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05 Etica e Legislacao Do Estado Do Espirito Santo

O documento discute conceitos éticos como ética, moral, princípios e valores. A ética estuda o que é bem e mal, enquanto a moral estabelece regras de conduta. Princípios são universais como amor e liberdade, enquanto valores dependem da cultura. O texto também lista desafios éticos comuns como ações ilegais mas não proibidas explicitamente.

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05 Etica e Legislacao Do Estado Do Espirito Santo

O documento discute conceitos éticos como ética, moral, princípios e valores. A ética estuda o que é bem e mal, enquanto a moral estabelece regras de conduta. Princípios são universais como amor e liberdade, enquanto valores dependem da cultura. O texto também lista desafios éticos comuns como ações ilegais mas não proibidas explicitamente.

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Secretaria de Estado de Gestão e

Recursos Humanos
Comum às especialidades de Analista do Executivo

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÉTICA: Ética e moral ......................................................................................................................01
Ética, princípios e valores ..............................................................................................................02
Ética e democracia: exercício da cidadania ...................................................................................03
Ética e função pública ....................................................................................................................04
LEGISLAÇÃO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO: Lei Complementar Estadual nº 46/1994
(Estatuto dos Servidores do Estado do Espírito Santo) .................................................................10
Lei Complementar Estadual nº 282/2004 (Regime Próprio de Previdência dos Servidores do
Estado do Espírito Santo) ..............................................................................................................80
Lei Complementar nº 711/2013 (Institui o regime de previdência complementar no âmbito do
Estado do Espírito Santo) ............................................................................................................118
Lei Complementar nº 633/2012 (cargo de Analista do Executivo) ...............................................132
Lei Ordinária nº 3.043/1975 (Reforma Administrativa do Estado de Espírito Santo). Título I -
Da Caracterização do Poder Executivo no Sistema de Administração Pública Estadual; Título II -
Do Poder Executivo como Sistema Organizacional. Capítulo I do Título III – Das Disposições
Preliminares sobre a Estrutura Básica. Capítulo III do Título III - Das Disposições Finais sobre
a Estrutura Organizacional Básica. Capítulo V do Título IV – Das Unidades Administrativas
Comuns a todas as Secretarias de Estado. Título VI - Dos Sistemas Estruturantes da
Administração Direta ....................................................................................................................136
Exercícios......................................................................................................................................148
Gabarito.........................................................................................................................................151

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ÉTICA: Ética e moral

São duas ciências de conhecimento que se diferenciam, no entanto, tem muitas interligações entre
elas.

A moral se baseia em regras que fornecem uma certa previsão sobre os atos humanos. A moral esta-
belece regras que devem ser assumidas pelo homem, como uma maneira de garantia do seu bem viver.
A moral garante uma identidade entre pessoas que podem até não se conhecer, mas utilizam uma mes-
ma refêrencia de Moral entre elas.

A Ética já é um estudo amplo do que é bem e do que é mal. O objetivo da ética é buscar justificativas
para o cumprimento das regras propostas pela Moral. É diferente da Moral, pois não estabelece regras. A
reflexão sobre os atos humanos é que caracterizam o ser humano ético.

Ter Ética é fazer a coisa certa com base no motivo certo.

Ter Ética é ter um comportamento que os outros julgam como correto.

A noção de Ética é, portanto, muito ampla e inclui vários princípios básicos e transversais que são:

1. O da Integridade – Devemos agir com base em princípios e valores e não em função do que é mais
fácil ou do que nos trás mais benefícios

2. O da Confiança/Credibilidade – Devemos agir com coerência e consistência, quer na ação, quer na


comunicação.

3. O da Responsabilidade – Devemos assumir a responsabilidade pelos nossos atos, o que implica,


cumprir com todos os nossos deveres profissionais.

4. O de Justiça – As nossas decisões devem ser suportadas, transparentes e objetivas, tratando da


mesma forma, aquilo que é igual ou semelhante.

5. O da Lealdade – Devemos agir com o mesmo espírito de lealdade profissional e de transparência,


que esperamos dos outros.

6. O da Competência – Devemos apenas aceitar as funções para as quais tenhamos os conhecimen-


tos e a experiência que o exercício dessas funções requer.

7. O da Independência – Devemos assegurar, no exercício de funções de interesse público, que as


nossas opiniões, não são influenciadas, por fatores alheios a esse interesse público.

Abaixo, alguns Desafios Éticos com que nos defrontamos diariamente:

1. Se não é proibido/ilegal, pode ser feito – É óbvio que, existem escolhas, que embora, não estando
especificamente referidas, na lei ou nas normas, como proibidas, não devem ser tomadas.

2. Todos os outros fazem isso – Ao longo da história da humanidade, o homem esforçou-se sempre,
para legitimar o seu comportamento, mesmo quando, utiliza técnicas eticamente reprováveis.

Nas organizações, é a ética no gerenciamento das informações que vem causando grandes preo-
cupações, devido às consequências que esse descuido pode gerar nas operações internas e externas.
Pelo Código de Ética do Administrador capítulo I, art. 1°, inc. II, um dos deveres é: “manter sigilo sobre
tudo o que souber em função de sua atividade profissional”, ou seja, a manutenção em segredo de toda

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e qualquer informação que tenha valor para a organização é responsabilidade do profissional que teve
acesso à essa informação, podendo esse profissional que ferir esse sigilo responder até mesmo criminal-
mente.

Uma pessoa é ética quando se orienta por princípios e convicções.

Ética, princípios e valores

Princípios, Valores e Virtudes

Princípios são preceitos, leis ou pressupostos considerados universais que definem as regras pela
qual uma sociedade civilizada deve se orientar.

Em qualquer lugar do mundo, princípios são incontestáveis, pois, quando adotados não oferecem
resistência alguma. Entende-se que a adoção desses princípios está em consonância com o pensamento
da sociedade e vale tanto para a elaboração da constituição de um país quanto para acordos políticos
entre as nações ou estatutos de condomínio.

O princípios se aplicam em todas as esferas, pessoa, profissional e social, eis alguns exemplos: amor,
felicidade, liberdade, paz e plenitude são exemplos de princípios considerados universais.

Como cidadãos – pessoas e profissionais -, esses princípios fazem parte da nossa existência e du-
rante uma vida estaremos lutando para torná-los inabaláveis. Temos direito a todos eles, contudo, por
razões diversas, eles não surgem de graça. A base dos nossos princípios é construída no seio da família
e, em muitos casos, eles se perdem no meio do caminho.

De maneira geral, os princípios regem a nossa existência e são comuns a todos os povos, culturas,
eras e religiões, queiramos ou não. Quem age diferente ou em desacordo com os princípios universais
acaba sendo punido pela sociedade e sofre todas as consequências.

Valores são normas ou padrões sociais geralmente aceitos ou mantidos por determinado indivíduo,
classe ou sociedade, portanto, em geral, dependem basicamente da cultura relacionada com o ambiente
onde estamos inseridos. É comum existir certa confusão entre valores e princípios, todavia, os conceitos
e as aplicações são diferentes.

Diferente dos princípios, os valores são pessoais, subjetivos e, acima de tudo, contestáveis. O que
vale para você não vale necessariamente para os demais colegas de trabalho. Sua aplicação pode ou
não ser ética e depende muito do caráter ou da personalidade da pessoa que os adota.

Na prática, é muito mais simples ater-se aos valores do que aos princípios, pois este último exige mui-
to de nós. Os valores completamente equivocados da nossa sociedade – dinheiro, sucesso, luxo e rique-
za – estão na ordem do dia, infelizmente. Todos os dias somos convidados a negligenciar os princípios e
adotar os valores ditados pela sociedade.

Virtudes, segundo o Aurélio, são disposições constantes do espírito, as quais, por um esforço da von-
tade, inclinam à prática do bem. Aristóteles afirmava que há duas espécies de virtudes: a intelectual e a
moral. A primeira deve, em grande parte, sua geração e crescimento ao ensino, e por isso requer expe-
riência e tempo; ao passo que a virtude moral é adquirida com o resultado do hábito.

Segundo Aristóteles, nenhuma das virtudes morais surge em nós por natureza, visto que nada que

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existe por natureza pode ser alterado pela força do hábito, portanto, virtudes nada mais são do que hábi-
tos profundamente arraigados que se originam do meio onde somos criados e condicionados através de
exemplos e comportamentos semelhantes.

Uma pessoa pode ter valores e não ter princípios. Hitler, por exemplo, conhecia os princípios, mas
preferiu ignorá-los e adotar valores como a supremacia da raça ariana, a aniquilação da oposição e a
dominação pela força.

No mundo corporativo não é diferente. Embora a convivência seja, por vezes, insuportável, depa-
ramo-nos com profissionais que atropelam os princípios, como se isso fosse algo natural, um meio de
sobrevivência, e adotam valores que nada tem a ver com duas grandes necessidades corporativas: a
convivência pacífica e o espírito de equipe. Nesse caso, virtude é uma palavra que não faz parte do seu
vocabulário e, apesar da falta de escrúpulo, leva tempo para destituí-los do poder.

Valores e virtudes baseados em princípios universais são inegociáveis e, assim como a ética e a leal-
dade, ou você tem, ou não tem. Entretanto, conceitos como liberdade, felicidade ou riqueza não podem
ser definidos com exatidão. Cada pessoa tem recordações, experiências, imagens internas e sentimentos
que dão um sentido especial e particular a esses conceitos.

O importante é que você não perca de vista esses conceitos e tenha em mente que a sua contribui-
ção, no universo pessoal e profissional, depende da aplicação mais próxima possível do senso de justi-
ça. E a justiça é uma virtude tão difícil, e tão negligenciada, que a própria justiça sente dificuldades em
aplicá-la, portanto, lute pelos princípios que os valores e as virtudes fluirão naturalmente.

Ética e democracia: exercício da cidadania

ÉTICA E DEMOCRACIA

O Brasil ainda caminha a passos lentos no que diz respeito à ética, principalmente no cenário político
que se revela a cada dia, porém é inegável o fato de que realmente a moralidade tem avançado.

Vários fatores contribuíram para a formação desse quadro caótico. Entre eles os principais são os
golpes de estados – Golpe de 1930 e Golpe de 1964.

Durante o período em que o país viveu uma ditadura militar e a democracia foi colocada de lado,
tivemos a suspensão do ensino de filosofia e, consequentemente, de ética, nas escolas e universidades.
Aliados a isso tivemos os direitos políticos do cidadão suspensos, a liberdade de expressão caçada e o
medo da repressão.

Como consequência dessa série de medidas arbitrárias e autoritárias, nossos valores morais e sociais
foram se perdendo, levando a sociedade a uma “apatia” social, mantendo, assim, os valores que o Esta-
do queria impor ao povo.

Nos dias atuais estamos presenciando uma “nova era” em nosso país no que tange à aplicabilidade
das leis e da ética no poder: os crimes de corrupção e de desvio de dinheiro estão sendo mais investi-
gados e a polícia tem trabalhado com mais liberdade de atuação em prol da moralidade e do interesse
público, o que tem levado os agentes públicos a refletir mais sobre seus atos antes de cometê-los.

Essa nova fase se deve principalmente à democracia implantada como regime político com a Consti-
tuição de 1988.

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Etimologicamente, o termo democracia vem do grego demokratía, em que demo significa povo e kra-
tía, poder. Logo, a definição de democracia é “poder do povo”.

A democracia confere ao povo o poder de influenciar na administração do Estado. Por meio do voto, o
povo é que determina quem vai ocupar os cargos de direção do Estado. Logo, insere-se nesse contexto a
responsabilidade tanto do povo, que escolhe seus dirigentes, quanto dos escolhidos, que deverão prestar
contas de seus atos no poder.

A ética tem papel fundamental em todo esse processo, regulamentando e exigindo dos governantes o
comportamento adequado à função pública que lhe foi confiada por meio do voto, e conferindo ao povo
as noções e os valores necessários para o exercício de seus deveres e cobrança dos seus direitos.

E por meio dos valores éticos e morais – determinados pela sociedade – que podemos perceber se os
atos cometidos pelos ocupantes de cargos públicos estão visando ao bem comum ou ao interesse públi-
co.
EXERCÍCIO DA CIDADANIA

Todo cidadão tem direito a exercer a cidadania, isto é, seus direitos de cidadão; direitos esses que são
garantidos constitucionalmente nos princípios fundamentais.

Exercer os direitos de cidadão, na verdade, está vinculado a exercer também os deveres de cidadão.
Por exemplo, uma pessoa que deixa de votar não pode cobrar nada do governante que está no poder,
afinal ela se omitiu do dever de participar do processo de escolha dessa pessoa, e com essa atitude
abriu mão também dos seus direitos.

Direitos e deveres andam juntos no que tange ao exercício da cidadania. Não se pode conceber um
direito sem que antes este seja precedido de um dever a ser cumprido; é uma via de mão dupla, seus
direitos aumentam na mesma proporção de seus deveres perante a sociedade.

Constitucionalmente, os direitos garantidos, tanto individuais quanto coletivos, sociais ou políticos,


são precedidos de responsabilidades que o cidadão deve ter perante a sociedade. Por exemplo, a Cons-
tituição garante o direito à propriedade privada, mas exige-se que o proprietário seja responsável pelos
tributos que o exercício desse direito gera, como o pagamento do IPTU.

Exercer a cidadania por consequência é também ser probo, agir com ética assumindo a responsabili-
dade que advém de seus deveres enquanto cidadão inserido no convívio social.

Ética e função pública

Função pública é a competência, atribuição ou encargo para o exercício de determinada função.


Ressalta-se que essa função não é livre, devendo, portanto, estar o seu exercício sujeito ao interesse
público, da coletividade ou da Administração. Segundo Maria Sylvia Z. Di Pietro, função “é o conjunto de
atribuições às quais não corresponde um cargo ou emprego”.

No exercício das mais diversas funções públicas, os servidores, além das normatizações vigentes nos
órgão e entidades públicas que regulamentam e determinam a forma de agir dos agentes públicos, de-
vem respeitar os valores éticos e morais que a sociedade impõe para o convívio em grupo. A não obser-
vação desses valores acarreta uma série de erros e problemas no atendimento ao público e aos usuários
do serviço, o que contribui de forma significativa para uma imagem negativa do órgão e do serviço.

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Um dos fundamentos que precisa ser compreendido é o de que o padrão ético dos servidores públicos
no exercício de sua função pública advém de sua natureza, ou seja, do caráter público e de sua relação
com o público.

O servidor deve estar atento a esse padrão não apenas no exercício de suas funções, mas 24 horas
por dia durante toda a sua vida. O caráter público do seu serviço deve se incorporar à sua vida privada,
a fim de que os valores morais e a boa-fé, amparados constitucionalmente como princípios básicos e es-
senciais a uma vida equilibrada, se insiram e seja uma constante em seu relacionamento com os colegas
e com os usuários do serviço.

O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal estabelece no
primeiro capítulo valores que vão muito além da legalidade.

II – O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá
que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o opor-
tuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no
art. 37, caput, e§ 4°, da Constituição Federal.

Cumprir as leis e ser ético em sua função pública. Se ele cumprir a lei e for antiético, será considerada
uma conduta ilegal, ou seja, para ser irrepreensível tem que ir além da legalidade.

Os princípios constitucionais devem ser observados para que a função pública se integre de forma
indissociável ao direito. Esses princípios são:

– Legalidade – todo ato administrativo deve seguir fielmente os meandros da lei.

– Impessoalidade – aqui é aplicado como sinônimo de igualdade: todos devem ser tratados de forma
igualitária e respeitando o que a lei prevê.

– Moralidade – respeito ao padrão moral para não comprometer os bons costumes da sociedade.

– Publicidade – refere-se à transparência de todo ato público, salvo os casos previstos em lei.

– Eficiência – ser o mais eficiente possível na utilização dos meios que são postos a sua disposição
para a execução do seu trabalho.
A GESTÃO PÚBLICA NA BUSCA DE UMA ATIVIDADE ADMINISTRATIVA ÉTICA

Com a vigência da Carta Constitucional de 1988, a Administração Pública em nosso país passou a
buscar uma gestão mais eficaz e moralmente comprometida com o bem comum, ou seja, uma gestão
ajustada aos princípios constitucionais insculpidos no artigo 37 da Carta Magna.

Para isso a Administração Pública vem implementando políticas públicas com enfoque em uma gestão
mais austera, com revisão de métodos e estruturas burocráticas de governabilidade.

Aliado a isto, temos presenciado uma nova gestão preocupada com a preparação dos agentes públi-
cos para uma prestação de serviços eficientes que atendam ao interesse público, o que engloba uma
postura governamental com tomada de decisões políticas responsáveis e práticas profissionais responsá-
veis por parte de todo o funcionalismo público.

Neste sentido, Cristina Seijo Suárez e Noel Añez Tellería, em artigo publicado pela URBE, descrevem
os princípios da ética pública, que, conforme afirmam, devem ser positivos e capazes de atrair ao serviço
público, pessoas capazes de desempenhar uma gestão voltada ao coletivo. São os seguintes os princí-
pios apresentados pelas autoras:

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– Os processos seletivos para o ingresso na função pública devem estar ancorados no princípio do
mérito e da capacidade, e não só o ingresso como carreira no âmbito da função pública;

– A formação continuada que se deve proporcionar aos funcionários públicos deve ser dirigida, entre
outras coisas, para transmitir a ideia de que o trabalho a serviço do setor público deve realizar-se com
perfeição, sobretudo porque se trata de trabalho realizado em benefícios de “outros”;

– A chamada gestão de pessoal e as relações humanas na Administração Pública devem estar presi-
didas pelo bom propósito e uma educação esmerada. O clima e o ambiente laboral devem ser positivos
e os funcionários devem se esforçar para viver no cotidiano esse espírito de serviço para a coletividade
que justifica a própria existência da Administração Pública;

– A atitude de serviço e interesse visando ao coletivo deve ser o elemento mais importante da cultura
administrativa. A mentalidade e o talento se encontram na raiz de todas as considerações sobre a ética
pública e explicam por si mesmos, a importância do trabalho administrativo;

– Constitui um importante valor deontológico potencializar o orgulho são que provoca a identificação
do funcionário com os fins do organismo público no qual trabalha. Trata-se da lealdade institucional, a
qual constitui um elemento capital e uma obrigação central para uma gestão pública que aspira à manu-
tenção de comportamentos éticos;

– A formação em ética deve ser um ingrediente imprescindível nos planos de formação dos funcioná-
rios públicos. Ademais se devem buscar fórmulas educativas que tornem possível que esta disciplina se
incorpore nos programas docentes prévios ao acesso à função pública. Embora, deva estar presente na
formação contínua do funcionário. No ensino da ética pública deve-se ter presente que os conhecimentos
teóricos de nada servem se não se interiorizam na práxis do servidor público;

– O comportamento ético deve levar o funcionário público à busca das fórmulas mais eficientes e eco-
nômicas para levar a cabo sua tarefa;

– A atuação pública deve estar guiada pelos princípios da igualdade e não discriminação. Ademais a
atuação de acordo com o interesse público deve ser o “normal” sem que seja moral receber retribuições
diferentes da oficial que se recebe no organismo em que se trabalha;

– O funcionário deve atuar sempre como servidor público e não deve transmitir informação privilegiada
ou confidencial. O funcionário como qualquer outro profissional, deve guardar o sigilo de ofício;

– O interesse coletivo no Estado social e democrático de Direito existe para ofertar aos cidadãos um
conjunto de condições que torne possível seu aperfeiçoamento integral e lhes permita um exercício efe-
tivo de todos os seus direitos fundamentais. Para tanto, os funcionários devem ser conscientes de sua
função promocional dos poderes públicos e atuar em consequência disto. (tradução livre).”

Por outro lado, a nova gestão pública procura colocar à disposição do cidadão instrumentos eficientes
para possibilitar uma fiscalização dos serviços prestados e das decisões tomadas pelos governantes. As
ouvidorias instituídas nos Órgãos da Administração Pública direta e indireta, bem como junto aos Tribu-
nais de Contas e os sistemas de transparência pública que visam a prestar informações aos cidadãos
sobre a gestão pública são exemplos desses instrumentos fiscalizatórios.

Tais instrumentos têm possibilitado aos Órgãos Públicos responsáveis pela fiscalização e tutela da éti-
ca na Administração apresentar resultados positivos no desempenho de suas funções, cobrando atitudes
coadunadas com a moralidade pública por parte dos agentes públicos. Ressaltando-se que, no sistema
de controle atual, a sociedade tem acesso às informações acerca da má gestão por parte de alguns

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agentes públicos ímprobos.

Entretanto, para que o sistema funcione de forma eficaz é necessário despertar no cidadão uma cons-
ciência política alavancada pelo conhecimento de seus direitos e a busca da ampla democracia.

Tal objetivo somente será possível através de uma profunda mudança na educação, onde os princípios
de democracia e as noções de ética e de cidadania sejam despertados desde a infância, antes mesmo
de o cidadão estar apto a assumir qualquer função pública ou atingir a plenitude de seus direitos políti-
cos.

Pode-se dizer que a atual Administração Pública está despertando para essa realidade, uma vez que
tem investido fortemente na preparação e aperfeiçoamento de seus agentes públicos para que os mes-
mos atuem dentro de princípios éticos e condizentes com o interesse social.

Além, dos investimentos em aprimoramento dos agentes públicos, a Administração Pública passou a
instituir códigos de ética para balizar a atuação de seus agentes. Dessa forma, a cobrança de um com-
portamento condizente com a moralidade administrativa é mais eficaz e facilitada.

Outra forma eficiente de moralizar a atividade administrativa tem sido a aplicação da Lei de Improbi-
dade Administrativa (Lei nº 8.429/92) e da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/00)
pelo Poder Judiciário, onde o agente público que desvia sua atividade dos princípios constitucionais a
que está obrigado responde pelos seus atos, possibilitando à sociedade resgatar uma gestão sem vícios
e voltada ao seu objetivo maior que é o interesse social.

Assim sendo, pode-se dizer que a atual Administração Pública está caminhando no rumo de quebrar
velhos paradigmas consubstanciados em uma burocracia viciosa eivada de corrupção e desvio de fina-
lidade. Atualmente se está avançando para uma gestão pública comprometida com a ética e a eficiên-
cia.

Para isso, deve-se levar em conta os ensinamentos de Andrés Sanz Mulas que em artigo publicado
pela Escuela de Relaciones Laborales da Espanha, descreve algumas tarefas importantes que devem
ser desenvolvidas para se possa atingir ética nas Administrações.

“Para desenhar uma ética das Administrações seria necessário realizar as seguintes tarefas, entre
outras:

– Definir claramente qual é o fim específico pelo qual se cobra a legitimidade social;

– Determinar os meios adequados para alcançar esse fim e quais valores é preciso incorporar para
alcançá-lo;

– Descobrir que hábitos a organização deve adquirir em seu conjunto e os membros que a compõem
para incorporar esses valores e gerar, assim, um caráter que permita tomar decisões acertadamente em
relação à meta eleita;

– Ter em conta os valores da moral cívica da sociedade em que se está imerso;

– Conhecer quais são os direitos que a sociedade reconhece às pessoas.” (tradução livre).
Dimensões da qualidade nos deveres dos servidores públicos

Os direitos e deveres dos servidores públicos estão descritos na Lei 8.112, de 11 de dezembro de
1990.

Entre os deveres (art. 116), há dois que se encaixamno paradigma do atendimentoe do relacionamen-

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to que tem como foco principal o usuário.

São eles:

- “atender com presteza ao público em geral, prestando as informações requeridas” e

- “tratar com urbanidade as pessoas”.

Presteza e urbanidade nem sempre são fáceis de avaliar, uma vez que não têm o mesmo sentido para
todas as pessoas, como demonstram as situações descritas a seguir.

• Serviços realizados em dois dias úteis, por exemplo, podem não corresponder às reais necessidades
dos usuários quanto ao prazo.

• Um atendimento cortês não significa oferecer ao usuário aquilo que não se pode cumprir. Para mi-
nimizar as diferentes interpretações para esses procedimentos, uma das opções é a utilização do bom
senso:

• Quanto à presteza, o estabelecimento de prazos para a entrega dos serviços tanto para os usuários
internos quanto para os externos pode ajudar a resolver algumas questões.

• Quanto à urbanidade, é conveniente que a organização inclua tal valor entre aqueles que devem ser
potencializados nos setores em que os profissionais que ali atuam ainda não se conscientizaram sobre a
importância desse dever.

Não é à toa que as organizações estão exigindo habilidades intelectuais e comportamentais dos seus
profissionais, além de apurada determinação estratégica. Entre outros requisitos, essas habilidades in-
cluem:

- atualização constante;

- soluções inovadoras em resposta à velocidade das mudanças;

- decisões criativas, diferenciadas e rápidas;

- flexibilidade para mudar hábitos de trabalho;

- liderança e aptidão para manter relações pessoais e profissionais;

- habilidade para lidar com os usuários internos e externos.

Encerramos esse tópico com o trecho de um texto de Andrés Sanz Mulas:

“Para desenhar uma ética das Administrações seria necessário realizar as seguintes tarefas, entre
outras:

- Definir claramente qual é o fim específico pelo qual se cobra a legitimidade social;

- Determinar os meios adequados para alcançar esse fim e quais valores é preciso incorporar para
alcançá-lo;

- Descobrir que hábitos a organização deve adquirir em seu conjunto e os membros que a compõem
para incorporar esses valores e gerar, assim, um caráter que permita tomar decisões acertadamente em
relação à meta eleita;

- Ter em conta os valores da moral cívica da sociedade em que se está imerso;

- Conhecer quais são os direitos que a sociedade reconhece às pessoas.”

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Quando falamos sobre ética pública, logo pensamos em corrupção, extorsão, ineficiência, etc, mas na
realidade o que devemos ter como ponto de referência em relação ao serviço público, ou na vida públi-
ca em geral, é que seja fixado um padrão a partir do qual possamos, em seguida julgar a atuação dos
servidores públicos ou daqueles que estiverem envolvidos na vida pública, entretanto não basta que haja
padrão, tão somente, é necessário que esse padrão seja ético, acima de tudo .

O fundamento que precisa ser compreendido é que os padrões éticos dos servidores públicos advêm
de sua própria natureza, ou seja, de caráter público, e sua relação com o público. A questão da ética pú-
blica está diretamente relacionada aos princípios fundamentais, sendo estes comparados ao que chama-
mos no Direito, de “Norma Fundamental”, uma norma hipotética com premissas ideológicas e que deve
reger tudo mais o que estiver relacionado ao comportamento do ser humano em seu meio social, aliás,
podemos invocar a Constituição Federal. Esta ampara os valores morais da boa conduta, a boa fé acima
de tudo, como princípios básicos e essenciais a uma vida equilibrada do cidadão na sociedade, lembran-
do inclusive o tão citado, pelos gregos antigos, “bem viver”.

Outro ponto bastante controverso é a questão da impessoalidade. Ao contrário do que muitos pensam,
o funcionalismo público e seus servidores devem primar pela questão da “impessoalidade”, deixando
claro que o termo é sinônimo de “igualdade”, esta sim é a questão chave e que eleva o serviço público a
níveis tão ineficazes, não se preza pela igualdade. No ordenamento jurídico está claro e expresso, “todos
são iguais perante a lei”.

E também a ideia de impessoalidade, supõe uma distinção entre aquilo que é público e aquilo que é
privada (no sentido do interesse pessoal), que gera portanto o grande conflito entre os interesses priva-
dos acima dos interesses públicos. Podemos verificar abertamente nos meios de comunicação, seja pelo
rádio, televisão, jornais e revistas, que este é um dos principais problemas que cercam o setor público,
afetando assim, a ética que deveria estar acima de seus interesses.

Não podemos falar de ética, impessoalidade (sinônimo de igualdade), sem falar de moralidade. Esta
também é um dos principais valores que define a conduta ética, não só dos servidores públicos, mas de
qualquer indivíduo. Invocando novamente o ordenamento jurídico podemos identificar que a falta de res-
peito ao padrão moral, implica, portanto, numa violação dos direitos do cidadão, comprometendo inclusi-
ve, a existência dos valores dos bons costumes em uma sociedade.

A falta de ética na Administração Publica encontra terreno fértil para se reproduzir, pois o comporta-
mento de autoridades públicas está longe de se basearem em princípios éticos e isto ocorre devido a fal-
ta de preparo dos funcionários, cultura equivocada e especialmente, por falta de mecanismos de controle
e responsabilização adequada dos atos antiéticos.

A sociedade por sua vez, tem sua parcela de responsabilidade nesta situação, pois não se mobilizam
para exercer os seus direitos e impedir estes casos vergonhosos de abuso de poder por parte do Pode
Público.

Um dos motivos para esta falta de mobilização social se dá, devido á falta de uma cultura cidadã, ou
seja, a sociedade não exerce sua cidadania. A cidadania Segundo Milton Santos “é como uma lei”, isto
é, ela existe, mas precisa ser descoberta, aprendida, utilizada e reclamada e só evolui através de pro-
cessos de luta. Essa evolução surge quando o cidadão adquire esse status, ou seja, quando passa a
ter direitos sociais. A luta por esses direitos garante um padrão de vida mais decente. O Estado, por sua
vez, tenta refrear os impulsos sociais e desrespeitar os indivíduos, nessas situações a cidadania deve se
valer contra ele, e imperar através de cada pessoa. Porém Milton Santos questiona se “há cidadão neste

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país”? Pois para ele desde o nascimento as pessoas herdam de seus pais e ao longo da vida e também
da sociedade, conceitos morais que vão sendo contestados posteriormente com a formação de ideias de
cada um, porém a maioria das pessoas não sabe se são ou não cidadãos.

A educação seria o mais forte instrumento na formação de cidadão consciente para a construção de
um futuro melhor.

No âmbito Administrativo, funcionários mal capacitados e sem princípios éticos que convivem todos os
dias com mandos e desmandos, atos desonestos, corrupção e falta de ética tendem a assimilar por este
rol “cultural” de aproveitamento em beneficio próprio.

LEGISLAÇÃO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO: Lei Complementar Estadual nº


46/1994 (Estatuto dos Servidores do Estado do Espírito Santo)

LEI COMPLEMENTAR  Nº 46, DE 31 DE JANEIRO DE 1994.

(Vide Lei Complementar nº 50, de 18 de julho de 1994)

(Vide Lei Complementar nº 92, de 30 de dezembro de 1996)

(Vide Lei Complementar nº 128, de 25 de setembro de 1998)

(Vide Lei Complementar nº 187, de 11 de dezembro de 2000)

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei, com exceção do
inciso II do art. 8º, art. 46 e parágrafo único; inciso III do art. 60; parágrafo único do art. 102; § 1º, do art.
119; art. 298 e §§; art. 299 e parágrafo único; art. 301 e §§; art. 303 e parágrafo único e o art. 310 e pará-
grafo único:
TÍTULO I
CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Esta Lei Complementar institui o Regime Jurídico Único dos servidores públicos civis da admi-
nistração direta, das autarquias e das fundações públicas do Estado do Espírito Santo, de qualquer dos
seus Poderes.

Parágrafo único - O Regime Jurídico Único de que trata este artigo, tem natureza de direito público e
regula as condições de provimento dos cargos, os direitos e as vantagens, os deveres e as responsabili-
dades dos servidores públicos civis.

Art. 2º - Servidor público é a pessoa legalmente investida em cargo público.

Art. 3º - Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor pú-


blico e que tem como características essenciais a criação por Lei, em número certo, com denominação
própria, atribuições definidas e pagamento pelos Cofres do Estado.

Parágrafo único - Os cargos de provimento efetivo são organizados em carreiras, segundo as diretri-
zes definidas em Lei.

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TÍTULO II
DO PROVIMENTO E DA MOVIMENTAÇÃO DE PESSOAL
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
SEÇÃO I
DO PROVIMENTO

Art. 4º - Os cargos públicos podem ser de provimento efetivo e em comissão.

Art. 5º - A investidura em cargo público de provimento efetivo depende de aprovação prévia em con-
curso público de provas ou de provas e títulos.

Art. 6º - São requisitos básicos para o ingresso no serviço público:

I – nacionalidade brasileira ou equiparada;

II – quitação com as obrigações militares e eleitorais;

III – idade mínima de dezoito anos;

IV – sanidade física e mental comprovada em inspeção médica oficial;

V – atendimento às condições especiais previstas em lei para determinadas carreiras.

Art. 7º - À pessoa portadora de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público


para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com sua deficiência.

Parágrafo único - Os editais para abertura de concursos públicos de Provas ou de Provas e Títulos
reservarão percentual de até 20% (vinte por cento) das vagas dos cargos públicos para candidatos porta-
dores de deficiência. (Redação dada pela Lei Complementar nº 97, de 12 de maio de 1997).

Art. 8º - Os cargos públicos são providos por:

I – nomeação;

II – ascensão; (promulgado no D.O. de 06/04/94) (Dispositivo com eficácia suspensa em 06.04.2001 e


declarado inconstitucional em 25.04.2003 pela da ADIN nº 1345).

III – aproveitamento;

IV – reintegração; e

VI – reversão.

Art. 9º - Os atos de provimento dos cargos far-se-ão:

I – na Administração Direta do Poder Executivo o disposto nos incisos I, IV, V e VI do artigo anterior,
por competência do Governador do Estado e, os demais, do Secretário de Estado responsável pela admi-
nistração de pessoal;

II – nos Poderes Legislativo e Judiciário, por competência da autoridade definida em seus respectivos
regimentos; e

III – nas autarquias e fundações públicas, por competência do seu dirigente superior.

Art. 10 - A investidura em cargo público ocorrerá com a posse, completando-se com o exercício.

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SEÇÃO I
DA FUNÇÃO GRATIFICADA

Art. 11 - Função gratificada é o encargo de chefia ou outro que a lei determinar, cometido a servidor
público efetivo, mediante designação.

Parágrafo único - No âmbito do Poder Executivo, são competentes para a expedição dos atos de de-
signação para funções gratificadas os Secretários de Estado, autoridades de nível equivalente e dirigen-
tes superiores de autarquias e fundações públicas e, nos demais Poderes, a autoridade definida em seus
regimentos.
CAPÍTULO II
DA NOMEAÇÃO
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 12 - A nomeação far-se-á:

I – em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de carreira; e

II – em comissão, para cargo de confiança, de livre nomeação e exoneração.

Parágrafo único - Na nomeação para cargo em comissão, dar-se-á preferência ao servidor público efe-
tivo ocupante de cargo de carreira técnica ou profissional, atendidos os requisitos definidos em Lei.

Art. 13 - A nomeação para cargo efetivo dar-se-á no início da carreira, atendidos os pré-requisitos e a
prévia habilitação em concurso público de prova ou de provas e títulos na forma do art. 5º, obedecida a
ordem de classificação e o prazo de sua validade.

Parágrafo único - Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor público na


carreira serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes dos planos de carreiras e de vencimentos na
administração pública estadual e por seu regulamento.
SEÇÃO II
DO CONCURSO PÚBLICO

Art. 14 - Os concursos públicos serão de provas ou de provas e títulos, complementados, quando


exigido, por freqüência obrigatória em programa específico de formação inicial, observadas as condições
prescritas em Lei e regulamento.

Parágrafo único - O concurso público terá validade de até dois anos, podendo ser prorrogado uma
única vez, por igual período.

Art. 15 - O prazo de validade do concurso, o número de cargos vagos, os requisitos para inscrição dos
candidatos, e as condições de sua realização serão fixados em edital.

§ 1º - No âmbito da administração direta do Poder Executivo, os concursos públicos serão realizados


pela Secretaria de Estado responsável pela administração de pessoal, salvo disposição em contrário
prevista em lei específica.

§ 2º - Nas autarquias e fundações públicas, os concursos públicos serão realizados pelas próprias
entidades sob a supervisão e acompanhamento da Secretaria de Estado responsável pela administração
de pessoal.

§ 3º - É assegurada ao sindicato ou, na falta deste, à entidade representativa de servidores públicos, a

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indicação de um membro para integrar as comissões responsáveis pela realização de concursos.

§ 4º - A inscrição para concurso público destinado ao provimento de cargos nos órgãos da administra-
ção direta, indireta ou fundacional do Estado do Espírito Santo, não terá custo superior a vinte por cento
do salário mínimo e será gratuito para quem esteja desempregado ou não possuir renda familiar superior
a dois salários mínimos, comprovadamente. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 66, de 01
de novembro de 1995)  (Dispositivo com eficácia suspensa com efeito “ex nunc” em   20.06.1997 pela
ADIN nº 1568).
SEÇÃO III
DA POSSE

Art. 16 - Posse é o ato de aceitação expressa das atribuições, deveres e responsabilidades inerentes
ao cargo público, com o compromisso de bem-servir, formalizado com a assinatura do termo próprio pelo
empossando ou por seu representante especialmente constituído para este fim.

§ 1º - Só haverá posse no caso de provimento de cargo por nomeação na forma do art. 12.

§ 2º - No ato da posse, o empossando apresentará, obrigatoriamente, declaração dos bens e valores


que constituem seu patrimônio.

§ 2º - No ato da posse, o empossado apresentará, obrigatoriamente, os seguintes documentos: (Reda-


ção dada pela Lei Complementar nº 191, de 13 de novembro de 2000). (Dispositivo com eficácia suspen-
sa em 28.06.2002 e declarado inconstitucional em 08.04.2005, pela ADIN nº 2420)

I - Declaração dos bens e valores que constituem seu patrimônio; (Dispositivo com eficácia suspensa
em 28.06.2002 e declarado inconstitucional em 08.04.2005, pela ADIN nº 2420)

II - Certidão negativa criminal; (Dispositivo com eficácia suspensa em 28.06.2002 e declarado incons-
titucional em 08.04.2005, pela ADIN nº 2420)

III - Atestado de bons antecedentes. (Dispositivo com eficácia suspensa em 28.06.2002 e declarado
inconstitucional em 08.04.2005, pela ADIN nº 2420)

§ 2º No ato da posse, o empossando apresentará, obrigatoriamente, declaração de bens e valores que


constituem seu patrimônio, e os demais documentos e informações previstos em lei específica, regu-
lamento ou edital do concurso. (Redação dada pela Lei Complementar nº 880, de 26 de dezembro de
2017)

§ 3º - É requisito para posse a declaração do empossando de que exerce ou não outro cargo, empre-
go ou função pública.

§ 4º - A posse verificar-se-á no prazo de até trinta dias contados da publicação do ato de nomea-
ção.

§ 5º - A requerimento do interessado ou de seu representante legal, o prazo para a posse poderá ser
prorrogado pela autoridade competente, até o máximo de trinta dias a contar do término do prazo de que
trata o parágrafo anterior.

§ 6º - Só poderá ser empossado aquele que, em inspeção médica oficial, for julgado apto física e men-
talmente para o exercício do cargo.

§ 7º - O prazo para posse em cargo de carreira, de concursado investido em mandato eletivo, ou licen-
ciado, será contado a partir do término do impedimento, exceto no caso de licença para tratar de inte-

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resses particulares ou por motivo de deslocamento do cônjuge, quando a posse deverá ocorrer no prazo
previsto no § 4º.

§ 8º - A posse será formalizada, no âmbito do Poder Executivo:

a) na Secretaria responsável pela administração de pessoal, quando se tratar de cargo de provimento


efetivo da administração direta;

b) nos demais órgãos, quando se tratar de cargo de provimento em comissão; e

c) nas autarquias e fundações públicas, quanto aos seus respectivos cargos.

§ 9º - Nos demais Poderes a posse será formalizada no respectivo setor de pessoal.

§ 10 - Será tornada sem efeito a nomeação, quando a posse não se verificar no prazo legal.
SEÇÃO IV
DO EXERCÍCIO

Art. 17 - Exercício é o efetivo desempenho, pelo servidor público, das atribuições de seu cargo.

§ 1º - É de quinze dias o prazo para o servidor público entrar em exercício, contados da data da pos-
se, quando esta for exigida, ou da publicação do ato, nos demais casos.

§ 2º - Ao responsável pela unidade administrativa onde o servidor público tenha sido alocado ou locali-
zado compete dar-lhe exercício.

§ 3º - Não ocorrendo o exercício no prazo previsto no § 1º, o servidor público será exonerado.

Art. 18 - Ao entrar em exercício, o servidor público apresentará ao órgão competente os elementos


necessários ao seu assentamento individual, à regularização de sua inscrição no órgão previdenciário do
Estado e ao cadastramento no PIS/PASEP.

Art. 19 - O início, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados nos assentamentos indivi-
duais do servidor público.

Seção V

Da Jornada de Trabalho e da Freqüência do Serviço

Art. 20 - A jornada normal de trabalho do servidor público estadual será definida nos respectivos pla-
nos de carreiras e de vencimentos, não podendo ultrapassar quarenta e quatro horas semanais, nem oito
horas diárias, excetuando-se o regime de turnos, facultada a compensação de horário e a redução da
jornada mediante acordo coletivo de trabalho.

§ 1º A jornada normal de trabalho será de oito horas diárias para o exercício de cargo em comissão ou
de função gratificada, exigindo-se do seu ocupante dedicação integral ao serviço. (Parágrafo único trans-
formado em §1º e redação dada pela Lei Complementar nº 874, de 14 de dezembro de 2017)

§ 2º A jornada dos servidores públicos estaduais do Poder Executivo em regime de teletrabalho equi-
valerá ao cumprimento das metas de desempenho estabelecidas. (Dispositivo incluído pela Lei Comple-
mentar nº 874, de 14 de dezembro de 2017)

§ 3º Será concedido regime especial de trabalho ao servidor público estável que tenha filho, cônjuge
ou dependente com deficiência, independentemente de compensação de horas, na forma e condições
previstas em legislação específica. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 1.019, de 15 de julho
de 2022)

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Art. 21 - Poderá haver prorrogação da duração normal do trabalho, por necessidade do serviço ou por
motivo de força maior.

§ 1º - A prorrogação de que trata este artigo, será remunerada na forma do art. 101 e não poderá ex-
ceder o limite de duas horas diárias, salvo nos casos de jornada especial ou regime de turnos.

§ 2º - Em situações excepcionais e de necessidade imediata as horas que excederem a jornada nor-


mal serão compensadas pela correspondente diminuição em dias subseqüentes.

Art. 22 - Atendida a conveniência do serviço, ao servidor público que seja estudante, será concedido
horário especial de trabalho, sem prejuízo de sua remuneração e demais vantagens, observadas as se-
guintes condições:

I – comprovação da incompatibilidade dos horários das aulas e do serviço, mediante atestado forneci-
do pela instituição de ensino onde esteja matriculado; e

II – apresentação de atestado de freqüência mensal, fornecido pela instituição de ensino.

Parágrafo único - O horário especial a que se refere este artigo importará compensação da jornada
normal com a prestação de serviço em horário antecipado ou prorrogado, ou no período correspondente
às férias escolares.

Art. 23 - Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de onze horas consecutivas para
descanso.

Art. 24 - Nos serviços permanentes de datilografia, digitação, operações de telex, escriturações ou


cálculo, a cada período de noventa minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de dez
minutos não deduzidos da duração normal do trabalho.

Art. 25. A frequência do servidor público será apurada por meio de registros a serem definidos pela
administração, pelos quais se verificarão, diariamente, as entradas e saídas, excetuando-se aqueles
servidores que atuam em regime de teletrabalho, aplicando-se a estes o previsto na Lei Complementar
específica que trata desta matéria. (Redação dada pela Lei Complementar nº 874, de 14 de dezembro de
2017)

Art. 26 - O registro de freqüência deverá ser efetuado dentro do horário determinado para o início do
expediente, com uma tolerância máxima de quinze minutos, no limite de uma vez por semana e no máxi-
mo três ao mês, salvo em relação aos cargos em comissão ou funções gratificadas, cuja freqüência obe-
decerá ao que dispuser o regulamento.

Parágrafo único - O atraso no registro da freqüência, com a utilização da tolerância prevista neste arti-
go, terá que ser obrigatoriamente compensado no mesmo dia.

Art. 27 - Compete ao chefe imediato do servidor público o controle e a fiscalização de sua freqüên-
cia, sob pena de responsabilidade funcional e perda de confiança, passível de exoneração ou dispen-
sa.

Parágrafo único - A falta de registro de freqüência ou a prática de ações que visem à sua burla, pelo
servidor público, implicarão adoção obrigatória, pela chefia imediata, das providências necessárias à apli-
cação da pena disciplinar cabível.

Art. 28 - A fixação do horário de trabalho do servidor público será feita pela autoridade competente,
podendo ser alterada por conveniência da administração.

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Art. 29 - O servidor público perderá:

I – a remuneração do dia em que faltar injustificadamente ao serviço ou deixar de participar do progra-


ma de formação, especialização ou aperfeiçoamento em horário de expediente;

II – um terço do vencimento diário, quando comparecer ao serviço dentro da hora seguinte à marcada
para o início dos trabalhos ou quando se retirar dentro da hora anterior à fixada para o término do expe-
diente, computando-se nesse horário a compensação a que se refere o art. 26, parágrafo único;

III – o vencimento correspondente a um dia, quando o comparecimento ao serviço ultrapassar o horá-


rio previsto no inciso anterior; e

IV – um terço da remuneração durante os afastamentos por motivo de prisão em flagrante ou decisão


judicial provisória, com direito à diferença, se absolvido ao final.

§ 1º - O servidor público que for afastado em virtude de condenação por sentença definitiva, a pena
que não resulte em demissão ou perda do cargo, terá suspensa a sua remuneração e seus dependentes
passarão a perceber auxílio-reclusão, na forma definida no art. 219

§ 2º - No caso de falta injustificada ao serviço os dias imediatamente anteriores e posteriores aos sá-
bados, domingos e feriados ou aqueles entre eles intercalados serão também computados como falta.

§ 3º - Na hipótese de não-comparecimento do servidor público ao serviço ou escala de plantão, o nú-


mero total de faltas abrangerá, para todos os efeitos legais, o período destinado ao descanso.

Art. 30 - Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor público ausentar-se do serviço:

I – por um dia, para apresentação obrigatória em órgão militar;

II – por um dia, a cada três meses, para doação de sangue;

III – até oito dias consecutivos, por motivo de casamento;

IV – por cinco dias consecutivos, por motivo de falecimento do cônjuge, companheiro, pais, filhos,
irmãos;

V – pelos dias necessários à:

a) realização de provas ou exames finais, quando estudante matriculado em estabelecimento de ensi-


no oficial ou reconhecido;

b) participação de júri e outros serviços obrigatórios por Lei; e

c) prestação de concurso público.

Art. 31 - Em qualquer das hipóteses previstas no artigo anterior caberá ao servidor público comprovar,
perante a chefia imediata, o motivo da ausência.

Art. 32 - Pelo não-comparecimento do servidor público ao serviço, para tratar de assuntos de seu
interesse pessoal, serão abonadas até seis faltas, em cada ano civil, desde que o mesmo não tenha, no
exercício anterior, nenhuma falta injustificada.

§ 1º - Os abonos não poderão ser acumulados, devendo sua utilização ocorrer, no máximo, uma vez a
cada mês, respeitado o limite anual previsto neste artigo.

§ 2º - A comunicação das faltas será feita antecipadamente, salvo motivo relevante devidamente com-
provado.

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SEÇÃO VI
DA LOTAÇÃO E DA LOCALIZAÇÃO

Art. 33 - Os servidores públicos dos Poderes Legislativo e Judiciário e das autarquias e fundações pú-
blicas serão lotados nos referidos órgãos ou entidades, e a localização caberá à autoridade competente
de cada órgão ou entidade.

§ 1º - O servidor público da administração direta do Poder Executivo será lotado na Secretaria de Es-
tado responsável pela administração de pessoal, onde ficarão centralizados todos os cargos, ressalvados
os casos previstos em Lei.

§ 2º - A Secretaria de Estado referida no parágrafo anterior alocará às demais secretarias e órgãos de


hierarquia equivalente os servidores públicos necessários à execução dos seus serviços, passando os
mesmos a ter neles o seu exercício.

§ 3º - As autarquias e fundações públicas referidas neste artigo informarão permanentemente à Secre-


taria de Estado responsável pela administração de pessoal as alterações de seus respectivos quadros.

Art. 34 - A mudança de um para outro setor da mesma Secretaria de Estado, em localidade diversa ou
não da anterior, será promovida pela autoridade competente de cada órgão ou entidade em que o servi-
dor público tenha sido alocado, mediante ato de localização publicado no Diário Oficial do Estado.

Art. 35 - A localização do servidor público dar-se-á:

I – a pedido; e

II – de ofício.

§ 1º - A localização por permuta será processada à vista do pedido conjunto dos interessados, desde
que ocupantes do mesmo cargo.

§ 2º - Se de ofício e fundada na necessidade de pessoal, a escolha da localização recairá, preferen-


cialmente, sobre o servidor público:

a) de menor tempo de serviço;

b) residente em localidade mais próxima; e

c) menos idoso.

§ 3º - É vedada, de ofício, a localização de servidor público:

I – licenciado para atividade política, período entre o registro da candidatura perante a Justiça Eleitoral
e o dia seguinte ao do resultado oficial da eleição;

II – investido em mandato eletivo, desde a expedição do diploma até o término do mandato; e

III – à disposição de entidade de classe.

Art. 36 - Quando a assunção de exercício implicar mudança de localidade, o servidor público fará jus
a um período de trânsito de até oito dias exceto se a mudança for para Municípios integrantes da Região
Metropolitana da Grande Vitória.

Parágrafo único - Na hipótese do servidor público encontrar-se afastado pelos motivos previstos no
art. 30 ou licença prevista no art. 122, I a IV e X, o prazo a que se refere este artigo será contado a partir
do término do afastamento.

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Art. 37 - Ao servidor público estudante que for localizado ex offício e a seus dependentes, é assegura-
da na localidade de nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino público em
qualquer época, independentemente de vaga.

Parágrafo único - Não havendo, na nova localidade, instituição de ensino público ou o curso freqüenta-
do pelo servidor público ou por seus dependentes, o Estado arcará com o ônus do ensino, em estabeleci-
mento particular, na mesma localidade.
SEÇÃO VII
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 38 - Estágio probatório é o período de 3 (três) anos em que o servidor público nomeado para
cargo de provimento efetivo ficará em avaliação, a contar da data do início de seu exercício e, durante o
qual, serão apuradas sua aptidão e capacidade para permanecer no exercício do cargo. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 500, de 26 de outubro de 2009).

§ 1º Ficam os Poderes do Estado autorizados a regulamentar a matéria e a instituir Comissão de Ava-


liação de Estágio Probatório. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 500, de 26 de outubro de
2009).

§ 2º O servidor público, ao ser investido em novo cargo de provimento efetivo, não estará dispensado
do cumprimento integral do período de 3 (três) anos de estágio probatório no novo cargo.  (Dispositivo
incluído pela Lei Complementar nº 500, de 26 de outubro de 2009).

§ 3º Na hipótese de acumulação legal, o estágio probatório deverá ser cumprido em relação a cada
cargo para o qual o servidor público tenha sido nomeado.  (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº
500, de 26 de outubro de 2009).

Art. 39 - Durante o período de estágio probatório será observado, pelo servidor público, o cumprimento
dos seguintes requisitos, a serem disciplinados em regulamento: (Redação dada pela Lei Complementar
nº 500, de 26 de outubro de 2009).

I - idoneidade moral e ética;

II - disciplina;

III - dedicação ao serviço;

IV - eficiência.

§ 1º Os requisitos, de que trata o caput deste artigo, serão avaliados semestralmente, conforme pro-
cedimento a ser estabelecido em regulamento.  (Redação dada pela Lei Complementar nº 500, de 26 de
outubro de 2009).

§ 2º A qualquer tempo, e antes do término do período de cumprimento do estágio probatório, se o


servidor público deixar de atender a um dos requisitos estabelecidos neste artigo, as chefias mediata e
imediata, em relatório circunstanciado, informarão o fato à Comissão de Avaliação para, em processo
sumário, promover a averiguação necessária, assegurando-se em qualquer hipótese, o direito de ampla
defesa.  (Redação dada pela Lei Complementar nº 500, de 26 de outubro de 2009).

Art. 40 - Será exonerado o servidor em estágio probatório que, no período de cumprimento do estágio,
apresentar qualquer das seguintes situações: (Redação dada pela Lei Complementar nº 500, de 26 de
outubro de 2009).

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I - não atingir o desempenho mínimo estipulado em regulamento;

II - incorrer em mais de 30 (trinta) faltas, não justificadas e consecutivas ou a mais de 40 (quarenta)


faltas não justificadas, interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses;

III - sentença penal condenatória irrecorrível

§ 1º - A avaliação do servidor público em estágio probatório será promovida nos prazos estabelecidos
em regimento pela chefia imediata, que a submeterá a chefia imediata. (Redação dada pela Lei Comple-
mentar nº 80, de 29 de fevereiro de 1996).

§ 2º - As conclusões das chefias imediata e mediata serão apreciadas, em caráter final, por um comitê
técnico, especialmente criado para esse fim.

§ 3º - Caso as conclusões das chefias sejam pela exoneração do servidor público, ou pela sua recon-
dução ao cargo anteriormente ocupado, a autoridade competente, antes da decisão final, concederá ao
servidor público um prazo de quinze dias para a apresentação de sua defesa.

§ 4º - Pronunciando-se pela exoneração do servidor público, o comitê técnico encaminhará o processo


à autoridade competente, no máximo, até trinta dias antes de findar o prazo do estágio probatório, para a
edição do ato correspondente.

§ 5º - É assegurada a participação do sindicato e, na falta deste, das entidades de classe representa-


tivas dos diversos segmentos de servidores públicos no comitê técnico, conforme dispuser o regulamen-
to.

Art. 41 - A qualquer tempo, e antes do término do período do estágio probatório, se o servidor público
deixar de atender a um dos requisitos estabelecidos no art.39, a chefia imediata, em relatório circunstan-
ciado, denunciará o fato ao comitê técnico para, em processo sumário, promover a averiguação necessá-
ria, assegurando-se em qualquer hipótese, o direito de defesa. (Redação dada pela Lei Complementar nº
80, de 29 de fevereiro de 1996).

Art. 41. Durante o cumprimento do estágio probatório, o servidor que se afastar do cargo terá o côm-
puto do período de avaliação suspenso enquanto perdurar o afastamento, exceto nas seguintes hipóte-
ses, nas quais não haverá suspensão: (Redação dada pela Lei Complementar nº 500, de 26 de outubro
de 2009)

I - nos casos dos afastamentos previstos no artigo 30, incisos I, II, III, IV e V, alíneas “a” e “b”, e artigo
57;

II - por motivo das licenças previstas no artigo 122, incisos I e II, por até 60 (sessenta) dias, e nos inci-
sos III e X;  (Redação dada pela Lei Complementar nº 854, de 11 de maio de 2017).

III - nos casos de exercício de cargo de provimento em comissão ou de função gratificada, no âmbito
do Poder Público Estadual.

Parágrafo único. Ao servidor público em estágio probatório não serão concedidas as licenças previstas
no artigo 122, V e VIII. (Redação dada pela Lei Complementar nº 500, de 26 de outubro de 2009)

Art. 42. A avaliação final do servidor em estágio probatório será homologada, no âmbito do Poder
Executivo, pelo Secretário de cada Pasta, na Administração Direta, e pelo dirigente máximo de cada enti-
dade, na Administração Indireta, dela dando-se ciência ao servidor interessado. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 500, de 26 de outubro de 2009)

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§ 1º Caberá aos Poderes Legislativo e Judiciário estabelecer a autoridade competente para a homo-
logação da avaliação final do servidor em estágio probatório pertencente aos seus respectivos quadros.
(Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 500, de 26 de outubro de 2009)

§ 2º Das avaliações funcionais do servidor caberá recurso dirigido à Comissão de Avaliação, no prazo
de 15 (quinze) dias consecutivos, excluindo-se o dia do início e incluindo-se o dia do vencimento, a con-
tar da ciência do servidor em estágio probatório. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 500, de
26 de outubro de 2009)

§ 3º O recurso deverá ser instruído com as provas em que se baseia o servidor em estágio probatório
interessado em obter a reforma da avaliação funcional, sendo-lhe assegurado o contraditório e a ampla
defesa. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 500, de 26 de outubro de 2009)

§ 4º O recurso da avaliação funcional do servidor em estágio probatório deverá ser concluído no prazo
de 15 (quinze) dias consecutivos, excluindo-se o dia do início e incluindo-se o dia do vencimento, admi-
tida apenas 1 (uma) prorrogação por igual prazo, em face de circunstâncias excepcionais, devidamente
justificadas. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 500, de 26 de outubro de 2009)
SEÇÃO VIII
DA ESTABILIDADE

Art. 43 - Adquire estabilidade, ao completar dois anos de efetivo exercício, o servidor público nomeado
em virtude de concurso público.

Parágrafo único - Para fins de aquisição de estabilidade, só será computado o tempo de serviço efeti-
vo prestado em cargos públicos ao Governo do Estado do Espírito Santo. (Dispositivo revogado pela Lei
Complementar nº 500, de 26 de outubro de 2009)

Art. 43. O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo ad-
quire estabilidade no serviço público ao completar 3 (três) anos de efetivo exercício. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 500, de 26 de outubro de 2009)

Art. 44 - O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em
julgado ou de processo administrativo-disciplinar em que lhe seja assegurada ampla defesa.
SEÇÃO IX
DA READAPTAÇÃO

(Dispositivos incluídos pela Lei Complementar nº 98, de 12 de maio de 1997, não havendo renumera-
ção dos demais artigos)

(Dispositivos com aplicabilidade suspensa em 13.03.1998 e declarados inconstitucionais em


25.10.2002,

pela ADIN nº 1731)


CAPÍTULO III
DO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL

Art. 45 - É assegurado ao servidor público, após a nomeação e cumprimento do estágio probatório, o


desenvolvimento funcional na forma e condições estabelecidas nos planos de carreiras e de vencimentos
através de progressões horizontal e vertical e de ascensão.

Art. 46 - Ascensão é a passagem do servidor público, da última classe de um cargo para a primeira

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do cargo imediatamente superior dentro da mesma carreira, obedecidos os requisitos e critérios esta-
belecidos nas leis que instituírem os respectivos planos de carreiras e de vencimentos. (Promulgado no
D.O. de 06/04/94) (Dispositivo com eficácia suspensa em 06.04.2001 e declarado inconstitucional em
25.04.2003 pela ADIN nº 1345)

Parágrafo único - As vagas remanescentes da ascensão, por falta de candidatos habilitados e classifi-
cados, poderão ser destinadas ao preenchimento por concurso público a critério da administração esta-
dual. (Promulgado no D.O. de 06/04/94) (Dispositivo com eficácia suspensa em 06.04.2001 e declarado
inconstitucional em 24.04.2003 pela ADIN nº 1345)
CAPÍTULO IV
DO APROVEITAMENTO

Art. 47 - Aproveitamento é a volta ao serviço ativo do servidor público posto em disponibilidade.

§ 1º - O aproveitamento será realizado no interesse da Administração, mediante ato do Chefe de cada


Poder, facultada a delegação, e dar-se-á em cargo de natureza, atribuições e vencimentos compatíveis
com o anteriormente ocupado, respeitadas a escolaridade e habilitação exigidas para o respectivo car-
go.  (Redação dada pela Lei Complementar nº 173, de 04 de janeiro de 1999).

§ 2º - O aproveitamento do servidor público em disponibilidade, há mais de doze meses, dependerá de


comprovação de sua capacidade física e mental, por junta médica oficial.

§ 3º - Se julgado apto, o servidor público assumirá o exercício do cargo no prazo de quinze dias, con-
tados da publicação do ato de aproveitamento.

§ 4º - Verificada a incapacidade definitiva, o servidor público em disponibilidade será aposentado.

Art. 48 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor público
não entrar em exercício no prazo legal.
CAPÍTULO V
DA REINTEGRAÇÃO

Art. 49 - Reintegração é a reinvestidura do servidor público estável no cargo anteriormente ocupado,


quando invalidada a sua demissão, por decisão administrativa ou judicial, transitada em julgado, com
pleno ressarcimento dos vencimentos, direitos e vantagens permanentes.

§ 1º - Na hipótese de o cargo anterior ter sido extinto, o servidor público ficará em disponibilidade
remunerada.

§ 2º - Tendo sido transformado o cargo que ocupava, a reintegração se dará no cargo resultante da
transformação.

§ 3º - O servidor público reintegrado será submetido a inspeção médica.

§ 4º - Se verificada a incapacidade, será o servidor público aposentado no cargo em que houver sido
reintegrado.

§ 5º - Se verificada a reintegração do titular do cargo, o eventual ocupante da vaga será, pela or-
dem:

I – reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização;

II – aproveitado em outro cargo; e

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III – colocado em disponibilidade
CAPÍTULO VI
DA RECONDUÇÃO

Art. 50 - Recondução é o retorno do servidor público estável ao cargo que ocupava anteriormente, cor-
relato ou transformado, decorrente de sua inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo.
CAPÍTULO VII
DA REVERSÃO

Art. 51 - Reversão é o retorno à atividade, do servidor público aposentado por invalidez, quando insub-
sistentes os motivos de sua aposentadoria e julgado apto em inspeção médica oficial.

§ 1º - A reversão far-se-á no mesmo cargo ou em cargo resultante de sua transformação.

§ 2º  Não poderá reverter o servidor público que contar setenta e cinco anos de idade ou tempo de
serviço para aposentadoria voluntária com proventos integrais. (Redação dada pela Lei Complementar nº
938, de 9 de janeiro de 2020)
CAPÍTULO VII-A
DA READAPTAÇÃO

(Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

Art. 51-A.  A readaptação ocorre quando o servidor público efetivo é readaptado em cargo de atribui-
ções e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou
mental, enquanto permanecer nesta condição, verificada em inspeção médica. (Dispositivo incluído pela
Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 1º  Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado. (Dispositivo incluído
pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 2º  A readaptação será efetivada em cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis
com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, respeitada a habilitação e o nível
de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem. (Dispositi-
vo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)
CAPÍTULO VIII
DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 52 - Haverá substituição nos casos de impedimento legal ou afastamento de ocupante de cargo
em comissão ou de função gratificada.

§ 1º - O substituto perceberá o vencimento do cargo em comissão ou o valor da função gratificada,


podendo optar pela gratificação prevista no art. 96.

§ 2º - A substituição será remunerada por qualquer período.


CAPÍTULO IX
DOS AFASTAMENTOS

Art. 53 - O servidor público não poderá servir fora da repartição em que for lotado ou estiver alocado,
salvo quando autorizado, para fim determinado e por prazo certo, por autoridade competente.

Art. 54 - O servidor público poderá ser cedido aos governos da União, de outros Estados, dos Territó-

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rios, do Distrito Federal ou dos Municípios, desde que sem ônus para o Estado, pelo prazo de 05 (cinco)
anos prorrogável a critério do Governador, salvo situações especificadas em Lei. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 136, de 22 de dezembro de 1998).

Parágrafo único - Findo o prazo da cessão, o servidor público retornará ao seu lugar de origem, sob
pena de incorrer em abandono de cargo.

Art. 54. O servidor público poderá ser cedido aos Governos da União, de outros Estados, dos Territó-
rios, do Distrito Federal ou dos Municípios para exercer cargo de provimento em comissão ou função de
confiança, desde que sem ônus para o Estado, pelo prazo de até 05 (cinco) anos, prorrogável a critério
do Governador, salvo situações especificadas em lei. (Redação dada pela Lei Complementar nº 715, de
15 de outubro de 2013)

§ 1º Findo o prazo da cessão, o servidor público retornará ao seu lugar de origem, sob pena de incor-
rer em abandono de cargo. (Parágrafo único transformado em § 1º pela Lei Complementar nº 715, de 15
de outubro de 2013)

§ 2º O servidor público poderá ser cedido, desde que sem ônus para o Estado, ainda que esteja em
estágio probatório, para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar,
de qualquer dos Poderes ou órgãos independentes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, que tenha sido nomeado para provimento de cargo efetivo, desde que a relação conjugal
tenha sido estabelecida antes da nomeação. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 715, de 15
de outubro de 2013)

§ 3º A cessão prevista no § 2º deste artigo suspenderá o cômputo do período de avaliação do estágio


probatório. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 715, de 15 de outubro de 2013)

Art. 54-A. A cessão de servidor público de um para outro Poder ou órgão independente do próprio
Estado somente poderá ocorrer para o exercício de cargo de provimento em comissão ou função de con-
fiança, desde que sem ônus para o cedente, pelo prazo de até 05 (cinco) anos, prorrogável a critério do
Governador, salvo situações específicas em lei. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 715, de
15 de outubro de 2013)

Art. 55 - A cessão de servidor público de um para outro Poder do próprio Estado somente poderá ocor-
rer para o exercício de cargo em comissão e sem ônus para o Poder cedente.  (Dispositivo revogado pela
Lei Complementar nº 222, de 27 de dezembro de 2001).

Art. 56 - O servidor público que tenha sido colocado à disposição de órgão estranho à administração
pública estadual apenas poderá afastar-se novamente do cargo, com a mesma finalidade ou para gozar
licença para o trato de interesses particulares, após prestar serviços ao Estado por período igual ao do
afastamento.(Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 715, de 15 de outubro de 2013)

Art. 57 - É permitido ao servidor público estadual ausentar-se da repartição em que tenha exercício,
sem perda de seus vencimentos e vantagens, mediante autorização expressa da autoridade competente
de cada Poder para:

Art. 57 - É permitido ao servidor público estadual ausentar-se da repartição em que tenha exercício,
sem perda de seus vencimentos e vantagens, mediante autorização expressa da autoridade competente
de cada Poder, para: (Redação dada pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de 1996).

I – participar de congressos e outros certames culturais, técnicos, científicos ou desportivos;

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II – cumprir missão de interesse do serviço; e

III – freqüentar curso de aperfeiçoamento, atualização ou especialização que se relacione com as atri-
buições do cargo efetivo de que seja titular.

§ 1º - O afastamento para participar de competições desportivas só se dará quando se tratar de repre-


sentação do Estado ou do Brasil em competições oficiais.

§ 2º - O afastamento para cumprimento de missão de interesse do serviço fica condicionado à iniciati-


va da administração, justificada, em cada caso, a sua necessidade.

§ 3º - No caso do inciso III, o servidor público fica obrigado a permanecer a serviço do Estado, após
a conclusão do curso, pelo prazo correspondente ao período de afastamento, sob pena de restituir, em
valores atualizados ao Tesouro do Estado o que tiver recebido a qualquer título, se renunciar ao cargo
antes desse prazo.

§ 4º - Não será permitido o afastamento referido no inciso III ao ocupante de cargo em comissão.

Art. 58 - Ao servidor público em exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:

I – tratando-se de mandato eletivo federal ou estadual, ficará afastado de seu cargo efetivo;

II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo efetivo, sendo-lhe facultado optar pela
sua remuneração;

III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens


de seu cargo efetivo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e não havendo compatibilidade,
será aplicada a norma do inciso anterior;

IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; e

V – para efeito de benefício previdenciário, nos casos de afastamento, os valores de contribuição se-
rão determinados como se o servidor público em exercício estivesse.

Art. 59 - Preso preventivamente, denunciado por crime funcional, ou condenado por crime inafiançá-
vel, em processo no qual não haja pronúncia, o servidor público efetivo será afastado do exercício de seu
cargo, até decisão final transitada em julgado.
TÍTULO III
DA VACÂNCIA
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 60. A vacância de cargo público decorrerá de:

I – exoneração;

II – demissão;

III – ascensão; (promulgado no D.O. de 06/04/94) (Dispositivo com eficácia suspensa em 06.04.2001 e
declarado inconstitucional em 25.04.2003 pela ADIN nº 1345).

IV – aposentadoria;

V – falecimento;

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VI – declaração de perda de cargo;

VII – destituição de cargo em comissão.


CAPÍTULO II
DA EXONERAÇÃO

Art. 61 - A exoneração do servidor público dar-se-á:

a) de ofício; e

b) a pedido.

§ 1º - Se de ofício, a exoneração do servidor público efetivo será aplicada:

a) quando não satisfeitas as condições do estágio probatório; e

b) quando, tendo tomado posse, o servidor público não assumir o exercício do cargo no prazo previsto
no art. 17, § 1º.

§ 2º - A exoneração de cargo em comissão dar-se-á:

a) a juízo da autoridade competente; e

b) a pedido do próprio servidor público.

Art. 62 - O servidor público ocupante de cargo em comissão, se exonerado durante o período de licen-
ça médica ou férias, fará jus ao recebimento da remuneração respectiva, até o prazo final do afastamen-
to.

Art. 63 - O servidor público que solicitar exoneração deverá conservar-se em exercício, até quinze dias
após a apresentação do pedido. (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 880, de 26 de dezem-
bro de 2017)

Parágrafo único - Não havendo prejuízo para o serviço, a critério do chefe da repartição, a permanên-
cia do servidor público em exercício poderá ser dispensada. (Dispositivo revogado pela Lei Complemen-
tar nº 880, de 26 de dezembro de 2017)

Art. 64 - Não será concedida exoneração ao servidor público efetivo que, tendo se afastado para fre-
qüentar curso especializado, não houver promovido a reposição das importâncias recebidas, durante o
período do afastamento, em valores atualizados, caso em que será demitido, após trinta dias, por aban-
dono do cargo, sendo a importância devida inscrita em dívida ativa.

Parágrafo único - A reposição de que trata este artigo não será procedida quando a exoneração decor-
rer da nomeação para outro cargo público estadual.

Art. 65 - Para exonerar, são competentes as autoridades dirigentes dos órgãos ou entidades referidos
no art. 16, §§ 8º e 9º, salvo delegação de competência.

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TÍTULO IV
DOS DIREITOS E VANTAGENS
CAPÍTULO I
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO

Art. 66 - Vencimento é a retribuição pecuniária mensal devida ao servidor público civil pelo efetivo
exercício do cargo, fixada em lei.

Art. 67 - Os vencimentos do servidor público, acrescidos das vantagens de caráter permanente, e os


proventos são irredutíveis, observarão o princípio da isonomia, e terão reajustes periódicos que preser-
vem seu poder aquisitivo.

§ 1º - O princípio da isonomia objetiva assegurar o mesmo tratamento, a equivalência e a igualdade de


remuneração entre os cargos de atribuições iguais ou assemelhadas.

§ 2º - Na avaliação da ocorrência da isonomia serão levados em consideração a escolaridade, as atri-


buições típicas do cargo, a jornada de trabalho e demais requisitos exigidos para o exercício do cargo.

Art. 68 - Os vencimentos dos servidores públicos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário são
idênticos para cargo de atribuições iguais ou assemelhadas, observando-se como parâmetro aqueles
atribuídos aos servidores do Poder Executivo.

Art. 69 - Remuneração é o vencimento do cargo, acrescido das vantagens pecuniárias estabelecidas


em lei.

Art. 69.  Remuneração é o vencimento do cargo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes


estabelecidas em lei. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

Art. 70 - A revisão geral da remuneração dos servidores públicos da administração direta, das autar-
quias e das fundações públicas far-se-á sempre na mesma data e nos mesmos índices.

§ 1º - Os vencimentos e os proventos dos servidores públicos estaduais deverão ser pagos até o
último dia útil do mês de trabalho, corrigindo-se os seus valores, se tal preço ultrapassar o décimo dia do
mês subseqüente no vencido, com base nos índices oficiais de variação da economia do país. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de 1996).

§ 2º - As vantagens pecuniárias devidas ao servidor público serão pagas com base nos valores vigen-
tes no mês de pagamento inclusive quanto às parcelas em atraso.

Art. 71 - Nenhum servidor público poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração ou proven-
to, importância superior à soma dos valores fixados como remuneração, em espécie, a qualquer título,
por membro da Assembléia Legislativa, Desembargadores e Secretários de Estado, respectivamente, de
acordo com o Poder a cujo quadro de pessoal pertença, observado o disposto no art. 69.

§ 1º - Excluem-se do teto da remuneração os adicionais e gratificações constantes do art. 93, I, c a I,


II, a, b e c, e III, o décimo terceiro vencimento, as indenizações e os auxílios pecuniários previstos nesta
Lei. (Dispositivo com aplicação suspensa em relação a alínea “i” do inc.I e ao inc. III ambos do art. 93,
em 19.04.1996 pela ADIN nº 1344 – extinto o processo em 25.11.2015)

§ 2º - O menor vencimento atribuído aos cargos de carreira não poderá ser inferior a um trinta avos do
maior vencimento, na forma deste artigo, incluída a gratificação de representação, quando houver.

Art. 72 - O servidor público efetivo enquanto em exercício de cargo em comissão deixará de perceber

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o vencimento ou remuneração do cargo efetivo, ressalvado o direito de opção, na forma do art. 96.

Art. 73 - O vencimento, a remuneração e os proventos não sofrerão descontos além dos previstos em
lei, nem serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora, salvo quando se tratar de:

I – prestação de alimentos, resultante de decisão judicial; e

II – reposição de valores pagos indevidamente pela Fazenda Pública estadual, hipótese em que o
desconto será promovido em parcelas mensais não excedentes a vinte por cento da remuneração, ou
provento.

§ 1º - Caso os valores recebidos a maior sejam superiores à cinqüenta por cento da remuneração que
deveria receber, fica o servidor público obrigado a devolvê-lo de uma só vez no prazo de setenta e duas
horas.

§ 2º - A indenização de prejuízo causado à Fazenda Pública Estadual em virtude de alcance, desfal-


que, remissão ou omissão em efetuar recolhimentos ou entradas nos prazos legais será feita de uma só
vez, em valores atualizados.

§ 3º - O servidor público em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver a sua apo-
sentadoria ou disponibilidade cassadas, terá o prazo de até sessenta dias, a partir da publicação do ato,
para quitá-lo.

§ 4º - A não-quitação do débito no prazo previsto no parágrafo anterior implicará sua inscrição em dívi-
da ativa, sendo o mesmo tratamento observado nas hipóteses previstas no § 2º.

Art. 74 - Mediante autorização do servidor público, poderá haver consignação em folha de pagamento,
a favor de terceiros, custeada pela entidade correspondente, a critério da administração, na forma defini-
da em regulamento.

Parágrafo único - A soma das consignações facultativas e compulsórias não poderá ultrapassar seten-
ta por cento do vencimento e vantagens permanentes atribuídos ao servidor público.

Art. 75 - A remuneração ou provento que o servidor público falecido tenha deixado de receber será
pago ao cônjuge ou companheiro sobrevivente ou à pessoa a quem o alvará judicial determinar.
CAPÍTULO II
DAS VANTAGENS PECUNIÁRIAS
SEÇÃO I
DA ESPECIFICAÇÃO

Art. 76. Juntamente com o vencimento, serão pagas ao servidor público as seguintes vantagens pecu-
niárias: (Vide Lei Complementar nº 50, de 18 de julho de 1994)

I – indenização;

II – auxílios financeiros;

III – gratificações e adicionais; e

IV – décimo terceiro vencimento.

§ 1º - As indenizações e os auxílios financeiros não se incorporam ao vencimento ou provento para


qualquer efeito.

§ 2º - As vantagens pecuniárias não serão computadas nem acumuladas para efeito de concessão de

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quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

§ 3º - As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condi-


ções indicados em lei.

§ 4º - Nenhuma vantagem pecuniária poderá ser concedida sem autorização específica na lei de dire-
trizes orçamentárias.
SEÇÃO II
DAS INDENIZAÇÕES

Art. 77 - Constituem indenizações ao servidor público:

I – ajuda de custo;

II – diária; e

III – transporte.
SUBSEÇÃO I
DA AJUDA DE CUSTO

Art. 78 - A ajuda de custo é a retribuição concedida ao servidor público estadual para compensar as
despesas de sua mudança para novo local, em caráter permanente, no interesse do serviço, pelo afasta-
mento referido no art.83, por prazo superior a 15 (quinze) dias e pelo afastamento previsto nos arts. 57, II
e 128, devendo ser paga adiantadamente. (Redação dada pela Lei Complementar nº 80, de 29 de feve-
reiro de 1996).

§ 1º - Correrão à conta da administração pública as despesas com transporte do servidor público e de


sua família, inclusive um empregado.

§ 2º - Nos casos de serviço ou cumprimento de missão em outro Estado ou no estrangeiro, a ajuda de


custo será paga para fazer face às despesas extraordinárias.

§ 3º - À família do servidor público que falecer na nova sede são assegurados ajuda de custo e trans-
porte para a localidade de origem.

Art. 79 - A ajuda de custo será fixada pelo Chefe do Poder competente e será calculada sobre a re-
muneração mensal do servidor público, não podendo exceder a importância correspondente a 03 (três)
meses de vencimento, salvo a hipótese de cumprimento de missão no exterior. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de 1996).

Art. 80 - Não será concedida ajuda de custo ao servidor público que se afastar do cargo, ou reassu-
mí-lo, em virtude de mandato eletivo, por ter sido cedido, na forma dos arts. 54, 55 e 56 ou afastado na
forma do art. 57, I e III.

Art. 81 - O servidor público restituirá a ajuda de custo quando:

I – não se transportar para a nova sede no prazo determinado;

II – pedir exoneração ou abandonar o serviço;

III – não comprovar a participação em missão a que se refere o art. 57, II;

IV - Ocorrer qualquer das hipóteses prevista no art. 84. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº
80, de 29 de fevereiro de 1996).

Parágrafo único - O servidor público não estará obrigado a restituir a ajuda de custo quando seu re-

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gresso à sede anterior for determinado de ofício ou decorrer de doença comprovada na sua pessoa ou
em pessoa de sua família.

Art. 82 - Será concedida a ajuda de custo àquele que, sendo servidor público do Estado, for nomeado
para cargo em comissão, com mudança de domicílio.
SUBSEÇÃO II
DAS DIÁRIAS

Art. 83 - Ao servidor público que a serviço, se afastar do Município onde tenha exercício regular em
caráter eventual ou transitório, por período de até quinze dias, será concedida, além da passagem, diária
para cobrir as despesas com pousada e alimentação, na forma disposta em regulamento. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de 1996).

§ 1º - A diária será concedida por dia de afastamento, sendo também devida em valores a serem de-
finidos em regulamento, quando não houver pernoite, e será paga adiantadamente. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de 1996).

§ 2º - Quando o deslocamento ocorrer para fora do Estado, o servidor público fará jus a uma comple-
mentação de diária, destinada a cobrir despesas com transporte urbano, a ser definida em regulamen-
to.  (Redação dada pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de 1996).

§ 3º - A diária também será devida ao servidor público designado para participar de órgão colegiado
estadual, quando resida em localidade diversa daquela em que são realizadas as sessões do órgão, bem
como ao pessoal cedido para prestar serviços ao governo estadual.

§ 4º - O disposto neste artigo não se aplica aos deslocamentos ocorridos entre os Municípios que inte-
gram a Região Metropolitana da Grande Vitória.

§ 4º - Não será devida diária quando o deslocamento do servidor ocorrer entre os municípios da
Região Metropolitana da Grande Vitória (Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica e Viana), entre municípios
limítrofes ou quando a distância entre as suas sedes for inferior a 150 (cento e cinqüenta quilômetros),
salvo, neste último caso, se ocorrer pernoite. (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 17 de
maio de 1999).

Art. 84. O servidor público que receber diária e não se afastar da sede, por qualquer motivo, ou o que
retornar à sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá o valor total das
diárias recebidas ou o que exceder o que lhe for devido, no prazo de cinco dias, a contar do recebimento
ou retorno, conforme o caso.

Art. 85 - O valor da diária será fixado por ato próprio devendo ser respeitada uma variação percentual
de 20% (vinte por cento) entre a maior e a menor, da respectiva tabela.

Art. 85 - A diária será fixada com observância dos valores médios de despesas com pousada e alimen-
tação. (Redação dada pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de 1996).

Parágrafo único - Na hipótese de necessidade de afastamento por prazo superior a 15 (quinze) dias, o
servidor fará jus a ajuda de custo. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro
de 1996).

Art. 86 - Ocorrendo reajuste no valor da diária durante o afastamento do servidor público, será este
reembolsado da diferença.

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SUBSEÇÃO III
DO TRANSPORTE

Art. 87 - A indenização de transporte é concedida ao servidor público que utilize meio próprio de loco-
moção para execução de serviços externos, mediante apresentação de relatório.

Parágrafo único - A utilização de meio próprio de locomoção depende de prévia e expressa autoriza-
ção, na forma definida em regulamento.
SEÇÃO III
DOS AUXÍLIOS FINANCEIROS
SUBSEÇÃO I
DA ESPECIFICAÇÃO

Art. 88 - Serão concedidos ao servidor público:

I – auxílio-transporte;

II – auxílio-alimentação;

III – auxílio-creche; e

IV – bolsa de estudo.
SUBSEÇÃO II
DO AUXÍLIO-TRANSPORTE

Art. 89 - O auxílio-transporte será devido ao servidor público ativo, na forma da lei, para pagamento
das despesas com o seu deslocamento da residência para o trabalho e do trabalho para a residência, por
um ou mais modos de transporte público coletivo, computados somente os dias trabalhados.

Parágrafo único - Também fará jus ao auxílio-transporte o servidor público matriculado e que este-
ja freqüentando curso de formação ou especialização na Escola de Serviço Público ou em outro órgão
público.
SUBSEÇÃO III
DO AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO

Art. 90 - O auxílio-alimentação será devido ao servidor público ativo na forma e condições estabeleci-
das em regulamento.
SUBSEÇÃO IV
DO AUXÍLIO-CRECHE

Art. 91 - O auxílio-creche será devido ao servidor público ativo que possua filho em idade de zero a
seis anos, em creche, na forma e condições estabelecidas em regulamento.
SUBSEÇÃO V
DA BOLSA DE ESTUDOS

Art. 92 - Fará jus a bolsa de estudos o servidor público regularmente matriculado em curso específico
de formação inicial ou curso de especialização, em qualquer nível, e em estabelecimento oficial de en-
sino, ou na Escola de Serviço Público do Estado do Espírito Santo, quando exigido em cargo da mesma
carreira em que se encontre.

Parágrafo único - O valor e as condições de concessão da bolsa de estudos serão fixados em regula-

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mento.
SEÇÃO IV
DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS
SUBSEÇÃO I
DA ESPECIFICAÇÃO

Art. 93 - Poderão ser concedidos ao servidor público: (Vide Lei Complementar nº 50, de 18 de julho de
1994)

I – gratificação por:

a) exercício de função gratificada;b) exercício de cargo em comissão;

c) exercício de atividades em condições insalubres, perigosas e penosas;

d) execução de trabalho com risco de vida;

e) prestação de serviço extraordinário;

f) prestação de serviço noturno;

g) participação como membro de banca ou comissão de concurso; (Dispositivo revogado pela Lei
Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de 1996)

h) encargo de professor ou auxiliar em curso oficialmente instituído, para treinamento e aperfeiçoa-


mento funcional; e

i) produtividade;

II – adicional de:

a) tempo de serviço;

b) férias;

c) assiduidade;

III – gratificação de representação.

IV - gratificação especial de participação em comissão de licitação e de pregão. (Dispositivo incluído


pela Lei Complementar nº 291, de 30 de junho de 2004).

§ 1º - Para conceder as gratificações previstas neste artigo, exceto as referidas no inciso I, alíneas “a”,
“d” e “e”, são competentes:

I – na Administração Direta do Poder Executivo, o Secretário responsável pela administração de pes-


soal; e

II – nas autarquias e fundações públicas, os respectivos dirigentes.

§ 2º - As gratificações excepcionadas no parágrafo anterior serão concedidas pelos secretários das


respectivas pastas.

§ 3º - Nos demais Poderes é competente para concessão das gratificações e adicionais a autoridade
de igual nível hierárquico ao de Secretário de Estado.
SUBSEÇÃO II
DA GRATIFICAÇÃO POR EXERCÍCIO DE FUNÇÃO GRATIFICADA

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Art. 94 - Ao servidor público efetivo investido em função gratificada é devida uma gratificação pelo seu
exercício.

Parágrafo único - A gratificação prevista neste artigo será fixada por lei e recebida concomitantemente
com o vencimento ou remuneração do cargo efetivo.

Art. 95 - Não perderá a gratificação o servidor público que se ausentar em virtude de férias, luto, casa-
mento, licenças previstas no art. 122, I a IV e X, e serviço obrigatório por Lei.
SUBSEÇÃO III
DA GRATIFICAÇÃO POR EXERCÍCIO DE CARGO EM COMISSÃO

Art. 96 - A gratificação por exercício de cargo em comissão será concedida ao servidor público que,
investido em cargo de provimento em comissão, optar pelo vencimento do seu cargo efetivo.

Parágrafo único - A gratificação a que se refere este artigo corresponderá a 65% (sessenta e cinco por
cento) do vencimento do cargo em comissão. (Redação dada pela Lei Complementar nº 408, de 26 de
julho de 2007).
SUBSEÇÃO IV
DA GRATIFICAÇÃO POR EXERCÍCIO DE ATIVIDADE EM CONDIÇÕES INSALUBRES, PERIGO-
SAS OU PENOSAS

Art. 97 - O servidor público que trabalhe com habitualidade em locais considerados insalubres ou
perigosos ou que exerça atividades penosas fará jus a uma gratificação calculada sobre o vencimento do
cargo efetivo ou em comissão que exerça.

§ 1º - Considera-se insalubre o trabalho realizado em contato com portadores de moléstias infecto-


-contagiosas ou com substâncias tóxicas, poluentes e radioativas ou em atividades capazes de produ-
zir seqüelas.

§ 2º - Considera-se perigoso o trabalho realizado em contato permanente com inflamáveis, explosivos


e em setores de energia elétrica sob condições de periculosidade.

§ 3º - Consideram-se penosas as atividades normalmente cansativas ou excepcionalmente desgastan-


tes exercidas com habitualidade pelo servidor público, na forma prevista em regulamento.

§ 4º - As gratificações referidas neste artigo serão fixadas em percentuais variáveis entre quinze
e quarenta por cento do respectivo vencimento, de acordo com o grau de insalubridade, periculosidade
ou penosidade a que esteja exposto o servidor público, e que será definido em regulamento.

Art. 98 - Será alterado ou suspenso o pagamento da gratificação de insalubridade,periculosida-


de ou penosidade durante o afastamento do efetivo exercício do cargo ou função, exceto nos casos de
férias, licenças previstas no art. 122, I, II, IV e X, casamento, luto e serviço obrigatório por lei, ou quando
ocorrer a redução ou eliminação da insalubridade, periculosidade ou penosidade ou forem adotadas me-
didas de proteção contra os seus efeitos.

Art. 99 - É proibida a atribuição de trabalho em atividades ou operações consideradas insalubres, peri-


gosas ou penosas à servidora pública gestante ou lactante.

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SUBSEÇÃO V
DA GRATIFICAÇÃO POR EXECUÇÃO DE TRABALHO COM RISCO DE VIDA

Art. 100 - A gratificação por execução de trabalho com risco de vida será concedida ao servidor públi-
co que desempenhe atribuições ou encargos em circunstâncias potencialmente perigosas à sua integri-
dade física, com possibilidade de dano à vida.

§ 1º - A gratificação de que trata este artigo variará entre os limites de vinte e quarenta por cento, cal-
culados sobre o valor do vencimento do cargo exercido e será fixada em regulamento.

§ 2º - A gratificação por execução de trabalho com risco de vida apenas será devida enquanto o servi-
dor público execute suas atividades nas mesmas condições que deram causa à concessão da vantagem,
mantido o direito à percepção da mesma apenas nas ausências por motivo de férias, luto, casamento,
licenças previstas no art. 122, I a IV e X, e serviço obrigatório por lei.

§ 3º - A gratificação prevista neste artigo não será concedida ao servidor público que já estiver perce-
bendo a gratificação constante do art. 97.
SUBSEÇÃO VI
DA GRATIFICAÇÃO POR PRESTAÇÃO DE SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO

Art. 101 - O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de cinqüenta por cento em relação
à hora normal de trabalho.

§ 1º - Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e tempo-
rárias, respeitado o limite máximo de duas horas diárias, e não excederá 180 (cento e oitenta) dias por
ano.

§ 2º - A gratificação somente será devida ao servidor público efetivo que trabalhe além da jornada nor-
mal, vedada sua incorporação à remuneração.
SUBSEÇÃO VII
DA GRATIFICAÇÃO POR PRESTAÇÃO DE SERVIÇO NOTURNO

Art. 102 - O serviço noturno será remunerado com o acréscimo de 20% (vinte e cinco por cento) ao
valor da hora normal, considerando-se para os efeitos deste artigo, os serviços prestados em horário
compreendido entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte.

Parágrafo único - A hora de trabalho do serviço noturno será computada como de cinqüenta minu-
tos. (Promulgado no D.O. de 06/04/94)Parágrafo único - A hora de trabalho do serviço noturno será
computada como de cinqüenta e dois minutos e trinta segundos. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 80, de 29 de fevereiro de 1996).
SUBSEÇÃO VIII
DA GRATIFICAÇÃO POR PARTICIPAÇÃO COMO MEMBRO DE BANCA OU COMISSÃO DE CON-
CURSO

Art. 103 - O servidor público que for designado para integrar banca ou comissão de concurso fará jus
a uma gratificação a ser fixada: (Dispositivos revogados pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro
de 1996).

I – pelo Secretário de Estado responsável pela administração de pessoal, no âmbito do Poder Executi-
vo;

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II – pelo Chefe do Poder competente nos demais casos.
SUBSEÇÃO IX
DA GRATIFICAÇÃO POR ENCARGO DE PROFESSOR OU AUXILIAR EM CURSO OFICIALMEN-
TE INSTITUÍDO,

para Treinamento e Aperfeiçoamento Funcional

Art. 104 - A gratificação por encargo de professor ou auxiliar em curso para treinamento e aperfeiçoa-
mento funcional será devida ao servidor público que for designado para participar como professor ou au-
xiliar em curso da Escola de Serviço Público, devendo ser fixada pelo Secretário de Estado responsável
pela administração de pessoal.
SUBSEÇÃO X
DA GRATIFICAÇÃO POR PRODUTIVIDADE

Art. 105 - A gratificação de produtividade só será devida ao ocupante de cargo efetivo, na forma e con-
dições definidas em Lei. (Redação dada pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de 1996).
SUBSEÇÃO XI
DO ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO

(Vide Lei Complementar nº 128, de 25 de dezembro de 1998)

Art. 106 - O Adicional de Tempo de Serviço, respeitado do disposto no artigo 166, será concedido ao
servidor público, a cada 05 (cinco) anos de efetivo exercício, no percentual de 5% (cinco por cento), limi-
tado a 35% (trinta e cinco por cento) e calculado sobre o valor do respectivo vencimento. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 92, de 30 de dezembro de 1996). (Ver art. 4º da Lei Complementar nº 92, de
30 de dezembro de 1996)

I – do primeiro até o décimo ano de serviço, um por cento; (Dispositivo revogado pela Lei Complemen-
tar nº 92, de 30 de dezembro de 1996)

II – do décimo primeiro ano até o décimo quinto ano de serviço, um e meio por cento; (Dispositivo
revogado pela Lei Complementar nº 92, de 30 de dezembro de 1996)

III – do décimo sexto ao vigésimo ano de serviço, dois por cento ao ano; (Dispositivo revogado pela
Lei Complementar nº 92, de 30 de dezembro de 1996)

IV – do vigésimo primeiro ano em diante, dois meio por cento ao ano, até o limite máximo de sessenta
e cinco por cento. (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 92, de 30 de dezembro de 1996)

Parágrafo único - Em caso de acumulação legal, o adicional de tempo de serviço será devido em ra-
zão do tempo prestado em cada cargo.
SUBSEÇÃO XII
DO ADICIONAL DE FÉRIAS

Art. 107 - Por ocasião das férias do servidor público, ser-lhe-á devido um adicional de um terço da
remuneração percebida no mês em que se iniciar o período de fruição.

Parágrafo único - O adicional de férias será devido apenas uma vez em cada exercício.
SUBSEÇÃO XIII
DO ADICIONAL DE ASSIDUIDADE

Art. 108 - Após cada decênio ininterrupto de efetivo exercício prestado à Administração Direta, Autar-

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quias e Fundações do Estado do Espírito Santo, o servidor público em atividade terá direito a um adi-
cional de assiduidade, em caráter permanente, correspondente a 5% (cinco por cento) do vencimento
básico do cargo, respeitado o limite de 15% (quinze por cento). (Redação dada pela Lei Complementar nº
92, de 30 de dezembro de 1996). (Vide Lei Complementar nº 128, de 25 de setembro de 1998).

§ 1º - A gratificação de assiduidade para o decênio em curso, na data de promulgação desta Lei Com-
plementar, será calculada proporcionalmente e de forma mista. (Dispositivo incluído pela Lei Complemen-
tar nº 92, de 30 de dezembro de 1996).  (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 128, de 25 de
setembro de 1998).

§ 2º - Para aplicação do disposto no § 1º será considerado o percentual de 25% (vinte e cinco por
cento) para os anos já trabalhados, e de 5% (cinco por cento) para os anos a serem trabalhados até a
complementação do decênio.  (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 92, de 30 de dezembro de
1996).  (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 128, de 25 de setembro de 1998).

Art. 108. Após cada decênio ininterrupto de efetivo exercício prestado à administração direta, autar-
quias e fundações do Estado do Espírito Santo, o servidor público em atividade terá direito a um adicio-
nal de assiduidade, em caráter permanente, correspondente a 2% (dois por cento) do vencimento básico
do cargo, respeitando o limite de 15% (quinze por cento) com integração da mesma vantagem concedida
anteriormente sob regime jurídico diverso. (Redação dada pela Lei Complementar nº 141, de 15 de janei-
ro de 1999).

§ 1º - A gratificação de assiduidade para o decênio em curso na data de promulgação desta Lei Com-
plementar será calculada proporcionalmente e de forma mista. (Dispositivo incluído pela Lei Complemen-
tar nº 141, de 15 de janeiro de 1999).

§ 2º - Para aplicação do disposto no § 1º será considerado percentual de 5% (cinco por cento) para os
anos já trabalhados e de 2% (dois por cento) para os anos a serem  trabalhados até a complementação
do decênio. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 141, de 15 de janeiro de 1999).

Art. 109 - Interrompem a contagem do tempo de serviço, para efeito de cômputo de decênio previsto
no “caput” deste artigo, os seguintes afastamentos: (Redação dada pela Lei Complementar nº 80, de 29
de fevereiro de 1996).

I - Licença para trato de interesses particulares;

II - Licença por motivo de deslocamento do cônjuge ou companheiro, quando superiores a 30 (trinta)


dias ininterruptos ou não;

III - Licença por motivo de doença em pessoa da família, quando superiores a 30 (trinta) dias ininter-
ruptos ou não;

IV - Licença para tratamento da própria saúde, quando superiores a 60 (sessenta) dias, ininterrup-
tos ou não.

V - Faltas injustificadas;

VI - Suspensão disciplinar, decorrente de conclusão de processo administrativo disciplinar;

VII - Prisão mediante sentença judicial, transitada em julgado.

§ 1º - A interrupção do exercício de que trata o “caput” deste artigo, determinará o reinício da conta-
gem do tempo de serviço para efeito de aquisição do benefício, a contar da data do término do afasta-
mento.

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§ 2º - Excetuam-se do disposto no inciso IV deste artigo os afastamentos decorrentes de licença por
acidente em serviço ou doença profissional e aqueles superiores a 60 (sessenta) dias ininterruptos de
licença concedidos por junta médica oficial.

§ 3º - A exceção constante do parágrafo anterior aplica-se à hipótese de afastamento determinado por


junta médica oficial para tratamento de doenças graves especificadas no Art.131, independente do perío-
do de licença concedido.

§ 4º - As licenças concedidas em decorrência de acidente em serviço após o período no § 2º, desde


que necessárias ao prosseguimento de tratamento terapêutico, serão consideradas como de efetivo exer-
cício para a concessão do adicional de assiduidade.

§ 5º - As licenças da natureza gravídica da servidora concedidas antes ou após a licença de gestação,


serão também consideradas como de efetivo exercício para a concessão do adicional de assiduidade.

Art. 110 - As faltas injustificadas ao serviço, bem como as decorrentes de penalidades disciplinares e
de suspensão, retardarão a concessão da assiduidade na proporção de sessenta dias por falta.

Art. 111 - O servidor público com direito ao adicional de assiduidade poderá optar pelo gozo de 3 (três)
meses de férias-prêmio, na forma prevista no art.118.

Art. 111 - O servidor público com direito ao adicional de assiduidade poderá optar pelo gozo de 3 (três)
meses de férias-prêmio, na forma prevista no art.118. (Redação dada pela Lei Complementar nº 80, de
29 de fevereiro de 1996).

Art. 112 - Em caso de acumulação legal, o servidor público fará jus ao adicional de assiduidade em
relação a cada um dos cargos isoladamente.
SUBSEÇÃO XIV
DA GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO

Art. 113 - A gratificação de representação destina-se a atender às despesas extraordinárias, decor-


rentes de compromissos de ordem social ou profissional inerentes a representatividade de ocupantes de
cargos de proeminência e destaque dentro da administração pública estadual.

§ 1º - A gratificação de que trata este artigo não poderá ser percebida cumulativamente pelo servidor
público que ocupe cargo efetivo e em comissão aos quais a mesma seja atribuída, distintamente, sendo
facultada, nesta hipótese, a opção pela de maior valor.

§ 2º - A gratificação de representação será fixada por lei até o limite máximo de cinqüenta por cento do
vencimento do cargo.

Subseção XV

Da Gratificação Especial de Participação em Comissão de Licitação e de Pregão

(Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 291, de 30 de junho de 2004).

Art. 113-A - Aos presidentes e membros das comissões de licitação, aos pregoeiros e aos membros
das equipes de pregão será atribuída uma gratificação especial, a ser paga mensalmente, observada a
seguinte especificação por modalidade de licitação:

I - concorrência ou tomada de preços - 60 (sessenta) Valores de Referência do Tesouro Estadual - VR-


TEs;

II - carta convite - 40 (quarenta) VRTEs;

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III - pregão:

a) 60 (sessenta) VRTEs, quando o valor for equivalente à concorrência ou tomada de preços, e

b) 40 (quarenta) VRTEs, quando o valor for referente à carta convite.

§ 1º A gratificação prevista no “caput” deste artigo, devida aos presidentes e pregoeiros, será acresci-
da de 20 % (vinte por cento).

§ 2º Independente da quantidade de licitação ou pregão realizado por mês, o pagamento da gratifica-


ção prevista no “caput” deste artigo não será inferior a 300 (trezentos) VRTEs e não poderá ultrapassar a
550 (quinhentos e cinqüenta) VRTEs.

§ 3º Para fins de remuneração da gratificação instituída neste artigo, o número de integrantes das co-
missões de licitação e do pregão não poderá ser superior a 04 (quatro) efetivos.

§ 4º O membro suplente somente receberá a gratificação quando formalmente designado para substi-
tuição durante o período de férias de membro efetivo da respectiva comissão ou equipe.
SEÇÃO V
DO DÉCIMO TERCEIRO VENCIMENTO

Art. 114 - O servidor público terá direito anualmente ao décimo terceiro vencimento, com base no nú-
mero de meses de efetivo exercício no ano, na remuneração integral que estiver percebendo ou no valor
do provento a que o mesmo fizer jus, conforme dispuser o regulamento. (Redação dada pela Lei Comple-
mentar 148, de 17 de maio de 1999).

§ 1º - O 13º vencimento será pago no valor correspondente à remuneração percebida no mês de ani-
versário do servidor, salvo nas hipóteses a seguir enumeradas, quando o pagamento será feito proporcio-
nalmente aos meses trabalhados e no mês de afastamento, à razão de 1/12 (um doze avos) por mês de
efetivo exercício no ano correspondente e desde que o benefício ainda não lhe tenha sido pago: (Dispo-
sitivos incluídos dada pela Lei Complementar 148, de 17 de maio de 1999).

§ 1º O 13º vencimento será pago no mês de dezembro, proporcionalmente aos meses trabalhados, à
razão de 1/12 (um doze avos) por mês de efetivo exercício no ano. (Redação dada pela Lei Complemen-
tar nº 880, de 26 de dezembro de 2017)

§ 2º - O servidor exonerado após receber o 13º vencimento, restituirá ao erário publico, os meses não
trabalhados, a razão de 1/12 (um doze avos).  (Dispositivo incluído pela Lei Complementar 148, de 17 de
maio de 1999).

§ 2º A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 880, de 26 de dezembro de 2017)

§ 3º - No caso de posse e exercício do servidor durante o decurso do ano civil, o pagamento do 13º
vencimento será feito excepcionalmente no mês de dezembro, proporcionalmente aos meses de efetivo
exercício, observada a mesma regra prevista nos §§ 1º e 2º deste artigo.  (Dispositivo incluído   pela Lei
Complementar 148, de 17 de maio de 1999).

§ 3º No mês de aniversário do servidor será efetuado o pagamento de adiantamento do 13º vencimen-


to, deduzidos os valores correspondentes ao Imposto de Renda e à contribuição previdenciária do servi-
dor, os quais serão liquidados no mês de dezembro. (Redação dada pela Lei Complementar nº 880, de
26 de dezembro de 2017)

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§ 4º Quando a admissão do servidor ocorrer durante o decurso do ano civil, o pagamento do 13º ven-
cimento será feito exclusivamente no mês de dezembro, na proporção dos meses de efetivo exercício,
observada a regra prevista no § 1º. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 880, de 26 de dezem-
bro de 2017)

§ 5º Quando o servidor se afastar do exercício do cargo, antes do recebimento do adiantamento do


13º vencimento, o pagamento será efetuado no mês subsequente ao do afastamento, à razão de 1/12
(um doze avos) por mês de efetivo exercício. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 880, de 26
de dezembro de 2017)

§ 6º Quando ocorrer o afastamento do exercício do cargo, após o recebimento do adiantamento do


13º vencimento, o servidor restituirá ao Erário os valores antecipados, à razão de 1/12 (um doze avos)
por mês não trabalhado no ano em curso. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 880, de 26 de
dezembro de 2017)

§ 7º São hipóteses de afastamento a que se referem os §§ 5º e 6º: (Dispositivo incluído pela Lei Com-
plementar nº 880, de 26 de dezembro de 2017)

I - licenças sem vencimentos;

II - afastamento para exercício de mandato eletivo;

III - exoneração;

IV - falecimento;

V - aposentadoria.
CAPÍTULO III
DAS FÉRIAS

Art. 115 - O servidor público terá direito anualmente ao gozo de um período de férias por ano de efe-
tivo exercício, que poderão ser acumuladas até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade de
serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica, na seguinte proporção: (Redação
dada pela Lei Complementar nº 148, de 17 de maio de 1999).

I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 05 (cinco) vezes;

II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 06 (seis) a 14 (quatorze) faltas;

III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas;

IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.

§ 1º - Vencidos os dois períodos de férias deverá ser, obrigatoriamente, concedido um deles antes de
completado o terceiro período.

§ 2º - Somente após completado o primeiro ano de efetivo exercício adquirirá o servidor público, o
direito a gozar férias. (Redação dada pela Lei Complementar nº   148, de 17 de maio de 1999).§ 3º - É
vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.

§ 4º - As férias observarão a escala previamente publicada, não sendo permitido o afastamento, em


um só mês, de mais de um terço dos servidores públicos de cada setor.

§ 5º - Nos caso de afastamento para mandatos eletivos, serão considerados como de férias os perío-
dos de recesso.

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§ 6º - O servidor público afastado em mandato classista deverá observar, com relação às férias, o
disposto neste artigo.

§ 7º - O período referência, para apurar as faltas previstas no incisos I a IV deste artigo, será o ano
civil anterior ao ano que corresponde o direito as férias. (Redação dada pela Lei Complementar nº 148,
de 17 de maio de 1999).

§ 8º - A exoneração de servidor com períodos de férias completos ou incompletos determinará um cál-


culo proporcional, à razão de 1/12 (um doze avos) por mês: (Dispositivo incluído pela Lei Complementar
nº 148, de 17 de maio de 1999).

a) para indenização do servidor, na hipótese das férias não terem sido gozadas;

b) para ressarcimento ao erário público, na hipótese das férias terem sido gozadas sem ter completa-
do período aquisitivo.

§ 9º - O servidor perderá o direito ao gozo ou indenização das férias, que não atender o limite disposto
no § 1º deste artigo.  (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 148, de 17 de maio de 1999).

§ 10 - Aplica-se ao servidor, no ano em que se der a sua aposentadoria, o disposto no §§ 8º e 9º deste


artigo.  (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 148, de 17 de maio de 1999).

§ 11 - As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, convocação
para juri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do
órgão ou entidade.  (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 148, de 17 de maio de 1999).

§ 12 - O período de férias interrompido será gozado de uma só vez, observando o disposto no artigo
118.  (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 148, de 17 de maio de 1999).

§ 13. As férias regulamentares de servidores públicos cônjuges poderão ser usufruídas no mesmo
mês, desde que requeridas, ainda que os servidores estejam lotados em órgãos distintos da Adminis-
tração Pública Estadual, e que não tragam prejuízos para o funcionamento da máquina administrativa.
(Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 792, de 17 de novembro de 2014)

§ 14. As férias regulamentares de servidores públicos poderão ser fracionadas para serem gozadas
em dois períodos de 15 (quinze) dias cada, a pedido do servidor e no interesse da administração pública.
(Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 792, de 17 de novembro de 2014)

Art. 116 - Os afastamentos por motivo de licença para o trato de interesses particulares e para fre-
qüentar cursos com duração superior a doze meses, suspendem o período aquisitivo para efeito de
férias, reiniciando-se a contagem a partir do retorno do servidor público.

Art. 117 - O servidor público que opere direta e permanentemente com Raios X e substâncias radioa-
tivas gozará, obrigatoriamente, vinte dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional,
proibida, em qualquer hipótese, a acumulação.

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CAPÍTULO IV
DAS FÉRIAS-PRÊMIO

Art. 118 - As férias-prêmio serão concedidas ao servidor público efetivo que, tendo adquirido direito ao
adicional de assiduidade de acordo com o art. 108, optar por esse afastamento.

Parágrafo único - O servidor público que optar pelo benefício constante deste artigo, deverá requerê-lo
no prazo de até sessenta dias imediatamente anteriores à data prevista para aquisição do direito.

Art. 119 - O número de servidores públicos em gozo simultâneo de férias-prêmio não poderá ser supe-
rior à sexta parte do total da lotação da respectiva unidade administrativa.

§ 1º - Quando o número de servidores públicos existentes na unidade administrativa for menor


que seis, somente um deles poderá ser afastado, a cada mês. (Promulgado no D.O. de 06/04/94)

§ 2º - Na hipótese prevista neste artigo, terá preferência para entrada em gozo de férias-prêmio o ser-
vidor público que contar maior tempo de serviço público prestado ao Estado.

§ 3º - As férias-prêmio deverão ser gozadas de uma só vez. (Dispositivo incluído pela Lei Complemen-
tar nº 80, de 29 de fevereiro de 1996).

Art. 120 - O servidor público terá, a contar da publicação do ato respectivo, o prazo de trinta dias para
entrar em gozo de férias-prêmio.

Art. 121 - É vedada a interrupção das férias-prêmio durante o período em que for concedida.
CAPÍTULO V
DAS LICENÇAS
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 122 - Conceder-se-á licença ao servidor público em decorrência de:

I – tratamento da própria saúde;

II – acidente em serviço ou doença profissional;

III – gestação, à lactação e adoção;

IV – motivo de doença em pessoa da família;

V – motivo de deslocamento do cônjuge ou companheiro;

VI – serviço militar obrigatório;

VII – atividade política;

VIII - trato de interesses particulares e licença especial; (Redação dada pela Lei Complementar nº
137, de 11 de janeiro de 1999).

IX – desempenho de mandato classista;

X – paternidade.

§ 1º - As licenças previstas nos incisos V, VI, VII, VIII e IX não se aplicam aos ocupantes exclusi-
vamente de cargos em comissão. (Redação dada pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de
1996).

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§ 2º - As licenças previstas nos incisos I, II, III e IV serão concedidas pelo setor de perícias médi-
cas.

§ 3º - As licenças previstas nos incisos V a X serão concedidas, no âmbito de cada Poder e, pela auto-
ridade responsável pela administração de pessoal.

§ 4º - A licença prevista no inciso IV deste artigo, somente será concedida ao servidor ocupante exclu-
sivamente de cargo de provimento em comissão pelo prazo máximo de 30 dias. (Dispositivo incluído pela
Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de 1996).

§ 4º A licença prevista no inciso IV deste artigo, somente será concedida ao servidor ocupante exclu-
sivamente de cargo de provimento em comissão pelo prazo máximo de 15 (quinze) dias. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 880, de 26 de dezembro de 2017)

Art. 123 - Finda a licença, o servidor público deverá reassumir imediatamente o exercício do cargo,
salvo prorrogação por determinação constante de laudo médico.

§ 1º - A prorrogação dar-se-á de ofício ou a pedido.

§ 2º - Caso seja indeferido o pedido de prorrogação da licença, o servidor público terá considerados
como de licença para trato de interesses particulares os dias a descoberto.

Art. 124 - O servidor público que se encontrar fora do Estado deverá, para fins de concessão ou pror-
rogação de licença, dirigir-se à autoridade a que estiver subordinado diretamente, juntando laudo médico
do serviço oficial de saúde do local em que se encontre e indicando o seu endereço.

Parágrafo único - A licença concedida na forma deste artigo não poderá ser superior a trinta dias nem
prorrogável por mais de duas vezes.

Art. 125 - O servidor público licenciado na forma do art. 122, I, II, III e IV, não poderá dedicar-se a
qualquer atividade de que aufira vantagem pecuniária, sob pena de cassação imediata da licença, com
perda total da remuneração, até que reassuma o exercício do cargo.

Art. 126 - Em se tratando de licença para tratamento da própria saúde, de ocupante de dois cargos
públicos em regime de acumulação legal, a licença poderá ser concedida em apenas um deles, quando o
motivo prender-se, exclusivamente, ao exercício de um dos cargos.

Art. 127 - O servidor público em licença médica, não será obrigado a interrompê-la em decorrência dos
atos de provimento de que trata o art. 8º.

Art. 128 - Ao licenciado para tratamento de saúde que se deslocar do Estado para outro ponto do
território nacional, por exigência de laudo médico oficial, será concedido transporte, por conta do Estado,
inclusive para uma pessoa da família.
SEÇÃO II
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DA PRÓPRIA SAÚDE

Art. 129 - A licença para tratamento da própria saúde será concedida a pedido ou de ofício, com base
em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que o servidor público fizer jus.

Art. 130 - As inspeções médicas para concessão de licenças serão feitas:

I – pela unidade central de perícias médicas, para as licenças por qualquer período e em prorroga-
ção;

II – pelas unidades regionais de saúde, para:

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a) licença por prazo de até trinta dias; e

b) licença para gestação.

§ 1º - Sempre que necessário, a inspeção médica realizar-se-á na residência do servidor público ou no


estabelecimento hospitalar onde este se encontrar internado.

§ 2º - Não sendo possível a realização de inspeção médica na forma prevista neste artigo e no pará-
grafo anterior, as licenças poderão ser concedidas com base em laudo de outros médicos oficiais ou de
entidades conveniadas.

§ 3º - Inexistindo, no local, médico de órgão oficial, será aceito laudo passado por médico particular, o
qual só produzirá efeitos depois de homologado pelo setor competente.

§ 4º - O laudo fornecido por cirurgião-dentista, dentro de sua especialidade, equipara-se a laudo médi-
co, para os efeitos desta Lei.

§ 5º - A concessão de licença superior a trinta dias dependerá sempre de inspeção por junta médica
oficial.

§ 6º - É lícito ao servidor público licenciado para tratamento de saúde desistir do restante da mesma,
caso se julgue em condições de reassumir o exercício do cargo, devendo, para isso, submeter-se previa-
mente a inspeção de saúde procedida pela unidade central de perícias médicas ou pelas unidades regio-
nais.

§ 7º - O servidor público não poderá permanecer em licença para tratamento da própria saúde por pra-
zo superior a vinte e quatro meses, sendo aposentado a seguir, na forma da lei, se julgado inválido.

§ 8º - O período necessário à inspeção médica será considerado, excepcionalmente, como de prorro-


gação de licença, sempre que ultrapassar o prazo previsto no parágrafo anterior.

Art. 131 - Ao servidor público acometido de tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna,
cegueira ou visão reduzida, hansenismo, psicose epiléptica, paralisia irreversível e incapacitante, car-
diopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado
de Paget, osteíte deformante, síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA ou AIDS) ou outros que vie-
rem a ser definidos em lei com base na medicina especializada, será concedido até dois anos de licença,
quando a inspeção não concluir pela necessidade imediata de aposentadoria.

Art. 132 - O atestado médico ou laudo da junta médica nenhuma referência fará ao nome ou à natu-
reza da doença de que sofre o servidor público, salvo em se tratando de lesões produzidas por acidente
em serviço, doença profissional ou qualquer das moléstias referidas no artigo anterior.
SEÇÃO III
DA LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO OU DOENÇA PROFISSIONAL

Art. 133 - Considera-se acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor público que
se relacione mediata ou imediatamente com o exercício das atribuições inerentes ao cargo, provocando
uma das seguintes situações:

I – lesão corporal;

II – perturbação física que possa vir a causar a morte;

III – perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.

§ 1º - Equipara-se ao acidente em serviço o dano:

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a) decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor público no exercício de suas atribui-
ções, inclusive quando em viagem para o desempenho de missão oficial ou objeto de serviço;

b) sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa;

c) sofrido no percurso para o local de refeição ou de volta dele, no intervalo do trabalho.

§ 2º - O disposto no parágrafo anterior não se aplica ao acidente sofrido pelo servidor público que, por
interesse pessoal, tenha interrompido ou alterado o percurso.

Art. 134 - A prova do acidente será feita em processo regular, devidamente instruído, inclusive acom-
panhado de declaração das testemunhas do fato, cabendo ao órgão médico de pessoal descrever cir-
cunstanciadamente o estado geral do acidentado, mencionando as lesões produzidas e, bem assim, as
possíveis conseqüências que poderão advir do acidente.

Parágrafo único. Cabe à chefia imediata do servidor público adotar as providências necessárias para
dar início ao processo regular de que trata este artigo, no primeiro dia útil seguinte ao fato ocorrido. (Re-
dação dada pela Lei Complementar nº 880, de 26 de dezembro de 2017)

Art. 135 - O tratamento do acidentado em serviço correrá por conta dos Cofres do Estado ou de insti-
tuição de assistência social, mediante acordo com o Estado.

Art. 136 - Entende-se por doença profissional aquela que possa ser considerada conseqüente as con-
dições inerentes ao serviço ou a fatos nele ocorridos, devendo o laudo médico estabelecer-lhe a rigorosa
caracterização.
SEÇÃO IV
DA LICENÇA POR GESTAÇÃO, LACTAÇÃO E ADOÇÃO

Art. 137 -  Será concedida licença à servidora pública efetiva, gestante, por 180 (cento e oitenta) dias
consecutivos, mediante inspeção médica, sem prejuízo da remuneração.  (Redação dada pela Lei Com-
plementar nº 418, de 20 de novembro de 2007).

Art. 137. Será concedida licença remunerada à servidora pública gestante por 180 (cento e oitenta)
dias consecutivos, mediante inspeção médica, sem prejuízo da remuneração.  (Redação dada pela Lei
Complementar nº 855, de 15 de maio de 2017).

Art. 137.  Será concedida licença remunerada à servidora pública gestante por 180 (cento e oitenta)
dias consecutivos, mediante apresentação de laudo médico e de certidão de nascimento da criança ao
órgão de origem, sem prejuízo da remuneração. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de
janeiro de 2020)

§ 1º - A licença poderá ser concedida a partir do primeiro dia do nono mês de gestação, salvo anteci-
pação por prescrição médica.

§ 2º - No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do dia do parto.

§ 3º - No caso de natimorto, decorridos trinta dias do evento, a servidora pública será submetida a
exame médico e, se julgada apta, reassumirá o exercício.

§ 4º - No caso de aborto não criminoso, atestado por médico oficial ou particular, a servidora pública
terá direito a trinta dias de licença.

§ 5º No caso de internação hospitalar da criança ou da servidora pública, em decorrência do parto,


por mais de 14 (catorze) dias, a licença será prorrogada por idêntico prazo. (Dispositivo incluído pela Lei

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Complementar nº 1.018, de 15 de julho de 2022)

Art. 138.  Para amamentar o próprio filho, até a idade de doze meses, a servidora pública lactante terá
direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em dois perío-
dos, de meia hora cada. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

Parágrafo único - A servidora pública lactante deverá submeter-se mensalmente a inspeção médica
oficial, para fins de obtenção do competente laudo médico pericial relativo ao aleitamento.

Art. 139 - À servidora pública efetiva que adotar ou obtiver guarda judicial de     criança de até 1 (um)
ano de idade serão concedidos 120 (cento e vinte) dias de licença remunerada para ajustamento do ado-
tado ao novo lar. (Redação dada pela Lei Complementar nº 450, de 22 de julho de 2008).

Art. 139. Aos servidores públicos que adotarem ou obtiverem a guarda judicial de criança serão conce-
didos 180 (cento e oitenta) dias de licença remunerada, para ajustamento do adotado ao novo lar.  (Re-
dação dada pela Lei Complementar nº 855, de 15 de maio de 2017).

Parágrafo único. Quando ocorrer a adoção ou guarda judicial por casal, em que ambos sejam servido-
res públicos, somente um servidor terá direito à licença. (Redação dada pela Lei Complementar nº 855,
de 15 de maio de 2017).

Art. 140 - A licença prevista no art. 139 será concedida no âmbito de cada Poder, pela autoridade res-
ponsável pela administração de pessoal, a requerimento da interessada, mediante prova fornecida pelo
juiz competente.

Art. 141 - Fica garantida à servidora pública enquanto gestante, mudança de atribuições ou funções,
nos casos em que houver recomendação médica oficial, sem prejuízo de seus vencimentos e demais
vantagens do cargo.

Parágrafo único - Após o parto e término da licença à gestante, a servidora pública retornará às atri-
buições do seu cargo, independentemente de ato.
SEÇÃO V
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA

Art. 142 - O servidor público efetivo poderá obter licença por motivo de doença do cônjuge ou compa-
nheiro, filhos, pais e irmãos, mediante comprovação médica, desde que prove ser indispensável a sua
assistência pessoal e que esta não possa ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo.

§ 1º - A comprovação da necessidade de acompanhamento do doente pelo servidor público será feita


através do serviço social.

§ 2º - A licença será concedida:

a) com remuneração integral, até um ano;

b) com redução de um terço, após este prazo até o vigésimo quarto mês; e

c) a partir do vigésimo quarto mês, sem remuneração.

§ 3º - Não se considera assistência pessoal a representação pelo servidor público dos interesses eco-
nômicos ou comerciais do doente.

§ 4º - Em qualquer hipótese, a licença prevista neste artigo será obrigatoriamente renovada de três em
três meses.

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§ 5º - Em casos especiais, poderá ser dispensada a ida do doente ao órgão médico de pessoal do Es-
tado, aceitando-se laudo fornecido por outra instituição médica oficial da União, de outro Estado ou dos
Municípios, ou entidades sediadas fora do País.
SEÇÃO VI
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DESLOCAMENTO DO CÔNJUGE OU COMPANHEIRO

Art. 143 - Será concedida licença ao servidor público efetivo para acompanhar cônjuge ou companhei-
ro, também servidor público efetivo, que for deslocado para servir em outro ponto do território estadual,
ou fora deste, inclusive para o exterior, ou, ainda, quando eleito para exercício de mandato eletivo ou
nomeado para cargo público que implique transferência de residência.

§ 1º - A licença dependerá de requerimento devidamente instruído e será concedida pelo prazo de até
quatro anos e sem remuneração.

§ 2º - Existindo no novo local, repartição do serviço público estadual em que possa exercer o seu car-
go, o servidor público efetivo será nela localizado e nela terá exercício enquanto ali durar a permanência
de seu cônjuge ou companheiro.

§ 3º - Finda a causa da licença, o servidor público efetivo deverá reassumir o exercício dentro de trinta
dias, sob pena de ficar incurso em abandono de cargo.

§ 4º - Caberá ao dirigente de cada Poder e aos dirigentes dos órgãos da administração indireta a con-
cessão da licença de que trata este artigo.
SEÇÃO VII
DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO

Art. 144 - Ao servidor público efetivo que for convocado para o serviço militar obrigatório e outros en-
cargos da segurança nacional, será concedida licença com remuneração, na forma e condições previstas
na legislação específica.

§ 1º - A licença será concedida à vista de documento oficial que prove a incorporação.

§ 2º - Concluído o serviço militar obrigatório, o servidor público efetivo terá o prazo de quinze dias
para reassumir o exercício do cargo.

§ 3º - A licença de que trata este artigo será concedida pelo dirigente de cada Poder, ou por dirigente
de autarquia ou fundação pública.
SEÇÃO VIII
DA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA

Art. 145 - O servidor público terá direito à licença quando candidato a cargo eletivo, na forma e condi-
ções previstas na legislação específica.

Parágrafo único - A licença prevista neste artigo será concedida por ato da autoridade competente e
comunicada ao setor de pessoal do órgão ou entidade para fins de assentamentos funcionais.

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SEÇÃO IX
DA LICENÇA PARA TRATO DE INTERESSES PARTICULARES E LICENÇA ESPECIAL

(Redação dada pela Lei Complementar nº 137, de 11 de janeiro de 1999).

Art. 146 - A critério da Administração poderá ser concedida ao servidor público estável, licença para o
trato de interesses particulares, sem remuneração, pelo prazo de até 03 (três) anos consecutivos, pror-
rogável uma única vez por período não superior a esse limite. (Redação dada pela Lei Complementar nº
157, de 25 de junho de 1999).

Art. 146 – A critério da administração, poderá ser concedido ao servidor público estável licença para o
trato de interesses particulares, sem remuneração, pelo prazo máximo de até dez anos. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 208, de 23 de agosto de 2001).

§ 1º - Requerida a licença, o servidor público aguardará em exercício a decisão.

§ 2º - A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor público ou no interes-
se do serviço.

§ 3º - Os servidores públicos em licença para trato de interesses particulares, sem remuneração,


poderão prorrogá-la por um período cuja somatória não ultrapasse a 06 (seis) anos. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 157, de 25 de junho de 1999).

§ 3º - Os servidores públicos em licença para trato de interesses particulares, sem remuneração,


poderão prorrogá-la por mais de um período cuja somatória não ultrapasse a dez anos.  (Redação dada
pela Lei Complementar nº 208, de 23 de agosto de 2001).

§ 4º - A licença prevista neste artigo não será concedida a servidor público em estágio probatório, nem
ao servidor público que tenha sido colocado à disposição de qualquer órgão estranho ao de sua lotação
e que, após o retorno não haja permanecido a serviço do órgão de origem por prazo igual ao do afasta-
mento.

§ 5º - Não poderá obter a licença de que trata este artigo o servidor público que esteja obrigado à de-
volução ou indenização aos Cofres do Estado, a qualquer título.

§ 6º O servidor público estável licenciado na forma deste artigo continua como segurado do instituto
de previdência e assistência dos servidores do Estado, sendo facultado o recolhimento das contribuições
devidas junto à entidade referida como condição para o cômputo do período de licença para fins de apo-
sentadoria.  (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 7º - Na hipótese da licença ser interrompida no interesse do serviço, o servidor público estável terá o
prazo de trinta dias para assumir o exercício.

§ 8º - Compete ao Secretário de Estado responsável pela administração de pessoal, na administração


direta, e aos dirigentes de autarquias e fundações públicas, na administração indireta, a concessão da
licença de que trata este artigo.

§ 9º - Nos Poderes Legislativo e Judiciário, a licença de que trata este artigo será concedida pela au-
toridade indicada em seus respectivos regulamentos.

§ 10 - A inobservância da exigência contida no § 6º implicará interrupção da licença.

§ 11 - A requerimento do interessado e observada a conveniência administrativa, poderá ser concedi-


da ao servidor público estável, detentor de cargo efetivo, licença especial remunerada  pelo prazo de 04

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(quatro) anos. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 137, de 11 de janeiro de 1999). (Dispositivo
revogado pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 12 - O servidor licenciado através de licença especial perceberá: (Dispositivo incluído pela Lei Com-
plementar nº 137, de 11 de janeiro de 1999). (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 938, de 9
de janeiro de 2020)

a)    no primeiro ano de afastamento, 30% (trinta por cento) de sua remuneração mensal permanente,
excluída a gratificação de produtividade; (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 938, de 9 de
janeiro de 2020)

b)    no segundo ano de afastamento,  20% (vinte por cento) de sua remuneração, excluída a gratifica-
ção de produtividade; (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

c)    no terceiro ano de afastamento, 10% (dez por cento) de sua remuneração, excluída a gratificação
de produtividade; (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

d)    no quarto ano de afastamento, 5% (cinco por cento) de sua remuneração, excluída a gratificação
de produtividade. (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 13 - A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo em virtude de interesse da Administra-


ção. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 137, de 11 de janeiro de 1999). (Dispositivo revogado
pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 14 - A licença prevista neste artigo não será concedida a servidor público em estágio probató-
rio. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 137, de 11 de janeiro de 1999). (Dispositivo revogado
pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 15 - O servidor público estável licenciado na forma deste artigo continua como segurado da Previ-
dência Estadual. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 137, de 11 de janeiro de 1999). (Disposi-
tivo revogado pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 16 - A concessão da licença de que trata o presente artigo será da competência do Secretário da


Administração e dos Recursos Humanos (SEAR). (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 137, de
11 de janeiro de 1999). (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 17 - O servidor afastado em licença para trato de interesse particular que retornar à atividade so-
mente poderá obter a licença de que trata este artigo decorrido o prazo de 01 (um) ano contado da data
em que reassumir o exercício do seu cargo efetivo. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 137,
de 11 de janeiro de 1999).

§ 18 - O período de afastamento do servidor em gozo de licença especial será contado exclusivamente


para aposentadoria. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 137, de 11 de janeiro de 1999). (Dis-
positivo revogado pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)
SEÇÃO X
DA LICENÇA PARA O DESEMPENHO DE MANDATO CLASSISTA

Art. 147 - É assegurado ao servidor público, na forma do art. 122, IX, o direito à licença para o de-
sempenho de mandato em associação de classe, sindicato, federação ou confederação, representativos
da categoria de servidores públicos, com todos os direitos e vantagens inerentes ao cargo. (Vide Lei nº
5.356, de 27 de dezembro de 1996)

§ 1º - Somente poderão ser licenciados servidores públicos eleitos para cargos de diretoria nas referi-

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das entidades, em qualquer grau, até o máximo de oito, na forma da lei.

§ 2º - A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada no caso de reeleição.

§ 3º - Quando for o servidor público ocupante de dois cargos em regime de acumulação legal e aten-
dido o disposto no caput relativamente a ambos os cargos, poderá a licença de que trata este artigo ser
concedida em ambos os cargos, quando forem os mesmos integrantes da categoria representada.

§ 4º - Compete ao dirigente de cada Poder e aos das autarquias e fundações públicas a concessão da
licença prevista neste artigo.

§ 5º - Ao ocupante de cargo em comissão ou exercente de função gratificada não se concederá a


licença de que trata este artigo.

§ 6º - A licença remunerada prevista neste artigo estende-se aos exercentes de mandato eletivo de
cargo de Direção nos Conselhos Federais e Regionais representativos das categorias profissionais. (Dis-
positivo incluído pela Lei Complementar nº 252, de 12 de julho de 2012). (Declarado inconstitucional pela
ADIN nº 2715, em 28.08.2018)
SEÇÃO XI
DA LICENÇA-PATERNIDADE

Art. 148. O servidor público terá direito, pelo nascimento ou adoção de filhos, à licença-paternidade de
20 (vinte) dias consecutivos.  (Redação dada pela Lei Complementar nº 852, de 6 de abril de 2017).

§ 1º - O nascimento deverá ser comprovado mediante certidão do registro civil.

§ 1º O nascimento e a adoção deverão ser comprovados de acordo com a legislação civil.  (Redação


dada pela Lei Complementar nº 852, de 6 de abril de 2017).

§ 2º - Compete ao chefe imediato do servidor público a concessão da licença de que trata este artigo,
comunicando ao setor de pessoal do órgão ou entidade para fins de assentamentos funcionais.§ 3º Em
caso de óbito da gestante, no parto, o pai servidor público, na condição de responsável pela guarda da
criança, fará jus à licença de até 180 (cento e oitenta) dias para cuidar do filho.  (Dispositivo incluído pela
Lei Complementar nº 852, de 6 de abril de 2017).
CAPÍTULO VI
DO DIREITO DE PETIÇÃO
SEÇÃO I
DA FORMALIZAÇÃO DOS EXPEDIENTES

Art. 149 - É assegurado ao servidor público o direito de requerer ou representar, pedir reconsideração
e recorrer aos poderes públicos.

§ 1º - O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por inter-
médio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

§ 2º - O requerimento poderá ser apresentado através de procurador legalmente constituído.

Art. 150 - A representação será obrigatoriamente apreciada pela autoridade superior àquela contra a
qual é formulada.

Art. 151 - O pedido de reconsideração será dirigido à autoridade que houver expedido o ato ou proferi-
do a primeira decisão, não podendo ser renovado.

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Parágrafo único - O requerimento e o pedido de reconsideração de que trata os artigos anteriores de-
verão ser despachados no prazo de cinco dias e decididos dentro de trinta dias.

Art. 152 - Caberá recurso:

I – do indeferimento do pedido de reconsideração;

II – das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.

Parágrafo único - O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o
ato ou proferido a decisão e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades.

Art. 153 - A autoridade recorrida poderá, alternativamente, reconsiderar a decisão ou submeter o feito,
devidamente instruído, à apreciação da autoridade superior.

Art. 154 - O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de trinta dias, a con-
tar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.

Art. 155 - O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade recorrida.

Parágrafo único - Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os efeitos da


decisão retroagirão à data do ato impugnado.
SEÇÃO II
DA PRESCRIÇÃO

Art. 156 - O direito de pleitear na esfera administrativa e o evento punível prescreverão:

I – em cinco anos:

a) quanto aos atos de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade;

b) quanto aos atos que impliquem pagamento de vantagens pecuniárias devidas pela Fazenda Pública
estadual, inclusive diferenças e restituições;

II – em dois anos, quanto às faltas sujeitas à pena de suspensão; e

III – em cento e oitenta dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.

Art. 157 - O prazo da prescrição contar-se-á da data da publicação oficial do ato impugnado ou, da
data da ciência, pelo interessado, quando não publicado.

§ 1º - Para a revisão do processo administrativo-disciplinar, a prescrição contar-se-á da data em que


forem conhecidos os atos, fatos ou circunstâncias que deram motivo ao pedido de revisão.

§ 2º - Em se tratando de evento punível, o curso da prescrição começa a fluir da data do referido even-
to e interrompe-se pela abertura da sindicância ou do processo administrativo-disciplinar.

Art. 158 - A falta também prevista na lei penal como crime ou contravenção prescreverá juntamente
com este.

Art. 159 - O requerimento, o pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a


prescrição.

Art. 160 - Para o exercício do direito de petição, é assegurada ao servidor público ou a procurador por
ele constituído, vista, na repartição, do processo ou documento.

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CAPÍTULO VII
DA EXTINÇÃO E DA DECLARAÇÃO DE DESNECESSIDADE DE CARGO E DA DISPONIBILIDA-
DE

(Redação dada pela Lei Complementar nº 173, de 04 de janeiro de 2000)

Art. 161. Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor público estável ficará em dis-
ponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em
outro cargo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 173, de 04 de janeiro de 2000).

§ 1º Considerar-se-á como remuneração para os efeitos deste Artigo, o vencimento de cargo efetivo
que o servidor público estiver exercendo, acrescido das vantagens pecuniares de caráter permanente
estabelecidas em Lei. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 173, de 04 de janeiro de 2000).

§ 2º Para o cálculo da proporcionalidade será considerado um trinta e cinco avos da remuneração a


que se refere o parágrafo anterior, por ano de serviço, se o homem, e um trinta avos, se mulher. (Disposi-
tivo incluído pela Lei Complementar nº 173, de 04 de janeiro de 2000).

§ 3º No caso de servidor cujo trabalho lhe assegura o direito à aposentadoria especial, definida em
Lei, o valor da remuneração a ele devida durante a disponibilidade, terá por base a proporção anual
correspondente ao respectivo tempo mínimo para a concessão da aposentadoria especial. (Dispositivo
incluído pela Lei Complementar nº 173, de 04 de janeiro de 2000).

§ 4º O servidor em disponibilidade terá direito ao décimo terceiro vencimento, em valor equivalente ao


que recebe em disponibilidade. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 173, de 04 de janeiro de
2000).

§ 5º O servidor em disponibilidade terá direito ao Salário-Família. (Dispositivo incluído pela Lei Com-
plementar nº 173, de 04 de janeiro de 2000).

Art. 162 - Restabelecido o cargo, ainda que modificada a sua denominação, nele será obrigatoriamen-
te aproveitado o servidor público posto em disponibilidade.

Art. 163 - A declaração da desnecessidade de cargos nas autarquias e fundações públicas poderá ser
promovida por ato do dirigente do respectivo órgão ao qual o cargo se subordinar.

Art. 164 - O servidor público em disponibilidade que se tornar inválido será aposentado, independente-
mente do tempo de serviço constante de seu assentamento funcional.
TÍTULO V
CAPÍTULO ÚNICO
DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 165 - É computado para todos os efeitos o tempo de serviço público efetivamente prestado ao
Estado do Espírito Santo, desde que remunerado.

Art. 166 - São considerados como de efetivo exercício, salvo nos casos expressamente definidos em
norma específica, os afastamentos e as ausências ao serviço em virtude de:

I – férias;

II – exercício em órgãos de outro Poder ou em autarquias e fundações públicas, do próprio Estado;

III – freqüência a curso de formação inicial e participação em programa de treinamento regularmente


instituído;

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IV – desempenho de mandato eletivo federal, estadual e municipal;

V – abonos previstos nos arts. 30 e 32;

VI – licenças;

a) por gestação, adoção, lactação e paternidade;

b) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;

c) por convocação para o serviço militar obrigatório;

d) para atividade política, quando remunerada;

e) para desempenho de mandato classista;

VII – deslocamento para nova sede, conforme previsto no art. 36;

VIII – participação em competição desportiva oficial ou convocação para integrar representação des-
portiva, no país ou no exterior, conforme dispuser o regulamento;

IX – participação em congressos e outros certames culturais, técnicos e científicos;

X – cumprimento de missão de interesse de serviço;

XI – freqüência a curso de aperfeiçoamento, atualização ou especialização que se relacione com as


atribuições do cargo efetivo de que seja titular;

XII – convênio em que o Estado se comprometa a participar com pessoal;

XIII – interregno entre a exoneração de um cargo, dispensa ou rescisão de contrato com órgão público
estadual e o exercício em outro cargo público também estadual, quando o interregno se constituir de dias
não úteis;

XIV – afastamento preventivo, se inocentado a final;

XV – férias-prêmio;

XVI – prisão por ordem judicial, quando vier a ser considerado inocente.

XVII - licença para tratamento da própria saúde de até sessenta dias, ininterruptos ou não, por ano de
efetivo exercício. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 880, de 26 de dezembro de 2017)

Art. 167 - O tempo de afastamento do servidor público para o exercício de mandato eletivo será com-
putado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.

Art. 168 - É contado para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de serviço público pres-
tado à União, aos demais Estados, aos Municípios, Territórios e suas Autarquias e Fundações Públi-
cas. (Redação dada pela Lei Complementar nº 89, de 27 de dezembro de 1996).

Parágrafo único - O tempo de serviço a que se refere este artigo não poderá ser contado com quais-
quer acréscimos ou em dobro.

Art. 169 - Contar-se-á para efeito de aposentadoria e disponibilidade:

I – licença para tratamento da própria saúde e de pessoa da família;

II – serviço prestado sob qualquer forma de admissão, desde que remunerado pelos Cofres do Esta-
do;

III – afastamento por aposentadoria ou disponibilidade;

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IV – serviço militar obrigatório e outros encargos de segurança nacional;

V – serviço prestado à instituição de caráter privado que tiver sido transformada em estabelecimento
ou órgão do serviço público estadual;

VI – período de serviço militar ativo prestado durante a paz, computando-se pelo dobro o tempo em
operação de guerra;

VII – licença para atividade política nos termos do art. 145;

VIII – o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou municipal an-
terior ao ingresso no serviço público estadual.

Art. 170 - É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em


mais de um cargo, emprego ou função em órgãos ou entidades dos Poderes da União, Estados, Distrito
Federal, Territórios, Municípios e suas autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e
empresas públicas.

Art. 171 - Em caso de aposentadoria por um dos cargos exercidos em regime de acumulação, as
parcelas de tempo de serviço não concomitantes que não forem utilizadas, poderão sê-lo em relação ao
outro cargo, para idêntico fim.  (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de
2020)

Art. 172 - A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, consi-
derado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias, salvo quando bissexto.

Art. 173 - No caso de apuração para fins de aposentadoria e disponibilidade, feita, a conversão a que
se refere o artigo anterior, os dias restantes, até cento e oitenta e dois, não serão computados, arre-
dondando-se este tempo para um ano, quando excederem esse número. (Dispositivo revogado pela Lei
Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de 1996)

Art. 174 - O tempo de serviço público estadual será computado a vista de registros próprios que com-
provem a freqüência do servidor público.

Art. 175 - O tempo de serviço prestado a outros Poderes do próprio Estado, a órgãos da administração
indireta, à União, a outros Estados, aos Municípios e Territórios, e em atividade privada será computado
à vista de certidão passada pela autoridade competente.

§ 1º - A averbação de tempo de serviço será requerida em formulário próprio, acompanhado das res-
pectivas certidões, não sendo admitidas outras formas de comprovação de tempo de serviço.

§ 2º - A certidão de tempo de serviço deverá conter a finalidade, os atos de admissão e dispensa, os


afastamentos e seus motivos, as penalidades porventura aplicadas, a conversão do tempo de serviço em
anos, meses e dias, descontadas as faltas, ausências ou afastamentos não consideradas como de efeti-
vo exercício e qual o regime jurídico do servidor público.

Art. 176 - A ausência de elementos comprobatórios de tempo de serviço poderá ser suprida mediante
justificação judicial, quando não houver a possibilidade de apresentação de certidão de tempo de serviço,
desde que fundamentada em um indício razoável de prova material, não sendo admitida prova exclusiva-
mente testemunhal.

§ 1º - A justificação judicial somente poderá ser aceita quando, em virtude de roubo, incêndio ou des-
truição, desaparecerem os documentos necessários à extração de certidão de tempo de serviço.

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§ 2º - A justificação judicial deverá ser instruída com certidão negativa da inexistência de registros
funcionais, não sendo suficiente a declaração de que nada foi encontrado nos livros de ponto e folhas de
pagamento.

§ 3º - Não será objeto de averbação a justificação judicial que não for processada com a assistência
de representante legal do Estado, que deverá ser obrigatoriamente citado.

§ 4º - Poderá ser também averbado o tempo apurado mediante justificação judicial, relativo a serviços
que não tenham sido prestados ao próprio Estado, desde que tenha sido o respectivo tempo reconhecido
pela unidade federativa competente ou pelo órgão previdenciário federal, que deverá fornecer a certidão
referente ao mesmo.
TÍTULO VI
CAPÍTULO ÚNICO
DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA

Art. 177 - Por negociação coletiva, para fins desta Lei, entende-se o procedimento pelo qual as entida-
des representativas dos servidores públicos civis e a administração pública estadual buscarão a supera-
ção democrática das divergências e conflitos que ocorrem em suas relações coletivas de trabalho.

Parágrafo único - A negociação coletiva será permanente, devendo ser pautada nos princípios da
transparência, garantidas as necessidades inadiáveis da população.

Art. 178 - As negociações coletivas serão conduzidas por negociadores permanentes, indicados pelo
chefe de cada Poder, com delegação de competência para subscrever acordo escrito de trabalho com
entidades sindicais.

§ 1º - Os dirigentes de cada autarquia ou fundação pública também designarão um negociador perma-


nente que representará a entidade na negociação.

§ 2º - Cada negociador permanente será designado com um suplente que atuará em seus impedimen-
tos legais e afastamentos.

Art. 179 - As negociações coletivas terão início com expediente enviado pela entidade sindical ou enti-
dades sindicais ao negociador permanente respectivo, contendo a minuta aprovada em assembléia geral
acompanhada de breve justificação.

§ 1º - O negociador permanente, recebendo o expediente no prazo máximo de quarenta e oito horas,


designará dia, hora e local para o início das negociações, formando, com as reivindicações apresen-
tadas, processos em cujos autos serão acostadas atas das reuniões da negociação, subscritas pelas
partes.

§ 2º - O não-cumprimento do disposto no parágrafo anterior constitui falta grave punível com suspen-
são.

Art. 180 - As negociações coletivas de trabalho serão realizadas em dois níveis:

I – negociação coletiva central em que serão analisadas as reivindicações de caráter mais abrangente
e genérico que beneficiam a todos ou a maioria dos servidores públicos civis, tais como, política salarial,
reajuste ou aumento real de vencimentos, diretrizes e planos de carreiras e de vencimentos, sistema de
promoções e outros; e

II – negociação coletiva setorial em que serão analisadas as reivindicações de caráter mais específico

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tais como situação funcional, condições de trabalho e benefícios específicos relativos a cada Secretaria
de Estado e, nos demais Poderes, autarquias e fundações públicas, em órgão equivalente.

§ 1º - A negociação coletiva central é realizada entre os negociadores permanentes de cada Poder,


em conjunto ou separadamente, e cada uma das entidades sindicais representativas de seus servidores
civis.

§ 2º - A negociação coletiva setorial é realizada pelo negociador permanente de cada Secretaria de


Estado e órgãos equivalentes nos demais Poderes, autarquias e as entidades sindicais representativas
de seus servidores.

Art. 181 - Ocorrendo impasse nas negociações, podem as partes indicar mediadores.

Art. 182 - Das negociações coletivas, central ou setorial, resultarão acordos coletivos que deverão ser
assinados pelas partes e transformados, em cada Poder, em projeto de lei a ser encaminhado à aprecia-
ção do Poder Legislativo.

Parágrafo único - Os acordos coletivos terão a duração que neles for estipulada, quanto às matérias
cuja eficácia não dependam de apreciação pela Assembléia Legislativa.
TÍTULO VII
CAPÍTULO ÚNICO
DA LIVRE ASSOCIAÇÃO SINDICAL

Art. 183 - Ao servidor público civil é assegurado, nos termos da Constituição Federal, o direito à livre
associação sindical, garantindo-se-lhe:

I – o direito à greve, que será exercido nos termos e nos limites definidos em lei complementar;

II – a inamovibilidade, desde o registro de sua candidatura à direção de órgão sindical até um ano
após o final do mandato, exceto se a pedido;

III – licença para desempenho de mandato classista na forma do art. 147;

IV – a percepção do vencimento, benefícios e vantagens a que fizer jus, quando afastado para cargo
de direção de entidade sindical;

V – a liberação para participar de fóruns e discussões sindicais, quando indicado pela entidade a que
pertença; e

VI – o livre acesso, na qualidade de dirigente sindical, aos locais de trabalho de seus filiados.

Art. 184 - Ao sindicato representativo de categoria de servidores públicos é assegurado:

I – a participação obrigatória nas negociações coletivas;

II – a obtenção, junto à administração pública, de informações de interesse geral da categoria;

III – o direito de requerer, pedir reconsideração ou recorrer de decisões, para defesa de direitos e inte-
resses coletivos ou individuais da categoria de servidores públicos que representa;

IV – representar contra atos de autoridades, lesivos aos interesses dos servidores públicos.

V – o desconto em folha de pagamento, quanto aos seus filiados, do valor das mensalidades e da con-
tribuição para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva.

Art. 185 - A taxa de fortalecimento sindical ou assemelhada em favor da entidade sindical representati-

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va do servidor público, deliberada em assembléia geral da categoria, será descontada em folha de paga-
mento.

Parágrafo único - A taxa referida neste artigo incidirá sobre o vencimento ou remuneração dos servido-
res públicos integrantes da categoria profissional, independentemente de filiação, desde que o benefício
resultante da atuação da entidade sindical seja extensivo a estes servidores, na forma definida em as-
sembléia geral.

Art. 186 - A devolução das contribuições ou taxas previstas nos arts. 184 e 185, indevidamente des-
contadas do servidor público será de inteira responsabilidade da entidade sindical respectiva.

Art. 187. Os descontos previstos nos arts. 184, V, e 185 serão efetuados sem qualquer custo, e repas-
sados à entidade sindical respectiva no prazo de até dez dias.

Art. 188 - Compete aos servidores públicos civis decidir sobre a oportunidade de exercer o direito de
greve e sobre os interesses que devam por meio dela defender.
TÍTULO VIII
DA SEGURIDADE SOCIAL
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 189 - O Estado instituirá, mediante contribuição, planos e programas únicos de previdência e
assistência social para seus servidores ativos e inativos e respectivos dependentes, neles incluída, entre
outros benefícios, a assistência médica, odontológica, psicológica, hospitalar, ambulatorial e jurídica,
além de serviços de creche.

Art. 190 - A previdência, sob a forma de benefícios e serviços, será prestada pelo instituto de previdên-
cia e assistência estadual, ao qual será obrigatoriamente filiado o servidor público, mediante contribuição
do servidor público e do Estado.

Art. 191. A assistência médica, odontológica, psicológica, hospitalar e ambulatorial poderá ser presta-
da mediante convênio ou concessão de auxílio financeiro destinado especificamente a este fim, quando
julgado conveniente.

Art. 192 - Nenhum benefício ou serviço de previdência social poderá ser criado, majorado ou estendi-
do sem a correspondente fonte de custeio total.

Art. 193 - Os benefícios de que trata o art. 194, I e alíneas e II, alínea “b”, serão concedidos pela auto-
ridade competente, no âmbito de cada Poder ou entidade.
CAPÍTULO II
DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS

Art. 194 - Os benefícios decorrentes do plano e programa único de previdência são:

I – quanto aos servidores:

a) aposentadoria;  (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).

b) auxílio-natalidade;  (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril


de 2004).

c) salário-família;

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d) auxílio-doença;

II – quanto aos dependentes:  (Dispositivos revogados pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril


de 2004).

a) pensão por morte;

b) auxílio-funeral;

c) pecúlio;

d) auxílio-reclusão.

Seção I

Da Aposentadoria

(Dispositivos revogados pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).

Art. 195. O servidor público será aposentado:  (Dispositivos revogados pela Lei Complementar nº 282,
de 22 de abril de 2004).

I – por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrente de acidente em serviço,
moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada no art. 131, e proporcionais,
nos demais casos.II – compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao
tempo de serviço;III – voluntariamente:

a)    aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta, se mulher, com proventos integrais;

b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e vinte e cinco, se pro-
fessora, com proventos integrais;c) aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher,
com proventos proporcionais ao tempo prestado; ed) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e
aos sessenta, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.Parágrafo único - Nos casos
de exercício de atividades consideradas perigosas, insalubres ou penosas, a aposentadoria de que trata
o inciso III, alíneas “a” e “c”, observará o disposto em lei federal específica.  (Dispositivo revogado pela
Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).

Art. 196 - A aposentadoria compulsória será automática e declarada por ato, com vigência a partir
do dia imediato àquele em que o servidor público atingir a idade limite de permanência no serviço ati-
vo.  (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).

Art. 197 - A aposentadoria voluntária vigorará a partir da data da protocolização do requerimen-


to.  (Dispositivos revogados pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).

§ 1º - Na hipótese de aposentadoria por tempo de serviço, o servidor público que a requerer, juntando
declaração por tempo de serviço expedida por órgão competente, afastar-se-á do exercício de suas fun-
ções, a partir da protocolização do pedido, através de comunicação à chefia imediata, considerando-se
como de licença remunerada o período compreendido entre o afastamento e a publicação do respectivo
ato.§ 2º - Caso a aposentadoria voluntária ocorra por implemento de idade, o servidor público que a re-
querer deverá juntar certidão de registro civil, aplicando-se-lhe o disposto no parágrafo anterior.

Art. 198 - A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de saúde, por pe-
ríodo não excedente a vinte e quatro meses, podendo ser concedida imediatamente após a verificação
do estado de saúde do servidor público, nas hipóteses em que se reconheça ser a invalidez irreversí-
vel.  ((Dispositivos revogados pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).

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§ 1º - Expirado o período de licença e não estando em condições de reassumir o exercício do cargo, o
servidor público será submetido a nova inspeção médica e aposentado, se julgado inválido.§ 2º - O ser-
vidor público considerado inválido deverá afastar-se a partir da expedição do laudo médico competente,
sendo o lapso de tempo compreendido entre o término da licença e a publicação do ato de aposentado-
ria, considerado, excepcionalmente, como de prorrogação de licença.§ 3º - O órgão médico de pessoal
deverá fazer publicar os nomes dos servidores públicos considerados inválidos para o serviço público,
logo após a expedição do laudo médico respectivo.§ 4º - O servidor público aposentado por invalidez não
poderá ocupar nenhum outro cargo, função ou emprego público, devendo apresentar, anualmente, decla-
ração de que não exerce nenhuma atividade remunerada, pública ou privada.§ 5º - A aposentadoria por
invalidez será cassada automaticamente pela autoridade competente, se for constatado que o servidor
público exerce qualquer outra atividade remunerada sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

Art. 199 - O provento da aposentadoria será calculado com base no vencimento do cargo efetivo que o
servidor público estiver exercendo, acrescido das vantagens de caráter permanente, e do valor da função
gratificada, se recebida por tempo igual ou superior a doze meses, sendo revisto na mesma data e pro-
porção, sempre que se modificar a remuneração dos servidores públicos em atividade.

Art. 199 - O provento de aposentadoria será calculado com base no vencimento do cargo efetivo que
o servidor público estiver exercendo, acrescido das vantagens de caráter permanente, sendo revisto na
mesma data e proporção sempre que se modificar a remuneração do servidor em atividade. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 89, de 27 de dezembro de 1996).  (Dispositivos revogados pela Lei Com-
plementar nº 282, de 22 de abril de 2004).

§ 1º - São extensivos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos ao


servidor público em atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do car-
go ou função em que se deu a aposentadoria, na forma da lei

§ 2º - O servidor público aposentado por invalidez com provento proporcional ao tempo de serviço,
se acometido de quaisquer das moléstias especificadas no art. 131, passará a perceber provento inte-
gral.§ 3º - Na aposentadoria proporcional ao tempo de serviço, o provento não será inferior a um terço
da remuneração da atividade, nem ao valor do menor vencimento do quadro de pessoal do respectivo
Poder.§ 4º - Ao servidor público efetivo, investido e em exercício de cargo de provimento em comissão,
que contar, na data da aposentadoria ou na data em que completar setenta anos, mais de cinco anos
ininterruptos, ou seis interrompidos, no exercício de cargo em comissão, fica facultado requerer a fixação
dos proventos com base no valor do vencimento desse cargo.

§ 4º - Os valores correspondentes ao exercício de cargos comissionados, funções gratificadas e fun-


ções de confiança integrarão os proventos de aposentadoria quando o servidor público efetivo preencher,
conjuntamente os seguintes requisitos: (Redação dada pela Lei Complementar nº 89, de 27 de dezembro
de 1996).  (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).

I - estar investido em cargo comissionado, ou no exercício de função gratificada ou função de confian-


ça na data do requerimento de aposentadoria, há 05  (cinco) anos ininterruptos; e  (Dispositivo incluído
pela Lei Complementar nº 89, de 27 de dezembro de 1996).II - contar, na data do requerimento, 10 (dez)
anos de serviço ininterrupto ou não, no exercício de cargo comissionado, função gratificada ou função de
confiança.  (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 89, de 27 de dezembro de 1996).§ 4º - Os va-
lores correspondentes ao exercício de cargos comissionados, funções gratificadas e funções de confian-
ça, integrarão os proventos de aposentadoria, quando o servidor público preencher os seguintes requisi-

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tos: (Redação dada pela Lei Complementar nº 110, de 19 de dezembro de 1997). (Dispositivos revogados
pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).

I - estar investido em cargo comissionado, ou no exercício de funções gratificadas ou função de con-


fiança na data do requerimento da aposentadoria, há 05 (cinco) anos ininterruptos ou;

II - contar na data do requerimento 10 (dez) anos de serviço, ininterrupto ou não, no exercício de cargo
comissionado, função gratificada ou função de confiança.

§ 5º - Considera-se abrangida pelo disposto no parágrafo anterior a gratificação correspondente que o


servidor público efetivo estiver percebendo por opção permitida na forma do art. 96.  (Dispositivo revoga-
do pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).

§ 6º - Sendo distintos os padrões do cargo em comissão ou os valores das gratificações recebidas por
opção, o cálculo dos proventos tomará por base os valores computados nos doze meses imediatamen-
te anteriores ao pedido de aposentadoria, à data da compulsoriedade desta ou do laudo médico que a
determinar, observando;se:

I – a média dos respectivos vencimentos; e

II – o vencimento do cargo efetivo acrescido da média das gratificações.

§ 6º - No cômputo dos 05 (cinco) anos a que se refere o § 4º deste artigo, serão considerados os
distintos cargos de provimento em comissão ocupados pelo servidor nesse período, fixando os proventos
com base na média dos últimos 36 (trinta e seis) meses. (Redação dada pela Lei Complementar nº 89,
de 27 de dezembro de 1996).  (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de
2004).

§ 7º - No período de cinco anos referido no § 4º, será computado o exercício de cargo em comissão
juntamente com cargo efetivo acrescido de função gratificada.

§ 7º - A integração aos proventos de aposentadoria de valores relativos à função gratificada, função


de confiança, gratificação especial para motoristas e a gratificação de função de chefia dos policiais civis,
serão percebidas de acordo com o disposto nos §§ 4º, 5º e 6º, deste artigo.(Redação dada pela Lei Com-
plementar nº 89, de 27 de dezembro de 1996).  (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 282, de
22 de abril de 2004).

§ 8º - O servidor público inativo que tiver seus proventos calculados na forma dos §§ 4º, 5º e 6º, pode-
rá vir a optar pela sua revisão, de acordo com a regra que lhe for mais favorável.  (Dispositivo revogado
pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).

§ 9º - É vedada a incorporação aos proventos de aposentadoria de valores decorrentes da ocupação


de cargos de Secretário de Estado e outros de nível remuneratório equivalente. (Dispositivo incluído pela
Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de 1996).  (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº
282, de 22 de abril de 2004).

Art. 200 - As gratificações pelo exercício de atividades em condições insalubres, perigosas e penosas
e pela execução de trabalho com risco de vida incorporam-se ao provento, desde que percebidas, sem
interrupção, nos últimos cinco anos anteriores à inatividade.  (Dispositivo revogado pela Lei Complemen-
tar nº 282, de 22 de abril de 2004).

Parágrafo único - As gratificações a que se refere este artigo poderão ainda ser incluídas no cálculo
do provento, quando percebidas por prazo inferior, proporcionalmente ao tempo de serviço prestado nas

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mesmas condições.  (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).

Art. 201 - A gratificação especial para motoristas incorpora-se ao provento desde que percebida nos
doze últimos meses anteriores à data da aposentadoria.  (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº
282, de 22 de abril de 2004).

Art. 202 - O ocupante de cargo de provimento em comissão será aposentado quando tornado inváli-
do em virtude de acidente ou agressão não provocada, ocorridos em serviço, de doença profissional ou
acometido de doença grave, contagiosa ou incurável especificada no art. 131.  (Dispositivo revogado pela
Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).

Parágrafo único - Na hipótese deste artigo, a aposentadoria será integral.  (Dispositivo revogado pela
Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).

Art. 203 - O servidor público que tenha estado investido em cargo de provimento em comissão durante
trinta e cinco anos, se do sexo masculino, ou trinta anos, se do sexo feminino, fará jus à aposentadoria
com proventos integrais, sendo estes calculados de acordo com o estabelecido no art. 199.  (Dispositivos
revogados pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).

§ 1º - Aos servidores públicos ocupantes de cargos comissionados, no Poder Executivo, Legislativo e


Judiciário, aplicam-se, para fins de aposentadoria por tempo de serviço, o disposto nos Artigos 168, 169,
I, II, IV, V e VI, 172, 173, 174, 175 e 176 da Lei Complementar nº 46 de 31 de janeiro de 1994. (Dispositi-
vo incluído pela Lei Complementar nº 53, de 28 de novembro de 1994). (Dispositivo com eficácia suspen-
sa pela ADIN nº 1200, em 12.05.1995).

§ 2º - O disposto no § 1º aplica-se aos servidores que requererem suas aposentadorias após comple-
tarem 5 (cinco) anos ininterruptos, ou 7 (sete) interrompidos, no exercício de Cargo Comissionado ou em-
prego temporário. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 53, de 28 de novembro de 1994). (Dis-
positivo com eficácia suspensa pela ADIN nº 1200, em 12.05.1995).

Art. 204 - A aposentadoria por invalidez poderá, a critério da administração e por requerimento do
servidor público ser, na forma da lei, transformada em seguro-reabilitação, custeado pelo Estado, visando
reintegrá-lo em funções compatíveis com suas aptidões.  (Dispositivo revogado pela Lei Complementar
nº 282, de 22 de abril de 2004).

Art. 205. A obtenção de aposentadoria havida por fraude, dolo ou má-fé, implicará devolução à Fazen-
da Pública estadual do total auferido, com valores atualizados, sem prejuízo da ação penal cabível.  (Dis-
positivo revogado pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).

Art. 206 - Ao servidor público aposentado será pago o décimo terceiro salário anualmente, no mês da
aposentadoria.  (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).

Seção II

Do Auxílio-Natalidade

(Dispositivos revogados pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).

Art. 207 - Será concedido auxílio-natalidade à servidora pública gestante ou ao servidor público, pelo
parto de sua esposa ou companheira não servidora pública, em valor correspondente ao menor venci-
mento do quadro de pessoal do respectivo Poder.  (Dispositivos revogados pela Lei Complementar nº
282, de 22 de abril de 2004).

§ 1º - Em caso de nascimento de mais de um filho, serão devidos tantos auxílios-natalidade quantos

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forem os filhos nascidos.§ 2º - Ocorrendo o caso de natimorto, será devido o auxílio-natalidade, desde
que comprovado que a gestação já estava pelo menos, no sexto mês.Art. 208 - Será concedido auxílio
especial por adoção, ao servidor público adotante de menor de idade, em valor igual ao do auxílio-nata-
lidade, mediante comprovação judicial.  (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 282, de 22 de
abril de 2004).
SEÇÃO III
DO SALÁRIO-FAMÍLIA

Art. 209 - O salário-família é devido ao servidor público ativo ou inativo, por dependente econômico.

Parágrafo único - Consideram-se dependentes econômicos, para efeito de percepção do salário-famí-


lia:

I – o cônjuge ou companheiro e os filhos, de qualquer condição, inclusive os enteados, os adotivos e


o menor que viva sob a tutela, a guarda e sustento do servidor público mediante autorização judicial, até
vinte e um anos de idade ou, se estudante, até vinte e quatro anos ou, ainda, se inválido com qualquer
idade; e

II – a mãe, o pai, a madrasta e o padrasto se inválidos.

Art. 210 - Não se configura a dependência econômica quando o dependente do salário-família perce-
ber rendimento do trabalho de qualquer fonte, inclusive pensão ou provento de aposentadoria, em valor
igual ou superior ao salário mínimo.

Art. 211 - O pagamento do salário-família ao servidor público far-se-á:

I – a um dos pais, quando viverem em comum;

II – a pai ou mãe, quando separados, e conforme a guarda dos dependentes.

§ 1º - Equiparam-se ao pai e a mãe, o padrasto e a madrasta e, na falta destes, os representantes


legais dos incapazes.

§ 2º - O salário-família será devido a partir do mês em que tiver ocorrido o fato ou ato que lhe der ori-
gem e deixará de ser devido no mês seguinte ao ato ou fato que determinar sua supressão.

§ 3º - Em caso de falecimento do servidor público, o salário-família continuará a ser pago aos seus
beneficiários diretamente ou através de seus representantes legais, até as idades-limite.

Art. 212 - O valor do salário-família corresponderá à metade do valor atribuído à Unidade Padrão Fis-
cal do Espírito Santo – UPFES.

Parágrafo único - O valor do salário-família por dependente incapaz corresponde ao dobro do valor
estabelecido neste artigo.

Art. 213 - O salário-família não está sujeito a qualquer tributo, nem servirá de base para qualquer con-
tribuição, inclusive para a previdência social.
SEÇÃO IV
DO AUXÍLIO-DOENÇA

Art. 214 - O auxílio-doença será concedido ao servidor público ativo após o período de doze meses
consecutivos em gozo de licença, em conseqüência das doenças especificadas no art. 131. (Dispositivo
revogado pela Lei Complementar nº 880, de 26 de dezembro de 2017)

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Parágrafo único - O auxílio-doença terá o valor equivalente a um mês de remuneração do beneficiá-
rio.
SEÇÃO V
DO AUXÍLIO-FUNERAL

(Dispositivos revogados pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).

Art. 215 - O auxílio-funeral será concedido à pessoa que comprovar ter custeado o enterro do servidor
público falecido, ainda que ao tempo de sua morte estivesse em disponibilidade ou aposentado, em valor
correspondente a cinco vezes o valor do menor vencimento do quadro de pessoal do respectivo Po-
der.  (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).

Parágrafo único - O auxílio-funeral será pago no prazo de cinco dias úteis, após o requerimento por
meio de procedimento sumaríssimo. Art. 216 - Será assegurado o pagamento de translado até a sede de
trabalho, do corpo do servidor público falecido fora desta, no desempenho do cargo.  (Dispositivo revoga-
do pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).
SEÇÃO VI
DA PENSÃO POR MORTE

(Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).

Art. 217 - Aos dependentes do servidor público falecido será assegurada pensão, na forma da legisla-
ção específica.  (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).
SEÇÃO VII
DO PECÚLIO

(Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).

Art. 218 - Por ocasião do falecimento do servidor público, será assegurado aos seus dependentes ou
herdeiros a percepção de importância em dinheiro, a título de pecúlio, na forma definida em lei.  (Disposi-
tivo revogado pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).
SEÇÃO VIII
DO AUXÍLIO-RECLUSÃO

(Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).

Art. 219 - Será assegurado o pagamento de auxílio-reclusão aos dependentes do servidor público de-
tento ou recluso, que não esteja percebendo qualquer remuneração pelos Cofres do Estado, na forma da
lei.  (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 282, de 22 de abril de 2004).
TÍTULO IX
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DOS DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO

Art. 220 - São deveres do servidor público:

I – ser assíduo e pontual ao serviço;

II – guardar sigilo sobre assuntos da repartição;

III – tratar com urbanidade os demais servidores públicos e o público em geral;

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IV – ser leal às instituições constitucionais e administrativas a que servir;

V – exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo ou função;

VI – observar as normas legais e regulamentares;

VII – obedecer às ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;

VIII – levar ao conhecimento da autoridade as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo
ou função;

IX – zelar pela economia do material e conservação do patrimônio público;

X – providenciar para que esteja sempre em ordem no assentamento individual, a sua declaração de
família;

XI – atender com presteza e correção:

a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;

b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimentos de situações de


interesse pessoal;

c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública estadual;

XII – manter conduta compatível com a moralidade pública;

XIII – representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder, de que tenha tomado conhecimento,
indicando elementos de prova para efeito de apuração em processo apropriado;

XIV – comunicar no prazo de quarenta e oito horas ao setor competente, a existência de qualquer
valor indevidamente creditado em sua conta bancária.
CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES

Art. 221 - Ao servidor público é proibido:

I – ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;

II – recusar fé a documentos públicos;

III – referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso a autoridades públicas ou a atos do poder públi-
co, ou outro, admitindo-se a crítica em trabalho assinado;

IV – manter, sob sua chefia imediata, cônjuge, companheira ou parente até o segundo grau civil;

V – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;

VI – opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou à realização de servi-


ços;

VII – retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto do local
de trabalho;

VIII – cometer a outro servidor público atribuições estranhas às do cargo que ocupa, exceto em situa-
ções de emergência e transitórias ou nas hipóteses previstas nesta Lei;

IX – compelir ou aliciar outro servidor público a filiar-se a associação profissional ou sindical ou a parti-
do político;

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X – cometer a pessoa estranha ao serviço, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de encargo
que lhe competir ou a seu subordinado;

XI – atuar, como procurador ou intermediário, junto a órgãos públicos estaduais, salvo quando se tra-
tar de benefícios previdenciários ou assistenciais e percepção de remuneração ou proventos de cônjuge,
companheiro e parentes até terceiro grau civil;

XII – fazer afirmação falsa, como testemunha ou perito, em processo administrativo-disciplinar;

XIII – dar causa a sindicância ou processo administrativo-disciplinar, imputando a qualquer servidor


público infração de que o sabe inocente;

XIV – praticar o comércio de bens ou serviços, no local de trabalho, ainda que fora do horário normal
do expediente;

XV – representar em contrato de obras, de serviços, de compra, de arrendamento e de alienação sem


a devida realização do processo de licitação pública competente;

XVI – praticar violência no exercício da função ou a pretexto de exercê-la;

XVII – entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais ou continuar a
exercê-las sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou
suspenso;

XVIII – solicitar ou receber propinas, presentes, empréstimos pessoais ou vantagens de qualquer es-
pécie, para si ou para outrem, em razão do cargo;

XIX – participar, na qualidade de proprietário, sócio ou administrador, de empresa fornecedora de bens


e serviços, executora de obras ou que realize qualquer modalidade de contrato, de ajuste ou compromis-
so com o Estado;

XX – praticar usura sob qualquer de suas formas;

XXI – falsificar, extraviar, sonegar ou inutilizar livro oficial ou documento ou usá-los sabendo-os falsifi-
cados;

XXII – retardar ou deixar de praticar indevidamente ato de ofício ou praticá-lo contra disposição ex-
pressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal;

XXIII – dar causa, mediante ação ou omissão, ao não recolhimento, no todo ou em parte, de tributos,
ou contribuições devidas ao Estado;

XXIV – facilitar a prática de crime contra a Fazenda Pública Estadual;

XXV – valer-se ou permitir dolosamente que terceiros tirem proveito de informação, prestígio ou in-
fluência obtidas em função do cargo, para lograr, direta ou indiretamente proveito pessoal ou de outrem,
em detrimento da dignidade da função pública; e

XXVI – exercer quaisquer atividades incompatíveis com o exercício do cargo ou função, ou ainda, com
o horário de trabalho.

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CAPÍTULO III
DA ACUMULAÇÃO

Art. 222 - É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto de:

I – dois cargos de professor;

II – um cargo de professor com outro técnico ou científico;

III – dois cargos privativos de médico;

IV – um cargo de professor com outro de juiz;

V – um cargo de professor com outro de promotor público.

§ 1º - Em quaisquer dos casos, a acumulação somente será permitida quando houver compatibilidade
de horários.

§ 2º - A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, empresas pú-


blicas, sociedades de economia mista e fundações públicas mantidas pelo poder público.

§ 3º A apuração da acumulação caberá, no Poder Executivo, ao órgão central do sistema de controle


interno - Secretaria de Estado de Controle e Transparência, e nos demais Poderes ao órgão estabeleci-
do pela autoridade competente. (Redação dada pela Lei Complementar nº 754, de 22 de dezembro de
2013).

Art. 223. O ocupante de dois cargos efetivos em regime de acumulação, quando investido em cargo
de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, podendo optar pelo vencimen-
to básico dos dois cargos, acrescido da gratificação de sessenta e cinco por cento do valor do vencimen-
to do cargo em comissão, prevista no art. 96. (Redação dada pela Lei Complementar nº 880, de 26 de
dezembro de 2017)

Art. 224 - Verificada em processo administrativo-disciplinar a acumulação proibida, e provada a boa-fé,


o servidor público optará por um dos cargos, sem prejuízo do que houver percebido pelo trabalho presta-
do no cargo a que renunciar.

§ 1º - Provada a má-fé, o servidor público perderá ambos os cargos, empregos ou funções e restituirá
o que tiver recebido indevidamente.

§ 2º - Na hipótese do parágrafo anterior, sendo um dos cargos, empregos ou funções exercidos em


outro órgão ou entidade, a demissão lhe será comunicada.
CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES

Art. 225 - O servidor público responde civil, penal e administrativamente, pelo exercício irregular de
suas atribuições.

Parágrafo único. A exoneração, aposentadoria ou disponibilidade do servidor público não extingue a


responsabilidade civil, penal ou administrativa oriunda de atos ou omissões no desempenho de suas atri-
buições.(Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 173, de 04 de janeiro de 2000).

Art. 226 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que impor-
te prejuízo à Fazenda Pública estadual ou a terceiros.

§ 1º - A indenização de prejuízo causado à Fazenda Pública estadual deverá ser liquidada na forma

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prevista no art. 73, § 2º.

§ 2º - Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor público perante a Fazenda Pú-
blica estadual, em ação regressiva.

§ 3º - A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o
limite do valor da herança recebida.

Art. 227 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao servidor público,
nessa qualidade.

Art. 228 - A responsabilidade administrativa resulta de ato ou omissão, ocorrido no desempenho do


cargo ou função.

Art. 229 - As cominações civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes
entre si, bem assim as instâncias.

Art. 230 - A absolvição criminal só afasta a responsabilidade civil ou administrativa do servidor público,
se concluir pela inexistência do fato ou lhe negar a autoria.
CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES

Art. 231 - São penas disciplinares:

I – advertência verbal ou escrita;

II – suspensão;

III – demissão;

IV – cassação de aposentadoria ou disponibilidade; e

IV – destituição de função de confiança ou de cargo em comissão.

Art. 232 - A advertência será aplicada verbalmente ou por escrito nos casos de violação de proibição
constante do art. 221, I a III, e de inobservância de dever funcional previsto nesta Lei, que não justifique
imposição de penalidade mais grave.

Art. 233 - A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e
nos casos de violação das proibições constantes do art. 221, IV a XVIII, não podendo exceder noventa
dias.

Parágrafo único - A aplicação da penalidade de suspensão acarreta o cancelamento automático do


pagamento da remuneração do servidor público, durante o período de sua vigência.

Art. 234 - A demissão será aplicada nos seguintes casos:

I – crime contra a administração pública;

II – abandono de cargo;

III – inassiduidade habitual;

IV – improbidade administrativa;

V – incontinência pública;

VI – insubordinação grave em serviço;

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VII – ofensa física, em serviço, a servidor público ou a particular, salvo em legítima defesa, própria ou
de outrem;

VIII – aplicação irregular de dinheiros públicos;

IX – procedimento desidioso, entendido como tal a falta ao dever de diligência no cumprimento de


suas funções;

X – revelação de segredo apropriado em razão do cargo;

XI – lesão aos Cofres do Estado e dilapidação do patrimônio estadual;

XII – corrupção;

XIII – acumulação remunerada de cargos, empregos ou funções públicas, ressalvadas as hipóteses do


permissivo constitucional;

XIV – transgressões previstas no art. 221, XIX a XXVI.

Parágrafo único - Dependendo da gravidade dos fatos apurados a pena de demissão poderá também
ser aplicada nas transgressões tipificadas no art. 221, IV a XVIII, hipótese em que ficará afastada a apli-
cação da pena de suspensão.

Art. 235 - Configura abandono de cargo a ausência intencional e injustificada ao serviço por mais de
trinta dias consecutivos.

Art. 236 - Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço sem causa justificada, por quarenta
dias interpoladamente, durante o período de doze meses.

Art. 237 - Será cassada a aposentadoria ou disponibilidade do servidor público que houver praticado,
na atividade, falta punível com demissão.

Art. 238 - A destituição de função de confiança ou de cargo em comissão dar-se-á nos casos de viola-
ção das proibições constantes do art. 221, IV a XXVI, pelo não-cumprimento das disposições contidas no
art. 220, I a XIV.

Parágrafo único - Em se tratando de servidor público ocupante de cargo efetivo, além da pena prevista
neste artigo, ficará o mesmo sujeito à aplicação das penas de suspensão ou demissão.

Art. 239 - O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da
sanção disciplinar.

Art. 240 - A demissão e a destituição de função de confiança ou de cargo em comissão incompatibi-


lizam o ex-servidor público para nova investidura em cargo ou função pública estadual, por prazo não
inferior a dois e nem superior a cinco anos.

Art. 241 - A demissão e destituição de função de confiança ou de cargo em comissão, nos casos do
art. 234, IV, VIII, XI e XII, implicam indisponibilidade dos bens e no ressarcimento ao erário, sem prejuízo
da ação penal cabível.

Art. 242 - Deverão constar do assentamento individual todas as penas disciplinares impostas ao servi-
dor público, devendo ser oficialmente publicadas as previstas no art. 231, II a V.

Art. 243 - Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração co-
metida, os danos que dela provierem para o serviço público e os antecedentes funcionais.

Art. 244 - São circunstâncias agravantes:

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I – premeditação;

II – reincidência;

III – conluio;

IV – dissimulação ou outro recurso que dificulte a ação disciplinar;

V – prática continuada de ato ilícito;

VI – cometimento do ilícito com abuso de poder.

Art. 245. São circunstâncias atenuantes:

I – haver sido mínima a cooperação do servidor público no cometimento da infração;

II – ter o servidor público:

a) procurado espontaneamente e com eficiência, logo após o cometimento da infração, evitar-lhe


ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter reparado o dano civil antes do julgamento;

b) cometido a infração sob coação irresistível de superior hierárquico ou sob influência de violenta
emoção provocada por ato injusto de terceiros;

c) confessado espontaneamente a autoria da infração, ignorada ou imputada a outro;

d) ter mais de cinco anos de serviço, com bom comportamento, antes da infração;

III – quaisquer outras causas que hajam concorrido para a prática do ilícito, revestidas do princípio de
justiça e de boa-fé.

Art. 246 - As penas disciplinares serão aplicadas por:

I – Chefe do respectivo Poder ou pelo dirigente superior de autarquia ou fundação, nos casos de de-
missão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade;

II – Secretário de Estado, ou autoridade equivalente, ou dirigente de autarquia ou fundação no caso de


suspensão e de advertência; e

III – Autoridade que houver feito a nomeação ou designação, nos casos de destituição de cargo em
comissão ou de função gratificada.

Parágrafo único - As penas disciplinares de servidores públicos integrantes dos Poderes Legislativo e
Judiciário serão aplicadas pelas autoridades indicadas em seus respectivos regulamentos.
TÍTULO X
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO-DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 247 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover
a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo-disciplinar, assegurada ao
denunciado ampla defesa.

Art. 248 - As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, mesmo que não contenham a
identificação do denunciante, devendo ser formuladas por escrito.

Art. 249 - A sindicância se constituirá de averiguação sumária promovida no intuito de obter informa-
ções ou esclarecimentos necessários à determinação do verdadeiro significado dos fatos denunciados.

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§ 1º- A sindicância de que trata este artigo será procedida por servidores públicos estaduais efetivos,
designados para tal fim, devendo ser concluída no prazo de 10 (dez) dias a contar da data da desig-
nação, podendo este prazo ser prorrogado por, no máximo, 5 (cinco) dias, desde que haja motivo jus-
to. (Redação dada pela Lei Complementar nº 151, de 31 de maio de 1999).

§ 1º A sindicância de que trata este artigo será procedida por Comissão Processante, composta por
servidores públicos estaduais efetivos e estáveis, integrantes das Corregedorias, devendo ser concluída
no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data de sua instauração, podendo esse prazo ser prorrogado,
desde que haja fundamentadas razões, mediante decisão da autoridade que determinou abertura da sin-
dicância. (Redação dada pela Lei Complementar nº 328, de 5 de setembro de 2005).

§ 2º - Da sindicância somente poderá decorrer a pena de advertência, sendo obrigatório ouvir o servi-
dor público denunciado.

§ 2º Da sindicância poderá resultar: (Redação dada pela Lei Complementar nº 328, de 5 de setembro
de 2005).

I - arquivamento do processo;

II - aplicação de penalidade de advertência, sendo obrigatório ouvir o servidor público denunciado;

III - instauração de processo administrativo-disciplinar.

§ 3º - São competentes para determinar a realização da sindicância os chefes de órgãos diretamente


subordinados aos dirigentes de cada Poder, os chefes de órgãos em regime especial, autarquias e funda-
ções públicas.

§ 4º - Sempre que o ilícito praticado pelo servidor público ensejar a imposição de penalidade não pre-
vista no § 2º, será obrigatória a instauração de processo administrativo-disciplinar.
CAPÍTULO II
DO AFASTAMENTO PREVENTIVO

Art. 250 - Como medida cautelar e a fim de que o servidor público não venha a influir na apuração da
irregularidade ao mesmo atribuída, a autoridade instauradora do processo administrativo-disciplinar, ve-
rificando a existência de veementes indícios de responsabilidades, poderá ordenar o seu afastamento do
exercício do cargo pelo prazo de 90 (noventa) dias prorrogáveis por mais 60 (sessenta) dias.  (Redação
dada pela Lei Complementar nº 151, de 31 de maio de 1999).

Parágrafo único - Nos casos de indiciamentos capitulados nos incisos I, IV, VIII, XI e XII do art. 237
desta Lei Complementar, o servidor perceberá durante o afastamento exclusivamente o valor de seu
vencimento básico e as gratificações de assiduidade e tempo de serviço, acaso devidas.  (Redação dada
pela Lei Complementar nº 151, de 31 de maio de 1999).
CAPÍTULO III
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO-DISCIPLINAR
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 251 - O processo administrativo-disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade


do servidor público pela infração praticada no exercício de suas atribuições ou que tenha relação com as
atribuições do cargo em que se encontre investido.

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Art. 252 - No âmbito do Poder Executivo da administração direta, a sindicância e o processo adminis-
trativo-disciplinar serão conduzidos pelas Corregedorias, compostas por 02 (duas) comissões processan-
tes, constituídas cada uma, de 01 (um) Presidente e 02 (dois) membros, ocupantes de cargo efetivo, es-
táveis no serviço público. (Redação dada pela Lei Complementar nº 328, de 5 de setembro de 2005).

§ 1º O Corregedor e o Presidente de Comissão Processante deverão possuir reputação ilibada e for-


mação de nível superior, preferencialmente, serem Bacharel em Direito.  (Redação dada pela Lei Com-
plementar nº 328, de 5 de setembro de 2005).

§ 2º Não poderá integrar a Corregedoria parente do denunciado, consangüíneo ou afim, em linha reta
ou colateral, até 3º (terceiro) grau.  (Redação dada pela Lei Complementar nº 328, de 5 de setembro de
2005).

§ 3º As Corregedorias exercerão suas atividades com independência e imparcialidade, assegurado o


sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da administração. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 328, de 5 de setembro de 2005).

§ 4º O ato de instauração do processo administrativo-disciplinar será atribuição do Secretário da Pas-


ta.  (Redação dada pela Lei Complementar nº 328, de 5 de setembro de 2005).

§ 5º Os Presidentes e membros das Comissões Processantes da Corregedoria da Secretaria de Esta-


do da Fazenda terão substitutos formalmente designados para eventuais impedimentos ou afastamentos,
os quais deverão ser ocupantes de cargos efetivos e estáveis no serviço público, sem prejuízo do dispos-
to nos § § 1º e 2º. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 474, de 23 de dezembro de 2008).

§ 6º Os servidores substitutos, formalmente designados na forma do § 5º, durante o período da subs-


tituição, farão jus à percepção do valor da função gratificada correspondente à do titular da Comissão
Processante. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 474, de 23 de dezembro de 2008).

§ 7º A designação de qualquer um dos substitutos, não cessará a percepção da gratificação do titu-


lar. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 474, de 23 de dezembro de 2008).

Art. 253 - No âmbito dos demais Poderes, nas autarquias e fundações públicas do Poder Executivo, o
processo administrativo-disciplinar será conduzido por comissão composta por servidores públicos efe-
tivos e estáveis, designados pelos Chefes de Poderes e dirigentes dos órgãos. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 328, de 5 de setembro de 2005).

Parágrafo único - O ato de instauração do processo administrativo-disciplinar, no âmbito dos Poderes


e Órgãos mencionados no “caput” deste artigo, será atribuição dos Chefes dos Poderes e dos dirigentes
dos órgãos. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 328, de 5 de setembro de 2005).

Art. 254 - O processo administrativo-disciplinar inicia-se com a publicação do ato que determinar a sua
abertura e compreenderá:

I – inquérito administrativo; e

II – julgamento do feito.

Art. 255 - Quando o processo administrativo-disciplinar ocorrer por determinação do Governador do


Estado, poderá ser criada uma comissão especial, composta por servidores públicos efetivos e estáveis,
subordinados ao Secretário da Pasta ou dirigente do órgão onde se der a apuração. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 328, de 5 de setembro de 2005).

Art. 255. A instauração de Processo Administrativo Disciplinar, decorrente de determinação do Gover-

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nador do Estado, caberá ao Secretário de Estado de Controle e Transparência e a instrução do inquérito
à Corregedoria Geral do Estado – COGES.  (Redação dada pela Lei Complementar nº 847, de 12 de
janeiro de 2017).
SEÇÃO II
DO INQUÉRITO ADMINISTRATIVO

Art. 256 - O inquérito administrativo será contraditório, assegurada ao denunciado ampla defesa com
a utilização dos meios e recursos admitidos em direito, inclusive o fornecimento de cópias das peças que
forem solicitadas.

Art. 257 - O relatório da sindicância integrará o inquérito administrativo, como peça informativa da
instrução do processo.

Parágrafo único - Na hipótese do relatório da sindicância concluir pela prática de crime, a autoridade
competente oficiará à autoridade policial, para abertura do inquérito administrativo, independentemente
da imediata instauração do processo administrativo-disciplinar.

Art. 258 - O prazo para a conclusão do inquérito administrativo não excederá 30 (trinta) dias, contados
da data da publicação do ato de sua instauração, admitida sua prorrogação por 15 (quinze) dias, quando
as circunstâncias o exigirem.  (Redação dada pela Lei Complementar nº 151, de 31 de maio de 1999).

Art. 258 - O prazo para conclusão do processo administrativo-disciplinar não excederá 60 (sessenta)
dias, contados da data da publicação do ato de sua instauração, admitida sua prorrogação, desde que
haja fundamentadas razões, mediante decisão da autoridade que determinou a abertura do processo
administrativo-disciplinar. (Redação dada pela Lei Complementar nº 328, de 5 de setembro de 2005).

§ 1º - Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo integral aos seus trabalhos.

§ 2º - As reuniões da comissão serão registradas em atas que deverão detalhar as deliberações ado-
tadas.

§ 3º - O membro da comissão ou autoridade competente que der causa à não-conclusão do inquérito


administrativo no prazo estabelecido neste artigo, ficará sujeito às penalidades inscritas no art. 231, salvo
motivo justificado.

Art. 259 - Na fase do inquérito administrativo, a comissão promoverá a tomada de depoimento, aca-
reações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando neces-
sário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.

Art. 260 - É assegurado ao servidor público o direito de acompanhar o processo administrativo-disci-


plinar, pessoalmente ou por intermédio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas
e contra-provas e formular quesitos quando se tratar de prova pericial.

§ 1º - O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente pro-


telatórios ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.

§ 2º - Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conhe-
cimento especial de perito.

Art. 261 - As testemunhas serão convidadas para depor mediante mandado ou Aviso de Recepção –
AR – expedido pelo presidente da comissão, devendo a segunda via ser anexada aos autos.

Parágrafo único - Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será imediatamente

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comunicada ao chefe da repartição onde serve, com indicação do dia e hora marcados para a inquiri-
ção.

Art. 262 - O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha
trazê-lo por escrito.

§ 1º - As testemunhas serão inquiridas separadamente.

§ 2º - Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-se-á à acareação entre


os depoentes.

Art. 263 - Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório do denun-
ciado, observados os procedimentos previstos nos arts. 261 e 262.

§ 1º - No caso de mais de um denunciado, cada um deles será ouvido separadamente, e sempre


que divergirem em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação entre
eles.

§ 2º - O procurador do denunciado poderá assistir ao interrogatório, bem como a inquirição das teste-
munhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-se-lhe, porém, reinquiri-las
por intermédio do presidente da comissão.

Art. 264 - Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do denunciado, a comissão proporá à auto-
ridade competente que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe pelo menos
um médico psiquiatra.

Parágrafo único - O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e apenso ao
processo principal, após a expedição do laudo pericial.

Art. 265 - Tipificada a infração disciplinar, será elaborada a peça de instrução do processo, com a indi-
ciação do servidor público.

§ 1º - O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar
defesa escrita, no prazo de dez dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição.

§ 2º -   Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum.  (Redação dada pela Lei Complemen-
tar nº 151, de 31 de maio de 1999).

§ 3º - O prazo de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa con-
tar-se-á da data declarada em termo próprio, pelo membro da comissão que procedeu a licitação.

Art. 266 - O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o lugar onde
poderá ser encontrado.

Art. 267 - Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será, para apresentar defesa, citado
por edital, publicado no Diário Oficial do Estado, por três vezes.

Parágrafo único - Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de quinze dias, a partir da última
publicação do edital.

Art. 268 - Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no prazo
legal.

§ 1º - A revelia será declarada por termo, nos autos do processo e devolverá o prazo para a defesa.

§ 2º - Para defender o indiciado revel, o presidente da comissão designará um defensor dativo, recain-

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do a escolha em servidor público de igual nível e grau do indiciado, ou superior.

Art. 269 - Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças prin-
cipais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção.

§ 1º - O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor públi-


co.

§ 2º - Reconhecida a responsabilidade do servidor público, a comissão indicará o dispositivo legal ou


regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.

Art. 270 - O processo administrativo-disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autorida-
de que determinou a sua instauração, para julgamento.
SEÇÃO III
DO JULGAMENTO

Art. 271 - No prazo de sessenta dias, contados do recebimento do processo administrativo-disciplinar,


a autoridade julgadora proferirá a sua decisão.

§ 1º - Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do processo admi-


nistrativo-disciplinar, este será encaminhado à autoridade competente, que decidirá em igual prazo.

§ 2º - Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade


competente para a imposição da pena mais grave.

Art. 272 - No julgamento, quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade
julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la, ou isentar o servidor públi-
co de responsabilidade.

Art. 273 - Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgadora declarará a nulidade total
ou parcial do processo administrativo-disciplinar e ordenará instauração de um novo processo.

Art. 274 - Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato
nos assentamentos individuais do servidor público.

Art. 275 - Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo administrativo-disciplinar será
remetido ao Ministério Público, para instauração da ação penal, ficando traslado na repartição.

Art. 276 - O servidor público que responder a processo administrativo-disciplinar só poderá ser exo-
nerado a pedido, ou aposentado voluntariamente, após sua conclusão e o cumprimento da penalidade,
caso aplicada.

Art. 277 - Serão assegurados transporte e diárias:

I – ao servidor público convocado para prestar depoimento fora da sede de sua repartição, na condi-
ção de testemunha, denunciado ou indiciado;

II – aos membros da comissão de inquérito administrativo e ao secretário, quando obrigados a se des-


locarem da sede dos trabalhos para a realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.

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SEÇÃO IV
DA REVISÃO DO PROCESSO

Art. 278 - O processo administrativo-disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de
ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido
ou a inadequação da penalidade aplicada.

Parágrafo único - A revisão de que trata este artigo poderá ser requerida:

I – em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor público, por qualquer pessoa da


família;

II – em caso de incapacidade mental do servidor público, pelo respectivo curador.

Art. 279 - No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.

Art. 280 - A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para revisão, que
requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.

Art. 281 - O requerimento de revisão do processo será dirigido ao chefe do Poder competente, o qual,
se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao órgão processante da entidade onde se originou o pro-
cesso administrativo-disciplinar.

Art. 282 - A revisão correrá em apenso ao processo originário.

Parágrafo único - Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de provas e inqui-
rição das testemunhas que arrolar.

Art. 283 - A comissão revisora terá até sessenta dias para a conclusão dos trabalhos, prorrogável por
igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.

Art. 284 - Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que couber, as normas e procedimentos
próprios aplicados ao inquérito administrativo.

Art. 285 - O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade, nos termos do art. 246.

Art. 286 - Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, ou reinte-
grado o servidor público, restabelecendo-se todos os direitos atingidos, exceto em relação à destituição
de cargo em comissão ou função gratificada, hipótese em que ocorrerá apenas a conversão da penalida-
de em exoneração.

Parágrafo único - Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade.


TÍTULO XI
CAPÍTULO ÚNICO
DAS CONTRATAÇÕES TEMPORÁRIAS DE EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO

Art. 287 - Para atender a necessidades temporárias de excepcional interesse público, poderá o Estado
celebrar contrato administrativo de prestação de serviços, por tempo determinado.  (Dispositivo revogado
pela Lei Complementar nº 193, de 30 de novembro de 2000).

Art. 288 - As contratações a que se refere o artigo anterior somente poderão ocorrer nos seguintes
casos:

I – calamidade pública;

II – combate a surtos epidêmicos;

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III – atendimento de serviços essenciais, em casos de vacância ou afastamento do titular do cargo,
quando não seja possível a redistribuição de tarefas.

§ 1º - As contratações previstas neste artigo terão dotação específica e não poderão ultrapassar o
prazo de seis meses que será improrrogável.

§ 2º - As contratações serão autorizadas pelo chefe do Poder competente e, na administração indireta


pelos dirigentes das autarquias e fundações públicas, após prévia manifestação do Conselho Estadual de
Política de Pessoal – CEPP.

§ 3º - O contratado não poderá ser ocupante de cargo público, sob pena de nulidade do ato e respon-
sabilidade da autoridade solicitante da admissão, exceto as acumulações permitidas constitucionalmen-
te.

§ 4º - O contratado na forma do art. 287 não poderá, findo o prazo do contrato original, ser novamente
contratado, sujeitando-se a penalidades legais a autoridade responsável pela contratação.

Art. 289 - Os contratados para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público
estão sujeitos aos mesmos deveres e proibições, e ao mesmo regime de responsabilidades vigentes para
os servidores públicos integrantes do órgão ou entidade a que forem vinculados.

Art. 290 - A rescisão do contrato administrativo para prestação de serviços, antes do prazo previsto
para seu término, ocorrerá:

I – a pedido do contratado;

II – por conveniência da administração, a juízo da autoridade que procede à contratação; e

III – quando o contratado incorrer em falta disciplinar.

Parágrafo único - Ao término do contrato administrativo ou em caso de rescisão por conveniência da


administração, quando o prazo de duração do mesmo for superior a trinta dias, o contratado fará jus ao
décimo terceiro vencimento proporcional ao tempo de serviço prestado.

Art. 291 - É assegurado aos contratados o direito ao gozo de licença para tratamento da própria
saúde, por acidente em serviço, doença profissional, gestação e paternidade, vedadas quaisquer outras
espécies de afastamento, não podendo a concessão das licenças ultrapassar o prazo previsto no ato de
admissão.

§ 1º - O contratado temporariamente terá direito à aposentadoria por invalidez decorrente de acidente


em serviço.

§ 2º - Se o contratado vier a falecer, será pago auxílio-funeral à sua família, observadas as normas
previstas nos arts. 215 e 216.

Art. 292 - As informações relativas ao exercício do contratado constarão de seu assentamento funcio-
nal, considerando-se tal exercício como tempo de serviço público, caso o mesmo venha a exercer cargo
público.

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TÍTULO XII
CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 293 - O dia do servidor público será comemorado a 28 de outubro.

Art. 294 - São isentos de reconhecimento de firma os requerimentos formulados por servidor públi-
co.

Art. 295 - É proibido o desvio de função, salvo as exceções previstas nesta Lei.

Art. 296 - O setor de pessoal de cada um dos Poderes fornecerá ao servidor público uma carteira fun-
cional na qual constarão os elementos de sua identificação pessoal.

Parágrafo único - A administração poderá fornecer carteira de inatividade identificando o servidor pú-
blico inativo, na forma do regulamento.

Art. 297 - Considera-se sede, para fins desta Lei, o Município onde a unidade administrativa estiver
instalada e onde o servidor público tiver exercício em caráter permanente.

Art. 298 - Ficam submetidos ao Regime Jurídico Único instituído por esta Lei, os atuais servidores pú-
blicos estaduais, estatutários, da administração pública direta e das autarquias, dos Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário, permitindo-se aos servidores públicos celetistas a opção pelo regime jurídico es-
tabelecido por esta Lei ou por continuarem regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – C.L.T. (Pro-
mulgado no D.O. de 06/04/94)

§ 1º - O prazo a que se refere este artigo será de cento e oitenta dias a contar da publicação desta
Lei.

§ 1º - O prazo a que se refere este artigo encerrar-se-á em 30.06.95. (Redação dada pela Lei Comple-
mentar nº 59, de 04 de abril de 1994).

§ 2º - O direito à opção pelo ingresso no regime jurídico de que trata esta Lei é assegurado ao ser-
vidor público que tenha adquirido estabilidade no serviço público com a promulgação da Constituição
Federal. (Redação dada pela Lei Complementar nº 59, de 04 de abril de 1994).

§ 3º - Ao servidor público celetista que optar pelo Regime Jurídico Único e se tornar inválido antes de
completado o período de cinco anos a que se refere o parágrafo anterior, fica assegurada a aposentado-
ria na forma desta Lei. (Promulgado no D.O. de 06/04/94)

§ 4º - No caso de falecimento de servidor público optante antes de decorrido o prazo de cinco anos
referido no § 2o., será assegurado aos seus dependentes a pensão concedida pelo órgão previdenciário
estadual. (Promulgado no D.O. de 06/04/94)

Art. 299 - Os contratos de trabalho dos servidores públicos celetistas referidos no artigo anterior extin-
guem-se automaticamente, a partir da data da opção. (Promulgado no D.O. de 06/04/94)

Parágrafo único - Os empregos referentes aos contratos de trabalho de que trata este artigo ficam
transformados em cargos públicos e neles enquadrados seus atuais ocupantes. (Promulgado no D.O. de
06/04/94)

Art. 300 - Não ficam abrangidos pelo regime jurídico instituído por esta Lei os servidores públicos con-
tratados por prazo determinado, cujos contratos não poderão ser prorrogados, bem como os bolsistas, os
estagiários, os credenciados, os conveniados, os prestadores de serviço e os ocupantes de outras fun-

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ções temporárias.

Art. 301 - O tempo de serviço dos servidores públicos submetidos ao Regime Jurídico Único, na forma
determinada pelos arts. 298 e 299, será computado integralmente para todos os efeitos legais, inclusive
férias, férias-prêmio, adicional de assiduidade, décimo - terceiro vencimento, adicional de tempo de servi-
ço, aposentadoria e disponibilidade.  (Redação dada pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de
1996).

§ 1º - O adicional de tempo de serviço e o adicional de assiduidade serão concedidos somente a partir


da vigência desta Lei, não havendo retroação de efeitos financeiros dela decorrentes. (Promulgado no
D.O. de 06/04/94)

§ 2º - Não será computado, para fins de concessão das vantagens previstas nesta Lei, o tempo de
serviço já utilizado para aquisição de benefícios sob idêntico fundamento. (Promulgado no D.O. de
06/04/94)

§ 3º - Para efeito de concessão do adicional de assiduidade ou de férias-prêmio, o tempo de serviço


dos servidores de que trata o “caput” deste artigo, prestado anteriormente à vigência da Lei Complemen-
tar nº 46, de 31 de janeiro de 1994, será computado de acordo com as seguintes regras: (Dispositivo
incluído pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de 1996).

I - Serão concedidas férias-prêmio de seis meses com todos os direitos e vantagens do cargo, ao
servidor, em atividade, que as requerer, depois de cada decênio de efetivo exercício em serviço público
estadual.

II - Considera-se de efetivo exercício, para efeito deste artigo, o tempo de serviço prestado na qualida-
de de extra-numerário, professor credenciado, servidor regido pela legislação trabalhista, anteriormente
a sua efetivação, serventuário da Justiça e o tempo de serviço prestado em cartório mediante admissão
por autoridade judicial.

III - O tempo de serviço prestado como professor credenciado só será contado, para efeito do que
dispõe este parágrafo, quando reconduzido no período das férias escolares;

IV - Não serão concedidas férias-prêmio ao servidor que houver sofrido pena de suspensão, dentro do
decênio, salvo se a pena for convertida em multa;

V - Não interrompe o exercício para efeito deste artigo, o afastamento em decorrência de:

a) Licença à gestante;

b) Casamento;

c) Luto;

d) Convocação para o serviço militar;

e) Júri e outros serviços obrigatórios por lei;

f) Férias;

g) Licença decorrente de acidente em serviço ou de trabalho;

h) Licença decorrente de doença profissional ou ocupacional;

i) Licença-prêmio ou férias-prêmio;

j) Licença para tratamento de saúde própria, de pessoa da família ou auxílio-doença até 100 (cem)

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dias, ininterruptos ou não, durante o decênio;

l) Faltas relevadas, de no máximo três ao mês, motivadas por doença, comprovada em inspeção médi-
ca oficial, até o número de 120 (cento e vinte) dias durante o decênio até 25 de novembro de 1987, após
essa data serão relevadas seis faltas por ano e sessenta no decênio; e

m) Ficar à disposição de órgão da administração estadual ou municipal, com ou sem ônus para o ór-
gão de origem;

VI - Em caso de acumulação lícita, o servidor fará jus a férias-prêmio ou gratificação-assiduidade em


relação a cada um dos cargos acumulados;

VII - O servidor com direito a férias-prêmio poderá optar pelo vencimento de uma gratificação-assidui-
dade, concedida em caráter permanente e correspondente a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do
vencimento;

VIII - É competente para conceder férias-prêmio ou gratificação-assiduidade o Secretário de Estado


responsável pela administração de pessoal e os dirigentes das autarquias e fundações públicas no âmbi-
to do Poder Executivo nos demais poderes, pela autoridade indicada nos respectivos regimentos.

Art. 302 - Os adicionais de tempo de serviço, até agora concedidos aos funcionários regidos pela le-
gislação estatutária anterior, a razão de cinco por cento por qüinqüênio, serão recalculados com base no
disposto no art. 106.

Art. 303 - O adicional de tempo de serviço já concedido aos servidores públicos celetistas em per-
centuais superiores aos fixados nesta Lei, fica mantido, até que a contagem do respectivo tempo de
serviço permita sua alteração, dentro dos critérios estabelecidos no art. 106. (Promulgado no D.O. de
06/04/94)

Parágrafo único - Outras gratificações e benefícios assegurados aos celetistas, em caráter permanen-
te, que venham sendo pagas, quando não previstas nesta Lei, serão mantidos como vantagem, nominal-
mente identificável, reajustável em percentuais idênticos aos concedidos nos aumentos gerais de venci-
mentos. (Promulgado no D.O. de 06/04/94)

Art. 304 - Os cargos em comissão e as funções de confiança existentes nos órgãos ou entidades da
administração pública direta e das autarquias, passam a ser regidos por esta Lei.

Art. 305 - A movimentação dos saldos das contas dos servidores públicos optantes pelo Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço – FGTS – bem assim a das contas dos servidores públicos não optantes,
obedecerá ao que dispuser a legislação federal, inclusive no tocante ao recolhimento das contribuições
pertinentes e demais obrigações do Estado.

Art. 306 - O servidor público da administração direta e autárquica do Estado, regido pela C.L.T. apo-
sentado antes da vigência desta Lei, continuará submetido ao regime geral da previdência social a que
se vinculava, para todos os efeitos legais.

Art. 307 - Até que sejam implantados os planos de carreiras e de vencimentos a nomeação em caráter
efetivo a que se refere o art. 12, dar-se-á também em cargo isolado.

Art. 308 - Até que sejam expedidas as normas regulamentadoras da presente, continuam em vigor as
leis e os regulamentos existentes, excluídas as disposições que com esta conflitem.

Parágrafo único - A composição da Comissão Permanente de Inquérito Administrativo – COPIA – fica


mantida, excepcionalmente, pelo prazo de cento e oitenta dias.  (Prorrogação de prazo - ver Lei Comple-

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mentar nº 69, de 22 de dezembro de 1995). (Prorrogação de prazo - ver Lei Complementar nº 106, de 16
de dezembro de 1997).

Art. 309 - Continuam em vigor as disposições específicas constantes dos Estatutos dos Policiais Civis
e do Magistério, que serão adequadas aos princípios ora estabelecidos, no prazo máximo de seis meses,
a contar da vigência desta Lei.

Art. 310 - Fica assegurado aos atuais servidores, regidos pela C.L.T. e que não optarem pelo Regime
Jurídico Único, em se aposentado, a complementação dos seus proventos, em valor correspondente à
diferença entre o provento pago pelo órgão de previdência social e o salário a que teria direito, se em
exercício estivesse. (Promulgado no D.O. de 06/04/94). (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº
80, de 29 de fevereiro de 1996)

Parágrafo único - O cálculo da complementação mensal da aposentadoria será estabelecido por Lei,
bem como a indicação das parcelas a serem computadas. (Promulgado no D.O. de 06/04/94) (Dispositivo
revogado pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de 1996)

Art. 311 - No prazo de até dezoito meses, o Poder Executivo enviará para exame da Assembléia Legis-
lativa projeto de lei dispondo sobre a compatibilização do sistema de seguridade e assistência social ao
servidor público do Estado, em face dos princípios e normas constantes desta Lei Complementar.

§ 1º - Fica garantida a participação paritária de representantes de servidores públicos na comissão


encarregada de propor ao chefe do Poder Executivo o projeto de lei a que se refere este artigo.

§ 2º - No prazo de quinze dias a partir da publicação desta Lei o Tribunal de Contas designará comis-
são para proceder a uma auditoria financeira, contábil e patrimonial no Instituto de Previdência e Assis-
tência “Jerônimo Monteiro” – I. P.A.J.M.

§ 3º - Os resultados da auditoria serão encaminhados à Assembléia Legislativa e à comissão a que se


refere o § 1º.

Art. 312 - No prazo de até cento e vinte dias a contar da publicação desta Lei, o Governador do Es-
tado encaminhará à Assembléia Legislativa projeto de lei dispondo sobre a estruturação dos planos de
carreiras dos cargos do Poder Executivo, suas autarquias e fundações públicas.

§ 1º - Fica garantida a participação paritária de representantes dos servidores públicos na comissão


encarregada da elaboração do projeto de lei a que se refere este artigo.

§ 2º - Em igual prazo ao referido no caput deste artigo, os Poderes Legislativo e Judiciário elaborarão
a estruturação dos planos de carreiras e de vencimentos dos seus servidores.

Art. 313 - As despesas decorrentes da concessão dos benefícios de que trata o art.194, inciso I e
alíneas, correrão, em sua integralidade, às expensas do Tesouro do Estado, até que seja criado o “Fundo
para Seguridade e Assistência Social. (Redação dada pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro
de 1996).

Art. 314 - A partir da vigência desta Lei, a admissão de servidores públicos civis, na administração
direta, nas autarquias e nas fundações públicas de quaisquer dos três Poderes dar-se-á exclusivamente
na forma do regime jurídico instituído pela presente Lei.

Art. 315 - Fica garantido ao ocupante do emprego público na administração estadual, na data da publi-
cação desta Lei, o direito contar esse tempo de serviço para efeito da concessão do adicional de assidui-
dade ou de férias-prêmio, previstas nos art.108 e 118, se vier ocupar cargo público efetivo. (Dispositivo

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incluído pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de 1996).

Parágrafo único - Não será contado o tempo de serviço público em emprego público estadual já utiliza-
do na aquisição de vantagem idêntico fundamento do adicional de assiduidade de férias-prêmio. (Dispo-
sitivo incluído pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de 1996).

Art. 316 - Os servidores que já ultrapassaram os limites estabelecidos nos artigos 106 e 108, da Lei
Complementar 46/94, alterados por esta Lei, não farão jus a novos percentuais dos referidos adicionais,
garantindo-se o direito adquirido até a data da vigência desta Lei. (Dispositivo incluído pela Lei Comple-
mentar nº 92, de 30 de dezembro de 1996) (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 128, de 25
de setembro de 1998).

Art. 317 - As despesas decorrentes da execução desta Lei Complementar correrão à conta das dota-
ções orçamentárias próprias, que serão suplementadas, se necessário.(Dispositivo renumerado pela Lei
Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de 1996) (Dispositivo renumerado pela Lei Complementar nº 92,
de 30 de dezembro de 1996).

Art. 318 - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação. (Dispositivo renumerado
pela Lei Complementar nº 80, de 29 de fevereiro de 1996). (Dispositivo renumerado pela Lei Complemen-
tar nº 92, de 30 de dezembro de 1996).

Art. 319 - Ficam revogadas as disposições em contrário, especialmente a Lei Complementar nº 3.200,
de 30 de janeiro de 1978, com suas alterações posteriores, como exclusão da Lei Complementar nº  16,
de 10 de janeiro de 1992 e suas alterações. (Dispositivo renumerado pela Lei Complementar nº 80, de
29 de fevereiro de 1996). (Dispositivo renumerado pela Lei Complementar nº 92, de 30 de dezembro de
1996).

Ordeno, portanto, a todas as autoridades que a cumpram e a façam cumprir como nela se contém.

O Secretário de Estado da Justiça e da Cidadania faça publicá-la, imprimir e correr.

Palácio Anchieta, em Vitória, 31 de janeiro de 1994.

ALBUÍNO CUNHA DE AZEREDO

Governador do Estado

RENATO VIANA SOARES

Secretário de Estado da Justiça e da Cidadania

JOÃO AROLDO CYPRIANO FERRAZ

Secretário de Estado da Administração e dos Recursos Humanos

JOSÉ EUGÊNIO VIEIRA

Secretário de Estado da Fazenda

XERXES GUSMÃO NETO

Secretário-Chefe da Casa Civil

CEL. SEBASTIÃO CALAZANS

Secretário-Chefe da Casa Militar

LUIZ PAULO VELLOZO LUCAS

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1733125 E-book gerado especialmente para FELIPE.CARVALHOSOUZASANTOS GMAIL.COM
Secretário de Estado da Agricultura

ANTONIO FERNANDO DÓRIA PORTO

Secretário de Estado de Ações Estratégicas e Planejamento

SATURNINO FREITAS MAURO

Secretário de Estado da Educação e Cultura

PAULO AUGUSTO VIVACQUA

Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico

ENIVALDO EUZÉBIO DOS ANJOS

Secretário de Estado do Interior

LUIZ BUAIZ

Secretário de Estado da Saúde

CEL. PM EDILSON NEVES DE CARVALHO

Secretário de Estado da Segurança Pública

(Em exercício)

THEODORICO DE ASSIS FERRAÇO

Secretário de Estado dos Transportes e Obras Públicas

Lei Complementar Estadual nº 282/2004 (Regime Próprio de Previdência dos Servidores


do Estado do Espírito Santo)

LEI COMPLEMENTAR Nº 282, DE 22 DE ABRIL DE 2004.

Unifica e reorganiza, na forma da Constituição Federal e da legislação federal aplicável, o Regime


Próprio de Previdência dos Servidores do Estado do Espírito Santo, e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei:


TÍTULO I
DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA DO
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
CAPÍTULO I
DO REGIME DE PREVIDÊNCIA

Art. 1º Fica reorganizado na forma desta Lei Complementar, conforme os impositivos da Constituição
da República Federativa do Brasil e da legislação federal aplicável, o Regime Próprio de Previdência
Social dos Servidores do Estado do Espírito Santo, legalmente designado pela sigla ES-PREVIDÊN-
CIA. (Redação dada pela Lei Complementar nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

Art. 1º Fica reorganizado na forma desta Lei Complementar, conforme os impositivos da Constituição
da República Federativa do Brasil, da Constituição do Estado do Espírito Santo e da legislação federal
aplicável, o Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores do Estado do Espírito Santo, legal-

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mente designado pela sigla ES-PREVIDÊNCIA. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de
janeiro de 2020)

Art. 2º Fica o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Espírito Santo, legalmente desig-
nado pela sigla IPAJM, entidade autárquica, com personalidade jurídica de direito público interno e auto-
nomia administrativa, financeira e patrimonial, em relação ao Poder Executivo, responsável, como gestor
único, pela administração do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores do Estado do Espírito
Santo.  (Redação dada pela Lei Complementar nº 539, de 28 de dezembro de 2009).
CAPÍTULO II
DO PLANO DE BENEFÍCIOS

Art. 3º O Regime Próprio de Previdência de que trata esta Lei Complementar tem por objetivo assegu-
rar aos seus beneficiários:

I - quanto ao segurado em atividade:

a) aposentadoria voluntária;

b) aposentadoria compulsória;

c) aposentadoria por invalidez.

II - quanto ao dependente:

a) pensão por morte;

b) auxílio-reclusão. (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

II - quanto ao dependente, pensão por morte. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de
janeiro de 2020)
SEÇÃO I
DOS SEGURADOS

Art. 4º Estão obrigatoriamente vinculados ao Regime Próprio de Previdência do Estado, na condição


de segurados:

I - os servidores públicos civis titulares de cargo efetivo ativos, os em disponibilidade, os estáveis no


serviço público e os inativos, do Poder:

a) Executivo, nesse incluídas suas autarquias e fundações, e os membros do Ministério Público;

b) Judiciário, nesse incluídos os magistrados;

c) Legislativo, nesse incluídos os membros do Tribunal de Contas.

I - os servidores públicos civis titulares de cargo efetivo ativos, os em disponibilidade, os estáveis


no serviço público e os inativos, do: (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de
2020)

a) Poder Executivo, nesse incluídas suas autarquias e fundações públicas de direito público; (Redação
dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

b) Poder Judiciário, nesse incluídos os magistrados; (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de
9 de janeiro de 2020)

c) Poder Legislativo, nesse incluídos os membros do Tribunal de Contas; (Redação dada pela Lei

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1733125 E-book gerado especialmente para FELIPE.CARVALHOSOUZASANTOS GMAIL.COM
Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

d) Ministério Público, nesse incluídos os seus membros; (Dispositivo incluído pela Lei Complementar
nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

e) Defensoria Pública, nessa incluídos os seus membros; (Dispositivo incluído pela Lei Complementar
nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

II - os militares ativos, os reformados e os da reserva remunerada. (Dispositivo revogado pela Lei


Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

Art. 4º Estão obrigatoriamente vinculados ao Regime Próprio de Previdência do Estado, na condição


de segurados, os servidores públicos civis titulares de cargo efetivo ativos, os em disponibilidade, os
estáveis no serviço público e os inativos, do: (Redação dada pela Lei Complementar nº 943, de 13 de
março de 2020)

I - Poder Executivo, nesse incluídas suas autarquias e fundações públicas de direito público; (Redação
dada pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

II - Poder Judiciário, nesse incluídos os magistrados; (Redação dada pela Lei Complementar nº 943,
de 13 de março de 2020)

III - Poder Legislativo, nesse incluídos os membros do Tribunal de Contas; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

IV - Ministério Público, nesse incluídos os seus membros; (Redação dada pela Lei Complementar nº
943, de 13 de março de 2020)

V - Defensoria Pública, nessa incluídos os seus membros. (Redação dada pela Lei Complementar nº
943, de 13 de março de 2020)
SEÇÃO II
DOS DEPENDENTES

Art. 5º São dependentes do segurado, para os efeitos desta Lei Complementar:

I - o cônjuge ou convivente, na constância do casamento ou da união estável,  ficando vedada a inscri-


ção simultânea;

II - o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos; (Redação dada pela
Lei Complementar nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

III - o enteado e o tutelado, menores de 21 (vinte e um) anos, não emancipados, na forma da legis-
lação civil, e que não recebam pensão alimentícia, benefício previdenciário ou não possuam condições
suficientes para o próprio sustento e educação, equiparam-se aos filhos; (Redação dada pela Lei Com-
plementar nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

IV - os filhos maiores inválidos, enquanto solteiros, economicamente dependentes dos pais e se a cau-
sa da invalidez tenha ocorrido até 21 (vinte e um) anos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 539,
de 28 de dezembro de 2009).

IV - os filhos maiores inválidos, com deficiência grave ou com deficiência intelectual ou mental, en-
quanto solteiros, economicamente dependentes dos pais e se a causa da invalidez ou da deficiência
tenha ocorrido até 21 (vinte e um) anos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro
de 2020)

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V - os pais inválidos, com deficiência grave ou com deficiência intelectual ou mental, se economica-
mente dependentes do segurado.  (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de
2020)

§ 1º A dependência econômica de que tratam os incisos I e II deste artigo é presumida, enquanto que
a dos demais incisos deverá ser comprovada, mediante Justificação Administrativa no IPAJM, na forma
do regulamento. (Redação dada pela Lei Complementar nº 479, de 16 de março de 2009).

§ 2º Considera-se economicamente dependente, para fins desta Lei Complementar, aquele que, com-
provadamente, viva sob o mesmo teto do segurado ou que dele receba recursos para subsistência, tenha
renda inferior a 1 (um) salário-mínimo e não possua bens.  (Redação dada pela Lei Complementar nº
572, de 7 de dezembro de 2010).

§ 3º Considera-se convivente, para os efeitos desta Lei Complementar, a pessoa que mantenha união
estável com o segurado, configurada na convivência pública, contínua e duradoura, como entidade fami-
liar, quando ambos forem solteiros, separados judicialmente ou de fato, divorciados ou viúvos, mediante
comprovação em procedimento de Justificação Administrativa no IPAJM, na forma do regulamento.  (Re-
dação dada pela Lei Complementar nº 479, de 16 de março de 2009).

§ 3º Considera-se convivente, para os efeitos desta Lei Complementar, a pessoa que mantenha união
estável com o segurado, configurada na convivência pública, contínua e duradoura, como entidade fami-
liar, quando ambos forem solteiros, separados judicialmente, extrajudicialmente ou de fato, divorciados
ou viúvos, mediante comprovação em procedimento de Justificação Administrativa no IPAJM, na forma do
regulamento. (Redação dada pela Lei Complementar nº 836, de 9 de novembro de 2016).

§ 4º Para efeitos deste artigo, a invalidez ou a deficiência deverá ser atestada por laudo médico peri-
cial, expedido por junta médica, composta de, no mínimo, 03 (três) médicos, designada pelo Instituto de
Previdência dos Servidores do Estado do Espírito Santo – IPAJM.  (Redação dada pela Lei Complemen-
tar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 5º A Justificação Administrativa será admitida somente se houver indícios de prova material, cujos
critérios serão estabelecidos em regulamento. (Redação dada pela Lei Complementar nº 479, de 16 de
março de 2009).

§ 5º  As provas de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material contem-
porânea aos fatos, referente aos 24 (vinte e quatro) meses anteriores à data do óbito, não admitida a pro-
va exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme
disposto em regulamento editado por portaria do IPAJM. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938,
de 9 de janeiro de 2020)

§ 6º A idade limite prevista nos incisos II e III poderá se estender até 24 (vinte e quatro) anos desde
que o dependente não exerça atividade remunerada e esteja, comprovadamente, matriculado e cursando
o 1º (primeiro) curso de graduação em estabelecimento de ensino superior.  (Dispositivo incluído pela Lei
Complementar nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

§ 7º  Na hipótese da alínea “b” do inciso IX do art. 38 desta Lei Complementar, a par da exigência do
§ 5º deste artigo, deverá ser apresentado, ainda, início de prova material que comprove união estável por
pelo menos 2 (dois) anos antes do óbito do segurado. .  (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº
938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 8º  Será excluído definitivamente da condição de dependente quem tiver sido condenado crimi-

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nalmente por sentença com trânsito em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso,
inclusive em sua forma tentada, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente
incapazes e os inimputáveis. .  (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de
2020)

§ 9º  Se houver fundados indícios de autoria, coautoria ou participação de dependente, em homicí-


dio, inclusive em sua forma tentada, cometido contra a pessoa do segurado, será possível a suspensão
provisória de sua cota parte no benefício de pensão por morte, mediante processo administrativo próprio,
respeitados a ampla defesa e o contraditório e, em caso de absolvição, serão devidas todas as parcelas
corrigidas desde a data da suspensão, bem como a reativação imediata do benefício.  (Dispositivo incluí-
do pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)
SEÇÃO III
DA PERDA DA QUALIDADE DE BENEFICIÁRIO

Art. 6º Perderá a qualidade de beneficiário, deixando de merecer os benefícios previdenciários previs-


tos nesta Lei Complementar:

I - quanto ao segurado:

a) a sua desvinculação  do serviço público estadual;

b) o falecimento.

II - quanto ao dependente:

a) em relação ao cônjuge, pela separação fática, judicial, extrajudicial ou divórcio; ou pela anulação do
casamento transitada em julgado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 836, de 9 de novembro de
2016).

b) em relação ao convivente, pela dissolução da união estável com o segurado;

c) em relação aos filhos, ao enteado e ao tutelado, ao atingirem 21 (vinte e um) anos, ressalvadas as
hipóteses de invalidez previstas nesta Lei Complementar;   (Redação dada pela Lei Complementar nº
539, de 28 de dezembro de 2009).

c) em relação aos filhos, ao enteado e ao tutelado, ao atingirem 21 (vinte e um) anos, ressalvadas
as hipóteses de invalidez ou de deficiência previstas nesta Lei Complementar;  (Redação dada pela Lei
Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

d) em relação ao inválido, com deficiência grave ou com deficiência intelectual ou mental, pelo ca-
samento, pela união estável ou pela cessação da invalidez ou da deficiência; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

e) em relação aos dependentes em geral, pelo falecimento ou pela perda de qualquer uma das condi-
ções que lhe garantiram o direito ao benefício.

f) em relação aos dependentes em geral, quando autor, coautor ou partícipe de crime de homicídio
doloso praticado contra o segurado instituidor do benefício, devidamente reconhecido por sentença penal
condenatória transitada em julgado.  (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 572, de 7 de dezem-
bro de 2010).

f) em relação aos dependentes em geral, quando condenado criminalmente por sentença com trânsito
em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, inclusive em sua forma tentada, come-

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tido contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

Parágrafo único. Os integrantes do grupo familiar do beneficiário são obrigados a informar ao IPAJM
a ocorrência das situações de morte, morte presumida ou ausência do beneficiário declarada em juí-
zo.  (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 836, de 9 de novembro de 2016).
SEÇÃO IV
DA INSCRIÇÃO DE BENEFICIÁRIOS

Art. 7º A inscrição do beneficiário é o ato administrativo através do qual os segurados e dependentes


são cadastrados no IPAJM, para garantia do direito ao benefício previdenciário, mediante a comprovação
de dados pessoais e demais elementos necessários à comprovação dessa condição.

Parágrafo único. As normas para inscrição do segurado e do dependente serão estabelecidas em ato
normativo do Presidente Executivo do IPAJM.
SUBSEÇÃO I
DA INSCRIÇÃO DE SEGURADO

Art. 8º Os segurados serão inscritos mediante a remessa de ofício ao IPAJM, pela área de recursos
humanos do órgão em que o segurado estiver vinculado, com as informações relativas ao ato administra-
tivo de nomeação para o cargo de provimento efetivo, do  termo  de posse  e  a ficha individual, o laudo
médico admissional e demais documentos comprobatórios a serem estabelecidos em ato normativo pelo
IPAJM.

Parágrafo único. A remessa de dados para efetivação da inscrição poderá ser feita através de meio
magnético, na forma  definida pela área de informática do IPAJM.
SUBSEÇÃO II
DA INSCRIÇÃO DE DEPENDENTE

Art. 9º Considera-se inscrição de dependente, para os efeitos desta Lei Complementar, o ato pelo qual
o segurado ou seu responsável qualifica o dependente junto ao IPAJM.

Art. 10. A inscrição de dependente, ocorrida após o falecimento do segurado, somente produzirá efei-
tos a partir da data de sua habilitação.

Art. 11. O segurado poderá solicitar, a qualquer tempo, a modificação do seu grupo de dependentes
por inclusão, exclusão ou alteração, que só produzirá efeito a partir da data de entrada do respectivo
requerimento, se homologada.
CAPÍTULO III
DOS BENEFÍCIOS
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS RELATIVAS AOS BENEFÍCIOS

Art. 12. O conhecimento, a concessão, a fixação de proventos, o pagamento e a manutenção dos


benefícios previdenciários aos segurados do Regime Próprio de Previdência de que trata esta Lei Com-
plementar serão da competência do IPAJM e obedecerão às normas previstas na Constituição Federal,
na Constituição Estadual, na legislação federal aplicável e nesta Lei Complementar. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

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§ 1º Para o cumprimento do disposto neste artigo, os atos de concessão dos benefícios previdenciá-
rios serão exarados por meio de portarias do Presidente Executivo do IPAJM, cujo resumo deverá ser pu-
blicado no órgão de imprensa oficial do Estado do Espírito Santo. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

§ 2º Incluem-se na competência do IPAJM os procedimentos de expedições de declarações ou de cer-


tidões de tempo de contribuição e registros de averbações para fins previdenciários.  (Redação dada pela
Lei Complementar nº 836, de 9 de novembro de 2016).

§ 3º Para os servidores que ingressarem no serviço público a partir da data do início do funcionamento
da Fundação de Previdência Complementar do Estado do Espírito Santo, os proventos estão limitados ao
teto previdenciário do Regime Geral de Previdência Social. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar
nº 711, de 2 de setembro de 2013).

Art. 13. Prescreve em 05 (cinco) anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qual-
quer ação do beneficiário para haver  prestações   vencidas ou quaisquer    restituições   ou diferenças
devidas pelo IPAJM, resguardado o direito dos incapazes ou dos ausentes, segundo a legislação civil.

Art. 13-A. É de 10 (dez) anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado
ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguin-
te ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da
decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº
539, de 28 de dezembro de 2009).

Art. 13-B. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favorá-
veis para os seus beneficiários decai em 10 (dez) anos, contados da data em que foram praticados, salvo
comprovada má-fé. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo decadencial contar-se-á da percepção do 1º


(primeiro) pagamento.

§ 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que


importe impugnação à validade do ato.

Art. 14. A habilitação ao benefício deve ser feita diretamente pelo beneficiário, salvo em caso de justifi-
cada ausência, moléstia contagiosa ou impossibilidade de locomoção, hipóteses em que será representa-
do por procurador constituído por instrumento público, para este fim.

§ 1º O procurador do beneficiário deverá firmar, perante o IPAJM, termo de responsabilida-


de por  meio  do  qual  se  compromete a comunicar o óbito do outorgante ou qualquer outro evento

que possa extinguir o mandato ou determinar a perda do direito ao benefício, sob pena de incorrer em
sanções penais cabíveis.

§ 2º Ficam os cartórios obrigados a informar ao IPAJM, o registro de todos os óbitos ocorridos em


suas respectivas jurisdições no Estado do Espírito Santo.

§ 3º O beneficiário do IPAJM fica obrigado ao recadastramento periódico, em datas previamente esta-


belecidas por portaria a ser baixada pelo Presidente Executivo da Autarquia, sob pena de suspensão do
pagamento do benefício.

§ 4º O Presidente Executivo da Autarquia deverá designar comissão de servidores para realização dos
trabalhos referentes ao recadastramento, conforme disposto no § 3º. (Dispositivo incluído pela Lei Com-

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plementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

Art. 15. Os incapazes serão representados pelos pais, tutor ou curador para habilitação ao benefício,
que será pago em nome do próprio beneficiário.

Parágrafo único. Aplicam-se aos representantes legais dos incapazes as disposições do § 1º do artigo
14.

Art. 16. Poderão ser descontados dos benefícios:

I - contribuições devidas e outros débitos do segurado para com o Regime Próprio de Previdência ou
com o Estado;

II - qualquer pagamento que haja excedido o valor devido;

III - tributos retidos na fonte por força de legislação aplicável;

IV - pensão de alimentos decretada judicialmente;

IV- pensão de alimentos decretada judicialmente ou extrajudicialmente, mediante apresentação de


escritura pública;  (Redação dada pela Lei Complementar nº 836, de 9 de novembro de 2016).

V - mediante autorização do beneficiário poderá haver consignação em folha de pagamento a favor de


terceiros, custeada pela entidade consignatária, a critério da administração, na forma definida em regula-
mento. (Redação dada pela Lei Complementar nº 351, de 28 de dezembro de 2005).

§ 1º Nas hipóteses dos incisos I e II  deste artigo, o desconto não poderá exceder a 30% (trinta por
cento) da remuneração ou provento mensal devido ao beneficiário.

§ 2º O recebimento indevido de benefícios em razão de dolo, fraude ou má-fé, implicará em devolução


total do valor auferido, sem prejuízo de ação judicial cabível.

Art. 17. Excetuada a hipótese de recolhimento indevido, não haverá restituição de contribuições pre-
vistas em lei.

Art. 18. É vedado ao beneficiário o percebimento cumulativo de mais de um benefício, exceto os de-
correntes das acumulações constitucionalmente permitidas.

Art. 19. É vedada a contagem de tempo fictício, assim entendido a contagem de tempo para fins de
concessão de benefício previdenciário, sem que tenha havido a efetiva prestação de serviço, cumulativa-
mente, com o recolhimento da respectiva contribuição previdenciária.

Art. 20.  O beneficiário que durante o ano tiver recebido proventos de aposentadoria ou pensão por
morte, pagos pelo IPAJM, fará jus ao abono anual, que será pago no mês de aniversário do instituidor e
terá por base de cálculo o valor do benefício mensal. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9
de janeiro de 2020)

§ 1º  O abono de que trata este artigo, no ano de ingresso no benefício de aposentadoria ou pensão,
será pago proporcionalmente, à razão de 1/12 (um doze avos) por mês de recebimento do benefício,
exceto nos casos em que o instituidor tenha se aposentado ou falecido na ativa depois do mês de seu
aniversário. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 2º Aqueles que já estejam no gozo do benefício, só farão jus ao abono de que trata o “caput” deste
artigo, no ano da publicação desta Lei Complementar, se ainda não tenham recebido o referido abono
com base na Lei Complementar nº 109, de 17.12.1997.

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Art. 21. É assegurada a concessão, a qualquer tempo, de aposentadoria aos servidores segurados do
Regime Próprio de Previdência de que trata esta Lei Complementar, bem como pensão aos seus depen-
dentes que, até a data da publicação da Emenda Constitucional n.º 41, em 31.12.2003, tenham cumprido
todos os requisitos para obtenção desses benefícios, com base nos critérios da legislação então vigen-
te.

Art. 22. As normas de procedimentos relativas à concessão de benefícios previdenciários previstos


nesta Lei Complementar, serão objeto de disciplinamento a ser baixado por Instrução Normativa do Pre-
sidente Executivo do IPAJM.

Art. 23.  Qualquer atestação de invalidez ou de deficiência, para os efeitos desta Lei Complementar,
deverá ser precedida por laudo médico pericial expedido por junta médica, composta de, no mínimo, 03
(três) médicos, designada pelo IPAJM. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de
2020)
SEÇÃO II
DA APOSENTADORIA

Art. 24.  A concessão de aposentadoria aos segurados de que trata esta Lei Complementar, obedecerá
às normas previstas na Constituição Federal e na legislação estadual específica.

Parágrafo único. No cálculo dos proventos proporcionais, o valor resultante do cálculo pela média
será previamente confrontado com o limite de remuneração do cargo efetivo previsto no § 2º do artigo 40
da Constituição Federal, para posterior aplicação do fator de proporcionalização dos proventos.  (Disposi-
tivo incluído pela Lei Complementar nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

§ 1º No cálculo dos proventos proporcionais, o valor resultante do cálculo pela média será previamen-
te confrontado com o limite de remuneração do cargo efetivo previsto no § 2º do artigo 40 da Constituição
Federal, para posterior aplicação do fator de proporcionalização dos proventos. (Parágrafo único transfor-
mado em § 1º e redação dada pela Lei Complementar nº 711, de 2 de setembro de 2013).

§ 2º Para os servidores que ingressarem no serviço público a partir da data do início do funcionamen-
to da Fundação de Previdência Complementar do Estado do Espírito Santo, no cálculo dos proventos
proporcionais, o valor resultante do cálculo pela média será previamente confrontado com o limite de
remuneração do cargo efetivo previsto no § 2º do artigo 40 da Constituição Federal, limitado, no máximo,
ao valor do teto previdenciário do Regime Geral de Previdência Social, para posterior aplicação do fator
de proporcionalização dos proventos.  (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 711, de 2 de se-
tembro de 2013).

Art. 24.  A concessão de aposentadoria aos segurados do Regime Próprio de Previdência do Estado
obedecerá às normas previstas na Constituição Federal, na Constituição Estadual e nesta Lei Comple-
mentar. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 1º  Os servidores públicos civis serão aposentados: (Redação dada pela Lei Complementar nº 938,
de 9 de janeiro de 2020)

I - voluntariamente, observados, cumulativamente, os seguintes requisitos: (Redação dada pela Lei


Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

a) 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem;
e (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

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b) 25(vinte e cinco) anos de contribuição, desde que cumprido o tempo mínimo de 10 (dez) anos de
efetivo exercício no serviço público e de 5 (cinco) anos no cargo efetivo em que for concedida a aposen-
tadoria; (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

II - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiverem investidos, quando in-
suscetíveis de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações periódicas para
verificação da continuidade das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria; ou (Redação
dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

III - compulsoriamente, na forma do disposto no inciso II do § 1º do art. 39 da Constituição Esta-


dual. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 2º Os servidores públicos civis com direito a idade mínima ou tempo de contribuição distintos da
regra geral para concessão de aposentadoria na forma dos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C, 4º-D e 5º do art. 39 da
Constituição Estadual poderão aposentar-se, observados os seguintes requisitos: (Redação dada pela
Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

I - o servidor público com deficiência, desde que cumpridos o tempo mínimo de 10 (dez) anos de
efetivo exercício no serviço público e de 5 (cinco) anos no cargo efetivo em que for concedida a aposen-
tadoria e cumpridos os demais requisitos previstos na Lei Complementar Federal nº 142, de 8 de maio de
2013, inclusive quanto aos critérios de cálculo dos benefícios; (Redação dada pela Lei Complementar nº
938, de 9 de janeiro de 2020)

II - o policial civil e o ocupante de cargo de agente penitenciário ou socioeducativo, aos 55 (cinquenta


e cinco) anos de idade, com 30 (trinta) anos de contribuição e 25 (vinte e cinco) anos de efetivo exercício
em cargo dessas carreiras, para ambos os sexos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de
janeiro de 2020)

III - o servidor público cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos,
físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por ca-
tegoria profissional ou ocupação, aos 60 (sessenta) anos de idade, com 25 (vinte e cinco) anos de efetiva
exposição e contribuição, 10 (dez) anos de efetivo exercício de serviço público e 5 (cinco) anos no cargo
efetivo em que for concedida a aposentadoria; (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de
janeiro de 2020)

IV - o titular do cargo de professor, aos 60 (sessenta) anos de idade, se homem, aos 57 (cinquenta e
sete) anos, se mulher, com 25 (vinte e cinco) anos de contribuição exclusivamente em efetivo exercício
das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, 10 (dez) anos de efeti-
vo exercício de serviço público e 5 (cinco) anos no cargo efetivo em que for concedida a aposentadoria,
para ambos os sexos. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 3º  A aposentadoria a que se refere o § 4º-D do art. 39 da Constituição Estadual observará adicional-
mente as condições e os requisitos estabelecidos para o Regime Geral de Previdência Social, naquilo em
que não conflitarem com as regras específicas aplicáveis ao regime próprio de previdência social esta-
dual, vedada a conversão de tempo especial em comum. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº
938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 4º  A vedação a conversão de tempo especial em comum nos termos do § 3º abrange o período la-
borado em regime celetista ou no regime estatutário. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938,
de 9 de janeiro de 2020)

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Art. 24-A. Para cálculo dos benefícios do regime próprio de previdência social, será utilizada a média
aritmética simples dos salários de contribuição e das remunerações adotados como base para contribui-
ções ao regime próprio de previdência social e ao Regime Geral de Previdência Social, ou como base
para contribuições decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição
Federal, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% (cem por cento) do período contributivo
desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competên-
cia. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 1º  A média a que se refere o caput será limitada ao valor máximo do salário de contribuição do Re-
gime Geral de Previdência Social para o servidor que ingressou no serviço público em cargo efetivo após
a implantação do regime de previdência complementar ou que tenha exercido a opção correspondente,
nos termos do disposto nos §§ 14 a 16 do art. 39 da Constituição Estadual. (Dispositivo incluído pela Lei
Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 2º  O valor do benefício de aposentadoria corresponderá a 60% (sessenta por cento) da média arit-
mética definida na forma prevista no caput e no § 1º, com acréscimo de 2 (dois) pontos percentuais para
cada ano de contribuição que exceder o tempo de 20 (vinte) anos de contribuição nos casos previstos
nesta Lei Complementar, ressalvado o disposto no § 3º e no § 4º deste artigo. (Dispositivo incluído pela
Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 3º  O valor do benefício de aposentadoria corresponderá a 100% (cem por cento) da média aritméti-
ca definida na forma prevista no caput e no § 1º no caso de aposentadoria por incapacidade permanente,
quando decorrer de acidente de trabalho, de doença profissional e de doença do trabalho. (Dispositivo
incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 4º  O valor do benefício da aposentadoria de que trata o inciso IIII do § 1º do art. 24 corresponderá
ao resultado do tempo de contribuição dividido por 20 (vinte) anos, limitado a um inteiro, multiplicado pelo
valor apurado na forma do § 2º deste artigo, ressalvado o caso de cumprimento de critérios de acesso
para aposentadoria voluntária que resulte em situação mais favorável. (Dispositivo incluído pela Lei Com-
plementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 5º  Poderão ser excluídas da média as contribuições que resultem em redução do valor do benefício,
desde que mantido o tempo mínimo de contribuição exigido, vedada a utilização do tempo excluído para
qualquer finalidade, inclusive para o acréscimo a que se refere o § 2º, para a averbação em outro regime
previdenciário ou para a obtenção dos proventos de inatividade das atividades de que tratam os arts. 42
e 142 da Constituição Federal. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de
2020)

§ 6º  Os benefícios calculados nos termos do disposto neste artigo serão reajustados anualmente nos
termos de lei, a ser encaminhada pelo Chefe do Poder Executivo. (Dispositivo incluído pela Lei Comple-
mentar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 7º  O Chefe do Poder Executivo poderá, excepcionalmente, deixar de encaminhar o projeto de lei,
devendo, nesse caso, se pronunciar de forma fundamentada, com a publicação de decreto até 90 (no-
venta) dias após o início do exercício financeiro, no qual constarão as razões pelas quais não será con-
cedido o reajuste. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

Art. 25. O requerimento de aposentadoria voluntária será precedido de verificação do tempo de contri-
buição, apurado pelo IPAJM e expresso em Declaração de Tempo de Contribuição. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

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§ 1º A Declaração de Tempo de Contribuição deverá conter o tempo de contribuição apurado e a
base legal para a aposentadoria. (Redação dada pela Lei Complementar nº 539, de 28 de dezembro de
2009).

§ 2º O requerimento de aposentadoria voluntária deverá conter o fundamento legal para a aposenta-


doria e estar acompanhado da Declaração de Tempo de Contribuição e de comprovante de comunicação
da chefia imediata ou de ato de afastamento, quando for o caso. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

§ 2º O requerimento de aposentadoria voluntária deverá conter o fundamento legal para a aposen-


tadoria e estar acompanhado de:  (Redação dada pela Lei Complementar nº 836, de 9 de novembro de
2016).

I - Declaração de Tempo de Contribuição;

II - comprovante de comunicação da chefia imediata ou de ato de afastamento, quando for o caso;

III - declaração de que não responde a processo administrativo disciplinar emitido pela corregedoria ou
setor de recursos humanos do órgão de origem.

§ 3º O segurado que requerer a aposentadoria, na forma deste artigo, afastar-se-á do exercício de


suas funções a partir da data de protocolização do pedido ou data do ato de afastamento, quando for o
caso, data esta em que passará a vigorar a aposentadoria. (Redação dada pela Lei Complementar nº
539, de 28 de dezembro de 2009).

§ 3º O segurado que requerer a aposentadoria, na forma deste artigo, afastar-se-á do exercício de


suas funções a partir da data de protocolização do pedido ou da data do ato de afastamento, quando for
o caso, data esta em que passará a vigorar a aposentadoria, podendo o segurado permanecer em ativi-
dade, mediante pedido deste e a critério da Chefia imediata, até o registro do ato pelo Tribunal de Con-
tas, observadas as regras sobre aposentadoria compulsória. (Redação dada pela Lei Complementar nº
917, de 19 de agosto de 2019)

§ 4º Requerida a aposentadoria voluntária, ainda que o servidor permaneça em atividade nos termos
do § 3º deste artigo, nenhum tempo de serviço ou de contribuição poderá vir a ser contabilizado para fins
de movimentação na carreira, incluindo promoção, progressão e ascensão, de aposentadoria, de vanta-
gens remuneratórias e de concessão dos seguintes benefícios: (Redação dada pela Lei Complementar nº
938, de 9 de janeiro de 2020)

I - férias-prêmio; (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

II - adicional de assiduidade; e (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de


2020)

III - adicional por tempo de serviço. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de
2020)

§ 5º  O servidor que requerer a aposentadoria voluntária e permanecer em atividade não fará jus: (Dis-
positivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

I - às licenças previstas no artigo 122 da Lei Complementar nº 46, de 31 de janeiro de 1994, exceto os
incisos I, II, III, VI e X; (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

II - ao afastamento para mandato eletivo; (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de
janeiro de 2020)

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III - ao afastamento para atividade fora do respectivo poder; e (Dispositivo incluído pela Lei Comple-
mentar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

IV - ao afastamento para curso de especialização Lato Sensu e Stricto Sensu. (Dispositivo incluído
pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 6º  Ficam garantidas ao servidor que requerer aposentadoria voluntária e permanecer em atividade


os afastamentos previstos nos artigos 30 e 32 da Lei Complementar nº 46, de 1994. (Dispositivo incluído
pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 7º  O servidor que requerer a aposentadoria voluntária nos moldes do § 3º deste artigo será excluí-
do do processo de promoção independentemente da etapa em que se encontrar o certame. (Dispositivo
incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 8º  Caso o servidor opte por permanecer em atividade, nos termos do §§ 3º e 4º deste artigo, perma-
necerão devidas as contribuições previdenciárias previstas no art. 40, incisos I e III, desta Lei Comple-
mentar. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 9º  O servidor que requerer a aposentadoria voluntária e permanecer em atividade poderá, a qual-
quer tempo, solicitar, por requerimento, à chefia imediata seu afastamento das atividades. (Dispositivo
incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 10.  Aplica-se integralmente o disposto no § 4º no período compreendido entre o requerimento de


aposentadoria e o pedido de afastamento das atividades, nos moldes do § 9º. (Dispositivo incluído pela
Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 11.  Ao servidor que requerer a aposentadoria voluntária e permanecer em atividade são aplicados
os deveres, proibições e responsabilidades dispostos na Lei Complementar nº 46, de 1994, incluindo as
medidas disciplinares e penalidades. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro
de 2020)

Art. 26. Se após autorizado o afastamento do segurado, for determinado seu retorno por haver sido
constatado não haver preenchido os requisitos para a concessão da aposentadoria, independentemente
de sua participação, o tempo decorrido entre seu afastamento e retorno será considerado, para efeito
desta Lei Complementar, como licença remunerada e contado para todos os efeitos, sendo devida, neste
caso, a correspondente contribuição previdenciária.

Art. 27. O processo para aposentadoria compulsória, após o afastamento do servidor do exercício de
suas atividades pela chefia imediata, será encaminhado ao IPAJM, pelo órgão de recursos humanos ao
qual o servidor estiver vinculado, para conhecimento, concessão e fixação dos proventos, com vigência
a partir do dia imediato àquele em que o segurado atingir  a idade limite estabelecida na Constituição
Federal.

Art. 28.  A aposentadoria por invalidez será concedida quando comprovada a incapacidade labutá-
ria total e definitiva do segurado para a execução de todas as atividades de seu cargo, descritas em lei
ou regulamento, e quando insuscetível de readaptação, a qual vigorará a partir da data do deferimento,
sendo o lapso de tempo compreendido entre o término da licença médica e a data do deferimento consi-
derado, excepcionalmente, como de prorrogação de licença. (Redação dada pela Lei Complementar nº
938, de 9 de janeiro de 2020)

Parágrafo único. A manutenção da aposentadoria por invalidez poderá ser objeto de reavaliação pela
perícia médica, a ser regulamentada por portaria do IPAJM, podendo acarretar em reversão da apo-

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sentadoria, observando os critérios definidos no art. 51 da Lei Complementar nº 46, de 31 de janeiro de
1994.  (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 836, de 9 de novembro de 2016).

Art. 29. A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de saúde por perío-
do não inferior a 24 (vinte e quatro) meses e após declarada a incapacidade labutária do segurado, em
laudo médico pericial, pela junta médica designada pelo IPAJM, composta de, no mínimo, 03 (três) médi-
cos.  (Redação dada pela Lei Complementar nº 836, de 9 de novembro de 2016).

Parágrafo único. Em caso de doença que imponha afastamento compulsório imediato, com base em
laudo conclusivo da medicina especializada, ratificado pela junta médica, a aposentadoria por invalidez
permanente independerá do prazo mínimo estipulado no caput deste artigo.  (Dispositivo incluído dada
pela Lei Complementar nº 836, de 9 de novembro de 2016).

§ 1º  Em caso de doença que imponha afastamento compulsório imediato, com base em laudo conclu-
sivo da medicina especializada, ratificado pela junta médica, a aposentadoria por invalidez permanente
independerá do prazo mínimo estipulado no caput deste artigo. (Parágrafo único transformado em §1º e
redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 2º  Expirado o período de licença, após a realização do laudo médico pericial nos termos
do caput deste artigo, não estando em condições de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o servidor
será aposentado por invalidez. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de
2020)

Art. 30. A aposentadoria por invalidez permanente terá proventos proporcionais ao tempo de con-
tribuição do segurado, salvo quando decorrer de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença
grave, contagiosa ou incurável, avaliadas pela junta médica, hipóteses em que os proventos serão inte-
grais.  (Redação dada pela Lei Complementar nº 836, de 9 de novembro de 2016). (Dispositivo revogado
pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

Parágrafo único. Para efeito de concessão de aposentadoria por invalidez com proventos integrais,
conforme disposto na Constituição Federal, considera-se doença grave, contagiosa ou incurável, tubercu-
lose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público, car-
diopatia grave, hanseníase, leucemia, pênfigo foleáceo, paralisia irreversível e incapacitante, síndrome
da imunodeficiência adquirida - Aids, neuropatia grave, esclerose múltipla, doença de Parkinson, espon-
diloartrose anquilosante, nefropatia grave, mal de Paget e Hepatopatia grave, aplicando-se ainda, no que
couber, os critérios estabelecidos pelo Regime Geral de Previdência Social.  (Dispositivo incluído pela Lei
Complementar nº 836, de 9 de novembro de 2016). (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 938,
de 9 de janeiro de 2020)

Art. 31. O tempo de contribuição para outros regimes de previdência será contado para efeito de apo-
sentadoria, vedada a cumulatividade.

Art. 32. Não será computado para fins de aposentadoria, o tempo de contribuição que tiver servido de
base para aposentadoria concedida pelo  Regime Social de Previdência Social ou outro regime próprio
de previdência.

Art. 33. O benefício não-recebido por segurado inativo, antes de seu falecimento, será pago a seus
dependentes habilitados à pensão por morte ou, na falta deles, a seus sucessores na forma da lei civil.

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SEÇÃO III
DA PENSÃO POR MORTE

Art. 34. Aos dependentes dos servidores segurados do Regime Próprio de Previdência de que trata
esta Lei Complementar, será concedido o benefício de pensão por morte que será igual:

I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido até o limite máximo estabelecido para o
Regime Geral de Previdência Social, acrescido de 70% (setenta por cento) da parcela excedente a este
limite, caso aposentado à data do óbito; ou

II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor, no cargo efetivo em que se deu o falecimento,


até o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, acrescido de
70% (setenta por cento) da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito.

Parágrafo único. Aos dependentes dos servidores que ingressaram no serviço público a partir da data
do funcionamento da Fundação de Previdência Complementar do Estado será concedido o benefício de
pensão por morte que será igual ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido ou remunera-
ção do servidor, no cargo efetivo que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para o Re-
gime Geral de Previdência Social.  (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 711, de 2 de setembro
de 2013).

Art. 34.  A pensão por morte concedida a dependente de segurado do Regime Próprio de Previdência
será equivalente a uma cota familiar de 50% (cinquenta por cento) do valor da aposentadoria recebida
pelo segurado ou daquela a que teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente na data
do óbito, acrescida de cotas de 10 (dez) pontos percentuais por dependente, até o máximo de 100%
(cem por cento). (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 1º  As cotas por dependente cessarão com a perda dessa qualidade e não serão reversíveis aos de-
mais dependentes, preservado o valor de 100% (cem por cento) da pensão por morte quando o número
de dependentes remanescente for igual ou superior a 5 (cinco). (Redação dada pela Lei Complementar
nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

2º Na hipótese de existir dependente inválido, o valor da pensão por morte de que trata o caput será
equivalente a: (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

I - 100% (cem por cento) da aposentadoria recebida pelo segurado ou daquela a que teria direito se
fosse aposentado por incapacidade permanente na data do óbito, até o limite máximo de benefícios do
Regime Geral de Previdência Social; e (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de
2020)

II - uma cota familiar de 50% (cinquenta por cento) acrescida de cotas de 10 (dez) pontos percentuais
por dependente, até o máximo de 100% (cem) por cento, para o valor que supere o limite máximo de
benefícios do Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9
de janeiro de 2020)

§ 3º Quando não houver mais dependente inválido, o valor da pensão será recalculado na forma do
disposto no caput e no § 1º. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 4º Aos dependentes dos servidores que ingressaram no serviço público em cargo efetivo após a
data do funcionamento da Fundação de Previdência Complementar do Estado ou que tenham exercido a
opção regulada pelos §§ 14 a 16 do art. 39 da Constituição Estadual, será concedido o benefício de pen-

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1733125 E-book gerado especialmente para FELIPE.CARVALHOSOUZASANTOS GMAIL.COM
são por morte na forma deste artigo, observado o limite máximo de benefícios do Regime Geral de Previ-
dência Social, não se aplicando o disposto no inciso II do § 2º. (Redação dada pela Lei Complementar nº
938, de 9 de janeiro de 2020)

Art. 34-A. A pensão por morte devida aos dependentes do policial civil decorrente de agressão sofrida
no exercício ou em razão da função será vitalícia para o cônjuge ou companheiro e equivalente à remu-
neração do cargo. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput também no caso de morte do policial civil decorrente de
doença profissional ou doença grave. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro
de 2020)

Art. 34-B.  A pensão por morte devida aos dependentes dos ocupantes dos cargos de agente peniten-
ciário ou socioeducativo decorrente de agressão sofrida no exercício ou em razão da função será vitalícia
para o cônjuge ou companheiro e equivalente à remuneração do cargo. (Dispositivo incluído pela Lei
Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

Art. 34-C.  É vedada a acumulação de mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge ou compa-
nheiro, no âmbito do Regime Próprio de Previdência Social, ressalvadas as pensões do mesmo institui-
dor decorrentes do exercício de cargos acumuláveis na forma do art. 37 da Constituição Federal. (Dispo-
sitivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 1º  Será admitida, nos termos do § 2º, a acumulação de: (Dispositivo incluído pela Lei Complementar
nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

I - pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência social com
pensão por morte concedida por outro regime de previdência social ou com pensões decorrentes das
atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal; (Dispositivo incluído pela Lei
Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

II - pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência social com
aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de regime próprio de
previdência social ou com proventos de inatividade decorrentes das atividades militares de que tratam
os arts. 42 e 142 da Constituição Federal; ou (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de
janeiro de 2020)

III - pensões decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição
Federal com aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de regime
próprio de previdência social. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de
2020)

§ 2º  Nas hipóteses das acumulações previstas no § 1º, é assegurada a percepção do valor integral do
benefício mais vantajoso e de uma parte de cada um dos demais benefícios, apurada cumulativamente
de acordo com as seguintes faixas: (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro
de 2020)

I - 60% (sessenta por cento) do valor que exceder 1 (um) salário-mínimo, até o limite de 2 (dois) salá-
rios-mínimos; (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

II - 40% (quarenta por cento) do valor que exceder 2 (dois) salários-mínimos, até o limite de 3 (três)
salários-mínimos; (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

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III - 20% (vinte por cento) do valor que exceder 3 (três) salários-mínimos, até o limite de 4 (quatro)
salários-mínimos; e (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

IV - 10% (dez por cento) do valor que exceder 4 (quatro) salários-mínimos. (Dispositivo incluído pela
Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 3º  A aplicação do disposto no § 2º poderá ser revista a qualquer tempo, a pedido do interessado,
em razão de alteração de algum dos benefícios. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9
de janeiro de 2020)

Art. 35. O benefício de que trata o artigo 34 será devido, a partir:

I - do óbito, quando requerido:

a) pelo dependente maior de 16 (dezesseis) anos de idade, até 30 (trinta) dias de sua ocorrência;

b) pelo dependente menor de 16 (dezesseis) anos de idade, até 30 (trinta) dias após completar essa
idade.

II - do requerimento, quando requerido após os prazos previstos no inciso I; ou

III - da decisão judicial, no caso de morte presumida.

§ 1º O valor da pensão, calculado na forma deste artigo, será pago aos beneficiários habilitados, e
rateado em cotas iguais.

§ 2º Sempre que se extinguir uma cota, proceder-se-á  novo cálculo e novo rateio do benefício entre
os dependentes remanescentes.

§ 3º A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de outro possível
dependente e qualquer outra habilitação posterior, que importe em exclusão ou inclusão de dependente,
somente produzirá efeito a contar da data da habilitação.

§ 4º  Ajuizada a ação judicial para reconhecimento da condição de dependente, este poderá requerer
a sua habilitação provisória ao benefício de pensão por morte, exclusivamente para fins de rateio dos
valores com outros dependentes, vedado o pagamento da respectiva cota até o trânsito em julgado da
respectiva ação, ressalvada a existência de decisão judicial em contrário. (Dispositivo incluído pela Lei
Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 5º  Nas ações em que for parte o ente público responsável pela concessão da pensão por morte,
este poderá proceder de ofício à habilitação excepcional da referida pensão, apenas para efeitos de ra-
teio, descontando-se os valores referentes a esta habilitação das demais cotas, vedado o pagamento da
respectiva cota até o trânsito em julgado da respectiva ação, ressalvada a existência de decisão judicial
em contrário. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 6º  Julgada improcedente a ação prevista no § 4º ou § 5º deste artigo, o valor retido será corrigido
pelo mesmo índice previsto no art. 43 desta Lei Complementar e será pago aos demais dependentes,
proporcionalmente as suas cotas e ao início de seus benefícios. (Dispositivo incluído pela Lei Comple-
mentar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 7º  Em qualquer hipótese, fica assegurada ao órgão concessor da pensão por morte a cobrança dos
valores indevidamente pagos aos demais dependentes, proporcionalmente as suas cotas, em função de
nova habilitação. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

Art. 36. O ex-cônjuge, ex-convivente, ou separado de fato do segurado, credor de alimentos, fará jus

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a percepção do benefício da pensão previdenciária, caso em que, este será igual ao valor da pensão ali-
mentícia que recebia do segurado, limitado ao valor da cota de rateio com os dependentes da pensão por
morte, calculada na forma desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei Complementar nº 836, de 9
de novembro de 2016).

Parágrafo único. Na hipótese de o servidor falecido estar, na data de seu falecimento, obrigado por
determinação judicial a pagar alimentos temporários a ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira, a
pensão por morte será devida pelo prazo remanescente na data do óbito, caso não incida outra hipótese
de extinção do benefício, prevista no art. 38 desta Lei Complementar. (Dispositivo incluído pela Lei Com-
plementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

Parágrafo único. O pensionista inválido está obrigado a, anualmente, submeter-se à perícia médica,
sob pena de suspensão do benefício.

Art. 37. A pensão por morte somente será devida ao dependente inválido, previsto no artigo 5º, inciso
IV desta Lei Complementar, se a invalidez for atestada antes do dependente atingir a idade de 21 (vinte e
um) anos.   (Redação dada pela Lei Complementar nº 572, de 7 de dezembro de 2010).

Parágrafo único. O pensionista inválido está obrigado a submeter-se à perícia médica, sob pena de
suspensão do benefício, na forma do regulamento.

Art. 37.  A pensão por morte somente será devida ao dependente inválido, com deficiência grave ou
com deficiência intelectual ou mental, nos termos do artigo 5º, inciso IV, desta Lei Complementar, se a
invalidez ou a deficiência for atestada antes do dependente atingir a idade de 21 (vinte e um) anos. (Re-
dação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

Parágrafo único. O pensionista inválido ou deficiente está obrigado a submeter-se à perícia médica,
sob pena de suspensão do benefício, na forma do regulamento. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

Art. 38. Extingue-se o direito à pensão:

I - pelo falecimento;

II - pelo casamento;

III - quando o dependente passar a conviver como companheiro (a);

IV - pela cessação de quaisquer das condições que garantiram a qualidade de dependente.

V - pela existência de sentença penal condenatória transitada em julgado em face do pensionista que
houver sido autor, coautor ou partícipe de crime de homicídio doloso praticado contra o segurado institui-
dor do benefício.  (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 572, de 7 de dezembro de 2010).

V - pela condenação criminal por sentença com trânsito em julgado, do pensionista como autor, coau-
tor ou partícipe de homicídio doloso, inclusive em sua forma tentada, cometido contra a pessoa do segu-
rado, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

VI - pela comprovação, a qualquer tempo, de simulação ou fraude no casamento ou na união estável,


ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em proces-
so judicial ou administrativo no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa;  (Dispo-
sitivo incluído pela Lei Complementar nº 836, de 9 de novembro de 2016).

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VII - pela adoção, para filho adotado que receba pensão por morte dos pais biológicos;  (Dispositivo
incluído pela Lei Complementar nº 836, de 9 de novembro de 2016).

VIII - pela renúncia expressa do pensionista plenamente capaz;  (Dispositivo incluído pela Lei Comple-
mentar nº 836, de 9 de novembro de 2016).

IX - em relação aos beneficiários de que tratam o inciso I do art. 5º e o art. 36 desta Lei Complemen-
tar, observar-se-ão, também, os seguintes prazos:  (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 836,
de 9 de novembro de 2016).

a) em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribui-
ções mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos
antes do óbito do segurado;

b) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data


de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo
menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável:

1.  3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade;

2.  6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade;

3.  10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade;

4.  15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade;

5.  20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade;

6.  vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade.

§ 1º Serão aplicados os prazos previstos na alínea “b” do inciso IX, se o óbito do segurado decorrer de
acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, independentemente do recolhi-
mento de 18 (dezoito) contribuições mensais ou da comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de
união estável.  (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 836, de 9 de novembro de 2016).

§ 2º O chefe do Poder Executivo, por meio de decreto, poderá fixar, em números inteiros, novas ida-
des para os fins previstos na alínea “b” do inciso IX, sempre que, por ato do Ministro de Estado da Pre-
vidência Social, houver mudança equiparada às referidas idades, decorrente de nova expectativa de
sobrevida da população brasileira ao nascer.  (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 836, de 9
de novembro de 2016).

§ 3º Os tempos de contribuição ao Regime Geral de Previdência Social e/ou a outro Regime Próprio
de Previdência Social (RPPS) serão considerados na contagem das 18 (dezoito) contribuições mensais
de que trata a alínea “a” do inciso IX.  (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 836, de 9 de no-
vembro de 2016).

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SEÇÃO IV
DO AUXÍLIO-RECLUSÃO
(DISPOSITIVO REVOGADO PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 938, DE 9 DE JANEIRO DE 2020)

Art. 39. O auxílio-reclusão será concedido ao conjunto de dependentes habilitados, do segurado de-
tento ou recluso, que tenha renda igual ou inferior ao valor estabelecido no artigo 13 da Emenda Consti-
tucional   nº 20/98. (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 1º O valor do auxílio-reclusão corresponderá à remuneração do segurado,  limitado a R$ 480,00


(quatrocentos e oitenta reais), que será corrigido pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do Re-
gime Geral de Previdência Social. (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro
de 2020)

§ 2º Havendo mais de um dependente, o valor do auxílio-reclusão será rateado da mesma forma esta-
belecida para a pensão por morte. (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro
de 2020)

§ 3º O auxílio-reclusão será devido a contar da data em que o segurado deixar de perceber qualquer
remuneração dos cofres públicos, até 03 (três) meses após sentença penal condenatória, transitada em
julgado. (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 4º Falecendo o segurado detento ou recluso, dentro do prazo estabelecido no § 3º, o auxílio-reclu-


são que estiver sendo pago aos seus dependentes será convertido, automaticamente, em pensão por
morte. (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 5º Na hipótese de fuga do segurado, nada será devido aos seus dependentes enquanto estiver o
segurado evadido e pelo período da fuga, sendo o benefício restabelecido a partir da data da recaptura
ou da reapresentação à prisão. (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de
2020)

§ 6º Para a instrução do processo de concessão deste benefício, além da documentação que compro-
ve a condição de segurado e de dependentes, serão exigidos: (Dispositivo revogado pela Lei Comple-
mentar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

I - documento que certifique o não-pagamento do subsídio ou da remuneração ao segurado pelos co-


fres públicos, em razão da prisão; e (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro
de 2020)

II - certidão emitida pela autoridade competente sobre o efetivo recolhimento do segurado à prisão ou
respectivo regime de cumprimento de pena, sendo tal procedimento renovado trimestralmente.  (Disposi-
tivo revogado pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 7º Caso o segurado venha a ser ressarcido com o pagamento da remuneração correspondente ao


período em que esteve preso, e seus dependentes tenham recebido auxílio-reclusão, o valor correspon-
dente ao período de gozo do benefício deverá ser retido pelo órgão pagador a que o segurado estiver
vinculado, e restituído ao IPAJM, aplicando-se os juros e índices de correção incidentes no ressarcimento
da remuneração. (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

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TÍTULO II
DO CUSTEIO DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA
CAPÍTULO I
DAS FONTES DE CUSTEIO

Art. 40. O Regime Próprio de Previdência de que trata esta Lei Complementar, será custeado median-
te os seguintes recursos:

I - contribuição mensal compulsória, do segurado que tenha ingressado no serviço público até a data
da publicação desta Lei Complementar, e dos pensionistas, deduzida em folha, nos seguintes percen-
tuais:

a) 11% (onze por cento), calculada sobre a remuneração dos segurados ativos;

b) 11% (onze por cento), para os aposentados e pensionistas, incidentes sobre o valor da parcela dos
proventos de aposentadorias e pensões que supere o limite máximo estabelecido para os benefícios
do Regime Geral de Previdência Social, concedidas de acordo com os critérios estabelecidos no artigo
40 da Constituição Federal, na redação dada pela Emenda Constitucional n.º 41/03 e pelos artigos 2º e
6º dessa Emenda;

c) 11% (onze por cento) , para os aposentados e os pensionistas, em gozo do benefício na data de
publicação da Emenda Constitucional n.º 41, em 31.12.2003, bem como os alcançados pelo disposto em
seu artigo 3º, calculada sobre a parcela dos proventos ou das pensões que supere 50% (cinqüenta por
cento) do limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social.

I - contribuição mensal compulsória do segurado ativo, no percentual de 11% (onze por cento), deduzi-
da em folha de pagamento, incidente sobre a totalidade da base de contribuição; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

I - contribuição mensal compulsória do segurado ativo, no percentual de 14% (quatorze por cento),
deduzida em folha de pagamento, incidente sobre a totalidade da base de contribuição; (Redação dada
pela Lei Complementar nº 931, de 3 de dezembro de 2019)

II - contribuição mensal compulsória dos aposentados e pensionistas, no percentual de 11% (onze por
cento), deduzida em folha de pagamento de benefícios, incidente sobre o valor da parcela dos proventos
ou da pensão que supere o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência
social; (Redação dada pela Lei Complementar nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

II - contribuição mensal compulsória dos aposentados e pensionistas, no percentual de 14% (quatorze


por cento), deduzida em folha de pagamento de benefícios, incidente sobre o valor da parcela dos pro-
ventos ou da pensão que supere o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de
Previdência Social; (Redação dada pela Lei Complementar nº 931, de 3 de dezembro de 2019)

III - contribuição mensal compulsória do Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e demais órgãos
mencionados no artigo 4º, no percentual de 22% (vinte e dois por cento), incidente sobre a totalidade da
base de contribuição do respectivo segurado ativo, de que trata o inciso I deste artigo.  (Redação dada
pela Lei Complementar nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

III - contribuição mensal compulsória dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e demais órgãos
mencionados no artigo 4º, no percentual de 14% (quatorze por cento), incidente sobre a totalidade da
base de contribuição do respectivo segurado ativo, de que trata o inciso I deste artigo; (Redação dada

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pela Lei Complementar nº 945, de 27 de março de 2020)

IV - dotações orçamentárias que forem consignadas;

V - saldos de contas bancárias;

VI - rendimentos das aplicações financeiras e dividendos de ações;

VII - rendimentos mobiliário e imobiliário de qualquer natureza;

VIII - receitas decorrentes de compensação financeira com outros regimes de previdência;

IX - doações, subvenções, legados e bens ou direito de qualquer natureza;

X - outros ativos financeiros de qualquer natureza.

§ 1º Além das contribuições previstas neste artigo ficam o Poder Executivo e demais Poderes e órgãos
referidos no artigo 4º desta Lei Complementar, responsáveis pela complementação do valor integral das
correspondentes folhas de pagamento dos benefícios previdenciários, sempre que as receitas de contri-
buições forem insuficientes,   dando-se por extintos os débitos existentes, ainda que parcelados, decor-
rentes de suas contribuições dos exercícios anteriores à data de publicação desta Lei Complementar.

§ 2º Fica o Secretário de Estado da Fazenda autorizado a proceder à retenção nos duodécimos dos
demais Poderes e órgãos, das contribuições previdenciárias e da complementação a que estão sujeitos,
conforme previsto nos incisos I a III e § 1º deste artigo, e repassá-la ao IPAJM, sendo as possíveis dife-
renças,  que vierem a ocorrer em cada mês, compensadas no mês seguinte. (Dispositivo revogado pela
Lei Complementar nº 548, de 31 de março de 2010).

§ 3º A contribuição, a que se refere o inciso II deste artigo, incidirá apenas sobre as parcelas de pro-
ventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os bene-
fícios do regime geral de previdência social, quando o beneficiário for portador de doença profissional ou
doença grave, contagiosa ou incurável, relacionadas no artigo 30 desta Lei Complementar.  (Dispositivo
incluído pela Lei Complementar nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

§ 3º  A contribuição, a que se refere o inciso II deste artigo, incidirá apenas sobre as parcelas de pro-
ventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os be-
nefícios do regime geral de previdência social, quando o beneficiário for portador de doença profissional
ou doença grave, contagiosa ou incurável, conceito que abrange a tuberculose ativa, alienação mental,
neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público, cardiopatia grave, hanseníase,
leucemia, pênfigo foleáceo, paralisia irreversível e incapacitante, síndrome da imunodeficiência adquirida
- Aids, neuropatia grave, esclerose múltipla, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefro-
patia grave, mal de Paget e Hepatopatia grave. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de
janeiro de 2020)

§ 4º A contribuição mensal compulsória do segurado ativo que ingressou no serviço público a partir da
data do funcionamento da Fundação de Previdência Complementar do Estado do Espírito Santo será no
percentual de 11% (onze por cento), deduzida em folha de pagamento, incidente sobre a totalidade da
base de contribuição, limitada ao teto previdenciário do Regime Geral de Previdência Social.  (Dispositivo
incluído pela Lei Complementar nº 711, de 2 de setembro de 2013).

§ 4º A contribuição mensal compulsória do segurado ativo que ingressou no serviço público a partir da
data do funcionamento da Fundação de Previdência Complementar do Estado do Espírito Santo será no
percentual de 14% (quatorze por cento), deduzida em folha de pagamento, incidente sobre a totalidade

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da base de contribuição, limitada ao teto previdenciário do Regime Geral de Previdência Social.  (Reda-
ção dada pela Lei Complementar nº 931, de 3 de dezembro de 2019)

§ 5º A contribuição mensal compulsória dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e demais


órgãos mencionados no artigo 4º, no percentual de 22% (vinte e dois por cento), como contrapartida de
contribuição previdenciária dos servidores que ingressaram no serviço público a partir da data do funcio-
namento da Fundação de Previdência Complementar do Estado, incidirá sobre a totalidade da base de
contribuição do respectivo segurado ativo, de que trata o inciso I deste artigo, limitada ao teto previden-
ciário do Regime Geral de Previdência Social.   (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 711, de 2
de setembro de 2013).

§ 6º Para os segurados listados no inciso II do art. 4º desta Lei Complementar, a alíquota das contri-
buições previstas nos incisos I e II e no § 4° deste artigo corresponderá a 11% (onze por cento), obser-
vada as bases de cálculo definidas nos referidos incisos.  (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº
931, de 3 de dezembro de 2019) (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março
de 2020)

Art. 41. As importâncias arrecadadas na forma desta Lei Complementar serão apropriadas pelo IPAJM
e não poderão ter aplicação diversa daquela estabelecida nesta Lei Complementar e na legislação fede-
ral aplicável.

Art. 42. As contribuições, de que tratam os incisos I, II e III do artigo 40, serão recolhidas ao IPAJM até
o 5º (quinto) dia útil após a data do efetivo pagamento dos segurados ativos, sob pena de multa, juros e
de incidência de correção pelo mesmo índice adotado para meta atuarial. (Redação dada pela Lei Com-
plementar nº 548, de 31 de março de 2010).

Art. 42.  As contribuições, de que tratam os incisos I, II e III do artigo 40, serão recolhidas ao IPAJM,
até o 5º (quinto) dia útil após a data do efetivo pagamento dos segurados ativos, sob pena de multa, juros
e de incidência de correção. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 1º  As complementações, de que trata o § 1º do artigo 40, serão repassadas ao IPAJM, com antece-
dência mínima de 48 (quarenta e oito) horas da data prevista para o efetivo pagamento dos benefícios
previdenciários. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 2º  As contribuições e as complementações não recolhidas, nos termos do artigo 42, caput, e § 1º,
serão corrigidas pelo mesmo índice de inflação adotado para meta atuarial e sofrerão incidência de multa
de 2% (dois por cento), além dos juros de mora de 1% (um por cento) ao mês. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 3º  O IPAJM fica autorizado a conceder parcelamento ao segurado das contribuições previdenciárias
não recolhidas, que se dará por meio de prestações mensais e consecutivas, dividindo-se o montante
apurado nos termos do caput e § 2º, pelo número de parcelas, limitado ao total de 60 (sessenta) parce-
las, que deverão ser atualizadas mensalmente nos termos do § 2º, sendo cada uma não inferior a 20%
(vinte por cento) da remuneração do segurado, à exceção da última. (Redação dada pela Lei Comple-
mentar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 4º  O segurado do Regime Próprio de Previdência dos Servidores do Estado do Espírito Santo que
optar por realizar o parcelamento de contribuições previdenciárias não recolhidas, somente contará o
período respectivo para concessão de aposentadoria após sua integral quitação. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

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§ 5º  Caso o segurado venha a falecer após ter efetivado o parcelamento do débito, na forma do §
3º, o valor das parcelas vincendas será abatido mensalmente do benefício da pensão a que os depen-
dentes fizerem jus, até a sua quitação integral. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de
janeiro de 2020)

Art. 43. As contribuições e demais débitos para com o IPAJM, não recolhidas até a data da efetivação
do pagamento dos servidores ativos, inativos e pensionistas dos respectivos Poderes, serão corrigidos,
monetariamente, pelos mesmos índices de atualização incidentes sobre os débitos para com o Regime
Geral de Previdência Social, e sofrerão a incidência de multa de 2% (dois por cento), além dos juros de
mora de 1% (um por cento) ao mês. (Redação dada pela Lei Complementar nº 479, de 16 de março de
2009).

Art. 43. As contribuições e as complementações não recolhidas, nos termos do artigo 42, caput, e
parágrafo único, serão corrigidas pelo mesmo índice adotado para meta atuarial e sofrerão incidência de
multa de 2% (dois por cento), além dos juros de mora de 1% (um por cento) ao mês. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 548, de 31 de março de 2010).

Art. 43. As contribuições e as complementações não recolhidas, nos termos do artigo 42, caput, e
parágrafo único, serão corrigidas pelo mesmo índice de inflação adotado para meta atuarial e sofrerão
incidência de multa de 2% (dois por cento), além dos juros de mora de 1% (um por cento) ao mês.  (Re-
dação dada pela Lei Complementar nº 572, de 7 de dezembro de 2010).

Parágrafo único. Os demais débitos para com o IPAJM serão corrigidos pelo Índice Nacional de Pre-
ços ao Consumidor - INPC, apurado pelo IBGE, além de juros de 1% (um por cento) ao mês e, em caso
de inadimplência, sofrerão a incidência de multa de 2% (dois por cento).

§ 1º Os demais débitos para com o IPAJM serão corrigidos pelo mesmo índice de inflação adotado
para meta atuarial, além de juros de 1% (um por cento) ao mês e, em caso de inadimplência, sofrerão a
incidência de multa de 2% (dois por cento). (Parágrafo único transformado em § 1º e redação dada pela
Lei Complementar nº 836, de 9 de novembro de 2016).

§ 2º Os débitos não quitados serão inscritos em dívida ativa, conforme legislação estadual.  (Dispositi-
vo incluído pela Lei Complementar nº 836, de 9 de novembro de 2016).

Art. 43.  Os demais débitos não tributários serão corrigidos pelo Valor de Referência do Tesouro Esta-
dual – VRTE, concedendo ao devedor prazo de 30 (trinta) dias para regularização, a partir do qual haverá
incidência de juros de 1% (um por cento) ao mês e multa de 2% (dois por cento) sobre o valor corrigi-
do. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 1º  Não haverá cobrança de encargos de que trata o caput deste artigo, desde que o valor pago
indevidamente não tenha sido objeto de saque da conta corrente do beneficiário falecido e a instituição
financeira providencie a sua devolução. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro
de 2020)

§ 2º  O IPAJM fica autorizado a conceder parcelamento dos débitos de que trata este artigo em presta-
ções mensais e consecutivas, observadas as normas relativas ao parcelamento do Imposto Sobre Cir-
culação de Mercadorias e Sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de
Comunicação – ICMS, no que couber. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de
2020)

§ 3º  O IPAJM poderá firmar termo de cooperação com a Secretaria de Estado da Fazenda para

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utilização de sistema de cobrança. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de
2020)

§ 4º  A não regularização ensejará o registro do devedor no CADIN Estadual e inscrição em Dívida
Ativa. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 5º  Na hipótese de não ser identificado o devedor do débito deixado pelo beneficiário falecido, este
será registrado no CADIN Estadual. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de
2020)

Art. 44. Na cessão de servidores ou no afastamento para exercício de mandato eletivo, em que o
pagamento da remuneração seja com ônus do cessionário ou do órgão de exercício do mandato, será
de responsabilidade desse órgão ou entidade:  (Redação dada pela Lei Complementar nº 836, de 9 de
novembro de 2016).

I - o desconto da contribuição devida pelo servidor;

II - a contribuição devida pelo órgão ou entidade de origem;

III - o repasse das contribuições de que tratam os incisos I e II ao IPAJM deverá ocorrer até o 10º (dé-
cimo) dia útil do mês subsequente ao de sua competência.

§ 1º Caso o cessionário ou o órgão de exercício do mandato não efetue o repasse das contribuições
ao IPAJM no prazo legal, caberá ao órgão ou entidade de origem efetuá-lo, buscando o reembolso de tais
valores junto ao cessionário.

§ 2º O segurado cedido ou afastado, na forma prevista neste artigo, responde subsidiariamente pelas
contribuições devidas ao IPAJM.

§ 3º O termo, ato, ou outro documento de cessão ou afastamento do servidor com ônus para o cessio-
nário ou órgão de exercício do mandato deverá prever a responsabilidade deste pelo desconto, recolhi-
mento e repasse das contribuições previdenciárias ao IPAJM, relativamente à parte patronal e à parte do
segurado, conforme valores informados mensalmente pelo órgão ou entidade de origem.

Art. 44-A. Na cessão de servidores para outro ente federativo sem ônus para o cessionário, continua-
rá sob a responsabilidade do cedente o desconto e o repasse das contribuições ao IPAJM.  (Dispositivo
incluído pela Lei Complementar nº 836, de 9 de novembro de 2016).

Art. 44-B. O servidor cedido, afastado ou licenciado temporariamente do exercício do cargo efetivo
sem recebimento de remuneração do ente federativo, inclusive os afastados para o exercício de mandato
eletivo, somente terá o respectivo tempo de afastamento ou licenciamento contado, para fins de aposen-
tadoria, mediante o recolhimento mensal das contribuições previdenciárias ao IPAJM, relativas à parte
patronal e à parte do segurado.  (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 836, de 9 de novembro
de 2016).

Art. 44-C. Para o recolhimento mensal de que tratam os arts. 44, 44-A e 44-B o cálculo da contribuição
será feito de acordo com a remuneração do cargo efetivo de que o servidor é titular, bem como demais
vantagens de fins previdenciários.  (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 836, de 9 de novem-
bro de 2016).

Art. 45. O serventuário de cartório não-oficializado, em atividade, que tenha feito opção pelo sistema
previdenciário do Estado na forma do disposto na Lei Federal nº 8.935, de 18.11.1994, deverá proceder
o recolhimento da contribuição prevista no artigo 40, inciso I, alínea “a”, juntamente com a contribuição

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estabelecida no inciso III,  no prazo estabelecido no “caput” do artigo 44 e na forma desta Lei Comple-
mentar, sob pena  de não ser computado o tempo de duração da respectiva ocorrência, para fins de
direito a benefício previdenciário. (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro
de 2020)

§ 1º Os escreventes e auxiliares de investidura estatutária, em atividade nos cartórios não-oficializa-


dos, quando optantes pelo sistema e na forma prevista no “caput” deverão recolher apenas a contribui-
ção constante do artigo 40, inciso I, alínea “a”, ficando a do inciso III do mesmo artigo sob a responsabi-
lidade dos respectivos notários ou oficiais de registro. (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº
938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 2º No caso de inadimplemento por parte do notário e do oficial do registro em relação à sua contri-
buição prevista no § 1º, o IPAJM procederá a execução nos prazos previstos na legislação em vigor. (Dis-
positivo revogado pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

Art. 46. O segurado, servidor ativo, em licença sem vencimentos, para trato de assuntos particula-
res, não estará  sujeito  a contribuição  de  que  trata  esta Lei  Complementar,  não sendo computado
o tempo de duração da licença para efeito de benefício previdenciário, exceto nos casos de contagem
recíproca previstos na Constituição Federal.  (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 836, de 9
de novembro de 2016).

Art. 47. O servidor efetivo requisitado da União, do Distrito Federal, de outro Estado ou Município não
estará sujeito ao regime previdenciário nem as contribuições de que trata esta Lei Complementar, mas ao
seu regime previdenciário de origem.

Art. 48. Para efeito de incidência de contribuição previdenciária, entende-se como base de contribui-
ção o subsídio ou o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes
estabelecidas em lei, os adicionais de caráter individual ou quaisquer outras vantagens, excluídas:  (Re-
dação dada pela Lei Complementar nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

I - as diárias para viagens;

II - a ajuda de custo em razão de mudança de sede;

III - a indenização de transporte;

IV - o salário-família;

V - o auxílio-alimentação;

VI - o auxílio-creche;

VII - as parcelas percebidas em decorrência de local de trabalho;

VIII - a parcela percebida em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de função de confian-


ça;

IX - o abono de permanência;

X - o abono de férias;

XI - o adicional noturno;

XII - o adicional pela prestação de serviços extraordinários; e

XIII - outras parcelas de caráter indenizatório.

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§ 1º  O servidor ocupante de cargo efetivo poderá optar pela inclusão na base de contribuição de par-
celas percebidas em decorrência de local de trabalho, do exercício de cargo em comissão ou de função
de confiança, para efeito de cálculo do benefício, observado o disposto no art. 24-A desta Lei Comple-
mentar. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 2º Somente a regulamentação, editada por portaria do Instituto de Previdência, determinará as


parcelas em decorrência de local de trabalho e as parcelas de caráter indenizatórios que não sofrerão
incidência de contribuição previdenciária.§ 3º Para efeito de incidência de contribuição previdenciária,
para os servidores que ingressaram no serviço público a partir da data do funcionamento da Fundação
de Previdência Complementar do Estado, entende-se como base de contribuição os mesmos critérios
estabelecidos em lei, limitado ao teto previdenciário do Regime Geral de Previdência Social. (Dispositivo
incluído pela Lei Complementar nº 711, de 2 de setembro de 2013).
CAPÍTULO II
DA CONSTITUIÇÃO DE FUNDOS

Art. 49. O IPAJM constituirá um Fundo Financeiro e um Fundo Previdenciário.

§ 1º O Fundo Financeiro destinar-se-á ao pagamento dos benefícios previdenciários aos segurados


que tenham ingressado no serviço público estadual e aos que já recebam benefícios previdenciários do
Estado, até a data de publicação desta Lei Complementar, e aos seus respectivos dependentes.

§ 2º O Fundo Previdenciário destinar-se-á ao pagamento dos benefícios previdenciários aos servido-


res titulares de cargo efetivo que ingressarem no serviço público estadual a partir da publicação desta Lei
Complementar, e aos seus respectivos dependentes.

§ 3º As contribuições estabelecidas nos incisos I, II e III do artigo 40, em relação aos segurados pre-
vistos no § 1º deste artigo, serão destinadas ao Fundo Financeiro, enquanto que em relação aos segura-
dos previstos no § 2º, serão destinadas ao Fundo Previdenciário.  (Redação dada pela Lei Complementar
nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

§ 4º As receitas decorrentes da compensação financeira, relativas à contagem recíproca de tempo de


contribuição, de que trata o inciso VIII do artigo 40, serão destinadas ao Fundo Financeiro e ao Fundo
Previdenciário, considerando a vinculação dos segurados determinada nos §§ 1º e 2º deste artigo.  (Dis-
positivo incluído pela Lei Complementar nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

§ 5º O enquadramento dos servidores nos respectivos Fundos Financeiro e Previdenciário é da com-


petência exclusiva do IPAJM e será regulamentado por portaria do Instituto de Previdência. (Dispositivo
incluído pela Lei Complementar nº 836, de 9 de novembro de 2016).

§ 6º O Fundo Financeiro será estruturado em regime de repartição simples, enquanto que o Fundo
Previdenciário será estruturado em regime de constituição de reservas de capital.  (Dispositivo incluído
pela Lei Complementar nº 836, de 9 de novembro de 2016).

Art. 50. Fica facultada a transferência de parte de provisão matemática das aposentadorias e respec-
tivas pensões vinculadas ao Fundo Financeiro para o Fundo Previdenciário, por meio da utilização de
seu superávit, condicionando-se:  (Redação dada pela Lei Complementar nº 836, de 9 de novembro de
2016).

I - a preservação da margem de segurança de 25% (vinte e cinco por cento) de superávit técnico com
o fito de resguardar o seu equilíbrio financeiro e atuarial;

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II - o valor a ser utilizado para transferência fica limitado ao aprovado pela Secretaria de Políticas de
Previdência Social, do Ministério da Fazenda, apurado em estudo atuarial elaborado para esta finalida-
de.
CAPÍTULO III
DA DESPESA E DA CONTABILIDADE

Art. 51. Compete ao IPAJM realizar as seguintes despesas:

I - de benefícios previdenciários previstos nesta Lei Complementar;

II - de pessoal do IPAJM, com seus respectivos encargos;

III - de material permanente e de consumo, como todos os insumos necessários a manutenção do


Regime Próprio;

IV - de manutenção e de aperfeiçoamento dos instrumentos de gestão do Regime Próprio;

V - com investimentos;

VI - com seguro de bens permanentes, para proteção do patrimônio do Regime Próprio;

VII - com outros encargos eventuais, vinculados às suas finalidades essenciais.

Art. 52. A Taxa de Administração para cobertura de despesas de manutenção do Regime Próprio de
Previdência, a cargo do IPAJM, será de até 1,5% (um vírgula cinco por cento) do valor das remunera-
ções, proventos e pensões dos segurados vinculados ao RPPS, relativo ao exercício financeiro ante-
rior. (Redação dada pela Lei Complementar nº 485, de 21 de maio de 2009).

Parágrafo único. São consideradas como despesas de manutenção do Regime Próprio de Previdên-
cia, a cargo do IPAJM, aquelas previstas nos incisos II a VII do art.  51. (Redação dada pela Lei Comple-
mentar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

Art. 53. A contabilidade do Regime Próprio será executada na forma da legislação federal aplicável,
observadas as seguintes disposições:

I - até o último dia do mês  subseqüente ao de cada respectiva competência será publicado, no órgão
de imprensa oficial do Estado, o resumo do balancete do mês anterior, demonstrando a receita realizada,
os pagamentos efetuados, o saldo disponível e as aplicações das reservas;

II - até o último dia útil do mês de março será publicado o resumo do balanço anual do Regime Próprio
de Previdência Social dos Servidores do Estado do Espírito Santo, contendo o demonstrativo de todos os
valores referentes ao exercício anterior, devidamente consolidados. (Redação dada pela Lei Complemen-
tar nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

Art. 54. O IPAJM, para permitir pleno controle financeiro e contábil de suas receitas, implantará gra-
dualmente:

I - controle distinto de contas bancárias e contabilidade por fundo;

II - registros contábeis individualizados das contribuições, por segurado e por fundo. (Dispositivo revo-
gado pela Lei Complementar nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

Art. 55. O pagamento dos benefícios previdenciários dos segurados de cada Poder ou órgão, subordi-
nados ao Regime  de  Previdência  de que trata  esta  Lei Complementar, será realizado na mesma data
em que ocorrer o pagamento dos  segurados servidores ativos a eles vinculados.

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Parágrafo único. O pagamento de que trata este artigo vincula-se aos repasses devidos pelos Poderes
ou Órgãos, referentes às contribuições previstas no artigo 40, incisos I a III e §§ 4º e 5º, e da comple-
mentação a que se refere o § 1º do referido artigo desta Lei Complementar.   (Redação dada pela Lei
Complementar nº 711, de 2 de setembro de 2013).

Art. 56. O IPAJM poderá contratar serviços especializados para oferecer assessoria técnica na formu-
lação das políticas e diretrizes de investimentos, na avaliação e análise de desempenho de investimentos
e na realização de serviços nas demais áreas administrativas, com a finalidade de atingir os objetivos de
sua competência.
CAPÍTULO IV
DA AVALIAÇÃO ATUARIAL

Art. 57. O IPAJM deverá promover avaliação atuarial para a determinação de taxa de custeio, para a
transformação de capitais cumulativos em valores de benefício e para a determinação de reservas mate-
máticas, dentre outras, na forma estabelecida na legislação federal aplicável.

Art. 58. As alíquotas previstas no artigo 40 desta Lei Complementar deverão ser revistas com base na
avaliação atuarial do plano anual de custeio, por ocasião do encerramento do balanço anual do Regime
Próprio.

Parágrafo único. Quando houver déficit atuarial, caberá ao Chefe do Poder Executivo avaliar a con-
veniência no envio de projeto de lei para fixação de alíquota nos termos do art. 137, parágrafo único, da
Constituição Estadual. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)
TÍTULO III
DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA
CAPÍTULO ÚNICO
DA ESTRUTURA DE ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR

Art. 59. A estrutura de administração superior do IPAJM constitui-se de:

I - Presidência Executiva, com sua estrutura organizacional;

II - Conselho Administrativo; e

III - Conselho Fiscal.

Parágrafo único. A estrutura organizacional, composta de suas unidades administrativas e respecti-


vas subunidades, funcionalmente autônomas e diretamente subordinadas à Presidência Executiva, será
estabelecida em lei específica.
SEÇÃO I
DA PRESIDÊNCIA EXECUTIVA

Art. 60. O Presidente Executivo do IPAJM, que ocupará cargo em comissão com prerrogativas e sub-
sídio equivalente ao de Secretário de Estado, deverá ter nível de escolaridade superior e será nomeado
para mandato que coincidirá com o do Chefe do Poder Executivo.

Art. 61. Compete ao Presidente, para execução da política administrativa do Regime Próprio de Previ-
dência, além das previstas nesta Lei Complementar, dentre outras correlatas, as seguintes atribuições:

I - exercer a administração geral do IPAJM;

II - elaborar a proposta orçamentária e o plano de custeio anual do IPAJM, bem como as suas altera-

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ções, de acordo com as diretrizes e metas estabelecidas na legislação pertinente;

III - promover o preenchimento das vagas do quadro de pessoal efetivo mediante concurso público;

IV - organizar os serviços de prestação previdenciária;

V - expedir atos administrativos relativos à concessão de benefícios previdenciários, nos termos desta
Lei Complementar;

VI - manter controle permanente sobre a arrecadação das contribuições, a concessão e o pagamento


de benefícios;

VII - responder pelos atos de interesse da Autarquia, representando-a em juízo ou fora dele;

VIII - assinar em conjunto com o Gerente Financeiro os cheques e demais documentos contábeis e de
movimentação dos fundos;

IX - submeter à deliberação do Conselho Administrativo os assuntos  e as matérias de competência


desse e as que julgar necessário;

X - celebrar convênio para estagiário de nível técnico ou profissionalizante, de ensino médio ou edu-
cação superior, limitado seu número a 15 % (quinze por cento) do número de pessoal do quadro efetivo;
e  (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

XI - propor ao Conselho Administrativo:

a) o programa de investimento dos recursos dos Fundos;

b) abertura de créditos adicionais;

c) aquisição, alienação e construção de imóveis, assim como de constituição de ônus ou direitos reais
sobre eles;

XII - baixar atos, portarias ou instruções sobre a organização interna  da estrutura, organização, re-
gimento interno e funcionamento das unidades administrativas do Instituto; e sobre a aplicação de leis,
decretos e outros atos que afetem o Regime Próprio de Previdência;

XIII - prover, nomear, transferir, remover, promover, demitir, licenciar e exonerar os servidores do IPA-
JM, assim como praticar os demais atos de movimentação de pessoal, nos termos da legislação aplicável
em vigor;

XIV - autorizar a instalação dos processos de licitação, nomeando a comissão julgadora, homologar
os julgamentos, adjudicar os objetos aos vencedores e julgar, em instância final, sobre recursos, impug-
nações, ou representações pertinentes, bem como autorizar as contratações respectivas, assim como as
com dispensa ou inexigibilidade de licitação, nas hipóteses previstas em lei;

XV - promover, nos termos do respectivo regulamento, o controle e a avaliação do desempenho do


pessoal do IPAJM;

XVI - cumprir e fazer cumprir as deliberações do Conselho Administrativo, desde que não contrarie as
disposições legais aplicáveis, hipótese em que deverá denunciar à autoridade competente a irregularida-
de verificada.

Art. 62. O Presidente Executivo será substituído em suas funções administrativas, quando de seus
impedimentos ou afastamentos pela autoridade responsável pela área administrativa.

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SEÇÃO II
DO CONSELHO ADMINISTRATIVO

Art. 63. O Conselho Administrativo, órgão de deliberação e orientação superior do IPAJM, terá a
participação dos segurados civis, militares e aposentados, com formação superior, de reconhecida ca-
pacidade e experiência comprovada, nas áreas de administração, economia, finanças, atuária, contabili-
dade, direito ou engenharia, designados por ato do Chefe do Poder Executivo, com a seguinte composi-
ção:  (Redação dada pela Lei Complementar nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

I - representando os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, com mandatos de 02 (dois) anos:I


- representando os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, Ministério Público e Defensoria Públi-
ca, com mandatos de 02 (dois) anos: (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de
2020)

a) 01 (um) membro titular e respectivo suplente, indicados pelo Chefe do Poder Executivo;

b) 01 (um) membro titular e respectivo suplente, indicados pelo Presidente do Poder Judiciário; e

c) 01 (um) membro titular e respectivo suplente, indicados pelo Presidente do Poder Legislativo;

d) 01 (um) membro titular e respectivo suplente, indicados pelo Procurador-Geral de Justiça; (Disposi-
tivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

e) 01 (um) membro titular e respectivo suplente, indicados pelo Defensor-Público Geral; (Dispositivo
incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

II - representando os segurados, eleitos para mandato de 03 (três) anos entre os ativos, civis e milita-
res, e entre inativos:

a) 02 (dois) membros titulares e respectivo suplentes, eleitos para representar os segurados ativos
civis; (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

b) 01 (um) membro titular e respectivo suplente, eleito para representar os segurados militares; e

c) 02 (dois) membros titulares e respectivos suplentes, eleitos para representar os inativos. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 1º Na hipótese de vacância, será feita nova designação para o período restante do mandato, obser-
vada a regra de indicação no caso do inciso I e a ordem de votação no caso do inciso II.  (Redação dada
pela Lei Complementar nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

§ 2º O Conselho Administrativo será presidido pelo Presidente Executivo do IPAJM, em exercício, que
será seu membro nato e só terá direito a voto em caso de empate.

§ 3º O Conselho Administrativo reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por mês, com maioria absolu-
ta de seus membros e extraordinariamente sempre que necessário, por convocação de seu Presiden-
te,  e deliberará por maioria simples dos presentes.

§ 4º O suplente de cada representação, a que se referem as alíneas “a”, “b” e “c” do inciso II deste ar-
tigo, será o candidato a membro titular votado em segundo lugar. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

§ 5º O membro do Conselho estará impedido de votar sempre que tiver interesse pessoal na delibera-
ção, sendo convocado, nesse caso, o suplente.

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§ 6º Perderá o mandato o membro que, sem justa motivação, no período do mandato, fal-
tar a  03 (três) sessões consecutivas ou a 05 (cinco) alternadas, assumindo, nesse caso, o seu suplen-
te.

§ 7º O processo de eleição para escolha dos membros, a que se refere o inciso II deste artigo, terá
início 90 (noventa) dias antes do término do mandato dos conselheiros. (Dispositivo incluído pela Lei
Complementar nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

§ 8º O processo de eleição para escolha dos membros, a que se refere o inciso II deste artigo, será
coordenado por uma comissão de 03 (três) segurados, designados por ato do Presidente Executivo do
IPAJM. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

§ 9º O processo de eleição para escolha dos membros, a que se refere o inciso II deste artigo, será
regulamentado por decreto do Chefe do Poder Executivo.  (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº
539, de 28 de dezembro de 2009).

Art. 64. Compete ao Conselho Administrativo, dentre outras atribuições correlatas, as seguintes:

I - analisar e aprovar a proposta orçamentária anual do Instituto, encaminhada pelo Presidente Execu-
tivo, sugerindo alterações que julgar necessárias para sua aprovação;

II - analisar e aprovar a proposta de abertura de crédito adicional, encaminhada pelo Presidente Exe-
cutivo, sugerindo alterações que julgar necessárias para sua aprovação;

III - analisar e deliberar sobre os programas de aplicações financeiras dos recursos dos fundos, bem
como do patrimônio, submetidos pelo Presidente Executivo, propondo alterações que julgar necessárias
para sua aprovação;

IV - analisar e deliberar sobre a aceitabilidade de doações, dações em pagamento e legados com ou


sem encargos, observada  a legislação aplicável;

V - analisar e deliberar sobre  a  proposta de aquisição, alienação e construção de imóveis, assim


como de constituição de ônus ou direitos reais sobre eles, submetida pelo Presidente Executivo;

VI - funcionar como órgão de aconselhamento à Presidência Executiva do IPAJM, nas questões por
ela suscitadas;

VII - elaborar e aprovar o Regimento Interno do Conselho.


SEÇÃO III
DO CONSELHO FISCAL

Art. 65. O Conselho Fiscal, órgão permanente, terá a participação dos segurados civis, militares e
inativos, com formação superior, de reconhecida capacidade e experiência comprovada, nas áreas de
administração, economia, finanças, atuária, contabilidade, direito ou engenharia, designados por ato do
Chefe do Poder Executivo, com a seguinte composição: (Redação dada pela Lei Complementar nº 539,
de 28 de dezembro de 2009).

I - representando os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, com mandatos de 02 (dois) anos:

I - representando os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, Ministério Público e Defensoria Públi-


ca, com mandatos de 02 (dois) anos: (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de
2020)

a) 01 (um) membro titular e respectivo suplente, indicados pelo Chefe do Poder Executivo;

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b)   01 (um) membro titular e respectivo suplente, indicados pelo Presidente do Poder Judiciário; e

c)    01 (um) membro titular e respectivo suplente, indicados pelo Presidente do Poder Legislativo;

d) 01 (um) membro titular e respectivo suplente, indicados pelo Procurador-Geral de Justiça; (Disposi-
tivo incluído pela pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

e) 01 (um) membro titular e respectivo suplente, indicados pelo Defensor-Público Geral; (Dispositivo
incluído pela pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

II - representando os segurados, eleitos para mandato de 03 (três) anos entre os ativos, civis e milita-
res, e entre inativos:

a) 02 (dois) membros titulares e respectivos suplentes, eleitos para representarem os segurados ati-
vos civis; (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

b) 01 (um) membro titular e respectivo suplente, eleito para representar os segurados militares; e

c) 02 (dois) membros titulares e respectivos suplentes, eleitos para representarem os inativos. (Reda-
ção dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 1º Na hipótese de vacância, será feita nova designação para o período restante do mandato, obser-
vada a regra de indicação no caso do inciso I e a ordem de votação no caso do inciso II.§ 2º O Chefe do
Poder Executivo indicará um segurado para exercer a Presidência do Conselho Fiscal, independente do
disposto na alínea “a” do inciso I desde artigo, que somente terá direito a voto em caso de empate.

§ 3º O Conselho Fiscal reunir-se-á uma vez por mês, obrigatoriamente e, extraordinariamente, sempre
que convocado por seu Presidente e somente deliberará por maioria de votos, garantido o voto de quali-
dade ao Presidente, em caso de empate.

§ 4º Perderá o mandato o membro que, sem justa motivação, no período de mandato, faltar a mais de
03 (três) reuniões consecutivas ou 05 (cinco) alternadas, assumindo, nesse caso, seu suplente.

§ 5º O suplente de cada representação, a que se referem as alíneas “a”, “b” e “c” do inciso II deste
artigo, será o candidato a membro titular votado em segundo lugar.

§ 6º O processo de eleição para escolha dos membros, a que se refere o inciso II deste artigo, terá
início 90 (noventa) dias antes do término do mandato dos conselheiros.

§ 7º O processo de eleição para escolha dos membros, a que se refere o inciso II deste artigo, será
coordenado por uma comissão de 03 (três) segurados, designados por ato do Presidente Executivo do
IPAJM.

§ 8º O processo de eleição para escolha dos membros, a que se refere o inciso II deste artigo, será
regulamentado por decreto do Chefe do Poder Executivo.

Art. 66. Os membros do Conselho Fiscal terão mandato de 02 (dois) anos, permitida a recondução por
uma única vez.  (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 539, de 28 de dezembro de 2009).

Art. 67. Compete ao Conselho Fiscal:

I - elaborar e aprovar seu regimento interno;

II - analisar e aprovar, por parecer, as periódicas prestações de contas efetuadas pela Presidência do
IPAJM, sobretudo os balancetes e os balanços, dando-os por irregulares quando for o caso;

III - fixar prazo à Presidência do IPAJM para a regularização das contas examinadas e rejeitadas, de-

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nunciando ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público em caso de descumprimento;

IV - elaborar a cada exercício, até o mês de março, o parecer técnico sobre o balanço do exercício
anterior e, se houver, do inventário a ele referente, encaminhando-o à Presidência do IPAJM para publici-
dade;

V - propor ao Conselho Administrativo medidas que julgar convenientes.


TÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 68.  O servidor público civil que cumprir as exigências para a concessão da aposentadoria volun-
tária nos termos do disposto no art. 24 desta Lei Complementar e que optar por permanecer em atividade
fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária, até comple-
tar a idade para aposentadoria compulsória, cujo pagamento será da responsabilidade do órgão ao qual
o segurado estiver vinculado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 1º O abono previsto no “caput” deste artigo será concedido, nas mesmas condições, ao servidor que
até a data de publicação da Emenda Constitucional nº 41, em 31.12.2003, tenha cumprido todos os re-
quisitos para obtenção da aposentadoria voluntária, com proventos integrais ou proporcionais, com base
nos critérios da legislação então vigente, desde que conte com, no mínimo, 25 (vinte e cinco) anos de
contribuição, se mulher, ou 30 (trinta) anos, se homem. (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº
938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 2º Todos os servidores abrangidos pela isenção da contribuição prevista nos artigos 3º, § 1º e 8º, §
5º da Emenda Constitucional nº 20/98, passarão a contribuir para o Regime Próprio de Previdência de
que trata esta Lei Complementar, a partir do mês de sua publicação, fazendo jus ao abono de que trata
este artigo. (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

Art. 69. Fica mantido o Certificado de Regularidade de Situação - CRS, criado pela Lei Complementar
n.º 109/97, expedido pelo Gerente Financeiro do IPAJM, que será exigido, pelo Tribunal de Contas, para
aprovação das contas da entidade pública que tenha servidor vinculado ao Regime de Previdência de
que trata esta Lei Complementar.

Art. 70. As contribuições devidas pelo segurado a este Regime de Previdência deverão ser atualizadas
e quitadas na forma estabelecida nesta Lei Complementar, antes da concessão de qualquer benefício
previdenciário.

Art. 71. Os créditos dos Fundos administrados pelo IPAJM constituem dívida ativa considerada líquida
e certa, quando devidamente inscritos com observância dos requisitos exigidos pela legislação pertinente
para o fim de execução judicial.

Art. 71-A. O IPAJM manterá programa permanente de revisão da concessão e da manutenção dos
benefícios por ele administrados, a fim de apurar irregularidades ou erros materiais. (Dispositivo incluído
pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 1º Na hipótese de haver indícios de irregularidade ou erros materiais na concessão, na manutenção


ou na revisão do benefício, o IPAJM notificará o beneficiário, o seu representante legal ou o seu procura-
dor para apresentar defesa, provas ou documentos dos quais dispuser, no prazo de 30 (trinta) dias. (Dis-
positivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 2º  A notificação a que se refere o § 1º deste artigo será feita: (Dispositivo incluído pela Lei Comple-

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mentar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

I - por via postal, por carta simples, considerado o endereço constante do cadastro do benefício, hipó-
tese em que o aviso de recebimento será considerado prova suficiente da notificação; (Dispositivo incluí-
do pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

II - pessoalmente, quando entregue ao interessado em mãos; (Dispositivo incluído pela Lei Comple-
mentar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

III - por edital, nos casos de retorno com a não localização do segurado, referente à comunicação indi-
cada no inciso I deste parágrafo; ou (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro
de 2020)

IV - por meio eletrônico, conforme previsto em regulamento editado por portaria do Instituto de Previ-
dência. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 3º  A defesa poderá ser apresentada na sede do IPAJM ou por meio eletrônico, na forma do regu-
lamento editado por portaria do Instituto de Previdência. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº
938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 4º  O benefício será suspenso nas seguintes hipóteses: (Dispositivo incluído pela Lei Complementar
nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

I - não apresentação da defesa no prazo estabelecido no § 1º deste artigo; ou (Dispositivo incluído


pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

II - defesa considerada insuficiente ou improcedente pelo IPAJM. (Dispositivo incluído pela Lei Com-
plementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 5º  O IPAJM deverá notificar o beneficiário quanto à suspensão do benefício de que trata o § 4º des-
te artigo e conceder-lhe prazo de 15 (quinze) dias para interposição de recurso. (Dispositivo incluído pela
Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 6º  O recurso de que trata o § 5º deste artigo não terá efeito suspensivo. (Dispositivo incluído pela
Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 7º  Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias após a suspensão a que se refere o § 4º deste artigo sem
que o beneficiário, o seu representante legal ou o seu procurador apresente recurso administrativo ao
IPAJM ou quando esse recurso for rejeitado, o benefício será definitivamente cessado. (Dispositivo incluí-
do pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 8º  Para fins do disposto no caput deste artigo, o IPAJM poderá realizar recenseamento para atua-
lização do cadastro dos beneficiários, abrangidos os benefícios administrados pelo IPAJM. (Dispositivo
incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 9º  Apurada irregularidade recorrente ou fragilidade nos procedimentos, reconhecida na forma pre-


vista no caput deste artigo ou pelos órgãos de controle, os procedimentos de análise e concessão de
benefícios serão revistos, de modo a reduzir o risco de fraude e concessão irregular. (Dispositivo incluído
pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 10.  Para fins do disposto no § 8º deste artigo, preservados a integridade dos dados e o sigilo even-
tualmente existente, o IPAJM: (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de
2020)

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I - terá acesso a todos os dados dos segurados e beneficiários mantidos e administrados pelos órgãos
e entidades públicos estaduais; e (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de
2020)

II - poderá ter, por meio de convênio, acesso aos dados de outros entes federativos. (Dispositivo in-
cluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

Art. 71-B. Fica o Poder Executivo autorizado a regulamentar, por decreto, os §§3º e 4º do art. 25 desta
Lei Complementar. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

Art. 72. Os saldos financeiros e os créditos do Fundo de Previdência, criados pelo artigo 31 da Lei
Complementar nº 109/97, previstos no artigo 1º da Lei Complementar nº 263, de 20.6.2003, existentes
até a data de publicação desta Lei Complementar, ficam transferidos para o Fundo Financeiro previsto no
artigo 49, § 1º desta Lei Complementar.

Art. 73. Os bens patrimoniais em nome do IPAJM, vinculados ou não ao Fundo de Previdência criado
pela Lei Complementar n.º 109/97, passam a integrar o Fundo Previdenciário previsto no artigo 49, § 2º
desta Lei Complementar.

Art. 73. Os bens patrimoniais imobiliários em nome do IPAJM, vinculado ou não ao Fundo de Previ-
dência criado pela Lei Complementar nº 109, de 17.12.1997, passam a integrar o Fundo Previdenciário
previsto no artigo 49, § 2º desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei Complementar nº 351, de 28
de dezembro de 2005).

Parágrafo único. Excetuam-se do disposto no “caput” deste artigo, em obediência à Lei Federal nº
9.717, de 27.11.1998 , o Conjunto Residencial “Nilson Charpinel Junger”, localizado no Município de
São José do Calçado, dos Conjuntos Residenciais “Antônio Dias de Sousa”, localizado no Bairro de
Maruípe,  “Antônio Honório”, localizado no Bairro de Goiabeiras, e do Conjunto Residencial de Maruí-
pe, localizado no Bairro de Maruípe, em Vitória, neste Estado, cuja administração fica transferida para a
Subsecretaria de Estado de Administração Geral, da Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento
e Gestão – SEPLOG.

Art. 74. É vedado ao IPAJM prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se a qualquer título, ceder gracio-
samente seus bens patrimoniais vinculados aos Fundos, bem como conceder empréstimo

ao Estado ou a qualquer órgão filiado ou não ao Regime Previdenciário de que trata esta Lei Comple-
mentar.

Art. 75. O Presidente Executivo e os membros dos Conselhos Administrativo e Fiscal, quando do tér-
mino de seus mandatos, permanecerão no exercício da função até que seus sucessores assumam.

Parágrafo único. Caso os entes responsáveis pelas indicações de seus representantes para compo-
sição dos respectivos Conselhos, não o façam no prazo de 60 (sessenta) dias, contados da publicação
desta Lei Complementar e do término dos mandatos subseqüentes, fica o Chefe do Poder Executivo au-
torizado a promovê-la com segurados do Poder Executivo, desde que observado o disposto nos “capita”
dos artigos 63 e 65, em relação aos Conselhos Administrativo e Fiscal, respectivamente.

Art. 76. Fica o Poder Executivo autorizado a promover, por decreto, as suplementações orçamentárias
necessárias ao cumprimento desta Lei Complementar.

Art. 77.  Em obediência ao disposto no artigo 40, § 20 da Constituição Federal, com a redação intro-
duzida pela Emenda Constitucional nº 41/03, que estabelece a existência de uma única unidade gestora

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do regime próprio de previdência de cada ente estatal, os procedimentos de conhecimento, concessão,
fixação de proventos e pagamento de benefícios previdenciários,   dos segurados do Regime Próprio do
Estado serão absorvidos pelo IPAJM no prazo de 60 (sessenta) dias, contados da publicação desta Lei
Complementar. (ADI nº 0022028-07.2016.8.08.0000 TJ/ES, julgada extinta sem resolução do mérito de-
vido a perda de objeto)

§ 1º  O Poder Judiciário e o Ministério Público ficam encarregados de realizar a elaboração, o pro-
cessamento e o pagamento do benefício de aposentadoria dos Magistrados e dos membros do Minis-
tério Público, respectivamente. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de
2020)

§ 2º  Compete ao IPAJM o comando, a coordenação e o controle sobre o pagamento dos benefícios


citados do § 1º, inclusive a conferência, a posteriori, da regularidade das respectivas folhas de pagamen-
to. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 3º  Os demais procedimentos listados no caput e não excepcionados no § 1º continuam sob a res-
ponsabilidade do IPAJM. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

§ 4º  O pagamento dos proventos dos Magistrados e membros do Ministério Público inativos, vincu-
lados ao Fundo Previdenciário, será realizado através de descentralização orçamentária e financeira do
Fundo Previdenciário aos respectivos órgãos, desde que observada rigorosamente a regularidade dos
repasses dos valores da contribuição previdenciária dos segurados e também da contribuição previden-
ciária patronal do Poder Judiciário e do Ministério Público Estadual. (Dispositivo incluído pela Lei Com-
plementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020) (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 956, de 29
de setembro de 2020)

§ 5º  Os Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, o Ministério Público, a Defensoria Pública e o


Tribunal de Contas devem disponibilizar ao IPAJM, mensalmente, as informações relativas a dados ca-
dastrais e folha de pagamento dos seus membros e servidores públicos, ativos e inativos, dos militares
do serviço ativo, dos agregados ou licenciados, da reserva remunerada ou reformados, necessárias ao
atendimento das exigências contidas no art. 40, § 20, da Constituição Federal de 1988, na Lei Federal
nº 9.717, de 27 de novembro de 1998, com alterações introduzidas pela Lei Federal nº 10.887, de 18 de
junho de 2004, nas demais regras gerais federais, e em regulamentação própria.(Dispositivo incluído pela
Lei Complementar nº 938, de 9 de janeiro de 2020)

Art. 78. As alíquotas de contribuições criadas ou majoradas por esta Lei Complementar, em relação
à Lei Complementar n.º 109/97, serão exigidas a partir do primeiro dia do mês subseqüente aos 90 (no-
venta) dias da data da publicação desta Lei Complementar.

Parágrafo único. Ficam mantidas as alíquotas estabelecidas na Lei Complementar n.º 109/97, até a
entrada em vigência das novas alíquotas de contribuição, no prazo fixado no “caput” deste artigo.

Art. 79. A partir de 31.12.2003, as remunerações, os subsídios e os proventos e pensões que estejam
sendo percebidos em desacordo com o disposto nos artigos 8º e 9º da Emenda Constitucional nº 41/03,
serão imediatamente reduzidos aos limites dele decorrentes.

Parágrafo único. As remunerações, os subsídios e os benefícios de que trata o “caput” deste artigo,
decorrentes de acumulações, serão reduzidos pela mesma regra praticada pela União.

Art. 80. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 81. Ficam revogados na Lei Complementar nº 46/94 as alíneas “a” e “b” do inciso I e o inciso II

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do artigo 194, bem como as sessões I, II, V a VIII do Capítulo II do Título VIII; a Lei Complementar n.º
109/97; na Lei Complementar nº 134/98, o inciso I e suas alíneas e a alínea “a” do inciso II do artigo 7º,
o artigo 9º, o inciso I e sua alínea “a” do artigo 10, o artigo 23; na Lei Complementar nº 234/02, os arti-
gos 130 e 184 e a Lei Complementar nº 263/03.

Ordeno, portanto, a todas as autoridades que a cumpram e a façam cumprir como nela se contém.

O Secretário de Estado da Justiça faça publicá-la, imprimir e correr.

Palácio Anchieta, em 22 de abril de 2004.

PAULO CESAR HARTUNG GOMES

Governador do Estado

LUIZ FERRAZ MOULIN

Secretário de Estado da Justiça

JOSÉ TEÓFILO OLIVEIRA

Secretario de Estado da Fazenda

GUILHERME GOMES DIAS

Secretário de Estado do Planejamento,

Orçamento e Gestão

NEIVALDO BRAGATO

Secretário de Estado do Governo

RONDNEY ROCHA MIRANDA

Secretário de Estado de Segurança Pública

VERA MARIA SIMONI NACIF

Secretária de Estado do Trabalho e Ação Social

SILVIO ROBERTO RAMOS

Secretário de Estado de Desenvolvimento,

Infra-Estrutura e dos Transporte

JOSÉ EUGÊNIO VIEIRA

Secretário de Estado da Educação

e Esportes

NEUSA MARIA MENDES

Secretária de Estado da Cultura

MARIA DA GLÓRIA BRITO ABAURRE

Secretária de Estado para Assuntos do Meio Ambiente

e Recursos Hídricos

JOÃO FELÍCIO SCÁRDUA

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Secretário de Estado da Saúde

JULIO CESAR CARMO BUENO

Secretário de Estado de Desenvolvimento

Econômico e Turismo

RICARDO REZENDE FERRAÇO

Secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento,

Apicultura e Pesca

Lei Complementar nº 711/2013 (Institui o regime de previdência complementar no âmbi-


to do Estado do Espírito Santo)

LEI COMPLEMENTAR Nº 711, DE 02 DE SETEMBRO DE 2013

Institui o regime de previdência complementar no âmbito do Estado do Espírito Santo, fixa o limite má-
ximo para a concessão de aposentadorias e pensões de que trata o artigo 40 da Constituição da Repúbli-
ca Federativa do Brasil, autoriza a criação de entidade fechada de previdência complementar, na forma
de fundação, e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei:


CAPÍTULO I
DO REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

Art. 1º Fica instituído o regime de previdência complementar para os servidores públicos civis e milita-
res do Estado do Espírito Santo, a que se refere o artigo 40, §§ 14, 15 e 16 e artigo 202 da Constituição
da República Federativa do Brasil. (Redação dada pela Lei Complementar nº 738, de 23 de dezembro de
2013).

Art. 1º Fica instituído o regime de previdência complementar para os servidores públicos do Estado do
Espírito Santo, a que se refere o art. 40, §§ 14, 15 e 16, e o art. 202 da Constituição da República Fede-
rativa do Brasil. (Redação dada pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

§ 1º O regime de previdência complementar de que trata esta Lei Complementar será aplicável aos
servidores civis e militares que ingressarem no serviço público estadual a partir da data de início do
funcionamento da entidade fechada, a que se refere o artigo 5º desta Lei Complementar. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 738, de 23 de dezembro de 2013).

§ 1º O regime de previdência complementar de que trata esta Lei Complementar será aplicável aos
servidores que ingressarem no serviço público estadual a partir da data de início do funcionamento da
entidade fechada, a que se refere o art. 5º desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei Comple-
mentar nº 943, de 13 de março de 2020)

§ 2º São abrangidos pelo regime de previdência complementar os servidores titulares de cargo efeti-
vo: (Redação dada pela Lei Complementar nº 738, de 23 de dezembro de 2013).

I – do Poder Executivo, incluídos os servidores das autarquias, fundações públicas, polícia militar e

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corpo de bombeiros; (Redação dada pela Lei Complementar nº 738, de 23 de dezembro de 2013).

I - do Poder Executivo, incluídos os servidores das autarquias e fundações públicas; (Redação dada
pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

II - do Poder Legislativo;

III - do Poder Judiciário, inclusive os magistrados, de carreira ou investidos no cargo na forma do arti-
go 94 da CRFB/88;

IV - do Ministério Público, inclusive os membros do Ministério Público;

V - do Tribunal de Contas, inclusive os Conselheiros, Auditores e Procuradores do Tribunal de Contas


do Estado;

VI - da Defensoria Pública, inclusive os membros da Defensoria Pública.  

§ 3º O regime de previdência complementar poderá abranger também, em plano de benefício próprio,


os empregados públicos celetistas, cujas atribuições, deveres e responsabilidades específicas estejam
definidos em regulamento próprio e que tenham sido aprovados por meio de concurso público de provas,
de provas e títulos ou de provas de seleção equivalentes ou recepcionados pela estabilidade, vincula-
dos a autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas públicas do Estado do Espírito
Santo.

§ 4º A adesão ao regime de previdência complementar depende de prévia e expressa opção do inte-


ressado por um dos planos de benefícios instituído nos termos desta Lei Complementar acessíveis ao
participante.

§ 5º Os titulares de cargo ou emprego referidos no § 2º deste artigo que tenham ingressado no serviço
público estadual em data anterior à data de aprovação do respectivo Regulamento do Plano de Benefí-
cios, pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC, poderão, mediante livre,
prévia e expressa opção, aderir ao regime de que trata este artigo.  (Redação dada pela Lei Complemen-
tar nº 789, de 10 de setembro de 2014).

§ 6º O prazo para a opção de que trata o § 5º será de 180 (cento e oitenta dias), contados a partir da
data de aprovação do respectivo Regulamento do Plano de Benefícios, pela PREVIC. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 789, de 10 de setembro de 2014).

§ 7º O exercício da opção a que se refere o § 5º deste artigo é irrevogável e irretratável, não sendo
devida pelos órgãos, entidades ou Poderes do Estado do Espírito Santo qualquer contrapartida referente
ao valor da contribuição previdenciária que tenha incidido sobre a parcela da remuneração superior ao
limite máximo de benefícios do Regime Geral da Previdência Social no período anterior à adesão de que
trata o § 5º deste artigo.

§ 8º Os valores a serem repassados à entidade a que se refere o artigo 5º desta Lei Complementar a
título de contribuição do patrocinador deverão ser pagos com recursos do orçamento de cada um dos ór-
gãos, entidades ou Poderes indicados nos §§ 2º e 3º deste artigo, a serem previstos no Plano Plurianual,
Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual.

§ 9º O regime de previdência complementar abrangerá, em plano de benefício próprio, os militares


da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 738, de 23 de
dezembro de 2013).

§ 9º A Fundação de Previdência Complementar do Estado do Espírito Santo – PREVES fica autorizada

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a criar plano de benefícios para os militares da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, sem a contrapar-
tida do Patrocinador e sem prejuízo das regras específicas de inatividade e pensão militar do Sistema de
Proteção Social dos Militares, não se aplicando o disposto no art. 4º desta Lei Complementar. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

§ 10. O regime de previdência complementar poderá abranger também, em plano de benefício pró-
prio, os servidores ocupantes exclusivamente de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação
e exoneração ou de designação temporária, vinculados ao Poder Executivo na Administração Direta e
Indireta, Poder Legislativo, Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de Contas,
sem a contrapartida dos Patrocinadores. (Dispositivo inserido pela Lei Complementar nº 789, de 10 de
setembro de 2014).

§ 11. O plano de benefício previsto no § 10 aplica-se também aos ocupantes de funções de confiança
ou emprego das fundações, sociedades de economia mista e empresas públicas do Estado do Espírito
Santo, sem a contrapartida dos Patrocinadores.   (Dispositivo inserido pela Lei Complementar nº 789, de
10 de setembro de 2014).

§ 12. A Fundação de Previdência Complementar do Estado do Espírito Santo – PREVES fica autoriza-
da a criar planos de benefícios instituídos aos familiares dos servidores abrangidos por esta Lei Comple-
mentar. (Dispositivo inserido pela Lei Complementar nº 789, de 10 de setembro de 2014).

Art. 2º O regime de previdência complementar também poderá ser oferecido para os servidores titu-
lares de cargos efetivos, servidores ocupantes exclusivamente de cargo em comissão declarado em lei
de livre nomeação e exoneração, de cargo temporário ou de emprego da Administração Direta e Indireta,
das autarquias, das fundações, das sociedades de economia mista e empresas públicas dos demais en-
tes da Federação, desde que, autorizados por lei do respectivo ente, tenham firmado convênio de adesão
e aderido a plano de benefícios previdenciários complementares administrados pela Fundação de Previ-
dência Complementar do Estado do Espírito Santo – PREVES. (Redação dada pela Lei Complementar nº
961, de 29 de dezembro de 2020)

Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se por:

I - patrocinador:

a) o Estado, por meio dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Tribunal de Contas, do Minis-
tério Público e da Defensoria Pública;

b) as autarquias e fundações públicas do Estado do Espírito Santo;

c) as empresas públicas e sociedades de economia mista do Estado do Espírito Santo;

d) a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros; (Redação dada pela Lei Complementar nº 738, de 23 de
dezembro de 2013). (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

e) os Municípios do Estado do Espírito Santo, autorizados por lei, conforme artigo 2º desta Lei Com-
plementar, que aderirem ao plano de benefício previdenciário administrado pela entidade fechada a que
se refere o artigo 5º; (Dispositivo incluído Lei Complementar nº 738, de 23 de dezembro de 2013).

II - participante: a pessoa física, assim definida na forma dos artigos 1º e 2º desta Lei Complementar,
que aderir ao plano de benefícios previdenciário administrado pela entidade fechada, a que se refere o
artigo 5º;

III - assistido: o participante ou o seu beneficiário em gozo de benefício de prestação continuada.

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IV - atividade-fim: aquela relacionada à gestão das reservas garantidoras, à gestão do passivo atua-
rial, à gestão e pagamento dos benefícios previdenciários complementares e demais atividades próprias
de entidades fechadas de previdência complementar, podendo haver a contratação de gestores de recur-
sos, de pessoas jurídicas especializadas na custódia de valores mobiliários, serviços jurídicos, consulto-
rias de investimentos e atuariais, auditorias externas independentes e sistema informatizado de gestão
previdenciária; (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 789, de 10 de setembro de 2014).

IV - atividade-fim: aquela relacionada à gestão das reservas garantidoras, à gestão do passivo atua-
rial, à gestão e pagamento dos benefícios previdenciários complementares e demais atividades pró-
prias de entidades fechadas de previdência complementar, podendo haver a contratação de gestores
de recursos, de pessoas jurídicas especializadas na custódia de valores mobiliários, serviços jurídicos,
consultorias de investimentos e atuariais, auditorias externas independentes e sistema informatizado de
gestão integrada de previdência complementar; (Redação dada pela Lei Complementar nº 961, de 29 de
dezembro de 2020)

V - atividade meio: aquela relacionada ao suporte à administração, que possibilite a consecução das
finalidades da PREVES.   (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 789, de 10 de setembro de
2014).

Art. 4º Aplica-se aos servidores civis e militares e demais agentes públicos e membros de Poder de
que trata o § 2º do artigo 1º desta Lei Complementar o limite máximo estabelecido para os benefícios do
regime geral de previdência social, de que trata o artigo 201 da CRFB/88, às aposentadorias, reservas
remuneradas, reformas e pensões a serem concedidas pelo regime próprio de previdência social do Es-
tado do Espírito Santo, de que trata o artigo 40 da CRFB/88, que: (Redação dada pela Lei Complementar
nº 738, de 23 de dezembro de 2013).

Art. 4º Aplica-se aos servidores e demais agentes públicos e membros de Poder de que trata o § 2º do
art. 1º desta Lei Complementar o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de pre-
vidência social, de que trata o art. 201 da CRFB/88, às aposentadorias e pensões a serem concedidas
pelo regime próprio de previdência social do Estado do Espírito Santo, de que trata o art. 40 da CRFB/88,
que: (Redação dada pela Lei Complementar nº 943, de 13 de março de 2020)

I - ingressarem no serviço público estadual a partir da data de aprovação do respectivo Regulamento


do Plano de Benefícios, pela PREVIC, independentemente de sua adesão a plano de benefícios; (Reda-
ção dada pela Lei Complementar nº 789, de 10 de setembro de 2014).

II - tenham ingressado no serviço público estadual até a data de aprovação do respectivo Regulamen-
to do Plano de Benefícios, pela PREVIC, e exerçam a opção prevista no artigo 1º, §§ 5º, 6º e 7º; (Reda-
ção dada pela Lei Complementar nº 789, de 10 de setembro de 2014).

III - sejam oriundos do serviço público de outro ente da Federação e ali estivessem vinculados ao Re-
gime de Previdência Complementar, na forma do artigo 40, §§ 14 a 16, da CRFB/88, independentemente
de adesão a plano de benefícios administrado por entidade fechada de previdência complementar.

§ 1º Nos casos previstos no caput deste artigo, o benefício pago pelo regime de previdência de que
trata o artigo 40 da CRFB/88 será calculado na forma do § 3º e revisado na forma do § 8º, ambos do ar-
tigo 40 da CRFB/88, na redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, de 19.12.2003, ainda que o
participante enquadre-se nas regras transitórias definidas pelas Emendas Constitucionais nº 41/03 e nº
47, de 05.7.2005.

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§ 2º A opção a que se refere o inciso II deste artigo implica renúncia irrevogável e irretratável aos
direitos decorrentes das regras previdenciárias anteriores, não sendo devido pelo Regime Próprio dos
Servidores, pelo Estado do Espírito Santo, por meio dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do
Tribunal de Contas, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ou por entidades integrantes da Ad-
ministração Estadual qualquer contrapartida ou devolução referente ao valor dos descontos já efetuados
sobre base de contribuição acima do limite previsto no caput deste artigo.

§ 3º Aos servidores e demais agentes públicos que ingressarem no Ente Federativo Municipal, que
firmou convênio de adesão com a entidade fechada, a que se refere o artigo 5º desta Lei Complementar,
aplicar-se-á, a partir da data de autorização do regulamento do plano de benefício pelo órgão fiscaliza-
dor, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social, de que trata
o artigo 201 da CRFB/88, às aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime próprio de previ-
dência social.

§ 4º Aos servidores civis previstos no § 2º do artigo 1º que ingressarem no serviço público estadual
a partir da data da aprovação do respectivo Regulamento do Plano de Benefícios na PREVIC não será
devida a remuneração integral ou superior à percebida na atividade, quando ocorrer sua inatividade pelo
Regime Próprio de Previdência Social, não se aplicando as disposições contidas em normas que conflita-
rem com esta Lei Complementar. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 789, de 10 de setembro
de 2014).
CAPÍTULO II
DA ENTIDADE FECHADA DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

SEÇÃO I
DA CRIAÇÃO DE ENTIDADE

Art. 5º Fica o Poder Executivo autorizado a criar entidade fechada de previdência complementar, de
natureza pública, denominada Fundação de Previdência Complementar do Estado do Espírito Santo (si-
gla a ser definida), com a finalidade de administrar e executar planos de benefícios de caráter previden-
ciário, nos termos das Leis Complementares Federais nº 108 e 109, ambas de 29.5.2001.

§ 1º A Fundação de Previdência Complementar do Estado do Espírito Santo será estruturada na forma


de fundação de direito privado, sem fins lucrativos, dotada de autonomia administrativa, financeira e ge-
rencial, e terá sede e foro na capital do Estado do Espírito Santo.

§ 2º A Fundação de Previdência Complementar do Estado do Espírito Santo submete-se à legislação


sobre licitação e contratos administrativos, no tocante às atividades meio.

§ 3º À exceção dos cargos considerados de livre nomeação, a contratação de pessoal deve se dar
por meio de concurso público de provas ou de provas e títulos, na forma do artigo 37, inciso II, da
CRFB/88.

§ 4º O regime de pessoal da Fundação de Previdência Complementar do Estado do Espírito Santo é o


previsto na legislação trabalhista.

§ 5º A Fundação de Previdência Complementar do Estado do Espírito Santo deverá publicar, anual-


mente, na Imprensa Oficial do Estado e em sítio oficial da administração pública, os seus demonstrativos
contábeis, atuariais, financeiros e de benefícios, sem prejuízo do fornecimento de informações aos parti-
cipantes e assistidos do plano de benefícios previdenciários e ao órgão fiscalizador das entidades fecha-

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das de previdência complementar, na forma das Leis Complementares Federais nº 108/01 e 109/01, à
Assembleia Legislativa, ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público.
SEÇÃO II
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA FUNDAÇÃO

Art. 6º A Fundação de Previdência Complementar do Estado do Espírito Santo será constituída de


Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal e Diretoria Executiva.

Art. 7º O Conselho Deliberativo, órgão máximo da estrutura organizacional, é responsável pela defini-
ção da política geral de administração da entidade e de seus planos de benefícios previdenciários.

§ 1º A composição do Conselho Deliberativo, integrado por no máximo 06 (seis) membros titulares e


respectivos suplentes, será paritária entre os representantes indicados pelos patrocinadores e os repre-
sentantes eleitos pelos participantes e assistidos.

§ 2º Os membros do Conselho Deliberativo representantes dos patrocinadores serão por estes indica-
dos.

§ 3º O Presidente do Conselho Deliberativo será indicado pelos Chefes dos Poderes Estaduais, em
regime de rodízio, iniciando pelo Poder Executivo, seguido pelos Poderes Judiciário e Legislativo, e
nomeado pelo Governador do Estado entre os representantes dos patrocinadores, cabendo-lhe, além do
voto ordinário, o voto de qualidade para desempate.

§ 4º O mandato dos membros do Conselho Deliberativo será de 04 (quatro) anos, com garantia de es-
tabilidade, permitida uma recondução, na forma do artigo 12 da Lei Complementar Federal nº 108/01.

Art. 8º O Conselho Fiscal é o órgão de controle interno da Fundação de Previdência Complementar do


Estado do Espírito Santo.

§ 1º A composição do Conselho Fiscal, integrado por até 04 (quatro) membros titulares e respectivos
suplentes, será paritária entre os representantes indicados pelos patrocinadores e os representantes
eleitos pelos participantes e assistidos.

§ 2º Os membros do Conselho Fiscal representantes dos patrocinadores serão por estes indicados.

§ 3º A presidência do Conselho Fiscal, que terá, além do seu, o voto de qualidade, será definida por
votação entre todos os Conselheiros, devendo a escolha recair sobre um dos representantes eleitos pe-
los participantes e assistidos.

§ 4º O mandato dos membros do Conselho Fiscal será de 04 (quatro) anos, na forma do artigo 16
da Lei Complementar Federal nº 108/01, vedada a recondução.

Art. 9º A escolha dos representantes dos participantes e assistidos nos Conselhos Deliberativo e Fis-
cal dar-se-á por meio de eleição direta entre seus pares, conforme regulamento eleitoral a ser expedido
pela Fundação de Previdência Complementar do Estado do Espírito Santo.

Art. 10. A Diretoria Executiva é responsável pela administração da entidade, em conformidade com a
política de administração traçada pelo Conselho Deliberativo.

§ 1º A Diretoria Executiva será composta, no máximo, por 03 (três) membros escolhidos e nomeados
pelo Conselho Deliberativo, mediante indicação dos patrocinadores descritos no § 2º do artigo 1º.

§ 2º Compete ao Conselho Deliberativo, mediante decisão fundamentada, a exoneração de membros


da Diretoria Executiva, observando-se o disposto no estatuto da Fundação.

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Art. 11. Os requisitos previstos nos incisos I a IV do artigo 20 da Lei Complementar Federal nº
108/01 aplicam-se aos membros da Diretoria Executiva, do Conselho Deliberativo e do Conselho Fis-
cal.

Parágrafo único. A condenação por ato de improbidade administrativa com trânsito em julgado impede
a nomeação para os Conselhos e Diretoria Executiva previstos no caput.

Art. 12. Os membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal e da Diretoria Executiva serão remunerados
com recursos do Plano de Gestão Administrativa da Fundação.

§ 1º A remuneração e as vantagens de qualquer natureza recebidas pelos membros da Diretoria Exe-


cutiva serão fixadas pelo Conselho Deliberativo, em valores compatíveis com os níveis prevalecentes no
mercado de trabalho para profissionais de graus equivalentes de formação profissional e de especializa-
ção, observado o disposto no inciso XI do artigo 37 da CRFB/88.

§ 2º A remuneração mensal dos membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal, titulares e suplentes, é
limitada a 10% (dez por cento) do valor da remuneração média dos membros da Diretoria Executiva.

§ 3º Os suplentes somente serão remunerados quando participarem, mediante convocação, das reu-
niões do respectivo Conselho.

Art. 13. Aos membros da Diretoria Executiva, nos termos do artigo 21 da Lei Complementar Federal nº
108/01, é vedado:

I - exercer simultaneamente atividade no patrocinador;

II - integrar concomitantemente o Conselho Deliberativo ou Fiscal da entidade, mesmo depois do tér-


mino do seu mandato na Diretoria Executiva, enquanto não tiver suas contas aprovadas; e

III - ao longo do exercício do mandato prestar serviços a instituições integrantes do sistema financei-
ro.

§ 1º Nos 12 (doze) meses seguintes ao término do exercício do cargo, o ex-diretor estará impedido de
prestar, direta ou indiretamente, independentemente da forma ou natureza do contrato, qualquer tipo de
serviço às empresas do sistema financeiro que impliquem a utilização das informações a que teve acesso
em decorrência do cargo exercido, sob pena de responsabilidade civil e penal.

§ 2º Durante o impedimento, ao ex-diretor que não tiver sido destituído ou que pedir afastamento será
assegurada a possibilidade de prestar serviços à entidade, mediante remuneração equivalente ao cargo
de direção que exerceu ou em qualquer órgão da administração pública direta e indireta.

§ 3º Incorre na prática de advocacia administrativa, sujeitando-se às penas da lei, o ex-diretor que


violar o impedimento previsto neste artigo, exceto se retornar ao exercício de cargo ou emprego que
ocupava junto ao patrocinador, anteriormente à indicação para a respectiva Diretoria Executiva, ou se for
nomeado para exercício em qualquer órgão da Administração Pública.
SEÇÃO III
DA GESTÃO DOS RECURSOS GARANTIDORES

Art. 14. A gestão das aplicações dos recursos da Fundação poderá ser própria, por entidade autoriza-
da e credenciada ou mista.

§ 1º Para os efeitos do disposto neste artigo, considera-se:

I - gestão própria: as aplicações realizadas diretamente pela Fundação;

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II - gestão por entidade autorizada e credenciada: as aplicações realizadas por intermédio de institui-
ção financeira ou de outra instituição autorizada nos termos da legislação vigente para o exercício profis-
sional de administração de carteiras;

III - gestão mista: as aplicações realizadas em parte por gestão própria e parte por gestão por entida-
de autorizada e credenciada.

§ 2º A definição da composição e dos percentuais máximos de cada modalidade de gestão constará na


política de investimentos dos planos de benefícios a ser aprovada anualmente pelo Conselho Deliberati-
vo.
SEÇÃO IV
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 15. O Conselho Deliberativo instituirá código de ética e conduta que deverá conter, dentre outras,
as seguintes regras:

I - de confidencialidade, relativa a dados e informações a que seus membros tenham acesso no exer-
cício de suas funções;

II - para prevenir conflito de interesses;

III - para proibir operações dos dirigentes com partes relacionadas.

Parágrafo único. O código de ética e conduta deverá ter ampla divulgação entre conselheiros, dirigen-
tes, empregados e, especialmente, entre os participantes e assistidos.

Art. 16. A Fundação observará os princípios norteadores da administração pública, em especial os da


eficiência e da economicidade, bem como adotará mecanismos de gestão operacional que maximizem a
utilização de recursos.

§ 1º As despesas administrativas terão sua fonte definida no plano de custeio, observado o disposto
no caput do artigo 7º da Lei Complementar Federal nº 108/01 e o orçamento anual da Fundação.

§ 2º O montante de recursos destinados à cobertura das despesas administrativas será revisado ao


final de cada ano para o atendimento do disposto no caput deste artigo.

Art. 17. A Fundação será mantida integralmente por suas receitas, oriundas das contribuições dos
participantes, assistidos e patrocinadores, dos resultados financeiros de suas aplicações e de doações e
legados de qualquer natureza.

§ 1º A contribuição normal do patrocinador para o plano de benefícios previdenciários não poderá ex-
ceder a contribuição individual dos participantes.

§ 2º Cada patrocinador será responsável pelo recolhimento de suas contribuições e pela transferên-
cia à Fundação das contribuições descontadas dos participantes a ele vinculados, observado o disposto
nesta Lei Complementar, no convênio de adesão e no regulamento do plano de benefícios previdenciá-
rios.

§ 3º Os recursos previdenciários oriundos da compensação financeira de que trata a Lei Federal nº


9.796, de 05.5.1999, pertencerão exclusivamente à unidade gestora do Regime Próprio de Previdência
Social – Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Espírito Santo - IPAJM.

Art. 18. A Fundação desenvolverá programa de educação financeira e previdenciária destinado a diri-
gentes, empregados, patrocinadores, participantes e assistidos, com os seguintes objetivos:

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I - melhorar a qualidade da gestão;

II - oferecer aos dirigentes e empregados a possibilidade de desenvolver habilidades e conhecimentos


necessários ao desempenho de suas funções;

III - oferecer aos participantes e assistidos ferramentas úteis para o planejamento e o controle de sua
vida econômica e financeira;

IV - oferecer aos participantes e assistidos capacitação para o exercício da fiscalização e acompanha-


mento do seu patrimônio previdenciário.
CAPÍTULO III
DOS PLANOS DE BENEFÍCIOS
SEÇÃO I
DAS CONDIÇÕES GERAIS DOS PLANOS DE BENEFÍCIOS

Art. 19. Os planos de benefícios serão instituídos por ato do Conselho Deliberativo da Fundação, me-
diante solicitação dos patrocinadores definidos no artigo 3º desta Lei Complementar.

Art. 20. Os planos de benefícios da Fundação serão estruturados na modalidade de contribuição defi-
nida, nos termos do disposto nos §§ 14 a 16 do artigo 40 da CRFB/88, nas Leis Complementares Fede-
rais nº 108/01 e 109/01, bem como na regulamentação estabelecida pelo órgão regulador das entidades
fechadas de previdência complementar.

§ 1º Os planos de benefícios da Fundação serão financiados de acordo com os planos de custeio


específicos definidos nos termos do artigo 18 da Lei Complementar Federal nº 109/01, observadas as
demais disposições da Lei Complementar Federal nº 108/01.

§ 2º Observado o disposto no § 3º do artigo 18 da Lei Complementar Federal nº 109/01, o valor dos


benefícios programados será calculado de acordo com o montante do saldo de conta acumulado, deven-
do o valor do benefício ser anualmente ajustado ao referido saldo, na forma prevista no regulamento do
respectivo plano de benefícios previdenciários.

§ 3º Os benefícios não programados serão definidos no regulamento do respectivo plano de benefícios


previdenciários, devendo ser assegurados, no mínimo, os benefícios decorrentes dos eventos de invali-
dez e de morte, que poderão ser contratados externamente ou assegurados pelo próprio plano de benefí-
cios previdenciários.

§ 4º A concessão dos benefícios de que trata o § 3º deste artigo aos participantes ou assistidos pela
Fundação é condicionada à concessão do benefício pela previdência pública, ressalvada a hipótese de
inexistência de dependentes aptos à percepção de benefício pela previdência pública, hipótese em que o
saldo acumulado ficará à disposição do espólio.

Art. 21. Os requisitos para aquisição, manutenção e perda da qualidade de participante e de assisti-
do, forma de concessão, cálculo e pagamento dos benefícios deverão constar do regulamento de cada
plano de benefício previdenciário, observadas as disposições das Leis Complementares Federais nº
108/01 e 109/01, e a regulamentação dos órgãos reguladores das entidades fechadas de previdência
complementar.

§ 1º Somente será apto a receber o benefício previdenciário aquele que cumprir todas as condições
previstas no Regulamento do Plano de Benefício e aposentar-se pelo Regime Próprio de Previdência dos
Servidores ou pelo Regime Geral de Previdência Social sobre cuja remuneração tenha incidido a contri-

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buição para a Fundação.

§ 2º O participante apto a receber ou o assistido em gozo do benefício programado que tenha perdido
a vinculação com o ente patrocinador manterá o direito à percepção de benefício previdenciário.

§ 3º O disposto no § 2º deste artigo também se aplica na hipótese:

I - de nova investidura em cargo público de provimento efetivo, ainda que a perda de vinculação com
o ente patrocinador tenha ocorrido em virtude de aposentadoria não acumulável com o novo cargo, na
forma do artigo 37, XVI, da CRFB/88;

II - de o participante apto a receber o benefício previdenciário que, cessado o vínculo com o patro-
cinador em virtude de aposentadoria, renunciar aos proventos do regime próprio de previdência dos
servidores públicos por força da vedação prevista no artigo 11 da Emenda Constitucional nº 20, de
15.12.1998.

Art. 22. Os planos de benefícios não poderão receber aportes patronais a título de reconhecimento de
tempo de serviço anterior ao da instituição do Plano de Benefícios para fins de atendimento de prazo e
contribuições para elegibilidade.
SEÇÃO II
DA MANUTENÇÃO E DA FILIAÇÃO

Art. 23. Poderá permanecer filiado ao respectivo plano de benefícios previdenciários o participante:

I - cedido a outro órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, inclusive suas empresas públicas e sociedades de economia mista;

II - afastado ou licenciado do cargo efetivo temporariamente, com ou sem recebimento de remunera-


ção;

III - que optar pelo benefício proporcional diferido ou pelo autopatrocínio, na forma estabelecida pelo
órgão regulador das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e no regulamento
de cada plano de benefícios previdenciários.

§ 1º No caso do inciso I deste artigo, o patrocinador arcará com a sua contribuição somente no caso
de a cessão implicar ônus para a origem, devendo o órgão ou entidade do destino, na hipótese de ces-
são com ônus para si, arcar com a contribuição do patrocinador.

§ 2º No caso do inciso II deste artigo, o patrocinador arcará com a sua contribuição somente quando o
afastamento ou a licença se der sem prejuízo do recebimento da remuneração do participante, devendo
este, nos demais casos, optar pelo autopatrocínio, conforme regras do seu plano de benefícios.
SEÇÃO III
DO PARTICIPANTE SEM PATROCÍNIO

Art. 24. Considera-se participante sem patrocínio aquele que, por receber remuneração inferior ao va-
lor do maior benefício pago pelo Regime Geral de Previdência Social, por não mais manter vínculo com o
patrocinador ao qual esteve originalmente vinculado ou por qualquer outra razão especificada em lei, não
tem direito à contrapartida do patrocinador e opta por contribuir para o Regime de Previdência Comple-
mentar de que trata esta Lei Complementar.

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SEÇÃO IV
DA BASE DE CÁLCULO

Art. 25. As contribuições do patrocinador e do participante incidirão sobre a parcela da remuneração


que exceder o limite máximo de benefícios do Regime Geral da Previdência Social, observado o disposto
no inciso XI do artigo 37 da CRFB/88, como limite para a base de contribuição.

§ 1º Os abrangidos pelo disposto no artigo 1º desta Lei Complementar, cuja remuneração seja inferior
ao limite do maior benefício pago pelo Regime Geral de Previdência Social, poderão optar por contribuir
para a Fundação, sem a contrapartida do patrocinador, sendo que a base de cálculo será definida no
regulamento do plano de benefícios.

§ 2º Os titulares de cargo referidos no § 2º do artigo 1º desta Lei Complementar, que tenham ingres-
sado no serviço público em data anterior ao início do funcionamento da entidade fechada a que se refere
o artigo 5º desta Lei Complementar e não tenham feito a opção de que trata o § 5º do artigo 1º desta Lei
Complementar, poderão optar por contribuir para a Fundação, sem a contribuição do patrocinador, sendo
que a base de cálculo será definida no regulamento do plano de benefícios.

§ 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, para os Planos de Benefícios em que sejam patrocina-
dores as entidades referidas no § 2º do artigo 1º, considera-se remuneração:

I - o valor do subsídio do participante;

II - o valor dos vencimentos ou do salário do participante, acrescido das vantagens pecuniárias perma-
nentes estabelecidas em lei, incorporadas ou incorporáveis, e, mediante opção expressa do servidor, das
parcelas remuneratórias não incorporáveis, excluídas:

a) as parcelas indenizatórias, tais como: diárias para viagens, auxílio-transporte, salário-família, auxí-
lio-alimentação e outras;

b) o abono de permanência.

§ 4º Na hipótese de contribuição do participante sobre parcelas remuneratórias não incorporáveis, não


haverá contrapartida do patrocinador.

Art. 26. Para os planos em que seja patrocinador o Estado do Espírito Santo, dos servidores referi-
dos no § 2º do artigo 1º, o valor da contribuição do patrocinador não poderá exceder à do participante,
estando, ainda, fixada em 8,5% (oito e meio por cento) sobre a parcela de sua remuneração que exceder
o limite máximo de benefícios do Regime Geral de Previdência Social, como definida no § 3º do artigo 25
desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei Complementar nº 738, de 23 de dezembro de 2013).

Art. 26. Para os planos em que seja patrocinador o Estado do Espírito Santo, dos servidores referidos
no § 2º do artigo 1º, o valor da contribuição do patrocinador não poderá exceder a do participante, es-
tando, ainda, limitada a 8,5% (oito e meio por cento) sobre a parcela da sua remuneração que exceder o
limite máximo de benefícios do Regime Geral de Previdência Social, como definida no § 3º do artigo 25
desta Lei Complementar.  (Redação dada pela Lei Complementar nº 789, de 10 de setembro de 2014).

§ 1º O benefício de risco, cujo valor será limitado à base de cálculo da contribuição, como definida no
§ 3º do artigo 25 desta Lei Complementar, será custeado com contribuições, já inseridas no percentual
apresentado no caput deste artigo, definidas no plano de custeio.

§ 2º Além da contribuição normal de que trata o caput deste artigo, o regulamento poderá admitir o
aporte de contribuições facultativas, na forma prevista no artigo 6º, § 2º, da Lei Complementar Federal nº

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108/01, sem contrapartida correspondente do patrocinador.
SEÇÃO V
DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

Art. 27. O plano de custeio previsto no artigo 18 da Lei Complementar Federal nº 109/01 discrimina-
rá o percentual mínimo da contribuição do participante e do patrocinador, respeitado o limite previsto
no caput do artigo 26, conforme o caso, para cada um dos benefícios previstos no plano de benefícios
previdenciários, observado o disposto no artigo 6º da Lei Complementar Federal nº 108/01 e no artigo 29
desta Lei Complementar.

§ 1º  Caberá ao regulamento do plano de benefícios definir o benefício de longevidade, que poderá


ser contratado externamente, ser assegurado pelo próprio regulamento do plano de benefícios previden-
ciários ou poderá prever ainda parcela da contribuição do participante e do patrocinador com o objetivo
de compor Fundo de Cobertura da Longevidade, de natureza solidária, destinados ao pagamento de
benefícios previdenciários aos assistidos que superarem a idade limite de vida prevista na tábua biomé-
trica. (Redação dada pela Lei Complementar nº 961, de 29 de dezembro de 2020)

§ 2º Caberá ao regulamento do plano de benefícios definir os benefícios não programados assegura-


dos, os benefícios decorrentes dos eventos de invalidez ou morte, que poderão ser contratados exter-
namente ou assegurados pelo próprio regulamento do plano de benefícios previdenciários, mediante a
instituição de Fundo de Cobertura dos Benefícios não-Programados, observado, em todo caso, o artigo
29 e seus parágrafos desta Lei Complementar.

Art. 28. A Fundação manterá o controle das reservas constituídas em nome do participante, registran-
do contabilmente as contribuições deste e as do patrocinador.
CAPÍTULO IV
DO CONTROLE E FISCALIZAÇÃO

Art. 29. A supervisão e fiscalização da Fundação e de seus planos de benefícios previdenciários com-
plementares compete ao órgão fiscalizador das entidades fechadas de previdência complementar, sem
prejuízo das competências constitucionais do Tribunal de Contas do Estado.

§ 1º A competência exercida pelo órgão referido no caput deste artigo não exime o patrocinador da
responsabilidade pela supervisão e fiscalização sistemática das atividades da Fundação.

§ 2º Os resultados da supervisão e fiscalização exercidas pelo patrocinador serão encaminhados ao


órgão mencionado no caput deste artigo.

Art. 30. Aplica-se, no âmbito da Fundação, o regime disciplinar previsto no Capítulo VII da Lei Comple-
mentar Federal nº 109/01.
CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 31. Fica o Poder Executivo autorizado, em caráter excepcional, no ato de criação da Fundação, a
promover o aporte de até R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais) a título de adiantamento de contribui-
ção, para cobertura de despesas administrativas e/ou de benefícios de risco.

§ 1º O aporte previsto no caput deste artigo será realizado enquanto a Fundação necessitar de adian-
tamento para a cobertura de despesas administrativas e não apresentar reservas suficientes para a
cobertura dos possíveis benefícios de risco.

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§ 2º O aporte a que se refere o caput deste artigo será compensado com as contribuições patronais do
Poder Executivo, atualizado pela variação do Valor de Referência do Tesouro Estadual – VRTE, a partir
do 15º (décimo quinto) ano de funcionamento ou do momento em que a Fundação obtiver receitas maio-
res que as despesas, possibilitando o reembolso sem prejuízo da operação previdenciária, dos dois o
que vier primeiro.

Art. 32. Observado o disposto no artigo 33, inciso I, da Lei Complementar Federal nº 109/01, o Poder
Executivo adotará providências para a constituição e funcionamento da Fundação no prazo de até 180
(cento e oitenta) dias contados da data da publicação desta Lei Complementar, e iniciar seu funciona-
mento nos termos dos parágrafos deste artigo.

§ 1º No mesmo prazo previsto no caput deste artigo, contado a partir da data em que for publicada a
autorização para seu funcionamento, a Fundação adotará providências para instituir e operar planos de
benefícios previdenciários, que deverão ser oferecidos aos interessados, tão logo concedida a autoriza-
ção prevista no artigo 6º da Lei Complementar Federal nº 109/01, mediante ampla divulgação.

§ 2º As datas de autorização e início de funcionamento da Fundação serão publicadas no Diário Oficial


da União e no Diário Oficial do Estado.

Art. 33. Aplicam-se ao regime de previdência complementar de que trata esta Lei Complementar as
disposições da Lei Complementar Federal nº 108/01 e, no que com esta não colidir, da Lei Complementar
Federal nº 109/01.

Art. 34. A Fundação deverá organizar concurso público para a seleção de pessoal no prazo de até 24
(vinte e quatro) meses contados da data do início do seu funcionamento.

§ 1º Até que se realize o concurso público para a seleção de pessoal da Fundação, fica autorizada a
contratação temporária.

§ 2º O pessoal contratado na forma do § 1º do presente artigo será progressivamente substituído na


medida do preenchimento dos empregos pelos aprovados em concursos públicos.

Art. 35. O Governador do Estado designará os membros que deverão compor, provisoriamente, o Con-
selho Deliberativo e o Conselho Fiscal da Fundação na qualidade de representantes dos participantes e
assistidos.

Parágrafo único. O mandato dos conselheiros de que trata o caput será de até 24 (vinte e quatro)
meses, durante os quais será realizada eleição direta para que os participantes e assistidos escolham os
seus representantes.

Art. 36. Fica o Poder Executivo autorizado a proceder as alterações necessárias do Plano Plurianual
para o quadriênio 2012-2015 para o cumprimento desta Lei Complementar.

Art. 37. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir os créditos adicionais necessários para o cumpri-
mento desta Lei Complementar.

Art. 38. Os artigos 12, 24, 34, 40, 48 e 55 da Lei Complementar nº 282, de 22.4.2004, passam a vigo-
rar com a seguinte redação:

“Art. 12. (...)

§ 3º Para os servidores que ingressarem no serviço público a partir da data do início do funcionamento
da Fundação de Previdência Complementar do Estado do Espírito Santo, os proventos estão limitados ao
teto previdenciário do Regime Geral de Previdência Social.”

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“Art. 24. (...)

§ 1º No cálculo dos proventos proporcionais, o valor resultante do cálculo pela média será previamen-
te confrontado com o limite de remuneração do cargo efetivo previsto no § 2º do artigo 40 da Constituição
Federal, para posterior aplicação do fator de proporcionalização dos proventos.

§ 2º Para os servidores que ingressarem no serviço público a partir da data do início do funcionamen-
to da Fundação de Previdência Complementar do Estado do Espírito Santo, no cálculo dos proventos
proporcionais, o valor resultante do cálculo pela média será previamente confrontado com o limite de
remuneração do cargo efetivo previsto no § 2º do artigo 40 da Constituição Federal, limitado, no máximo,
ao valor do teto previdenciário do Regime Geral de Previdência Social, para posterior aplicação do fator
de proporcionalização dos proventos.”

“Art. 34. (...)

(...)Parágrafo único. Aos dependentes dos servidores que ingressaram no serviço público a partir da
data do funcionamento da Fundação de Previdência Complementar do Estado será concedido o benefício
de pensão por morte que será igual ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido ou remu-
neração do servidor, no cargo efetivo que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para o
Regime Geral de Previdência Social.”

“Art. 40. (...)

(...)§ 4º A contribuição mensal compulsória do segurado ativo que ingressou no serviço público a partir
da data do funcionamento da Fundação de Previdência Complementar do Estado do Espírito Santo será
no percentual de 11% (onze por cento), deduzida em folha de pagamento, incidente sobre a totalidade da
base de contribuição, limitada ao teto previdenciário do Regime Geral de Previdência Social.

§ 5º A contribuição mensal compulsória dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e demais


órgãos mencionados no artigo 4º, no percentual de 22% (vinte e dois por cento), como contrapartida de
contribuição previdenciária dos servidores que ingressaram no serviço público a partir da data do funcio-
namento da Fundação de Previdência Complementar do Estado, incidirá sobre a totalidade da base de
contribuição do respectivo segurado ativo, de que trata o inciso I deste artigo, limitada ao teto previden-
ciário do Regime Geral de Previdência Social.”

“Art. 48. (...)

(...)

§ 3º Para efeito de incidência de contribuição previdenciária, para os servidores que ingressaram no


serviço público a partir da data do funcionamento da Fundação de Previdência Complementar do Estado,
entende-se como base de contribuição os mesmos critérios estabelecidos em lei, limitado ao teto previ-
denciário do Regime Geral de Previdência Social.”“Art. 55. (...)

Parágrafo único. O pagamento de que trata este artigo vincula-se aos repasses devidos pelos Poderes
ou Órgãos, referentes às contribuições previstas no artigo 40, incisos I a III e §§ 4º e 5º, e da comple-
mentação a que se refere o § 1º do referido artigo desta Lei Complementar.”

Art. 39. Fica a Fundação autorizada a criar, por meio de ato administrativo interno, os empregos públi-
cos necessários para o seu pleno funcionamento.

Art. 40. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio Anchieta, em Vitória, 02 de setembro de 2013.

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JOSÉ RENATO CASAGRANDE

Governador do Estado

Lei Complementar nº 633/2012 (cargo de Analista do Executivo)

LEI COMPLEMENTAR Nº 633, 10 DE AGOSTO DE 2012

Cria o cargo de Analista do Executivo, institui o respectivo Plano de Cargos e Subsídios e dá outras
providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei:


TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Fica criado o cargo de provimento efetivo de Analista do Executivo, com jornada de trabalho de
40 (quarenta) horas semanais, cujas atribuições, requisitos e vagas estão descritos no Anexo I desta Lei
Complementar.

§1º O cargo criado por esta Lei Complementar é vinculado à Secretaria de Estado responsável pela
administração de pessoal, que de acordo com a necessidade de serviço e o interesse público, viabilizará
o exercício dos servidores: (Redação dada pela Lei Complementar nº 1.005, de 1 de abril de 2022)

I - na Administração Direta, mediante alocação; e (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº


1.005, de 1 de abril de 2022)

II - na Administração Indireta, mediante distribuição. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº


1.005, de 1 de abril de 2022)

§ 2º O regime jurídico aplicado aos servidores nomeados para o cargo criado no caput deste artigo
será o estatutário, estabelecido na Lei Complementar nº 46, de 31.01.1994 - Regime Jurídico Único dos
Servidores Públicos Civis do Estado do Espírito Santo.

§ 3º Os servidores nomeados para o cargo criado no caput deste artigo serão remunerados por sub-
sídio, fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio e
verba de representação ou outra espécie remuneratória, nos termos dos §§ 4º e 8º do artigo 39 da Cons-
tituição da República Federativa do Brasil.

§ 4º Excetuam-se do § 3º deste artigo as parcelas de caráter eventual, relativas à função gratificada,


ao cargo em comissão e ao adicional por insalubridade.

Art. 2º Para efeitos desta Lei Complementar, considera-se:

I - cargo público: unidade indivisível, criado por lei, com denominação, atribuições e responsabilidades
próprias, com número de vagas determinadas, provido e exercido por titular na forma que a lei estabele-
cer;

II - classe: símbolo indicativo, representado por números romanos, da faixa de vencimentos ou subsí-
dios, usualmente representando um mesmo grau de complexidade de atuação dentro de um cargo;

III - referência: símbolo indicativo, representado por números arábicos, do vencimento ou subsídio,

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relativo à antiguidade e ao mérito no cargo;

IV - interstício: lapso de tempo estabelecido como o mínimo necessário para que o servidor se habilite
à progressão ou à promoção;

V - progressão: passagem do servidor de uma referência para outra na estrutura de uma carreira;

VI - promoção: passagem do servidor de uma classe para outra na estrutura de uma carreira; e

VII - seleção: processo ao qual o servidor se submeterá para ser promovido.


TÍTULO II
DO INGRESSO E DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 3º O ingresso no cargo criado por esta Lei Complementar ocorrerá na classe I e na 1ª (primeira)
referência da Tabela de Subsídio, mediante concurso público de provas ou de provas e títulos.

§ 1º O concurso referido no caput poderá, quando couber, ser realizado por áreas de especialização,
de acordo com a necessidade da Administração e conforme dispuser o edital de abertura do certame,
observada a legislação pertinente.

§ 2º Poderá ser exigido pelo Edital do concurso público inscrição na entidade de fiscalização e de
registro da profissão.

Art. 4º Os candidatos aprovados em concurso público cumprirão o estágio probatório constitucional,


na forma definida no Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Espírito Santo e
deverão atender às regras específicas estabelecidas no regulamento desta Lei Complementar.
TÍTULO III
DA PROGRESSÃO

Art. 5º Progressão é a passagem de uma referência para outra imediatamente superior, dentro da
mesma classe, e dar-se-á no interstício de 2 (dois) anos.

Art. 6º A progressão não poderá ocorrer durante o estágio probatório do servidor.

Parágrafo único. O servidor que for aprovado no estágio probatório terá direito a evoluir 1 (uma) refe-
rência na classe, observadas as normas contidas no artigo 7º.

Art. 7º Será interrompida a contagem do interstício previsto no artigo 5º desta Lei Complementar, em
virtude de:

I - penalidade disciplinar prevista no Regime Jurídico Único do Servidor Público Civil do Estado do
Espírito Santo;

II - falta injustificada;

III - licença para trato de interesses particulares;

IV - licença por motivo de deslocamento do cônjuge ou companheiro, quando superior a 30 (trinta)


dias, ininterruptos ou não, no período de avaliação;

V - licença para tratamento de saúde, superior a 60 (sessenta) dias, ininterruptos ou não, no período
de avaliação, exceto as licenças por doenças graves, especificadas em lei, por doença ocupacional, por
acidente em serviço e por gestação;

VI - licença por motivo de doença em pessoa da família, superior a 30 (trinta) dias, ininterruptos ou
não, no período de avaliação;

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VII - licença para atividade político-eleitoral;

VIII - prisão, mediante sentença transitada em julgado;

IX - afastamento do exercício do cargo ou para atividades fora do Poder Executivo Estadual;

X - afastamento para exercício de mandato eletivo, nos termos do artigo 38 da Constituição da Repú-
blica Federativa do Brasil.

§ 1º A interrupção da contagem do interstício determinará o seu reinício.

§ 2º A interrupção de que trata o inciso X deste artigo não se aplica aos servidores afastados para o
exercício de mandato em sindicato ou para exercício de cargo em comissão de direção, chefia e asses-
soramento.

Art. 8º A progressão será publicada no Diário Oficial do Estado, com vigência a partir do 1º (primeiro)
dia do mês seguinte ao de ocorrência do direito.

Art. 9º Aos servidores ativos ocupantes do cargo de Analista do Executivo, remunerados por subsí-
dio, ficam garantidas, também, a progressão por desempenho e a progressão por titularidade, que serão
regulamentadas por lei própria.
TÍTULO IV
DA PROMOÇÃO

Art. 10. Promoção é a passagem de uma classe para outra, em sentido vertical, na mesma referência,
por meio de seleção, e dar-se-á no interstício mínimo de 5 (cinco) anos.

Parágrafo único. A promoção dependerá de participação do servidor em processo de seleção, por


meio de inscrição voluntária.

Art. 11. A promoção ocorrerá no mês de julho para os servidores que completarem o interstício mínimo
de 5 (cinco) anos de efetivo exercício até 30 de junho. (Redação dada pela Lei Complementar nº 873,
de 7 de dezembro de 2017)

Parágrafo único. A promoção será publicada no Diário Oficial do Estado, com efeitos a partir de 1° de
julho. (Redação dada pela Lei Complementar nº 873, de 7 de dezembro de 2017)

Art. 12. O orçamento disponível para promoção por seleção é de 2,5% (dois e meio por cento) sobre a
verba total utilizada para remunerar o conjunto dos servidores ativos na respectiva carreira.

Art. 13. O processo de seleção será regulamentado por legislação própria.


TÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 14. Os subsídios dos servidores ocupantes do cargo de Analista do Executivo, fixados na Tabela
constante deste artigo, serão alterados por lei ordinária.

§ 1º A Tabela de Subsídio, de que trata o caput deste artigo, será a constante do Anexo III, para vigo-
rar a partir de 1º.7.2012.

§ 2º A Tabela de Subsídio, de que trata o caput deste artigo, será a constante do Anexo IV, para vigo-
rar a partir de 1º.01.2013.

§ 3º A Tabela de Subsídio, de que trata o caput deste artigo, será a constante do Anexo V, para vigorar
a partir de 1º.01.2014.

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Art. 15. Fica transformado o cargo efetivo de Analista Administrativo Financeiro, criado pela Lei nº
8.590, de 04.7.2007, pertencente à estrutura da Administração Direta do Poder Executivo, na forma do
Anexo II desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei Complementar nº 646, de 14 de novembro de
2012)

Art. 15. Fica instituído para o cargo efetivo de Analista do Executivo o número de vagas constantes
no Anexo II desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei Complementar nº 1.005, de 1 de abril de
2022)

Art. 16. Os atuais servidores efetivos ocupantes do cargo de Analista Administrativo Financeiro serão
enquadrados automaticamente na mesma referência em que se encontram, de acordo com as tabelas
constantes dos Anexos III, IV e V, sendo a eles aplicadas as disposições desta Lei Complementar. (Reda-
ção dada pela Lei Complementar nº 646, de 14 de novembro de 2012).

Art. 16. Os servidores efetivos de demais carreiras que venham a ser enquadrados no cargo de Analis-
ta do Executivo ocuparão automaticamente a mesma classe e referência que ocupavam em suas antigas
carreiras, sendo a eles aplicadas, do enquadramento em diante, as disposições desta Lei Complemen-
tar. (Redação dada pela Lei Complementar nº 1.005, de 1 de abril de 2022)

§1º A primeira progressão dos servidores de que trata o caput remunerados por subsídio ocorrerá ao
completar tempo de serviço que faltava na data do enquadramento, para progredirem para a referência
imediatamente superior. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 1.005, de 1 de abril de 2022)

§2º Os servidores de que trata o caput deste artigo não terão redução remuneratória nominal quando
do seu posicionamento nas classes da Tabela de Subsídio do cargo de Analista do Executivo. (Dispositi-
vo incluído pela Lei Complementar nº 1.005, de 1 de abril de 2022)

§3º Aos servidores nomeados até a data da publicação desta Lei Complementar, já remunerados
por subsídio e enquadrados no cargo de Analista do Executivo, fica garantida a contagem do tempo de
efetivo exercício do cargo dos quais eram ocupantes, para todos os fins, especialmente para progressão,
promoção e aposentadoria, assim como a manutenção dos ciclos promocionais para os quais se habili-
taram nos cargos transformados. (Dispositivo incluído pela Lei Complementar nº 1.005, de 1 de abril de
2022)

§4º Aos servidores nomeados até a data da publicação desta Lei Complementar remunerados por
vencimentos e enquadrados no cargo de Analista do Executivo fica garantida a contagem do tempo de
efetivo exercício do cargo dos quais eram ocupantes, para todos os fins, especialmente em relação às
gratificações e adicionais incorporados à remuneração e adquiridos nos cargos transformados. (Dispositi-
vo incluído pela Lei Complementar nº 1.005, de 1 de abril de 2022)

Art. 17. Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a regulamentar a aplicação desta Lei Comple-
mentar.

Art. 18. As despesas decorrentes da aplicação desta Lei Complementar correrão por conta das dota-
ções orçamentárias contidas na Lei n° 9.782, de 03.01.2012, destinadas a esse fim.

Art. 19. Esta Lei Complementar entra em vigor em 1º.7.2012.

Art. 20. Fica revogada a Lei nº 8.590, de 04.7.2007, e suas alterações. (Redação dada pela Lei Com-
plementar nº 646, de 14 de novembro de 2012).

Palácio Anchieta, em Vitória,  10 de agosto  de 2012.

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JOSÉ RENATO CASAGRANDE

Governador do Estado

Lei Ordinária nº 3.043/1975 (Reforma Administrativa do Estado de Espírito Santo). Título


I - Da Caracterização do Poder Executivo no Sistema de Administração Pública Esta-
dual; Título II - Do Poder Executivo como Sistema Organizacional. Capítulo I do Título III
– Das Disposições Preliminares sobre a Estrutura Básica. Capítulo III do Título III - Das
Disposições Finais sobre a Estrutura Organizacional Básica. Capítulo V do Título IV –
Das Unidades Administrativas Comuns a todas as Secretarias de Estado. Título VI - Dos
Sistemas Estruturantes da Administração Direta

LEI Nº 3.043, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1975

(Vide Lei Complementar nº 11, de 14 de maio de 1991)

(Vide Lei Complementar nº 145, de 4 de maio de 1999)

(Vide Lei Complementar nº 3.932, de 14 de maio de 1987)

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte lei, com exceção do pará-
grafo 1º do art. 93, parágrafo 1º do art. 107 e parágrafo 2º do art. 121, que tem o seguinte teor: “Parágra-
fo 1º do Art. 93 - Para o disposto neste artigo, alínea d, deverá compor o colegiado de que trata o art. 89,
letra a, um representante de cada partido político, indicado pelas lideranças partidárias”. “Parágrafo 1º do
Art. 107 - O preenchimento das vagas previstas no caput do presente artigo, far-se-á através de concur-
so público de provas ou de provas e títulos”. “Parágrafo 2º do Art. 121 - A Rádio Espirito Santo passa a
integrar o Centro Estadual de Comunicação Social”.
TÍTULO I
DA CARACTERIZAÇÃO DO PODER EXECUTIVO NO SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ESTADUAL

Art. 1º - A Administração pública estadual compreende uma dimensão jurídica, expressa no relaciona-
mento harmônico dos três Poderes, e uma dimensão funcional correspondente à necessária integração
do Estado com o Governo Federal e os Municípios.

Art. 2º - O Poder Executivo, como agente do Sistema de Administração Pública Estadual, tem a mis-
são de conceber e implantar, de forma ordenada e ininterrupta, as metas e objetivos emanados da Cons-
tituição Estadual e de leis específicas, em estreita articulação com os demais Poderes e com outros
níveis de Governo.

Parágrafo único - O resultado das ações do Poder Executivo deve propiciar o aprimoramento crescen-
te das condições sociais e econômicas da população estadual nos seus diferentes segmentos e a perfei-
ta integração do Estado ao esforço de desenvolvimento nacional.

Art. 3º - As metas e objetivos do Poder Executivo compreendem três áreas intimamente relacionadas,
a saber:

I - Área Social

a) a melhoria das condições de vida da população, nos seus aspectos de alimentação, saúde, educa-
ção e oportunidades econômicas de trabalho produtivo;

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b) a assistência e proteção à maternidade, à infância, à velhice, aos socialmente desajustados e aos
inválidos;

c) o oferecimento de serviços médicos e hospitalares, principalmente no combate às doenças trans-


missíveis, o fornecimento de medicamentos, a defesa sanitária da população e a promoção da higiene
mental;

d) o combate ao analfabetismo, a ampliação das oportunidades educacionais, a melhoria do ensino e


a assistência ao estudante pobre;

e) a promoção da educação e assistência social dos excepcionais, infra e superdotados e deficientes


físicos, tendo em vista a sua plena integração na sociedade;

f) o incentivo à pesquisa e ao ensino científico e tecnológico;

g) o aperfeiçoamento do sistema penitenciário e a assistência social aos reclusos e seus familiares;

h) a promoção de medidas visando o acesso da população urbana e rural de baixo nível de renda a
programas de habitação popular;

i) a promoção da assistência ao trabalhador de forma a assegurar condições de trabalho dentro de


elevados padrões de segurança e de higiene;

j) o incentivo ao desenvolvimento cultural, ao lazer organizado e ao esporte amador em geral, como


formas de desenvolvimento integral do homem; e

l) a proteção de documentos, obras e locais de valor histórico e artístico, dos monumentos e paisa-
gens naturais notáveis, bem como das jazidas arqueológicas.

II - Área Econômica

a) o combate aos desequilíbrios regionais no âmbito do Estado, mediante adoção de programas mi-
crorregionais;

b) o combate aos estrangulamentos referentes à escassez cíclica de produtos agrícolas, em conexão


com políticas de abastecimento e comercialização;

c) o apoio e assistência ao pequeno e médio agricultor e ao cooperativismo, mediante a criação de


facilidades para obtenção dos insumos básicos à agropecuária;

d) a assistência técnica, fomento e defesa da agropecuária e da agroindústria;

e) a defesa da fertilidade dos solos e a ampliação e aprimoramento do seu uso econômico, pela ado-
ção de política de zoneamento agrícola e mineral, de colonização e de exploração;

f) o desenvolvimento das medidas tendentes a fortalecer e ampliar o setor industrial e o de serviços da


economia, mediante a concessão de facilidades de crédito e atrativos financeiros às iniciativas locais e
de fora;

g) o apoio ao estabelecimento de novos pólos industriais, facilitando a desconcentração das atividades


industriais e manufaturareiras, visando o desenvolvimento harmônico do Estado;

h) a ampliação da infra-estrutura de transportes, energia, telecomunicações e saneamento, bem como


a adoção de medidas capazes de resguardar os investimentos realizados nesses setores;

i) a criação de oportunidades amplas e diversificadas em termos de assistência técnica e financeira à


pequena e média empresa;

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j) o estímulo à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico capaz de gerar novos conhecimentos e
novos meios de atuação técnica de sentido econômico para o Estado; e

l) o estabelecimento de diretrizes e medidas visando ao desenvolvimento da indústria do turismo.

III - Área Institucional

a) a preservação do meio ambiente mediante o combate às formas de poluição e destruição ecológica,


o disciplinamento e a racionalização do crescimento dos centros urbanos;

b) a constituição de núcleos regionais, distritos administrativos e outras formas de regionalização, de


modo a favorecer o desenvolvimento das comunidades e o aperfeiçoamento da ação governamental no
seu território;

c) a assistência técnica aos municípios possibilitando-lhes a melhoria dos serviços e integrando-os


aos programas de desenvolvimento do Estado;

d) a manutenção da ordem e da segurança pública pela prevenção, repressão e apuração de infrações


penais, em articulação com o Governo Federal;

e) a defesa civil da população contra calamidades;

f) o planejamento da ação do Governo, exprimindo-a em programas e projetos articulados no espaço


e no tempo, e conectados com mecanismos orçamentários, de controle de resultados, consideração de
custos e oportunidades econômicas;

g) a valorização e dignificação da função pública e do servidor público; e

h) a integração do esforço de desenvolvimento do Estado às iniciativas do Governo Federal, de manei-


ra a assegurar a articulação de programas que melhor atendam às necessidades e aspirações do Estado
do Espírito Santo.

Art. 4º - A ação do Poder Executivo na formulação e execução de suas metas e objetivos será orienta-
da pelas diretrizes técnicas constantes desta lei.
TÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO COMO SISTEMA ORGANIZACIONAL

Art. 5º - O Poder Executivo, como Sistema Organizacional, compreende dois conjuntos organizacio-
nais permanentes, representados pela administração direta e pela administração indireta, integrados se-
gundo setores de atividades relativos às metas e objetivos, que devem, conjuntamente, buscar atingir.

§ 1º - O Poder Executivo é exercido pelo Governador do Estado.

§ 2º - Auxiliam diretamente o Governador do Estado no exercício do Poder Executivo os Secretários


de Estado, e a estes, os Subsecretários de Estado e os dirigentes das entidades da administração indire-
ta, nos temos definidos nesta lei.

Art. 6º - A administração direta compreende serviços estatais dependentes, encarregados das ativida-
des típicas da administração pública, a saber:

I - Unidades de assessoramento técnico e apoio administrativo direto ao Governador;

II - Secretarias de Estado, de natureza instrumental e de natureza substantiva, para o exercício do


planejamento, comando, coordenação, fiscalização, execução, controle e orientação normativa da ação

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setorial do Poder Executivo; e

III - Órgãos de Regime Especial, criados por lei, com autonomia relativa, resultante de desconcentra-
ção administrativa de Secretarias de Estado para o desempenho de atividades, cujo tratamento diverso
do aplicável aos demais órgãos da administração direta possa contribuir para a melhoria operacional das
Secretarias.

Parágrafo único - A autonomia relativa, a que se refere o inciso III deste artigo, se expressa na facul-
dade de contratar pessoal para atividades temporárias pelo regime da legislação trabalhista, praticar atos
administrativos compreendidos na área da administração de material e contratação de serviços, manter
contabilidade própria e custear a execução de seus programas por meio de dotações globais consigna-
das no Orçamento do Estado.

Art. 7º - A administração indireta compreende serviços instituídos para limitar a expansão da adminis-
tração direta ou aperfeiçoar sua ação executiva, no desempenho de atividades de interesse público, de
cunho econômico ou social, usufruindo, para tanto de independência funcional controlada, a saber:

I - Autarquias;

II - Empresas Públicas;

III - Sociedades de Economia Mista.

§ 1º - A caracterização jurídica das entidades indicadas nos incisos deste artigo é constante da legisla-
ção federal aplicável à matéria.

§ 2º - As entidades integrantes da administração indireta vinculam-se às Secretarias de Estado, con-


forme indicado nesta lei, sujeitando-se à fiscalização e ao controle organizado que, não infringindo o teor
da autonomia caracterizada nos seus respectivos atos de criação, permitam, eficazmente, a avaliação do
seu comportamento econômico e financeiro e a análise periódica dos seus resultados em cotejo com os
objetivos do Governo.

§ 3º - As fundações vinculam-se às Secretarias de Estado, conforme consta do Anexo V desta lei.


TÍTULO III
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL BÁSICA DO PODER EXECUTIVO
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES SOBRE A ESTRUTURA BÁSICA

Art. 8º - Os serviços que integram a administração direta referem-se a:

I - Governadoria - integrada por unidades de assessoramento e apoio direto, e de coordenação inter-


secretarial, de auxílio ao Chefe do Executivo, na seleção, acompanhamento e controle de programas e
projetos governamentais;

II - Secretarias de Estado de natureza instrumental - representadas por entidades que centralizam


e provêem os meios administrativos necessários à ação do Governo, a cargo das Secretarias substanti-
vas;

III - Secretarias de Estado de natureza substantiva - representadas por entidades de orientação técni-
ca especializada e de execução, por administração direta, delegação ou adjudicação, dos programas e
projetos definidos ou aprovados pelo Governador do Estado.

Art. 9º - A estrutura organizacional básica de cada uma das Secretarias de Estado, atendidas as suas

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peculiaridades, pode compreender unidades administrativas dos seguintes tipos e níveis:

I - Nível de Direção Superior, representado pelo Secretário de Estado - auxiliado, quando for o caso,
por órgão colegiado - com funções relativas à liderança e articulação institucional do setor de atividades
comandado pela Pasta, inclusive as relações intersecretariais e intergovernamentais;

II - Nível de Assessoramento, relativo às funções de apoio técnico e administrativo direto ao Secretário


de Estado na desincumbência de suas responsabilidades, especialmente na coordenação e controle das
entidades da administração indireta vinculadas à Secretaria;

III - Nível de Gerência, representado pelo Subsecretário de Estado com funções relativas à implanta-
ção e controle de programas e projetos, bem como à ordenação das atividades de gerência, concernente
aos meios administrativos necessários ao funcionamento regular da Pasta;

IV - Nível de Atuação Instrumental, representado por grupos setoriais relativos às atividades de plane-
jamento, finanças, administração geral e de pessoal, sob a forma de prestação dos serviços necessários
ao funcionamento regular da Secretaria;

V - Nível de Execução Programática, representado por unidades administrativas, inclusive órgãos de


regime especial, encarregadas das funções típicas da Secretaria, consubstanciadas em programas, pro-
jetos ou missões de caráter permanente;

VI - Nível de Atuação Regionalizada, representado por núcleos regionais encarregados de interiorizar


a ação e a presença do Governo no território do Estado.
CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS SOBRE A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL BÁSICA

Art. 14 - Constam da estrutura organizacional básica de cada uma das Secretarias de Estado, atendi-
das as suas peculiaridades:

I - no Nível de Direção Superior:

a) a posição de Secretário de Estado;

b) órgão colegiado, quando for o caso;

II - no Nível de Assessoramento:

a) Gabinete do Secretário (GAB);

b) Assessoria Técnica (AST);

III - no Nível de Gerência:

a) a posição de Subsecretário de Estado;

b) Grupo de Controle de Resultados (GCR); (Dispositivo revogado pela Lei Complementar nº 19,
de 9 de abril de 1992)

IV - no Nível de Atuação Instrumental:

a) Grupo Administrativo Setorial (GDS);

b) Grupo de Recursos Humanos Setorial (GRS);

c) Grupo de Qualidade e Produtividade Setorial (GQS);  (Redação dada pela Lei Complementar nº 19,
de 9 de abril de 1992)

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d) Grupo de Planejamento Setorial (GPS).

Parágrafo único - Os grupos referidos no inciso IV constituem unidades operacionais das Secretarias
de Estado de natureza instrumental, conforme dispõe o Título VI desta lei.

Art. 15 - Não se aplica às Secretarias Extraordinárias o disposto no artigo 14.

Art. 16 - Os Chefes da Casa Civil e da Casa Militar, o Procurador Geral da Justiça e o Procurador Ge-
ral do Estado têm “status”, deveres e prerrogativas de Secretário de Estado.

Parágrafo único - Aplica-se à Casa Civil o disposto nos incisos II e IV do artigo 14.

Art. 17 - Os critérios para organização e funcionamento das entidades da administração indireta são
os constantes do Título VIII desta lei.

Art. 18 - O Governador, por meio de decretos, regulamentará a estrutura e o funcionamento da organi-


zação administrativa de cada uma das unidades indicadas neste Título.
TÍTULO IV
DA JURISDIÇÃO ADMINISTRATIVA DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA
CAPÍTULO V
DAS UNIDADES ADMINISTRATIVAS COMUNS A TODAS AS SECRETARIAS DE ESTADO

Art. 36 - O Gabinete do Secretário, como unidade administrativa de natureza auxiliar, tem como âmbi-
to de ação a assistência administrativa abrangente ao Secretário no desempenho de suas atribuições e
compromissos oficiais e particulares; as relações do Secretário e da Secretaria com a imprensa e com os
diferentes públicos que se relacionem com a Pasta; a coordenação da agenda e o acompanhamento dos
despachos do Secretário com o Governador e outras autoridades.

Art. 37 - A Assessoria Técnica, como unidade sem estrutura formal, integrada por especialistas a se-
rem reunidos de acordo com as peculiaridades e interesses permanentes ou transitórios de cada pasta,
pode ter como âmbito de ação o assessoramento técnico abrangente ao Secretário e às demais unidades
da Secretaria, sob a forma de estudos, pesquisas, investigações, pareceres, avaliações, exposições de
motivos, análises, interpretação de atos normativos; o assessoramento ao Secretário nas suas relações
com as entidades vinculadas à Secretaria, mediante a realização de estudos, pesquisas e levantamentos
concernentes a cada uma das entidades; o registro e acompanhamento de dados, informações e deci-
sões relativas à programação e desempenho das entidades vinculadas; a obtenção, análise e avaliação
de documentos emanados das entidades vinculadas, ou relativos às suas atividades, de interesse para o
Secretário.

Art. 38 - O Grupo de Qualidade e Produtividade Setorial tem como âmbito de ação a ligação entre a
Secretaria cuja estrutura integra a Secretaria de Estado de Ações Estratégicas e Planejamento para a
programação, execução e avaliação das atividades do Programa de Qualidade e Produtividade na Admi-
nistração Estadual.  (Redação dada pela Lei Complementar nº 19, de 9 de abril de 1992).

Art. 39 - O Grupo Administrativo Setorial tem como âmbito de ação a ligação entre a Secretaria cuja
estrutura integra e a Secretaria de Estado da Administração e dos Recursos Humanos para a execução
das atividades concernentes ao sistema de administração geral, compreendendo a prestação dos servi-
ços-meio necessários ao funcionamento regular da Secretaria; as atividades constantes do Título VI.

Art. 40 - O Grupo de Recursos Humanos Setorial tem como âmbito de ação a ligação entre a Secre-
taria cuja estrutura integra e a Secretaria de Estado da Administração e dos Recursos Humanos para a

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execução das atividades concernentes ao sistema de recursos humanos, compreendendo o fornecimento
e controle da aplicação de pessoal aos diferentes programas e atividades da Secretaria; a coleta de da-
dos e informações para análise e controle de custos e atualização do cadastro central de recursos huma-
nos; as atividades constantes do Título VI.

Art. 41 - O Grupo Financeiro Setorial tem como âmbito de ação a ligação entre a Secretaria cuja
estrutura integra e a Secretaria de Estado da Fazenda para a execução das atividades concernentes
ao sistema financeiro, compreendendo contabilização, controle e fiscalização financeira; a execução do
orçamento; a promoção das medidas iniciais para o empenho e pagamento devidos pela Pasta; a apura-
ção, análise e controle de custos; as atividades constantes do Título VI.

Art. 42 - O Grupo de Planejamento Setorial tem como âmbito de ação a ligação entre a Secretaria cuja
estrutura integra e a Secretaria de Estado do Planejamento para a execução das atividades concernen-
tes ao sistema de planejamento, compreendendo a participação nos processos de planejamento setorial,
a coleta e divulgação sistemática de informações técnicas; a elaboração, controle e acompanhamento
da execução orçamentária; a consecução das atividades concernentes à modernização administrativa,
projetos e programas especiais, assistência aos municípios e às iniciativas de interesse para o desenvol-
vimento urbano; as atividades constantes do Título VI.
TÍTULO VI
DOS SISTEMAS ESTRUTURANTES DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA
CAPÍTULO I
DA CARACTERIZAÇÃO E ABRANGÊNCIA DOS SISTEMAS ESTRUTURANTES

Art. 49 - Para assegurar, na administração direta, a predominância de um funcionamento nitidamente


voltado para os objetivos, as atividades de planejamento, administração financeira, administração geral
e administração de pessoal serão conduzidas em estreita interdependência e de forma centralizada, por
meio dos seguintes sistemas estruturantes:

I - Sistema de Administração Geral;

II - Sistema de Recursos Humanos;

III - Sistema Financeiro; e

IV - Sistema de Planejamento.

Art. 50 - A concepção de sistema estruturante, nos termos desta lei, compreende a existência de uma
organização-base, a nível de Secretaria de Estado, com capacidade normativa e orientadora centraliza-
da, da qual emanam grupos setoriais como unidades executivas.

§ 1º - As Secretarias de Estado de natureza instrumental, referidas no inciso III do artigo 10, consti-
tuem as organizações-base dos sistemas estruturantes, tendo como unidades executivas:

a) a Secretaria de Estado da Administração e dos Recursos Humanos os Grupos Administrativos Seto-


riais e os de Recursos Humanos Setoriais;

b) a Secretaria de Estado da Fazenda os Grupos Administrativos Setoriais; e

c) a Secretaria de Planejamento os Grupos de Planejamento Setoriais.

§ 2º - Os titulares das Secretarias instrumentais poderão, em comum acordo, determinar, quando e


como julgarem necessários, que, no âmbito de uma Secretaria os grupos setoriais sejam fundidos sem

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prejuízo da prestação dos serviços que lhes competem e da vinculação funcional que lhes é peculiar.

Art. 51 - Os grupos setoriais constituem extensões da estrutura orgânica da respectiva Secretaria de


natureza instrumental e tem atuação no âmbito das demais Secretarias e da Casa Civil, para assegurar
linguagem uniforme, universalização de conceitos e execução integrada e tempestiva das atividades que
representam, em estreita observância do disposto neste Título.

§ 1º - Os grupos setoriais e o pessoal neles lotado estão sujeitos à orientação normativa, supervisão
técnica, programação funcional e fiscalização específica das Secretarias que representam.

§ 2º - No âmbito de uma Secretaria, o grupo setorial poder ser desdobrado, tendo em vista critérios
técnicos relativos à especialização funcional, divisão do trabalho, tamanho e descontiguidade física e,
ainda, para aperfeiçoar mecanismo de controle interno, em Grupos Auxiliares (G.A.), abrangendo órgão
de regime especial, uma ou mais unidades de nível departamental ou entidade autárquica.

Art. 52 - O âmbito da ação administrativa dos grupos setoriais integrantes da Casa Civil abrange as
unidades indicadas nos incisos I e II, 1.1, 1.3, 1.4, 1.5 e 1.1 do artigo 10 desta lei.
CAPÍTULO II
DO FUNCIONAMENTO DOS SISTEMAS ESTRUTURANTES
SEÇÃO I
DO SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO GERAL

Art. 53 - O apoio às Secretarias de Estado, mediante a prestação dos serviços-meio necessário ao seu
funcionamento regular, será prestado de forma centralizada pela Secretaria de Estado da Administração
e dos Recursos Humanos por intermédio de Grupos Administrativos Setoriais.

Parágrafo único - A centralização dos serviços-meio deverá ensejar, no âmbito das Secretarias de
Estado, a concentração do esforço técnico e a aplicação do tempo executivo às suas finalidades especí-
ficas; e, subsidiariamente, a padronização e aumento da rentabilidade de equipamentos e de materiais,
a uniformização e celeridade processual, o combate ao desperdício e a contenção e progressiva redução
de custos operacionais.

Art. 54 - Os serviços-meio, nos termos desta lei, referem-se a:

a) administração de materiais, compreendendo a aquisição, recepção, guarda, distribuição, controle e


alienação;

b) administração patrimonial, compreendendo o tombamento, registro, carga, conserva, construção,


reparação e alienação de bens móveis e imóveis, inclusive das obras de arte e outros objetos decorativos
de propriedade do Governo;

c) transporte oficial de autoridades e de objetos, bem como aquisição, guarda, manutenção e aliena-
ção de veículos;

d) documentação, compreendendo biblioteca, arquivo, reprografia, microfilmagem, microfichagem de


documentos e plantas, publicação e reprodução de atos oficiais; e

e) comunicações e zeladoria, compreendendo as atividades de protocolo, rota administrativa para cir-


culação de expediente, telefonia, telex, portaria, conservação, vigilância e copa.

Art. 55 - A Secretaria de Estado da Administração e dos Recursos Humanos em benefício da qualidade


dos serviços que deve prestar e dos interesses financeiros do Governo poderá:

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a) convocar a iniciativa privada, por meio de licitação, para prestação de serviços como zeladoria, re-
prografia, construção, manutenção e reparação de bens móveis e imóveis, vigilância e arrendamento de
equipamentos;

b) centralizar a disposição e propriedade dos equipamentos e móveis de escritório, cedendo-os, tem-


porariamente, às Secretarias para execução de suas programações;

c) concentrar aquisições de materiais e equipamentos de escritório de forma a obter padrões econômi-


cos de desempenho e durabilidade; e

d) disciplinar o uso de carros oficiais, de serviço e de representação.

Art. 56 - No Orçamento do Estado consignar-se-ão à Secretaria as dotações destinadas a atender as


despesas com serviços-meio de toda a administração direta, conforme definidos no artigo 54.

Parágrafo único – Os serviços-meio prestados pela Secretaria da Administração e dos Recursos


Humanos serão debitados às Secretarias usuárias, mediante assentamento contábil pela Secretaria da
Fazenda.

Art. 57 - A Secretaria de Estado da Administração e dos Recursos Humanos alimentará os sistemas


financeiro e de planejamento com dados e informações para análise de custos e para fins orçamentá-
rios.
SEÇÃO II
DO SISTEMA DE RECURSOS HUMANOS

Art. 58 - Com o objetivo de viabilizar novos níveis de excelência operacional aos programas, projetos e
atividades do Governo e de facilitar às estruturas administrativas um dimensionamento refletido dos seus
objetivos, a administração do pessoal civil se caracterizará por um estilo nitidamente empresarial, em que
procurará:

a) incentivar o surgimento de massa crítica no processo decisório ligado à seleção de objetivos, pro-
gramação do esforço executivo e aplicação dos recursos financeiros do Estado; e

b) distinguir, objetivamente, os diferentes tipos de contribuição, participação e responsabilidades asso-


ciados aos diferentes grupos de funcionários e empregados.

Art. 59 - A administração do pessoal civil, entendida como gestão de recursos humanos, será proces-
sada de forma centralizada pela Secretaria de Estado da Administração e dos Recursos Humanos, por
intermédio dos Grupos de Recursos Humanos Setoriais, os quais suprirão as Secretarias de Estado de
pessoal na quantidade e características exigidas pelas suas programações.

§ 1º - Os critérios de recrutamento, seleção e administração de pessoal de categorias funcionais es-


pecializadas refletirão, obrigatoriamente, a orientação desejável pelas unidades usuárias predominantes
dessas categorias.

§ 2º - Os funcionários e empregados integrantes de categorias funcionais que não exijam especializa-


ção serão obrigatoriamente movimentados pelos órgãos de administração direta, de acordo com progra-
mação da Secretaria de Estado da Administração e dos Recursos Humanos.

§ 3º - As operações técnicas referidas nos parágrafos anteriores terão como passo inicial e obrigató-
rio a consulta ao cadastro central de recursos humanos.

Art. 60 - O sistema de recursos humanos aqui instituído, terá expressão e conseqüências funcionais

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mediante a adoção, sem prejuízo de direitos líquidos e certos de funcionários e empregados, das seguin-
tes diretrizes executivas:

I - organização e operação de um cadastro central de recursos humanos abrangendo todo o Poder


Executivo, capaz de gerar dados para o inventário e o diagnóstico permanentes da população funcional
do Governo;

II - organização e operação de planos de classificação de cargos, empregos, funções, vencimentos e


salários, diferenciados quanto ao tipo de relacionamento e de retribuição financeira, para clientelas fun-
cionais;

III - adoção de calendário de ocorrências, inclusive para concessão de vantagens e promoção de pa-
gamentos, de acordo com as conveniências administrativas do Governo;

IV - centralização da admissão, contratação, lotação e pagamento de pessoa na Secretaria de Estado


da Administração e dos Recursos Humanos e sua alocação às Secretarias, mediante atribuição, rateio e
controle de custos relativos à aplicação de cada servidor por categoria, unidade administrativa, progra-
ma, projeto e atividade, e outras dimensões de análise; e

V - controle centralizado dos cargos em comissão e das funções gratificações, bem como das iniciati-
vas de criação de cargos de qualquer natureza.

Art. 61 - A Secretaria de Estado da Administração e dos Recursos Humanos decidirá, face às deman-
das de pessoal, pelo tipo de recrutamento, de contrato e pelo uso temporário de pessoal.

Art. 62 - A concessão de direitos e vantagens se processará automaticamente com base nos dados do
cadastro de recursos humanos, dispensando-se a formação de processo administrativo.

§ 1º - A aposentadoria voluntária será concedida a partir da data do requerimento do interessado,


independente de publicação do ato desde que instruído com a comunicação de tempo de serviço pelo
órgão competente.

§ 2º - A Secretaria, atendidas as conveniências das repartições e serviços governamentais, poderá


instituir o sistema de férias coletivas para a administração direta.

Art. 63 - No Orçamento do Estado consignar-se-ão à Secretaria de Estado da Administração e dos


Recursos Humanos todas as dotações destinadas a atender despesas com pessoal na administração
direta.

§ 1º - As despesas com pessoal serão debitadas às Secretarias usuárias, mediante assentamento


contábil pela Secretaria da Fazenda.

§ 2º - A Secretaria de Estado da Administração e dos Recursos Humanos alimentará com dados e in-
formações relativos ao uso e aplicação de pessoal os sistemas financeiro e de planejamento para análise
de custos e para fins orçamentários.

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SEÇÃO III
DO SISTEMA FINANCEIRO

Art. 64 - É de responsabilidade de todos os níveis hierárquicos das organizações públicas zelar, nos
termos da legislação em vigor, pela correta gestão dos recursos estaduais, nas suas diversas formas,
assegurando sua aplicação regular, parcimoniosa e documentada.

Parágrafo único - A gestão dos recursos financeiros, orçamentários e extra-orçamentários, se proces-


sará sob a orientação centralizada da Secretaria de Estado da Fazenda, por meio de Grupos Financeiros
Setoriais.

Art. 65 - A ação da Secretaria da Fazenda, como órgão-base do sistema financeiro assegurará todas
as dimensões e formalidades do controle interno da administração estadual, na aplicação dos recursos
a ela destinados, estabelecendo, para tanto o grau de uniformização e padronização na administração
financeira, suficiente para permitir análises e avaliações comparadas do desempenho organizacional, por
meio do sistema de planejamento; promoverá ainda:

a) a determinação do cronograma financeiro de desembolso para os programas e atividades do Gover-


no;

b) a execução dos pagamentos de pessoal na administração direta, em articulação com a Secretaria


de Estado da Administração e dos Recursos Humanos;

c) a iniciativa das medidas asseguradoras do equilíbrio orçamentário;

d) a auditoria da forma e conteúdo dos atos financeiros;

e) a tomada de conta dos responsáveis;

f) a intervenção contábil financeira em unidades administrativas;

g) a alimentação do processo decisório governamental com dados relativos a custos e desempenho


financeiro; e

h) a análise da conveniência de todo e qualquer ato que implique em aumento de despesas de cus-
teio.

Parágrafo único - A Secretaria da Fazenda, visando à defesa dos capitais do Estado, se manifestará,
obrigatoriamente, sobre todas as operações de endividamento, aumento de capital, investimentos e ou-
tras aplicações de vulto expressivo.
SEÇÃO IV
DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO

Art. 66 - O Poder Executivo adotará o planejamento como instrumento de integração de iniciativas,


aumento de racionalidade nos processos de decisão de alocação de recursos, combate às formas de
desperdício, paralelismos e distorções regionais.

Parágrafo único - A ação de planejar será desenvolvida em todos os níveis hierárquicos de todas as
organizações, tomando a forma de proposições gerais e parciais de trabalho, sucessivas e encadeadas,
de curta e longa duração.

Art. 67 - A hierarquização dos objetivos, as prioridades setoriais, o volume de investimentos e a ênfase

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da ação executiva a ser empreendida pelos órgãos estaduais na execução de sua programação serão fi-
xadas pelo Governador do Estado.

Art. 68 - As Secretarias elaborarão, por intermédio do respectivo Grupo de Planejamento Setorial,


suas programações específicas, de forma a indicar, precisamente, em termos técnicos e orçamentários,
objetivos articulados no tempo e no espaço.

Art. 69 - O controle e o acompanhamento substantivos, a análise da eficiência operacional e a ava-


liação dos resultados obtidos pelos programas e ações governamentais serão exercidos por todas as
Secretarias de Estado, com a ajuda especializada da Secretaria de Estado do Planejamento, que promo-
verá, em estreita articulação com a Pasta interessada:

a) a consolidação e a integração da programação setorial em planos e orçamentos globais do Gover-


no;

b) o replanejamento metodológico dos programas e projetos;

c) o remanejamento organizacional de unidades administrativas;

d) a adequadação do volume ou da periodicidade das liberações financeiras, em conjunto com a Se-


cretaria da Fazenda;

e) a mudança de ênfase ou de conformação dos objetivos quantitativos ou qualitativos; e

f) a exclusão de iniciativas inconvenientes ou inoportunas.

Art. 70 - Todas as informações técnicas de uso corrente na administração direta, sob a forma de es-
tatísticas, indicadores, cadastros econômicos, anuários, boletins, estudos de previsões oficiais e outras,
ficarão, obrigatoriamente, sob o comando da Secretaria do Planejamento, que tratará de unidade de
uniformizá-las e divulgá-las sistematicamente entre os órgãos interessados.

Parágrafo único - A Secretaria do Planejamento orientará cada uma das Pastas sobre a sistemática de
coleta, agregação e circulação de informações, bem como sobre o uso de pessoal e equipamentos para
essas atividades.

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Exercícios

1. Considerando os conceitos de direito e de moral, assinale a opção correta à luz da filosofia do direi-
to.

(A) Kant desenvolveu a teoria do mínimo ético, segundo a qual o direito representa todo o conteúdo
moral obrigatório para que a sociedade possa sobreviver minimamente.

(B) Hans Kelsen formulou a teoria da bilateralidade atributiva, asseverando que a moral não se distin-
gue do direito, mas o complementa por meio da bilateralidade ou intersubjetividade.

(C) Christian Thomasius propôs a distinção entre o direito e a moral, sob a inspiração pufendorfiana,
com base na ideia de coação.

(D) Thomas Hobbes desenvolveu a teoria da atributividade, segundo a qual direito e moral estão inter-
-relacionados, tendo ambos origem no direito natural.

(E) Max Scheler preconizava uma espécie de moral pura, condição para a existência de um comporta-
mento que, guiado pelo direito e pela ética, não muda segundo as circunstâncias

2. Considerando as noções de ética e de moral, bem como os princípios e valores que conduzem nos-
sa sociedade, julgue os itens seguintes.

I- Um indivíduo em situação de miséria que encontrar, caída na rua, uma carteira e decidir utilizar o
cartão de crédito nela guardado para adquirir medicamentos ao seu filho terá agido de acordo com as
normas éticas, mas não com os princípios morais.

II- Os valores morais variam ao longo do tempo.

III- O campo da filosofia dedicado a estudar os valores e princípios que orientam a conduta dos seres
humanos em sociedade é denominado ética.

Assinale a opção correta.

(A) Apenas os itens I e II estão certos.

(B) Apenas os itens I e III estão certos.

(C) Apenas os itens II e III estão certos.

(D) Todos os itens estão certos.

3. Acerca da ética, princípios e valores no serviço público, assinale a alternativa correta.

“Note-se que a quase totalidade das sociedades ocidentais tem a dignidade humana como princípio
ético, muito embora seus códigos morais (suas práticas habituais) sejam tão diferentes, por que diferen-
tes são os valores por elas eleitos, embora todos eles tenham a dignidade humana como alicerce” (MUL-
LER, 2018)

(A) Os valores possuem uma perspectiva ética, orientando o ser humano a direcionar suas ações para
o bem

(B)Os princípios são objetos da escolha moral; ou seja, a qualidade de algo preferível ou estimável

(C) A probidade administrativa é escolha moral que deve ser feita por todo servidor público

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(D) A moralidade administrativa faz parte dos valores morais que regem o comportamento dos servido-
res públicos, conduzindo seu comportamento profissional para o bem comum

4. Acerca de ética, princípios e valores no serviço público, analise as afirmativas abaixo.

I. O princípio é um fundamento ético.

II. O valor é uma escolha moral.

III. Os princípios são por nós assimilados ao longo de nossa vida, seja por nossas vivências, seja
pelos ensinamentos que recebemos. São objetos de escolha moral, a qual torna algo preferível ou esti-
mável.

Assinale a alternativa correta.

(A) Apenas as afirmativas I e II estão corretas

(B) Apenas a afirmativa III está correta

(C) As afirmativas I, II e III estão corretas

(D) Apenas as afirmativas I e III estão corretas

5. Sobre a ética, democracia e exercício da cidadania, analise as afirmativas abaixo e dê valores Ver-
dadeiro (V) ou Falso (F).

( ) Exercício da cidadania é o gozo de direitos e desempenho de deveres pelo cidadão.

( ) A democracia constitui forma de governo pautada pelo respeito à singularidade, pela defesa da
transparência e pela garantia da perpetuação do exercício do poder.

( ) O exercício da cidadania deve pautar-se por contornos éticos, de modo que o exercício da cida-
dania deve materializar-se na escolha da melhor conduta, tendo em vista o bem comum, resultando em
uma ação moral como expressão do bem.

( ) Democracia é o regime político em que a soberania é exercida pelo povo.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.

(A) V, V, F, V

(B) V, V, V, F

(C) F, F, V, F

(D) V, F, V, V

6. Com relação à ética, à democracia e ao exercício da cidadania, assinale a alternativa correta.

(A) O exercício da cidadania, como uso de direitos e desempenho de deveres, deve pautar-se por
contornos éticos.

(B) O exercício da cidadania tem em vista o bem individual, sem observar a conduta coletiva.

(C) A cidadania é exercida no campo individual.

(D) As atribuições cívico-políticas do cidadão independem da forma de governo adotada pelo Esta-
do.

(E) A democracia, a transparência e a divergência de ideias não podem estar associadas.

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7. Acerca da ética e função pública, assinale a alternativa incorreta.

(A) É dever do servidor atender com presteza ao público em geral, prestando as informações requeri-
das, ressalvadas as protegidas por sigilo

(B) É dever do servidor exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo

(C) É dever do servidor participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada


ou não personificada

(D) É dever do servidor cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais

8. Acerca da ética e função pública, assinale a alternativa incorreta.

(A) É dever do servidor público exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo

(B) É dever do servidor levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conheci-
mento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de
outra autoridade competente para apuração

(C) O descumprimento dos deveres funcionais do servidor, descritos no art. 116 da Lei 8.112/1990,
ensejará a aplicação da pena de advertência (art. 129), sendo que a reincidência implicará na pena de
suspensão (art. 130)

(D) É direito do servidor promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição

9. Quanto à ética no Setor Público, assinale a alternativa correta.

(A) É desnecessário estabelecer um padrão de comportamento a ser observado pelos servidores, uma
vez que o agir ético deve se basear nas decisões e nos conceitos individuais dos servidores públicos.

(B) A promoção da ética no serviço público prescinde da atuação permanente de Conselhos ou Comis-
sões de Ética.

(C) A ética, por tratar-se de elemento subjetivo, torna desnecessário fornecer aos servidores públicos
diretrizes que afirmem o que deve e o que não deve ser feito.

(D) A gestão de ética no serviço público deve abordar o exercício das seguintes funções: normaliza-
ção; educação; monitoramento; e aplicação de sistemas de consequências em caso de atividades antiéti-
cas.

(E) Todo servidor deve ter estabelecido o conceito do que é ético ou antiético, motivo que leva a insti-
tuição de códigos de ética de servidores públicos a ser desnecessária.

10. Sobre a ética no setor público, assinale a alternativa correta.

(A) Princípio da diligência se refere a agir com zelo e escrúpulo em todas funções

(B) O princípio da conduta ilibada é o de agir da melhor maneira esperada em sua profissão e fora
dela, com técnica, justiça e discrição

(C) O princípio da correção profissional diz respeito a não acumular funções incompatíveis

(D) O princípio da lealdade e da verdade orienta a guardar segredo sobre as informações que acessa
no exercício da profissão

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GABARITO

1 C
2 C
3 C
4 A
5 D
6 A
7 C
8 D
9 D
10 A

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