LIÇÕES
ADULTOS – 2°
TRIMESTRE
DE 2024
@TaniaAnjo
TEXTO ÁUREO
“Porfiai por entrar pela porta
estreita, porque eu vos digo
que muitos procurarão entrar
e não poderão.” (Lc 13.24)
VERDADE
PRÁTICA
A porta estreita não é uma opção,
mas a única alternativa disponível
para o crente entrar no céu.
Leitura Bíblia
em Classe
Mateus 7.13,
14; 3.1-10
Mateus 7
13 – Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que
conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;
14- E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há
que a encontrem.
Mateus 3
1- E, naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judeia
2- e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.
3- Porque este é o anunciado pelo profeta Isaías, que disse: Voz do que clama no
deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.
4- E este João tinha a sua veste de pelos de camelo e um cinto de couro em torno
de seus lombos e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre.
5- Então, ia ter com ele Jerusalém, e toda a Judéia, e toda a província adjacente ao
Jordão,
6- e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.
7- E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao seu batismo,
dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?
8- Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento
9- e não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu
vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.
10 – E também, agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois,
que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo.
Objetivos da Lição:
Explicar a analogia da “porta estreita” e do “caminho
apertado” do ponto de vista bíblico e teológico;
Destacar que a decisão pela porta estreita requer uma
vida de renúncia e disposição para enfrentar os
desafios da caminhada cristã;
Apontar que a entrada pelo caminho estreito está baseada no
arrependimento, confissão de pecados e novo estilo de vida.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos o símbolo da porta estreita e da larga, do
caminho apertado e do espaçoso.
Nosso propósito é pontuar algumas razões que nos mostram porque
devemos escolher a porta estreita e, do ponto de vista bíblico, como
entrar pelo caminho apertado.
Nesse sentido, veremos que o início da nossa jornada deve levar em
conta o caminho que nos conduz ao Céu.
Palavra-Chave:
Porta
I- PORTAS E CAMINHOS
1- A porta
estreita.
A ideia de uma “porta estreita” como caminho para a vida está presente tanto na
literatura judaica quanto na cristã. Por exemplo, essa concepção é encontrada no
Antigo Testamento (Pv 15.24).
Sabemos que a porta é uma entrada existente em um edifício ou o muro de uma cidade,
algo muito comum nos tempos antigos, em que a cidade era toda murada e, ao redor de
todo o edifício, havia uma porta estreita. Era por meio dessa porta que todos entravam
e saíam da cidade.
JESUS
2- O caminho
apertado.
Quando falamos de caminho apertado, apontamos para a conduta, a maneira de viver
que evidencia salvação ou perdição. Nesse sentido, a linguagem figurada do
“caminho apertado”, conforme Mateus 7 aponta para os que desejam a vida eterna.
Não por acaso, a palavra “apertado” vem do verbo grego thlibo que significa “prensar
como uvas, espremer, pressionar com firmeza, caminho comprimido, contraído;
metaforicamente, aborrecer, afligir, angustiar”.
Assim, o caminho apertado é o que nos leva a praticar os ensinamentos de Jesus de
modo bem concreto: amar os inimigos, não praticar a hipocrisia, acumular tesouros
no céu dentre outros princípios celestiais ensinados no Sermão do Monte (Mt
5.39,48).
3- Porta larga
e caminho
espaçoso.
Porta larga e o caminho espaçoso simbolizam uma vida sem compromisso com
Cristo, segundo o padrão do Mundo. Essa porta recebe muitas pessoas que
expressam crenças e valores segundo a sua vã maneira de viver.
Um caminho que tem seduzido muitos por meio da busca irrefreada do prazer e das
ideias que negam a Bíblia como nossa única regra de fé e conduta.
Tratam-se, pois, de uma porta e de um caminho em que entram pessoas que vivem
segundo suas próprias ideias (Jz 21.25) e que não desejam ajustar-se aos ensinos
das Escrituras Sagradas (Jo 7.38).
SINOPSE I
A porta estreita e o caminho
apertado representam uma
vida de compromisso com
Cristo.
II- POR QUE ENTRAR PELA
PORTA ESTREITA É DIFÍCIL
1- Uma porta
aberta,
porém, difícil.
A porta para a entrada na pátria celestial está aberta. Porém, há muitos
impedimentos para que a alma humana a atravesse: o egoísmo, o ego inflado, a
idolatria, dentre outros.
Contudo, nosso Senhor ensinou que para tomar o caminho do céu é preciso negar a
si mesmo, deixar morrer o que somos para viver a vida com Ele a fim de que resulte
uma glória progressiva e indizível (Mt 16.24; Rm 6.6; Gl 5.24).
2- As
oportunidades
da porta larga
são atraentes.
Para muitos, o caminho da porta estreita não é atraente, pois a porta larga oferece
uma jornada de prazeres, deleites e libertinagem.
Entretanto, os que andam nesse caminho são dominados pelas ilusões da vida,
enredando-se numa sedutora fantasia. É um caminho de apego prazeroso ao mundo
e de desprezo a Deus (1 Jo 2.15,16).
Tragicamente, todos os que amam o mundo não terão direito a entrar nos céus (1 Co
6.9,10; Gl 5.19-21). Por isso, o cristão comprometido com o Evangelho de Cristo sabe
que “o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus
permanece para sempre” (1 Jo 2.17).
3- As razões
das
exigências.
Diferentemente da porta larga e do caminho espaçoso, a porta estreita e o caminho
apertado requerem uma transformação interior, uma decisão pessoal e uma
disposição em seguir na contramão da maioria.
Só começa a trilhar pelo caminho da porta estreita quem se reconhece em Cristo
como um pecador (2 Co 12.9) e com disposição de viver uma vida dirigida por Ele
como um novo começo (2 Co 5.17).
A partir dessa jornada, o Evangelho nos faz caminhar em santidade, seguir os passos
de Cristo e andar como Ele andou (1 Jo 2.6). Então, estaremos prontos para criar
raízes e enfrentam os obstáculos de nossa jornada cristã (Lc 8.13,14).
SINOPSE II
Seguir pelo caminho apertado
requer uma disposição em
seguir na contramão da
maioria.
III- ENTRANDO PELA PORTA
E PELO CAMINHO DO CÉU
1-
Arrependimen
to de pecados.
Por meio das palavras do arauto divino, João Batista (Mt 3.1-10), a mensagem
pregada por ele para entrar no Reino de Deus é o Arrependimento. João é uma voz
que ecoa entre a Antiga e a Nova Alianças, confirmando as palavras dos profetas do
Antigo Testamento, pois sua mensagem de arrependimento era a mesma pregada
por Isaías e Jeremias (Is 1.16,15; 55.7; Jr 7.3-7).
Por essa razão, é importante ponderar que o arrependimento bíblico não é uma
questão meramente emocional, mas uma disposição para mudar de ideia e um
exercício que envolve o aspecto mental e moral do pecador.
Por meio da pregação e da aceitação do Evangelho, mediante a ação regeneradora
do Espírito Santo, o pecador renúncia ao pecado, reorienta a vida e firma uma
resolução de deixar o caminho espaçoso para tomar o caminho que conduz para a
vida eterna.
2- Confissão
de pecados.
O ministério de João Batista foi impactante, de modo que iam ter com ele toda
Judéia e a província do Jordão (Mt 3.5). Os que iam até João confessavam os seus
pecados para serem batizados. Ora, a Bíblia diz que todos pecaram e separados
estão da glória de Deus (Rm 3.23). Sem que o homem reconheça que é pecador,
jamais compreenderá que precisa de um Salvador.
Nesse aspecto, a confissão pessoal dos pecados é uma perspectiva nova que
aparece com o ministério de João Batista. Em Israel, a confissão era nacional e se
dava em dia especial como no Dia da Expiação (Nm 5.7). Por meio do modelo de vida
de João Batista, a confissão de pecados passou a fazer parte da tradição cristã.
Desse modo, a pessoa confessa os seus pecados (Sl 32.5) e afirma que crê em Deus
Poderoso e Salvador (Rm 10.9,10). Assim, quando o homem reconhece em confissão
que é um pecador, ele recebe o perdão de seus pecados (Pv 28.13; 1 Jo 1.7).
3- Produzindo
frutos de
arrependimento.
Para João Batista, o batismo e a confissão somente não seriam as provas
verdadeiras da mudança de vida. Era preciso apresentar frutos na vida como a
marca de um arrependimento sincero.
Em Lucas, podemos contemplar frutos concretos que João Batista esperava de
quem se arrependesse: honestidade, misericórdia, respeito às autoridades, dentre
outros (Lc 3.11-14). Isso era a prova de que a natureza da pessoa havia sido
verdadeiramente transformada.
Portanto, uma pessoa que teve um encontro verdadeiro com Jesus produzirá frutos
dignos de arrependimento, uma nova forma de pensar e agir, um novo estilo de vida
(Mt 3.2; 21.29; Mc 1.15).
SINOPSE III
O verdadeiro encontro com
Jesus produz no crente frutos
dignos de arrependimento.
CONCLUSÃO
No momento que inicia sua jornada com Cristo,
o cristão deve ter a consciência de que escolheu
o caminho estreito e a porta apertada para
trilhar o caminho do céu.
Isso significa que precisamos renunciar ao eu,
nossos pensamentos e desejos, para que Cristo
apareça (2 Co 5.17). Isso só é possível por meio
de um verdadeiro arrependimento, confissão de
pecados e a experiência do perdão.
REVISANDO O CONTEÚDO
1- O que significa dizer “caminho apertado”?
Quando falamos de caminho apertado, apontamos para a conduta, a maneira
de viver que evidencia salvação ou perdição.
2- O que a “porta larga” e o “caminho espaçoso” simbolizam?
A porta larga e o caminho espaçoso simbolizam uma vida sem compromisso
com Cristo, segundo o padrão do Mundo.
3- O que o Senhor Jesus ensinou a respeito de fazer o caminho da “porta
estreita”?
Nosso Senhor ensinou que para tomar o caminho do céu é preciso negar a si
mesmo, deixar morrer o que somos para viver a vida com Ele a fim de que
resulte uma glória progressiva e indizível.
4- O que a “porta estreita” requer da pessoa?
A porta estreita e o caminho apertado requerem uma transformação interior,
uma decisão pessoal e uma disposição em seguir na contramão da maioria.
5- Que tipo de disposição deve haver no arrependimento bíblico?
Trata-se de uma disposição para mudar de ideia e um exercício que envolve o
aspecto mental e moral do pecador.