

pagar para te foder. Eu não acho que seja certo.

Um rubor floresceu em suas bochechas enquanto ela olhava para ele. — Por favor,

não mude de ideia. Foi tão ruim assim? Quer dizer, eu sei que sou mais velha do que
você está acostumado, mas prometo que não vou me apegar nem esperar nada além de

sexo de você. Sou loira, mas sou mais inteligente que isso. Eu sei o placar aqui.

— Deixe-me reformular isso. Não estou preocupado com você se apegando a mim.

De repente, me sinto culpado por pegar seu dinheiro para fazer algo que quero fazer de

qualquer maneira.
Capítulo Três
Era uma loucura, mas Trina estacionou seu SUV em frente à casa dos Raine às oito

horas da noite seguinte. O nervosismo se instalou na boca do estômago. A noite

passada foi incrível. Depois da conversa, Navarro se ofereceu para deixá-la passar a

noite, mas ela precisava de um tempo sozinha. A viagem para casa e dormir em sua

própria cama lhe deram a capacidade de pensar com mais clareza.

A culpa a consumiu um pouco por causa do marido, Ted. Ele estava morto e ela

percebeu que ele iria querer que ela seguisse em frente, mas ficaria chocado se soubesse

que ela deu dinheiro a um homem para fazer sexo com ela. Só piorou o fato de ela ter

pago a Navarro com o dinheiro que tinha por causa da morte de Ted.

Ela suspirou enquanto descia do veículo. Por pior que a culpa a fizesse sentir, não

foi suficiente para impedi-la de visitar o Rancho Raine novamente.

A porta da frente se abriu antes que ela pudesse bater e a visão de Navarro a fez

respirar fundo quando viu que ele vestia nada além de uma calça de moletom preta

larga e seu cabelo estava molhado. Ele sempre a fazia pensar naquele ditado “sexo nas

pernas” com seu corpo musculoso e duro. Ela deixou seu olhar vagar por seu peito

largo antes de olhar para seu rosto.

Navarro parecia divertido enquanto sorria para ela. — Oi. Você foi rápida. Entre.
Trina entrou na casa e ele trancou a porta atrás dela. Ela se virou lentamente e

descobriu que Navarro ainda estava sorrindo. Seu corpo respondeu instantaneamente à

memória da noite anterior. Seus mamilos formigavam, a umidade molhava sua calcinha

e ele ainda nem a tocara.

— Você escreveu alguma coisa? Tenho um cheque certificado pelo banco.

Seu sorriso morreu. — Tem certeza que quer fazer isso, Trina? Você não precisa me

pagar.

Ela assentiu. — Caso contrário, você perderá seu rancho, certo?

Sua boca se torceu em um olhar de dor. — Sim.

— Então tenho certeza que quero lhe dar o cheque. — Ela fez uma pausa. — Só

espero que seu irmão não faça isso de novo.

— Eu o fiz ceder sua parte do rancho. Ele não pode mais contrair empréstimos

sobre a propriedade. Venha comigo ao meu escritório. Eu escrevi, você pode ler, fiz

duas cópias. Manterei uma trancado em meu cofre e você receberá a segunda.

Trina seguiu Navarro por um corredor que passava pela cozinha e entrou no que

parecia ser um escritório reformado que provavelmente já foi um quarto de hóspedes, a

julgar pelo banheiro privativo no canto do quarto. Navarro sentou-se na beira de uma

grande e velha mesa de mogno e pegou duas folhas de papel que estavam a centímetros

de sua bunda. Trina sentou-se onde ele acenou para que ela se sentasse em uma cadeira.

A bolsa dela acabou no colo enquanto ela aceitava os papéis que ele oferecia e os lia.
Ela finalmente ergueu os olhos depois de estudar a página. — Você foi muito

específico.

Ele sorriu. — Quando nosso contrato terminar, podemos queimá-los. Eu coloquei lá

que você apenas declarará que foi um empréstimo que paguei e me dará um recibo,

então se houver um problema sobre a origem do dinheiro ou para fins fiscais, isso

parecerá um não- juros, empréstimo legal entre amigos.

Ela pegou a caneta que ele lhe entregou para assinar as duas folhas e depois as

devolveu com a caneta, observando-o assinar enquanto ela procurava o envelope na

bolsa. Navarro hesitou antes de aceitar o cheque.

— Poderíamos simplesmente redigir documentos legais para um empréstimo

regular. Eu realmente não me sinto bem em tirar dinheiro de você para fazer sexo.

Ela riu. — Você nunca pensou que seria pago para isso, né? Acho que já ouvi o

termo ‘pegador de puma’, se você quiser uma descrição melhor, porém mais engraçada.

Ele riu, relaxando. — Eu sei o que é uma puma e definitivamente não é você. Você

é apenas dois anos mais velha que eu. Tenho trinta e seis anos.

— Aceite o cheque porque sinceramente não vou sentir falta. Consegui o acordo, a

apólice de seguro de vida dele e tive lucro no mercado imobiliário quando me mudei

para cá. O mercado imobiliário aqui está muito baixo, então paguei menos da metade

do preço de venda da minha casa antiga pela minha nova. Salve seu rancho e aceite o

dinheiro. Estou feliz que você tenha protegido isso contra isso acontecer novamente.
Seu sorriso morreu. — Eu também. — Ele pegou o envelope e simplesmente o

colocou em uma gaveta.

— Você não vai pelo menos dar uma olhada para verificar o valor?

Ele balançou a cabeça, ficando de pé. — Eu confio em você. Vamos lá para cima.

Tomei banho depois de comer, imaginando que você gostaria de não sentir o cheiro de

cowboy.

Ela ficou de pé, sorrindo. — Cheiro de cowboy, é? Qual é o cheiro dos cowboys?

Ele agarrou a mão dela, rindo. — Hoje teria sido merda de cavalo. Limpei as

barracas e tenho um jardim para plantar, então usei o esterco fresco como fertilizante,

então pode-se dizer que foi um dia de merda.

Ela riu com ele e o seguiu até seu quarto. Quando ele fechou a porta e trancou-a,

Trina foi até a cômoda para guardar a bolsa. Ela tirou as sapatilhas, olhou para ele e

descobriu que Navarro havia se aproximado da cama para observá-la com seu olhar

sexy.

— Por que você sempre fecha e tranca a porta? — Ela olhou para ele e depois para

ele. — Mais alguém mora aqui? Achei que você morasse sozinho.

— No momento estou sozinho em casa, mas tenho alguns irmãos que às vezes

vagam por casa. Prefiro não correr nenhum risco, já que isso já aconteceu antes. — Ele

sorriu. — Fale sobre embaraçoso.

Ela riu. — Você foi pego com as calças abaixadas, hein?


— E mais um pouco. — Ele piscou. — Aprendi que as mulheres ficam meio

furiosas quando um dos meus irmãos passa aqui para fazer comentários sobre o que

veem

— Você está brincando, né? Ah, você tem que dar detalhes.

Ele sorriu. — Eu estava namorando uma mulher há alguns anos que gostava de ser

amarrada, pensando que toda aquela coisa de cowboy era quente. Amarrei-a na minha

cama e estava ocupado quando meu irmão mais novo, River, chegou em casa sem

avisar. Num minuto estava com a boca cheia de seios, e no outro ela estava gritando

porque River disse que eu deveria ter colocado um pano entre a corda e a pele dela para

que não ficasse arranhada ou vermelha.

— Eu nem consigo imaginar. Pobre dela e de você. — Ela riu, no entanto. — Isso

deve ter sido embaraçoso.

Navarro assentiu, ainda sorrindo. — Ela me largou e me acusou de ter uma família

estranha, dizendo que meus irmãos e eu éramos pervertidos.

— Eu apenas pensei que você tivesse um irmão.

— Não. Somos cinco ao todo. Eu sou o segundo mais velho.

— Uau. Então, onde estão os outros?

— Drake é o mais velho e é um advogado que mora em Dallas. Eu teria pedido

dinheiro a ele, mas ele acabou de passar por um divórcio desagradável que o deixou

sem dinheiro, então não precisava se preocupar com isso ainda por cima. E tem Dusty.
Ele é o cara que emprestou o rancho porque tem muitos problemas. — Navarro quase

rosnou essas palavras, parecendo chateado. — E por último, mas não menos

importante, há os gêmeos, River e Ryder, mas eles quase nunca estão em casa. Ryder

está em uma banda - ele canta e toca guitarra, fica na estrada com mais frequência e só

aparece algumas vezes por ano para ficar um ou dois dias entre os shows. River

funciona o circuito de rodeios; ele era cavaleiro de touro, mas foi preso e agora trabalha

com gado. Ele mora a cerca de oitenta quilômetros daqui. O salário é uma merda, mas

ele adora seu trabalho.

— Uau. O irmão está em alguma banda de alguém de quem eu já teria ouvido

falar?

Ele balançou sua cabeça. — Não, a menos que você goste de música nativa. Ele é

nativo americano de ambos os pais e sua maneira de mostrar seu orgulho por sua

herança é tocar violão e escrever canções. Eles não são muito populares, exceto entre

seus seguidores, que são em sua maioria outros nativos americanos.

Trina lançou-lhe um olhar curioso, abriu a boca, mas depois fechou. Ela estava

morrendo de vontade de perguntar, mas não queria ser rude. Navarro quase pareceu

ler sua mente.

— Drake, Dusty e eu temos o mesmo pai e a mesma mãe. Meu pai era Apache e

minha mãe holandesa. Somos considerados mestiços, pois somos metade apaches e

metade brancos. Minha mãe morreu quando éramos muito pequenos e Dusty tinha
apenas alguns meses. Naquela época, meu pai teve que viajar muito para vender

cavalos e acho que ela não quis preocupá-lo quando cortou feio a mão, sem pensar que

precisava de um médico, mas ela pegou uma infecção no sangue. Quando pediu ajuda,

estava doente demais para lutar contra isso. Dusty foi uma gravidez difícil para ela,

então ela já estava fraca. Quase matou meu pai, perdê-la. Ele a amava muito e ficou

totalmente arrasado quando ela se foi repentinamente. Provavelmente foi por isso que

ele acabou trazendo uma prostituta para casa por um ano.

Trina ficou chocada, mas tentou esconder, lançando-lhe seu melhor olhar de

simpatia. Navarro a estudou com um sorriso, parecendo muito divertido.

— Sim. Eu sei. Ela realmente era uma prostituta que ele pegou em uma parada de

caminhões em uma de suas viagens. Ela era uma coisa bonita e Cherokee de sangue

puro. Ele disse que queria salvá-la. — Navarro riu. — Eu tinha cinco anos e até achava

ela sexy, sem nem saber o que era sexo. Enfim, ele a trouxe para casa e ela acabou

engravidando de River e Ryder. Meu pai se ofereceu para casar com ela, mas ela não

estava muito feliz aqui, era muito remoto e meu pai trabalhava duro, então às vezes ele

tinha que sair.

— Parece difícil.

— Ele estava conseguindo o melhor negócio, para ser honesto, pagando-a para

dormir com ele e para levar nós, crianças, enquanto ele estava na estrada. Ela cozinhava

mal, mas nos observava bem. Depois que os gêmeos nasceram, ela quis ir embora. Papai
tentou convencê-la a ficar, mas ela estava decidida. Ela deixou os gêmeos aqui, sabendo

que não poderia cuidar deles e que eles teriam uma vida mais estável crescendo em um

rancho do que seu modo de vida nômade. Meu pai contratou outra mulher para cuidar

de todos nós depois que ela foi embora e eles ficaram envolvidos por muito tempo, mas

ele nunca se casou novamente. Ele morreu há quatro anos, causando a merda de Dusty.

— Sinto muito pela sua perda. O que isso tem a ver com Dusty? Ele ainda sente

tanta falta do seu pai?

Navarro suspirou. — Dusty levou papai para passear no aniversário dele; eles

beberam muito e encontraram algumas prostitutas em River Bend. Papai insistiu que

estava sóbrio o suficiente para levá-los para casa, em vez de querer pagar às mulheres

para ficarem em seus quartos a noite toda. Dusty estava tão bêbado que papai acabou

jogando-o na traseira da caminhonete, onde Dusty desmaiou, mas isso acabou salvando

sua vida. Papai estava bêbado para dirigir e acabou capotando o caminhão. Ele morreu

quando o caminhão bateu e se enrolou em uma árvore no sopé de uma colina, mas

felizmente Dusty foi arremessado para longe, já que estava na carroceria aberta do

caminhão. Dusty se culpa, não importa quantas vezes tenhamos dito a ele que não foi

culpa dele. Inferno, ele estava tão bêbado que desmaiou, e foi papai quem o colocou no

banco de trás e decidiu dirigir naquela direção. Estamos gratos por Dusty ter

sobrevivido e ninguém mais ter ficado ferido. — Ele fez uma pausa. — Meu pai bebia
muito e tinha alguns registros de dirigir embriagado, então não foi um choque. Dusty

teve alguns problemas de longo prazo desde então.

— Por que Dusty fez o empréstimo? — Trina corou, percebendo que estava sendo

intrometida depois de falar. — Desculpe. Não é da minha conta.

Uma sobrancelha arqueada. — Não é? Seu dinheiro está salvando o rancho.

Apostas empoeiradas. Ele não consegue manter um emprego por causa da bebida, mas

desta vez ele jogou com a pessoa errada e se envolveu muito fundo. Eles estavam

ameaçando matá-lo, pelo que disse, então ele fez o empréstimo contra a fazenda. Não

teria sido tão ruim, mas ele adiou me contar até que o banco estivesse pronto para

executar a hipoteca. Ele mandou todos os depoimentos para alguma garota com quem

anda, em vez de aqui. Eu não tinha ideia ou teria feito pagamentos. Quando descobri,

estava pensando em pagar tudo de uma só vez para impedir a execução hipotecária e

simplesmente não tinha tanto dinheiro tão rápido. É impossível rastrear Ryder desde

que ele perdeu seu celular no mês passado. River é fácil de encontrar, mas ele está

falido. Dusty se ofereceu para tentar ganhar o dinheiro para salvar o rancho e, em troca,

me ofereci para enfiar minhas botas na bunda dele, se ele o fizesse. Eu apenas fiz com

que ele retirasse seu nome da escritura para que ele nunca mais tivesse a chance de

fazer isso novamente.

— Então todos vocês são donos do rancho?


Navarro assentiu. — Agora, apenas quatro de nós o fazemos. — Ele deixou seu

olhar percorrer seu corpo. — Já chega de conversa, querida. Tire essas roupas. Estive

pensando no que quero fazer com você o dia todo.

Ela riu e estendeu a mão para a cintura da camisa. — Ótimo. Você estava pensando

em sexo comigo enquanto limpava a merda. — Ela brincou. — Que romântico.

— Você ficaria surpreso com as coisas que eu estava pensando.

— Você poderia compartilhar com a turma. — Ela se despiu.

Navarro deixou seu olhar aquecido percorrer seu corpo enquanto agarrava a

cintura de sua calça de moletom, apenas empurrando-a para baixo para revelar que não

estava usando nada por baixo dela. Ele estava excitado e essa visão tirou o fôlego de

Trina. Ele era lindo, com pele e músculos bronzeados, com uma grande ereção que era

impressionante. Seu olhar descansou ali por alguns segundos antes de olhar para o

rosto dele e encontrá-lo sorrindo para ela.

— Espero que você goste do que vê tanto quanto eu gosto do que vejo.

— A julgar pela arma em seus quadris, você está tão excitado quanto eu. — Ela riu.

— Então, como você me quer?

— Você gosta de cowboys, querida? — Ele enfatizou a fala arrastada em seu

discurso.

— Se você é um cowboy, então eu gosto agora. — Ela piscou para ele.


Ele caminhou até uma cadeira sem braços que não estava na sala na noite anterior e

sentou-se nela, empurrando os quadris para a borda da cadeira. Ele acenou para ela

com um dedo e apontou para o chão à sua frente enquanto abria as coxas para abrir

espaço para ela. Trina caminhou até ele, mas hesitou.

— Acho que sou bastante decente em sexo oral. — Disse ela suavemente.

Suas sobrancelhas se ergueram enquanto ele sorria. — Aposto que sim, mas não era

isso que eu tinha em mente. Isto é sobre você, apenas. Estou muito feliz. Vire-se.

Ela não tinha ideia do que ele estava fazendo, mas se virou para lhe dar as costas,

mais do que disposta a confiar em Navarro. Suas mãos agarraram seus quadris com

firmeza enquanto ele movia uma coxa contra sua perna.

— Aproxime-se. Quero você no meu colo, de frente para a porta.

Ela estava intrigada, tendo estado por cima durante o sexo muitas vezes, mas

nunca lhe pediram para montar em um homem de costas para ele. Ela levantou a perna

para passar por cima dele, uma de suas coxas entre as dela agora. Ele bateu nela e ela

deu um passo novamente até que suas pernas estivessem montadas nas dele. Ele usou

seu controle sobre seus quadris para aliviá-la até que ela se sentasse em suas coxas, com

seu pênis rígido pressionado contra suas costas.

— Você confia em mim para não te machucar? — Sua voz era suave.

Lambendo os lábios, Trina olhou por cima do ombro para encontrar o olhar dele. —

Eu confio em você.
Estudando os olhos dela por longos segundos, ele assentiu. — Eu quero que você

saiba que eu nunca iria te machucar. Você já foi amarrada? — Uma mão soltou seu

quadril para chegar ao chão atrás da cadeira.

Ela hesitou. — Já tive meus pulsos amarrados uma vez, mas foi só isso.

Ele levantou a corda e mostrou para ela. Ela ficou nervosa de repente, sem saber o

que ele faria com isso. A corda estava fechada em sua mão quando ele a moveu para

mais perto para roçar suavemente o rolo grosso e de textura áspera em sua pele, criando

uma sensação estranha, mas boa. Os calafrios começaram onde ele esfregou a corda. Ele

observou a expressão dela com cuidado.

— Quero amarrar você com uma corda, apenas na parte superior do corpo, mas

não perto da garganta. Não vai te machucar. Eu nunca faria isso. Vai ser bom se eu te

envolver nela, nem vai ficar apertado. Imagine essa textura áspera em seus mamilos

quando eu te fodo. Você vai me deixar fazer isso?

Parecia erótico e ela queria experimentar, seu corpo esquentando só de pensar no

que ele descreveu. A outra mão dele deslizou do quadril para a frente dela. Com as

coxas bem abertas, ele deslizou facilmente até seu sexo, esfregando sua fenda onde ela

estava se molhando. Ela mexeu contra os dedos dele que deslizaram para cima para

provocar seu clitóris.


— A ideia disso te excita. Você é uma alegria e me deixa tão quente, querida. — A

sua mão afastou-se da rata dela, que ele tinha estado a tocar suavemente. — Coloque os

braços para trás e cruze-os para mim na parte inferior das costas.

Ela mal hesitou antes de fazer o que ele queria, colocando os braços para trás e

cruzando-os de forma que os antebraços e as costas das mãos ficassem contra a pele.

Navarro começou a enrolar a corda em volta dos ombros dela, apenas alguns

centímetros acima dos seios. Ele testou o quão apertada a corda estava toda vez que

enrolava outro laço em volta do seu corpo, fazendo-a parecer uma múmia com uma

corda confortável, mas não comprimia a sua respiração ou se aproximava de sua

garganta. Ele sabia que isso a assustaria.

Trina estremeceu quando ele amarrou seus seios, o material áspero um pouco

incômodo em sua pele, mas não muito abrasivo quando ele a envolveu. Ela teve que

pressionar os lábios para parar o gemido que queria escapar enquanto a corda esfregava

seus mamilos. A textura áspera raspando em sua pele sensível era uma sensação

incrível. Navarro enrolou a corda até que ela estivesse enrolada logo abaixo dos

cotovelos dobrados na cintura. Ele garantiu lá.

Ela percebeu por que ele a posicionou com os braços cruzados atrás das costas

agora que a amarrou. Ela não conseguia libertar os braços ou tocá-lo. Ele poderia fazer

qualquer coisa com ela e ela estava indefesa sem as mãos.


Sua mão deslizou pelas costas dela e se moveu entre suas coxas abertas para

acariciar seu sexo com os dedos, provocando seu clitóris esfregando círculos lentos

sobre ele com a ponta de um dedo.

— Você está tão molhada. — Ele disse suavemente, e abriu mais as coxas para

forçar as pernas dela mais afastadas. Uma mão agarrou a corda em sua cintura nas

costas para mantê-la firme, para que ela não pudesse cair do colo dele em qualquer

direção. — Apenas sinta e relaxe, Trina.

Assentindo, ela fechou os olhos para fazer o que ele disse. Ela relaxou e

simplesmente aproveitou a felicidade que ele estava construindo em seu corpo. A cada

respiração que ela respirava, sua pele se esfregava na corda, fazendo-a experimentar

novas sensações – sensações maravilhosas e carnais que a faziam ansiar por mais. Ela

sabia que provavelmente deveria estar envergonhada por estar ficando molhada, mas

estava muito excitada sexualmente para se importar. Um gemido saiu de seus lábios

quando Navarro esfregou seu clitóris com o polegar.

— É bom?

— Sim.

— Apenas espere até que eu esteja dentro de você.

— Agora seria bom. Quero você. — Sua barriga estremeceu quando ela o imaginou

fazendo exatamente isso.

Navarro riu. — Ainda não, mas em breve, querida. Apenas sinta.


Trina gostou do êxtase de tudo isso enquanto ele a provocava com o polegar, mas

seu corpo estava tenso com a necessidade de gozar. Ele deslizou o polegar para longe

de seu clitóris latejante para empurrar dentro de sua boceta, entrando nela sem aviso, e

ela gritou bruscamente com sua entrada abrupta, surpresa com a maravilhosa sensação

de gratificação. Ela o queria dentro dela e ele estava. Ele curvou o polegar, batendo na

parede atrás do clitóris dela, repetidamente. Ela ofegou e então gemeu com a nova

sensação.

— Deve ser muito bom. — Ele disse suavemente. — Bem aqui. — Ele bateu o

polegar novamente e depois pressionou contra ela por dentro com uma pressão mais

firme e esfregou.

— Deus, eu estou sofrendo.

— Use meu nome, Trina. Deus não está tocando em você. Eu estou.

Ele a tocou e brincou com ela, esfregando e batendo em seu interior e depois

retirou-se de seu corpo, apenas para deslizar o polegar para frente para torturar seu

clitóris com fricções provocantes. Ela se mexeu em seu colo enquanto gemia. Quando

ele entrou nela novamente com o polegar, ela empurrou os quadris na mão dele,

tentando forçá-lo mais fundo, precisando que ele entrasse e saísse dela.

— Por favor, Navarro.

— Levante um pouco. — Ele hesitou.


Ela apoiou os pés no chão e levantou o corpo do colo dele. Era difícil fazer isso com

as coxas bem abertas, mas ela conseguiu, graças às mãos dele que seguravam

firmemente a corda para estabilizar seu equilíbrio.

— Acalme-se lentamente em mim. — Ele ordenou a ela.

Navarro ajustou seu pênis rígido sob ela, então quando ela abaixou o corpo, a

cabeça grossa dele pressionou contra sua entrada. Ela se abaixou mais sobre ele, um

gemido alto saindo de seus lábios enquanto centímetro após centímetro dele esticava

sua boceta. Ela deixou seu corpo afundar sobre ele até que ele estava enterrado

profundamente dentro dela enquanto ela se acomodava em seu colo. Ela tentou se

levantar para avançar sobre ele, mas o braço dele envolveu sua cintura, parando-a e

prendendo-a em seu colo.

— Calma, querida. Eu estou no comando deste passeio. Levante um pouco. — A

voz de Navarro ficou mais profunda. — Eu defino o ritmo. Estou no controle total e

você simplesmente sente.

— Você vai me matar.

— Nunca. Eu prometo, porém, que vou fazer você gritar meu nome. Eu não vou

deixar você cair. Eu tenho você, então confie em mim. Quero que se incline para frente e

não use as pernas. Relaxe e isso vai abalar o seu mundo… literalmente.

— Por favor... estou machucada. Eu preciso de…

— Eu sei. — Ele disse a ela. — Aqui vamos nós. Faça como eu digo.
Ela se inclinou para frente enquanto Navarro a ajustava suavemente até que ela se

preocupou em cair de cara no colo dele e cair no chão; a única coisa que a impediu de

fazer isso foram as mãos dele segurando ela e a corda. Ele moveu os quadris antes que

ela pudesse protestar. Seu impulso duro e repentino dentro de sua boceta a fez gritar de

felicidade. Ele era forte e com ela desequilibrada, estava indefesa com ele batendo nela.

As cordas esfregaram sua pele e seus mamilos enquanto seu corpo saltava com o

movimento de Navarro. As sensações a inundaram em todos os níveis, inundando-a em

puro êxtase.

— Oh Deus! — Ela gritou.

— Navarro. — De repente ele congelou, enterrado profundamente nela. — Grite

meu nome, Trina. Diga. — Ele começou a se mover novamente, desta vez com

estocadas lentas e profundas, enquanto inclinava o corpo dela um pouco mais para

frente, já que a tinha de forma efetiva e completa sob seu controle. — Ponto G. Lembra

do meu polegar? Agora sinta isso.

Ela podia sentir tudo totalmente quando ele se inclinou para uma posição

ligeiramente diferente, empurrando-a profundamente e depois puxando-a lentamente

para trás. Quando ela teve medo de que ele se retirasse completamente de seu corpo, ele

empurrou-a novamente, encheu-a, esticou-a e a fez ofegar.

— Pronto, querida? Você é tão apertado e sexy que não vou durar muito mais nesta

primeira vez. Vou pegar você forte e rápido porque estou pronto para explodir.
Ela não teve a chance de responder antes que ele se movesse. O braço em volta de

seu corpo apertou sua cintura enquanto a outra mão mergulhava entre suas coxas,

segurando seu monte pela frente, os dedos contra seu clitóris, esfregando-a ali com cada

movimento. Ele dirigiu até ela rápido e forte, usando as pernas no chão para se apoiar

enquanto a empurrava em seu colo. A corda esfregou seus mamilos enquanto ela

saltava com mais força no corpo poderoso de Navarro. Por dentro e por fora, ela estava

sobrecarregada sensorialmente até que o clímax a atingiu brutalmente. Um prazer

cegante rasgou seu corpo enquanto ela gritava com a força disso.

Navarro gritou algo que ela não entendeu. Ele pulsou dentro dela, quando

disparou sua liberação em sua boceta. Ele a puxou de sua posição curvada em seu colo

para envolver ambos os braços em volta dela, segurando-a contra seu peito. Ambos

estavam respirando pesadamente. Ele a segurou assim por um longo minuto, enquanto

ambos se recuperavam, e sua respiração desacelerou para um ritmo mais normal.

— Então, o que você acha dos cowboys agora? Você foi amarrada e marcada.

Trina riu. — Marcada?

— Oh sim Ele deu um beijo em seu pescoço. — Sua pele é tão delicada que você

vai ficar com alguma vermelhidão por causa das cordas. — Ele aliviou seu aperto sobre

ela e começou a desenrolar o cordão grosso, liberando-a um laço de cada vez. — Mal

posso esperar para chupar seus seios. Eles vão estar tão sensíveis que provavelmente

consigo te fazer gozar só com a minha boca nos teus mamilos. A vermelhidão
desaparecerá rapidamente, mas esses bebês vão se lembrar de mim por um ou dois

dias. Você definitivamente foi marcada por mim.

Ela olhou para baixo quando ele a libertou completamente da corda e viu que sua

pele estava um pouco rosada, mas não doía. Seus seios, por outro lado, latejavam um

pouco e pareciam inchados. Navarro fechou as coxas e apenas a levantou enquanto se

retirava de seu corpo, ajudando-a a ficar de pé, se posicionando atrás dela. Seus olhares

se encontraram quando ele a girou em seus braços para encará-lo.

Navarro não disse uma palavra enquanto a apoiava em sua cama e a colocava

deitada nela. Trina ponderou o que ele iria fazer, mas descobriu rapidamente quando

ele subiu na cama ao lado dela e se deitou de lado, seus lindos olhos azuis fixos nos dela

logo antes de ele abaixar a cabeça. Sua boca se agarrou a um de seus seios.

Trina ofegou em estado de choque quando sua boca quente e úmida sugou com

força.

— Eu não aguento. — Ela sussurrou, tentando afastá-lo. Seus mamilos eram

realmente sensíveis a ponto de quase doer.

Ele ignorou as mãos dela empurrando seu peito e sugou com mais força. O corpo

de Trina estremeceu sob ele, tentando se afastar, mas ele jogou a coxa sobre a dela,

forçou o joelho entre eles e prendeu efetivamente a parte inferior do corpo dela. Com a

mão, ele agarrou o braço dela do outro lado, segurando-a completamente, e continuou a

chupar com força.


Ela se contorceu debaixo dele, se debatendo, a sensação era demais. Seu mamilo

estava hipersensível. Ele o soltou, deslocou seu peso sobre ela e foi para o outro seio,

apertando-o com aquela boca quente e forte, chupando com força enquanto levantava o

joelho para usar a coxa para esfregar contra seu monte.

Em minutos, um clímax brutal a atravessou. Suas unhas cravaram em seu peito

enquanto ela gritava seu nome e seu corpo ficava tenso e se sacudia de prazer até que

sua boca gentilmente liberou seu mamilo.

Trina abriu os olhos, sentindo-se totalmente atordoada. Na verdade, ele a fez gozar

chupando-a e apenas esfregando a coxa contra seu monte. Como ele sabe fazer isso? Seu

olhar escuro parecia divertido, mas algo mais se escondia naquelas profundezas.

— Você está orgulhoso de si mesmo, não é? — Ela sussurrou. — Isso foi…

— Incrível? — Ele sorriu.

— Definitivamente.

— Você pode me levar de novo? — Sua atenção baixou para seus corpos. — Você

me deixa mais quente do que pode imaginar e estou duro novamente. Apenas observar

seu rosto enquanto você goza tem esse efeito em mim.

Ela passou a mão pelo corpo dele, do peito até a carne dura que pressionava seu

quadril, e envolveu os dedos em torno de seu pênis de aço. — Deite-se de costas.

Ele arqueou uma sobrancelha, mas a soltou para rolar. Ele se espreguiçou como um

gato quando ficou confortável de costas em sua grande cama. Trina sentou-se
lentamente, deixando seu olhar percorrer seu corpo, ainda segurando firmemente seu

pênis em sua mão. Ela se moveu então, subindo entre as coxas dele, empurrando-as

para abrir espaço para sentar-se sobre os calcanhares. Uma mão massageava sua carne

dura enquanto a outra mão segurava suas bolas.

Ela se inclinou para frente, encontrou seu olhar apaixonado e depois percorreu seu

peito, sua barriga lisa, até o tesouro que ela segurava. Ela lambeu os lábios enquanto se

inclinava sobre ele e seu cabelo caiu para frente, espalhando-se sobre seu estômago e

descendo pelos lados de seus quadris enquanto ela abria bem a boca.

Ela o lambeu como se fosse um sorvete, girando a língua ao redor dele enquanto os

dedos de Navarro penteavam seus longos cabelos. Ela levou seu pênis em sua boca um

pouco de cada vez, testando seu comprimento e largura, então ajustou sua mandíbula e

o tomou profundamente.

Sua inspiração aguda a fez sorrir em torno de seu eixo. Esta era uma parte do sexo

que ela achava que poderia ter um bom controle. O marido dela tinha um trabalho

estressante e ela fazia isso por ele muitas vezes, Ted sempre jurava que ela era boa

nisso.

Navarro era mais grosso e maior, então ela teve que se ajustar à diferença enquanto

o levava ainda mais fundo, chupando e lambendo enquanto tomava cada vez mais dele

em sua boca. Ela deslizou até que ele quase se retirou e deixou seus dentes arranharem

levemente a cabeça de seu pênis. Ele sugou mais ar e então gemeu quando ela de
repente o levou de volta para sua boca... profundamente. Ela girou o rosto enquanto

balançava a cabeça, sugando a cada movimento.

— Filho da puta. — Navarro gemeu. — Você poderia me ensinar sobre isso. Droga.

Ela esperava poder fazer a próxima parte corretamente. Seu tamanho a intimidava.

Ela queria ser uma boa esposa, então, como surpresa para o marido, em seu décimo

aniversário de casamento, alugou vídeos pornôs que ensinavam técnicas orais. Ela

relaxou a garganta, respirou pelo nariz e inclinou a cabeça enquanto prendia a

respiração. Ela não fazia isso há muito tempo, mas estava confiante de que poderia

superar seu reflexo de vômito com o ângulo que usou para o pênis de Navarro. Ela

tomou mais, até poder senti-lo em sua garganta. Engoliu em seco repetidamente,

sabendo que aqueles músculos fortes estavam trabalhando na cabeça de seu pênis.

— Oh merda. — Navarro gemeu.

Ela precisava de ar, então recuou e respirou pelo nariz. Ela se retirou quase

totalmente de seu pênis, usando a língua para provocar novamente a cabeça e respirou

fundo novamente. Ela avançou rapidamente e o levou de volta à garganta, engolindo

em seco, movendo a cabeça.

Trina não tinha perdido o quanto o pênis de Navarro ficou mais duro na primeira

vez que ela fez essa manobra. Seus quadris estremeceram, mas ele não empurrou em

sua boca, o que ela ficou grata, sabendo que ele poderia sufocá-la. Ela podia sentir o
quão tenso o corpo dele estava enquanto o mantinha na boca. Os músculos da garganta

dela trabalharam até que seu corpo começou a tremer um segundo antes de ele gozar.

Ela recuou lentamente, lambendo e chupando tudo o que ele tinha para lhe dar até

que ele agarrou sua cabeça para forçá-la a sair de seu pênis. Ela lambeu os lábios,

olhando para Navarro, querendo ver seu rosto. Seus olhos azuis escuros estavam quase

fechados e ele parecia um pouco atordoado, mas satisfeito.

Ela limpou a garganta suavemente e sorriu. — Acho que você gostou disso?

— Se gostei disso? — Ele a puxou para cima de seu corpo. — Você quer casar

comigo? — Ele piscou para ela.

Ela riu de sua provocação, deitando-se ao lado dele. Ela colocou a mão na barriga

dele e ele ajustou o braço, então ela levantou a cabeça para deixá-lo e acabou usando o

braço dele como travesseiro. Ele estava de costas e ela estava de lado, de frente para ele.

Navarro sorriu para ela.

— Onde diabos você aprendeu isso?

Ela sabia que suas bochechas estavam coradas devido ao seu leve constrangimento.

— Vídeos pornôs instrutivos.

Suas sobrancelhas arquearam. Ele não conseguia esconder a surpresa em suas

feições. — Eles ensinam garganta profunda em vídeos?

Ela assentiu.

— O que mais você aprendeu?


— Só isso. Foi a única habilidade que imaginei que meu marido gostaria que eu

aprendesse.

— Como ele convenceu você a fazer isso?

Ela esfregou a barriga dele para se distrair. Ela realmente não se sentia confortável

em falar sobre isso. — Ele não fez isso. Aprendi sozinho a surpreendê-lo.

— Aposto que foi a melhor surpresa que ele já teve.

Ela olhou para cima e encontrou o olhar de Navarro. — Ele não reclamou.

O sorriso de Navarro desapareceu quando ele assumiu uma expressão séria em

suas feições. — Ele teve sorte de ter você, Trina. Ele deveria ter feito todas as coisas que

você queria fazer na cama já que esteve disposta a aprender a agradá-lo.

Ela mordeu o lábio. — Ele trabalhava duro. Ele...-

Navarro rolou para encará-la enquanto sua boca reivindicava a dela em um beijo.

O choque a percorreu e ela se afastou de sua boca.

Seus olhares se encontraram enquanto Navarro franzia a testa. Ele segurou seu

rosto. — O que está errado? Você não gosta que eu te beije?

— Eu só...— Ela olhou para seu pênis agora macio encostado em sua coxa. — Você

vai provar... você.

Ele arqueou uma sobrancelha. — E?

Ela olhou para ele, sentindo-se confusa. — Isso não vai realmente te incomodar?

Caras não beijam mulheres depois de fazerem isso.


— Deixe-me adivinhar. Além dele apenas não te atacar, ele não te beijou depois

que você o surpreendeu? — A voz de Navarro parecia um pouco zangada. — Eu não

sou ele. — Ele foi para sua boca novamente.

Trina relaxou, sem se afastar quando Navarro a incentivou a abrir a boca sob seus

lábios insistentes, suas línguas se encontrando. O beijo que ele deu nela foi um beijo que

a nivelou. Não foi faminto ou cheio de paixão, mas suave e doce, quase o tipo de beijo

que verdadeiros amantes, que se importavam profundamente um com o outro,

compartilhavam. Ela rapidamente afastou esse pensamento.

Navarro a estudou quando finalmente quebrou o selo de seus lábios. — Acontece

que adoro o sabor de nós dois juntos. Você se provou em mim, já que eu estava dentro

de você. Somos nós juntos e o que fazemos um ao outro quando nos tocamos. Nunca se

afaste dos meus beijos.

Ela assentiu. — Eu não vou.

Ele sorriu. — Eu sei que provavelmente ainda é cedo para você, mas estou

derrotado. Pronto para me deixar te abraçar enquanto dormimos? Eu normalmente não

ronco, mas se eu fizer isso, apenas me dê uma cotovelada e me diga para rolar. — Seus

olhos brilharam. — Que maus hábitos vou descobrir que você tem quando estivermos

dormindo juntos? Você ronca? Baba?

— Se estou muito cansada, costumo começar a roncar, mas geralmente acordo

quando isso acontece. Acho que sua cama está protegida de baba.
— Você não estará a salvo de mim. — Ele sorriu para ela. — Vou te acordar em

algum momento da noite. Acho que deveria perguntar se você se importa que eu te

acorde entrando em você. Você se importa?

Ela ficou atordoada. — Você vai entrar em mim?

Ele riu. — Você nunca foi acordado com um homem te fodendo?

Ela balançou a cabeça. — Não.

— Vamos experimentar e ver se você gosta.

Ela olhou para ele, balançando a cabeça. Ele realmente vai me acordar durante a

noite desse jeito? Ted não a acordava no meio da noite para fazer sexo, exceto uma ou

duas vezes durante todo o casamento. Ele sempre se certificou de que ela estivesse

completamente acordada antes de tentar penetrá-la. Ted sempre foi correto.

Navarro deu um beijo suave em seus lábios, tirando-a de seus pensamentos. Trina

sorriu enquanto ele apagava a luz do quarto. Ele voltou, puxou-a em seus braços com

segurança e os cobriu. Em minutos, Trina ouviu a respiração dele mudar, dizendo que

ele estava dormindo. Ela se aconchegou mais perto de seu corpo grande e quente.

Ela adorava ser abraçada pelos braços fortes de Navarro. Ele era tão grande e

sólido, até cheirava bem – viril, simplesmente sexy e apenas Navarro. Ela sentia falta de

ter alguém na cama com ela, mas nunca foi abraçada. Ted não era do tipo que tocava

durante o sono, dizendo que ficaria perturbado se ela tentasse tocá-lo. Ted queria

espaço.
Navarro pressionou-se contra ela. O contato pele a pele era uma sensação ótima.

Ela se aconchegou ainda mais contra ele, querendo aproveitar ao máximo já que ele

parecia não se importar com ela tão perto dele. Bocejando, Trina adormeceu.

*****

Navarro a acordou às três da manhã quando empurrou seu corpo com seu pau

grosso, a sensação maravilhosa arrancando-a de seus sonhos para uma realidade ainda

melhor. Ele estava deitado atrás dela, como uma colher. Ele rolou de costas, puxando-a

para cima dele com os dois braços em volta de seus quadris. Então um braço envolveu

sua cintura e a outra mão esfregou seu clitóris enquanto ele se aproximava dela por trás

até que ela gozou com força.

Depois, ele a beijou. — Como foi isso?

— Você pode me acordar assim a qualquer hora.

Ele riu. — Esqueci de avisar que tenho que acordar às seis, mas durma até tarde, o

quanto quiser. Apenas tranque a porta quando sair. Vejo você hoje à noite.

Ele voltou a dormir e Trina também. Ela acordou às cinco e meia. Ela tinha o hábito

de acordar cedo, graças aos anos de casada. Silenciosamente saiu da cama para se vestir

e então automaticamente começou sua rotina matinal. A mesma que fez durante

dezesseis anos com Ted.


Ela estava na metade do preparo do café da manhã na cozinha de Navarro quando

percebeu o que estava fazendo.

Navarro não era seu marido, não era função dela preparar o café da manhã para o

homem, e ele poderia se importar que ela cozinhasse em sua cozinha, já que ela não

havia pedido sua permissão.

Envergonhada e sem saber se ele ficaria chateado, ela terminou de preparar o café

da manhã, colocou-o no micro-ondas para mantê-lo aquecido enquanto lavava a louça.

Como já havia preparado o café da manhã e o estrago estava feito, preparou um bule de

café para ele também.

Ela ouviu o alarme dele tocar às seis e de repente sentiu vontade de fugir, sabendo

que não poderia enfrentá-lo. Preparar o café da manhã era algo que ele provavelmente

acharia estranho e ela estava nervosa com a possibilidade de que isso o incomodasse.

Ela teve que subir as escadas para pegar os sapatos e a bolsa. Navarro apertou o

botão de soneca em vez de se levantar, pois ainda estava dormindo quando ela entrou

em seu quarto. Ela hesitou por apenas alguns segundos antes de caminhar até a cama,

mal conseguindo distinguir sua forma escura no quarto, já que o sol ainda não havia

nascido. Ela sentou-se na beira da cama e estendeu a mão para esfregar as costas dele.

Ele estava deitado de bruços com apenas o lençol enrolado sobre sua bunda e coxas.

Suas costas largas e nuas estavam quentes ao toque e ela usou as unhas e as pontas dos

dedos para esfregar e arranhar suavemente sua pele.


— Mmmmm, isso é bom.

Navarro tinha uma voz rouca pela manhã, mais um rosnado suave do que um tom.

Trina teve que sorrir, pensando que, mesmo meio adormecido, ele ainda era sexy. — Eu

tenho que ir. Deixei algo para você no micro e o café deve estar pronto.

Ele virou a cabeça, as pálpebras mal abrindo, para encará-la com olhos sonolentos.

— Você me fez café? Obrigado.

Ela assentiu. — Vou vê-lo hoje à noite. Ainda estamos juntos nisso, certo?

Ele bocejou. — Sim.

A vontade de se inclinar e dar um beijo nele foi forte quando ela parou de esfregar

suas costas, mas ela resistiu. — Vejo você então.

Ela se levantou e fugiu.


Capítulo Quatro
Trina estava nervosa quando foi até a casa de Navarro naquela noite. Ela suspirou,

sentindo arrependimento, e teve certeza de que havia ultrapassado os limites.

Ela estava pagando ao homem para fazer sexo com ela e precisava se lembrar disso.

Ela havia se chutado a maior parte do dia. Ele ficaria chateado por eu ter me

acomodado em sua casa? Será que Navarro vai pensar que exagerei quando preparei o

café da manhã para ele?

Ela ficou tentada a não vir. Ligar para ele para dar uma desculpa parecia bom, mas

a ideia do que ela perderia a fez descartar essa ideia. Apegar-se a Navarro Raine foi um

erro. Ela sabia disso, e Trina teve que se forçar a encarar isso enquanto estacionava em

frente à casa dele.

Eram oito e cinco quando ela subiu os degraus. As luzes da casa estavam acesas no

andar inferior e a luz da varanda estava forte. Ela estava quase na porta quando

Navarro a abriu. Seu olhar voou para o dele para avaliar seu humor e o alívio a atingiu

quando viu que seus olhos azuis eram suaves e acolhedores quando ele sorria.

— Você está atrasada.

— Desculpe.
Rindo, ele acenou para ela entrar. — Eu só estou te dando uma merda. Você é

provavelmente a mulher mais pontual que já conheci. — Ele fechou a porta depois que

ela entrou e trancou-a. — Obrigado pelo café da manhã.

Ela ficou tensa quando se virou para encará-lo. — Desculpe. Era um hábito e espero

que você não esteja chateado. Eu não estava realmente acordada e já estava cozinhando

quando percebi que você talvez não quisesse que eu me sentisse tão à vontade em sua

casa.

Uma sobrancelha negra se arqueou. — A única coisa que me deixou chateado foi

que tive que comer sozinho porque você foi embora. Por que você saiu tão cedo? Eu

disse que poderia dormir até tarde. Só porque tenho tarefas de madrugada não significa

que vou te expulsar da minha cama quando eu sair dela.

Trina hesitou. — A verdade?

Um par de braços musculosos cruzou sobre um peito largo enquanto Navarro

assentia. — Eu sempre quero a verdade de você. Eu esperava que isso fosse uma regra

não escrita entre nós.

— Eu sempre acordei cedo para preparar o café da manhã para Ted, então estou

acostumada a isso. — Seu olhar caiu, mas então ela olhou de volta para ele. — Eu estava

meio preocupado que você pudesse achar estranho eu ter preparado o café da manhã

para você, então saí antes que realmente acordasse.


Um sorriso curvou seus lábios. — Você cozinha bem e eu adorei o café da manhã,

então fique à vontade para usar a cozinha quando quiser. Sou um cozinheiro decente,

mas aquela omelete que fez para mim estava quase no paraíso.

— Estou feliz. Tive aulas de culinária.

O sorriso de Navarro desapareceu enquanto ele olhava para ela. — Você teve aulas

de culinária?

Isso é uma coisa ruim? Ela não sabia como responder, exceto assentir. — Sim.

— Deixe-me adivinhar. Seu marido queria um cozinheiro melhor?

— Ele queria que eu ficasse em casa porque gostava de eu estar lá. Eu não

trabalhava, então pensei que o mínimo que poderia fazer era ser a melhor dona de casa

que pudesse ser. Não tínhamos filhos para me cansar ou destruir a casa, então tive

muito tempo extra disponível e tive muitas aulas para preencher minha agenda.

— Que outros tipos de aulas você fez?

— Bem, eu fiz aulas de culinária. — Ela engoliu em seco. — Fiz aulas de costura

para poder operar uma máquina de costura eficiente. Aprendi scrapbooking, o que foi

bem legal. Tive aulas sobre reparos domésticos.

Navarro riu. — Que tipo de reparos domésticos?

— Coisas básicas. Ted era engenheiro, mas não era bom em consertar coisas, como

o degrau quebrado na varanda dos fundos, e os encanadores cobravam muito caro


quando a raiz de uma árvore bloqueava um dos canos, então aprendi a controlar essas

coisas. Apenas coisas assim.

— Tem mais?

— Fiz aula de cerâmica. Eu simplesmente não sou habilidosa. Foi divertido, mas eu

era horrível. Você precisa ser bom com as mãos. Minhas tigelas sempre ficavam tortas

ou deformadas. Aprendi a dançar em linha. Eu queria que Ted se inscrevesse comigo

para aprender algo romântico como dança de salão, mas ele trabalhava muitas horas.

Tínhamos um vizinho e ele sempre quis aprender line dancing, então fizemos parceria.

Os olhos azuis escuros estreitaram-se ligeiramente. — Você teve um caso? Como

foi o sexo com ele?

O choque atingiu Trina. — Não. Eu nunca traí Ted. — Ela franziu a testa. — Jerry,

nosso vizinho, tinha setenta e dois anos. A esposa dele morreu, então ele ficou sozinho e

as aulas nos tiraram de casa.

Os cantos da boca de Navarro se ergueram enquanto ele ria. — Você deveria ter

visto o horror em seu rosto até mesmo com a ideia de que você teve um caso. Desculpe.

— Está tudo bem. Eu sei que as pessoas trapaceiam. Nós... quero dizer, tive amigos

que tiveram seus casamentos terminados por causa disso. Nem sempre foram apenas os

homens que traíram. Algumas das mulheres também.

— Ted alguma vez trapaceou?


Ela balançou a cabeça. — Eu o teria deixado. Alguns dos meus amigos me

menosprezaram por ser uma dona de casa sem filhos, mas eu não era o capacho que

eles me acusaram de ser. — Seu queixo ergueu-se. — Eu era leal a ele e merecia isso de

volta. — Ela fez uma pausa. — E Ted não era o tipo de casos.

— Todos os homens são, nas circunstâncias certas.

— Não Ted.

— Ele era um santo? — Navarro questionou.

Ela hesitou. — Ele tinha um metro e setenta e cinco de altura, ficou careca

prematuramente, usava óculos e estava um pouco acima do peso. Ele não era

extrovertido e não era um namorador. As mulheres não se sentiam atraídas por ele e ele

não chamava atenção. Ele era muito inteligente e muito engraçado, mas você tinha que

conhecê-lo bem para ver esse lado dele.

Navarro piscou algumas vezes, parecendo atordoado. — Como vocês se

conheceram?

— Nos conhecemos através de amigos. Eu tinha acabado de sair de um

relacionamento ruim e renunciei aos homens, mas Ted era legal. Ele me levava muito

para jantar, nos conhecemos e nos apaixonamos. Ele era um bom marido. Eu...— A

emoção a atingiu e ela fechou a boca.

Navarro caminhou lentamente em sua direção e agarrou seus braços acima dos

cotovelos. A expressão em seu rosto ficou terna. — Você o perdeu.


Lágrimas encheram seus olhos, mas ela piscou para contê-las, engolindo o nó na

garganta. — Estou superando isso. No começo fiquei paralisada. Ele era meu mundo

inteiro e desapareceu em um piscar de olhos. Ele. Nossa vida juntos. Minha vida. —

— Qual é a coisa mais difícil de lidar?

Ela hesitou. — Estar sozinha o tempo todo. Eu fico sozinha.

— Por que você se afastou de todos os seus amigos? Você tinha que tê-los.

— Alguns deles sentiram pena de mim e pararam de me tratar como pessoa.

Tornei-me algo digno de pena. Metade deles me evitou depois que Ted morreu. Acho

que ver o que aconteceu os deixou com medo de que isso pudesse acontecer com eles.

Fiquei arrasada no início e também me afastei de alguns deles, porque estava em meu

próprio mundo de tristeza. E dei a impressão errada a alguns amigos de Ted. — Ela

ainda estava um pouco humilhada com isso.

— Como? — Navarro a puxou para o sofá e a fez sentar enquanto ele se sentava na

beirada da mesa de centro. — Conte-me sobre os amigos de Ted que tiveram a

impressão errada.

Trina forçou uma risada. — Isso é meio constrangedor, mas eu estava acostumado

a cuidar de Ted e de alguns de seus amigos por meio de Ted. Quando seu amigo Luke

se divorciou, ele mencionou a Ted que sentia falta de refeições caseiras, então às vezes,

quando Ted ia sair com ele, eu mandava um pouco de comida para Luke para que ele

pudesse reaquecê-la e comer algumas boas refeições por uma semana. O amigo de Ted,
Gene, adorava meus produtos assados. Adoro assar, então fazia um extra e mandava

com o Ted para o trabalho. Gene era seu parceiro de escritório e também solteiro.

— E que impressão errada você deu?

Ela hesitou enquanto seu sorriso desvanecia. — Eu estava entediada e precisava de

algo para fazer depois que Ted não estava mais lá para cuidar. Juro que está gravado

em mim depois de todos esses anos. Comecei a preparar refeições para Luke e preparei

algumas guloseimas para Gene. Durante algumas semanas, deixei-os em suas casas.

Então...— Ela corou.

Navarro esfregou os braços dela. — Então o que?

Ela suspirou. — Isso é embaraçoso.

— Diga-me de qualquer maneira.

Ela olhou em seus lindos olhos. — Gene apareceu uma noite na minha casa do

nada e deu em cima de mim. Fiquei chocada. Ele era o melhor amigo de Ted e eles

trabalhavam juntos. Eu não reagi bem. Na verdade, eu meio que surtei. Passaram-se

apenas alguns meses depois do funeral e ele veio até mim de forma bastante agressiva.

Gene me disse, por causa do que eu estava fazendo com ele e Luke, que sentia pena de

mim e por isso estava lá, oferecendo-se para passar a noite comigo. Ele disse que eu

parecia desesperada pela companhia de um homem ou ele não teria vindo me dar uma

foda de pena.
As mãos de Navarro pararam e a raiva tomou conta de suas feições. — Esse cara é

um idiota. O que você fez foi legal, e ele deu em cima de você porque sempre quis você.

Confie em mim. Ele tentou se aproveitar de você e quando você o derrubou, ele

transferiu a culpa por seu comportamento de merda para você. Que idiota.

— Eu provavelmente parecia desesperada e não era apropriado continuar

cozinhando para eles. Nunca mais me senti confortável perto de nenhum dos dois

homens, então parei de falar com eles.

Navarro se levantou e colocou Trina de pé. — Vamos lá para cima. — Ele

continuou segurando a mão dela até fechar a porta do quarto. Ele trancou e se virou. —

Nua.

— Acho que nunca vou me acostumar com você me dizendo para ficar nua no

segundo em que entrarmos aqui. — Ela tirou os sapatos e lentamente começou a se

despir.

Ele riu. — Estou muito feliz que você fez isso. Eu não quero você com suas roupas.

— Ele jogou a camisa descartada no chão. — Estou me despindo também.

— Regra de não usar roupas no quarto?

— Gosto dessa. Eu também quero que você siga minhas ordens aqui.

Ela assentiu. — Eu posso fazer isso.

Algo em seus olhos tremeluziu e ele realmente parecia excitado. — Bom. Apenas

faça o que eu digo.


— Eu posso fazer isso. — Ela concordou, então fez uma pausa. — Só não quero dor

ou humilhação.

Uma carranca moderou seus lábios. — Eu não faria isso com você. O que fez você

dizer isso?

— Mencionei que leio livros. Às vezes eu leio essas histórias do tipo mestre e

escravo. Eles me excitam até que se torne degradante ou doloroso. Não acho isso sexy

ou estimulante e não gostaria de estar com um cara que quisesse me infligir algo

parecido. Também não quero me sentir nojenta por fazer algo com o qual não me sinto

confortável.

Ele estava nu enquanto se movia lentamente para Trina. — Eu nunca vou te

machucar e não quero te humilhar. Então você fica excitada com a escravidão?

Assentindo, ela encontrou seu olhar curioso. — Gostei das cordas.

Ele estendeu a mão para que seu polegar roçasse seu mamilo. — Ainda sensível?

— Um pouco.

— Eu estava pensando em você hoje.

— Você estava lidando com mais merda? — Ela sorriu para ele.

— Não. Eu estava domando alguns cavalos. — Seu olhar aquecido percorreu-a.

Seu corpo respondeu instantaneamente às suas palavras. A ideia dele nas costas de

um animal selvagem a fez ter alguns pensamentos atrevidos. Ele teria que ser um cara

durão para arriscar a vida e a integridade física para subir nas costas de um animal forte
e selvagem. Ela não desviou o olhar dele enquanto ele olhava nos olhos dela. — Então,

o que você estava pensando?

— Você gosta de brinquedos?

— Brinquedos sexuais?

Ele assentiu. — Fui à cidade hoje para pagar o empréstimo depois de descontar seu

cheque. A fazenda está segura. Por falar nisso, agradeço. Quando cheguei em casa,

entrei na internet e encomendei alguns brinquedos que achei que você iria gostar. Eles

só chegarão na próxima semana, mas quero que você se acostume com a ideia.

— Que tipo de brinquedos?

Ele sorriu. — Nada doloroso. Tenho coisas que acho que vão fazer você se sentir

muito bem. Será uma surpresa.

— Eu odeio surpresas.

Ele riu. — Você é única então.

— Eu também sou impaciente.

Estendendo a mão, ele a levantou na cama. — Eu também. — Seu foco desceu pelo

corpo dela.

Trina olhou seu pênis, vendo que ele estava duro como pedra, e lambeu os lábios.

Quando sua atenção se dissipou, não havia como perder a paixão em seu olhar. Ela se

moveu na cama. Com ele parado ao lado, ele estava na altura perfeita para o que ela

tinha em mente. Ela rolou de bruços, estendendo a mão para ele, ouvindo-o sugar o ar.
— O que você está fazendo?

Aproximando-se dele, Trina acariciou seu pênis com as mãos. — O que parece que

estou fazendo?

Ele não se afastou enquanto ela lambia o topo de seu eixo. Seu pênis estremeceu

quando seus dedos envolveram a base. Ela o levou em sua boca, lambendo e chupando,

arrancando um gemido de Navarro enquanto sua mão acariciava sua bochecha.

— Você é muito boa nisso. Não vou durar muito, mas não vou dizer não. Eu

acredito na vingança, então quando você terminar, será a minha vez.

A lembrança da boca dele sobre ela fez com que sua paixão aumentasse. Ela levou

seu pênis mais fundo em sua boca e moveu-se sobre ele mais rápido. Navarro gemeu

enquanto seus quadris empurravam lentamente um pouco, movendo-se com ela.

— Porra. — Sua voz estava rouca. — Sua boca é tão quente e boa.

Ela deixou seus dentes rasparem levemente seu eixo e o levou mais fundo,

sentindo-o em sua garganta. Ela engoliu repetidamente. Navarro gritou quando gozou

com força. Ela engoliu tudo o que ele lhe deu antes de tirá-lo de entre os lábios. A mão

dele estava fechada em seus longos cabelos, mas ele não a machucou. Seu aperto

diminuiu quando ela olhou para ele enquanto se sentava. Sua cabeça estava jogada para

trás, seus olhos estavam fechados e um sorriso satisfeito estava firmemente plantado em

seus lábios. Lindos olhos se abriram quando ele abaixou a cabeça.


— Você é tão incrível nisso. Estou quase envergonhado com a rapidez com que

gozei, mas não ficarei porque você é muito boa.

Ela riu. — Obrigada. Para ser honesta, estou feliz por poder te livrar rapidamente.

Depois de alguns minutos meu queixo começa a doer. Você é bem grande.

— Então estou feliz que você me excite tanto que não aguento mais alguns minutos

quando sua boca está em volta de mim. Deite-se e abra-se bem para mim, Trina. É a

minha vez de causar devastação em seu corpo.

Movendo-se na cama, Trina se deitou de costas. Ela hesitou, ainda não muito

confortável em se expor a ele, mas o fez, querendo tanto sentir a boca dele nela. Ela

realmente queria gozar, doendo com a necessidade de gozar. Assistir e ouvir o clímax

de Navarro, saboreá-lo, a excitou completamente.

Ele deitou na cama com ela, de joelhos. Seu olhar percorreu seu corpo, fixando-se

entre suas coxas. — Você sempre usa gilete?

Ela assentiu. — Isso te incomoda? Fiz esta noite antes de vir. Eu não queria que

você encontrasse restolho.

— Já depilou?

— Ai. Eu tentei uma vez, mas doeu tanto que gritei.

Sua resposta foi uma risada profunda. — Desculpe. Por que se barbear?

Ela hesitou. — Ted queria que eu experimentasse há cerca de oito anos,

imaginando como seria. Eu preferi, então continuei me barbeando.


Seus dedos roçaram seus lábios externos. — Macio. Você fez um ótimo trabalho. Se

ele não caiu em cima de você, por que você continuou raspando tudo? — Ele trancou

olhares com ela. — Por favor, seja honesta, porque quero isso sempre entre nós.

— Eu gosto da sensação quando eu...— Ela corou enquanto o desconforto

queimava suas bochechas.

— Quando se toca?

Ela assentiu.

— Você faz isso com frequência?

Ela desviou o olhar. — Precisamos realmente conversar sobre isso?

— Querida?

Sua atenção voltou para ele, seus olhos azuis escuros prendendo-a onde ela estava.

Ela suspirou. — Eu sempre tive um grande desejo sexual e Ted não. Acho que atingi

meu auge ou algo assim. Eu me masturbo algumas vezes ao dia e todas as noites

porque isso me ajuda a dormir.

Um gemido suave veio de seus lábios entreabertos enquanto ele se esticava de

bruços entre as coxas dela. — Porra, isso é quente.

— O que?

Ele sorriu para ela entre suas coxas. — Você. Você me deixaria te foder de manhã, à

tarde e à noite, não é?


Ela assentiu. — Se você fizesse isso, eu não me masturbaria mais. — Ela sorriu,

aliviada por não tê-lo chocado com sua honestidade, e encorajada a continuar falando,

já que ele parecia excitado com suas respostas. — Você é melhor em me tirar do sério do

que eu. A propósito, obrigada. Você não sabe como... — Ela calou a boca. — Só

obrigada.

— Feche os olhos e sinta.

Ela deixou a cabeça cair para trás. Navarro usou uma de suas mãos para abrir os

lábios de sua boceta para lhe dar acesso mais livre. Ela agarrou a roupa de cama quando

ele respirou seu sexo um instante antes de sua língua quente provocar seu clitóris com

um golpe lento e preguiçoso, e depois outro. Ela se lembrou de respirar até que a boca

dele cobrisse completamente. Um arrepio percorreu seu corpo quando ele usou os

dentes para raspar levemente o botão sensível.

Navarro brincou com seu clitóris e deslizou dois dedos dentro de sua boceta e

lentamente a provocou de outra maneira. Ela empinou os quadris quando o broto se

apertou, inchou, e a dor dentro dela cresceu até se tornar uma dor surda de

necessidade.

— Por favor. — Ela ofegou.

Lábios carnudos se fecharam sobre seu clitóris e sua língua forte a lambeu com

mais pressão. Seus dedos se moviam rápida e profundamente, bombeando-a com força

no ritmo do que ele estava fazendo com sua boca. Isso foi tudo o que foi preciso. Trina
arqueou as costas, gritando seu nome, enquanto o clímax a dominava. Ele não parou,

fazendo-a gritar de novo e de novo até que a soltou, removendo os dedos.

Um grunhido profundo penetrou em sua feliz neblina de satisfação sexual.

Navarro. O som a surpreendeu, não acostumada com um homem fazendo aquele som.

Trina não protestou quando ele a virou de bruços. Mãos fortes abriram suas coxas um

segundo antes de seu corpo descer sobre ela enquanto seus quadris se acomodavam

entre suas pernas.

— Trina? — Os lábios dele estavam perto da orelha dela. — Relaxada?

Ela sorriu. — Oh sim. Se eu estivesse mais, você precisaria de uma colher para me

pegar.

— Eu quero que você continue assim.

Ela assentiu. — Não posso me mover agora, mas me dê alguns minutos.

Um grito de surpresa e prazer explodiu dela quando Navarro a penetrou

lentamente por trás. Ele estava quente e duro enquanto pressionava profundamente em

sua boceta. Ela gemeu com a sensação de ser esticada e preenchida por seu pênis rígido

e grosso. Suas pernas a abriram mais e ele lentamente a fodeu em golpes longos e

profundos enquanto a prendia totalmente na cama.

Ela gemeu, empurrando-o o melhor que pôde, mas o peso dele a segurou com

bastante eficácia. Ele apoiou um braço e depois enfiou a mão entre o quadril dela e a

cama para enrolar a palma entre as coxas dela até que seus dedos acabaram esfregando
seu clitóris. Ele a fodeu com mais força e mais rápido, batendo contra sua bunda onde a

tinha presa.

Com os dedos esfregando seu clitóris e ele se movendo dentro dela, foi demais. Ela

gozou de novo, gritando, e arranhou a roupa de cama. Atrás dela, Navarro se apoiou

nela, gemendo quando gozou, profundamente enterrado. Ele estremeceu, quase

derrubando todo o seu peso sobre ela depois de puxar a mão por baixo. Ele beijou seu

ombro, arrastando os lábios até seu pescoço.

— Vou acordar você no meio da noite novamente. Você pode me levar em algumas

horas?

Ela sorriu. — Por favor.

Navarro riu. — Você é realmente um presente, querida. — Ele beijou seu ombro. —

Terminei. Sinto muito por ir para a cama tão cedo.

— Estou cansada também. — Ela fechou os olhos. — Eu não quero me mover.

Ele riu enquanto se retirava lentamente de seu corpo, levantando-se dela. — Você

está em cima das cobertas, então tem que se levantar. Você arruma elas na cama para

nós e eu apago a luz.

Ela forçou seu corpo a se mover, grata quando Navarro lhe entregou uma toalha e

ficou na beira da cama para ajudá-la a se levantar. Ela a usou para se limpar e depois

puxou as cobertas. Ela voltou para a cama dele quando a luz se apagou. Em segundos

ele estava deitado de costas, puxando-a para seus braços.


— Você pode se sentir em casa aqui, Trina. Se você quiser dormir até tarde, durma.

Se quiser cozinhar, coma comigo. Eu gosto de você em meus braços. Você dormiu bem

comigo?

— Sim. — Ela se aconchegou mais perto dele. Ela não mencionou que dormia

muito bem para seu próprio bem.


Capítulo Cinco
Trina subiu os degraus da varanda, mordendo o lábio, lembrando-se de que

Navarro lhe dissera para ser ela mesma. Ela adorava assar. Talvez eu tenha exagerado, mas

estava entediada hoje.

Esta era a quinta noite e ela não o veria por alguns dias, conforme estipulado no

acordo. Ele tem sido muito divertido comigo preparando o café da manhã. Espero que ele

também lide com produtos assados.

Um sorriso curvou seus lábios, lembrando-se da noite anterior, quando ela chegou

na casa dele. Navarro a encontrou na porta totalmente nu, arrastou-a para dentro de

casa, quase arrancou suas roupas e depois ergueu seu corpo nu nos braços. Ela ficou

chocada quando ele a carregou para a sala de jantar, olhando com espanto para o que

ele tinha feito para ela.

Velas iluminavam a sala. Ele jogou um saco de dormir em cima da mesa da sala de

jantar e prontamente a colocou em cima. Ele riu enquanto ordenava que ela ficasse

quieta. Ela congelou no lugar, apenas permitindo que ele fizesse o que quisesse com ela.

Ele se abaixou para pegar algo na beirada da mesa. Ela olhou para o lenço, mas não

disse nada enquanto ele amarrava seu pulso. Ele deu a volta na mesa, amarrando os

membros dela nos quatro cantos, onde já havia fixado os lenços nas pernas. Ele sorriu

para ela enquanto informava que estava pensando em fazer isso com ela o dia todo.
Estar na sala de jantar deixou Trina um pouco nervosa. E se um de seus irmãos

rebeldes voltasse para casa? Ela teve a impressão de que eles não eram bons em ligar

para avisar antes de aparecerem, mas esqueceu essa preocupação quando Navarro foi

até uma mesa lateral para segurar o mel em uma garrafa que ele guardava por um vela,

para que ficasse quente em sua pele. Foi uma experiência sexualmente estimulante, pois

ele pingou a substância aquecida em seus seios, estômago e coxas.

Ela foi amarrada e amarrada de modo que mal conseguia se mover, e então

Navarro subiu na mesa com ela. Ele começou pelos seios dela, lambendo para remover

cada gota de mel. No momento em que ele chegou às coxas dela, ela estava tão quente e

incomodada que estava implorando para ele transar com ela. Ele finalmente

desamarrou os tornozelos dela, colocou as pernas sobre os ombros e usou a boca para

fazê-la gozar. Ele quase a lambeu até quase matá-la.

Ela bateu novamente na porta, com a mente ainda na noite anterior. Depois que

atingiu o clímax, Navarro desamarrou seus pulsos, puxou-a para fora da mesa e

agarrou sua mão para arrastá-la para a sala de estar. Ele a girou, inclinou-a sobre o

encosto do sofá como um cachorrinho e a penetrou em um piscar de olhos. O sexo tinha

sido selvagem e fantástico com ela presa sobre a mobília, ele investindo por trás,

quente, rápido e áspero. Ela adorou cada segundo disso.

Quando Navarro ainda não atendeu a porta, ela recuou e franziu a testa enquanto

arrastava seus pensamentos de volta ao presente. Ele estava no chuveiro? Ela virou a
cabeça para olhar para a longa entrada, vendo que a caminhonete dele não estava

estacionada ali. Também não estava lá ontem à noite, mas ele estava em casa.

Ela debateu sobre o que fazer. Ela deveria simplesmente sair ou esperar alguns

minutos e bater novamente? Ela sabia que ele chegava em casa, comia e depois tomava

banho antes dela chegar, já que ele lhe contara sua rotina.

Ontem à noite eles tomaram banho juntos depois que ele a fodeu contra o sofá. Ela

adorava tomar banho com o homem porque ele a deixava lavá-lo, quase ronronando

quando ela esfregou seu cabelo espesso e sedoso ao toque. Caiu sobre seus ombros e ela

adorou. Ele a lavou em seguida e os dois ficaram excitados quando ficaram limpos.

Navarro lhe deu mais uma coisa que ela nunca tinha experimentado. Ele a levantou

contra a parede do chuveiro, fez com que ela envolvesse seus braços e pernas ao redor

de seu corpo, e ele a levou contra a parede, levantando-se, segurando-a.

Ela não tinha gozado, mas ainda assim foi uma sensação incrível ser abraçada

daquele jeito. Ele sabia que ela não tinha saído, então estendeu a mão, pegou o chuveiro

removível e lhe ensinou sobre a pressão da água. Ela estremeceu, lembrando-se dele

prendendo-a na parede com um dos pés no chão, enquanto a coxa dele mantinha a

outra perna alta e aberta. Ele a fez gozar com força com o chuveiro derramando água

sobre seu clitóris. Depois disso, eles caíram na cama, já exaustos e meio adormecidos.

Ainda parada na varanda, Trina olhou para o relógio. Eram oito e vinte e cinco.
Onde se encontra Navarro? Ela bateu tão alto quanto seu punho permitiu, pensando

que ele realmente precisava de uma campainha. Era uma casa grande para não ter uma.

Ele ainda não atendeu a porta, então ela foi até o balanço da varanda e colocou os

assados no assento. Ela não tinha papel nem caneta, mas esperava que ele adivinhasse

quem os trouxera.

A depressão a atingiu. Teria Navarro esquecido? Isso machucava. Ela desceu os

degraus para entrar em seu SUV.

Ela tinha acabado de colocar o cinto e ligar o motor quando as luzes de um veículo

chamaram sua atenção. Estava vindo em sua direção. Ela desligou o motor, saiu do SUV

e colocou um sorriso no rosto enquanto esperava Navarro estacionar. Graças a Deus, ele

estava atrasado.

Mas não era a caminhonete de Navarro. Ela franziu a testa quando um homem

loiro saiu do veículo.

— Oi. Eu sou Adam. Você é Trina?

Ela assentiu. — Sim.

— Navarro está com o celular desligado, então ele quer que você me siga até o

celeiro norte, onde ele está.

— OK. — Ela ficou um pouco surpresa, mas Navarro trabalhava com cavalos e ela

sabia que ele tinha um celeiro, já que ele lhe disse que limpava as baias. Ela ficou

surpresa por ele querer fosse até ele. — Lidere o caminho.


— Ele disse que ficaria lá por um tempo, então você poderia passar a noite no

celeiro. Ele queria que eu lhe desse a opção de ficar ou ir. Um dos cavalos está tendo um

parto difícil, então pode ser uma longa noite.

A indecisão bateu. Será que Navarro ficaria irritado com ela se ela realmente fosse

ao celeiro? Ele foi educado demais para pedir uma segunda chance? Adam a observou

enquanto esfregava a coxa, parecendo impaciente.

— Ele me disse para dizer que gostaria que você fosse lá.

Ela assentiu. — OK. Espere. — Ela subiu correndo os degraus da varanda para

pegar a vasilha e a levou de volta para o SUV. — Eu irei te seguir.

Ele subiu de volta em sua caminhonete. A estrada não era muito mais do que uma

trilha de terra no meio da grama alta. Adam dirigia devagar e ela se perguntou se ele

estava fazendo isso para seu benefício. Ela sorriu. Seu SUV era mais resistente que o

Ford que o homem à sua frente dirigia. Ela havia comprado propositalmente um SUV

pesado, sabendo que estava morando na periferia. Eles dirigiram por cerca de vinte

minutos quando ela viu o celeiro com luzes vindo de uma porta aberta. Adam

estacionou então ela estacionou seu SUV ao lado dele.

Adam abriu a janela da caminhonete e disse: — Ele está lá dentro e estou indo para

casa. — Ele inclinou o chapéu de cowboy. — Noite.

Trina observou o cara ir embora antes de sair. Examinando as portas abertas do

celeiro, ela avançou. Lá dentro ela viu barracas, um sótão com abertura e escada, mas
nenhum Navarro. Ela sentiu cheiro de feno e avistou alguns cavalos que a encaravam

por cima das baias.

— Estou aqui! — Gritou Navarro. — Na parte de trás, à esquerda.

Trina seguiu sua voz através do celeiro, encontrando-o na última baia de porta

aberta.

Ela olhou para Navarro, incapaz de evitar. Ele estava descalço, sem camisa e

acariciando uma égua muito prenhe que estava encostada na parede dos fundos do

estábulo. Navarro estava com o cabelo preso em um rabo de cavalo e enquanto ela o

estudava, percebeu o quão cansado ele estava.

— Como ela está?

O sorriso não alcançou seus olhos. — É o primeiro potro dela e ela está passando

por um momento difícil. Ela não está muito estressada e o potro está virado para a

direita, mas acho que será um trabalho de parto longo. Se as coisas mudarem, ligarei

para Mike Arles, o veterinário local. Não sei se você o conheceu na cidade ou ainda não.

— Eu não tenho. O que posso fazer?

Ele deu um tapinha na égua uma última vez antes de caminhar até Trina. — Sinto

muito por isso. Como você se sente em acampar? Já fez sexo em um celeiro antes?

Ela olhou nos olhos dele, tentando ler sua expressão, e o que viu verificou que ele

estava exausto, mas tentando esconder. Ele era um homem orgulhoso e tinha dado a ela

sua palavra de que ela o receberia cinco noites por semana. Parecia que ele iria
conceder-lhe aquelas noites, mesmo que isso o matasse. Ele parecia pronto para cair de

cara no chão. Ela respirou fundo.

— Eu adoraria passar a noite. É a minha hora, certo?

— Você sabe que sim.

— Bom. Aqui está o que eu quero. Diga-me onde iremos dormir. Existem sacos de

dormir? Eles estão abatidos?

— Ainda não fiz isso, mas pedi a Adam que me trouxesse alguns e os colocasse na

carroceria da minha caminhonete. Ele também me trouxe um refrigerador com bebidas

e alguns sanduíches, já que perdi o jantar. — Ele estendeu a mão para ela. — Venha

aqui.

Trina balançou a cabeça. — Meu tempo, meu dinheiro, certo?

Uma carranca marcou o rosto bonito de Navarro. — Você está louca? Sinto muito

por isso, mas Adam não pôde sentar-se com Willow. O irmão dele vai se casar e hoje à

noite é despedida de solteiro. Ele é o padrinho.

— Eu juro que não estou brava. Eu volto já.

Ela se virou e saiu do celeiro para procurar os sacos de dormir, encontrou-os e os

carregou de volta para o celeiro. Navarro ainda estava parado onde ela o havia deixado

com a mesma expressão carrancuda, até que a viu entrar com os sacos de dormir. Ele

pareceu surpreso antes de se mover em direção a ela.

— Deixe-me fazer isso.


— Deixe-me. Onde vamos dormir?

Ele apontou. — Melhor aqui para que eu possa ficar de olho nela, mas estamos fora

da barraca, então ela não pisará em nós. Mas eu posso fazer isso.

Ela encontrou seu olhar preocupado, sorrindo. — Você cuida dela e eu cuidarei

disso. Deixe-me arrumar, ok? Isso me deixará feliz. — Ela piscou para ele. — Gosto de

me sentir necessária.

O sorriso que ele deu a ela foi de alívio e genuíno enquanto seu corpo tenso

relaxava. — OK.

Navarro voltou para a barraca enquanto ela abria o zíper de um saco de dormir

para espalhá-lo e usava o segundo como cobertor. Ela saiu do celeiro para encontrar o

refrigerador na traseira da caminhonete de Navarro e carregou a caixa pesada,

colocando-a ao lado da cama do saco de dormir. Em sua última viagem para seu SUV,

ela pegou a vasilha junto com sua bolsa. Hesitou antes de pegar a toalha que guardava

no SUV para colocar no assento quando esquentasse, e jogou-a sobre a bolsa enquanto

carregava tudo para o celeiro. Com uma olhada para o chão de terra macia, ela tirou os

sapatos.

— Alguém vai aparecer ou somos só nós esta noite?

Navarro olhou para ela por cima do ombro. — Só nós. Adam não estará de volta

até amanhã. Ele é o único que está trabalhando comigo agora.


Ela enfiou a mão por baixo da camisa para desabotoar o sutiã e deixou-o cair na

banheira, e então tirou a calça jeans. Navarro sorriu, observando-a ficar confortável

agora que ela estava apenas de calcinha e camisa. Ela sorriu de volta para ele e então se

ajoelhou no saco de dormir para abrir o refrigerador. Ela pegou dois sanduíches para

ele e uma Coca-Cola. Ela encontrou o olhar dele.

— Venha comer.

Ele acariciou a égua antes de caminhar até uma mangueira para lavar as mãos e

usar a calça jeans para secá-las. Ele agradeceu quando se sentou na beira da cama que

ela havia feito. Enquanto Navarro comia os dois sanduíches, ela o estudou atentamente,

notando a exaustão em seus olhos e em seus ombros caídos.

— Você teve um dia difícil.

— Já faz muito tempo.

— Você precisa descansar. Você pode deitar e tirar uma soneca?

Ele franziu a testa. — Você está aqui e temos planos. Estamos em um celeiro, então

eu estava pensando em todas as coisas que queria fazer com você aqui.

— Navarro. — Ela disse suavemente. — Tire uma soneca primeiro. Por favor? Isso

me faria feliz. Posso ver que você está derrotado.

— Mas...-

— Meu dinheiro, meu tempo. Quero que você se deite e me deixe tocá-lo até você

adormecer. Você precisa descansar. Podemos fazer sexo mais tarde.


— Se você me tocar, vamos fazer sexo antes de eu dormir um pouco. — Ele sorriu.

— Espere. Deixe-me apagar as luzes para que possamos nos instalar. Se Willow tiver

problemas, saberemos. Ela não tem vergonha de fazer barulho se precisar de atenção.

Trina observou Navarro se levantar para fechar as portas do celeiro antes de

diminuir a intensidade das luzes do teto. A porta da baia era de madeira com grandes

aberturas para que pudessem ver Willow claramente quando ele a fechasse para manter

o cavalo encurralado. Ele tirou a calça jeans e a cueca, ficando com a pele nua.

Trina pegou a bolsa, desejando ter loção, mas ela tinha protetor solar, decidindo

que teria que servir. Era gorduroso, mas não tão ruim, e cheirava muito bem quando ela

o espalhou nas duas mãos. As sobrancelhas de Navarro se arquearam.

— Protetor solar?

— Deite-se de bruços. — Ela moveu o saco de dormir de cima com o polegar. —

Estique-se para que eu possa fazer uma massagem nas costas.

Ele parecia chocado. — Uma massagem nas costas?

Ela sorriu para ele. — Eu fiz uma aula.

Um sorriso dividiu seus lábios. — Seriamente?

Uma risada explodiu dela. — Não, mas eu poderia. Agora estique-se aqui e deixe-

me esfregar você, sexy.


Por mais cansado que estivesse, Navarro ainda estava duro, pronto para fazer sexo.

Ela o observou sorrir para ela enquanto se sentava no saco de dormir. Olhando para seu

pênis duro e excitado, ela percebeu do que precisava cuidar.

— Eu mudei de ideia. Quero que você se deite de costas primeiro.

Sem protestar, ele se deitou de costas. — Você quer me montar? — Ele bateu nas

coxas, abrindo um pouco as pernas. — Suba, querida. Eu quis você o dia todo.

Ela derramou mais protetor solar nas mãos, o cheiro de coco enchendo o ar,

cheirando muito bem. Ela sorriu e se moveu entre suas coxas. Ele se abriu mais para lhe

dar espaço, e ela olhou em seus olhos.

— Relaxe e aproveite.

O protetor solar deixou sua mão escorregadia enquanto se movia sobre seu eixo,

cobrindo-o. A outra mão dela segurou suas bolas, brincando com elas, acariciando e

massageando. Um gemido veio de Navarro enquanto ele exalava. Sorrindo, Trina

observou o corpo dele reagir enquanto ela o esfregava lentamente por um tempo, seus

gemidos suaves e respiração irregular dizendo a ela o quanto ele estava gostando de

seu toque. Quando ele ficou tenso e suas bolas apertaram em sua mão, dizendo que ele

iria gozar, ela apertou seu eixo um pouco mais forte e moveu a mão mais rápido.

Navarro jogou a cabeça para trás e disse o nome dela em voz alta quando gozou.

Ela usou a toalha para limpar os dois enquanto Navarro jazia exausto, tentando

recuperar o fôlego.
— Role de bruços, agora que você não tem suporte.

Navarro riu da piada dela, mas ele realmente parecia exausto naquele momento. —

Deite-se de costas. É a minha vez.

— Por favor, role. — Por mais que ela o quisesse entre suas coxas, fazendo-a sentir

o tipo de prazer que ela sabia que ele poderia lhe dar, ela queria cuidar mais dele. —

Vou fazer aquela massagem nas suas costas.

No segundo em que ele rolou de bruços, Trina montou em sua bunda. Ela sabia

que ele provavelmente poderia sentir o quão molhada e excitada ela estava, mesmo

através da calcinha. Para sua diversão, ele virou a cabeça para sorrir com conhecimento

de causa, verificando que definitivamente estava ciente de seu estado de consciência

sexual. Ela sorriu de volta e avançou para cima para montá-lo mais alto, para conseguir

uma boa posição.

— Eu quero que você relaxe e aproveite o que eu faço com você. — Ela derramou

uma boa dose de protetor solar nas mãos. — Você teve um dia difícil e merece isso.

Algo brilhou em seus olhos, uma emoção que ela não conseguia ler, e então

desapareceu. Ele hesitou e depois assentiu. Ela ficou aliviada por ele não discutir com

ela. Ela realmente queria fazer algo de bom para ele e uma boa massagem o relaxaria o

suficiente para dormir, algo que ele precisava desesperadamente.

— Só se você me acordar se eu adormecer. É a minha vez. Eu quero fazer você

gozar.
— Eu vou. — Ela mentiu facilmente, com um sorriso nos lábios.

Navarro encostou o rosto na cama quando ela começou a passar loção nele. Ela

esperou até que ele fechasse os olhos antes de se inclinar para frente e espalhar as mãos

sobre seus ombros largos. Ela adorava tocar sua pele quente e os músculos que ela

segurava revelavam que ele estava tenso. Um grunhido suave veio dele.

— Isso é incrível. Não consigo me lembrar da última vez que alguém me

massageou.

— O prazer é meu.

O corpo de Navarro relaxou ainda mais sob o dela enquanto ela esfregava,

massageando seus ombros e parte inferior das costas. Ela sabia quando ele adormeceu

quando começou a roncar silenciosamente, apenas verificando para ela mais uma vez

que ele estava tão exausto quanto parecia.

Ela se afastou dele, tomando cuidado para não acordá-lo, e usou a toalha para

limpar as mãos. O cheiro de coco pairava no ar, mascarando alguns dos aromas de

cavalo e feno que enchiam o celeiro.

A égua permaneceu em silêncio na baia e parecia bem quando Trina olhou naquela

direção. Ela se estendeu ao lado de Navarro enquanto o cobria com o outro saco de

dormir. Gentilmente, ela puxou o cabelo dele da faixa que o prendia.

A única luz do celeiro estava fraca o suficiente para que Trina soubesse que poderia

dormir deitada de costas ao lado de Navarro sem que isso a perturbasse. Ela hesitou e
depois se abaixou enquanto virava a cabeça, observando Navarro dormir com o rosto

voltado para ela. Ele era tão bonito que a deixou sem fôlego. Durante o sono, suas

feições suavizaram-se, fazendo-o parecer mais jovem e mais vulnerável. Ele era o

homem mais sexy que ela já conheceu.

Sabendo que não deveria, ela ainda enfiou o dedo dentro da borda da calcinha

onde a estava encharcando. Enquanto observava Navarro dormir, ela esfregou círculos

apertados ao redor do clitóris com a ponta do dedo e imaginou que era o dedo dele a

tocando. Em tempo recorde, ela gozou, tirou o dedo da calcinha e virou de lado para se

enrolar em seu corpo grande e quente.

O fato de ela estar dormindo em um celeiro no chão e não se importar porque

Navarro estava ao lado dela não passou despercebido. Ela se enrolou firmemente contra

seu grande corpo, apreciando a proximidade e seu calor. Ela bocejou, adormecendo.

*****

Quando Navarro se levantou, ela acordou e ouviu Willow ofegante. Navarro

apenas vestiu a cueca e abriu o portão da baia, praguejou e se virou para atravessar

correndo o celeiro. As luzes do teto se acenderam, cegando Trina quando ela se sentou a

tempo de ver Navarro correndo de volta para a cabine. Ela se levantou enquanto ele

caminhava atrás da égua.


— O que posso fazer?

Navarro não olhou para ela. — Apenas fique para trás. Ela está prestes a dar à luz.

O nervosismo atingiu Trina com força. Navarro contornou a égua, examinando-a

em todos os ângulos antes de pedir a Willow que se deitasse de lado. A égua estava

pirando um pouco e parecia assustada. Navarro se ajoelhou atrás dela e Trina só

hesitou um segundo antes de entrar na baia e se ajoelhar na cabeça da égua para

esfregar seu rosto.

— Está tudo bem, querida. — Ela sussurrou.

— Droga.

Trina olhou para Navarro por cima do cavalo, vendo sua expressão sombria,

encontrando seu olhar preocupado. — Ela vai ficar bem?

— Ela deveria estar, mas isso simplesmente não está indo do jeito que eu queria. —

Ele estava examinando fisicamente o cavalo. — Eu sinto cascos, então isso é bom. Basta

falar com ela e continuar acariciando-a. Se ela tentar levantar a cabeça, mantenha-a

abaixada, mesmo que tenha que deitar sobre ela. Eu não quero que ela tente ficar de pé.

Os próximos vinte minutos se passaram como um borrão enquanto Trina tentava

acalmar e manter Willow no chão, tendo que segurá-la quando a égua tentou se

levantar algumas vezes. Navarro ensinou a Trina como manter o cavalo calmo.

Enquanto ele se movia atrás da égua, Trina o viu tenso e observou com admiração

enquanto Navarro ajudava o nascimento do potro. Ele puxou enquanto a égua lutava
para empurrar até que o potro finalmente estivesse livre. Navarro pegou toalhas para

esfregar vigorosamente o potro enquanto Trina piscava para conter as lágrimas,

observando com espanto enquanto Navarro ajudava o potro a se levantar. Balançou,

mas permaneceu em pé.

— Deixe-a levantar.

Trina recuou para sair do caminho enquanto Willow lutava, mas se levantou. A

nova mãe se virou, indo em direção ao potro, e Navarro recuou, levando consigo as

toalhas ensanguentadas. Os dois acabaram fora da barraca, observando Willow cuidar

de seu bebê.

— Droga. Isso foi assustador.

Trina olhou para Navarro. — Você foi notável e não pareceu assustado nenhuma

vez.

— Willow é uma das minhas favoritas e eu não queria perdê-la. Ela teve

dificuldade em dar à luz, então não acho que vou criá-la novamente.

Ela não tinha certeza do que dizer, então apenas olhou para Navarro, percebendo

que ele tinha sangue desde o nascimento. — Por que não levo você até casa para que

você possa tomar banho?

Ele olhou para baixo em seu corpo. — Não. Você consegue segurar a mangueira?

Não quero deixá-los sozinhos até que Adam chegue aqui para cuidar deles.
Ele caminhou até uma baia perto da frente do celeiro, balançando a cabeça para que

Trina entendesse. Ela abriu o box e viu que o espaço havia sido convertido em um

grande chuveiro, com um ralo no chão e uma mangueira com bico de pulverização nas

proximidades. Navarro tirou a cueca. Eles precisavam ser jogados fora. Ele ficou nu,

olhando para ela, sorrindo.

— A água está muito fria.

Ela estremeceu. — Desculpe.

— Bata-me do pescoço para baixo e deixe meus braços muito bem limpos. — Ele

fez uma careta. — Tem sabonete ali na prateleira. Quando eu estiver molhado, por

favor, entregue-me.

A água não estava fria – estava gelada. Arrepios cobriram cada centímetro de sua

pele e a culpa tomou conta de Trina enquanto ela encharcava Navarro do pescoço para

baixo. Ela entregou-lhe um frasco rotulado como sabonete. Ele esfregou cada centímetro

de seu corpo enquanto ela o lavava. Ele disse a ela onde estavam as toalhas, então ela

pegou duas e correu de volta para a barraca onde Navarro esperava com os dentes

cerrados, o corpo inteiro tremendo.

Ela o ajudou a se secar antes de levá-lo para a cama, tirando instantaneamente a

camisa e a calcinha e seguindo-o até os sacos de dormir. A pele dele estava gelada, mas

ela ignorou enquanto envolveu seu corpo sobre o dele, tentando aquecê-lo enquanto

estavam deitados juntos. Ele a puxou com mais força, tremendo muito.
— Desculpe. Isso não é muito romântico, não é?

— Cale a boca. — Ela riu. — Apenas segure-se em mim. Estou aquecendo você?

— Sim.

Ela puxou o saco de dormir para cima, colocando-o em volta do corpo dele.

Quando seus calafrios diminuíram e finalmente pararam, ela levantou a cabeça para

estudar seu rosto, apenas para perceber que ele havia adormecido novamente com ela

esparramada em cima dele. As pontas dos dedos dela testaram sua pele, preocupando-

se um pouco menos agora que ele não estava visivelmente frio ao toque.

Ela abaixou a cabeça para encostar o ouvido no peito dele e ouviu as batidas do

coração dele, um som que ela adorava ouvir.

Navarro Raine era um homem notável, e observá-lo naquela barraca com Willow

mostrou que tipo de pessoa atenciosa ele era.

Por fim, ela se afastou dele, saiu de debaixo do saco de dormir, caminhou até o

interruptor de luz e desligou as fortes luzes do teto, de modo que apenas a luz mais

fraca perto da cabine estava acesa. Ela parou na baia de Willow para verificar a mãe e o

bebê e viu que eles estavam bem, enquanto Willow cuidava de seu potro. Trina subiu

em cima de Navarro para aquecê-lo e prendeu os cobertores firmemente em volta deles.

Ele não se mexeu, provando que estava exausto.

Trina admitiu para si mesma que estava profundamente ligada a Navarro, e

também enfrentou o fato de que estava se permitindo sentir demais por ele ao abaixar a
cabeça, ouvindo novamente os batimentos cardíacos dele. Foi lento e constante

enquanto ele dormia. Ela adorava deitar em cima dele, estar enrolada nele, e decidiu

que estar pele a pele com ele era puro paraíso.

Uma semana se passou, restando mais sete delas pela frente. Em menos de dois

meses, Navarro não seria mais dela.

Uma dor se instalou em seu peito, sabendo que ela teria seu coração partido. Esse

fato atingiu seu cérebro com força. Ela estava se apaixonando por um homem que só

estava com ela para salvar seu rancho – um contrato firmado por uma mulher solitária

em busca de sexo bom com um homem que precisava de dinheiro.

Ela fechou os olhos com força, sabendo naquele momento que se apaixonar

completamente por Navarro seria inevitável – a menos que ela parasse de vê-lo

imediatamente. A única decisão razoável a tomar era que, na próxima semana, ela não

voltaria.

Durante o sono, Navarro se moveu, passando o braço em volta da cintura dela, e

sua grande mão deslizou para baixo, agarrando um punhado de sua bunda. Uma de

suas coxas moveu as pernas dela, empurrando entre elas. A outra mão dele se moveu

para esfregar seu quadril.

— Obrigado. — Ele murmurou.


Ela sorriu. Talvez eu pudesse ficar duas semanas e ainda poder sair com o coração

intacto. Mais uma semana não faz mal, certo? Então terminarei antes que fique muito

envolvida com Navarro para ir embora sem que isso me destrua.

Ela adormeceu ouvindo o som do coração dele.


Capítulo Seis
— Nav? Olá? Acorde.

O corpo em cima de Trina ficou tenso, acordando-a. Mas ela não queria acordar,

então se aconchegou mais contra o calor acima dela. Ela percebeu que em algum

momento suas posições haviam mudado, já que agora Navarro estava esparramado em

cima dela. Ele se moveu ligeiramente e então praguejou.

— Merda. Saia e nos dê um minuto, Ryder.

Trina abriu os olhos enquanto um pouco da névoa do sono se dissipou, lembrando-

se instantaneamente de onde estavam, a viga do celeiro acima dela era uma boa pista.

Navarro a estava prendendo e sua cabeça estava virada para olhar algo perto de seus

pés.

Ryder? Ela deixou sua mente procurar por que aquele nome era familiar, e então

percebeu.

Ela ficou tensa antes de levantar a cabeça para olhar por cima do ombro de

Navarro para uma versão de Navarro com cabelos mais longos, só que sua pele era

muito mais escura. Seus olhos eram de um castanho escuro penetrante e suas feições

eram um pouco mais duras. Seu cabelo preto estava solto e descia pela frente da blusa

quase até a cintura. Seus olhos encontraram os dela.

— Quem é? Você não vai nos apresentar? — Ryder sorriu divertido.


— Dê um passeio e nos dê um pouco de privacidade. — Navarro parecia irritado.

— Você traz mulheres para o celeiro com frequência, Nav? Nunca imaginei você

como o tipo excêntrico.

Navarro quase rosnou. — Droga, Ryder. Eu disse para dar um passeio. Iremos nos

encontrar lá fora em um minuto. Willow teve um parto difícil e dormimos aqui por

causa disso. Agora faça uma caminhada ou eu vou levantar e chutar sua bunda.

O homem olhou por cima do ombro, olhou para a barraca e sua diversão

desapareceu. — Willow se saiu bem? O potro está são?

— Sim. Agora saia.

Ryder voltou sua atenção para Trina. — Eu sou Ryder. — Ele sorriu e estendeu a

mão, curvando um pouco a cintura enquanto a alcançava. — Eu sou o irmão mais novo

dele e o mais bonito.

Ela acenou, evitando a mão dele. — É um prazer conhecê-lo, mas posso apertar sua

mão quando estiver vestida?

Ele sorriu quando baixou a mão estendida, endireitando-se em toda a sua altura. —

Eu prefiro que você não faça isso. Qual seria a graça? — Ele riu. — Estar vestido é

superestimado, e eu também prefiro garotas nuas.

— Dê o fora. — Navarro rangeu os dentes. — Quando contar até cinco, vou me

levantar com cuidado para não mostrar o corpo de Trina e então vou chutar seu traseiro

pervertido para fora do celeiro da maneira mais difícil se você não se mover. Um. Dois.
— Desmancha-prazeres. — Ryder se virou e foi embora.

A irritação estava clara em suas feições enquanto Navarro olhava para Trina. —

Desculpe por isso. Acho que a banda do meu irmão está de folga. Eu lhe disse que eles

nunca ligam antes de aparecerem. — Ele cuidadosamente se levantou, estendendo a

mão para puxar Trina para cima. Ele se virou, encontrou suas roupas e entregou a Trina

as dela. — Vista-se rápido. Ele é um pervertido e não me surpreenderia se ele voltasse

tentando pegar você nua.

Ela riu enquanto começava a se vestir, mas franziu a testa alguns segundos depois,

examinando a área ao redor do contêiner da padaria. — Meu sutiã sumiu.

Navarro vestiu a calça jeans e praguejou. — Maldito Ryder. — Ele concentrou sua

atenção no peito dela por um segundo. — Eu vou recuperá-lo. Ele adora pregar peças,

então provavelmente o roubou antes de nos acordar.

Ela balançou a cabeça. — Não se preocupe com isso. Minha camisa é grossa e larga

o suficiente para esconder que não estou usando um. Ele não pode rir de sua pegadinha

se você ignorar o que ele fez.

Navarro a observou, sorrindo. — Eu vejo.

— Eu cresci com seis primos me atormentando como a única menina, e a melhor

maneira que encontrei de lidar com eles foi fingir que não percebi o que eles fizeram.

Certa vez, usei um vestido com dois adesivos de rosto feliz colados na minha bunda.
Eles ficaram loucos por eu não removê-los ou dar-lhes a satisfação de reconhecer que

eles estavam lá.

Ele riu. — O que mais eles faziam?

— A merda de sempre. Eles decoraram minhas bonecas com lixo, pintaram minha

bicicleta de preto com tinta spray, e eu apenas agradeci e disse que ficavam melhor

assim. Isso os irritou. Acho que era para eu ter um ataque ou chorar. Eu me vinguei

bastante quando eles chegaram à adolescência. Eles descobriram as meninas e eu

descobri a vingança.

— Conte-me sobre isso.

Trina riu. — Meu primo Marty era o pior e tinha uma tendência cruel. Quando ele

tinha quinze anos, ele gostava de uma garota chamada Becky e eu os vi juntos no

restaurante. Achei que se houvesse um momento para se vingar, ali estava, então fui até

a mesa e perguntei se aquela erupção nas partes íntimas dele estava melhor,

mencionando que minha mãe poderia preparar um creme novo para ele, se ainda

tivesse a coceira louca que escorria uma gosma verde. Você deveria ter visto o rosto

dele e o dela. — Trina deu uma risadinha. — Ah, pensei que ele fosse me matar, mas ele

ficou com medo de mexer comigo depois disso. Você pode apostar que ele não chegou a

lugar nenhum com ela, com sua suposta erupção cutânea de menino desagradável. Eu

tive minha própria tendência cruel.


Navarro riu, estendendo a mão para segurar seu rosto, levantando seu queixo até

que ela o olhasse nos olhos. — Obrigado por ontem à noite. Sinto muito pelo Ryder.

Adam não teria entrado aqui vendo seu SUV ainda estacionado lá fora.

— Está bem.

— Não foi assim que planejei nossa noite.

— Está realmente tudo bem e estou feliz que tenha acontecido assim.— Ela acenou

em direção à barraca. — Ver um potro nascer foi incrível, e você também.

Ele a puxou para mais perto. — Por que não compenso isso com você esta noite?

A tentação estava lá, mas ela balançou a cabeça. — Seu irmão voltou para casa e

você terá dois dias para si. Te vejo no domingo, certo? Oito horas?

— Eu gostaria de ver você esta noite.

— Você não me deve pela noite passada, Navarro. Seriamente. — Ela ficou na

ponta dos pés para beijar sua bochecha. — Seu irmão está esperando. — Ela caiu sobre

os calcanhares e então avistou o recipiente. — Oh. Espero que você não se importe, mas

eu estava entediada ontem, então assei. — Ela apontou. — Eu vou indo.

Uma mão disparou para agarrar a dela, seu olhar intenso fixo nela enquanto seus

dedos brincavam com seu pulso. — Eu gostaria que você viesse hoje à noite. Não se

trata de compensar nada com você. — Ele se aproximou. — Quero você.

Não havia como perder o olhar apaixonado, e ela respondeu a isso. — OK.
— Venha com fome às seis horas porque estou grelhando bifes. Você os come,

certo?

— Eu os amo.

— Agora, deixe-me apresentar Ryder a você... e espere ser atingido. Ele adora loiras

e o cara nunca perde a oportunidade de tentar levar uma para sua cama.

Lá fora, não era apenas Ryder esperando, mas Adam também estava lá, comendo

uma espécie de burrito, sentado na porta traseira de sua picape. Ele sorriu quando

Navarro e Trina saíram do celeiro. Ryder se virou, seu olhar fixo em Trina, enquanto

eles se aproximavam.

Ela estendeu sua mão. — Olá, Ryder. Eu sou Trina.

Ryder tinha mãos grandes como as de Navarro, mas as dele não eram calejadas nas

palmas. Ele tinha manchas ásperas nas pontas dos dedos, que ela descobriu quando

apertaram as mãos. Mas ele não apenas apertou a mão dela, em vez disso agarrou-a e

levou-a aos lábios, virando a palma para baixo para dar um beijo em sua pele. Trina

ergueu uma sobrancelha para o homem alto.

— É um prazer conhecê-la, Trina.

— Deixe ela ir. — Navarro suspirou. — Eu a avisei sobre você.

— Bem, inferno. — Ryder a soltou, lançando um olhar sujo para seu irmão. — Isso

não é divertido. Estou tentando impressionar a senhora. — Seu olhar divertido fixou-se
em Trina. — Ele está cheio de merda, então tudo o que ele disse não é verdade. — A

diversão iluminou seus olhos escuros. — Eu sou um anjo.

A risada saiu de Trina. — Claro que sim, e eu sou um lutador peso pesado de um

metro e noventa de altura.

Adam riu, quase engasgando com a comida, e piscou para Trina antes de sua

atenção se voltar para Navarro. — Willow está bem?

— Ficou duvidoso por um tempo, mas ambos estão bem agora. Como foi a festa?

— Ótimo. — Adam riu. — É um milagre eu ter tirado minha bunda da cama esta

manhã. — Ele olhou para Trina antes de voltar a olhar para Navarro. — O nome dela

era Candy e ela foi para casa comigo ontem à noite.

— Candy? — Ryder riu. — Stripper?

O sorriso de Adam se espalhou. — Uma realmente boa. Ela era uma… dançarina

muito talentosa.

Trina sorriu. — Bem, é melhor eu ir para casa para que ele possa terminar essa

história sem medo de me fazer corar.— Ela enfrentou Navarro. — Pelo menos você terá

alguém com quem compartilhar esse contêiner.

Um sorriso curvou seus lábios. — Quanto você cozinhou para mim?

Ela hesitou por um segundo antes de responder. — Exagerei porque não tive

oportunidade de cozinhar para ninguém além de mim mesma. E evito fazer isso porque
não quero inchar. — Ela tocou seu quadril. — Eu me empolguei e fiz as coisas que

pensei que você gostaria.

— Obrigado. — Ele piscou para ela. — Vejo você às seis.

— Devo trazer alguma coisa?

— Só você mesma.

Ela assentiu, acenando para os homens que a observavam. Agarrando sua bolsa,

ela caminhou até seu SUV. Ela seguiu pela estrada de terra, encontrando facilmente a

estrada principal para a casa dos Raine. Ela se virou em direção à rodovia.

*****

— Então quem é a loira? — Ryder estudou seu irmão. — Ela é fofa, mas não é o seu

tipo.

Navarro ficou tenso, uma carranca instantânea curvando sua boca.

— Onde estão as pernas com cabelo ruivo?

Adam limpou a garganta. — Tópico ruim. Largue.

Ryder olhou para Adam e depois para Navarro. Sua expressão endureceu. — Eu

ouvi um boato na cidade, então você vai me dizer o que diabos está acontecendo? O

rancho está com problemas? Parei para comprar cigarros na farmácia e Mable
perguntou como eu estava, já que o rancho estava prestes a ser tirado de nós. Que porra

está acontecendo, Nav?

Navarro enfiou os polegares na calça jeans. — Dusty se endividou e fez um

empréstimo para a fazenda, mas agora está tudo bem, tudo quitado, então a fazenda

está livre e limpa. Eu cuidei disso. Eu teria ligado, mas você trocou o celular ou

simplesmente não se preocupou em me dar um novo número.

— Filho da puta. — Ryder rosnou. — O que ele fez agora?

— Mesma merda de sempre. — Adam suspirou alto. — Bebeu demais e jogou, só

que desta vez ele pegou emprestado do tipo errado. Ele fez um empréstimo para o

rancho e o escondeu até quase inadimplência. — Seu olhar mudou para Navarro. —

Como você conseguiu o dinheiro? Sentamo-nos e concluímos que não conseguiríamos

fazer isso sem vender algumas terras. Você vendeu o pasto distante?

— Vender o terreno? — Ryder parecia furioso. — Você não fez isso!

A raiva atingiu Navarro. — Não. Eu não. Mas por que diabos você se importa?

Você entra aqui sempre que quiser e nem consegue ser contatado. Mais uma vez, fiquei

lidando com merda para salvar esta família sem ninguém por perto.

Ryder recuou, chocado. — Desculpe. Eu deveria ter ligado para lhe dar meu novo

número. Eu sou... merda. Você tem razão. Você precisa de dinheiro? Eu tenho algum.

Pagaremos o empréstimo juntos.


Navarro hesitou. — Eu tenho o dinheiro, então não se preocupe – e isso não

acontecerá novamente. Pedi a Dusty que autorizasse o rancho para que ele não pudesse

contrair mais empréstimos.

Ryder olhou para Navarro com a testa franzida. — É o rancho dele também.

— Ele é sempre bem-vindo aqui, mas não está mais envolvido, pois não posso

arriscar que isso aconteça novamente. — Navarro olhou para seu irmão. — Quase

perdemos o rancho. Você entende isso? Ele mandou os avisos para outro lugar e se eu

não tivesse conseguido vinte mil, estaríamos sem teto. O que acontece se da próxima

vez ele sacar cem mil ou mais? Ele não é confiável. Ele é nosso irmão, mas está doente,

Ryder. Não podemos arriscar nossa casa novamente.

Adam limpou a garganta. — Ele está certo, Ryder. Você não viu o quão ruim Dusty

está. Ficamos com pouco mais de uma semana para colocar as mãos naquele dinheiro

ou eles teriam levado tudo embora, e não temos esse tipo de dinheiro parado. — Adam

olhou para Navarro. — De onde veio o dinheiro?

Navarro hesitou.

— Eu cresci neste rancho também. — Adam parecia sombrio. — Todos vocês me

dizem que sou seu irmão, mesmo que não sejamos de sangue. É aqui que moro e você

diz que a terra é tão minha quanto sua. Eu tenho uma palavra a dizer, certo? Onde você

conseguiu o dinheiro? Por favor, me diga que você não fez nenhuma loucura, como

vender as fivelas do campeonato.


Um gemido veio de Ryder. — Não as suas fivelas, mano. Diga-me para quem você

os vendeu e compraremos cada um deles de volta.

— Porra. — Navarro não queria contar a eles. — Que isso não saia daqui, ok? É

entre nós três.

Os dois homens assentiram e Navarro relaxou. — Trina tinha o dinheiro e me

passou um cheque de vinte mil. Foi ela quem tornou possível salvar o rancho.

— Boa namorada. — Ryder assobiou. — Nós pagaremos a sua mulher de volta. O

que aconteceu com Red., afinal? A propósito, você atualizou. Eu a odiei. Ela era mal-

intencionada e chorona.

Adam bufou. — Você não tem ideia de que tipo de vadia ela era. Quando ela

percebeu que o rancho seria perdido, ela largou Nav mais rápido do que você poderia

dizer que quebrou.

— Desculpe. — Ryder franziu a testa para Navarro. — Você gostava muito dela.

— Eu gostava de transar com ela. — Ele encolheu os ombros. — Ela estava bem,

mas eu não estava apaixonado; me irritava mais do que qualquer coisa que, ao primeiro

sinal de problema, ela nem deixou rastros de poeira ao sair daqui.

— Quem é essa Trina? Não me lembro dela da cidade.

— O nome dela é Trina Mattews e ela comprou a casa da fazenda dos Verns. Ela é

da Califórnia. — Navarro hesitou. — Ela é uma viúva cujo marido morreu em algum

acidente de trabalho no ano passado. Não toque no assunto porque ainda é doloroso
para ela. Ela veio aqui para começar uma nova vida, longe das lembranças da vida que

teve com ele.

— Crianças? — Adam tomou um gole de café em sua caneca.

— O marido dela não podia ter e não queria adotar. Ela se casou com ele apesar

disso.

O corpo de Ryder ficou tenso enquanto ele olhava para seu irmão. — Realmente?

Navarro encontrou os olhos de Ryder. — Sim... e sim, eu disse a ela que não

poderia engravidá-la. Ela não piscou. Ela é uma boa pessoa.

— Eu já gosto dela. — Ryder sorriu.

— Eu também. — Navarro voltou sua atenção para o celeiro. — Trina é uma ótima

cozinheira que faz omeletes que derretem na boca. Ela também assa e me fez alguma

coisa. Estou com fome, então vamos ver o que ela fez.

Navarro pegou a vasilha e colocou-a na caçamba da caminhonete ao lado de Adam.

— É pesado. Ela disse que exagerou, mas achei que estava brincando. Ela costumava

fazer coisas e mandar para o trabalho com o marido para os amigos dele. — Ele abriu a

tampa e olhou. — Parece que ela me enviou tudo para provar.

— Merda. — Ryder riu, mergulhando a mão. — Biscoitos. Um bolo. Brownies.

Cacete! Isso é pão de banana? — Ele fungou e gemeu, seu olhar se ergueu para Navarro.

— Quão interessado nela você está? Eu poderia dar uma chance para esta mulher se

isso tiver um gosto tão bom quanto o cheiro.


Adam pegou um biscoito de chocolate e colocou um na boca, mastigando e

sorrindo para Navarro. — Esqueça Ryder. Se preocupe comigo. Sempre acreditei na

mamãe quando ela disse que o caminho para o coração de um homem passa pelo

estômago, e estou me apaixonando.

Navarro sorriu, saboreando o melhor brownie que já comeu na vida. — Tirem as

mãos, pessoal. Ela é toda minha.

*****

Em casa, Trina tomou banho e ouviu o telefone tocar enquanto se secava. Quase

nunca tocava, então ela teve esperança de que fosse Navarro e correu para pegar o

telefone. — Olá?

— Oi, Trina. —

A dor a percorreu ao som da voz do outro lado da linha. — Paul. Oi.

— Eu queria saber como você está.

Mordendo o lábio, Trina agarrou o telefone com força. — Estou me dando bem.

Como vai você? Como estão seus pais?

— Tudo bem. Estão bem também. É o aniversário da mamãe e do papai no

domingo e eu esperava que você voltasse aqui para ir à festa deles. Significaria muito

para eles se você aparecesse, já que é a esposa de Ted.


Ela sentou-se na cama, sem se importar se a toalha estava molhada ou se a colcha

estava molhada. — Eu... é em cima da hora. Já é sexta-feira.

— Você tem o dinheiro. — A raiva apertou a voz de Paul. — Meu irmão garantiu

que você estivesse bem de vida e pudesse fazer viagens de última hora.

A família de Ted ficou zangada porque Ted não lhes deixou nenhum dinheiro. A

apólice de seguro foi colocada em seu nome, tudo foi feito, e Paul, irmão de Ted, ficou

especialmente zangado. Ele e Ted estavam separados por dez meses e se pareciam como

se fossem gêmeos. Só de ver Paul foi realmente doloroso, como se ela estivesse olhando

para Ted – até que Paul abria a boca. Eles eram muito parecidos, soavam parecidos, mas

Paul era um idiota, enquanto Ted era um amor.

— Você não gastou todo esse dinheiro, não é? — Ele cuspiu as palavras.

— Claro que não.

— Eu sei que você tem que ser uma merda com dinheiro, já que Ted teve que tratá-

la como se você fosse uma criança e não uma mulher. Ele cuidou de tudo. Ele...-

— Não. — Ela o interrompeu.

— Ele merecia coisa melhor. Você sempre foi errada para ele.

Dor e raiva a atingiram. — Ele era feliz. Larguei meu emprego porque ele me

pediu, e vivíamos assim porque ele queria esse tipo de vida comigo. Não me culpe se

você não entendia o nosso estilo de vida. Ele queria cuidar de tudo e me queria em casa

para cuidar dele, e eu fiz isso. Eu fui a melhor dona de casa que poderia ser. Deixei de
lado todos os meus sonhos e ignorei o que queria porque o amava, Paul. Não se atreva a

me acusar de ser errada para ele quando desisti de tudo para fazê-lo feliz.

Um bufo soou pelo telefone. — Ele sabia que você não poderia fazer nada, então

manteve você em casa. Você é uma daquelas mulheres patéticas que...

O telefone fez um barulho alto quando bateu no gancho. Trina olhou para o fone,

surpresa por ter desligado na cara dele, nunca tendo feito isso com o irmão de Ted

antes, não importa o quão malvado ele fosse. Ele estava amargurado com a morte de

Ted e ressentido por Ted ter deixado tudo para Trina. Ela tinha certeza de que ele

estava ainda chateado porque o casamento deles durou, enquanto Paul teve quatro

esposas, provando que ele era um grande idiota.

O telefone tocou. Ela hesitou. Tocou novamente. Ela puxou-o para cima. — Não

vou deixar você falar comigo desse jeito, Paul. Você me entende? Não serei repreendida

e rebaixada, entendeu? Não ligue para mim e comece a me atacar. Eu vivi para fazer

Ted feliz e isso às vezes me custou muito, mas fiz isso porque o amava muito. — Ela

respirou fundo.

— Trina? — A voz de Navarro saiu suave. — Não é Paul. Você está bem? Você

parece chateada.

Ela fechou os olhos. — Desculpe. Acabei de desligar na cara dele e o telefone tocou.

Achei que você fosse ele, me ligando de volta.

— Quem é esse idiota?


— O irmão mais novo de Ted.

Navarro hesitou. — Você está bem?

— Estou bem. Desculpe. Oi. — Trina tentou se livrar da raiva.

— Tem certeza de que está bem

Ela hesitou. — O irmão de Ted está chateado porque Ted deixou tudo para mim.

Eu era apenas sua esposa. A família acha que não importa há quantos anos ficamos

casados, eles deveriam ter ficado com tudo. Paul está particularmente chateado e às

vezes liga só para me irritar, eu juro. Estou muito bem. Só não esperava sua ligação ou

ataque verbal.— Ela respirou fundo novamente, relaxando. — Então, a que devo o

prazer da sua ligação?

Ele riu. — Eu adorei os brownies. Tive que brigar com Adam e Ryder por um dos

pães de banana. Obrigado. Você pode assar para mim a qualquer hora.

— Estou feliz. Eu sei que exagerei.

— Comemos tudo.

Uma súbita gargalhada veio dela enquanto se deitava na cama, Paul totalmente

esquecido. — Sem chance. Ganhei o suficiente para alimentar dez caras.

— Fizemos o café da manhã com tudo. — Ele riu. — É por isso que estou ligando.

Você se ofereceu para trazer algo para o jantar, então pode nos preparar algo para a

sobremesa? Eu ia oferecer sorvete, mas depois de provar o que você tira do forno, fica
empalidecendo em comparação. Adam e Ryder estão comendo conosco, mas eles vão

ao bar hoje à noite, então ficaremos sozinhos.

— OK. Alguma sugestão?

— Surpreenda-me. — Ele baixou a voz. — Estou ansioso para passar um tempo a

sós com você.

— Eu também. — Ouvir suas palavras fez Trina sorrir enquanto o calor se

espalhava por seu corpo.

— Obrigado pela massagem nas costas ontem à noite. Obrigado por tudo.

— Eu me diverti.

— Claro que você fez. Dormir comigo em um celeiro no desconfortável chão de

terra deve ser muito divertido.

— Eu me diverti. — Ela se sentou. — E eu não dormi no chão de terra. Eu dormi

em você e você é confortável.

Ele riu. — Sempre feliz por estar lá para você. Vejo você às seis.

— OK.

— E querida?

— Sim?

— Não deixe esse idiota chegar até você, ok?

— Eu não vou. Vejo você então. — Ela desligou, sorrindo.


Capítulo Sete
— Você é um excelente cozinheiro. — Trina sorriu para Navarro do outro lado da

mesa.

— Veja. — Adam riu. — Quando ele tinha dezesseis anos, ele convidou uma garota

e decidiu impressioná-la com suas técnicas de grelhados. Ele quase queimou a varanda

dos fundos. Tivemos que salvar ele e sua acompanhante.

— Não é o tipo de encontro quente que ele tinha em mente. — Ryder riu.

Navarro riu. — Aprendi a nunca mais grelhar tão perto de casa.

Trina voltou sua atenção para Adam. — Então presumo que você é um amigo para

toda a vida?

— Não para toda a vida, mas perto. Minha mãe trabalhou para o pai deles depois

que Ryder e River nasceram. Viemos para a fazenda quando eu tinha quatro anos e

depois disso cresci aqui com eles. Minha mãe trabalhou aqui até morrer no ano passado.

Ryder riu. — Ele é um de nós, assim como seu irmão Trip. Nós os tornamos irmãos

de sangue quando éramos apenas crianças. Ele quase desmaiou quando percebeu que

havia sangue de verdade envolvido.

— Legal. Então você tem um lugar por aqui? — Trina não pôde deixar de sorrir.

Adam hesitou. — Eu moro no rancho.


Navarro encontrou o olhar dela enquanto ela o olhava. — Adam colocou uma bela

casa móvel no terreno. Ele não queria morar com todos nós na casa.

— 'Querer' não seria exatamente minha escolha de palavra para usar. — Adam riu,

apontando para Ryder. — Ele continuou roubando todas as mulheres que eu trouxe

para casa. Entre ele, River e Dusty, não consegui manter uma por muito tempo, então

me mudei para poder ter a mesma mulher na minha cama por mais de uma semana de

cada vez.

Trina sorriu enquanto sua atenção se concentrava em Navarro. — E você? Ele está

sendo educado e não menciona seu nome? Você tentou roubar as namoradas dele

também?

— Não. — Navarro não sorriu. — Eu estava noivo de Debbie na época e depois nos

casamos.

Debby. Então esse é o nome da ex-mulher. Ela assentiu e percebeu que o riso havia

morrido quando Navarro falou. Uma olhada nos outros homens revelou suas

expressões sombrias enquanto olhavam para Navarro. Ele encontrou seus olhares e

depois olhou para Trina.

— Ela era uma vadia. Ela me enganou completamente, mas eu não queria ver. Eu

era jovem e acreditava que estava apaixonado. Por alguma razão, ela pensou que eu era

dono de todo o rancho e ela estava conseguindo alguém com muito mais dinheiro do

que eu jamais tive. Quando ela percebeu que eu não era apenas modesto, mas também
não tinha muito dinheiro, ficou rancorosa. — Sua boca se torceu em uma linha sombria.

— Ela tentou foder todos os meus irmãos e depois foi atrás dos meus amigos.

Ryder tomou um gole de cerveja. — Nós não tocaríamos nela.

— Com certeza. — Adam assentiu. — Irmãos não fazem essa merda com irmãos.

— Meus amigos não foram tão santos. — Navarro suspirou. — Eu a conheci

quando estava no circuito de rodeio, então deveria ter pensado melhor. Ela era meio

selvagem, mas era divertida. Falei sobre a fazenda e como queria me aposentar do

circuito para voltar para casa. Então eu me machuquei, então enquanto eu estava me

recuperando ela me convenceu a casar e eu a trouxe para casa quando eu estava bem o

suficiente. Tudo desmoronou fortemente.

— Desculpe. — Trina quis dizer isso. — Você se machucou no circuito de rodeio?

Uma expressão de surpresa estava no rosto de Adam. — Ela não viu a cicatriz?

Ryder riu. — Me desculpe, cara. Talvez você possa mostrar a ela em breve.

Trina franziu a testa. — Eu vi algumas cicatrizes em você, mas…

Navarro lançou um olhar feio para Adam e Ryder. — Fui ferido nas bolas por um

touro. A menos que você os levante e olhe para trás, perto da minha bunda, você não

verá a cicatriz.

Trina assentiu, entendendo agora o que era tão divertido para Adam e Ryder. —

Eu senti falta disso. Fiquei impressionada demais com a vista frontal para prestar

atenção em qualquer outra coisa.


Adam engasgou com a cerveja. Ryder riu, batendo com força nas costas dele.

Navarro riu.

— Vou te mostrar em breve. É por isso que não posso ter filhos. Tudo funciona,

menos essa parte de mim. No início, fiquei com medo de nunca mais poder fazer sexo,

então sei que deveria me considerar sortudo por ser estéril ser o pior de tudo.

— Desculpe. Tudo funciona, porém, e muito bem também. — Ela piscou.

Um sorriso curvou os lábios de Navarro. — Testaremos o equipamento depois que

eles partirem. — Ele olhou para os dois homens com um olhar revelador. — Espero que

isso aconteça em breve.

— Não até conseguirmos um pouco daquele bolo que sua mulher trouxe. — Ryder

disse, rindo enquanto sorria para Trina. — Estou apaixonado pelo seu pão de banana.

Se você algum dia terminar com Nav, quando perceber que ele não é alguém com quem

você queira passar uma eternidade, quero que se case comigo.

Trina ficou surpresa por eles pensarem que ela era namorada de Navarro, e era

óbvio que eles acreditavam que ela era mais para ele do que apenas uma mulher com

quem ele estava fazendo sexo. Depois de encontrá-los nus e enrolados juntos no celeiro,

ela sabia que os dois homens perceberam que estavam fazendo sexo, mas obviamente

consideravam isso algo mais. Isso lhe dizia que Navarro obviamente não havia

compartilhado com eles os fatos sobre por que ela realmente estava ali. O olhar dela

voou para o dele, mas ele apenas piscou para ela, sorrindo.
— Ela é muito inteligente para me trocar por você, Ryder. Você está em uma banda

e viaja demais.

— Você ainda não me ouviu tocar ou cantar. — Ele balançou as sobrancelhas para

Trina.

Ela riu. — Você poderia tentar, mas eu sou o tipo de garota de um cara só. Você

estaria apenas perdendo seu tempo. — Ela mudou de assunto. — Espero que você coma

chocolate, já que trouxe comigo um Bolo da Morte por Chocolate. É para morrer.

Os homens riram. Quando terminaram o jantar, ela cortou o bolo, dando a cada um

deles um pedaço enorme e a si mesma uma pequena fatia. Se ela só olhasse para aquele

bolo com muita atenção, suas coxas começariam a inchar e seus jeans ficariam

apertados. Ela sentou-se para observar os homens experimentando seu bolo.

Navarro gemeu, pegando a mão dela sobre a mesa e apertando-a antes de soltá-la.

— Paraíso.

— É por isso que é chamado de bolo da 'morte'. Isso também mata sua dieta. —

Trina levantou-se depois de comer. — Vou lavar a louça para que você possa conversar

com eles.

Levantando-se rapidamente, Navarro agarrou as mãos dela. — Não, você não vai.

Eu cozinhei e você trouxe a sobremesa, então Adam e Ryder estão lavando a louça antes

de irem para o bar. — Ele a puxou em direção à sala de estar. — Boa noite, rapazes. Vejo

vocês pela manhã. Não se esqueçam de secar a louça depois de lavá-la.


Navarro trancou a porta do quarto e encostou-se nela, sorrindo para ela. — Oi.

Finalmente estamos sozinhos.

— Oi.

— Eu quero tanto você. Tire tudo.

Ela se despiu. Seu coração disparou de excitação, e a expressão nos olhos de

Navarro a excitou. Ele olhou para ela do mesmo jeito que olhou para o bolo de

chocolate, como se ela fosse algo que ele mal pudesse esperar para colocar nos lábios.

Ele tirou as botas.

— Como estão Willow e seu filhote?

— Eles são perfeitos e saudáveis como cavalos. — Ele riu. — Eu não quero falar

sobre eles. Quero conversar sobre o que fazer juntos esta noite. Você está pronta para

tentar algo novo?

— Estou pronta para fazer qualquer coisa com você. — Ela disse honestamente.

Ela já estava nua quando Navarro se despiu. Ela olhou abertamente para o corpo

dele, adorando olhar cada ângulo de sua estrutura musculosa. Ele diminuiu a distância

entre eles para agarrar seus quadris no segundo em que ficou totalmente nu. Ele a

levantou, puxando-a contra seu peito, e os braços dela envolveram seu pescoço. A boca

dele tomou posse da dela antes que ela pudesse dizer uma palavra. Ela o beijou de

volta. A paixão com que ele bateu nela fez seus joelhos virarem geleia. Foi uma coisa

boa que eles estivessem enrolados em sua cintura.


Ele caminhou até que as costas dela bateram na cama enquanto ele colocava os dois

no chão. Ele a soltou para apoiar seu braço e evitar que seu peso a esmagasse. Navarro

sorriu enquanto afastava a boca e seus olhares se encontraram.

— Vou levantar e quero você de mãos e joelhos embaixo de mim.

Ela assentiu, liberando-o. Quando ele se levantou de seu corpo, ela se virou

lentamente na cama, mantendo-se debaixo dele, já que seus braços a prendiam em cada

lado, onde ele apoiava seu peso. Ela ficou de joelhos. Navarro levantou a mão para

empurrar o cabelo dela sobre um ombro e fora do caminho antes de ir para a pele

revelada com a boca.

Foi uma sensação magnífica quando seus lábios, língua e dentes a arranharam. A

boca dele subiu até o pescoço dela e ela moveu a cabeça para o lado para lhe dar mais

acesso à sua pele sensível. A mão dele envolveu sua cintura e desceu de sua barriga

direto para seu monte. Seus dedos encontraram seu clitóris para esfregá-la, descobrindo

pelo toque que ela estava molhada, então seu dedo deslizou facilmente contra sua

protuberância inchada. Um gemido suave saiu de seus lábios entreabertos.

— Quero você. Não jogue esta noite.

Ela assentiu. — Sim.

Ele se mexeu, pressionando contra suas costas enquanto Navarro usava a outra

mão e agarrava seu pênis, guiando sua ereção até sua boceta. Ele entrou nela com um

forte empurrão de seus quadris contra sua bunda. Isso fez Trina ofegar e depois gemer
pela maneira como ele a atingiu sem parar. Sua mão se apoiou na cama ao lado dela

para mantê-lo firme enquanto ele batia nela por trás. Os dedos da mão contra seu monte

pressionaram seu clitóris, dedilhando furiosamente o sensível feixe de nervos. Trina

abaixou a cabeça e gemeu alto no colchão e seus dedos arranharam a roupa de cama.

A sala se encheu com sua respiração pesada, os gemidos altos de Trina e um som

de tapa quando os quadris de Navarro bateram contra sua bunda. Navarro mudou de

posição enquanto se aproximava dela e isso foi o suficiente para Trina – a nova sensação

era demais, muito intensa. Ela engasgou, seu corpo ficou tenso e gritou o nome dele

quando o clímax a tomou.

Navarro soltou seu clitóris, agarrou seus quadris com ambas as mãos enquanto se

levantava e bateu nela com ainda mais força. Ele gritou o nome dela segundos depois,

enquanto seus quadris fortes empurravam contra sua bunda enquanto ele esvaziava sua

liberação nela.

Quando Navarro caiu de lado, ele levou Trina com ele, os dois respirando

pesadamente. Trina encontrou forças para sorrir, divertida por Navarro não ter

quebrado o contato em nenhum lugar de seus corpos quando derrubou os dois. Ela

ainda estava empalada em seu pênis. Ele se aproximou mais para que seu peito e as

costas dela estivessem firmemente pressionados juntos e ele moveu uma de suas coxas,

colocando-a sobre a dela para mantê-la no lugar.

— Você vai ficar esta noite, certo?


Ela forçou os olhos a se abrirem para encontrar seu lindo olhar. — Se você quiser

que eu faça. Não é como se alguém estivesse me esperando em casa. — Ela sorriu para

suavizar as palavras.

Ele sorriu de volta. — Bom. Ainda não terminei com você e, quando estiver pronta

para dormir, espero que você esteja cansada demais para se mover.

— O que mais você quer fazer comigo?

Ele começou a se mover dentro dela, fazendo-a gemer de êxtase. Ele a prendeu de

lado, para que ela não pudesse mover as pernas com as dele jogadas sobre as dela e a

outra perna apoiando-as onde estavam. Ela não podia acreditar que ele ainda estava

duro, mas a prova estava se movendo dentro dela, e era uma sensação incrível. Ele

parou alguns minutos depois e Trina quis gritar para ele continuar. Ela estava perto de

gozar novamente.

Ele levantou a perna dela. — Fique de joelhos para mim e afaste bem as coxas. —

Ele a soltou.

Ela ficou de joelhos e separou as coxas, olhando por cima do ombro para ver

Navarro se ajoelhar. Ela realmente gostava do estilo cachorrinho com ele. Quando ele

brincou com o clitóris dela enquanto a fodia, isso realmente a excitou. O fato de ele ter

feito seu clímax ainda a surpreendeu.

Ele sabe o que é um clitóris e não tem medo de brincar com ele. Ela sorriu com esse

pensamento.
— O que? — Ele sorriu.

— Eu estava pensando em como você sabe como me tirar do sério.

Ela o observou alcançar a gaveta ao lado da cama e retirar algumas coisas que ela

não conseguiu ver, mantendo-as atrás das costas. Ele se moveu atrás dela novamente,

sentando-se de joelhos e avançando lentamente, posicionando-se. Ela inclinou a cabeça

para observar o que ele estava fazendo enquanto se aproximava.

— Você disse que nunca experimentou sexo anal, certo?

Seu coração quase parou. Ela engoliu em seco antes de balançar a cabeça. — Você é

meio grande.

Ele riu. — Você vai confiar em mim?

Olhar nos olhos dele tomou a decisão por ela. — Sim.

Seus lábios se curvaram em um sorriso travesso. — Você vai gostar disso.

— Acho que estou prestes a descobrir, não estou?

Ele assentiu enquanto removia o que estava atrás de suas costas. — Fui à cidade

hoje e peguei a correspondência.

Ele ergueu um vibrador, um preto, maior que o minúsculo que ela tinha em casa,

mas não era enorme – cerca de quinze centímetros de comprimento e não muito grosso,

mas também não muito fino. Ele levantou uma embalagem de preservativo e depois um

pequeno tubo de lubrificante para mostrar a ela o que tinha. O coração de Trina

acelerou.
— Eu vou conversar com você sobre isso. Você vai gostar ou pararemos. —

Navarro lançou-lhe um olhar intenso. — Você ainda confia em mim?

— Eu confio. — E quis dizer isso. Ela o deixou amarrá-la e ficou indefesa então.

Pegando primeiro a camisinha, ele a rasgou com os dentes e colocou em seu pau,

encontrando o seu olhar curioso com um sorriso. — Isso vai me fazer entrar um pouco

mais fácil. Essas malditas coisas são apertadas e por mais que eu adore sentir você sem

elas na primeira vez, vai ajudar.

— OK.

Ele riu enquanto abria o lubrificante. Ela o observou cobrir a camisinha da ponta à

base com muita generosidade. Ele deixou o lubrificante aberto quando o deixou cair na

cama. Seu olhar encontrou o dela quando pegou o vibrador, mas não o cobriu. Ele ligou

e ela percebeu pelo som que estava no nível mais alto.

— Isso vai entrar na sua boceta bem devagar, e vai ser ótimo para nós dois. Eu

sentirei isso também quando estiver dentro da sua bunda.

Ela ainda estava nervosa, mas também estava excitada. Ela assentiu. — OK.

A diversão iluminou suas feições. — Você parece insegura. Quero que você sinta

prazer, porque se gostar disso, vai me deixar fazer de novo.

Ela riu disso, relaxando completamente. — Isso é totalmente lógico. — Ela mexeu a

bunda para ele. — Vamos fazer isso.


— Antes de começarmos, quero que saiba que quando eu entrar em você pela

primeira vez, vai doer um pouco. Vou devagar ou vai doer muito. Você precisa se

ajustar a mim, mas não fique tensa. Quando eu entrar, vai ser bom, ok? É só na primeira

vez que queima um pouco.

Ela assentiu e depois sorriu. — Você sabe disso por experiência própria?

Ele riu. — Não do seu lado. — Ele deu um tapa na bunda dela levemente. — Eu

sou um doador, não um tomador.

Quando ele levantou o vibrador, Trina virou a cabeça e tentou permanecer

relaxada. Ele não apenas empurrou dentro dela, mas provocou primeiro seu clitóris,

arrancando gemidos. Era um vibrador forte, fazendo-a inchar de necessidade. Ele

deslizou-o em direção à boceta dela e provocou-a empurrando-o contra a sua entrada,

deslizando de volta para o clitóris e esfregando novamente com o vibrador. Se ele

continuasse assim, ela gozaria. Havia algo muito erótico em estar bem aberta com as

coxas entre as dela e à sua mercê. Isso a excitava.

Ele deslizou o vibrador para trás e empurrou-o lentamente para dentro dela. Ela

gemeu quando isso a encheu, vibrando forte, e a fez consciente de cada centímetro

pressionado profundamente em seu corpo.

A cama se moveu com Navarro. Ele deslizou a mão ao redor de seu quadril para

alcançar seu clitóris e esfregou círculos lentos ao redor da protuberância com a ponta do

dedo. Com o vibrador dentro, ela realmente queria gozar. Ele parou de fazer círculos e
bateu levemente no clitóris com a ponta do dedo. Algo esfregou sua bunda, mas ela não

ficou tensa. A sensação foi realmente boa quando Navarro esfregou seu pênis bem

lubrificado e coberto com preservativo contra ela. Ela gemeu.

— Não fique tensa comigo, querida. — Sua voz estava rouca.

Ela assentiu para que ele soubesse que ouviu o que ele disse. Foi difícil tentar ficar

relaxada com o vibrador dentro dela e o dedo dele batendo levemente em seu clitóris;

ela foi incapaz de impedir que seus músculos vaginais internos ficassem tensos com a

necessidade do clímax.

Ela experimentou a pressão de seu pênis, mas no mesmo momento, o dedo de

Navarro pressionou com força seu clitóris. Ele esfregou o dedo para cima e para baixo

contra seu botão latejante enquanto pressionava lentamente sua bunda.

Ela respirava através da dor e da pressão, capaz de aguentar, já que não era

insuportável e fez um som. Navarro congelou e depois esfregou seu clitóris novamente

enquanto empurrava sua bunda mais lentamente. Trina não ficou tensa nem tentou se

afastar. A sensação era uma pressão quase dolorosa, mas então os quadris dele estavam

contra a bunda dela.

— Foda-se. — Ele gemeu. — Estou dentro e você é tão incrivelmente apertada.

Como está?

— Eu quero gozar. — Ela sussurrou.

— Estou te machucando?
Ela balançou a cabeça. — Eu me sinto cheia e esticada.

Ele gemeu. — Vamos pegar leve no começo. Aqui vamos nós. Quando eu começar

a me mover, você sentirá o movimento do vibrador. Preparada? — Ele ajustou sua coxa

para pressioná-la contra sua boceta.

Ela assentiu quando Navarro começou a se mover. As sensações eram

avassaladoras e ela não sabia dizer se era dor ou prazer enquanto ele se movia

lentamente e então começava a aumentar o ritmo. Seu dedo brincou com seu clitóris,

mas ele se certificou de que ela não gozasse, na verdade aliviou a pressão apenas

batendo nela em vez de esfregar quando ela se aproximava do clímax. Ele se moveu

mais rápido e a sensação dele em sua bunda, o vibrador dentro dela e seu dedo em seu

clitóris era demais para sua mente tentar se concentrar, então ela não o fez. Trina apenas

deixou todo o prazer e sensações fluírem através dela.

— Foda-se. — Ele gemeu. — Preparada? Goze para mim. — Ele pressionou contra

seu clitóris, dedilhando-o freneticamente enquanto a fodia forte e profundamente.

Trina gritou quando chegou ao clímax e seu corpo quase se contraiu. Era muito

poderoso, muito intenso, muito cegante para ela conter o quão devastador era quando o

prazer a atravessou. Atrás dela, ela ouviu Navarro gritar ao gozar. Os braços de Trina

cederam e ela teria desmaiado totalmente se Navarro não a estivesse segurando para

manter sua bunda no ar. Ela tremeu e gemeu enquanto seu corpo se sacudia e resistia e

seus músculos se contraíam repetidamente com a força com que ela gozou.
Ela quase gritou de novo e teve que morder o lábio quando Navarro saiu suave e

lentamente de sua bunda e depois retirou o vibrador. Quando ele soltou seus quadris,

ela caiu na cama de lado, enrolando-se como uma bola. O vibrador foi desligado e

Navarro descartou a camisinha ao se afastar da cama. Ela ficou lá ofegante com os olhos

fechados, e ainda se contorcia depois do que ele tinha feito com ela.

A cama se moveu e um segundo depois, o corpo de Navarro se enrolou em suas

costas. — Querida?

— Hum.

— Eu te machuquei? Você está bem?

Ela forçou os olhos a abrir e virou a cabeça para ver que Navarro parecia

preocupado. Ela sorriu para ele. — Eu não consigo me mover. Isso foi... muito intenso.

O alívio era evidente em suas feições quando ele a puxou com mais força em seus

braços, segurando-a. — Foi incrível pra caralho nesse final. Droga.

Ela esfregou o rosto no braço que ele havia colocado embaixo dela para apoiar sua

cabeça. — Nunca pensei que iria gostar disso, mas gostei. Foi muito intenso. Eu não

consegui diferenciar o prazer da dor e então gozei com tanta força que quase doeu.

Ele beijou seu ombro novamente. — Conte-me sobre isso. Você é apertada para

começar, mas sua bunda virgem quase me deixou dolorido. — Ele beliscou seu ombro

levemente com os dentes. — Então você já pensou se me deixaria fazer isso com você de

novo?
— Sim.

— Um de nós tem que se levantar e apagar a luz.

— Você me matou. Eu não vou me mover.

Navarro riu. — Ah. Então é assim. Eu faço o trabalho e depois apago a luz?

— Uh-Hu. — Ela riu. — Você é o cara grande, forte e durão que costumava brincar

com touros. Acho que pode apagar uma luz.

Ele riu. — Você consegue dormir com ela acesa? Eu também não quero me mover.

Estou exatamente onde quero estar. Vou desligar mais tarde.

Ela fechou os olhos. — Que luz?

Um leve beijo roçou o pescoço de Trina antes de Navarro deixar cair a cabeça no

travesseiro e seu corpo relaxar enquanto a segurava perto dele.

Trina estava exausta. Ela sabia que iria dormir em menos de um minuto, muito

cansada depois do que Navarro tinha feito com ela. Seu último pensamento antes de

desmaiar foi o quão viciada ela estava ficando nele. O que farei quando ele se for?
Capítulo Oito

Ryder parecia sombrio quando seu irmão entrou pela porta da frente no domingo à

noite.

Navarro olhou para o irmão quando este deixou cair o casaco no cabide do lado de

dentro da porta. Ele só queria ficar limpo enquanto olhava para o relógio, vendo que já

passava das sete. Ele precisava tomar banho rápido e comer antes que Trina aparecesse.

Ela saiu no sábado de manhã e lhe disse que voltaria no domingo à noite, às oito, se ele

ainda quisesse manter o horário de domingo a quinta que haviam estabelecido.

— Nós precisamos conversar. — Ryder seguiu em seu caminho.

— Mais tarde. Trina chegará em breve e tenho que me preparar.

— Não. Ela não vai. — Ryder franziu a testa para Navarro. — Ela ligou e deixou

uma mensagem dizendo que precisava sair da cidade, algo sobre seus sogros, e que

voltaria hoje à noite. Ela disse que ligaria para você amanhã e estaria aqui amanhã à

noite, às oito, a menos que você deixasse uma mensagem cancelando.

A decepção atingiu Navarro. Ontem à noite ele sentiu falta de Trina em sua cama e

passou o dia pensando no que fazer com ela. Ele teve algumas ideias que mal podia

esperar para experimentar. Ele suspirou e se abaixou, tirando as botas enlameadas.

— Eu abri o cofre.
Navarro ficou tenso e levantou a cabeça. — Por que?

— Encontrei seu contrato com Trina Mattews. — Ryder encostou-se na parede. —

O que diabos você estava pensando? O que diabos ela estava pensando? Ela salvou o

rancho para que você pudesse se vender para ela? Eu entendi isso certo? Porra, Nav.

Que diabos?

— Você não tinha o direito de abrir o cofre. — Navarro olhou para seu irmão. —

Você contou a Adam?

— Você o vê parado aqui perto de mim, perguntando se você perdeu a cabeça?

Achei que ela fosse sua namorada, não a mulher que paga meu irmão para transar com

ela.

Navarro prendeu Ryder na parede em um piscar de olhos. — Não coloque dessa

forma.

Ryder olhou nos olhos de seu irmão. — É assim que as coisas são. Ela te deu

dinheiro e durante oito semanas você transa com ela cinco noites por semana. Seu

contrato era bem claro, mano. O que diabos você estava pensando?

— Não repita o que descobriu e nunca diga uma palavra a ela sobre isso.

— Eu quero uma explicação. Esta é a sua nova carreira? Transar com viúvas

solitárias por dinheiro? Jesus, Nav. Você é um homem prostituto.

— Como se você fosse alguém para falar sobre.


— Eu era novo quando tirava dinheiro das mulheres para fazer sexo. Você mexeu

comigo por causa disso todos os dias também.

— Eu estava perdendo o rancho e ela estava sozinha. Nós dois precisávamos um do

outro. Eu...— Ele soltou Ryder e deu um passo para trás, controlando sua raiva. — Ela

veio até mim com a ideia. Fiquei chocado a princípio com a proposta e pensei que ela

estava brincando. Ela não precisa me pagar para ficar com ela porque gosto muito dela.

Mas fizemos um acordo e não foi difícil de fazer. Eu...— Navarro suspirou. — Pretendo

devolver a ela cada centavo que puder. Eu disse isso a ela, mas ela não quer o dinheiro.

Mas vou pagar a ela, porque sei o quão errado é esse contrato.

Ryder se afastou da parede para estudar seu irmão de perto. — Eu vi na sexta-feira

o quanto você realmente gosta dela. Ainda estávamos aqui quando... — Ele apontou

para o teto. — Seu quarto fica bem em cima da cozinha. Pareceu muito mais sério do

que 'curtir'. Eu ouvi você falar com muitas mulheres ao longo dos anos, mas parecia

exagero. O que diabos você estava fazendo com ela? Eu quase quis ir até lá e ter certeza

de que vocês dois ainda estavam vivos quando a gritaria parou.

Franzindo a testa, Navarro olhou para o irmão. — Esqueça que você leu aquele

contrato e fique fora do que há entre Trina e eu.

— Estou preocupado com você.

— Não fique.
— Então me convença de que não deveria me preocupar, Nav. Você é o sensato,

mas está recebendo vinte mil dólares para foder uma mulher. Que tipo de mulher faz

isso? Eu vi o jeito que você olhou para ela e não quero que você se machuque, droga.

Será como Debbie novamente. Você ficou amargo durante anos depois que aquela vadia

foi embora. Ela era toda sobre dinheiro, o que poderia conseguir, e ela não dava a

mínima para você. Mulheres legais não pagam caras para transar com elas. Trina está te

usando e não vou ver você se machucar.

— Trina não se parece em nada com Debbie. O que você está achando dela, é

totalmente errada.

— Então me diga como ela realmente é.

Navarro olhou para seu irmão e sabia que Ryder estava sinceramente preocupado,

mas não tinha motivo para estar... desta vez. — O marido dela foi morto no ano

passado. Ela o amava, mas ele era uma merda na cama, certo? Ela se sentiu atraída por

mim, ouviu falar que Tammy largou minha bunda assim que Dusty colocou o rancho

em apuros, então ela pensou que poderíamos ajudar um ao outro. Ela é um doce, Ryder.

Ela é uma boa pessoa. Ela estava vermelha enquanto gaguejava me dizendo o que

queria fazer para essa troca entre nós. Ela é quase virginal, é tão inocente, e eu saberia

disso porque estou me deitando com ela. Ela não é uma vadia fria que sai por aí

pagando caras para irem para a cama com ela. Ela foi dona de casa de um homem por

dezesseis anos e se sente sozinha. É por isso que veio até mim.
— Então você é a muleta dela até que ela coloque sua vida de volta nos trilhos?

Apenas o cara que ela usa para superar o marido morto? Ela é bonita e você sabe muito

bem que os homens vão ficar em cima dela quando ela decidir não ficar mais sozinha.

Eu ouvi você com ela no seu quarto. Parece que você vai ficar mal.

Navarro franziu a testa. — Não sei o que vai acontecer daqui a sete semanas,

quando nosso contrato terminar, e ela também não.

— O que você quer que aconteça?

— Não sei. Só estamos juntos há uma semana.

Ryder balançou a cabeça. — Eu vi o jeito que você olhou para ela e notei seu humor

ontem à noite quando voltou para casa. Você me perguntou duas vezes se ela tinha

ligado. Admita que ela está sob sua pele. Você deveria ter visto a expressão de

cachorrinho chutado em seu rosto quando eu disse que ela não viria esta noite. Você

está chateado, não está?

— Não é da sua conta. Sou um homem adulto.

— Você é meu irmão e estou preocupado com você. Acho que está ficando muito

apegado a ela e vai se machucar no final, quando a simpática senhora branca chutar sua

bunda indígena até o meio-fio. Quando ela estiver pronta para se estabelecer, será com

um cara do seu próprio mundo.


— Nunca foi uma questão racial. — Navarro quase rosnou. — Esse é o seu

problema, não meu. Trina não está nem aí se eu sou parte Apache. Foi você quem teve

problemas com uma mulher obcecada pela cor da sua pele.

— Você tem razão. — Ryder suspirou. — E você não é parte Apache. Você é

metade. Se não fosse pelos seus olhos, ninguém saberia que você era branco, mano. Se

não for uma questão racial para ela, será porque você é um fazendeiro pobre. Ela

obviamente tem dinheiro para poder gastar vinte mil em sexo. Quanto dinheiro ela

tem?

— Eu não me importo e nunca perguntei—

Ryder estendeu a mão para agarrar ombro de Navarro. — Eu conheço você.

Quando Adam esbarrou em sua mulher para tirar o bolo das mãos dela ao entrar pela

porta, pensei que você fosse dar uma surra nele. Eu vi o ciúme brilhar ali, me

mostrando o quão possessivo você é com ela. Mas ela não é sua, não é? Ela é um

trabalho. Você vai se queimar.

— Não se meta. — Navarro livrou-se da mão do irmão. — Eu vou tomar banho. Se

você quer ser tão útil, por que não me faz alguns sanduíches? Perdi o almoço. — Ele

caminhou em direção às escadas.

Ryder hesitou, observando seu irmão com atenção. — Deixe-me cuidar dela de

agora em diante.
Navarro já havia caminhado uns bons dois metros de distância antes que seu irmão

falasse. Ele congelou por um segundo e então se virou. Seus olhos se estreitaram

enquanto ele olhava para Ryder.

— O que você disse?

— Ela está atraída por você, e somos quase iguais em aparência e corpo. Ela pagou

por sexo por mais sete semanas e não vou me apaixonar por ela. Você está se

apaixonando por ela. Deixe-me terminar o contrato. Sou melhor na cama do que você

porque tenho muito mais experiência. — Ele sorriu. — Eu serei o Raine que cumprirá o

contrato com Trina. Amanhã à noite, você precisa ir à cidade e eu a encontrarei aqui.

Navarro marchou até o irmão e parou na frente dele. — Se você tentar encostar um

dedo em Trina, eu vou quebrá-lo. Entendeu? Experimente tocar seu violão engessado e

veja como você canta bem, faltando alguns dentes.

— É disso que estou falando, Nav. Ela é um trabalho, não sua namorada. Ela está

pagando por sexo para não ficar sozinha, certo? Você está muito envolvido com ela.

Bufando, Navarro olhou para seu irmão. — E você só quer transar com ela.

— Sim. Não vou negar que seria ótimo trepar com ela de dez maneiras até o

domingo para fazê-la feliz. Mas não vou me apaixonar. Você leva as coisas muito a sério

e não quero ver você machucado. Você não é nada como eu. Em sete semanas, quando

ela for embora, será apenas uma boa lembrança para mim. Presumo que ela seja ótima

na cama, pelos sons que você fez, já que nunca ouvi você gritar daquele jeito antes.
Navarro lutou contra sua raiva. — Se você tocá-la, eu vou te machucar. Entendeu?

Preocupe-se em se machucar. Cuide da sua própria bunda.

— Droga, Nav. — A frustração tomou conta de Ryder. — Eu não quero você

bagunçado de novo.

— Você me ouviu, — Navarro disse suavemente. — Se você tocá-la, se você tentar

tocá-la, se mencionar esse contrato para ela, vou chutar sua bunda de volta para onde

diabos você veio desta vez—

*****

Ryder suspirou enquanto observava seu irmão subir as escadas, balançando a

cabeça. Seu irmão estava mal pela loirinha. Ela nem era o tipo de Nav. Seu irmão quase

se autodestruiu por causa de uma mulher uma vez e ele não queria ver isso acontecer

novamente. Trina Mattews era uma má notícia, e ele sabia disso, mesmo que seu irmão

mais velho fosse cego demais para perceber.

*****
Trina comparou-se mentalmente a um ursinho de pelúcia que passou pela máquina

de lavar e depois pela secadora. Passar o dia com a família e os amigos de Ted tinha

sido um inferno para ela. Seus pais queriam falar sem parar sobre Ted, como se ele

ainda estivesse vivo, e isso era doloroso. Paul foi um idiota e fez comentários sarcásticos

sobre dinheiro, tentou intrometer-se na vida dela e até fez mil perguntas sobre sua nova

casa.

Os primos e amigos de longa data de Paul a trataram de diversas maneiras. Alguns

deles foram gentis, mas a maioria a trataram como se ela fosse uma estranha, e alguém

com quem eles particularmente não queriam estar por perto. Ela tinha a sensação de

que Paul estava por trás disso. Ela foi à festa para deixar os pais de Ted felizes mas

realmente não deveria ter ido, sabendo agora que tinha sido um erro; então pegou um

voo para o Texas logo depois.

Quando pousou no aeroporto, ela descobriu que seu SUV estava com o pneu

dianteiro furado e o motorista do guincho levou quase uma hora para alcançá-la. Ela foi

informada de que alguém havia pregado uma peça e tirado o ar do pneu. Pelo menos

dez carros foram alvejados além do dela, então o cara rebocou seu SUV até um posto de

gasolina local, encheu o pneu para ela e ela comprou cachorros-quentes no posto de

gasolina para o jantar. Estava exausta quando estacionou em sua garagem depois da

meia-noite.
Uma luz acesa na janela do quarto dela chamou sua atenção. Trina tinha certeza de

que havia apagado todas as luzes antes de sair, mas imaginou que devia ter esquecido

isso na pressa para chegar ao aeroporto. Ela havia feito planos de voo de última hora

depois que a mãe de Ted ligou para ela implorando que ela voltasse para a Califórnia

para a festa no domingo. Ela não teve coragem de dizer não, então fez as malas e pegou

o primeiro avião para lá.

Ela saiu de seu SUV e caminhou até a parte de trás para pegar suas coisas, feliz por

ter preparado pouca coisa para sua viagem rápida. Agarrando sua bolsa e sua pequena

mala, tropeçou um pouco no caminho até a porta da frente, e percebeu que estava de

pé, pronta para simplesmente cair na cama. Duvidava muito que fosse se despir

primeiro. Ela destrancou a porta, pensando que talvez até dormisse com os sapatos.

Trancando tudo, largou tudo no chão e olhou para o sofá, tentada a dormir ali.

— Não. — Gemeu em voz alta. Ela se dirigiu para as escadas tropeçando em seu

quarto, fixou os olhos na cama e apenas puxou a calça jeans enquanto chutava os

sapatos. Seus dedos correram pelos cabelos, arrancando os grampos e soltando os

longos fios. Ela esfregou o couro cabeludo que doía por ter ficado preso por muito

tempo.

Ela começou a desabotoar a camisa quando alguém pigarreou.


Trina gritou de medo, virou-se em direção à fonte do som e perdeu o equilíbrio.

Sua bunda bateu na beira da cama enquanto ela olhava para Ryder Raine sentado na

cadeira de balanço no canto do quarto ao lado de seu armário.

Ela não o tinha visto quando entrou, a porta aberta bloqueando sua visão. Ela

agarrou o peito latejante com uma das mãos e então percebeu que estava de calcinha e

camisa meio desabotoada quando o olhar dele percorreu sua frente.

Ela agarrou o edredom e o arrastou sobre o colo até o peito, onde o segurou no

lugar, apenas olhando para ele em estado de choque. O que diabos ele está fazendo no meu

quarto? Como ele entrou em casa? Por que diabos ele está aqui?

— Desculpe. Eu não queria assustar você.

— Me assustar? — Ela encontrou sua voz. — Você me assustou pra caralho. Eu

poderia ter tido um ataque cardíaco! — Ela respirou fundo. — O que você está fazendo

aqui? — Um pensamento horrível ocorreu-lhe. — Navarro está bem? Aconteceu alguma

coisa com ele?

Olhos castanhos escuros se estreitaram. — Ele está bem, na cama dormindo

profundamente.

O alívio a invadiu. — Bom. — Ela olhou para o irmão dele. — Você não respondeu

minha pergunta. Por que você está aqui? Como é que entrou?
— Eu conheci os Vern e namorei a filha deles há cerca de dez anos. Há uma

fechadura que não funciona bem na varanda de barro. Se for mexida, a fechadura abre.

— Ele sorriu, dando-lhe uma piscadela. — Eu costumava entrar escondido.

— Oh. — Ela franziu a testa e puxou o edredom com mais firmeza ao redor de seu

corpo. — O que você está fazendo aqui?

— Eu queria falar com você.

Ela franziu a testa para ele. — Sobre o que? Já passa da meia-noite. Eu... estou

confusa. Também estou muito desconfortável por você ter entrado na minha casa.

Ryder esticou as pernas para fora, obviamente ficando mais confortável na cadeira

ao cruzar os tornozelos. — Abri o cofre hoje. Nav ficou de boca fechada sobre que tipo

de merda Dusty fez - e quão fundo na merda Nav teve que ir para tirar Dusty desta vez.

Achei que Nav tinha feito um empréstimo e queria ver onde ele conseguiu o dinheiro

para poder fazer pagamentos para ajudá-lo. Imagine meu choque quando encontrei esse

contrato.

O sangue sumiu do rosto de Trina, sabendo que Ryder sabia a verdade. O

constrangimento percorreu todo o seu corpo em uma onda de calor. Ela deixou seu

olhar cair para o chão e tentou engolir o nó que se formou em sua garganta antes de

forçar seu olhar de volta para o dele. Ele a observava calmamente e ela não conseguia

ler sua expressão.

— OK. Então porque você está aqui? Você vai contar a alguém sobre isso?
Ele balançou sua cabeça. — Dizer às pessoas que meu irmão é um prostituto pago?

Porra, não.

Trina estremeceu. — Não é desse jeito. Não diga isso sobre ele.

— Isso foi o que ele disse.

— Você conversou com ele sobre isso? — Suas bochechas queimaram mais. Ela se

perguntou como Navarro lidou com o confronto do irmão e se isso o aborreceu.

— Eu fiz. Tivemos uma discussão. — As pálpebras de Ryder se estreitaram. — É

por isso que estou aqui. Você e eu vamos chegar a um acordo e escrever um novo

contrato.

O choque atingiu Trina. — Com licença?

— Nav me disse que você perdeu seu marido e está sozinha. Sinto muito pela sua

perda. — Sua atenção vagou pela sala. — Eu vi os móveis novos e você investiu algum

dinheiro neste lugar. A propósito, parece ótimo. Eu vi o que você dirige. Dei uma

olhada em suas roupas e você deveria arranjar um cofre para guardar essas joias. Você

tem dinheiro. — Ele franziu a testa para ela. — Eu também espiei os álbuns de fotos que

você tem lá embaixo. Você esteve na Europa e em todos os lugares. Você está

acostumada com uma vida boa, então não consigo entender o que está fazendo em

nosso pedacinho de mundo, mas a vida é sua.

— Você não tinha o direito de...


Ele a interrompeu. — Então? Você está forçando meu irmão a te foder, senhora.

Você salvou nosso rancho usando seu dinheiro para transformar meu irmão em uma

prostituta para você.

Ela estava chocada demais para falar, mas então encontrou sua voz. — Eu me

ofereci apenas para emprestar o dinheiro a ele. Ele não precisava... — Ela fechou a boca

com força.

— Te foder?

Ela assentiu miseravelmente. — Eu me ofereci para emprestar o dinheiro a ele sem

compromisso.

— Ele tem orgulho. Aprendemos que nada na vida vem de graça e sempre há um

preço. Navarro é um bom homem e sempre foi o responsável. Nosso irmão Drake mal

podia esperar para dar o fora daqui quando foi para a faculdade de direito e mora em

Dallas para nos evitar. Dusty sempre foi o idiota da família, de uma festa para outra, e

ele era o mais próximo do papai porque os dois adoravam estragar tudo com bebida e

prostitutas.

— Nav entrou no circuito de rodeio quando tinha apenas dezessete anos. Já viu

seus cinturões de campeonato? Ele era muito bom. Ele mandava dinheiro para casa,

para o rancho, e o manteve flutuando porque, a essa altura, papai já era um alcoólatra.

Dusty estava nesse caminho também e Nav pagou a faculdade de direito para Drake.

Então Nav pagou para que eu e River perseguíssemos nossos sonhos. River queria uma
vida como a de Nav e eu adoro música. Nav nos fez flutuar com dinheiro, mal

sobrevivendo, mas ele é assim. Ele cuidou de nós, inclusive mandando Adam e Trip

para a faculdade porque eles também são família. Quando Nav foi internado, ele veio

aqui... e então papai foi morto. Nav manteve esta família unida, embora estivesse

passando por um inferno com sua esposa, sua recuperação e a morte de seu pai.

Trina ouviu, balançando a cabeça e sentindo seu coração doer por Navarro e por

tudo que ele passou e que ela não sabia. As fofocas da cidade não lhe contaram muito

sobre a história de Raine.

— Agora Dusty quase perdeu o rancho e Nav teve que nos salvar novamente. Se

perdêssemos o rancho... bem, merda. É a nossa casa. Todos nós sabemos que ele está

sempre aqui para nós, que Nav está aqui para nós e que Adam está aqui para nós agora

que voltou. Nav é um bom homem e faria qualquer coisa para salvar a nossa casa. Você

o colocou em uma posição onde ele não poderia dizer não, e ele não é o tipo de homem

que faz esse tipo de contrato com você. Você entende? Isso vai despedaçá-lo.

— Certo. — A dor atingiu o coração de Trina.

— Certo o que? Você não se importa com o que causa ao orgulho dele ser forçado a

foder uma mulher por dinheiro? Ou tudo bem, você entende que ele não pode mais

fazer isso? Você não é o tipo dele. Ele gosta de mulheres mais jovens, mais altas e tem

uma queda demais por ruivas. Você está muito longe do tipo dele, Trina. Se não fosse

pelo dinheiro, posso prometer que ele não tocaria em você.


Lágrimas encheram seus olhos, embora ela soubesse que ele estava sendo cruel de

propósito. Ele estava acertando seu alvo se sua intenção fosse insultá-la.

— Diga a ele que acabou e não vou incomodá-lo novamente. Ele não me deve mais

nada. Vou mandar um documento, conforme combinamos, informando que foi apenas

um empréstimo e que ele fez todos os pagamentos para que a dívida fosse totalmente

quitada. — A voz de Trina falhou.

— Você acha que ele deixaria isso parado? Ele é extremamente honrado e você

pagou por um serviço. — Ryder se levantou. — Não estou dizendo que você deveria

perder seu dinheiro. Você se inscreveu com o irmão errado. Eu não tenho a moral dele,

então o negócio é o seguinte. Eu vou te foder pelas próximas sete semanas. Tenho mais

experiência com mulheres. — Ele sorriu. — E se você gosta de coisas excêntricas ou

quer tentar qualquer coisa, eu estou lá. Eu até tenho um amigo que adora fazer tag team

e posso ligar se você tiver fantasias a três.

O horror inundou Trina enquanto ela balançava a cabeça freneticamente. — Não.

— Não ao sexo a três? Isso é bom. — Ele agarrou a frente da camisa. — Podemos

muito bem começar esta noite. Estou morrendo de vontade de te foder e você é

totalmente meu tipo, Trina. Nav tem uma queda por mulheres altas com cabelos

brilhantes, mas eu? Sinto-me atraído por loiras baixas e tenho uma queda por elas.

— Não. — O medo tomou conta dela. — Eu não quero você. Por favor, vá embora.

O contrato acabou. Diga a Navarro que ele não me deve nada e eu enviarei a papelada
para que tudo fique legal e o empréstimo seja quitado integralmente, como eu disse que

faria.

Uma carranca curvou os lábios carnudos de Ryder e seus dedos congelaram em sua

camisa. — Eu não vou machucar você, querida. Você vai adorar me foder mais do que

Nav. Ele e eu somos do mesmo tamanho em todos os lugares. Eu prometo que você vai

adorar o que posso fazer com você. A satisfação é garantida. — Ele piscou.

— Não. — Ela se levantou e agarrou o edredom com medo. — Por favor vá.

Enviarei a papelada amanhã. Juro. Apenas saia.

Ryder franziu a testa. — Você parece assustada. Eu não vou te machucar.

— Deixe-me. Por favor? — Sua voz tremeu. — Eu não quero você. Não estou

interessada.

— Você está sozinha e quer um homem em sua cama. Você quer sexo quente e

estou lhe oferecendo isso.

— Não, obrigada. — Ela avançou em direção ao banheiro.

— Querida, eu não vou te machucar. Acalme-se. Vamos sentar e conversar sobre

isso. Posso apreciar você e fazer muitas coisas da quais Nav nunca consideraria. Vai ser

muito quente. Isso vai queimar você.

Ela largou o edredom e mergulhou no banheiro. Ela bateu a porta e trancou-a. —

Saia!
Ryder suspirou após um longo minuto de silêncio. — Minha intenção nunca foi te

assustar. Voltarei amanhã e conversaremos. Apenas pense um pouco. Você não gostaria

de foder um cara que realmente quer você em vez de Nav? Eu sim, Trina. Eu realmente

quero você. Estarei de volta amanhã ao meio-dia e desta vez baterei na porta da frente.

Trina sentou-se no chão e ficou ouvindo até ouvir a porta do andar de baixo bater.

Lágrimas quentes caíram por seu rosto enquanto ela se enrolava no chão do banheiro e

chorava até dormir.


Capítulo Nove

Trina ficou dolorida depois de dormir no chão do banheiro. Ela também foi

humilhada e, pior, magoada por dentro. Ela achava que Navarro gostava honestamente

de estar com ela, apesar de estar pagando. Ele parecia se divertir com ela e até preferia

dormir com ela. Por que outro motivo ele queria passar a noite de sexta-feira juntos

quando não era necessário?

Lágrimas quentes encheram seus olhos enquanto ela arrumava uma pequena bolsa.

Ela planejou evitar Ryder Raine.

Ainda não conseguia acreditar que ele tinha acabado de entrar em sua casa. Ele a

assustou porque ela não queria que ele a tocasse, e ficou com medo de que ele não

aceitasse um não como resposta quando persistentemente lhe dissesse que a queria.

Pior ainda, as coisas que ele lhe contou sobre Navarro a fizeram sentir como se o tivesse

forçado a tocá-la, fazendo com que tudo o que compartilhavam parecesse sujo e feio.

Ela sabia desde o início que tinha sido uma ideia maluca trocar dinheiro por sexo, e

também percebeu que não tinha ninguém para culpar além de si mesma por tudo ter

terminado tão mal.

Trina pegou o envelope lacrado e colou-o na porta da frente quando estava saindo.

Ela garantiu que o envelope não fosse levado pelo vento se ventasse. O nome de Ryder
estava escrito claramente em um grande marcador preto para que ele não pudesse

perdê-lo quando chegasse para discutir como ganhar o dinheiro.

Ela dirigiu seu SUV até a cidade para fazer algumas tarefas e decidiu aproveitar o

dia almoçando e jantando na cidade. Uma ida ao salão de beleza para fazer um

tratamento facial, fazer as unhas e talvez compras de alguns sapatos. Isso a alegraria.

Ela olhou para o relógio e depois o tirou, colocando-o na bolsa. Ela não queria ficar

olhando para ele e temendo quando o meio-dia se aproximasse, sabendo que Ryder

estaria em sua casa. Ela esperava que ele a deixasse em paz assim que conseguisse os

papéis. Ela ficaria emocionada se nunca mais visse ou falasse com o homem.

Trina parou primeiro em uma pequena loja de sapatos. Estava saindo da loja com

dois novos pares de salto alto quando viu um carro passando por ela na rua. O choque a

atingiu quando avistou o motorista do carro e seus joelhos fraquejaram.

— Filho da puta, — Ela murmurou.

O ex-cunhado de Trina tinha acabado de passar, mas não virou a cabeça, não a viu

enquanto seu olhar surpreso seguia o carro que passava lentamente pela cidade com

um grande adesivo de aluguel no para-choque. No final da rua seguiu para o norte,

avisando que iria para a casa dela, já que não havia outro motivo para estar na cidade.

Por que ele está aqui?

Ela balançou a cabeça enquanto colocava a sacola de compras no SUV e caminhava

pela calçada até a lanchonete. Foi bom que ela planejasse ficar fora o dia todo, pois
esperava que Paul ficasse entediado esperando que ela voltasse e voasse de volta para a

Califórnia, quando ela não voltasse.

Trina parou de andar quando um pensamento horrível lhe ocorreu. — Filho da

puta.

E se Paul estivesse lá quando Ryder aparecesse? Os dois se encontrariam.

Ela relaxou, percebendo que Ryder não iria revelar seu segredo. O envelope estava

lacrado com o nome de Ryder. Paul não ousaria abri-lo. O irmão de Nav não gostaria

que ninguém soubesse que ela havia proposto ao irmão mais velho que dormisse com

ela por dinheiro, assim como ela não gostaria que ele fosse divulgado. Ela se acalmou

ao entrar na lanchonete, sentindo-se certa de que tudo ficaria bem. Eu só tenho que

acreditar nisso.

*****

Ryder tocou a campainha da frente, lamentando ter entrado na casa de Trina na

noite anterior. Ela provavelmente pensou que ele era um verdadeiro filho da puta. Ele

estava cansado de ficar sentado do lado de fora esperando ela chegar. Fazer um

pequeno reconhecimento dentro de sua casa lhe disse muito sobre ela.

Ela tinha dinheiro, viajava muito e tinha classe. Por que ela queria transar com

Navarro, entre todas as pessoas, estava além dele. Ele amava Nav, mas o cara agora era
um fazendeiro e tinha os pés no chão demais para se sentir confortável em um mundo

de riqueza.

Ryder virou a cabeça e examinou o carro alugado na garagem. Ele se perguntou se

Trina teria companhia.

A porta da frente se abriu e Ryder se virou. Ele franziu a testa para o homem baixo

e careca parado à sua frente. A camisa do cara estava rasgada, sua mão sangrava e seu

rosto estava vermelho. O homem olhou para Ryder.

— Quem diabos é você?

Ryder arqueou as sobrancelhas. — Eu sou Ryder Raine. Quem é você?

A expressão do homem escureceu de raiva. — Você! Você é o idiota dono do

Rancho Raine, não é? Espere aí. Não se mova.

Ryder apertou os lábios, instantaneamente chateado. Ele não sabia quem era o

idiota, mas ninguém falava com ele desse jeito. Ele não recebia ordens de ninguém. Ele

empurrou a porta da frente, entrou e viu o homem pegando algo na mesa do corredor.

O homem o encarou, segurando um envelope branco rasgado. Ryder viu seu nome e

ficou chocado. O homem acenou para ele.

— Você quer me explicar como diabos você convenceu Trina a fazer um

empréstimo para você? Vinte mil dólares é muito dinheiro. Que tipo de vigarista você

é? Vou chamar a polícia e mandar te prender.


— Do que diabos você está falando? Preso por quê? — Ryder quase rosnou as

palavras. Ele passou de irritado a completamente chateado com a pequena doninha na

frente dele. — Isso é meu? Isso tem meu nome.

O homem jogou a carta para Ryder, que a pegou no ar e estudou o envelope. Ele

removeu o papel que estava amassado como se alguém o tivesse socado. Ele examinou

o conteúdo e leu que era um aviso de pagamento integral enviado por Trina Mattews ao

Rancho Raine, informando que eles haviam quitado integralmente o empréstimo de

vinte mil dólares que haviam tomado emprestado. Ela manteve sua palavra.

— Quero uma explicação agora. — O homem menor retrucou enquanto cruzava os

braços sobre o peito. — Cada maldita coisa que Trina faz é da minha conta. Eu sabia

que deveria ter ido atrás dela antes. Eu sabia que era um erro deixá-la fugir por um

tempo. Vou convencê-la a vender esta casa de merda e voltar para a Califórnia comigo.

— Quem diabos é você? — Ryder olhou para o homem e guardou o papel na parte

de trás da calça jeans.

— Meu nome é Paul Mattews. Quem diabos é você e como convenceu Trina a lhe

emprestar dinheiro? Você está tentando namorar Trina enquanto eu não estou por perto

para fazer escória como se você a deixasse em paz?

Ryder franziu a testa, pensando que havia algo no cara que parecia familiar, mas

quando ele disse seu sobrenome, Ryder foi atingido com força. Ele folheou alguns
álbuns de fotos de Trina e foi lá que ele viu esse cara antes. Ryder ficou tenso e virou a

cabeça para olhar a grande foto sobre a lareira.

Era uma foto de Trina sorrindo para o homem que estava na frente dele.

Ryder virou-se para ele enquanto a raiva o enchia em nome de seu irmão.

— Sua esposa emprestou vinte mil ao meu rancho e, como diz a carta, nós pagamos

de volta. Não sou só eu quem é dono do nosso rancho, de propriedade da família, Sr.

Mattews. Precisávamos de um empréstimo de curto prazo para nos sustentar até que

algo aparecesse, e tudo desse certo. — Ryder ficou furioso ao olhar para o homem, mas

tentou esconder. — Eu só vim aqui para pegar isso já que a Sra. Mattews recebeu de nós

o último pagamento que ela receberá. Tenha um bom dia. — Ryder girou antes de

perder o controle, saindo furioso de casa.

Ele voltou para o rancho, depois passou por ele e dirigiu para o pasto leste,

sabendo que Nav e Adam estavam trabalhando lá. Ryder trouxe o almoço para eles

mais cedo e prometeu voltar mais tarde para ajudá-los com as cercas derrubadas que

uma tempestade derrubou. Depois de estacionar, Ryder caminhou lentamente em

direção a Nav. Ele realmente temia a próxima conversa que eles precisavam ter.

— Você voltou rápido. — Adam riu. — Eu pensei que você disse que estava indo

para a cidade por algumas horas para ficar com uma garota e poder transar.

Nav largou a pá e estudou o irmão atentamente. — Ele parece chateado como o

inferno. Ela deve ter dado um bolo nele.


Ryder encontrou os olhos de Nav. — Precisamos conversar sobre Trina.

*****

A raiva atingiu Navarro quando ele arrancou as luvas de trabalho e diminuiu a

distância entre ele e Ryder. — O que você fez? Foi ela quem você foi ver? Eu disse para

você ficar bem longe dela. Se você colocar uma mão nela eu vou quebrá-la, maldito seja!

Ryder recuou. — Ela é casada, Nav.

Franzindo a testa, Navarro ainda olhou para Ryder. — Não brinca. Eu lhe disse que

ela ficou viúva no ano passado.

Ryder balançou a cabeça. — Ela mentiu. Acabei de conhecer o marido dela. Há

uma foto dele e dela sobre a lareira da sala e, a menos que eu tenha conhecido e falado

com um fantasma, ela mentiu para você. O homem estava muito chateado com o

empréstimo que ela fez ao rancho e reclamando sobre chamar a polícia, pensando que

eu a forcei a emprestar o dinheiro para nós. A garota mentiu para você, Nav. O marido

dela está tão morto quanto eu. Ele acabou de chegar porque havia um carro alugado

estacionado em frente à casa dela com adesivos de estacionamento no aeroporto.

— Você está errado. — Navarro ficou atordoado.

— Eu olhei para ele e o comparei com a foto sentada sobre a lareira sobre a lareira,

cinco metros à esquerda do cara na sala dela! Ele disse que seu nome é Mattews. Ela
mentiu e enganou você. Você está transando com uma garota casada. Eu avisei que isso

era algum tipo de jogo para ela. Ela é uma vadia rica e entediada cujo marido estava em

algum lugar.

O choque percorreu Navarro e seu coração bateu forte. Poderia tudo ter sido uma

mentira? Ela era realmente casada e estava apenas procurando um pouco de diversão?

Se o marido trabalhasse em outro estado, morando perto do trabalho, poderiam passar

semanas sem ele estar por perto.

— O que Trina disse? — Navarro sabia que deveria haver uma explicação.

— Ela não estava lá. — Ryder retirou o papel dobrado que alisou. — Aqui estão

mais evidências. É uma declaração paga integralmente do empréstimo que ela fez para

você, informando que o contrato terminou.

Navarro pegou o papel com a mão trêmula. Estava amassado, mas não rasgado

quando ele o endireitou para ler. Com certeza, era um documento assinado por Trina

afirmando que ela havia recebido cada centavo de um empréstimo de vinte mil dólares

e que o Rancho Raine não estava mais em dívida com ela. Ele fechou os olhos,

agarrando o papel enquanto a fúria o atingia com força.

— Sinto muito, cara. — Ryder suspirou alto. — É melhor você descobrir agora do

que mais tarde.


— Droga. — Adam disse suavemente. — Eu também gostei dela, Nav. Ryder está

certo. É melhor você descobrir agora. Então você acha que esse cara vai vir aqui com

uma espingarda ou tentar chutar a bunda de Nav por transar com a esposa dele?

— Não. — Ryder balançou a cabeça. — Ele é um idiota de roupa casual que parece

que a única tacada que ele fará será com um taco de golfe em algum campo chique.

Você deveria ter visto esse cara. Eu nunca teria pensado que ela ficaria com ele. Deve

ser o dinheiro dele. Ele é um cara baixo, gordinho e careca. Não admira que ela o

estivesse abandonando.

— Eu preciso de uma bebida. — Navarro dobrou o papel e entregou-o a Ryder. —

Coloque isto no cofre onde não será extraviado. Eu não confio nela tanto quanto posso

agora. Não quero perder isso caso o marido dela saia da cidade e ela de repente pense

que devo algo a ela. Se eu nunca mais a ver, será muito cedo.

Navarro dirigiu-se para sua caminhonete. Ele confiou em Trina, acreditou em tudo

que ela disse, e o que tornou tudo pior foi que ele começou a sentir as coisas

profundamente por ela. Ele achava que ela era especial, que ela era alguém que ele

realmente queria conhecer.

Ele ligou a caminhonete e foi até a casa. Ele realmente precisava de uma bebida. Ele

precisava transar também. Ele não queria que a última mulher que tocasse fosse aquela

vadia mentirosa. Ele estava indo para a cidade.


*****

Trina comeu pizza no jantar. Hailey só tinha um motel e não era o lugar mais legal

para se estar, mas era melhor do que ir para casa, caso Paul ainda estivesse esperando

por ela. Ele poderia esperar a noite toda. Na festa na casa dos pais, ele tentou encurralá-

la para perguntar novamente sobre Ted e o dinheiro.

Não era culpa dela que Ted tivesse decidido deixar tudo para ela. Depois que Ted

morreu, Paul pediu trinta mil emprestados a ela. Ela assinou o cheque sem questionar e

nunca pediu um centavo de volta. Ele também pediu o Porsche de Ted. Ted adorava

aquele carro esporte, era seu filho, e foi doloroso se separar dele, mas Paul era seu

irmão, então Trina cedeu o título para ele. Ela sabia que ele merecia possuir algo que o

mantivesse ligado a Ted.

Não importa o quanto ela desse, nunca seria suficiente para Paul, obviamente.

Ela passou dezesseis anos de sua vida com Ted e desistiu de seus sonhos de ser o

tipo de esposa que ele queria, até mesmo desistiu da maternidade. Se Paul pensava que

ela iria ceder cada centavo do dinheiro que recebera, ele estava errado. Ela merecia esse

dinheiro.

No quarto ao lado, um casal começou a fazer sexo muito barulhento, a cama

batendo na parede e a mulher gemendo alto. Trina olhou para a parede e riu até que

isso a lembrou de Navarro. A risada morreu. Ela sentia falta dele e doía saber que não o
veria novamente. As palavras de Ryder não a deixaram com dúvidas de que agora,

Navarro estava aliviado por não ter que lidar com ela novamente.

Lágrimas quentes encheram seus olhos e ela as enxugou. Ela precisava de uma

bebida. O único bar da cidade ficava na mesma rua. Ela poderia caminhar até lá, tomar

algumas bebidas e depois voltar para seu quarto. Esperamos que o casal da casa ao lado

já tenha terminado ou esteja muito exausto para mantê-la acordada a noite toda. Ela

calçou os sapatos, pegou a bolsa e certificou-se de que estava com a chave da porta.

O sol havia se posto. Trina olhou para o pulso apenas para lembrar que havia

deixado o relógio na bolsa mais cedo. Realmente não importava que horas eram. Ela

desceu a rua, percebendo que a maioria das lojas havia fechado. Ela apreciava a

pequena cidade de Hailey, mas certamente não tinha muita vida noturna além do bar.

Ela ouviu música country enquanto se aproximava.

Estava surpreendentemente lotado para uma noite de segunda-feira, mas ela

imaginou que poderia ter algo a ver com o rodeio, já que viu a TV de tela grande ligada

e um cowboy sendo atacado por um touro. O homem desmontou com força, mas

permaneceu de pé. Algumas pessoas no bar aplaudiram. Trina foi até o bar para se

sentar em uma banqueta e sorriu para o careca tatuado que trabalhava no bar. Ela

lembrou que o nome dele era Thomas.

— Ei. — Ele se aproximou dela. — O que você acha de Hailey?

Ela assentiu. — Me senti muito bem-vinda aqui. Obrigada por perguntar.


— Você não vem aqui o suficiente. Se quiser conhecer mais vizinhos, este é o lugar

para estar.— Ele serviu uísque para ela.

Trina ficou impressionada. — Você lembrou.

— Procuro sempre lembrar o que as pessoas bebem. Você está aqui para assistir ao

rodeio? A corrida de barris está prestes a começar. Eles estão apenas mostrando

destaques de alguns dos eventos de hoje. Muitas pessoas não têm cabo ou satélite, então

vêm aqui. Este é do Tennessee. Sabe alguma coisa sobre o rodeio?

Balançando a cabeça negativamente, ela tomou um gole de bebida. — Eu também

não estou chateado com isso. O tênis é mais meu estilo de esporte de assistir. Há muito

menos sangue e ferimentos. Eles também têm alguns palhaços, mas não usam

maquiagem.

Tomás riu. — Esse é um esporte que me recuso a colocar na tela grande. Desculpe,

mocinha. — Ele riu. — Temos um herói local aqui esta noite, então isso torna ainda mais

especial para os fãs de rodeio.

— Realmente?

— Sim, Navarro Raine. Ele tem fivelas de campeonato das provas que costumava

vencer quando trabalhava no circuito de rodeio. Ele…

O choque a atingiu e Trina desligou a voz do barman, girando na banqueta para

olhar ao redor do bar. Navarro está aqui? O pavor a atingiu quando seu olhar procurou

pela sala e então ela o viu no canto. Ele estava conversando com um grupo de homens e
ela percebeu que era para suas costas que olhava, seu cabelo molhado preso em um

rabo de cavalo. Ele usava uma camisa de flanela azul com seu jeans azul desbotado e

confortável. Ela não conseguia ver os pés dele, mas apostava que ele estava usando

botas pretas de cowboy.

Ela mordeu o lábio e sabia que deveria falar com ele, mesmo que fosse apenas para

se desculpar. Doeu que ele tivesse mentido para ela, fazendo parecer que realmente a

queria, mas, novamente, Ryder disse que Navarro sentia que não tinha escolha. Trina

respirou fundo algumas vezes e decidiu encará-lo para se desculpar por colocá-lo em

uma situação a que ele foi forçado, e com sorte eles não teriam ressentimentos.

Ela desceu da banqueta e caminhou pelo bar, percebendo que estava realmente

lotado, então ela teve que se mover entre os corpos para caminhar atrás dele. Ele estava

rindo e conversando com alguns homens sobre classificações. Ela não tinha certeza do

que era isso, mas um dos homens de Navarro a notou quando ela se aproximou. Ele

estendeu a mão para tirar o chapéu de cowboy, sorrindo para ela. Ela deu-lhe um

sorriso fraco e se aproximou.

Navarro se virou enquanto seguia o olhar do homem e pareceu surpreso. Então sua

boca se apertou e ele franziu a testa. Sua expressão pareceu ficar fria enquanto Trina

olhava para ele. Ela ficou atordoada com o quão zangado ele parecia. Isso a congelou

com quatro pés ainda os separando.

— Olá, Sra. Mattews. — Foi o homem que tirou o chapéu.


Seu olhar se voltou para ele, tendo esquecido seu nome, mas ele trabalhava no

supermercado. Ela acenou para ele. — Olá.

— Você está aqui para assistir ao rodeio? — O homem parecia determinado a

conversar com ela.

— Receio que não. Só entrei para tomar uma bebida. Não sei muito sobre rodeios.

Ele piscou. — Eu poderia te ensinar. Você quer se sentar comigo? Podemos assistir

e eu explicarei o que está acontecendo para você.

Ela estava em apuros quando seu olhar voou para Navarro, vendo que ele ainda

olhava para ela. Ela não sabia por que ele estava tão bravo.

— Hum, obrigada, mas eu deveria ir. — Ela olhou para o homem segurando seu

chapéu. Toda a sua atenção voltou-se para Navarro. — Hum, Sr. Raine? Posso falar com

você por um minuto? — Sua mente procurava freneticamente por uma razão, pelo bem

dos homens ao seu redor, por que ela precisava falar com ele que não parecesse

estranho. — Eu estava pensando em comprar um cavalo e alguém recomendou que eu

falasse com você. — Ela mentiu.

A mandíbula de Navarro se apertou, os músculos saltando ao longo de sua

mandíbula enquanto seus lábios se pressionavam em uma linha mais apertada. — Não

essa noite. Estou me divertindo. Tenho passado por muita merda ultimamente e estou

aqui para desabafar. Não tenho nada que possa vender para você agora, por qualquer

preço.
Ela deu um passo para trás, sentindo-se mentalmente esbofeteada. — OK. — Sua

voz estava trêmula e ela também estava envergonhada. — Tenha uma boa noite. — Ela

se virou para escapar e quase bateu em alguém.

Trina olhou para Tammy Brent. A ruiva alta e de pernas compridas vestia uma

minissaia justa e meia camisa. Seus seios estavam quase caindo e ela usava maquiagem

suficiente para duas mulheres. Acontece que ela também era a ex-namorada de

Navarro, que recentemente o abandonou.

— Nav. — A mulher ronronou, evitando Trina. — Ouvi dizer que você estava aqui.

Senti sua falta, querido.

Trina se virou enquanto seu olhar seguiu a ruiva, que fechou o espaço para

Navarro. Navarro encontrou o olhar de Trina e depois desviou o olhar dela para

Tammy, enquanto a mulher se jogava contra seu peito. Tammy era quase tão alta

quanto Navarro de salto alto. Apenas alguns centímetros os separavam em altura.

Navarro hesitou antes de abraçar a mulher agarrada ao seu corpo.

— Tammy. — Sua voz estava rouca.

A ruiva recuou para sorrir para Navarro. — Eu odeio quando brigamos. Compre-

me uma cerveja e vamos fazer as pazes.

O olhar frio de Navarro se voltou para olhar diretamente nos olhos de Trina. Eles

se entreolharam e a dor percorreu Trina ao ver a vagabunda ruiva com as mãos abertas
sobre os ombros de Navarro e o braço em volta de sua cintura, corpo a corpo. Ele olhou

diretamente para Trina enquanto dizia as palavras que fizeram seu coração sangrar.

— Parece bom, querida.

Trina virou-se rapidamente e saiu do bar, lutando contra as lágrimas. Ela

conseguiu não correr, mas quis. Ryder estava certo quando disse que Navarro nunca

quis realmente Trina, que ele foi forçado pelas circunstâncias a agir como se a quisesse

apenas para salvar seu rancho. Doeu e ela teve que aceitar isso. Isso a rasgou tanto que

ela mal conseguia respirar, a dor esmagando seu peito. A raiva foi sua próxima emoção.

Ela ofereceu um empréstimo a Navarro, então se ele realmente não quisesse ir para a

cama com ela, se não estivesse atraído, tudo o que ele teria que fazer seria aceitar o

dinheiro.

Ela saiu pela porta e estava do lado de fora, o ar frio atingindo seu rosto enquanto

ela respirava fundo. Um soluço passou por seus lábios e então ela saiu correndo,

correndo pela rua em direção ao motel. Ela queria ir para casa, não querendo mais ficar

na cidade. Era muito próximo de Navarro e sua namorada. Eles estariam na mesma rua

dela, se tocando.

*****

Navarro observou Trina sair. Que diabos?


Ele franziu a testa. Ele viu a dor crua brilhar em seus olhos um segundo antes de

ela se afastar. Ela bateu em três pessoas ao sair pela porta, mas não pareceu notar. Ela

tinha acabado de fugir do bar como se o lugar estivesse pegando fogo.

— Ei. — Tammy esfregou seu peito. — Compre-me aquela cerveja.

Ele desviou sua atenção da porta pela qual Trina tinha acabado de desaparecer. Ela

foi até ele e queria conversar. Ele sabia que ela provavelmente queria tentar explicar por

que mentiu para ele sobre ser viúva. Ele não queria ouvir suas desculpas. Ele foi casado

com uma mulher que o fodeu com outros homens e sempre achou que esses homens

eram do pior tipo. Tocar conscientemente a esposa de outro homem... Trina fez dele um

daqueles canalhas quando ele, sem saber, a ajudou a cometer adultério.

— Esqueci algo na minha caminhonete. Eu volto já.

Navarro se soltou de Tammy e foi em direção à porta, atrás de Trina. Talvez

devessem conversar, já que ele tinha algumas coisas a dizer a ela. Ele pensou que ela era

boa demais para ser verdade e, droga, ela era. Isso o irritou. Ele saiu furioso do bar e

virou à esquerda para o estacionamento. Ele parou, procurando por seu SUV. Ele

franziu a testa quando não viu.

Seus punhos cerrados. Como diabos ela saiu tão rápido?

Atrás dele, a porta se abriu e ele se virou enquanto Tammy saía. Ela parou e sorriu,

sua mão indo para o quadril.

— Vamos sair daqui e ir para minha casa. Senti sua falta, Nav.
Capítulo Dez

Trina iria matar o cunhado. Quatro noites atrás, ela foi para casa depois da cena no

bar com Navarro e encontrou Paul lá. Ele havia invadido a casa. Ela deveria ter pegado

o telefone, ligado para a polícia e feito com que ele fosse preso por invasão e acabado

com isso. Em vez disso, ela deixou passar porque ele era irmão de Ted. Ela já estava

chateada o suficiente para não enfrentar um confronto com Paul. Sua desculpa

esfarrapada foi que ele teve que usar o banheiro e achou que ela não se importaria que

ele quebrasse uma janela para entrar. Ela se importava, sim.

Ela também aguentou a merda dele porque estava sofrendo. Mesmo uma

companhia de merda era melhor do que perambular pela casa vazia sentindo pena de si

mesma. Paul pelo menos a mantinha ocupada. Foi um esforço em tempo integral não

matar o cara. Cada vez que ele abria a boca era um desafio não lhe dizer para onde ir, e

ela duvidava que ele apreciasse uma sugestão de férias no inferno. Ela lembrou a si

mesma que era sexta-feira e ele partiria no sábado. Ela tinha menos de vinte e quatro

horas pela frente e dizia a si mesma que poderia sobreviver a isso.

Paul disse que estava preocupado com ela e queria passar alguns dias em Hailey

para ter certeza de que ela estava bem. Ele estava cheio de merda e ela sabia disso. Ele a

estava espionando, pura e simplesmente. Ela encontrou evidências disso porque


percebeu que coisas foram movidas em sua casa. Ele também tinha ido bisbilhotar o

quarto dela. Ela sabia disso, mas simplesmente não conseguia provar.

Trina teve que ignorar sua reclamação sobre a falta de paisagens interessantes

durante todos os dez minutos de carro até a cidade. Ela estacionou em frente à

lanchonete e saiu rapidamente. Ela lutou contra a vontade de agarrar o vestido, subir

das pernas até os joelhos e correr para longe dele. Por um centavo, ela correria para

salvar sua vida para fugir do homem chato. Ela precisava sair de casa, então eles

estavam jantando na cidade.

Ela entrou na lanchonete na frente de Paul, sem se importar se ele estava atrás dela

ou não. Lá dentro, ela imediatamente se dirigiu a uma mesa perto da janela e sentou-se

na beirada do assento da cabine enquanto colocava a bolsa perto da janela. Ela estava

com medo de que Paul tentasse sentar ao lado dela, mas a mudança funcionou. Paul

parou ao lado dela antes de se sentar do outro lado da mesa, obviamente infeliz

enquanto franzia a testa.

— Este é o melhor lugar para comer em Hailey? — Ele olhou ao redor da grande

sala com o lábio superior curvado em desgosto.

— Eles servem comida muito boa.

Ele bufou enquanto a garçonete se aproximava para entregar os cardápios. Trina

lançou um sorriso estressado para a mulher e pediu chá gelado de framboesa, enquanto

Paul pediu um refrigerante. Trina abriu o cardápio mesmo sabendo quase de cor. Ela
manteve sua atenção focada nisso para não ter que olhar para Paul, que a estava

irritando seriamente.

A garçonete voltou alguns minutos depois para anotar os pedidos e Trina percebeu

que mais pessoas estavam entrando no restaurante quando passaram por sua mesa. Ela

olhou para o relógio, notando que eram quase seis horas. A lanchonete servia comida

excelente e ela sabia que muitas pessoas comiam lá nos fins de semana. A garçonete,

Betty, anotou os pedidos e desapareceu.

— Devíamos discutir alguns assuntos. — Disse Paul suavemente.

Trina olhou para ele e tomou um gole de chá. — Sobre o que você quer falar?

Ele a estudou com uma carranca. — Não sei o que você vê nesta cidade ou por que

quer morar aqui.

— Acho a cidade maravilhosa, as pessoas são simpáticas e adoro a casa. Estou

gostando de morar em uma cidade pequena.

— É muito chato e não há nada para fazer aqui. Você tem que sentir falta de

Orange Country.

Ela suspirou. — Eu não.

Paul continuou a franzir a testa para ela. — Eu estive pensando, Trina. Ted não

gostaria que você se enterrasse como está neste necrotério. Você precisa de alguém que

lhe diga o que fazer, e Ted sabia disso sobre você. Você é uma daquelas mulheres fracas

que se debatem impotentes sem um homem forte para assumir o controle de você.
Trina ficou tão chocada que a deixou sem palavras enquanto olhava para Paul. Ele

não poderia simplesmente ter dito isso de verdade. De jeito nenhum, sua mente

raciocinou. Estou tendo alucinações porque ele me deixou louca esta semana. Tem que ser isso.

— Isso é o que vai acontecer. Estou cuidando da sua vida e você vai colocar aquela

casa à venda. Nós dois vamos voltar para a Califórnia juntos. Farei o maior sacrifício e

me casarei com você. Você transferirá todo o seu dinheiro para minha conta e eu

cuidarei de você como Ted fez. Faremos uma mesada para você viver e você poderá

ficar em casa como fez com Ted, para ser minha escrava doméstica. — Ele fez uma

pausa enquanto seu foco caía para os seios dela, sorrindo. — Espero que o sexo valha a

pena.

Ela percebeu que segurava o chá gelado com força quando a dor em sua mão se

tornou perceptível e ela sabia que estava prestes a quebrar o copo. Ela o soltou para não

se cortar. Ela abriu a boca e depois fechou. Ele realmente acabou de dizer tudo isso. Ela

deixou isso penetrar e então a raiva bateu.

— É por isso que você queria vir para a cidade comigo, não é? Você quer fazer isso

aqui? Realmente?

— Agora relaxe. Você está tomando remédios, Trina? Está na sua bolsa? Você

parece um pouco corado de excitação. Espero que você saiba o sacrifício que estou

fazendo, mas estou disposto a fazer isso. Tenho certeza que é o melhor para você. De

agora em diante, eu tomarei todas as decisões.


Ela pegou o chá e pegou-o novamente enquanto se levantava lentamente. Ela

colocou a mesa em seus quadris enquanto se endireitava o melhor que podia. Ela

ergueu o chá e ergueu-o sobre Paul e inclinou o copo. A satisfação a encheu enquanto se

preparava para despejar o conteúdo nele.

A expressão de Paul ficou horrorizada enquanto seu olhar chocado acompanhava

os movimentos dela. Ele mal fechou os olhos a tempo antes que o gelo e o chá

derramassem sobre sua cabeça, encharcando-o. Trina sentou-se, colocou o copo sobre a

mesa e observou o cunhado ofegar e balbuciar enquanto limpava freneticamente a

umidade do rosto.

— Você está louca? — Ele sibilou, olhando para ela e olhando freneticamente ao

redor enquanto pegava guardanapos para enxugar sua camisa molhada. — O que há de

errado com você?

A garçonete quase correu para a mesa deles. Betty parecia com os olhos

arregalados e chocada ao olhar para Paul, e então seu olhar se voltou para Trina. Trina

pegou sua bolsa e saiu do banco. Ela se levantou, forçando um sorriso para a garçonete.

— Faça meu jantar para viagem, por favor, e traga a conta.

A mulher olhou para Paul, depois assentiu e fugiu. Trina olhou para Paul. Ele

estava olhando para ela, parecendo pálido e atordoado.

Trina estava acabada, sabendo que já tinha aguentado merda mais do que

suficiente dele. Ela percebeu que o restaurante estava em silêncio e sabia que ela e Paul
estavam causando uma cena no segundo em que ela jogou o chá na cabeça dele, mas

estava furiosa demais para se importar.

— Ouça-me, e ouça-me bem. — Ela grunhiu. — Você é um idiota. Você nunca me

dirá o que fazer. O dia em que você controlar minha vida, bem, esse dia será quando o

inferno congelará. Eu não sou o tipo de esposa fraca, idiota. Não preciso de um homem

para me controlar ou me dizer o que fazer. Se você tentar fazer essa merda de novo, eu

vou te mostrar fraco quando eles tiverem que remover cirurgicamente meu sapato da

sua bunda. Quando você entrar pela porta da minha casa, depois de encontrar o

caminho de volta, você terá cinco minutos para arrumar suas coisas e dar o fora. Quero

que você entre em um avião. Tire sua careca miserável e mal-intencionada da minha

vida e nunca mais se aproxime de mim. Você me ouviu?

Sua boca estava aberta e ele ficou branco como papel. Ele não disse nada.

Trina olhou para ele. Ela se moveu, curvando-se enquanto agarrava a mesa,

lutando contra a vontade de bater nele. — Você me ouviu? — Ela gritou.

Paul empalideceu ainda mais ao assentir, mas não disse uma palavra. Ela viu o

rosto dele ficar vermelho, depois ficar pálido. Seus punhos se fecharam com força e ela

viu os nós dos dedos embranquecerem enquanto a raiva enchia seus olhos verdes. Ela

sentiu um pouco de satisfação com o que disse a ele, por ter se defendido.

— Sra. Mateus? — A garçonete apareceu atrás dela, falando hesitante. — Aqui está

sua comida. Embalei as duas refeições.


Trina se virou e abriu a bolsa. Suas mãos tremiam quando ela tirou três notas de

vinte e as entregou à garçonete. — Aqui. — Ela colocou o dinheiro na mão da mulher.

Os olhos de Betty se arregalaram. — São menos de vinte.

Trina pegou a sacola. — Sinto muito por causar uma cena. — Ela estava

envergonhada agora que tinha explodido. — Fique com o troco e me desculpe por ter

xingado em público. — Seu olhar percorreu a lanchonete e ela se encolheu ao ver

algumas crianças. — Sinto muito. — Ela disse mais alto, encontrando o olhar de alguns

pais. — Eu... me desculpe por ter perdido a paciência.

Quando ela se virou para caminhar até a porta, encontrou um par familiar e sexy

de olhos azuis escuros. Ela queria morrer ali mesmo. Ela tropeçou ao dar um passo em

falso, mas continuou. Seu olhar horrorizado deixou o de Navarro. Ele estava sentado

perto da porta da frente em uma mesa em forma de U com Tammy, Adam e Ryder.

Todos os quatro estavam olhando para ela, junto com todos os outros na lanchonete.

Ela baixou a cabeça, sentindo suas bochechas arderem de vergonha. Ela queria

correr, mas continuou andando para escapar da sala.

Trina empurrou a porta e piscou para conter as lágrimas ao sair da lanchonete,

movendo-se rapidamente em direção ao seu SUV.

Navarro, sua namorada, seu irmão e Adam acabaram de testemunhar o que

aconteceu com Paul. Inferno, ela seria o assunto da cidade amanhã. Era uma cidade

pequena e ela xingou um homem em um restaurante familiar.


Mais lágrimas queimaram a parte de trás de suas pálpebras. Agora todo mundo

pensaria que ela era a viúva maluca que morava na casa dos Vern, graças àquele idiota

do Paul. Ela realmente o odiava.

*****

Navarro riu. Ryder estava provocando Adam por causa de sua stripper. Ele olhou

para Tammy, vendo sua expressão irritada ainda no lugar. Ela se convidou para jantar

com eles quando viu os três estacionarem na lanchonete e fez beicinho pelo fato de que

ele a estava ignorando. Em sua defesa, ele só queria fazer uma refeição com Adam e

Ryder. Ryder estava saindo e eles vieram à cidade para deixá-lo pegar seu veículo e

fazer um ajuste antes de pegar a estrada.

Navarro viu movimento e olhou por cima da cabeça de Ryder enquanto uma

mulher com cabelo loiro preso em um coque apertado estava algumas mesas abaixo. A

sobrancelha dele se ergueu quando ela despejou uma bebida na cabeça de um homem

de meia-idade. O cara gaguejou e pareceu chocado quando a mulher se sentou

novamente. Betty, a garçonete, correu para a mesa.

— Merda. Uma mulher acabou de jogar uma bebida nele. — Navarro apontou a

cabeça na direção da cabine.


Ryder e Adam viraram a cabeça. O homem falou, mas eles não conseguiram ouvir

o que ele estava dizendo. Navarro riu, divertido com o incidente. A mulher sentada à

mesa moveu-se de repente e levantou-se. Betty correu para a cozinha um segundo

depois.

A loira virou-se de lado para encarar a mesa que acabara de desocupar e o choque

atingiu Navarro quando percebeu que era Trina. Ele conheceria esse perfil em qualquer

lugar.

Navarro ficou tenso, ouvindo Trina atacar o homem. A voz de Trina estava trêmula

e mesmo do outro lado da sala ele podia ouvir que ela estava realmente chateada. Ele a

viu inconscientemente apertar a bolsa contra o peito e então ela se inclinou para gritar

com o cara. Ele assistiu em estado de choque quando ela se virou para a garçonete. Ela

tremia ainda mais quando pegou a sacola de Betty e pagou. Trina olhou para os fundos

da lanchonete e ele a ouviu se desculpando, parecendo prestes a chorar.

Ele se moveu, aproximando-se da beirada do assento, querendo ir até ela.

Ryder o chutou com força por baixo da mesa. Navarro pulou quando seu olhar

voou para seu irmão. Ryder balançou a cabeça, lançando-lhe um olhar que dizia —

fique fora disso e fique parado. — Navarro se forçou a relaxar enquanto seu foco

voltava para Trina.

Ela se virou para sair e seu olhar encontrou o dele. Ela quase parou bruscamente,

empalidecendo; sua boca se abrindo. Ela pareceu sair rapidamente daquele momento
de choque. O olhar dela desviou-se do dele, percorreu a mesa e então se moveu mais

rápido em direção à porta. Ela olhou para ele mais uma vez e quase correu ao sair da

lanchonete.

O homem na mesa de Trina levantou-se. Seu rosto e sua careca estavam molhados.

Sua camisa tinha trilhas molhadas de onde a bebida escorria por suas roupas. Ele

parecia chateado como o inferno enquanto corria para a porta. As mãos do cara estavam

cerradas em punhos e ele parecia um pequeno troll furioso para Navarro, logo atrás de

Trina.

Navarro se moveu para sair da cabine, percebendo que o cara estava indo atrás de

Trina – e ele parecia irritado o suficiente para machucá-la. Navarro ficou chocado com o

fato de seu marido ser tão baixo, decidindo que o cara realmente parecia um troll.

Ryder se moveu mais rápido e ficou em primeiro lugar. — Eu tenho isto. Sente-se.

Ryder saiu do restaurante. Navarro hesitou e depois apenas virou a cabeça,

permanecendo sentado. Ele podia ver o SUV de Trina pela janela. Ele não percebeu

quando chegou porque estava estacionado do outro lado da lanchonete, enquanto Trina

estava estacionada na rua. Ela colocou a sacola de comida no banco de trás e abriu a

porta do motorista para entrar.

O troll agarrou-a e girou-a.


Navarro estava de pé quando viu o corpo de Trina bater com força contra seu SUV.

Suas costas bateram na porta traseira do passageiro com violência suficiente para fazer

o SUV balançar. Seu marido a segurava pelo braço.

*****

Trina gritou quando a mão enterrou dolorosamente seu braço sob o cotovelo. Ela se

virou com tanta força que caiu para trás e bateu no SUV. Paul parecia furioso enquanto

olhava para ela.

— Eu terminei com essa merda. Vou chamar um psiquiatra para você. — Ele

sibilou. — E você acabou de me dar a prova de que está maluca. Sempre soube que você

era louca e agora vou mandar te prender por me envergonhar daquele jeito. Você é uma

vadia psicopata.

— Deixe-a ir. — Uma voz profunda ordenou. — Não maltratamos as mulheres

nesta cidade.

Paul se virou e olhou para Ryder. — Você. — Ele soltou Trina. — Você fique fora

disso. Ela não vai te emprestar mais dinheiro.

O olhar de Trina voou para Ryder. Ele conhecia Paul? Paul nunca disse uma

palavra sobre Ryder.


Ryder não olhou para ela. Ela ficou chocada por ele ter vindo em seu socorro, mas

ficou mais surpresa que os dois homens tivessem se conhecido. Ela esfregou o braço

onde doía por causa do aperto de Paul. Ela virou a cabeça para ver as pessoas

caminhando em direção a eles e temeu que esta fosse uma cena violenta.

— Estou indo para casa. — Ela disse com a voz trêmula. — Obrigada, Sr. Raine. —

Ela olhou para Paul. — Vou arrumar suas coisas e colocá-las lá fora com seu carro. Nem

se preocupe em bater na porta. Se você tentar entrar na casa, vou prendê-lo.

Ela se virou para entrar em seu SUV novamente. Ela se desequilibrou quando

alguém agarrou a parte de trás de seu vestido. O som do material rasgando foi alto

quando ela foi violentamente arrancada da porta e bateu novamente contra a porta

traseira do SUV. Paul estava na cara dela antes que ela percebesse o que ele tinha feito.

— Você não vai me deixar preso aqui.

— Tire as mãos dela. — Uma voz rosnou. Era masculino, profundo, furioso e

pertencia a Navarro Raine.

Paul puxou a mão de Trina e girou. Ele olhou para Navarro, depois olhou para

Ryder e depois de volta para Navarro. — Fique fora disso. Este é um assunto de família.

— Eu não dou a mínima.— Navarro chegou tão perto de Paul que teve que recuar

ou esbarrar no homem muito maior. — Se você tocar sua esposa desse jeito de novo,

vou quebrar a porra da sua mão. — Navarro parecia furioso ao fazer a ameaça.
Trina ofegou. — Esposa? — Ela olhou para Navarro em estado de choque. — Eu

não sou a esposa desse idiota. — Confusa, ela disse: — Eu disse que meu marido

morreu. Este é Paul, seu irmão.

Olhos azuis chocados voaram para os dela. Ela viu a boca de Navarro aberta, mas

então a fechou com força. Ele franziu a testa enquanto a raiva transformava suas feições

em uma máscara dura. Ele olhou por cima do ombro para encarar seu irmão,

direcionando aquela fúria na direção de Ryder.

Ryder parecia pálido. — Irmão? — Ele olhou para Trina.

Trina franziu a testa para Ryder. — Sim. Este é meu cunhado, Paul Mattews. Ele

veio para uma visita surpresa na segunda-feira. — Ela olhou para Navarro, mas ele

ainda estava olhando para Ryder. Ela não sabia o que estava acontecendo. Ela

encontrou o olhar confuso de Ryder. — Por que você pensaria que eu era casada com

ele? Todo mundo sabe que meu marido morreu no ano passado.

Ryder recusou-se a olhar para Navarro. — Eu o vi em sua casa e havia uma foto de

vocês dois na lareira. — Ele apontou o polegar na direção de Paul. — Era uma foto sua

se beijando e se abraçando.

— Essa era uma foto minha e de Ted. As pessoas os confundiam com gêmeos. —

Ela lançou um olhar furioso para Paul. — Mas eles não são nada parecidos por dentro.

Ted era um homem maravilhoso, mas Paul é um idiota, e é melhor que ele nunca mais

me toque.
— Vou prender você, sua vadia instável. — Sibilou Paul. — Apenas espere até eu

terminar com você.

— Você quer saber por que Ted me deixou tudo? Ele não gostava de você. — Ela

disse suavemente. — Você tratava todo mundo como merda e repreendia Ted o tempo

todo. Ele te amava, mas não podia estar perto de você. Acabou, Paul. Tentei te aturar

por Ted, porque você é irmão dele, mas nunca mais me ligue. Você nunca vai receber

outro centavo de mim. Fui esposa de Ted por dezesseis anos, então ele iria querer que

eu me cuidasse financeiramente. Não acredito que você realmente me informou que eu

ia me casar com você, pensando que estava me fazendo um grande favor, quando

sabemos que você só quer o dinheiro. Ted rolaria no túmulo se soubesse o que você está

fazendo.

Trina voltou sua atenção para Navarro e olhou em seus lindos olhos. Ele deu um

passo em direção a ela, mas então Tammy estava lá, colocando-se entre eles.

— Querido, nosso jantar chegou. Venha comê-lo antes que esfrie. — Tammy sorriu

para ele.

Trina moveu-se rapidamente e subiu em seu SUV, fechando a porta antes que Paul

pudesse tentar impedi-la novamente. Suas mãos tremiam um pouco quando ela colocou

a chave na ignição e ligou.

A porta do motorista se abriu e ela se virou para enfrentar Paul novamente, mas

era Navarro quem estava ali. Ele se amontoou entre a porta aberta e a estrutura do SUV.
— Adam vai dar carona ao seu cunhado até sua casa para recolher as coisas dele e

garantir que ele vá embora sem lhe causar problemas. — Ele olhou para ela. — Achei

que você fosse casada. Eu acreditei que tinha mentido para mim porque Ryder disse

que conheceu seu marido.

Trina desligou o motor. — Como você pôde pensar isso?

— Droga, Trina, me desculpe. Fiquei tão chateado com você. Eu... — Ele suspirou e

desviou o olhar por um segundo, mas então seu olhar voltou para ela. — Eu te contei

sobre minha ex-mulher e como ela me fodeu, pegando dezenas de caras, e fui o último a

saber disso. É difícil para mim confiar, e quando Ryder disse que você mentiu para

mim... — Ele balançou a cabeça. — Desculpe. Eu simplesmente aceitei. Eu não queria

acreditar, mas, caramba, com meu histórico de confiar nas mulheres que eu não deveria

ter confiado, você consegue ver onde eu estraguei tudo?

— Eu nunca menti para você, Navarro.

— Eu percebo isso agora. Droga, querida. Desculpe.

Ela se encolheu com o carinho. — Eu tenho que ir. Não quero que Paul entre na

minha casa. Preciso chegar lá e arrumar as coisas dele no quarto de hóspedes para que

esteja tudo lá fora quando ele chegar.

Ele deu um passo para trás. — Posso ir lá hoje à noite? Para conversar.
Trina ficou tão tentada a dizer sim, mas sabia que seria patético se concordasse. Ela

balançou a cabeça. — Ryder me contou a verdade e sinto muito por ter colocado você

nessa posição, mas agora não temos nada para conversar.

Seus olhos azuis se arregalaram. — O que você está falando?

Ela desviou o olhar através do para-brisa dianteiro, sua atenção voltada para

Adam, Ryder e Paul, onde eles agora estavam na porta da frente da lanchonete. Paul

parecia irritado enquanto Adam falava com ele.

— Trina? O que Ryder disse?

Ela balançou a cabeça. — Não importa.

Seu foco mudou para a janela do restaurante ao lado, enquanto ela observava

Tammy Brent sentada à mesa, onde esperava por Navarro, e a dor queimou Trina.

Tammy Brent era jovem e alta - exatamente o que Ryder disse ser o tipo de Navarro.

Navarro não gostava de loiras baixas e mais velhas, e essa era Trina.

— Como diabos, isso não importa, Trina. Olhe para mim, droga. O que diabos

Ryder disse para você? — Navarro estava obviamente chateado.

— Ele simplesmente me esclareceu. Por favor, saia do caminho para que eu possa

fechar a porta. Eu tenho que ir para casa. Tenha uma boa vida, Navarro. Obrigada por...

tudo. — Ela ligou o motor.

— Trina...
Ela olhou para ele, olhando em seus lindos olhos. Ela poderia ficar olhando para

eles o dia todo e doía admitir isso. — Sua namorada está esperando. Você não me deve

nada. Eu sei que você pode sentir que sim, agora que não está mais chateado comigo,

pensando que sou como Debbie, mas seu sofrimento acabou.

Ele tropeçou um passo para trás e pareceu confuso. — Meu sofrimento? O que

diabos...

Trina bateu a porta, fechou a fechadura e engatou a marcha à ré. Ela ouviu Navarro

gritar seu nome enquanto voltava para a rua mas não se preocupou em olhar para ele

enquanto se afastava da lanchonete. Ela deixou as lágrimas caírem, mas quando chegou

em casa, colocou a dor em espera. Ela estacionou o SUV e quase correu para dentro de

casa para arrumar as coisas de Paul.

*****

Navarro observou Trina se afastar e jurou que viu lágrimas escorrendo por seu

rosto.

Seu sofrimento? O que diabos isso significava? A namorada dele?

Merda. Ele queria bater em alguma coisa. Ele virou a cabeça e viu o que mais

queria acertar – então avançou em direção ao irmão. Ryder nunca o viu chegando até
que agarrou seu irmãozinho e o empurrou contra a lateral da lanchonete. Ele agarrou

Ryder pelos braços enquanto virava a cabeça para encarar Adam.

— Leve o idiota lá para passear. Eu quero privacidade.

Adam assentiu e apontou para Paul. — Vamos tomar uma bebida lá dentro por

alguns minutos e depois eu te dou aquela carona.

Navarro esperou até que estivessem sozinhos do lado de fora e então olhou para

Ryder. — O que diabos você disse a Trina sobre mim?

Ryder franziu a testa. — Quer me deixar ir?

— Não. Trina disse que você conversou com ela e a esclareceu sobre mim. Ela

mencionou algo sobre “meu sofrimento”. Que porra você disse a ela?

Suspirando, Ryder estudou seu irmão. — Eu contei a verdade para ela, cara. Ela

não é o seu tipo e nunca será o seu tipo. A única razão pela qual você estava fazendo

isso era para salvar o rancho. Você sempre cuida de sua família e fará de tudo para

garantir que tenhamos um lar. Eu disse a ela que daria o que restava do contrato, mas

ela surtou e se trancou no banheiro.

Navarro ficou tenso. — Que banheiro? Você disse que ela não estava lá no dia em

que foi à casa dela. Você disse que o marido dela estava.

Ryder corou, parecendo perceber que estava em apuros. — Merda.

— O que você fez? — A fúria atingiu Navarro com tanta força que ele tremeu.
Ryder olhou nos olhos de seu irmão. — Fui lá na noite em que encontrei o contrato.

Invadi a casa dela e estava esperando no quarto quando ela chegou tarde. Eu disse que

faria isso e ela me disse para sair. Expliquei que era melhor que você na cama e pensei

em mostrar a ela. Em vez disso, ela surtou, então eu fui embora. Conheci o idiota lá no

dia seguinte, quando voltei para falar com ela depois que ela se acalmasse.

— Estou me esforçando muito para não arrancar seus dentes. — Navarro lutou

contra o impulso. — Você disse que eu não a queria? É isso? Você fez parecer que era

difícil para mim tocá-la? Foi isso que ela quis dizer sobre o meu sofrimento?

Ryder hesitou e essa era toda a resposta de que precisava. A raiva pura derramou-

se através de Navarro. Ele soltou seu irmão e se afastou antes que ele realmente batesse

nele. Ele andou uns bons dois metros de distância e se virou para olhar para Ryder, com

as mãos cerradas ao lado do corpo.

— Eu estava tentando proteger você. — Ryder disse suavemente. — Ela ia te

machucar.

— Ela ia me machucar? — Navarro gritou. — Ela? Você me machucou. Você,

homem! Fiquei feliz com Trina, mas veja tudo agora. Eu disse para você ficar bem longe

dela e deixar isso em paz, mas você não o fez. Você estragou tudo. Você me disse que

ela era casada e mentiu para mim. — Ele baixou a voz. — Eu estava feliz — e agora ela

nem fala comigo. Eu a perdi.

Ryder suspirou. — Eu não estraguei tudo, Nav. Você tem Tammy de volta.
Navarro fechou os olhos enquanto seus ombros caíam. — Entre no seu carro e volte

para a sua banda antes que eu dê uma surra em você, Ryder. — Ele respirou fundo. —

Corra antes que eu mate sua bunda.


Capítulo Onze

Trina olhou para o relógio e franziu a testa porque eram nove e meia da noite,

muito depois da hora de alguém ir à sua porta.

A campainha tocou novamente e, segundos depois, alguém bateu nela

repetidamente.

Ela amarrou o roupão com mais força em volta do corpo enquanto descia as

escadas, acendendo as luzes enquanto caminhava. Se for Paul, vou pegar um guarda-chuva

do suporte e bater nele. Ela caminhou até a porta da frente e acendeu a luz da varanda.

— Quem é?

— É Navarro. Por favor, abra a porta, Trina.

Surpresa, ela hesitou, tentando pensar, mas sua mente estava vazia de qualquer

motivo para ele estar ali que não piorasse a situação. — Vá embora.

— Droga, abra a porta para que possamos conversar.

— Não temos nada a dizer um ao outro.

— Por favor, Trina? Eu não vou embora. Não me faça ficar aqui a noite toda,

porque parece que vai chover e não irei embora até que você fale comigo. Juro por

Deus, vou dormir na sua varanda.


Ela olhou para a porta e se viu tentando alcançar as fechaduras, sabendo que era

uma péssima ideia. Ela destrancou a porta e abriu alguns centímetros para olhar para

Navarro. Ele obviamente havia trocado de roupa desde quando ela o viu algumas horas

antes no restaurante, porque agora vestia um suéter preto com jeans. Ela não tinha

certeza por que ele estava ali, mas enquanto olhava para ele, ela realmente desejou que

ele não estivesse. Seu cabelo estava solto e ele parecia irritado quando ela encontrou

seus olhos.

— Posso entrar?

— Não. — Ela balançou a cabeça. — Sobre o que você queria conversar? Você não

deveria estar dormindo? Está tarde. Eu estava na cama.

— Fui para a cama às oito e fiquei ali porque não consigo dormir. Por favor, deixe-

me entrar. Precisamos realmente conversar e não quero fazer isso na varanda.

Ela deu um passo para trás e abriu a porta, afastando-se alguns metros enquanto

Navarro a abria lentamente. Ele entrou na casa e olhou ao redor da sala enquanto

fechava a porta atrás de si. Ele examinou a sala com uma varredura rápida e então seu

olhar travou com o dela.

— Eu nem sei por onde começar.

Ela se abraçou pela cintura. — Não há mais nada a dizer. Deveríamos

simplesmente continuar com nossas vidas como se nada tivesse acontecido. Acho que

essa é a melhor maneira de lidar com isso.


Ele franziu a testa. — Besteira. Há muito a dizer. Ryder deixou a cidade porque eu

iria matá-lo e ele sabia muito bem disso. Ele nos fodeu. Estou arrasado agora.

Ela estava tentando entender suas palavras, mas simplesmente não conseguia

entender nada. — O que isso significa?

Sua mão levantou, mas caiu antes que ele a tocasse. — Ryder disse que você era

casada e que conheceu seu marido. Ele viu uma foto sua... — Seu olhar deixou o dela

enquanto ele se dirigia à lareira.

Trina se virou para observar Navarro tirar a foto dela e de Ted da lareira. Ele o

ergueu, estudando-o, e amaldiçoou baixinho. Ele se virou, mostrando-lhe a foto. — Este

é Ted?

— Sim. Isso foi há alguns anos.

— Ted e seu irmão idiota com certeza são muito parecidos. Ryder percebeu isso e

viu seu cunhado pensando que você tinha mentido para mim sobre ser viúva. Ele me

disse que você mentiu só para ter um caso com seu marido rico, que acabara de chegar à

cidade, e então me entregou a declaração que você escreveu que encerrava nosso

contrato como prova. Ele conheceu seu cunhado, que o criticou por ter concedido um

empréstimo ao rancho e ameaçou prender Ryder.

Navarro devolveu a foto. Ele a encarou na parede para que a foto dela e de Ted não

aparecesse mais. — Eu acreditei no pior e sinto muito, Trina. Fiquei tão chateado que fui
direto para a cidade para fazer uma merda. Eu estava me sentindo dez vezes mais

idiota por ter sido enganado por outra mulher em quem confiava.

Então ela percebeu. — É por isso que você estava tão bravo comigo no bar

Ele assentiu. — Sim. Raiva não cobre isso. Você sabe o que minha ex-mulher fez

comigo. Eu fui o último a saber que ela trepou com metade dos caras da cidade antes de

eu ser informado. Eu estava trabalhando duro tentando me recuperar do ferimento

causado pelo touro e tentando colocar o rancho de volta em ordem depois que meu pai

me deixou. Eu estava arrasando e minha esposa estava transando com qualquer cara

que dissesse sim para ela. Ele fez uma pausa. — Eu tenho problemas de confiança. Acho

que caras que trepam com mulheres casadas são uma escória e eu fiquei com muita

raiva, pensando que você tinha me usado daquele jeito e me feito o tipo de homem que

eu mais odeio.

— Eu nunca menti para você, Navarro. Ted morreu no ano passado. Paul e Ted são

muito parecidos. Eu gostaria que você tivesse pegado o telefone e me ligado para me

pedir uma explicação.

— Eu deveria ter feito isso.

Eles se entreolharam até que ela desviou o olhar primeiro. — Bem, obrigada por

explicar por que você estava tão bravo. Achei que você estava chateado por eu ter

forçado você a dormir comigo.

— O que? — Ele quase rosnou.


— Ryder veio aqui e me disse que não sou o seu tipo, que nunca serei o seu tipo e

que você faria qualquer coisa pela sua família para manter o rancho. Ele me contou

como você se sentia e sinto muito por ter colocado você nessa posição. Foi o que tentei

te dizer no bar. Eu ia te dizer o quanto eu estava arrependida. — Ela desviou o olhar e

então seu olhar se ergueu para encontrar o dele novamente. — Se você se lembra, eu me

ofereci para lhe emprestar o dinheiro sem compromisso.

Ele deu um passo em direção a ela. — Exatamente o que diabos Ryder disse?

Trina encolheu os ombros, desviando o olhar dele. — Não me lembro palavra por

palavra. Ele apenas deixou claro como você realmente não me queria e como se sentiu

forçado a isso. — Ela se recusou a olhar para ele agora e colocou distância entre eles

enquanto se movia até o sofá para se sentar, esfregando os dedos no apoio de braço.

— Olhe para mim.

Ela hesitou por longos segundos antes de levantar o queixo. Seus olhares se

encontraram. Navarro parecia lívido. — Ryder está cheio de merda e ele queria te foder.

Quando ele estava te contando essa merda, meu irmão idiota não deu em cima de você?

Ela assentiu. — Ele estava me esperando no meu quarto no domingo à noite,

quando cheguei do aeroporto. Ele me assustou pra caralho. Ele invadiu e eu estava

seminua quando percebi que ele estava lá. Ele disse que assumiria o contrato e que me

queria e que até tinha um amigo para quem poderia ligar para se juntar a nós se eu
quisesse um ménage à trois. Ele me assustou porque não queria ir embora, não

importando quantas vezes eu pedi, então me tranquei no banheiro.

— Vou chutar a bunda dele. — Jurou Navarro, com as mãos cerradas ao lado do

corpo enquanto olhava para Trina. — Como você pôde pensar que eu não queria você?

Você estava na cama comigo. Você me teve dentro de você e sabe muito bem o que

acontece entre nós quando nos tocamos.

— Como você pôde pensar que eu era casadao e que tudo era mentira?

Ele deu um passo em direção a ela e então parou. — Sinto sua falta. Estava feliz

com você e esperava que viesse todas as noites. Ryder meteu o nariz nos nossos

negócios e estragou tudo. Lamento muito ter acreditado no pior de você, mas, droga,

estou queimado. Não é uma desculpa real, mas é tudo que tenho. Seja lá o que diabos

ele disse para você, ele falou merda. Ele estava preocupado que eu me machucasse por

causa do passado e sabia que você estava sob minha pele. Ele não te conhecia e

presumiu que você fosse uma vagabunda sem coração que paga homens para te foder

regularmente. Eu disse que ele estava errado, mas então ele teve que começar sua

merda porque ele mesmo queria foder você.

Ela olhou para Navarro, tentando absorver tudo. Ele falava rápido e divagava, mas

ela havia escolhido algumas palavras-chave ali. — Sob sua pele? O que isso significa?

— Ele sabia que eu estava...— Ele fez uma pausa, seu olhar azul olhando para

longe e depois para trás, fixando-se no dela. — Você me fez mais feliz do que nunca. Ele
estava com medo de que eu me apegasse demais a você e, no final dos dois meses,

ficasse com o coração partido.

Seu coração quase saiu do peito ao pensar que Navarro se importava o suficiente

com ela para que ela pudesse partir seu coração. Sua garganta ficou seca.

— Eu disse a ele para parar de se preocupar com essa merda. Ele não te conhecia e

presumiu que você simplesmente se afastaria de mim porque alguém como você nunca

poderia ter sentimentos por alguém como eu. — Ele deu outro passo mais perto. — Ele

não entendia que havia algo especial entre nós. Fui o único a sentir isso? Eu quis ver

aonde isso levava e ainda quero ver aonde isso leva. — Seus olhos procuraram os dela.

— Estou com saudades e quero você de volta na minha vida. Quero passar meus dias

pensando nas merdas que quero fazer com você à noite, e quero olhar nos seus olhos

quando você gozar enquanto eu te toco. — Ele deu outro passo, quase tocando-a

enquanto olhava para ela. — Eu quero você na minha cama à noite, para que eu possa te

abraçar. Durmo melhor quando você está contra mim.

Ela evitou tocá-lo quando se levantou para colocar distância entre eles e depois

virou as costas. Ela deixou a cabeça cair e fechou os olhos. Ela não podia fazer isso, não

podia deixá-lo convencê-la a voltar ao que tinham. Doeu muito perdê-lo e doeu muito

perdê-lo.

Suas grandes mãos envolveram seus quadris suavemente. — Trina? O que está

errado?
Ela balançou a cabeça. — Eu não posso fazer isso. Simplesmente não posso,

Navarro.

Suas mãos ficaram tensas. — Foi apenas sexo para você? Você está me dizendo que

quando nos tocamos, você não sente uma conexão mais profunda? Diga-me a verdade.

Ela se afastou dele, instantaneamente sentindo falta do calor de suas mãos

encharcando seu roupão fino até os quadris. Ela se virou quando colocou meio espaço

entre eles e encontrou o olhar dele.

— Você quer a verdade?

Ele parecia sombrio. — Eu faço. Eu realmente quero a verdade. Sem besteira.

Lembra da nossa regra? Sem mentiras.

— Isso não era uma regra. A única regra que criamos foi não usar roupas no

quarto.

Ele sorriu lentamente. — OK. Essa era uma boa regra. Quer ir para minha casa,

para meu quarto, terminar essa conversa?

Ele sempre conseguia fazê-la sorrir, e ela odiava isso. — Era mais do que sexo para

mim, e eu estava ficando muito apegada a você. Percebi isso muito rápido e continuei

me lembrando de que era apenas sexo para você, para que eu pudesse tentar me

proteger de me machucar quando você simplesmente fosse embora quando nosso

contrato terminasse.

— Mas não é apenas sexo para mim.— Ele deu um passo em direção a ela.
Ela levantou a mão, com a palma aberta. — Pare. Eu coloquei distância entre nós

por um motivo.

Ele franziu a testa e deu um passo para trás. — Qual é a razão pela qual tenho que

estar tão longe?

— Não consigo pensar quando você está perto de mim e preciso. Eu me machuquei

independentemente de eu tentar me proteger. Doeu quando Ryder apareceu aqui e me

disse que estava assumindo o trabalho de me foder, e que a única razão pela qual você

me tocou foi porque precisava salvar seu rancho. Eu não esperava que você se

apaixonasse nem nada, mas acreditei que realmente me queria quando me tocou. Eu

senti como se tudo o que fizemos juntos não passasse de uma atuação de repente, e isso

tornou tudo feio e sujo.

A raiva apertou o rosto de Navarro. — Não foi, e caramba, você sabe o quanto eu te

quero toda vez que toco em você. Eu não estava atuando. Você realmente não pode

acreditar nessa merda agora, não é?

— Eu não queria. Eu queria falar com você no bar, mas você foi muito frio. Você me

humilhou com aquele comentário que fez. Eu sei que ninguém além de mim entendeu,

mas doeu muito. Então sua ex-namorada apareceu e... — Ela fez uma pausa. — Isso

doeu ainda mais. Eu não tenho o direito, mas Deus, fiquei em pedaços vendo vocês

juntos. Eu estava com ciúmes e ela estava tocando você e... isso simplesmente me

destruiu. Ainda faz.


Navarro olhou para o chão. Trina olhou para ele. Seu rosto estava um pouco pálido

e ele mordia o lábio inferior. Seu olhar subiu e ela viu a culpa irradiando de seus olhos.

Era uma expressão tão clara que ela podia lê-la facilmente. Por dentro, a dor apunhalou

seu coração. Ela fechou os olhos enquanto as lágrimas queimavam atrás de suas

pálpebras.

— Presumo que você voltou com ela? — Sua voz era tão suave que ela questionou

se ele a ouviu.

— Não. — Sua voz era firme.

Trina estudou suas feições enquanto abria os olhos, tentando avaliar

cuidadosamente a expressão de seu olhar firme para ver se ela conseguia ler a

honestidade ou não. Ele não desviou o olhar dela.

— Não estamos juntos novamente. Sim, ela estava comigo na cidade hoje, mas não

foi porque ela foi convidada ou porque eu queria comer uma refeição com ela. Ela

simplesmente nos viu e sentou-se à nossa mesa.

Ela queria acreditar nele desesperadamente. — Mas você dormiu com ela

recentemente, certo? — Foi necessária toda a sua coragem para fazer a pergunta,

sabendo que a resposta dele poderia despedaçá-la de centenas de maneiras diferentes.

Navarro olhou para ela. — Ela me beijou, mas foi isso. Pensei em dormir com ela

para me vingar de você, para ser sincero, mas eu só queria você, por mais bravo e
magoado que eu estivesse, pensasse que você tinha mentido para mim. Eu não

aguentava o toque dela, então fui para casa sozinho.

O desespero tomou conta dela enquanto ela esperava que ele estivesse dizendo a

verdade, e então ela se sentiu enojada consigo mesma por estar ansiosa para acreditar

nele. Ela respirou fundo, tentando controlar suas emoções. Ela havia se machucado, não

queria que aquilo se repetisse e ainda estava se recuperando da dor que sofrera.

— Não importa. — Ela mentiu. — Provavelmente foi melhor que isso acontecesse

porque foi uma má ideia desde o início. Não sei o que estava pensando ao te propor

dessa forma. Foi uma loucura e agora acabou.

— Não. — Navarro retrucou. Ele balançou a cabeça, dando um passo em direção a

ela. — Eu não vou deixar você ir, querida. Isso simplesmente não vai acontecer. Não

posso me afastar de você ou sei que passarei o resto da minha vida me arrependendo.

Vamos resolver isso, é simples assim, e não aceitarei um não como resposta. Você

precisa nos dar outra chance.

A confusão, a dor e a frustração a atingiram por todos os lados. — O que eu digo

sobre isso? O que você espera de mim?

Ele encolheu os ombros. — Não sei. Só estou tentando ser honesto. Eu quero você,

droga, e quero do jeito que foi. Preciso que você venha à minha casa às oito da noite,

depois de passar o dia todo pensando em merdas fantásticas que quero fazer com você.

Quero que entre no meu quarto, tire a roupa quando eu mandar, e quero você feliz
porque você me faz feliz. Como faço para te ter de volta, Trina? Como faço isso? Ficar

de joelhos para implorar vai funcionar? Você poderia me levar a fazer isso. Se eu tivesse

uma máquina do tempo, nos levaria de volta ao sábado de manhã, quando você me deu

um beijo de despedida e quando pensei que naquele domingo à noite você estaria de

volta na minha cama. Eu era feliz então.

Ela olhou para ele, surpresa. — Você só quer fingir que nada disso aconteceu e

voltar a ser como era antes de eu partir?

— Desesperadamente. — Ele assentiu. — Eu daria tudo para estar naquele lugar

que estávamos.

Ela olhou para ele, vendo total sinceridade ali. Ela também viu dor em suas feições.

— Você vai me responder algumas coisas?

— Qualquer coisa.

— Você confiará em mim e não presumiria instantaneamente que estou mentindo

porque sua ex-mulher era do jeito que era, ou terei que lidar com isso repetidamente se

tentarmos novamente? Se você ouvir alguma coisa, jura me perguntar antes de aceitar?

Ele se encolheu. — Aprendi uma lição importante e vou confiar em você. É que

você era boa demais para ser verdade. Eu estava procurando o tijolo para me acertar na

cabeça, então quando Ryder me entregou, acreditei que o golpe era real. Você é

simplesmente... caramba, como eu disse, boa demais para ser verdade.


— O que você quer dizer com sou boa demais para ser verdade? — Ela olhou para

ele com espanto. — Eu não sou.

Ele caminhou até o sofá e sentou-se com força. — Você amava seu marido. — Ele

apontou a cabeça em direção à lareira. — O cara está morto e você ainda tem a foto dele.

Ninguém nunca me amou desse jeito. Ele estava atirando em branco e você não se

importava. Digo às mulheres que sou estéril e elas fogem. Eu te contei a verdade e você

foi a única mulher que tentou me confortar. Você não me olhou com pena, horror, nem

me tratou como se eu fosse meio homem. Muitas mulheres reagiram dessa maneira. —

Ele fez uma pausa. — Algumas até brincaram sobre isso, e foi totalmente cruel. Tente se

imaginar ali, escondendo suas emoções, enquanto uma mulher zomba de algo que o

levou ao inferno e voltou. Eu estive lá, querida.

Isso deixou Trina com raiva por ele. Que mulher foi estúpida o suficiente para

dispensar um cara como Navarro por um motivo como o ferimento? Que tipo de pessoa

cruel zombaria de um homem por isso?

Ele fez uma pausa, observando-a, sem desviar o olhar. — Você quer saber por que

eu saio com mulheres mais jovens? Elas não estão prontos para ter filhos. A maioria

delas não quer filhos aos vinte e poucos anos, então minha condição é um bônus para

elas se a camisinha estourar. Quando chegam ao ponto em que querem filhos, elas me

dispensam. Isso já aconteceu mais do que algumas vezes. Namorei algumas mulheres

mais velhas que já tinham filhos, mas elas só queriam uma figura paterna e alguém para
pagar as contas, sem se importar comigo pessoalmente. Por mais que eu quisesse ser

pai, não queria ser pai me casando com uma mulher que nunca me amaria.

Trina ficou chocada com suas palavras. Ela abriu a boca, mas Navarro a

interrompeu antes que ela pudesse falar.

— Você cozinhou e fez o café da manhã para mim. Ninguém nunca fez uma merda

dessas por mim. Eu era casado e ela nunca fez nada além de tentar foder meus irmãos e

brincar com meus amigos. Ela tornou minha vida um inferno quando percebeu que eu

não estava bem de vida. Ela me punia diariamente de uma dúzia de maneiras. Você...—

Ele suspirou.

— Eu o quê? — O coração de Trina estava partido por ele e ela lutou contra a

vontade de abraçá-lo. Ela realmente queria abraçá-lo, para proporcionar algum

conforto. Ela não suportava ver a tristeza em seus lindos olhos. — O que eu fiz?

— Você me fez feliz... e me fez sentir como ninguém nunca fez antes. Você sempre

fala sobre sua vida com ele. — Ele olhou para a moldura da lareira e depois para Trina.

— Eu quero chutar a bunda do cara porque se eu tivesse o que você deu a ele, eu teria te

adorado de volta. Eu quero isso, Trina. É por isso que acho que você é boa demais para

ser verdade. Você me aterroriza porque me dá esperança de que poderemos ser felizes

juntos. A esperança é grande, mas a ideia de eu me apaixonar por você e então você se

afastar de mim, bem... isso me assusta pra caralho. Não acho que conseguiria sobreviver

te perdendo se realmente tivesse você. Você me faz sentir que me quer como o homem
que sou, e sei que não vai me deixar só porque não consigo te engravidar. Você me faz

sentir muito, mas principalmente você me completa quando estamos juntos.

Trina se moveu então, incapaz de se conter, e caminhou direto até Navarro, onde

ele estava sentado e ela colocou as mãos em seus ombros. Ela o empurrou para trás e

sentou-se em seu colo no sofá. Seus braços instantaneamente envolveram sua cintura

enquanto ela o abraçava em volta do pescoço e pressionava seu corpo firmemente

contra o dele. Seus braços se apertaram de modo que ambos se apertavam enquanto ele

a dobrava com mais força em seus braços. Ela se afastou para olhar seu lindo rosto.

— Não estou pronto para fazer sexo com você... mas quero te abraçar e quero que

você me abrace.

Ele assentiu. — Ter você de volta em meus braços parece certo. Isso não parece

certo?

Ela assentiu. — Você também me assusta.

Trina respirou fundo, lambendo os lábios secos. Ela sabia que seria totalmente

insano fazer o que ela estava pensando. Ele a machucou, pensou que ela era uma

mentirosa, mas ela tinha que admitir que ele tinha motivos para ter problemas de

confiança. Ela queria que tudo voltasse do jeito que era também. A máquina do tempo

que ele mencionou parecia boa…


Ela olhou nos olhos dele e percebeu que eram duas pessoas que queriam

desesperadamente a mesma coisa, independentemente do nível de dor que qualquer

um deles tivesse sofrido.

Ela tomou uma decisão, porque para ela ele valia esse tipo de risco. — Estarei na

sua casa às oito horas no domingo. Se vai funcionar, esta semana está apagada e

concordamos em nunca mais falar sobre isso porque nunca aconteceu.

O alívio tomou conta das feições de Navarro quando ele assentiu. — Graças a

Deus. Posso levar você para a cama? Apenas venha para casa comigo.

Ela balançou a cabeça. — Eu preciso de alguns dias. Estarei na sua casa no

domingo. Estarei pronta continuar de volta para onde estávamos.

— Obrigado. — Um sorriso iluminou seu rosto enquanto ele sorria ternamente

para ela. — Estamos nisso juntos então. Você e eu, querida.

— Sim. Se você me machucar de novo...

Seus olhos endureceram. — Eu não vou.

— Se você fizer isso, vou assar brownies com laxantes para você. — Ela enterrou o

rosto em seu pescoço, agarrando-se a ele.

Navarro riu. Seu grande corpo sacudiu os dois, já que eles estavam firmemente

enrolados um no outro. — Eu comerei cada um se fizer algo tão estúpido quanto não

confiar em você novamente. Juro.


Ela inalou seu cheiro, apenas permitindo-se desfrutar dele segurando-a. Ela sentiu

tanta falta dele que a machucou fisicamente, deixando uma dor em seu coração. Ela

nunca pensou que estaria em seus braços novamente, nunca se permitiu acreditar que

ele pudesse sentir mais por ela do que desejo sexual, mas ele admitiu que queria mais

com ela do que qualquer um deles esperava.

— Vamos tentar de novo. — Ele disse suavemente. — Aqui está o novo acordo.

Nós dois seremos totalmente honestos um com o outro, não importa o quão assustado

qualquer um de nós esteja. Que tal isso?

Ela assentiu contra seu pescoço. — OK. Esta é sua última chance, Navarro. Se você

me machucar de novo, nada me trará de volta. Estou sendo totalmente clara sobre isso?

— Eu juro que não vou errar nunca mais. Estou rasgando aquele extrato do

empréstimo que diz que estamos empatados. Ainda lhe devo sete semanas e isso não

está em debate. Em troca dessas sete semanas, quero que você se abra para a ideia de ir

muito além, para um relacionamento completo.

Ela se afastou dele. Seu domínio sobre ela diminuiu, mas ele não a soltou. Ela

encontrou o olhar dele. — Não quero mais pagar por sexo.

— Você não está. É um empréstimo que sempre planejei pagar. Cada centavo. Mas

quero o contrato em vigor. Dessa forma, saberei que você é minha por pelo menos esse

tempo. Ele olhou nos olhos dela. — Temo que você se afaste de mim antes que eu possa

convencê-la de que essas semanas nunca serão suficientes entre nós.


Trina olhou para sua expressão esperançosa e seu coração apertou com força. Ela

não estava se apaixonando por Navarro Raine. Ela já estava apaixonada por ele. Como

poderia não estar? Ambos foram feridos por seus passados. Ele acreditava que ela era

casada e o usava. Ela acreditava que ele realmente não a queria. Ela também não achava

que sete semanas seriam suficientes entre eles. Ela respirou fundo.

— Você vai dormir aqui comigo esta noite? Eu só quero abraçar você e quero ser

abraçado por você.

— Mostre-me seu quarto.

Ela desceu do colo dele e estendeu a mão. Ele se levantou do sofá, engolindo

enquanto o maior se fechava sobre o dela com força. Trina sabia que havia tomado a

decisão certa. Ela poderia superar a dor que ele lhe causou. O que ela não podia fazer

era perdê-lo.
Capítulo Doze

Eram oito horas da noite de domingo quando Trina apareceu na varanda dos

Raine. A porta se abriu antes mesmo que ela chegasse e Navarro sorriu para ela. Seu

cabelo estava molhado e solto, roçando seus ombros nus. Ele estava apenas vestindo

uma boxer. Seu olhar percorreu seu corpo lentamente. Ele era tão sexy que só de olhar

para ele a excitou. Ela amava cada músculo, cada curva e cada cicatriz que conseguia

ver.

— Oi. Entre. Você chegou bem na hora.

Ela sorriu. — Eu tento. — Ela entrou na casa e se virou para observá-lo enquanto

ele fechava a porta com firmeza e a trancava. Seu olhar divertido encontrou o dele. —

Então qual é o plano?

Ele riu. — Bem, já que você me deixou no sábado de manhã, — Ele fez uma pausa,

seus olhos fixos nos dela enquanto ambos concordavam silenciosamente com a mentira.

— a correspondência chegou. Lembra daquelas surpresas que te contei? Elas chegaram.

Vamos para o meu quarto.

Seu coração batia forte. — Não tenho certeza se gosto de surpresas. — Ela

caminhou em direção às escadas com Navarro atrás dela, bem perto. Eles entraram no

quarto dele e ela viu uma caixa, mais ou menos do tamanho de uma caixa de botas, em
cima da cômoda, o lacre aberto, mas a tampa fechada. Ela se virou quando ele fechou e

trancou a porta do quarto. — Tem alguém aqui além de nós?

— Eu disse a você que Ryder se foi. — Sua boca ficou tensa e seus olhos pareciam

escurecer de raiva. — Estamos sozinhos em casa. — Seu corpo tenso relaxou e ele

sorriu. — Somos só você e eu de novo, e é assim que deveria ser.— Ele fez uma pausa.

— Roupas.

Ela riu. — Você sabe que me manda tirar a roupa toda vez que entramos no seu

quarto, não é? — Ela começou a desabotoar a frente do vestido.

— E você escuta tão bem. — Ele riu. — Obrigado por isso.

— Você me disse que eu tenho que ouvi-lo aqui e você está no comando.

— Droga, fico muito quente quando você diz algo assim.— Ele caminhou até a

cômoda e abriu a caixa.

Trina estava morrendo de vontade de saber o que havia nele quando o viu enfiar a

mão no pacote. Ela fez uma pausa e deixou o vestido cair no chão, revelando que usava

um sutiã combinando e uma calcinha rosa. Ela limpou a garganta. Navarro virou a

cabeça e suas pálpebras se estreitaram enquanto deslizavam lentamente pelo corpo

dela, absorvendo cada centímetro dela. Ela teve toda a atenção dele enquanto se virava

lentamente, fazendo um círculo completo e depois colocando as mãos nos quadris e

empurrando uma para fora. Ela manteve os saltos altos.

— Tem certeza que quer que eu tire tudo, cowboy?


O olhar dele travou com o dela, o desejo aparecendo claramente em suas feições

com o olhar apaixonado que ele deu a ela. — Basta tirar o fio dental. Deixe o sutiã push-

up e fique com os saltos, querida. Porra, estou duro.

Seu olhar baixou para sua cueca boxer. Ela sorriu, enganchando os polegares nas

tiras finas em seus quadris, inclinando-se para frente enquanto as empurrava para

baixo. Ela saiu do pedaço de tecido e o deixou cair em cima do vestido descartado. Ela

se endireitou e encontrou Navarro ainda olhando para ela. Ele apontou para o chão à

sua frente. Ela não hesitou em caminhar até ele.

— Você ainda confia em mim

Ela olhou nos olhos dele. — O que está na caixa?

Ele sorriu enquanto levantava um lenço. — A venda é a primeira surpresa. Isto é

sobre sensações. Lembra quando eu disse que nunca faria nada que pudesse te

machucar porque quero poder fazer isso com você de novo? — Ele riu.

Respirando fundo, ela fechou os olhos e virou-se de costas para ele. — OK. Venda-

me os olhos.

Ele amarrou cuidadosamente o tecido macio em volta da cabeça dela, testando-o

para ter certeza de que ela não pudesse ver e certificando-se de que era confortável.

Suas mãos tocaram seus quadris enquanto ele a movia. Suas coxas tocaram o pé da

cama quando ele a fez parar de andar. Ele soltou seus quadris e então suas mãos

percorreram seus braços até os pulsos.


— Vou amarrar seus pulsos na cabeceira da minha cama para que seus braços

fiquem bem afastados. Eu quero que você apenas seja capaz de sentir. Depois disso, vou

colocar travesseiros na sua frente para que, quando eu te inclinar sobre a cama, você

fique confortável contra o estribo. É a altura certa para você de salto alto. Você está

comigo até agora?

Ela estava. — Estou ficando excitada.

Seus dedos roçaram seus pulsos sobre seu pulso. — Eu já estou lá, Trina. Adoro

olhar para você e nunca quis ninguém mais do que quero você. Eu acho você tão sexy.

Ela mordeu o lábio e assentiu. — Me amarre. Estou pronta.

Ela o deixou amarrar seus pulsos com um material macio, mas ele se certificou de

que seus braços cedessem um pouco para algum movimento. Eles foram amarrados aos

postes para que seus braços não passassem acima das costelas. Suas mãos grandes a

moveram alguns centímetros da cama enquanto ele empurrava um travesseiro entre

suas coxas e a madeira do estribo. Ele a fez avançar contra ele para ter certeza de que o

travesseiro era grosso o suficiente para ser confortável. Seus dedos acariciaram sua

bunda até que ele agarrou a parte interna das coxas.

— Espalhe-se para mim.

Ela sentiu arrepios ao ouvir o tom rouco de sua voz enquanto ela abria as coxas. Ela

só podia sentir como suas mãos fortes a ajudavam a se ajustar onde ele a queria. Ela

acabou ficando com os tornozelos separados por cerca de meio metro. Navarro a soltou.
— Agora, para os brinquedos.

Ela engoliu em seco. — Você pode pelo menos me dizer o que são ou o que você

vai fazer comigo?

Ele se moveu atrás dela. — Você sabe o que é uma borboleta.

Ela assentiu. — Nunca usei nenhuma, mas procurei online nessas sex shops.

— Você está prestes a experimentar uma. Estou colocando gel nele agora. Tenho

lubrificante para aquecer, para não esfriar. Este é um pequeno vibrador forte e vai

cobrir apenas o seu clitóris. Vai ser bom.

Ela estremeceu. — Mal posso esperar.

Ele passou os dedos pelas costas dela. — Curve-se para mim... até o fim.

Ela se inclinou sobre a cama dele, sentindo-se exposta enquanto ele se movia atrás

dela. Ela pulou um pouco quando os dedos dele roçaram entre suas coxas, mas ela ficou

imóvel enquanto ele colocava a borboleta contra sua boceta, ajustando-a firmemente

contra seu clitóris. Tinha uma sensação de borracha macia e não o plástico duro que ela

esperava. Em seguida, ele colocou tiras finas em volta dos quadris e da parte superior

das coxas.

— O que-

— As tiras ajudam a mantê-la no lugar. Esta aqui tem um controle remoto.

Ela engoliu em seco, ficando molhada só de pensar em como isso poderia ser

agradável. Ela sempre quis experimentar certos brinquedos sexuais, mas além do
vibrador, ela não teve a chance de testar mais nada antes de conhecer Navarro. Quando

ele terminou, ele se aproximou dela.

— Preparada?

Ela assentiu. — Sim.

— Eu vou te foder, Trina. Primeiro vou devagar e depois, quando você estiver

realmente excitada, vou montá-la com força e profundidade. Quero que você saiba o

que está por vir.

Trina ofegou quando a borboleta ganhou vida. Foi uma vibração suave e lenta que

a provocou ligeiramente e a deixou muito consciente do seu clitóris. Ela se mexeu um

pouco e girou os quadris para ver se ele se moveria. Isso não aconteceu, graças às tiras

que o prendiam firmemente contra seu corpo.

As vibrações de repente aumentaram fortemente, arrancando dela um gemido de

prazer.

A mão de Navarro a segurou entre as coxas para agarrá-la firmemente no V. Ele

empurrou a borboleta com mais força contra seu clitóris, fazendo-a gemer mais alto até

que sua mão relaxou, levando consigo a maior parte da pressão. Seus dedos abriram

seus lábios sexuais enquanto ele empurrava um dedo dentro dela lentamente. Ela

moveu os quadris para trás, empurrando a mão dele.

— Você já está molhada.


Ele retirou o dedo de sua boceta, liberando-a. As vibrações da borboleta

diminuíram o suficiente para que Trina relaxasse. Assim que o fez, as vibrações

aumentaram a um ritmo que a deixou ofegante e tensa quando quase gozou.

Então as vibrações pararam totalmente quando o brinquedo foi desligado. Ela

gemeu de frustração daquela vez.

— Você vai me torturar, não é?

— Se eu fizer isso, estou me torturando junto porque estou muito duro por você.

Vou me livrar desses boxers e estarei com você em um segundo. — Seus dedos roçaram

sua bunda, deslizando pela linha de sua costura, e então ele deixou a parte de trás dos

nós dos dedos traçar seu monte. Seus dedos esfregaram o interior de suas coxas, bem na

dobra de suas pernas. — Porra, você está tão molhada que está começando a escorrer

pelas coxas.

O vibrador veio suavemente. Trina gemeu quando Navarro se moveu atrás dela e

suas mãos agarraram seus quadris. Ele esfregou a ponta dura de seu pênis contra sua

fenda, rompendo-a lentamente. Ela gemeu quando ele avançou em sua boceta até estar

sentado completamente dentro dela, pressionado firmemente contra sua bunda. Ele a

segurou ali, sem se mover enquanto ela gemia, balançando a bunda.

— Eu quero me mexer, Navarro. Por favor?

— Eu também.
A mão dele deixou o quadril dela por um segundo. A borboleta zumbiu com força

total e então Navarro se retirou quase totalmente antes de investi-la com força e

rapidez.

Foi demais com o poderoso vibrador fazendo um número em seu clitóris e a

sensação adicional de ele fodê-la com força e profundidade. A sensação de estar

vinculada, de estar totalmente sob seu controle, acionou-a em grande estilo. O corpo de

Trina ficou tenso enquanto seus músculos vaginais enlouqueciam, contraindo-se

violentamente e ela sabia que estava acabada. Ela gozou com tanta força que gritou e

resistiu freneticamente, tentando sobreviver.

— Oh, droga. — Navarro gemeu alto. — Oh merda, querida. Porra! — Ele

pressionou com força contra a bunda dela, quase desabando em cima dela.

A mão dele deixou seu quadril enquanto o motor do vibrador morria em seu

clitóris. Navarro era um cara grande, quase a esmagando na cama onde ela estava

curvada com ele nas costas. Ambos estavam respirando com dificuldade quando Trina

virou a cabeça para não sufocar no colchão.

— Caralho. — Ele murmurou. — Eu gosto desse brinquedo. Adoro quando você

goza e sinto você me reprimindo, mas isso foi simplesmente... merda. Você era como

um vibrador em volta do meu pau que não parou de me apertar.

Ela não se moveu, incapaz de fazê-lo, sentindo-se exausta enquanto ele se afastava.

Ele desamarrou os pulsos dela e removeu a venda. Navarro se inclinou sobre ela
novamente para dar um beijo em seu ombro, rindo enquanto sua língua se lançava para

traçar provocativamente a curva de seu pescoço. Seus longos cabelos fizeram cócegas

em sua pele e ela sorriu, apenas aproveitando o momento.

— Amanhã à noite tentaremos outro brinquedo.

Ela virou um pouco a cabeça, olhando para ele por cima do ombro. — Merda.

Quantos brinquedos você comprou? Não sei se quero desistir disso. Acho que é um

vencedor.

Ele riu. — Comprei mais quatro. Um deles é um vibrador com estimulador de

clitóris com o qual quero te foder enquanto tomo sua bunda. Achei que você gostaria

mais disso do que meu dedo contra seu clitóris, e o vibrador tem um formato específico

para estimular seu ponto G.

— Ah, uau.

— Sim. — Ele piscou, sorrindo amplamente. — Estou animado com isso também.

— Ele se moveu atrás dela, retirando-se lentamente do corpo de Trina.

— Suba na cama para mim.

Gemendo, ela se forçou a se mover. Ela ficou de joelhos na cama e começou a

rastejar para longe. Navarro riu enquanto tirava os saltos altos. Depois de puxar as

cobertas, ela sentou-se no lençol. Ela tirou o sutiã, apenas jogando-o no chão, e seu olhar

desviou-se para Navarro antes de olhar para baixo.


— Hum, como faço para tirar isso? — Ela olhou para o pequeno brinquedo ainda

amarrado a ela.

— Você não vai.

— As alças não são tão confortáveis para dormir.

Ele riu enquanto caminhava nu em direção a ela. — Quem disse que íamos dormir

imediatamente? Quero repetir em cerca de quinze minutos, quando ambos estivermos

recuperados. — Ele subiu na cama ao lado dela e sentou-se de frente para ela para

pegar sua mão enquanto brincava com seus dedos. Seus olhares se encontraram. — Só

para ter certeza de que é um brinquedo vencedor e que não foi um acaso, precisamos

tentar novamente. — Ele abriu a outra mão, que segurava o controle.

Ela riu. — OK. Conte-me sobre o resto dos brinquedos que comprou.

Ele balançou sua cabeça. — Você descobrirá ainda esta semana.

— Provocador.

— Meu objetivo é agradar, então não sou um.

Ela olhou nos olhos dele. — Você sempre me agrada. Eu nunca soube que sexo

poderia ser assim. Obrigada.

— Nem sempre é assim.— Seu olhar suavizou-se. — Somos nós juntos, querida.

Ela sorriu para ele. — Você me faz sentir especial quando diz coisas assim.

— Você é.

Ela olhou nos olhos dele, vendo sinceridade ali. — Então é você.
— Senti falta de dormir com você. — Seus dedos pararam de brincar com os dela.

— Como você se sentiria dormindo aqui todas as noites?

Seu coração quase parou. — Se eu fizesse isso, seria como se morássemos juntos e

você dissesse que precisava de algumas noites para descansar.

Ele riu. — River ligou hoje e vai voltar para casa por um tempo. Adam e eu teremos

ajuda extra para que eu possa tirar cochilos durante o dia se precisar... e, caramba, não

durmo tão bem sem você. Eu penso em você e só queria que estivesse na minha cama

quando não está comigo.

Ela engoliu em seco. — Você quer que eu realmente venha morar com você?

Ele assentiu. — É uma ideia tão ruim? Confesso que nunca pensei que iria querer

viver com uma mulher novamente, mas quero você aqui comigo. Adoro acordar com

você todas as manhãs.

— Você simplesmente gosta das minhas omeletes.

Rindo, ele se inclinou para roçar os lábios nos dela. — Vamos tentar. Eu também

estou com um pouco de medo e tenho certeza que você também, mas, caramba, ainda

quero tentar. É.— Ele hesitou. — Parece certo.

— Isso é realmente assustador.

— Eu sei. — A mão dele apertou a dela. — Arrisque-se comigo.


Ela se encontrou balançando a cabeça enquanto olhava nos olhos dele. — Tudo

bem, mas estamos sendo totalmente honestos, certo? Se um de nós precisar de uma

pausa, falaremos.

— Seremos totalmente honestos.

— OK.

— Amanhã, traga suas roupas para cá.

A realidade se apoderou de Trina naquele momento, todo o peso dela fez seu

coração acelerar. — Nós realmente vamos fazer isso, então? Nós realmente vamos tentar

morar juntos?

Ele assentiu. — Com certeza.

O momento de pânico que a atingiu começou a diminuir. Este era Navarro e ele a

queria. Esta era a sua chance de ser feliz com um homem por quem ela se apaixonou.

— Então, o que você quer que eu faça por aqui para ajudar?

Ele riu. — Você sempre pode cozinhar, mas se fizer isso, terá que me ajudar a

resolver tudo ou terá que me colocar em dieta.

— Eu gostaria...— Ela fechou a boca, horrorizada com o que quase disse.

Os olhos de Navarro se estreitaram. — O que?

— Nada.

Ele arqueou uma sobrancelha preta. — Honestidade total. Termine o que você ia

dizer.
Ela desviou o olhar dele, suas bochechas esquentando enquanto ela corava.

— Trina… Não me faça arrancar isso de você. — Ele sorriu e apertou o botão do

controle remoto.

Ela estremeceu com a sensação surpreendente do vibrador contra seu clitóris na

configuração mais forte. Ela fechou os olhos, mordeu o lábio e deixou o prazer tomar

conta dela. O vibrador desligou de repente. Seus olhos se abriram.

— Isso foi cruel. — Ela sorriu.

— Querida, se você não me contar o que ia dizer, vou te amarrar e fazer isso de

novo e de novo até você terminar a frase. Estamos sendo totalmente honestos um com o

outro, lembra?

— Eu ia dizer...— Seus olhos encontraram os dele e ela corou novamente. — Eu te

amaria mesmo se você ganhasse muito peso.

Ela esperou que ele ficasse tenso, franzisse a testa ou reagisse negativamente às

suas palavras, mas em vez disso ele sorriu, seus olhos brilhando. Ele largou o controle

remoto na cama, estendeu a mão para ela e segurou seu rosto com a mão.

— Você me ama?

Ela tentou desviar o olhar, mas Navarro se aproximou, colocando o rosto a

centímetros do dela, mantendo-a imóvel enquanto ela olhava para ele. Ela adorava os

olhos dele, podia ficar olhando para eles o dia todo, decidiu.

— Diga para mim. Por favor? — Sua voz baixou para um tom rouco.
Trina sabia que ele a tinha, e ela se delatou por um lapso de língua. Ela respirou

fundo e expirou lentamente. Ele pediu a verdade para que ela a entregasse a ele.

— Eu te amo. Não sei como aconteceu tão rápido, mas sei.

— Graças a Deus.

Suas sobrancelhas se ergueram de surpresa. — Graças a Deus?

Ele assentiu, sorrindo. — Você acha que eu só queria que você vivesse comigo para

fazer sexo todas as noites? Estou tão louco por você que não tem graça. Eu soube que te

amava na noite em que me deixou te amarrar e te marcar. Suspeitei que estava me

apaixonando por você com força e rapidez, mas sou um lutador. Eu resisti, mas perdi

quando você montou em meu colo para me deixar marcar sua pele com aquela corda...

Droga, Trina, você me marcou de volta.

Ela estendeu a mão para agarrar sua mandíbula. — Diga para mim.

Ele se aproximou e seus lábios quase se tocaram. — Eu te amo.

Ela se jogou nele, seu corpo batendo no dele. Ele riu e a pegou quando eles caíram

de volta na cama, seu corpo amortecendo o dela enquanto caíam. Trina acabou

esparramada em cima dele enquanto o beijava. Navarro estendeu a mão para pegar

algo, esticando o braço, e de repente ela gritou em sua boca quando seu clitóris

começou a vibrar forte. Ele encontrou o controle remoto.

Navarro os rolou para ficar em cima dela. Ele abriu suas coxas, entrando nela com

um movimento duro, enterrando seu pênis profundamente. Ele a prendeu embaixo dele
com o vibrador no alto. Trina separou a boca dele para não mordê-lo e jogou a cabeça

para trás pelo puro prazer que ele estava lhe proporcionando. Navarro começou a

montá-la com força e rapidez, seu corpo entrando nela.

— Oh Deus.

— Diga meu nome. — Ele ordenou enquanto torcia os quadris, mudando o ângulo

de seu pênis, penetrando nela repetidamente.

— Navarro!

Ela gritou o nome dele quando gozou minutos depois, sentindo-o gozar com ela

ainda se sacudindo, gemendo baixinho.

Quando ela abriu os olhos após se recuperar do intenso orgasmo, Navarro estava

sorrindo para ela. Ele ainda a tinha presa debaixo dele e ela percebeu que ele havia

desligado o vibrador. Ela estendeu a mão já que ele levantou um pouco o peito de seu

corpo para lhe dar bastante espaço para respirar e brincou com seu mamilo. Seus

olhares se encontraram.

— Você sabe que isso é loucura, certo?

Ele riu. — Então?

Ela assentiu. — Seremos loucos juntos.

— Vai ser muito divertido.

— Sim. Será. Eu me divirto muito com você.


Ele lentamente retirou-se do corpo dela para sentar-se de joelhos. Ele agarrou os

dela e os empurrou para cima. — Eu amo que você seja flexível.

Ela riu. — Existe uma razão para você estar empurrando meus joelhos contra meu

peito?

— Você disse que essa coisa não era confortável o suficiente para dormir.

Ela riu e se mexeu para ajudar enquanto ele desenganchava as tiras do vibrador.

Ele piscou e se inclinou para colocar o pequeno vibrador na mesa ao lado da cama.

— Você apaga a luz.

— Eu? — Ele sorriu. — Eu fiz o trabalho.

— Você é o grande durão que costumava brincar com touros. Ouvi dizer que tem

fivelas de campeonato de rodeio. Alguém disse que você era uma estrela de rodeio. —

Ela nunca iria parar de provocá-lo sobre isso.

Ele riu enquanto descia da cama. — Acho que precisamos instalar aqui um

daqueles controles ativados por som para ligar e desligar as luzes.

Trina rolou de lado, rindo. — Não podemos.

Ele parou perto do interruptor de luz e se virou para ela, sorrindo. — Você só está

dizendo isso porque está aí e minha bunda está pronta para desligar a luz.

Ela rolou de joelhos. — Imagine que você já tenha instalado esse dispositivo na

luz…
Seu sorriso se alargou e ele assentiu. — Eu estaria imaginando isso da cama, já que

não estaria aqui.

Ela riu. — Então está instalado e estamos na cama. — Ela se inclinou, apoiando

uma mão na cama para equilibrar a parte superior do corpo. — E você está atrás de

mim.

— Eu amo isto. Continue. Posso imaginar o cenário totalmente.

Ela deu um tapa na bunda - e depois deu um tapa de novo, e de novo. Ela começou

a rir. — Lembra você de um som que fazemos? — Ela caiu. — A luz acenderia e

apagaria tão rápido que explodiria.

Ele jogou a cabeça para trás e riu. Seus olhos brilharam de diversão enquanto ele

olhava para ela. — Talvez essa não seja uma ideia tão boa no quarto, afinal.

— Ou na sala de estar ou na sala de jantar.

Ele apagou a luz. — OK. Não haverá luzes ativadas por som em nossa casa.

Trina deitou-se e a cama mergulhou quando Navarro subiu nela. Ele se aninhou ao

lado dela, puxando as cobertas para aconchegar os dois, e então a colocou em seus

braços. Trina colocou a mão na parte inferior de seu estômago, adorando a sensação de

sua pele quente. Seu braço estava em volta de suas costas e sua mão descansava em seu

quadril.

— Estou feliz por estar aqui. Isso parece a coisa mais certa na minha vida.
Lágrimas quentes picaram os olhos de Trina. — Eu sei, mas me sinto um pouco

culpada.

— Por que? — Ele esfregou o quadril dela enquanto a outra mão se enrolava sobre

a mão dela em sua barriga, segurando-a.

— Eu amava meu marido. Eu realmente fiz. E isso…

— Você pode me dizer qualquer coisa, Trina. Eu sei o quanto ele significou para

você. Tudo bem. Estou com um pouco de ciúme, mas sei que é possível amar mais de

uma pessoa.

— Eu sinto mais por você. Nunca me enrolei com ele à noite e senti que era o único

lugar ao qual realmente pertencia. — Ela hesitou. — Você sente que...— Ela fez uma

pausa.

— Que é onde você pertence e a quem você pertence?

Ela assentiu. — Sim. Como você sabia?

Ele apertou a mão dela. — É assim que me sinto quando nos tocamos.

Trina apertou-se mais contra ele. — Sinto mais por você, Navarro. Eu me sinto

muito culpada por isso, mas não há razão para você ficar com ciúmes dele. Ted nunca

teve isso. Ele nunca me fez sentir essa pura retidão que tenho com você. É tão intenso.

— Eu te amo. Obrigado por isso. Eu sinto o mesmo.

— Eu também te amo.
Epílogo

Oito meses depois

Navarro fechou a porta do quarto e sorriu para Trina. — Roupa.

Ela se virou, sorriu para ele e arqueou as sobrancelhas. — Agora? Você está falando

sério?

— Regras... quarto... faça o que eu digo...— Ele se encostou na porta, cruzando os

braços sobre o peito.

O coração de Trina acelerou quando ela olhou para o relógio de cabeceira. Ela

olhou para Navarro. — Temos cerca de quinze minutos.

— Eu só preciso de dez.— Ele piscou. — Tire isso, querida. Deite-se de costas na

cama e abra essas lindas coxas para mim.

Ela se moveu, tirando os saltos altos e alcançando atrás dela o zíper do vestido. —

Só estou dizendo que isso é loucura, mas estou disposta se você estiver. — Ela riu

enquanto tirava o vestido, colocando-o cuidadosamente sobre a cadeira ao lado da

cama. — Estou culpando você se formos pegos.

Os sons dos sapatos de Navarro batendo no chão foram altos. Enquanto Trina

tirava a calcinha, ela ouviu o zíper dele descer. A excitação correu através dela

enquanto desabotoava o sutiã, jogando-o junto com o vestido. Ela se virou para
observar Navarro abaixar a calça preta. Ele empurrou a boxer para baixo com eles,

expondo totalmente o corpo da cintura até o topo das meias pretas. Sua atenção

instantaneamente foi para seu pênis excitado – cheio, grosso e de pé orgulhosamente,

apontando diretamente para ela.

— Vou arriscar que sejamos pegos. Inferno, o que eles vão fazer?

Ela sorriu. — Ficar chocados?

Ele riu. — Sem chance. — Ele atravessou a sala, desabotoando a camisa. — É de

meus irmãos que estamos falando. Eles ficariam desapontados se não chegássemos aqui

sorrateiramente assim que entramos em casa.

Trina subiu na cama e rolou para se deitar de costas. Ela segurou os seios e

começou a brincar com os mamilos para se aquecer enquanto dobrava os joelhos. Ela os

abriu, levantou um pouco os quadris e mexeu a bunda para insultar o homem que

amava. Seu olhar cheio de paixão fixou-se em sua boceta.

— Se apresse. Estou olhando você.

A jaqueta preta voou pelo quarto e pousou na cômoda. A camisa desabotoada

quase foi arrancada de seu corpo quando ele a puxou para baixo e a jogou na ponta da

cama, subindo no estribo para chegar até ela. — Fazemos tudo juntos agora, então

espere por mim.

Seu toque fez Trina gemer suavemente enquanto a palma áspera brincava com a

parte interna de sua coxa mais macia. — Mais alto.


Uma risada escapou de seus lábios entreabertos. — Eu ia beijar você.

Ela levantou a cabeça e soltou os seios enquanto suas mãos o alcançavam para

puxá-lo para cima dela, mas em vez disso ele se agachou, seu rosto ficando na altura de

suas coxas abertas. Um lampejo de excitação queimou através dela enquanto a

respiração dele soprava em sua pele, percebendo sua intenção. Seu clitóris começou a

latejar. Ela amava sua boca e aquela língua forte que poderia lambê-la até quase matá-

la. Suas paredes vaginais se apertaram em antecipação ao que estava por vir: Navarro

dentro dela, muito em breve.

— Eu amo seus beijos.

Navarro ergueu o queixo, sua atenção vagando por todo o corpo dela. — Obrigado,

querida. — Sua expressão ficou séria.

— Por amar você me atacando? — Ela riu. — O prazer é meu. Realmente.

— Não. Por vender sua casa, você ficou totalmente comprometida em nos fazer

trabalhar. Obrigado por me fazer o homem mais feliz do mundo. — Ele fez uma pausa.

— Obrigado por me amar e me deixar amar você.

Lágrimas quentes encheram os olhos de Trina enquanto ela se sentava lentamente e

puxava Navarro o suficiente para segurar seu rosto. Ela se aproximou até que seus

narizes quase se encontraram, seus olhares se encontraram.

— Sou eu quem está agradecida. Você é a melhor coisa que já aconteceu comigo,

Navarro.
— Você também não teve que pagar pela reabilitação de Dusty, mas estou feliz que

tenha pago. Ele está indo muito bem, então você não apenas me deu seu amor, mas

também me devolveu meu irmão.

— Cale-se. Acabei de preencher um cheque. Foi ele quem decidiu mudar de vida

quando você e seus irmãos o inspiraram com aquela intervenção.

Você me inspira. — Sua mão se moveu e seu polegar encontrou seu feixe de nervos

inchado, provocando-a esfregando-a levemente ali.

Uma porta bateu com força na casa. Trina quis gemer de frustração.

— Merda. Seus irmãos chegaram em casa alguns minutos mais cedo.

— Eu não dou a mínima.

— Mas...-

Navarro a interrompeu. — Eles podem divertir nossos convidados quando

chegarem. São todos garotos crescidos. Além disso, os convidados só chegarão daqui a

meia hora, então são só eles na casa agora. — Ele fez uma pausa. — Você sabia que

todos os quatro estão apaixonados por você? Eles ficam me perguntando como diabos

tive a sorte de te encontrar. Você conquistou cada um deles antes mesmo de deixá-los

provar seus produtos assados. Achei que Drake iria propor casamento a você durante a

sobremesa na noite em que chegou.

Enquanto acariciava o rosto de Navarro, ela sorriu para ele. — Além de Ryder,

algum deles sabe a verdade sobre como ficamos juntos?


Ele riu. — Eles sabem que você me fez uma proposta? Oh sim. Aquele maldito

Ryder de alguma forma copiou nosso contrato e mandou enquadrar tudo. Ele vai nos

dar isso como presente de casamento hoje mais tarde. Dusty me avisou na limusine a

caminho da igreja, porque ele não queria que eu estragasse meu terno quando eu

chutasse a bunda de Ryder se eu não visse humor nisso. Ele nos dará quando a recepção

começar lá embaixo. Ainda bem que é uma coisa pequena, apenas com amigos

próximos e familiares.

— Merda. Ele não faria isso. E se alguém ver além de nós?

— Ele sabe melhor. Ele nos dará quando estivermos sozinhos.

— Como seus outros irmãos reagiram quando descobriram nosso acordo? Espero

que não pensem mal de mim. Eu sou da família agora.

— Bem, de acordo com Drake, você pagou demais por mim, e River disse que se

você o tivesse visto primeiro, você teria se casado com ele. Dusty apenas sorriu e disse

que eu era um sortudo. Ryder ainda acha que é melhor na cama do que eu e você pegou

o irmão errado.

Trina riu. — Bem, com certeza direi a eles que você vale cada centavo. River nunca

teve uma chance porque você é o único homem para mim, e quanto à última parte... —

Ela piscou. — Eu estou velha. Estou passando por um momento senil, então preciso ser

lembrada. — Ela abriu mais as coxas. — Mostre-me o quão bom você é na cama. Dessa
forma, posso ter certeza de dizer ao seu irmão o quanto ele está errado. Tenho certeza

de que tenho o melhor do grupo com você.

Navarro desceu novamente pelo corpo dela. — Lembro-me de algo sobre meus

beijos…

Ela sorriu. — Navarro. Navarro. Navarro. Estou dizendo seu nome agora,

enquanto ainda posso falar.

Navarro riu, agarrando suas coxas. Ele as abriu um pouco mais, ajustando as

pernas dela até que os calcanhares descansassem em seus ombros largos. Trina olhou

para ele, encarando seus lindos olhos azuis. Ele piscou enquanto abaixava a boca

lentamente até a parte interna da coxa para dar um beijo em sua pele. Sorrindo, Trina

fechou os olhos para se agarrar à cama.

Propor Navarro foi a melhor coisa que ela já fez na vida.

Fim
Para quem chegou até aqui, o nosso muiiiito obrigado.

Esperamos que tenha gostado pois foi feito especialmente para você!

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