Capa
Índice
1 Introdução......................................................................................................................3
1.1 Objectivo.................................................................................................................4
1.1.1 Geral..................................................................................................................4
1.1.2 Específico..........................................................................................................4
1.2 Metodologia............................................................................................................4
2 Fundamentação teórica...................................................................................................5
2.1 Hipertensão.............................................................................................................5
2.1.1 Hipertensão arterial...........................................................................................5
2.1.1.1 Classificação da hipertensão arterial..........................................................5
2.1.1.2 Causas........................................................................................................6
2.1.1.3 Sintomas.....................................................................................................7
2.1.1.3.1 Sintomas ligados à hipertensão arterial essencial...............................7
2.1.1.3.2 Sintomas relacionados à hipertensão arterial secundária....................7
2.1.1.3.3 Sinais e sintomas decorrentes do comprometimento de órgãos-alvo. 8
2.1.1.4 Diagnóstico................................................................................................9
2.1.1.5 Tratamento...............................................................................................10
2.1.1.5.1 Tratamento anti-hipertensivo............................................................10
3 Conclusão.....................................................................................................................12
4 Referencias bibliográficas............................................................................................13
1 Introdução
O presente trabalho tem como tema de abordagem: Hipertensão. Hipertensão ou chamada
de pressão alta é diagnosticada quando a pressão arterial, sistematicamente, costuma ser igual ou
maior que 14 por 9. A elevação da pressão deve-se a vários motivos, mas é causada
principalmente pela contração dos vasos nos quais o sangue circula.
A hipertensão arterial ou pressão alta, é uma doença que ataca os vasos sanguíneos,
coração, cérebro, olhos e pode causar paralisação dos rins. Ocorre quando a medida da pressão se
mantém frequentemente acima de 140 por 90 mmHg. Essa doença é herdada dos pais em 90%
dos casos, mas há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, entre eles: Fumo,
consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, estresse, grande consumo de sal, níveis altos de
colesterol, falta de actividade física. além desses factores de risco, sabe-se que sua incidência é
maior na raça negra, aumenta com a idade, é maior entre homens com até 50 anos, entre mulheres
acima de 50 anos, em diabéticos.
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1.1 Objectivo
1.1.1 Geral
Estudar a hipertensão arterial, causas, sintomas e os tipos de trabalho.
1.1.2 Específico
Definir a hipertensão arterial;
Identificar as causas, sintomas e diagnóstico da hipertensão arterial;
Descrever as formas de tratamento da hipertensão arterial.
1.2 Metodologia
Segundo Marconi e Lakatos (2003, p. 44), “método é o caminho pelo qual se chega a
determinado resultado, ainda que esse caminho não tenha sido fixado de antemão de modo
reflectido e deliberado”.
Nesta pesquisa foi aplicada a pesquisa bibliográfica de modo a garantir o suporte
científico mediante o comentário ou estudos que anteriormente forma desenvolvidos por diversos
autores em torno do tema em estudo.
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2 Fundamentação teórica
2.1 Hipertensão
Hipertensão é a elevação sustentada em repouso da pressão arterial sistólica (≥ 130
mmHg), diastólica (≥ 80 mmHg) ou de ambas. A hipertensão de causa desconhecida, classificada
como primária (antiga hipertensão essencial), é a mais comum. Hipertensão com uma causa
identificada (hipertensão secundária) geralmente ocorre por causa de aldosteronismo primário.
2.1.1 Hipertensão arterial
De acordo com Lopes (2010) a hipertensão arterial é uma doença crônica que se apresenta
com uma alta prevalência na sociedade, gerando custos sociais elevados e apresentando dois
grandes desafios: a adesão ao seu tratamento e a colocação dos pacientes nas metas preconizadas
pelas diretrizes das linhas de cuidado de atenção à saúde do adulto: Hipertensão e diabetes.
Sendo a hipertensão arterial uma doença crônica, ela pode ser controlada, mas não pode
ser curada, requerendo tratamento e cuidados ao longo da vida, um facto preocupante é que
muitos indivíduos só descobrem que são portadores da doença quando apresentam complicações
graves (Araújo & Garcia, 2006).
2.1.1.1 Classificação da hipertensão arterial
A hipertensão arterial se classifica em diferentes estágios, que estão apresentados na
tabela 1. Quando os indivíduos apresentam níveis sistólicos e diastólicos em diferentes níveis, o
grau mais alto é considerado para classificar o estágio da hipertensão.
Tabela 1: Estágios da hipertensão Arterial.
Pressão Arterial Sistémica (mmHg) Pressão Arterial diastólica (mmHg)
Estágio 1 ≥ 140 e ≤ 159 ≥ 90 e ≤ 99
Estágio 2 ≥ 160 e ≤ 179 ≥ 100 e ≤ 109
Estágio 3 ≥ 180 ≥ 110
Fonte: Araújo e Garcia (2006).
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No que concerne a pressão arterial sistémica, se a média das três medidas forem iguais ou
maiores a 140/90mmHg, está confirmado o diagnóstico de HAS e a pessoa deverá ser agendada
para consulta médica para iniciar o tratamento e o acompanhamento. O tratamento e o
acompanhamento das pessoas com diagnóstico de HAS estão descritos no próximo capítulo desta
publicação.
2.1.1.2 Causas
Cerca de 90% dos casos estão relacionados com os hábitos de vida. Como:
Obesidade
De acordo com (Aguiar, 2021) a obesidade é um dos factores importantes. Cada meio
quilo de gordura requer a formação de mais 1,5 quilómetros de pequenos vasos sanguíneos para
abastecerem o excesso de tecido adiposo. Torna-se necessária uma pressão arterial acrescida para
bombear o sangue através deles. Por esta razão, um excesso de peso na ordem dos 20% ou mais
aumenta o risco de hipertensão em cinco vezes.
Consumo de sal
O excesso de consumo de sal. Sabe-se que a tensão alta é menos frequente nas populações
onde o seu consumo é baixo. O nosso corpo necessita somente de 1/8 de uma colher de chá de sal
por dia.
Consumo de tabaco e álcool
O tabaco é outra causa a considerar. Mesmo só um cigarro pode aumentá-la durante cerca
de 30 minutos. Um fumador de um maço por dia, pode, só através do fumo, provocar uma subida
da sua tensão arterial durante 24 horas.
Cerca de 5% a 15% dos casos podem estar relacionados com o consumo moderado de
álcool. Por outro lado, uma chávena de café por dia pode provocar uma subida da tensão arterial
(Aguiar, 2021).
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2.1.1.3 Sintomas
Nos primeiros anos, não provoca quaisquer sintomas. Com o decorrer do tempo, a pressão
arterial acaba por lesar os vasos sanguíneos e os principais órgãos do organismo, como o cérebro,
o coração e os rins provocando dores de cabeça, tonturas, zumbidos e aumento da frequência
cardíaca. As principais doenças associadas à hipertensão arterial são o AVC, a angina de peito, o
enfarte do miocárdio, a aterosclerose, a insuficiência cardíaca e renal.
2.1.1.3.1 Sintomas ligados à hipertensão arterial essencial
O sintoma que seria o mais frequente e específico observado num indivíduo hipertenso é a
cefaleia. A cefaleia suboccipital, pulsátil, que ocorre nas primeiras horas da manhã e vai
desaparecendo com o passar do dia, é dita como característica, porém qualquer tipo de cefaleia
pode ocorrer no indivíduo hipertenso.
A hipertensão arterial de evolução acelerada (hipertensão maligna) está associada com
sonolência, confusão mental, distúrbio visual, náusea e vômito (vasoconstrição arteriolar e edema
cerebral), caracterizando a encefalopatia hipertensiva. Outros sintomas, tais como epistaxe e
escotomas cintilantes, zumbidos e fadiga, também são inespecíficos, não sendo mais
considerados patognomónicos para o diagnóstico de hipertensão arterial (Kannel; Vasan & Levy,
2003).
2.1.1.3.2 Sintomas relacionados à hipertensão arterial secundária
Feocromocitoma (5, 6, 7)
A hipertensão arterial em pacientes com feocromocitoma caracteriza-se por tumor
principalmente localizado na medula da suprarrenal ou em locais onde há células croma fins
(tecidos extra-adrenais paragangliônicos).
Esses tumores secretam predominantemente norepinefrina e têm como característica
fundamental os níveis pressóricos sustentados, porém podendo em 40% dos casos ser episódicos.
Naqueles com hipertensão paroxística a crise pode surgir de várias maneiras, incluindo exercício,
ao se dobrar sobre o abdome, no ato de urinar, ao defecar, durante a indução de anestesia e na
palpação do abdome (Oigman, 2014).
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Os episódios hipertensivos podem resultar do uso de várias drogas que liberam
catecolaminas, p. ex., histamina, opiáceos ou nicotina, ou que antagonizam a dopamina, por
exemplo: droperidol, ou inibem a recaptura de catecolamina, por exemplo: antidepressivos
tricíclicos.
Doença renal crônica (12, 13)
Oigman (2014) advoga que os hipertensos decorrentes de doença renal crônica —
glomerulonefrite e pielonefrite crônicas — apresentam sintomas devido à destruição do
parênquima funcional renal. Os sintomas causados pelas chamadas substâncias tóxicas também
melhoram com dieta hipoproteica ou com diálise. Dentre estas citam-se ureia, creatinina,
creatina, indóis, guanidinas, fenóis, polipeptídeos, ácidos tricarboxílicos, etc., que têm seu efeito
principalmente sobre as mucosas do organismo.
No aparelho digestivo verifica-se a presença de hálito amoniacal (hálito urémico),
anorexia, náuseas e vômitos, úlceras gastrintestinais, sangramento do trato digestivo, diarreia e
quadros de pancreatite. Sintomas decorrentes da anemia são as mais frequentes fraquezas,
astenia. A fácies renal é característica, assim como a cor cérea da pele, além da presença de
edema palpebral bilateral. Mudança do ritmo urinário (nictúria) e urina espumosa (proteinúria)
também são comuns (Oigman, 2014).
2.1.1.3.3 Sinais e sintomas decorrentes do comprometimento de órgãos-alvo
Coração (20, 21)
De acordo com (Oigman, 2014) a hipertrofia ventricular esquerda (HVE) pode determinar
um quadro de disfunção diastólica. Como sinal clínico há o aparecimento de um galope pré-
sistólico (quarta bulha), que pode ser palpável, e também de um ictus propulsivo não desviado
para a esquerda. Um sopro sistólico mais audível no foco aórtico pode ser comum, caracterizando
espessamento e/ou calcificação da válvula aórtica, além de uma segunda bulha A2 intensa e
clangorosa.
Por vezes a HVE é tão desproporcional (reduzido fluxo coronariano por grama de tecido
miocárdio) que pode se manifestar com episódios isquémicos. A aterosclerose coronariana é
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comum em hipertensos de longa duração. Portanto, os sintomas comuns à aterosclerose coronária
são frequentes nos hipertensos, nada diferindo dos coronarianos não hipertensos.
A dilatação ventricular e a progressiva redução na fração de ejeção levam ao aparecimento
de sinais e sintomas decorrentes da disfunção sistólica (galope proto diastólico — terceira bulha).
A dispneia é progressiva aos esforços, podendo evoluir para dispneia paroxística noturna (edema
agudo do pulmão), sendo a manifestação mais comum. A evolução da disfunção ventricular para
insuficiência cardíaca congestiva leva ao aparecimento de edema de membros inferiores, derrame
pleural, hepatomegalia e turgência jugular (Oigman, 2014).
Cérebro (13, 22)
A circulação cerebral está frequentemente comprometida pela hipertensão arterial.
Fisiologicamente, os grandes vasos arteriais e arteriolares cerebrais se contraem à medida que a
pressão arterial se eleva, protegendo o tecido suprajacente.
A elevação súbita da pressão arterial pode se manifestar por tonteira, cefaleia, zumbido e
escotoma cintilante. Durante muitos anos esse equilíbrio pode ser mantido sem o aparecimento de
maiores sintomatologias. Contudo, dependendo da intensidade, da duração e do carácter súbito de
uma elevação muito brusca, esse equilíbrio poderá ser rompido, ocorrendo transudação de
líquido.
Segundo (Oigman, 2014) outros sintomas podem surgir, como intensificação da cefaleia,
borramento visual e perda do equilíbrio, podendo evoluir para confusão mental, crise convulsiva
e estado de coma (encefalopatia hipertensiva). Outras vezes ocorre o rompimento de um pequeno
aneurisma, ocasionando um acidente vascular cerebral (AVC) com peque nas manifestações
clínicas ou uma grande hemorragia intracerebral, que evolui rapidamente para o coma profundo,
levando à hérnia de tronco cerebral e morte por insuficiência respiratória.
2.1.1.4 Diagnóstico
Segundo Aguiar (2021) importa não esquecer que a hipertensão arterial não se sente,
mede-se. De modo a se obterem valores corretos é importante, antes de a medir, descansar na
posição sentada pelo menos durante cinco minutos. Deve-se utilizar o mesmo aparelho e medir
sempre no mesmo braço.
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O diagnóstico de hipertensão arterial requer a medição de uma pressão arterial elevada em
três ocasiões diferentes ao longo de um período de uma semana ou mais. Uma vez confirmada a
sua existência, devem ser também realizados outros exames que ajudem a entender a sua origem
e/ou as complicações a ela associadas.
2.1.1.5 Tratamento
2.1.1.5.1 Tratamento anti-hipertensivo
O objectivo primordial do tratamento da hipertensão arterial é a redução dos da pressão
arterial, visando diminuir a morbidade e a mortalidade cardiovasculares do paciente. Para tanto, o
tratamento se faz com condutas medicamentosas e não medicamentosas.
As condutas não medicamentosas se caracterizam pela adopção de um estilo de vida
saudável. Elas podem ser recomendadas de forma isolada por até 6 meses, para pacientes
hipertensos no estágio 1, que não tenham lesão de órgãos-alvo nem factores de risco
cardiovasculares. Em todos os outros casos, o tratamento medicamentoso é indicado e deve ser
completado pelo não medicamentoso.
Tratamento medicamentoso
O tratamento medicamentoso da hipertensão arterial é realizado pela administração de
drogas anti-hipertensivas isoladas ou associados. Os agentes anti-hipertensivos devem promover
não só a redução dos níveis de pressão arterial, mas também dos eventos cardiovasculares fatais e
não-fatais associados à hipertensão arterial.
Para o tratamento da hipertensão arterial, as principais classes de medicamentos utilizados
são: antagonistas de canais de cálcios, inibidores adrenérgicos ( β - bloqueadores e α -
bloqueadores), inibidores da enzima de conversão da angiotensina II, antagonistas de receptores
AT1 da angiotensina II, diuréticos e vasodilatadores directos. Cada umas destas classes apresenta
efeitos anti-hipertensivos através da acção em mecanismos fisiopatológicos distintos da
hipertensão arterial (Appel, 2003).
Tratamento não medicamentoso
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A adopção de hábitos de vida saudáveis é fundamental para a prevenção e tratamento de
várias doenças, incluindo a hipertensão arterial. Assim, num programa de prevenção primária e
secundária desta doença, incluem-se como medidas não medicamentosas: a redução do excesso
de peso corporal a redução do consumo de bebidas alcoólicas, o abandono do tabagismo e a
mudança dos hábitos alimentares, incluindo redução do consumo de sal (Appel, 2003) e aumento
da ingestão de potássio, magnésio, cálcio. Recomenda-se ainda, a prática regular de actividade
física.
Em relação às actividades físicas, recomenda-se a execução de exercícios aeróbicos, que
se caracterizam por exercícios que envolvem grandes grupos musculares, contraídos de forma
cíclica, em intensidade leve a moderada, por um longo período de tempo, este tipo de exercício
foi amplamente estudado em relação à hipertensão arterial e está bem comprovado que ele
promove reduções significantes da pressão arterial (Negrão & Barreto, 2006).
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3 Conclusão
De uma forma geral, considera-se que a pessoa é hipertensa se apresentar, em pelo menos
duas ocasiões diferentes, pelo menos um dos valores da pressão arterial (sistólica ou diastólica)
ou ambos, iguais ou superiores a 140/90 mmHg, determinados por um profissional treinado e
utilizando um aparelho calibrado e validado. O profissional poderá esclarecer em cada caso quais
são os melhores valores para cada perfil.
A hipertensão arterial é uma doença crónica onde a pressão que o sange exerce nas
artérias está persistente temente acima do valor recomendando. Este valor varia de indivíduo para
indivíduo, tendo em conta fatores como a idade, sexo ou coexistência de outras doenças crónicas
ou outros factores de risco cardiovascular (como o colesterol elevado, o tabagismo ou a diabetes).
O principal cuidado que o hipertenso deve ter com sua alimentação é reduzir o consumo
de sódio, principal ingrediente do sal de cozinha. Apesar ser um nutriente essencial para o ser
humano, ele deve ser consumido com moderação. O consumo excessivo de sódio, inclusive, está
relacionado às mais importantes causas da hipertensão arterial e do acidente vascular cerebral
(AVC). Igualmente importante é ter uma alimentação rica em frutas e hortaliças.
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4 Referencias bibliográficas
Aguiar, P. (2021). O que é a Hipertensão Arterial. Disponível em:
http://metis.med.up.pt/index.php/O_que_%C3%A9_a_Hipertens%C3%A3o_Arterial.
Acesso: 01 de maio de 2023. Às 8h10 minutos.
Appel, L. J. (2003). Effects of comprehensive lifestyle modification on blood pressure
control: main results of the premier clinical trial. JAMA, v.289, n.16, p.2083
Kannel, W.B.; Vasan, R. & Levy, D. (2003). Is the relation of systolic blood pressure to
risk of cardiovascular disease continuous and graded or are there critical values? Hypertension.
Negrão, C. E.; Barreto, A. C. P. (2006). Cardiologia do exercício: do atleta ao
cardiopata. Barueri, SP: Manole.
Oigman, W. (2014). Sinais e sintomas em hipertensão arterial. Vol. 102. N o 5. Disponível
em: http://files.bvs.br/upload/S/0047-2077/2014/v102n5/a4503.pdf. Acesso: 01 de maio de 2023.
Às 7h45 minutos.
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