[METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E SUAS

LITERATURAS – II]

[ASPECTOS METODOLÓGICOS E APRENDIZAGEM]

É importante que o trabalho de um professor produza efeitos

Não há como atingir as metas sem que resultados esperados sejam definidos

*Um professor se constrói professor pela sua ação. E seu aluno pode ser o seu espelho de amanhã. É
ele quem fará a diferença para outros que virão e se tornarão profissionais competentes do saber e
fazer.

“Pela aprendizagem, aprendemos a ser o que somos por meio de duas formas: a espontânea e a
intencional” (Cipriano Luckesi)

[RECURSOS METODOLÓGICOS PARA O ENSINO – APRENDIZAGEM]

É evidente que um professor pode fazer mais pelos alunos ensinando-lhe a ler e a pensar do que
dando somente o conteúdo, pois o uso da linguagem influi no pensamento.
O professor tem de preparar o seu PLANO DE AULA com fins didáticos diferenciados, levando em
consideração o repertório de vivência do seu educando.

[O CONHECIMENTO E O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA]

A linguagem oral introduz a criança desde muito pequena, no seu grupo familiar e na sua
comunidade colocando a em contato com as crenças, os valores e o modo de vida deste grupo.
O simples fato de dominar a norma padrão, não coloca estas crianças naturalmente em condições de
igualdade social com a classe dominante, tendo em vista que o prestígio da linguagem associa-se
diretamente à posição social do falante ou do escritor.

[CONTRIBUIÇÃO DE PENSADORES PARA O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA]

*O professor deve se posicionar como um mediador e um colaborador promovendo a interação do

aluno/sujeito tanto com o conhecimento formal, quando com a bagagem de conhecimento que ele
traz de seu cotidiano.

[Hipótese – Silábica] – é que cada letra representa uma sílaba. Cria suas próprias condições de
contradição entre o controle silábico e a quantidade mínima de letras

[Hipótese Silábico – Alfabética] – marca a transição entre os esquemas prévios

[Hipótese Alfabética] – poderia ser caracterizada como sistema de representação cujo intuito
original é representar as diferenças entre os significantes nessa fase a criança deve ter
reconhecimento de leitura e escrita.

[ATIVIDADES DE ENSINO]

A linguagem esta associada a posição social

No contexto é que se garante o espaço e a oportunidade para que cada aluno, de acordo com o seu
ritmo, por meio das mais variadas formas, realize seu contato com a língua.

*A linguagem é responsável pela constituição de relações sociais:

_Podemos concluir que a interligação entre o conhecimento e o ensino deve fazer com que o aluno
se encontre no mundo em que vive e desenvolva-se de modo global e dinâmico. Isso ocorre por
meio de atividades de ensino, ricas em situações que envolvam diálogos, conversas, debates.

[ANÁLISE DA PROPOSTA CURRICULAR PARA O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA]

_Após o contato prévio com a proposta curricular, é necessário que o professor delimite certos
objetivos que o auxiliem em sua prática pedagógica e tenha em mente o porque e para que ele deve
ensinar língua portuguesa.
O primeiro princípio abordado é a linguagem. A linguagem é uma atividade humana, histórica e
social que deve obedecer certas regras e princípios, não deixando de levar em consideração toda
bagagem sociocultural que a criança carrega consigo.

O texto é um trabalho sobre a experiência concreta, que favorece a espontaneidade, a criação, a

interação com o meio e o desenvolvimento da expressão.

É necessário frisar que, na maioria das vezes, a escola que não sabe trabalhar de forma coerente
com tais variações linguísticas, acaba por promover e acentuar um processo discriminativo.

[ANÁLISE DA PROPOSTA CURRICULAR PARA O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA II]

Dentro deste item, podemos ter como importantes para o leitor obter informações:

_a função social do texto

_a unidade temática do texto
_as diferentes interpretações do texto segundo suas experiências de leitor
_a interpretação que se sustenta no próprio texto
_os recursos expressivos utilizados pelo autor
_o ponto de vista do autor
_compreender suas intenções e propósitos
_os elementos que o estruturam

[O PAPEL DA LÍNGUA PORTUGUESA]

Em suma, o papel da língua portuguesa é fazer com que o aluno leia e interprete um texto,
identifique o assunto, o tema e a função do tipo de texto lido e produza um texto.

[PROPOSTA CURRICULAR]

O aluno é visto como um ser situado em um contexto histórico, que deve ser respeitado em suas
características peculiares e conduzindo a desenvolver habilidades de crítica, de interpretação para o
discurso oral e escrito. Mas também é inserido num contexto onde a comparação da realidade é
observada em situações institucionais com a prática cotidiano.

_Primeiramente a proposta trabalha com conteúdos e objetivos na fase infantil dando ênfase à
linguagem e várias expressões literárias como foram vistas nas aulas anteriores.

Nas séries posteriores no infantil, a ênfase deve ser trabalhar com textos orais e escritos, antes de
serem introduzidos as regras, definições. Enfim, noções de morfologia e sintaxe de forma
sistemática. Tanto no infantil como nas séries posteriores, a aquisição do conhecimento se dá por
intermédio da interação com o meio.
[PROCEDIMENTOS DE LEITURA – I]

Com relação a produção de texto, o professor pode elaborar diversos tipos de textos segundo sua
função social a partir da leitura, utilizando-se dos elementos estruturais identificados no trabalho de
reflexão e operação sobre a linguagem e demonstrando conhecimento.

_da modalidade padrão não como forma substitutiva mas como uma forma a se dispor
_dos procedimentos de coesão e coerência
_de organização dos diálogos
_recursos expressivos para construir o texto segundo suas intenções e produções
_a ortografia
_da organização gráfica do texto

[Estruturação de Frases] – observe, compare e compreenda as várias possibilidades que a língua

oferece como construção conforme os elementos considerados relevantes para o discurso e as
perspectivas em que ele queira construir a oração

1) ATIVIDADES DE LINGUAGEM
*conversar, comentários, relatos, debates, dramatizações

2) LEITURAS DE TEXTOS DIVERSOS

*literários (narrativas, infanto – juvenil, contos)
*jornalísticos (títulos, manchetes, resumo, entrevistas)
*utilitários instrucionais (receitas, bulas, notas)
*histórias em quadrinho
*cartas, bilhetes, diários
*propagandas
*listas
*relatos de experiências

3) ATIVIDADES DE REFLEXÃO E OPERAÇÃO SOBRE A LINGUAGEM

*observar, comparar e compreender no que se refere à aquisição da fase alfabética e do
funcionamento do sistema de representação da linguagem escrita

4) AS CONVENÇÕES FIXAS E EXTERNAS DO SISTEMA

*ortografia das palavras
*a direção da escrita
*formas e tipos de letras
*a segmentação
*os sinais de pontuação

5) NO QUE SE REFERE À PRODUÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

*as diferentes interpretações de texto
*diferentes maneiras de se construir outros textos
*organização de parágrafos.

[PROCEDIMENTOS DE LEITURA – II]

_O que fazer durante a leitura?

A) Atividades de Linguagem
*Expressão de interpretação de vivência através de diferentes formas de manifestações (gestos,
desenhos, cores, movimentos
*Conversas, comentários

[O Oral e o Escrito]
_O professor de língua portuguesa tem de ser mágico, idealista, real. Ele tem de honrar o valor de
poder adentrar no âmbito de se fazer formados de grandes profissionais, pois sem leitura e escrita
não tem como ser profissional.

[Produção de Texto]

Diante disso, seria relevante que o professor se perguntasse o que ele próprio considera uma boa
leitura, um bom leitor, um bom autor e quais instrumentos metodológicos podem fazer da escola um
lugar que ajude na constituição destes autores.

[A Importância da Poesia]

O texto poético é o espaço mais rico e amplo, capaz de permitir a liberação do imaginário e do
sonho das pessoas.
Segundo o poeta José Paulo Paes “um mundo sem poesia é o mais triste dos mundos”

_Preconceito com a poesia

Alguns poetas devem ser destacados: Vinícius de Moraes, Cecília Meirelles, Fernando Pessoa,
Mário Quintana, José Paulo Paes

[ATIVIDADES PRÁTICAS: MANIFESTAÇÃO DA POESIA]

O gosto pela poesia pode ser aprendido desde a cantiga de ninar, pois a poesia é uma ARTE.

A poesia depende da leitura (o ler e interpretar) e da escrita(análise e crítica). Ela dá – a grande

possibilidade de brincar com as palavras: som, significado, visualidade.

[Plano de Aula]

[Disciplina] – Língua Portuguesa

[Turma] – 8º série
[Objetivo Geral] – ampliar o conhecimento da produção poética e descobrir características da
poesia
[Objetivos Específicos] – perceber a diferença que a distinguem
[Conteúdo] – características da poesia

*Desenvolvimento Metodológico – levar para aula livros contendo poemas diversos, que
apresentem características distintas, e distribuir aos alunos. Depois pedir aos alunos lerem poema
que escolheram analisar. Analisar alguns poemas dos alunos.

*Avaliação – diagnóstico: durante a participação e atuação das atividades, assim como a realização
de uma produção escrita

[A COMPETÊNCIA LEITORA E O PCN DE LÍNGUA PORTUGUESA]

Segundo os parâmetros curriculares nacionais de língua portuguesa (2001)

[A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do
texto a partir dos seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor de tudo o que
sabe sobre a língua]

É o uso de procedimentos que permite controlar o que vai sendo lido, tomar decisões diante de
dificuldades de compreensão, arriscar-se diante do desconhecido:

[No entanto, existem práticas de leitura que não mudam a visão do mundo do aluno, pois a
atividade de leitura se dá de forma mecanizada, o aluno só precisa passar os olhos pelo texto e
encontrar a resposta]

_De acordo o PCN de língua portuguesa um leitor competente é aquele que sabe selecionar, dentre
todas as variedades de textos, os que atendem ás suas necessidades, estabelecendo estratégias
adequadas para a abordagem desses textos.

*a escola deve possuir uma biblioteca que coloque a disposição dos alunos textos de gêneros
variados, materiais de consulta
*é desejável que as salas de aula disponha de um acervo de livros
*o professor deve organizar momentos de leitura livre que permitam a troca de impressões

_A leitura deve ser diária e pode ser realizada de forma silenciosa.

[Tipos de Leitura, segundo o PCN de Língua Portuguesa]

[Colaborativa] – é feita a partir da leitura realizada pelo professor, e questiona os alunos sobre as
pistas linguísticas que contribuem para a construção do sentido do texto.

[Atividades Sequenciadas de Leitura] – consideram os saberes anteriores dos alunos e dão

continuidade a eles. Desenvolvem o gosto pela leitura e comportamentos de leitores

[Atividades Permanente de Leitura] – situações que apresentam regularidade e visam a formação de

hábitos e procedimentos favoráveis a leitura.

[Leitura Feita pelo Professor] – propicia o acesso a textos longos e difíceis – é o caso da leitura
compartilhada de livros capítulos.

[Projetos] – situações que envolvem objetivos compartilhados e um produto final

[PROCESSAMENTO DA LEITURA]

O simples ato de passar os olhos pelos textos, não significa que a pessoa leu o texto
Enxergar a palavra e seu significado no texto é compreender seu valor e sua função num contexto.
Dessa maneira, o professor deve trabalhar com os alunos, ao mesmo tempo, diversos formatos de
textos ou atividades num contexto

[Objetivos da Leitura]

É desejável que o aluno se coloque como sujeito da leitura e para que se realize tal fato é necessário
que ele saiba identificar os objetivos da leitura, isto é, saber qual a real finalidade e importância de
ler determinado texto, e ter consciência de como se dá essa compreensão.

_Ter flexibilidade na leitura é uma das características do leitor proficiente.

*Ler é a resposta a um objetivo, a uma necessidade pessoal. Devido à diversidade de objetivos, o
leitor fará suas escolhas baseando-se em predições quanto ao conteúdo
[Exemplos relevantes de como proceder para que os objetivos de leitura venham a ser alcançados]

[TÓPICO I]
_A tarefa do leitor competente é aprender o sentido global do texto, utilizando recursos para a sua
compreensão, de forma autônoma.

D1 – Localizar informações explícitas em um texto.

[O CONHECIMENTO PRÉVIO]

É aquele que um leitor construí, ou não, ao logo de sua vida e traz para a sala de aula
_O aluno que lê sem ter um conhecimento prévio do assunto, tanto sobre o assunto como sobre o
autor que escreveu, a época em que se passa, sentirá mais dificuldade para ler.

[Tomemos Como Exemplo] – a leitura de uma propaganda em que se integram a linguagem verbal e
linguagem não verbal. Quando orientamos os alunos a pensar na intenção do autor, ao iniciar a
leitura, ele buscará as marcas linguísticas dessa intencionalidade, compreendendo a mensagem da
propaganda mais facilmente]

Assim como podemos reconhecer à distância uma pessoa conhecida, a partir de algumas
características (altura, cor) assim também durante a leitura podemos reconhecer estruturas e
associar um significado a elas.

Podemos comparar a importância de se ter o conhecimento prévio a apresentação de uma pessoa

que não conhecemos, estando com uma venda nos olhos.

[OS CONHECIMENTOS]

[Conhecimento Linguístico] – abrange a pronúncia, o vocabulário, as regras da língua. Ele

desempenha importante papel no processamento do texto.

[Conhecimento de Morfologia] – trata da estrutura das palavras, interessa -nos analisar e

compreender as palavras, de sua forma e de alguns aspectos de sua flexão, situando as palavras no
sistema linguístico a que ela pertence. É preciso então que o leitor acione seus conhecimentos
morfológicos para compreender de que ou quem falamos e como falamos

[Conhecimento de Sintaxe] – estuda a estrutura formal da frase, as combinações e relações entre as

palavras. A ordenação dos termos da frase revela escolhas por parte do autor que refletem posições,
visões sobre e que se vê e como se mostra.

[Conhecimento do Léxico] – Aprendemos gradativamente os vários significados de uma palavra.

[Conhecimento dos Fonemas] – compreender os sons das palavras sem ser necessário os
conhecimentos gramaticais.

[CONHECIMENTO SOBRE GÊNEROS DE TEXTO]

A leitura difere conforme o texto com qual o leitor se depara

É necessário observar os diferentes tipos de textos que explicitam as diferentes estratégias de

composição textual, analisar sua composição e produção, circulação e consumo do contexto.

_Não se pode ter todos os textos da mesma maneira, pois são encontrados em diferentes suporte e
têm finalidades diversas.

[Poema, Crônica, Romance, Revista, HQs]

Poema – literatura de cordel, retratando temas do cotidiano associando a mitos e lendas, que com
rimas facilita a memorização

Crônica – um gênero recente, uma leitura de entretenimento que explora recursos lúdicos e
humorístico do cotidiano

Romance – explora a multiplicidade de vozes com diferentes visões do mundo. Os personagens,

tempos e espaço se transformam e se misturam envolvendo o leitor.

Conto – é uma narrativa curta, que apresenta: enredo, espaço, tempo, personagem e o narrador que
apresenta o ponto de vista

Jornais – apresenta uma diversa coletânea de textos: notícias, propagandas, crônicas, charges,
anúncios e outros

Revistas – (informativas) (Veja, Isto É) – trazem as mesmas informações contidas nos jornais,
porém de forma mais sofisticada.

HQ (História em Quadrinhos) – é um gênero que hoje apresenta um espaço próprio de produção e

recepção. Integram duas linguagens: a visual e a verbal

D5 – Interpretar textos com o auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, fotos).
Pode-se avaliar a habilidade de o aluno reconhecer a utilização de elementos gráficos.

[FINALIZANDO O PROCESSAMENTO DA LEITURA]

*Ao ler cada leitor processa as informações do texto a partir de suas crenças, valores, opiniões,
gostos, etc. Por isso a leitura de um texto (mesmo) pode apresentar diferentes interpretações.
*Cada leitor deve ser estimulado a posicionar-se frente ao que leu, por isso é importante que o
professor possibilite ao estudante expressar publicamente o que pensa.

Para avaliar quais procedimentos foram empregados o professor pode verificar se os alunos são
capazes:

_identificar o tema e a ideia principal

_se recupera as informações literais
_se compreende conteúdos não explícitos que envolvem inferência e integração de segmento
_se sintetiza o texto de modo coerente
_e avalia criticamente o texto lido

[TÓPICO I – PROCEDIMENTOS DE LEITORA]

D3 – Interferir o sentido de uma palavra ou expressão

_Dá-se uma expressão ou palavra do texto e pergunta-se que sentido ela adquire (Estabelece
relações entre essas informações e seus conhecimentos prévios)
D4 – Inferir uma informação implícita em um texto
_São aquelas que não estão presentes claramente na base textual, mas podem ser construídas pelo
leitor por meio da realização de inferência que as marcas do texto permitem. Por exemplo, solicita-
se que o aluno identifique o sentido da ação dos personagens ou o que determinado fato desperte
nos personagens entre outras coisas

D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

_O leitor deve ser capaz de perceber a diferença entre o que é fato narrado ou discutido e o que é
opinião sobre elemento

[PRÁTICA DE PRODUÇÃO DE TEXTOS ORAIS E ESCRITOR]

*De acordo com o PCN de língua portuguesa ao se produzir um texto oral, sabemos que uma vez
dito, ele não pode ser retomado ou reconstruído, a não ser em condições específicas de programas
de rádio ou TV. O controle do texto oral é feito previamente considerando-se as condições em que é
veiculado, espaço, tempo, público, objetivos, e as reações dos receptores.

_elaboração de esquemas para a exposição

_preparação de cartazes e transparência para permitir um melhor controle sobre a falta durante a
exposição
_elaboração de roteiros
_preparação prévia da leitura

*O trabalho com produção de textos tem a finalidade de formar escritores competentes, capazes de
olhar para o próprio texto e verificarem se está claro ou confuso.

_Para que o aluno possa aprender a escrever, é necessário ter acesso à diversidade de textos escritos
em diferentes circunstância.

Fica, claro todo projeto precisa estar relacionado aos conteúdos curriculares estabelecendo as metas
a serem alcançadas

[Objetivos Específicos] – o que o professor e os alunos desejam com o projeto

[Objetivos da Vida Cotidiano] – (questões práticas relacionadas com a construção do grupo) e de
empreendimento (apoiados em situações reais, nas realizações do grupo)

[Segundo Coll (1994), entre os aspectos mais importantes dos conteúdos e objetivos, destacam-se
os seguintes:

[Aspectos Conceituais] – o saber do aluno e do professor, conceitos que trabalham a matéria em si,
ou seja, a parte formal, facilitando a identificação do conteúdo. Essa metodologia de ensino se
fundamenta nas chamadas concepções prévias dos estudantes, a partir das quais ele irá construir
significados, transformando, individual e coletivamente.

[Aspectos Procedimentais] – o saber fazer do aluno e do professor. Expressam um saber fazer

envolve tomar decisões e realizar uma série de ações de forma ordenada e não aleatório, para atingir
uma meta. Realizar uma pesquisa desenvolve experimentos, fazer um resumo, construir uma
maquete.

[Aspectos Atitudinais] – o saber ser do aluno e do professor. Expressam as atitudes e os valores

reforçados ou negados no cotidiano na sala de aula, a maioria das vezes colocados de forma
subliminar.
*Para Nogueira os projetos podem ser trabalhados juntamente com outras disciplinas e devem
atingir a interação das disciplinas e dos diferentes saberes das várias áreas do conhecimentos

[PRODUÇÃO DE TEXTO ESCRITOS]

O autor deve considerar uma série de aspectos: o que dizer, a quem dizer, como dizer. Uma série de
atividades didáticas auxilia o estudante a enfrentar o desafio de escrever um texto de boa qualidade,
como a transição, a reprodução, o decalque e a autoria.

[As atividades de TRANSCRIÇÃO exigem do aluno atenção para garantir fidelidade ao original]
[Já as atividades que envolvem reproduções, paráfrases e resumos permitem que o aluno fique, em
parte, liberado da tarefa de pensar sobre o que escreve, pois o conteúdo já estão apresentado]

_Em samir Meserani (2002) encontramos várias referências sobre a produção de textos na escola.
Ele cita as seguintes categorias textuais escolares: reprodução, paráfrase e criação.

[Reprodução] – como registro, documental, fórmulas literárias, escolares

[Paráfrase] – reprodução, reprodutiva, criativa
[Criação] – o texto criativo literário, a redação escolar criativa

*Reprodução – expressão que indica uma igualdade entre um produto e o original. Um texto só sera
reprodutivo quando relacionado a outro que lhe serve de original. Encontramos reproduções
narrativas, descritivas ou dissertativas.

*Reprodução Como Registro – anotação ou cópia feita em benefício da memória

*Reprodução Documental – reproduções históricas e jurídicas. A cópia deve valer tanto quanto o
original

*Reprodução Formular – é aquela que mantém a mesma linguagem do original, prendendo-se mais
ao teor informativo e estilístico do original

*Reprodução Literária – propriedade e apropriação

_propriedade – resulta do trabalho de criação de alguém sem ser intertextualidade. Ex – citação
_apropriação – colagem de textos de vários autores num processo de fusão

*Reprodução escolar – é compreendida como o texto do aluno que repete a aula ou outro texto e
tem por objetivo provar assimilação ou fixação da matéria dada.

*Paráfrase – é a reafirmação com outras palavras do mesmo sentido do original. Pode ser também o
esclarecimento de uma passagem difícil da obra.

*Paráfrase Reprodutiva – serve para sintetizar uma mensagem no todo ou parcialmente, de modo
quase literal. Ex – o autor cita os textos da impressa escrita, televisiva que repetem com poucas
modificações as mesmas fontes

*Paráfrase Crítica – ultrapassa os limites da confirmação e da síntese do texto original. Se desdobra

e expande em novos significados

_A variedade de textos existe e o acesso aos materiais não é tão difícil assim.

[DOCUMENTAÇÃO DE TEXTOS ORAIS]

Muitos dos textos que produzimos têm a finalidade de selecionar informações e de organizá-lo para
participamos de forma mais produtiva de debater ou de exposições.

Só há um modo de aprender a escrever, escrevendo e discutindo os textos produzidos com escritores

mais experientes.

_Cada leitor acaba descobrindo qual a forma mais eficientes de realizar suas anotações

[Listas] – permitem recapitular nomes relacionados a um determinado assunto, identificar os

aspectos que compõem algo, levantar as características de um mesmo elementos

[Anotações] – pequenas sínteses que são construídas a partir de um texto original, sem a
necessidade constituírem um texto, isto é, apresentam articulações entre as diversas frases que
compõem cada uma das notas.

[Esquemas] – pode ser composto por palavras chaves ou frases contendo pequenos resumos, mas
tem-se a preocupação de mostrar graficamente as relações entre elas

[Tabelas] – permite apresentar de maneira organizada diferentes tipos de dados que mantém relação
entre si

[Roteiro] – indica passo a passo, através de pequenas descrições, como realizar algo, apresentando
uma sequência de ações e estabelecendo uma progressão entre elas

[Relato] – permite compartilhar com outros uma certa experiência. Não é somente descrever uma
sequência de fatos, mas com certa intencionalidade, conferiu um sentido particular a cada coisa,
transmitindo certa representação das questões humanas

[Relatório] – é um gênero de texto que apresenta informações de modo objetivo, procurando deixar
em segundo plano as opiniões de quem escreve

[Resumo] – um texto necessariamente mais curto que o original, utilizando as informações mais
importantes

[Comentário] – expressa o julgamento de quem escreve. Pode articular-se ao Resumo. A

combinação entre resumo e comentário resulta normalmente na resenha.

[PRÁTICA DE ANÁLISE LINGUÍSTICA]

O ensino da gramática esteve sempre ligado a ideia do escrever corretamente. Os parâmetros

curriculares nacionais destacam a necessidade o professor trabalhar a análise linguística tomando
como ponto de partida o texto produzido pelos alunos

Os textos submetem-se as regularidades linguísticas dos gêneros que representam e as condições

específicas de sua utilização.

_O estudo dos tópicos da gramática não garante que os alunos os utilizem na produção de textos.
Tomando como ponto de partida o texto produzido pelos alunos, o professor pode trabalhar com as
características estruturais do texto e com os aspectos gramaticais.

*Segundo o PCN alguns procedimentos podem ser adotados para a prática de análise linguística.
Propõe – transcrição de textos orais, gravados em áudio ou vídeo para a identificação dos recursos
linguísticos da fala: análise da força expressiva da linguagem popular expressiva da linguagem
popular na comunicação cotidiana na música e nas artes, levantamento de variações linguísticas
determinadas por gêneros, classe social, gerações, grupos, comparação de textos com um mesmo
tempo, comparação de textos escritos por um mesmo autor, textos produzidos em épocas e
condições diferentes.

_De acordo com o PCN, o trabalho com a metalinguagem não tem produzido a reflexão necessária
para a aprendizagem da língua.

[GÊNEROS DO DISCURSO E TIPOLOGIAS TEXTUAIS]

Partimos do pressuposto de que texto e discurso são noções complementares.

O discurso se realiza no texto, compreendendo-se que o discurso existe quando a linguagem entra
em ação “quando os homens utilizam signos sonoros articulados para comunicar seus desejos e
opiniões sobre as coisas.

*O discurso implica atividade comunicativa entre falantes e construção de sentidos. Aquilo que é
dito tem significado em relação ao lugar social onde se diz, a quem se diz e tem relação com outros
discursos que circulam socialmente

_Para Bakthin, todos os contextos sociais empregam a língua, seja em casa, no trabalho, escola. Em
cada espaço de circulação de discursos, ou situação, empregamos uma linguagem que esteja
adequada ao gênero. Escolhemos como iremos organizar e produzir um discurso pois essas escolhas
decorrem das condições de produção do discurso, e por isso, não são aleatórias.

[Gêneros Primários] – aqueles que circulam em esferas mais privadas da sociedade, constituídos na
vida cotidiana: diálogos, bilhetes, etc

[Gêneros Secundários] – são aqueles que aparecem em circunstâncias relacionadas a trocas culturais
e circulam em esferas publicar: escolar, jurídica, jornalística, militar. Podemos citar como
secundários: artigos de divulgação científica, de opinião, conferência, romance.

_Os gêneros disponíveis constituem-se como modelos, evoluem e fazem surgir novos, enquanto
outros desaparecem. A internet é responsável por inúmeros novos gêneros. Citemos algumas dessas
esferas sociais e algum gênero que surge.

*Esferas de negócios – contrato, ofício, carta de informação

*Esferas Científicas – tese, palestra, ensaio
*Esfera Cotidiana – conversa familiar, cumprimento, bilhetes
*Esfera Jurídica – petição, decreto, parecer, recurso
*Esfera Escolar – texto didático, seminário, resumo
*Esfera Artística – conto, romance, novela, crônicas

[TEXTOS LITERÁRIOS]

Feita tanto pela expressão como pelo conteúdo. Tendo em vista que o autor de um texto literário
recria o mundo nas palavras, o que se diz é tão importante como se diz, por isso é necessário
conhecer os múltiplos recursos da linguagem: o uso figurado das palavras, o ritmo e a sonoridade,
as sequências por oposição ou simetria, as repetições expressivas de palavras ou de som.

O trabalho de leitura pode começar pela diferenciação entre texto literário e não literário: a ficção é
a criação literária e a não ficção é o escrito acerca de situações da vida
_O professor deve chamar atenção para o uso das palavras e seus sentidos (denotação/conotação)
em todos os textos. Dessa forma, o aluno perceberá aos poucos como podem ser expressas as
diferentes formas de visão de mundo, de pensamentos.

[CONTO – UMA NARRATIVA CURTA]

O conto é uma narrativa curta que apresenta um conflito, num tempo e espaço reduzido, com um
número de personagens também pequeno. O gênero caiu no gosto de autores do século XVI e XVII
como Cervantes e Voltaire, porém é muito apreciado por escritores modernos.

Toda narrativa é estruturada a partir de cinco elementos: personagens, narrador, tempo, espaço e
fatos. O conto tem como características uma única ação, que compreende os fatos e os atos
envolvendo as personagens. No conto, tudo é condensado dada a sua curta duração.

Há diferentes tipos de conto:

[O Conto de Fadas] – história popular para criança

[O Conto Fantástico] – história que relata fatos aparentemente absurdos, mas que nas entrelinhas
percebe-se a lógica e o sentido
[Conto Folclórico] – criada coletivamente que trata de mitos e crendices
[Conto Literário] – criada artisticamente por um autor
[Conto Policial] – aquele que tem por base uma cadeia de acontecimentos que geram suspense
[Conto Popular] – nascido de tradição oral dos povos, transmitindo ensinamentos
[Conto Psicológico] – em que rebela o mundo interior das personagens.

Despertar em seu espírito uma série de valores latentes em seu íntimo, valores que estão à espera de
um impulso para se projetarem na sua experiência de vida do dia a dia (solidariedade, caridade a
luta por um ideal, o bem, o valor do esforço).

Atuar sobre a sua potencialidade psíquica, despertando e desenvolvendo seus dotes de imaginação e
gosto artístico predispondo-a emocionar-se diante da beleza estética.

Oferecer alimento fecundo à sua imaginação, preparando-a para o conhecimento da realidade

circundante, levando paulatinamente do reino da fantasia para o dos valores do mundo concreto que
a rodeia.

_desenvolver, pelo exercício de leitura, a capacidade expressiva das crianças.

*As narrativas tradicionais têm sua estrutura temporal composta das seguintes frases:
_situação inicial – equilíbrio
_desenvolvimento – o desequilíbrio, surge o problema e as tentativas de solução
_desenlace – feliz – a solução do problema e recuperação do equilíbrio ou infeliz.

*A leitura de contos em sala é bastante produzida se tornarmos essas narrativas como resultado da
expressão do homem e de sua relação com o seu tempo e cultura.

[AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS]

As primeiras narrativas em imagem com textos datam do início do século XIX, quando foram
publicadas as histórias de Topher, em Genebra. Mas nos Estados Unidos alcançou sua glória. No
jornal New York World, em 1895, surgiu o que chamamos de tirinha criada por F. Outcault.
Alguns artistas criaram sozinho suas tirinhas, como é o caso de Schultz autor de Snoopy e Charlie
Brown. Walt Disney com Mickey. Mafalda, do argentino Quino, Grauna e os Fradinhos, do
brasileiro Henfil.

A leitura de histórias em quadrinho é importante pois propicia a reflexão, diverte e esclarece e

desperta “curiosidade” dos alunos.

*Por isso, precisamos oportunizar aos nossos alunos, chances de conhecimentos e conduzir com
mais liberdade o ato de aprender, entendendo que o conhecimento faz parte de todos as produções
humanas, em qualquer área de atuação e demonstração de sua criatividade.

[TEXTOS JORNALÍSTICOS]

O jornal é um veículo de comunicação que comporta diversos gêneros, sobre os assuntos variados.
Nele encontramos editoriais, colunas, críticas, cartas de leitor, notícias, reportagens, de
entretenimento, dicas culturais, cadernos de informática, de educação, de agricultura.

_O professor precisa ensinar o aluno a abordar de forma crítica esse veículo que informa e forma
opinião.
O trabalho com jornais pode ser feito visando a leitura de imagem e de manchetes, comparando-as.

Ler jornais mantém o ser humano informando e desenvolve o seu senso crítico, pois, em alguns
jornais impressos, fatos e opiniões aparecem mais aprofundados e em diferentes “vozes”

Vê-se claramente que a importância dada aos fatos esta diretamente relacionada ao interesse de cada
jornal e de cada cidade.

[REPORTAGEM] – Importante – Diferentes Tipos

[EDITORIAL]

É importante que o professor trabalhe com textos de opinião publicados em jornais, revistas e sites
para ajudar a desenvolver o senso crítico do aluno

*Os autores escrevem textos desse gênero para discutir questões polêmicas de interesse coletivo.
Eles querem influenciar o pensamento dos autores, e se possível mudar de ideia.

Geralmente os textos de opiniões apresentam a questão que vai ser discutida, depois explicitam a
posição assumida pelo autor, os argumentos e a conclusão. Comente com seus alunos sobre a
existência de vários tipos de argumentos: de autoridade, de princípio, de causa, de exemplificação.
Esses argumentos sustentam o ponto de vista.

[Argumento de Autoridade] – a ideia se sustenta pela citação de uma fonte confiável, que pode ser
especialista no assunto ou dados de instituição de pesquisa, uma frase dita por alguém, líder ou
político, algum artista famoso ou algum pensador, enfim, uma autoridade no assunto abordado. A
citação pode auxiliar e deixar consistente a tese.
Não se esqueça de que a frase citada deve vir entre aspas

[Argumento por Causa e Consequência] – para comprovar uma tese, você pode buscar as relações
de causa (os motivos, os porquês) e de consequência (os efeitos, a decorrência)
[Argumento de Exemplificação] – a exemplificação consiste no relato de um pequeno fato (real ou
fictício). Esse recurso argumentativo é amplamente usado quando a tese defendida é muito teórica e
carece de esclarecimentos com mais dados.

[Argumento de Provas Concretas ou Princípio] – ao empregarmos os argumentos baseados em

provas concretas, buscamos evidenciar nossa tese por meio de informações concretas, extraídas da
realidade. Podem ser usados dados estatísticos ou falsos ou fatos notórios (de domínio público).

[Argumento por Analogia(ou a simili)] – é o argumento que pressupõe que se deve tratar algo de
maneira igual, situações iguais. As citações de jurisprudência são os exemplos mais claros de
argumento por analogia, que é bastante útil porque o juiz será, de algum modo, influenciado a
decidir de acordo com o que já se decidiu, em situações anteriores.

[Argumento de Senso Comum] – É o argumento que traz uma afirmação que representa consenso
geral, incontestável. São mais utilizados quando se quer defender um ponto de vista, uma opinião,
um argumento que é massificado, ninguém ira apelar contra, pois é conhecido universalmente.

[Argumento de fuga] – é o argumento de que se vale o retórico para escapar à discussão central,
onde seus argumentos não prevalecerão. Apela-se, em regra, para a subjetividade – é o argumento,
por exemplo, que enaltece o caráter do acusado, lembrando tratar-se de pai de família, de pessoa
responsável, de réu primário, quando há acusação de lesões corporais (ou homicídio culposo) em
que é réu.

[OUTROS TIPOS DE ARGUMENTOS]

i) Argumento contrario sensu ;

ii) Argumento a fortiori (com maior razão);
iii) Argumento a completudine;
iv) Argumento a coherentia;
v) Argumento psicológico;
vi) Argumento apagógico (ao absurdo)
vii) Etc...