0% acharam este documento útil (0 voto)
49 visualizações12 páginas

Avaliação Disciplin Hamartiologia e Soteriologia

Este documento apresenta os fundamentos teológicos da salvação de acordo com a perspectiva batista. Aborda os conceitos de hamartiologia, que é o estudo do pecado, e soteriologia, que é o estudo da salvação. Discutem-se tópicos como a queda do homem, as consequências do pecado, e a necessidade da graça divina para a salvação da humanidade pecadora.

Enviado por

Top Bike Cacoal
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
49 visualizações12 páginas

Avaliação Disciplin Hamartiologia e Soteriologia

Este documento apresenta os fundamentos teológicos da salvação de acordo com a perspectiva batista. Aborda os conceitos de hamartiologia, que é o estudo do pecado, e soteriologia, que é o estudo da salvação. Discutem-se tópicos como a queda do homem, as consequências do pecado, e a necessidade da graça divina para a salvação da humanidade pecadora.

Enviado por

Top Bike Cacoal
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 12

Seminário Teológico Batista Nacional

Polo Virtual
DIAMIS RAFAEL MONTEIRO FERREIRA.

FUNDAMENTOS TEOLÓGICOS DA SALVAÇÃO

Cacoal – RO
2023
DIAMIS RAFAEL MONTEIRO FERREIRA

FUNDAMENTOS TEOLÓGICOS DA SALVAÇÃO

Trabalho apresentado ao curso Médio


em Teologia, do Seminário Batista
Nacional/ Polo Virtual, como requisito
para obtenção de nota da disciplina
de HAMARTIOLOGIA E SOTERIOLOGIA,
sob a orientação do professor
Thalysson J. R. Pereira.

Cacoal - RO
2023
AVALIAÇÃO DISCIPLINA: HAMARTIOLOGIA E SOTERIOLOGIA

"Hamartologia" e "soteriologia" são dois termos que têm significados específicos dentro do
contexto teológico, geralmente associados ao estudo da doutrina cristã.

1. HAMARTOLOGIA:

Hamartiologia é o estudo bíblico sobre o pecado. Ela ressalta a condição que o homem está
em função do pecado, demonstra sua impossibilidade em gostar de Deus, como o objetivo de
demonstrar que o homem está perdido em um abismado em relação a Deus, e que, sozinho
não pode fazer nada para alterar essa realidade. O pecado é uma transgressão, agir contra o
propósito de Deus, uma rebelião contra Deus.

A QUEDA DO HOMEM
Adão transgrediu a lei que Deus deu no Éden (Gênesis 2:16-17) e a ação dele, conversar sobre
assunto específico, é nomeado pelo apóstolo Paulo como transgressão. Em outras palavras, a
"ofensa" de Adão foi uma ação deliberada, em oposição ao mandamento de Deus, que envolve
dolo e responsabilização. O pecado trouxe consequências desastrosas na vida do homem
como: a morte, o homem passou a ter uma vida finita na terra; através de Adão o pecado se
propago através de sua geração para toda a humanidade; o pecado destruiu o relacionamento
do homem com Deus, criando uma barreira, o pecado trouxe desequilíbrio na criação. Todos
os homens são por natureza pecadores, totalmente depravados, ou seja, todas as inclinações
mentais são completamente corrompidas. Em vista o seu caráter, a corrupção herdada toma o
nome de depravação total.

CONSEQUÊNCIAS DO PECADO
Ao ceder à voz de satanás, o homem escolhia agradar a si mesmo, desobedecendo
deliberadamente a Deus. Esse primeiro pecado trouxe consequências terríveis das quais
citamos:

Adão e Eva conheceram pessoalmente o mal: “Seus olhos foram abertos” (Gn 3:7), a
comunhão e a amizade com Deus foram interrompidas e fugiram de sua presença, o que
chamamos de morte espiritual.

(Gn 2:17). “[...] mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em
que comer certamente você morrerá”.

Portanto o homem deixou de ser inocente, tendo uma natureza corrompida, sua mente ficou
suja e passou a ter vergonha do seu próprio corpo (Gn 3:10). Então adão quis culpar a Deus
pela companheira que ele havia lhe dado (Gn 3:12).

O pecado trouxe consequências individual e coletiva que se estendeu até nós. As principais
consequências do pecado original são a morte (Rm 6:23) e o afastamento de Deus (Rm 3:23). É
de fato que não pecamos contra o mandamento, mas pecamos contra uma pessoa. O pecado
não é uma ofensa contra uma alma vivente, o pecado mata os relacionamentos, no entanto
não a há remédio capaz de trazer os mortos a vida.

O pecado não conseguiu retirar do homem a imagem de Deus, mas a deportou e o fez
violentos, imorais e corruptos. O pecado faz com que o homem se desvie dos propósitos de
Deus e perca a sua companhia, o que fez por Adão faz por todos nós. Ele ainda esta
procurando os pecados e dizendo “onde estas?”. Porque a sua misericórdia e infinita e o seu
amor incomparável.

 Definição: A hamartologia é o estudo teológico do pecado. Envolve a investigação e


compreensão da natureza do pecado, suas origens, suas manifestações e suas
consequências. Os teólogos que estudam a hamartologia buscam entender a natureza
do pecado à luz das Escrituras e da tradição teológica.
 Importância: Compreender a hamartologia é crucial para a teologia cristã, pois o
pecado é considerado uma condição universal que afeta a humanidade. O
entendimento do pecado é fundamental para a soteriologia, que trata da salvação.

2. SOTERIOLOGIA:

O termo teológico deste assunto é soteriologia. Essa doutrina abrange as doutrinas da


reprovação, a eleição, a providência, a regeneração, a conversão, a justificação e a santificação
entre outras. Também envolve a necessidade de pregação, de arrependimento e de fé. Inclui até
as boas obras e a perseverança dos santos. A salvação não é uma doutrina fácil de entender
pelo homem. É uma atividade divina em que participam as três pessoas da trindade agindo no
homem. Por ela tratar da obra de Deus que resulta no eterno bem do homem para a glória de
Deus somos incentivados a avançar neste assunto com temor e oração para entendê-la na
forma que é do agrado de Deus.

"Soteriologia" deriva de duas palavras gregas, soteria e logos. A primeira significa "salvação" e a
última, "palavra, discurso ou doutrina". Depois de ter tratado da doutrina da teologia, onde
enfatizamos a santidade de Deus, e tendo visto o fracasso e o pecado da humanidade no
estudo da antropologia e hamartologia, somos obrigados a compreender a absoluta
necessidade de um plano de salvação suficiente para cobrir o imenso abismo entre estes dois
extremos infinitos, a pecaminosidade do homem e a santidade de Deus.

“A religião cristã ensina, pois, conjuntamente aos homens essas duas verdades: que há um Deus, de
que os homens são capazes, e que há uma corrupção na natureza, que os torna indignos desse
Deus. Aos homens importa igualmente conhecer um e outro desses pontos; [pois] é tão perigoso
para o homem conhecer a Deus sem conhecer sua própria miséria, como conhecer sua miséria sem
conhecer o Redentor que dela pode curar. Um só desses conhecimentos faz, ou a soberba dos
filósofos, que conheceram a Deus e não a sua própria miséria, ou o desespero dos ateus, que
conheceram sua miséria sem Redentor”.
BLAISE PASCAL

“Qual é a heresia de Roma, senão acrescentar algo aos perfeitos méritos de Jesus Cristo, ou seja,
trazer obras da carne, para ajudarem na justificação? E qual é a heresia do arminianismo, senão
acrescentar alguma coisa à obra do Redentor? Toda heresia, analisada com profundidade, se
descobrirá aqui [na doutrina da salvação]”.
CHARLES H SPURGEON

 Definição: A soteriologia é o estudo da salvação. Envolve a investigação das questões


relacionadas à redenção, reconciliação e salvação da humanidade, especialmente no
contexto do cristianismo. Os teólogos soteriológicos se concentram em compreender
como a salvação é alcançada, quem a provê e como os indivíduos podem participar
dela.
 Importância: A soteriologia é central para a teologia cristã, pois trata da questão
fundamental da salvação da humanidade. Examina conceitos como expiação, graça, fé e
justificação. O entendimento da soteriologia muitas vezes está relacionado à visão que
uma tradição teológica específica tem sobre o papel de Cristo na salvação.

Em resumo, hamartologia e soteriologia são duas disciplinas teológicas que abordam diferentes
aspectos da fé cristã. A hamartologia se concentra no estudo do pecado, enquanto a soteriologia
se concentra na salvação. Essas disciplinas são inter-relacionadas, já que a compreensão do
pecado muitas vezes é fundamental para a compreensão da necessidade e natureza da salvação.

LEITURA DOS PONTOS SOTERIOLÓGICOS DA DECLARAÇÃO DE FÉ DOS


BATISTAS NACIONAIS
A Declaração de Fé dos Batistas Nacionais é um documento que reflete as crenças teológicas e
doutrinárias desta denominação específica do cristianismo. Abaixo estão alguns pontos
soteriológicos comuns encontrados em declarações de fé batistas, incluindo possíveis temas
que podem ser abordados:

Crença na Salvação pela Graça:

 Os batistas frequentemente enfatizam a doutrina da justificação pela graça mediante a


fé. Isso significa que a salvação não é alcançada por méritos humanos, mas é um dom
de Deus concedido pela Sua graça.

Substituição e Expiação:

 A crença na morte substitutiva de Cristo como expiação pelos pecados é comum. Os


batistas geralmente creem que Jesus Cristo, por meio de Sua morte na cruz, pagou o
preço pelos pecados da humanidade.

Arrependimento e Fé:

 A necessidade de arrependimento dos pecados e a fé em Jesus Cristo como Salvador


são temas centrais. Os crentes são chamados a se arrepender e confiar em Cristo para a
salvação.

Segurança da Salvação:

 Muitos batistas defendem a doutrina da perseverança dos santos, acreditando que


aqueles que são genuinamente salvos são guardados por Deus e não podem perder a
sua salvação.

Regeneração pelo Espírito Santo:

 A crença na obra regeneradora do Espírito Santo é comum. Os batistas frequentemente


ensinam que o Espírito Santo regenera o coração do crente, concedendo-lhe uma nova
natureza espiritual.
Batismo como Testemunho Público:
 O batismo é muitas vezes visto como um testemunho público da fé em Cristo e da
identificação com Sua morte, sepultamento e ressurreição. Embora o batismo não seja
visto como um meio de salvação, é considerado uma obediência decorrente da fé.

Comunhão dos Santos:

 A comunhão com outros crentes e a participação na vida da igreja local são enfatizadas
como parte da experiência cristã e do crescimento na fé.

Voltando-se para a Escritura:

 A autoridade das Escrituras é um ponto importante. Os batistas geralmente consideram


a Bíblia como a Palavra de Deus inspirada e autoritativa para a fé e prática cristã.

Estes são pontos gerais e é importante observar que as declarações de fé podem variar entre as
diferentes congregações batistas e suas convenções. Recomendo consultar a Declaração de Fé
específica da denominação ou igreja que você está interessado para obter informações precisas
sobre as crenças soteriológicas.

TRABALHADO INTITULADO: FUNDAMENTOS TEOLÓGICOS DA SALVAÇÃO

A doutrina da salvação é um tema central nas crenças teológicas cristãs, permeando as


Escrituras e influenciando a compreensão da relação entre Deus e a humanidade. Neste
trabalho, exploraremos os fundamentos teológicos da salvação, analisando conceitos essenciais
como pecado, lei, graça, eleição e predestinação, justificação, regeneração, fé e arrependimento,
adoção e perseverança dos santos. Ao fazer isso, buscamos fornecer uma visão abrangente dos
alicerces bíblicos que sustentam a compreensão cristã da salvação.

1. PECADO: O pecado é uma condição universal que afeta toda a humanidade. De acordo
com as Escrituras, o pecado é a transgressão da lei de Deus (1 João 3:4). Ele separa a
humanidade de Deus e resulta em morte espiritual. O entendimento do pecado é
fundamental para compreender a necessidade da salvação.

a) Definição de Pecado: O pecado, conforme descrito nas Escrituras, é a transgressão da


lei de Deus (1 João 3:4). Envolve a rebelião contra a vontade divina e a quebra da
relação harmoniosa entre Deus e a humanidade. O pecado se manifesta tanto em ações
quanto em atitudes do coração.
b) Origem do Pecado: A origem do pecado remonta à queda de Satanás e à rebelião no
céu, seguida pela tentação e queda de Adão e Eva no Jardim do Éden. O pecado entrou
no mundo como resultado da desobediência humana, afetando toda a criação
(Romanos 5:12).
c) Natureza do Pecado: A natureza do pecado abrange mais do que ações externas; ela
penetra o coração humano. Jesus ensinou que o pecado também se manifesta em
pensamentos e intenções do coração (Mateus 5:21-22, 27-28). A total depravação
humana significa que todo ser humano é afetado pelo pecado em todas as áreas da
vida.
d) Consequências do Pecado: As consequências do pecado são vastas e incluem a
separação de Deus, a morte espiritual e física, bem como a degeneração da criação. A
Bíblia destaca que o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida
eterna em Cristo Jesus (Romanos 6:23).
e) Necessidade da Salvação: Compreender o pecado é fundamental para perceber a
necessidade da salvação. O pecado cria um abismo intransponível entre a humanidade
e Deus, e é somente através da redenção em Cristo que essa lacuna pode ser superada.

2. LEI: A lei, como revelada no Antigo Testamento, destaca a perfeição e a santidade de


Deus. A lei não apenas aponta para a inadequação humana, revelando o pecado, mas
também estabelece padrões morais que refletem a natureza divina. No entanto, a lei
não tem o poder de salvar; ela destaca a necessidade de um Salvador.

a) Natureza da Lei: A lei, como apresentada nas Escrituras, refere-se aos mandamentos
divinos que expressam a vontade e a natureza santa de Deus. O Antigo Testamento
destaca a entrega da Lei a Moisés no monte Sinai como um guia moral e espiritual para
o povo de Deus.
b) Propósito da Lei: A lei tem vários propósitos na teologia cristã. Primeiramente, ela
revela a perfeição de Deus e estabelece padrões morais que refletem Sua natureza
santa (Romanos 7:12). Em segundo lugar, a lei revela o pecado ao destacar a
incapacidade humana de cumpri-la completamente (Romanos 7:7-8). Por fim, a lei serve
como um tutor que nos conduz a Cristo, mostrando a necessidade de um Salvador
(Gálatas 3:24).
c) Incapacidade Humana diante da Lei: Apesar de sua santidade, a lei destaca a total
depravação humana e a incapacidade do homem de alcançar a justiça por meio de suas
próprias obras (Romanos 3:20). A lei mostra que todos pecaram e carecem da glória de
Deus.
d) A Lei e a Necessidade da Salvação: A lei, ao revelar a natureza pecaminosa da
humanidade, ressalta a necessidade da salvação. Os seres humanos são incapazes de
cumprir plenamente os requisitos da lei, e é somente através da graça de Deus que a
redenção é possível.
e) Cumprimento da Lei em Cristo: Jesus Cristo é apresentado nas Escrituras como aquele
que cumpriu perfeitamente a lei (Mateus 5:17). Ele é o único capaz de satisfazer
plenamente os requisitos da justiça divina, proporcionando assim a base para a
salvação.

3. GRAÇA: A graça é o favor imerecido de Deus concedido à humanidade. É através da


graça que a salvação é oferecida. Os cristãos acreditam que a salvação é um dom
gratuito de Deus, concedido pela Sua graça e recebido pela fé.

a) Definição de Graça: A graça, do ponto de vista teológico, é o favor imerecido e


incondicional de Deus concedido à humanidade. Ela representa a generosidade divina
que oferece salvação, perdão e bênçãos espirituais sem qualquer mérito humano.
b) Natureza da Graça: A natureza da graça destaca sua gratuidade e bondade.
Contrariamente à justiça, que daria a cada pessoa o que ela merece, a graça oferece o
que ninguém merece. Ela é expressa como um presente de Deus, não como uma
recompensa pelos esforços humanos.
c) Graça na Salvação: A salvação, conforme ensinado nas Escrituras, é alcançada pela
graça mediante a fé em Jesus Cristo (Efésios 2:8-9). Os seres humanos, incapazes de
cumprir plenamente a lei, recebem a salvação como um dom gracioso de Deus,
proporcionado pela obra redentora de Cristo na cruz.
d) Graça Preveniente: Alguns teólogos destacam a graça preveniente, que é a ideia de
que Deus, em Sua graça, age primeiro, atraindo as pessoas para Si. Antes mesmo de
buscarmos a Deus, Ele nos busca, iniciando o processo de salvação.
e) Graça Suficiente: A graça de Deus é considerada suficiente para todas as necessidades
espirituais. Ela não apenas oferece a salvação inicial, mas também capacita os crentes a
viverem uma vida piedosa e a perseverarem na fé.
f) Desafio da Graça: Apesar de ser um presente gratuito, a graça não é uma licença para
o pecado. Os crentes são chamados a viverem vidas santas em resposta à graça
recebida (Romanos 6:1-2).

4. ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO: A eleição e predestinação refletem a soberania de Deus


na escolha daqueles que serão salvos. Os crentes são escolhidos antes da fundação do
mundo, não com base em méritos humanos, mas de acordo com o propósito soberano
de Deus (Efésios 1:4-5).

a) Eleição: A eleição refere-se ao ato soberano de Deus ao escolher indivíduos para a


salvação. Essa escolha não é baseada em méritos humanos, mas no propósito divino
(Efésios 1:4-5). A eleição destaca a soberania de Deus na salvação, mostrando que a
iniciativa vem Dele.
b) Predestinação: A predestinação está relacionada à eleição e envolve o destino ou
destino predeterminado dos escolhidos. Deus, em Sua soberania, predestinou aqueles a
quem escolheu para serem conformes à imagem de Seu Filho (Romanos 8:29). Isso não
significa uma determinação mecânica, mas a garantia do resultado final para os eleitos.
c) Base Bíblica da Eleição: A base bíblica da eleição é encontrada em várias passagens,
como Romanos 9, Efésios 1 e 2 Timóteo 1. Esses textos enfatizam a soberania de Deus
na escolha daqueles que seriam salvos antes mesmo da fundação do mundo.
d) Mistério da Eleição: Apesar de ser uma doutrina claramente ensinada nas Escrituras, a
eleição é também apresentada como um mistério que transcende a compreensão
humana (Romanos 11:33-36). Os crentes são chamados a aceitar a revelação bíblica
mesmo quando aspectos dela permanecem além da nossa compreensão completa.
e) Responsabilidade Humana: A doutrina da eleição não nega a responsabilidade
humana na resposta à mensagem do Evangelho. Os eleitos são chamados a crer em
Cristo, e a eleição não anula a importância da fé e da responsabilidade pessoal diante
de Deus.
f) Consolo e Segurança: Para os crentes, a doutrina da eleição oferece consolo e
segurança. Saber que foram escolhidos por Deus antes mesmo da criação proporciona
uma base sólida para a confiança na obra redentora de Cristo e na perseverança da fé.

5. JUSTIFICAÇÃO: A justificação é o ato de Deus declarar o pecador como justo diante


Dele. Isso é possível através da fé em Jesus Cristo, que cumpriu os requisitos da lei e
ofereceu-se como sacrifício pelos pecados.

a) Definição de Justificação: A justificação é um ato legal e declarativo de Deus, no qual


Ele declara o pecador como justo com base na obra redentora de Jesus Cristo. Isso
envolve a remissão dos pecados e a imputação da justiça de Cristo à conta do crente.
b) Base Bíblica da Justificação: A base bíblica da justificação é amplamente encontrada
nas Escrituras. Romanos 3:24 destaca que os crentes são justificados gratuitamente pela
graça, mediante a redenção em Cristo. Gálatas 2:16 ressalta que não somos justificados
por obras, mas pela fé em Jesus Cristo.
c) Significado Teológico: Teologicamente, a justificação é mais do que o perdão dos
pecados; é a atribuição da justiça de Cristo ao crente. Deus não apenas absolve, mas
também vê o crente como legalmente justo diante Dele.
d) Relação com a Fé: A justificação está intimamente ligada à fé. Os crentes são
justificados pela fé em Jesus Cristo, não por suas próprias obras. Essa fé é o meio pelo
qual eles recebem a justiça de Cristo.
e) Não por Obras: A doutrina da justificação enfatiza que a salvação não é alcançada por
méritos humanos. Obras não contribuem para a justificação; ela é uma dádiva graciosa
de Deus (Efésios 2:8-9).
f) Exclusão de Condenação: A justificação não apenas declara a justiça do crente, mas
também o exclui da condenação. Romanos 8:1 destaca que "não há condenação para os
que estão em Cristo Jesus."
g) Satisfação da Justiça Divina: A justificação é a maneira pela qual a justiça de Deus é
satisfeita. Cristo, ao sacrificar-se na cruz, proporcionou a base para a justificação,
reconciliando a justiça divina com a misericórdia.
h) Contínua Posição de Justiça: A justificação não é um evento único, mas estabelece
uma posição contínua de justiça para o crente. Essa posição é mantida pela obra
contínua de Cristo como nosso Advogado junto ao Pai.

6. REGENERAÇÃO: A regeneração é a obra do Espírito Santo na transformação interior do


crente. É um novo nascimento espiritual que capacita o indivíduo a viver uma vida
voltada para Deus.

a) Definição de Regeneração: A regeneração é o ato soberano de Deus, realizado pelo


Espírito Santo, no qual uma pessoa é renovada espiritualmente. Essa transformação
interior resulta em uma nova natureza espiritual, capacitando o crente a viver em
conformidade com os padrões divinos.
b) Base Bíblica da Regeneração: A base bíblica da regeneração está presente nas
palavras de Jesus a Nicodemos em João 3:3, onde Ele afirma que é necessário nascer de
novo para ver o Reino de Deus. Passagens como Tito 3:5 destacam a obra regeneradora
do Espírito Santo na salvação.
c) Necessidade da Regeneração: A regeneração é necessária devido à condição caída da
humanidade. Como resultado do pecado, todos nascem espiritualmente mortos (Efésios
2:1). A regeneração é, portanto, a resposta divina para restaurar a vida espiritual
perdida.
d) Natureza da Regeneração: A regeneração não é simplesmente uma melhoria moral,
mas uma criação de algo novo. O crente torna-se uma nova criação em Cristo (2
Coríntios 5:17), recebendo um coração transformado e uma disposição para buscar a
Deus.
e) Relação com a Fé e Arrependimento: A regeneração está interconectada com a fé e o
arrependimento. É o Espírito Santo quem capacita a pessoa a responder ao chamado do
Evangelho com fé em Jesus Cristo e arrependimento dos pecados.
f) Selo e Garantia da Salvação: A regeneração é vista como um selo e garantia da
salvação. Os crentes são selados pelo Espírito Santo como propriedade de Deus e
recebem a garantia da herança eterna (Efésios 1:13-14).
g) Processo Contínuo: Embora a regeneração seja uma obra instantânea de Deus, ela
também é parte de um processo contínuo de santificação na vida do crente. A vida
regenerada é caracterizada pela busca contínua da semelhança com Cristo.
7. FÉ E ARREPENDIMENTO: A salvação é alcançada pela fé em Jesus Cristo. A fé envolve
confiança e entrega a Cristo como Salvador e Senhor. O arrependimento é a mudança
de mente e coração que leva a uma volta em direção a Deus e afastamento do pecado.

a) Fé: A fé, do ponto de vista teológico, é a confiança e a entrega a Deus. Na salvação,


envolve crer em Jesus Cristo como o Salvador pessoal e confiar na obra redentora
realizada por Ele na cruz.
b) Base Bíblica da Fé: A base bíblica da fé é proeminente nas Escrituras. João 3:16 destaca
que quem crê em Jesus terá a vida eterna. Efésios 2:8-9 enfatiza que somos salvos pela
graça, por meio da fé, e não por obras.
c) Natureza da Fé: A natureza da fé envolve uma aceitação ativa da verdade divina. É mais
do que um assentimento intelectual; é um compromisso do coração. A fé é o meio pelo
qual os crentes recebem a justificação e a salvação.
d) Arrependimento: O arrependimento, por sua vez, é uma mudança de mente e direção.
Na salvação, implica uma volta do pecado para Deus. É o reconhecimento da
necessidade de perdão e da disposição de abandonar o caminho do pecado.
e) Base Bíblica do Arrependimento: A base bíblica do arrependimento é evidente nas
palavras de Jesus em Marcos 1:15, onde Ele proclama: "Arrependam-se e creiam nas
boas-novas." O apóstolo Pedro também enfatiza o chamado ao arrependimento em
Atos 2:38.
f) Interconexão de Fé e Arrependimento: A fé e o arrependimento estão
interconectados na experiência da salvação. Crer em Cristo implica um reconhecimento
da necessidade de perdão e uma mudança de direção longe do pecado. A fé é
inseparável do arrependimento genuíno.
g) Contínua Caminhada de Fé e Arrependimento: A fé e o arrependimento não são
eventos isolados, mas marcam o início de uma jornada contínua. Os crentes são
chamados a viver uma vida de fé e arrependimento, crescendo na semelhança com
Cristo.
h) Graça Capacitadora: Ambos, fé e arrependimento, são capacitados pela graça divina. É
a obra do Espírito Santo que convence, capacita e sustenta os crentes em sua jornada
de fé e arrependimento.

8. ADOÇÃO: A adoção é um aspecto da salvação que reflete a nova relação do crente com
Deus. Através de Cristo, os crentes são adotados como filhos de Deus, desfrutando de
uma comunhão íntima com Ele.

a) Definição de Adoção: Adoção, na teologia, refere-se ao ato gracioso de Deus pelo qual
Ele aceita os crentes como filhos, conferindo-lhes os privilégios e a posição de herdeiros
espirituais.
b) Base Bíblica da Adoção: A base bíblica da adoção é evidente em passagens como
Romanos 8:15-17, onde os crentes são chamados de filhos de Deus e co-herdeiros com
Cristo. João 1:12 destaca que aqueles que creem em Jesus têm o direito de se tornarem
filhos de Deus.
c) Filiação Celestial: A adoção implica uma mudança de status espiritual. Os crentes não
são apenas perdoados, mas são elevados à condição de filhos de Deus, desfrutando de
uma relação íntima e pessoal com Ele.
d) Semelhança com Cristo: A adoção envolve a transformação progressiva dos crentes
para a semelhança de Cristo. Eles são moldados e capacitados pelo Espírito Santo para
refletirem a imagem do Filho de Deus.
e) Privilegiados Herdeiros: Os crentes, como filhos adotivos de Deus, tornam-se
herdeiros das promessas divinas. Isso inclui a herança da vida eterna e participação na
glória futura ao lado de Cristo.
f) Relação de Intimidade: A adoção não é apenas um ato legal; é o estabelecimento de
uma relação de intimidade com Deus. Os crentes têm o privilégio de chamar a Deus de
Pai, expressando uma proximidade e confiança semelhantes à relação entre pais e
filhos.
g) Impacto na Identidade Cristã: A doutrina da adoção impacta profundamente na
identidade dos crentes. Eles não são mais estranhos, mas pertencem à família de Deus,
recebendo amor, cuidado e proteção paternos.
h) Responsabilidade Ética: A adoção não é apenas um benefício, mas também traz
consigo responsabilidades éticas. Os filhos de Deus são chamados a viver de acordo
com a natureza da nova família, refletindo os valores e a santidade divina.

9. PERSEVERANÇA DOS SANTOS: A doutrina da perseverança dos santos afirma que


aqueles que são genuinamente salvos permanecerão firmes na fé até o fim. Isso não é
baseado na força humana, mas na fidelidade de Deus em preservar Seus eleitos.

a) Definição de Perseverança dos Santos: A perseverança dos santos refere-se à


doutrina que afirma que os verdadeiros crentes, uma vez salvos, serão guardados e
permanecerão na fé até o fim de suas vidas. É a garantia da preservação divina da
salvação dos redimidos.
b) Base Bíblica da Perseverança: A base bíblica da perseverança dos santos é sustentada
por passagens como João 10:27-29, onde Jesus declara que Suas ovelhas têm a vida
eterna e jamais perecerão. Filipenses 1:6 destaca a confiança de que Aquele que
começou a boa obra irá completá-la.
c) Segurança na Obra de Deus: A perseverança dos santos está fundamentada na
segurança da obra redentora de Deus. A salvação não depende da habilidade humana
de se manter, mas na fidelidade de Deus em preservar aqueles que Ele escolheu.
d) Ação do Espírito Santo: A doutrina enfatiza a ação contínua do Espírito Santo na vida
do crente, capacitando-o a perseverar na fé. O Espírito Santo é visto como o selo e a
garantia da herança eterna (Efésios 1:13-14).
e) Garantia da Salvação: A perseverança dos santos não é uma licença para a negligência
espiritual, mas uma garantia da salvação baseada na obra completa de Cristo. Os
crentes podem confiar na promessa divina de que nada pode separá-los do amor de
Deus (Romanos 8:38-39).
f) Responsabilidade do Crente: Embora a segurança eterna seja assegurada pela graça
de Deus, os crentes têm a responsabilidade de perseverar na fé, buscar a santidade e
continuar crescendo espiritualmente. A segurança não elimina a importância da
colaboração ativa com a graça divina.
g) Consolo em Dificuldades: A doutrina da perseverança dos santos oferece consolo em
meio às dificuldades e dúvidas. Os crentes podem confiar na promessa de que Deus
completará a obra que Ele começou, mesmo em meio às lutas da vida.
h) Adoração e Gratidão: A compreensão da perseverança dos santos inspira adoração e
gratidão. Os crentes reconhecem a bondade de Deus em assegurar a eternidade
daqueles que Ele chamou para Si.

CONCLUSÃO: Os fundamentos teológicos da salvação são essenciais para uma compreensão


completa e profunda da fé cristã. A doutrina da salvação é central na teologia cristã e tem sido
alvo de debates e reflexões ao longo dos séculos.

Os fundamentos teológicos da salvação incluem a crença de que o ser humano está separado
de Deus devido ao pecado original e pessoal, e que a salvação só pode ser alcançada através da
graça de Deus. Jesus Cristo é considerado o único meio de reconciliação com Deus, através de
sua vida, morte e ressurreição.

A salvação é vista como um presente de Deus que só pode ser recebido pela fé. A fé é
entendida como uma entrega total a Deus e à sua vontade, confiando que ele é capaz e
disposto a salvar. Essa fé é vivida através da obediência e busca constante de santidade.

Outros elementos fundamentais da teologia da salvação incluem a convicção de que a salvação


é para todos, independentemente de suas origens étnicas, sociais ou educacionais. Além disso,
a salvação é vista como um processo contínuo, no qual o indivíduo é transformado e santificado
pelo Espírito Santo ao longo de sua vida.

Em resumo, os fundamentos teológicos da salvação são cruciais para a compreensão da


mensagem cristã. Eles mostram que a salvação é um ato gracioso de Deus, realizado por meio
de Jesus Cristo, e que requer fé, obediência e busca de santidade. Esses fundamentos são a base
para a vida cristã e para uma esperança de vida eterna com Deus.

CONTEÚDO EXTRAÍDO:
Luciano Subirá: Graça Transformadora - Apostilha Teologia Cristã: Hamartologia" e
"Soteriologia" - João Calvino: Institutas da Religião Cristã - John Owen: A Morte da Morte
na Morte de Cristo - John Wesley: Predestinação Calciniana - Charles Spurgeon: Vários
sermões e escritos - Jonathan Edwards - "Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado" (Em
ressalta alguns conteúdos da internet).

Você também pode gostar