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Seduzidas Por Ele

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PERIGOSAS NACIONAIS

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Copyright© By Jéssica Larissa

Capa por: Clyra Alves


Diagramação por: Gabriela Servo
Revisão por: Eveline Knychala e Gabriela Servo
____________________________________________________

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Dados internacionais de catalogação (CIP)


Larissa, Jéssica
Seduzida Por Ele
1ª Ed
Tabocas Do Brejo Velho, 2018
1.Literatura Brasileira. 2. Literatura Erótica. 3. Romance.
Título I.
__________________________________________________________
É proibida a reprodução total e parcial desta obra, de qualquer
forma ou por qualquer meio eletrônico, mecânico, inclusive
por meio de processos xerográficos, incluindo ainda o uso da
internet, sem permissão de seu editor (Lei 9.610 de
19/02/1998). Está é uma obra de ficção, nomes, personagens,
lugares e acontecimentos descritos são produtos da
imaginação do autor qualquer semelhança com
acontecimentos reais é mera coincidência.
Todos os direitos desta edição reservados pela autora.

Texto de acordo com as normas do Novo Acordo


Ortográfico da Língua Portuguesa (1990), em vigor desde 1º
de janeiro de 2009.

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Capítulo 1
Raíssa
Pego minha mala de mão sobre a cama,
confiro se guardei todos os documentos na bolsa e
desço as escadas, que estão caindo aos pedaços, da
minha pequena e desconfortável quitinete. Minha
amiga Madu me aguarda ansiosamente do lado de
fora, ao lado do Uber preto.
— Raíssa, pelo amor de Deus. Que demora
foi essa? — esbraveja, colocando a mão na cintura,
enquanto bate o pé no chão franzindo a testa.
Madu sempre foi um poço de impaciência.
Sempre a primeira a estar pronta, a dona da
organização.
— Calma, Madu. Estava conferindo minhas
coisas. — Passo por ela, sem dar muita atenção ao
seu olhar mortal.
— Te falei para não deixar tudo para a
última hora! Temos que correr, não podemos
perder o ônibus, sua tonta.
Reviro os olhos diante do alvoroço dela, mas
não contesto. Ela tem razão, mas nem morrendo
posso admitir isso em voz alta.
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Somos amigas desde a infância. E foi em


nome dessa amizade que decidimos nos mudar para
o interior de São Paulo, em busca de melhores
condições de vida. Aqui, trabalho à noite na
lanchonete do seu Juca e pela manhã faço curso de
logística. Enquanto Madu, trabalha igual a uma
maluca em dois lugares. Até parecemos uma versão
piorada da série “Todo mundo odeia o Chris”, mas,
nesse caso, não posso me gabar que meu marido
tem dois empregos.
Nosso salário mirrado mal dá para pagar as
contas em dia, mas de grão em grão a galinha enche
o papo, não é? Com muito esforço, algumas
horinhas extras e uma dose extragrande de sorte,
conseguimos juntar um dinheirinho para assistir a
um dos jogos da seleção brasileira que acontecerá
no Maracanã. Bom, as passagens e os ingressos
parcelamos em 10x sem juros no cartão de crédito,
do contrário, teríamos que catar latinha para pagar
um hotel e aproveitar um pouco da capital carioca,
mas isso não vem ao caso agora. O importante é
que iremos e eu, finalmente, poderei ovacionar de
pé o nome do dono dos meus pensamentos e das
paredes do meu quarto: o goleiro da seleção
Marcelo Alcântara, meu crush supremo.
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Com a energia renovada e um enorme sorriso


no rosto, coloco minhas coisas no porta-malas do
Uno e ajudo Madu com as dela, logo em seguida
entramos no veículo.
Sento-me no banco de trás ao lado da minha
amiga, travo o cinto de segurança e sem que eu me
dê conta, meus pensamentos voam até o último
treino da seleção que teve aqui em Sampa.
Aquele dia ficaria para sempre gravado na
minha memória como o mais feliz da minha
humilde existência. Eu e Maria Eduarda
conseguimos entrar no local que estava
acontecendo o treinamento e, mesmo por detrás da
tela de proteção, conseguimos ver os jogadores em
suas melhores formas. Eu, claro, fiquei justamente
atrás do gol, onde estava o goleiro Marcelo e, meu
Deus, quase passei mal. Não conseguia parar de
olhá-lo e suspirar, admirando a visão perfeita das
suas costas largas e, lógico, a bunda. Nós mulheres,
virgens ou não, somos fascinadas por bunda de
homem gostoso.
Sabem a tal da paixão platônica? Então, essa
danada me pegou de jeito. Daquele jeito! Se você
for mais uma dessas pessoas que está sorrindo do
meu desespero, posso garantir que sua hora vai
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chegar, ninguém está imune…


Por muitas vezes, me peguei pensando nele,
imaginando a textura da sua boca sobre a minha e
no quanto seria especial a minha primeira vez. Isso
mesmo, a minha primeira vez. Sou virgem e espero
o meu príncipe encantado em um cavalo branco,
para que eu possa me casar pura e virtuosa,
realizando o sonho da mamãe.
Nos meus sonhos, Marcelo Alcântara é o
cara perfeito. Além de lindo, é romântico e sabe
tratar bem uma mulher, no caso, eu. Suspiro
pesadamente, imaginando nossos encontros que
terminariam em beijos quentes e consequentemente
em uma noite inesquecível de amor. A plebeia e o
príncipe dos holofotes.
— Raíssa? Raíssa? — Desperto-me do meu
sonho de princesa e caio de volta na terra, com
Madu me balançando pelos ombros.
— Ah? Oi? Já chegamos? — Ajeito-me no
banco do carro com o rosto corado de vergonha.
Será que ela ao menos imagina o que se passa na
minha cabeça? Espero que não!
— Sonhando acordada de novo? — Ela
arqueia uma sobrancelha, encarando-me com um
olhar acusatório.
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— N... não… Eu só estava admirando a


vista.
— Ah sim, sei!
Desvio minha atenção dela, tentando
disfarçar meu quase vexame e começo a prestar
atenção nas pessoas andando na rua movimentada.
Poucos minutos mais tarde, chegamos ao terminal
rodoviário do Tietê. Pegamos nossas malas,
pagamos a corrida e seguimos para nosso
maravilhoso e aguardado destino.

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Capítulo 2

Marcelo

Estou no quarto do hotel 5 estrelas, olhando


pela janela o movimento das pessoas andando na
praia, enquanto Rogério, meu colega de trabalho,
conversa alguma coisa na qual não consigo prestar
atenção.
— Qual é, cara. Estou falando com você! —
diz ele.
Viro-me em sua direção sem conseguir
disfarçar a minha irritação sobre a última reunião
que tivemos com o técnico hoje à tarde.
— Estou no extremo do estresse, Rogério.
Porra!
Ele se senta sobre a cama, parecendo
compartilhar da mesma irritação que eu. Mas
permanece sério e pensativo.
— Vá com calma Marcelo. Você sabe muito
bem porque ele proibiu nossa equipe de trazer
mulheres para cá. Raul pode ter razão quando diz
que precisamos estar concentrados, já que
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empatamos o primeiro jogo e ganhamos o outro na


marra.
— Ah sim. E nos privar de sexo vai ajudar
em quê? Agora eu só consigo pensar em boceta,
não em segurar uma bola. Eu quero entrar, não me
fazer de paredão meu chapa!
Lembro-me detalhadamente da conversa que
tivemos com nosso treinador há pouco. Desde que
começaram os jogos oficiais da copa do mundo,
fomos privados de sexo pelo técnico e isso era a
puta de uma sacanagem. A situação entre os
jogadores já estava tão crítica que ninguém podia
deixar o sabonete cair no chão dentro do banheiro
do vestiário, se não, era enrabado.
Mas o velho ranzinza entendeu? Claro que
não. O lema dele era “o trabalho em primeiro
plano, diversão fica pra depois”. Ah, merda!
— Puta que pariu. A situação está crítica
para você, hein cara? — debocha Rogério, dando
uma gargalhada.
— Qual é a graça, Rogério? Não estou te
entendendo! — rebato irritado.
Ele continua rindo descontroladamente do
meu desconforto, deitando-se sobre a cama. Tenho
vontade de ir até lá e dar um esporro na sua cara
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amassada.
— Marcelo senta aqui, deixa eu te falar uma
coisa! — Ele ajeita os travesseiros nas costas e bate
a mão no colchão, para que eu me sente
— Desembucha logo. Não estou com saco
para conversinha com marmanjo.
Ele volta a rir mais altamente.
— Você precisa bater uma punheta para ver
se melhora esse humor.
Deus dê-me paciência.
— E você precisa calar a boca, se não quiser
ficar sem os dentes!
Rogério é um excelente profissional e ótimo
amigo. Mas, quando seu lado debochado dá as
caras, ninguém suporta e eu já estou no limite.
— Marcelo, fica zen. Estamos todos com a
vontade de socar num rabão gostoso à flor da pele.
Mas se o técnico disse que estamos proibidos de
trazer mulheres para dentro do hotel, temos que
acatar com suas ordens. Mas isso não quer dizer
que não podemos dar uma escapada amanhã depois
do jogo. — Ele coloca os braços atrás da cabeça e
cruza as pernas.
— O que está querendo dizer com isso? —
pergunto desconfiado.
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— Que amanhã nós vamos sair para comer


algumas minas por aí.
— Isso vai dar problemas. Você sabe. —
advirto.
— E o que você quer fazer? Passar mais uma
temporada aqui trancado, subindo pelas paredes?
— Ele volta a sentar sobre a cama. Agora sua
expressão debochada dá lugar a uma carranca
fechada. — Se você não quiser, tudo bem. Eu vou
sozinho!
Ando pelo quarto, analisando sua ideia
maluca. Mas bem que não é tão maluca assim
tendo em vista que eu estou quase doido de tesão.
—Tudo bem, você me convenceu. Amanhã a
gente vai tocar o terror por aí! — confirmo.
—Tocar o terror eu não sei. Mas tocar um
bundão, isso eu vou.
— Isso aí, parceiro. — Sorrio um pouco
mais tranquilo e bato em seu ombro.

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O aglomerado de pessoas nas arquibancadas


do estádio me assusta um pouco. Mas é algo que já
estou familiarizado. Apesar da experiência como
goleiro profissional em times grandes do Brasil e
mundo afora, ter a honra de defender a seleção
brasileira em uma copa do mundo me faz sentir
como um menino de novo.
A torcida ovaciona de pé quando o hino
nacional é finalizado. É uma emoção sem tamanho
fazer parte de tudo isso. Homens, mulheres,
crianças… uma nação inteira nos assiste agora e
nos aplaude com alegria em seus rostos.
O jogo está prestes a começar.
Cumprimentamos nossos adversários ingleses e nos
posicionamos no campo. Rezo baixinho para que
hoje dê tudo certo, agradeço por mais uma
oportunidade e, no instante seguinte, o juiz apita
dando início à partida.
O jogo está truncado. A Inglaterra está
mostrando para o que veio e perder não está nos
seus planos. Mas nossa seleção tem muita
habilidade além de técnica e isso nos põe alguns
passos na frente. Apesar de um dos nossos
principais jogadores ter sido substituído por causa
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de uma lesão, acabamos saindo na frente com um


gol marcado por Gilsinho, um dos volantes.
O primeiro tempo termina e eu posso respirar
um pouco. Corro até a torcida junto com meus
colegas para reverenciá-los. É quando ouço uma
voz feminina doce, mas ao mesmo tempo potente
chamando o meu nome igual a uma louca. Olho-a
por alguns segundos, mas não consigo me
concentrar no seu rosto, pois toda a minha atenção
é desviada para o seu belo par de seios que balança
conforme ela pula alucinada.
Já estou babando igual a um cachorro
faminto, espiando um pedaço de bife suculento,
quando sinto alguém me puxando pelo braço,
obrigando-me a desviar meu olhar de predador da
mulher e acompanhar o restante do time até o
vestiário. Pronto, o botão da putaria foi ligado com
sucesso. Maldita hora que aquela diaba de peitos
deliciosos foi inventar de me chamar.

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Capítulo 3
Raíssa
— AHHHHHHH! — ELE OLHOU PARA
MIM, ELE OLHOU PARA MIM! — grito
descontrolada, deixando minha amiga à beira de
um colapso.
Marcelo havia olhado para mim por lindos,
maravilhosos e breves 5 segundos. Para alguns
pode não significar nada, mas para mim significou
a realização de um sonho.
Em minhas mãos tem uma faixa enorme em
tons de vermelho com uma frase escrita em letras
brancas “Marcelo, eu te amo”. Nada a ver com as
cores do Brasil, eu sei. Mas que se foda a seleção.
Eu estava ali apenas por ele e, com um único olhar,
ele fez do meu dia o mais feliz de todos.
— Raíssa, para de gritar no meu ouvido —
diz Madu sorridente.
Minha amiga merece o Oscar de estraga
prazeres, sem contar as inúmeras vezes que pega no
meu pé devido às minhas constantes paranoias, mas
sei que ela compartilha dos mesmos sentimentos
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que eu no momento, o sorriso em seu rosto não


nega o quanto ela ficou contagiada ao ver os
craques de perto.
— Amiga, nada é capaz de derrubar a minha
alegria. Nem sua carranca fingida. — Ela dá um
tapa no meu ombro, continuando a sorrir.
Abraçamo-nos de lado e aos pulos voltamos a gritar
“BRASIL”.

O intervalo termina rapidamente e os


jogadores retornam ao gramado. Eu e Madu, que
estávamos nos fartando de calorias gratuitas,
paramos de comer e voltamos a gritar desesperadas
alguns nomes específicos.
O segundo tempo começa e a tensão reina
em meu corpo a cada minuto que a seleção
adversária se aproxima da área do gol do meu
amor. O coração falta sair pela boca.
A Inglaterra toma conta do jogo com técnica

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e garra e eu sou obrigada a fechar os olhos em


alguns momentos. O campo está fechado e os
jogadores se ajeitam para uma jogada de escanteio
na área da seleção brasileira. O jogador inglês chuta
a bola, que passa por dois meios de campo do
Brasil. Do além, surge um brutamontes da seleção
adversária e cabeceia a bola direto para o gol.
Volto a tapar os meus olhos com as mãos,
não quero ver a bola entrando. Mas a voz do
narrador me faz mudar de ideia.
— MARCEEELLOOO É O NOME DELE.
DEFESAÇA.
A torcida comemora de pé a defesa
esplêndida do goleiro. O meu peito não se aguenta
de tanto orgulho e começa a transbordar pelos
olhos, lágrimas de pura emoção.
O jogo continua duro e truncado. O Brasil
cresce novamente e o meu medo dá lugar ao alívio.
Em poucos minutos, o Brasil marca o segundo gol
e agora é só alegria.
O juiz apita fim de jogo. Os jogadores se
abraçam em comemoração e a torcida se levanta
para aplaudir. Nesse aglomerado de pessoas, de
repente, começa um vai e vem de empurrão.
Parece que um dos jogadores ingleses puxou
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conversinha com o lateral direito da seleção


brasileira. E a confusão continua. Nesse meio vejo
meu amado Marcelo se aproximando da roda
enquanto mais um grupo de ingleses se aproxima.
Os seguranças se juntam ao grupo para separar a
briga que começa a ficar desenfreada.
Meu coração fica aflito e a cena que eu
presencio me faz perder a cabeça. Marcelo levou
um soco na boca e está caído no chão. Sem pensar
duas vezes, salto a barreira que separa o campo da
arquibancada e, aproveitando que estão todos
concentrados na confusão, consigo passar
despercebida.
Eu me aproximo no exato momento em que
ele se levanta. Não ouço mais nada ao meu redor,
só consigo me concentrar na fisionomia do homem
alto e forte na minha frente.
— Você está bem? — pergunto assustada e
toco em seu braço.
Seus olhos azuis expressivos me fitam com
fúria. Ele está fora de si.
— ME LARGA! — vocifera ele nervoso,
virando-me as costas, saindo em direção ao
vestiário.
Sinto uma pontada no peito, ferida pelo tom
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das suas palavras.


— Eu só queria ajudar — balbucio.
Uma lágrima corta a minha bochecha e,
antes que eu me dê conta da loucura que acabei de
fazer, Madu chega até mim preocupada. Tento, em
meio às lágrimas, explicar tudo o que aconteceu a
ela, mas sou impedida pelos seguranças e no
momento seguinte somos enxotadas para fora do
estádio.

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Capítulo 4
Marcelo

Sigo em direção ao vestiário completamente


possesso. Minha boca lateja pelo soco forte que
recebi ao tentar separar a briga, o gosto metálico de
sangue invade meu paladar em cheio. Minha
vontade é de descontar a raiva no primeiro imbecil
que ousar passar na minha frente.
De repente, uma consciência súbita me faz
parar no meio do caminho ao lembrar-me da garota
de olhos castanhos amendoados que foi em meu
socorro e encarou-me com tanto pesar. Como que
diabos ela conseguiu chegar até mim? Num ímpeto
de raiva, acabei descontando toda a minha
frustração em cima dela, mas agora, após aliviar a
mente por alguns segundos, sinto os frangalhos da
culpa me atingirem, tudo aconteceu tão rápido que
nem ao menos me toquei que ela só queria ajudar.
Paro no meio do caminho, dou meia volta e
apresso o passo, retornando até onde a vi para
tentar encontrá-la e pedir desculpas pela minha
grosseria. Ando apressadamente, passando pelos
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repórteres que se dirigem ao gramado em busca de


uma entrevista, mas ao chegar no local em que a
deixei não encontro mais nenhum vestígio. Procuro
nas arquibancadas, em todos os lugares, mas não a
encontro. Frustrado e vencido pelo cansaço, limpo
o suor que desce pela minha testa, utilizando a
palma da mão, e respiro fundo, voltando em
seguida para o vestiário, enquanto alguns dos meus
colegas são entrevistados pela imprensa.

Passamos o restante do dia em meio às


comemorações. Apesar do desconforto no meu
queixo, tudo está em seu lugar. Como tenho a barba
fechada, é praticamente impossível a percepção do
hematoma, e apenas um pequeno corte se abriu no
meu lábio inferior.
Ao cair da noite, nosso técnico fez uma
pequena reunião para informar sobre a folga entre
os jogos, e qual não foi minha surpresa quando ele

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liberou a rapaziada para trepar. Até me esqueci da


dor que sentia no queixo. Eu iria me acabar numa
boceta esta noite.
Rogério aproxima-se com um sorriso sacana
na cara.
— E então, parceiro? Satisfeito? Nem vamos
precisar por nosso plano de fuga em prática.
— Melhor notícia, impossível! —
respondo.
— Isso aí, espero que esse hematoma na sua
cara não te impeça de aproveitar a noite como se
deve! — debocha.
Trinco os dentes e dou meia volta,
ignorando-o, minha vontade de quebrar a cara de
um hoje, ainda não passou!
Sigo em direção ao meu quarto e vou direto
para o banheiro. Tomo um banho relaxante no
chuveiro, aproveitando para fazer uma depilação
máster no meu amigo aqui em baixo, deixando-o
lustrado, pronto para trabalhar e receber carinho a
noite toda.
Coloco uma camisa jeans de mangas
compridas, calça jeans de lavagem escura e penteio
os cabelos com a ponta dos dedos deixando os fios
desalinhados. Finalizo com meu perfume Drakkar
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Noir, da Guy Laroche, minha marca registrada, e


estou pronto.

Entro na boate mais próxima do hotel no


qual estou hospedado, subindo diretamente para o
camarote, rodeado de seguranças. Rogério e alguns
colegas da seleção, vêm logo na minha cola. O
clima está quente aqui dentro, mais precisamente
dentro da minha calça. Olhando ao redor, vejo
muitas mulheres rebolando sensualmente ao som da
batida do funk. As cariocas são verdadeiras deusas,
e meu pau está amando tudo isso.
Não sou muito de dançar, mas meu sangue
ferve quando vejo duas gatas dançando lá embaixo,
do outro lado da pista. A luz negra impede que eu
veja seus rostos com perfeição, porém facilita
minha fuga sem correr o risco de ser reconhecido
por alguém. E quem é que liga para rosto quando se
tem um traseiro daqueles?

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Desço as escadas, aproximando-me devagar,


sorrateiramente. Rogério percebe os meus olhares
indiscretos para a morena de decote generoso. Ele
encara a amiga dela e sorri, aprovando o que viu.
Seguimos os dois em direção às garotas, prontos
para marcar um gol de vitória, nesta noite sou
atacante.
Parando um pouco atrás de ambas, analiso-a
minuciosamente pelas costas. Ela usa saltos e um
vestido preto justo ao corpo delimitando suas belas
curvas, seus cabelos castanhos são compridos e
formam ondas em suas costas, na altura da cintura
fina. Olho seu bumbum arrebitado que se move no
ritmo da música, mas ela não parece estar muito
animada, comparada à sua amiga que se remexe
sensualmente, e pelo visto já ganhou a atenção do
meu colega aqui do lado que não para de babar.
Sem perder mais tempo, Rogério se
aproxima da outra mulher, chamando a sua
atenção. Desvio minha atenção dos dois, voltando-
me para a moça que se retira um pouco para o lado
ao ver que a amiga tem companhia.
De lado posso ver melhor seu decote, sinto
minha boca salivar. Seus seios são grandes, minhas
mãos tremem com ânsia de tocá-los.
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Ficando atrás dela, colo meu corpo no seu,


causando-lhe um pequeno susto. Ela tenta virar-se,
mas eu a seguro na cintura, enquanto mordisco o
lóbulo da sua orelha, sussurrando em seu ouvido:
— Dança comigo, princesa?

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Capítulo 5
Raíssa
Após tanto vexame e quase termos sido
presas, não sei como ainda deixei Maria Eduarda
me convencer a ir para uma boate com ela, uma
boate cara demais para o meu gosto. Eu só queria
ficar na minha cama — ou melhor, na cama do
hotel — em posição fetal e chorar até não ter mais
água no corpo, não gastar até o último centavo que
tinha em meu bolso.
Mas não, ela sempre com sua lábia
persuasiva e bons argumentos conseguiu fazer a
minha cabeça. Agora estou aqui, perdida no meio
de todos esses playboyzinhos, trajando um vestido
de periguete que Maria Eduarda quase me forçou a
usar, enquanto o DJ toca um funk irritante, que tem
apenas bunda como letra, e um bando de loucos
dançam no ritmo, inclusive Madu. Segundo ela, eu
preciso esfriar a cabeça e seduzir alguns gostosos
por aí para tentar esquecer a pior vergonha da
minha vida.
Meu coraçãozinho estava partido em mil
pedacinhos depois do episódio fatídico mais cedo
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no estádio. O Marcelo gentil e amoroso que eu


fantasiava só existia nos meus sonhos e eu descobri
isso da pior forma possível.
Tento acompanhar Madu na dança, mas o
desânimo não me deixa continuar. Em um breve
minuto de distração, olho para o lado e a amiga da
onça já está de agarração com um homem que
havia acabado de chegar até ela, deixando-me
sozinha de escanteio. Rapariga!
Afasto-me para mais longe tentando
disfarçar minha irritação, mas sou surpreendida por
alguém que cola o corpo no meu apertando a minha
cintura. Tento me virar, mas sua pegada forte me
impede e um breve sussurro em meu ouvido faz
todos os pelos do meu corpo se eriçarem em
resposta, inclusive os enfiados nos confins da
minha bunda.
Não pode ser! Essa voz, eu conheço essa
voz. Não posso estar ficando maluca, será que
posso?
Tento me virar novamente para confirmar as
minhas suspeitas e, dessa vez, ele permite.
Olhando diretamente em seu rosto, congelo! A
barba escura, olhos azuis como o oceano, a pele
clara. Isso só pode ser alguma espécie de
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pegadinha, não há outra explicação!


— Marcelo? — murmuro.
Ele também me encara, parecendo surpreso
ao me ver.
Fecho a minha expressão ao me recordar de
quão ogro ele pode ser e o empurro. Ainda tenho
dignidade!
— Me solta seu grosso!
Ele abre a boca para falar algo. Mas eu não
espero que ele termine, saio sem rumo no meio da
multidão, meu coração está desnorteado. Em
instantes, sinto alguém segurar em meu braço,
obrigando-me a parar.
— Moça, espera — pede.
Volto-me em sua direção, já o encarando
com os olhos marejados.
— O que você quer? Me humilhar de novo?
— pergunto sentindo um ardor característico nos
olhos.
Ele aproxima o rosto do meu ouvido para
que possa falar sem ser interrompido pelo som alto.
— Moça me desculpe por hoje à tarde. Você
não sabe o quanto me arrependo de ter te tratado
mal. Foi um momento de fúria bobo!
Ouço tudo o que ele diz, mas não estou
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convencida. Não sou brinquedo de macho, mesmo


sendo ele quem é!
— Isso não importa mais, Marcelo. Passou.
O mal já foi feito! — respondo com acidez na voz.
— Isso quer dizer que você me desculpa? —
pergunta ele confiante e abre um sorriso safado de
molhar a calcinha.
Minha voz falha e a paixão platônica bate na
porta de novo. Mas eu não posso ser assim tão
ingênua. Ele é uma estrela do futebol e eu... uma
zé-ninguém. E acho até que isso é um sonho e eu
vou acordar em breve.
— Por favor, deixe-me… sozinha — peço.
Ele volta a ficar sério, encarando-me.
— Deixe-me te dar uma prova que estou
sendo sincero. Aquele homem que você viu no
estádio não sou eu! Que tal começarmos do zero?
Seus olhos emanam sinceridade, mas a
dúvida ainda paira na minha cabeça. Olhando para
a pista à procura de Madu, encontro-a dançando
com um homem moreno. Firmo meu olhar por
mais um instante e quase caio no chão ao constatar
que o homem que está em sua companhia é o
craque da seleção, Rogério Sena.
Virando-me para Marcelo Alcântara na
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minha frente, engulo em seco. Acho que acabo de


tomar um choque de realidade e eu ainda não estou
preparada para algo desse patamar. O homem dos
meus sonhos está aqui, me pedindo desculpas, pode
isso, produção?
— Prazer, me chamo Marcelo. E você? —
Ele se apresenta e pisca um olho.
— R... Raíssa — gaguejo, trêmula.
Ele sorri novamente e aproxima-se
inspirando o perfume em meu pescoço.
— Me concede essa dança?
— C... claro.
Ele passa suas mãos pelos meus ombros,
elevando meus braços até o seu pescoço. Ele é alto,
ainda mais do que aparenta pela TV, mesmo de
salto fico praticamente na ponta dos pés para
alcançá-lo. Logo em seguida, segura-me
firmemente pela cintura, colando os nossos corpos.
Encosto o meu nariz em seu pescoço para
inspirar o seu cheiro. Nunca poderia deixar uma
oportunidade como essa passar — é a deixa perfeita
para esfregar na cara das inimigas. — Seu aroma é
forte e inebriante, único, a medida exata para me
levar ao céu.
Ele começa a beijar o meu pescoço, fazendo-
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me levar um susto com esse gesto inesperado.


Afasto-me dos seus braços e olho-o tímida.
Marcelo me encara confuso, mas volta a me guiar
para o seu abraço, conduzindo os nossos corpos em
um ritmo nada a ver com a batida eletrônica que
começa a tocar.
— Apenas curta o momento Raíssa. — Seu
tom de voz é suave, mas percebo um ar de
segundas intenções. Isso faz meu corpo formigar.
Suas mãos passeiam pelas minhas costas e
sua boca começa a trilhar beijos pelos meus
ombros. Dessa vez eu não me afasto, deixando me
envolver. Seus beijos se estendem ainda mais, até
chegar em meu queixo. Prendo o ar com força
imaginando suas pretensões e, nesse momento,
sinto a textura suave dos seus lábios nos meus. Sua
boca é faminta, ele busca a todo custo aprofundar o
beijo, e eu mais uma vez permito.
Sua língua invade a minha boca com
sofreguidão e suas mãos prendem os meus cabelos.
A temperatura sobe a nível máximo!
— Vamos sair daqui! — pede ele.
— O que? Mas para onde? — pergunto
atordoada.
O que será que ele está querendo?
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Ele me encara com um olhar profundo, de


predador cercando a sua presa, mas responde
calmamente.
— Vamos ali para o lado. Estamos no meio
da multidão aqui, gostaria de conversar com mais
tranquilidade.
Respiro aliviada. Eu realmente havia
pensado que ele já queria me levar para um motel,
assim de cara, mas parece que me enganei, e essa
constatação me faz sorrir igual a uma boba
— Vamos!
Ele segura minha mão, puxando-me em meio
ao aglomerado de pessoas, até uma área mais
deserta da boate. Ele volta a me beijar, dessa vez
com mais ousadia, chega a ser difícil seguir o seu
ritmo.
Beijos vão, beijos vêm. Sua mão desce para
a minha bunda, dando um apertão. Assusto-me
com o seu movimento ousado e tento tirar suas
mãos das minhas nádegas, mas é em vão, ele me
aperta firmemente. Meu corpo está indo contra
todas as minhas vontades, e tudo o que desejo é
mais.
Marcelo coloca-me contra a parede
esfregando sua pélvis na minha barriga. Meu
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coração congela quando sinto as formas nítidas do


seu pênis completamente duro. Eu nunca senti um
pênis antes e ao me lembrar disso, sinto um arrepio
súbito na espinha.
Calma Raíssa, só mantenha a calma. A quem
eu quero enganar? Mas é claro que ele quer me
comer. Putz, Raíssa, como você é ingênua a ponto
de pensar que um homem do porte dele se contenta
com simples beijos na boca. Mas e agora, o que eu
faço?
Olho para a pista de dança à procura da
Madu e nada dela… aposto que aquela safada já
está dando por aí.
Ok, a situação não é tão crítica assim… tudo
bem que eu nunca segurei em um pênis antes, mas
para tudo tem uma primeira vez, não é? Então, se
ele sugerir irmos para um motel, eu vou. Vamos
nos beijar, dar uns amassos, mas é só isso. Só uns
amassos!
Respiro convicta que meu plano vai dar
certo. Até porque, eu também tenho que tirar algum
proveito disso, estamos falando do goleiro oficial
da seleção. Minhas vizinhas piolhentas vão surtar
quando souberem que dei uns amassos no bonitão.

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Capítulo 6
Marcelo
— Que boca gostosa. Você é toda deliciosa
Raíssa. — balbucio em seu ouvido, sem conseguir
disfarçar minha excitação.
A todo momento tento segurar-me para não
parecer tão óbvio que quero levá-la para a cama,
mas a cada segundo fica mais difícil.
Percebo que ela treme um pouco. Mas não
dou tamanha atenção a isso.
— Aqui está quente! — comenta ela
abanando o rosto com as mãos, tentando afastar-se
de mim, mas não imagina a armadilha que ela
mesma acabou de se colocar.
— Concordo, está muito quente! Mas eu
tenho uma ideia para acabar com esse nosso fogo.
Que tal linda? — sugiro na cara de pau mesmo,
piscando para ela, abrindo o meu melhor sorriso.
Ela arregala os olhos sem acreditar no que eu
acabei de falar. Estou ciente que não foi isso que
ela quis dizer, mas eu não aguento mais esperar.
Preciso de sexo e a essa altura do campeonato não
dá para deixar essa garota de lado e ir atrás de
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outra. Também não sou tão cafajeste assim. Além


disso a menina é gostosa pra caralho, meu pau já
está apaixonado por ela sem nem conhecer a
perseguida.
Ela engole em seco e mordisca o lábio. Tão
sexy! Percebo em seu olhar que está em dúvida
sobre a minha proposta.
Volto a beijar seus lábios carnudos sem dar
chance para ela responder, não posso aceitar um
não como resposta, na verdade, não posso nem
correr esse risco.
Desgrudo nossas bocas, percebendo que ela
traga o ar profundamente e, nesse tempo, eu a puxo
pela mão em direção a saída. É hoje que eu te
deixo de pernas bambas, gostosa!

Abro a porta do quarto permitindo que ela


entre. Raíssa está um pouco tímida, acuada, mas

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imagino que seja por causa do meu status. Sorrio


admirando suas belas formas e passo a mão no meu
pau duro, por cima da calça, chamando sua atenção
para essa parte do meu corpo. Ela arregala os
olhos, voltando a encarar-me arteiramente. Colo os
nossos corpos e volto a beijá-la com desejo: com
todo o desejo que estou sentindo por essa danada!
Deito-a na cama, abrindo suas pernas com as
minhas, enquanto faço movimentos libidinosos
com a minha língua na sua boca. Ela deixa escapar
um gemido e eu gosto disso porque me dá ainda
mais gás.
Ergo o meu corpo e tiro a minha camisa.
Jogo o tecido sobre a cama, voltando a beijá-la.
Minhas mãos tateiam suas coxas e depois voltam
para os seios fartos. Roço minha barba pelo seu
pescoço e ela solta outro gemido. Sua pele se
arrepia instantaneamente fazendo meu pau pulsar
dentro da calça.
Desço minha mão ainda mais até o seu busto
e sem pedir licença puxo o decote do seu vestido
erguendo seu sutiã, revelando os seios rosados que
fazem minha boca salivar instantaneamente. Raíssa
solta um gritinho assustado, mas eu não ligo.
Coloco um seio na boca e aperto o outro com força,
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deliciando-me. Ela não reluta mais, entrega-se ao


momento e puxa os meus cabelos com certa força.
Espalho beijos e chupadas pelo seu busto
enquanto ela contorce o corpo, apertando os meus
quadris com suas pernas. Sei que ela já está louca
de tesão, seus movimentos entregam.
Minhas mãos deixam os seus seios e
passeiam pelo seu corpo, passando pela lateral da
sua cintura até o seu quadril. Aproveito que ela está
com as pernas erguidas e invado sua calcinha.
Bingo! O tecido está completamente molhado pela
sua excitação, mas minha atitude a faz se afastar
um pouco.
— O que foi gostosa? — pergunto cego pelo
tesão.
Ela parece um gatinho assustado.
— Não é nada. É que… eu... — ela olha para
todos os lados, como se procurasse a palavra exata
para falar.
— Você o quê?... — instigo.
Seus olhos se voltam para mim, fitando o
volume na minha calça.
— Entendi o que você quer. — digo
sorridente, enquanto desço o zíper da minha calça,
abrindo o botão. Meu ego está nas alturas!
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— Você vai ficar pelado? — pergunta ela


arregalando os olhos e isso me faz gargalhar.
— Sim minha gostosa, e vou te dar pau na
bocetinha a noite inteira.
Termino de tirar as minhas roupas jogando o
monte sobre os pés da cama. Raíssa crava os olhos
no meu pau, boquiaberta. Pelo visto gostou muito
do que viu.
Sento-me na cama novamente, puxando-a
para mim. Beijo seu pescoço e seguro sua mão,
levando-a até meu membro.
— Veja como você me deixa Raíssa. —
Minha voz sai trêmula de tesão. — Eu não estou
mais suportando, preciso meter em você agora!
Mordo sua orelha.
— Marcelo, eu… — Ela começa a falar,
mas eu a interrompo com um beijo.
Meus dedos invadem a sua calcinha, mas
dessa vez eu não permito que ela se afaste das
minhas carícias.
— Ah! — geme ela, gostoso.
Puxo o zíper do seu vestido e viro-a de
bruços na cama. Tiro a peça e a jogo junto das
minhas roupas. Afasto-me um segundo somente
para admirar a bela vista da sua bunda arrebitada.
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Que tesão de bunda, e que tesão de monte


esse entre as suas pernas. Ainda está coberto pela
calcinha branca de renda, mas dá para ter uma boa
ideia da delícia que me espera.
Abaixo-me e mordo uma das suas nádegas,
depois a outra. Dou um tapa estalado e ela grita.
Continuo chupando e lambendo a sua bunda,
subindo até as suas costas, indo de encontro à curva
do seu pescoço.
— Marcelo o que você vai fazer? — ela
pergunta por entre as madeixas do seu cabelo que
tapa o seu rosto angelical. Sua voz parece temerosa.
— Confia em mim, Raíssa — sussurro.
Continuo com uma tortura lenta e deliciosa
de beijos e carícias, até retornar ao seu bumbum.
Massageio-o, deixando-a relaxada, e então puxo
sua calcinha para o lado, tocando sua bocetinha
exposta, massageando o seu clitóris. É ainda mais
gostosa do que eu imaginei. Raíssa se contorce na
cama, soltando um grito, seus movimentos me dão
ainda mais tesão.
Pego um preservativo no bolso da minha
calça, rasgando a embalagem. Desenrolo o látex
pela extensão do meu pau e, quando volto a me
aproximar dela, Raíssa se vira assustada.
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— Marcelo, espera. — pede ela enquanto


tenta tapar os seios com as mãos.
Estranho essa sua atitude. Ela não deveria
estar envergonhada.
— Está tudo bem? — pergunto.
Ela prende o ar por alguns segundos, está
nervosa! Seus olhos castanhos me encaram
amedrontados, sua face clara está corada. Ela
parece refletir algo e depois volta a falar.
— Não é nada. Pode… continuar.
Beijo os seus lábios de leve e volto a me
posicionar em cima dela, abrindo as suas pernas.
Minhas mãos seguram o elástico da sua calcinha e
deslizam a peça até seus pés, jogando-a junto das
outras peças de roupas. Passo os meus olhos pelo
seu corpo esguio, levando minha mão até o centro
das suas pernas. Raíssa se move, tentando fechá-
las, mas eu a impeço, segurando-as erguidas, em
cada lado do meu corpo.
— Vou te fazer gritar de prazer sua safada —
falo enquanto abro seu sexo com uma das minhas
mãos e com a outra massageio seu clitóris, fazendo-
a gemer em resposta, com meus movimentos em
sua boceta, deixando-me completamente maluco.
Ergo suas pernas e coloco-as sobre os meus
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ombros, deixando sua abertura completamente


exposta, do jeito que eu gosto.
Seguro o meu pau e encaixo na sua entrada.
Ela trinca os olhos, como se estivesse com medo de
algo. Forço um pouco a penetração, mas sua boceta
é apertada demais, como se ainda fosse… virgem.
Raíssa grita com a minha investida e afasta o
corpo.
— Para, por favor! — choraminga.
Fico confuso com o pedido dela, nem ao
menos consegui penetrá-la.
— Desculpa, linda. Eu te machuquei?
Ela respira pesadamente, está nervosa!
— É que... eu… sou virgem.

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Capítulo 7
Raíssa

— Puta que pariu. Por que você não me


disse? — questiona ele, demonstrando-se
totalmente incrédulo quanto à minha confissão.
— É que… eu não sei… fiquei com
vergonha de dizer. Não imaginei que chegaríamos
a esse ponto.
Ele me encara, arqueando uma sobrancelha,
como se estivesse diante de um ET. Provavelmente
está se mordendo de raiva da minha ingenuidade.
Fecho os meus olhos, morta de vergonha,
segurando o choro e pedindo perdão à Virgem
Maria.
— Ei, não fica assim. Eu vou fazer com
carinho. — Suas mãos tocam a minha face fazendo-
me olhá-lo e logo depois minha boca é invadida
pela sua.
Tento afastá-lo e dizer que não posso, que
isso é uma loucura, que eu prometi à minha pobre
mãezinha que subiria ao altar pura e intocada, mas
não consigo. Mais uma vez ele está com a mão lá
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embaixo, fazendo-me sentir coisas que nunca senti,


e é gostoso demais para resistir.
— Transa comigo Raíssa, deixa eu foder
essa boceta. — Sua voz sussurrada invade os meus
ouvidos, fazendo o centro do meu sexo pulsar.
Não consigo respondê-lo, minha voz está
embargada pelo tesão, tudo que consigo expressar,
são gemidos sôfregos.
— Tem ideia do quanto quero te comer? —
diz ele, fazendo-me abrir um sorriso tímido com a
sua confissão desesperada e, com um aceno de
cabeça, concordo. Desculpa mamãe, mas é pressão
demais para que eu possa suportar, preciso ter algo
interessante para contar para as minhas filhas e
netas em um futuro distante, dizer que transei com
o meu astro.
Ele me beija suavemente. Dessa vez seus
toques são mais carinhosos. Sua barba roça na
minha pele e me causa arrepios, enquanto seus
dedos dedilham a minha intimidade.
Nunca estive assim com um homem, nem
mesmo amassos mais quentes, mas agora tudo
parece ser tão certo que não me imagino não
fazendo isso, mesmo que amanhã eu acorde e tenha
que seguir com a minha vida pacata de sempre, e
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esquecer que algum dia fui SEDUZIDA POR ELE.


— Está pronta? — pergunta ele,
encarando-me.
Assinto, acenando com a cabeça,
provavelmente estou vermelha de vergonha.
Ele abre as minhas pernas e coloca a ponta
do seu membro duro na minha entrada. Seguro o ar
por um momento, meu corpo inteiro treme de
excitação, medo, nervosismo, tudo ao mesmo
tempo. Ele força a entrada devagar, tomando
cuidado para não perder o controle, mas a dor
começa a despontar assim mesmo.
Levo minha mão até seu pau, segurando-o,
impedindo que ele continue, sentindo seu membro
grosso e avantajado aquecer a minha mão, o que
me faz sentir medo em dobro. Preciso me
acostumar um pouco.
— Fica calma Raíssa. Olha para mim! —
pede ele. E só agora percebo que estou com as
pálpebras trancadas.
Abro os olhos e o encaro.
Ele começa a massagear meu clitóris sem
tirar seu pau da minha entrada. Seus olhos azuis
estão cravados nos meus e isso me deixa extasiada.
Ele lambuza um dedo com o meu mel e chupa
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como se estivesse provando o néctar dos deuses.


Esses movimentos vão me deixando cada vez mais
excitada e ao mesmo tempo relaxada, entrego-me
ao prazer do momento e rapidamente meu corpo se
convulsiona em um orgasmo. O primeiro orgasmo
que tive com um homem.
Ele sorri ao ver que gozei e me beija. Ainda
sinto o meu gosto nos seus lábios, é excitante.
Marcelo começa a forçar seu pênis na minha
entrada e eu mordo o seu lábio para não gritar. Ele
afasta o pau do meu corpo, depois volta a investir
novamente, fazendo movimentos suaves, lentos, até
que entra a cabeça.
— Aí — grito baixinho.
— Aguenta firme, está quase lá.
Cravo os meus dentes no seu ombro e uma
lágrima de dor escorre pela minha face quando ele
força novamente. Eu sinto como se uma barreira
tivesse sido quebrada, como se estivesse sendo
partida ao meio.
Marcelo geme em meu ouvido e começa a se
movimentar devagar.
— Que delícia, Raíssa. Você é tão quente.
Seus movimentos vão se intensificando. Ele
sai todo de dentro de mim, depois volta a me
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penetrar até o fundo, arrancando mais um grito da


minha boca, uma mistura de dor e prazer.
Sem desligar nossos corpos, ele me abraça,
nos virando na cama, fazendo com que eu fique em
cima dele, tendo total controle da situação. Começo
a subir e descer devagar, um pouco sem jeito,
firmando-me em suas pernas torneadas.
— Isso… assim… ah que boceta gostosa do
caralho — rosna ele, dando-me um tapa na bunda.
Contínuo me movimentando, esmagando
meu clitóris contra a sua pélvis, descobrindo
prazeres que nunca imaginei que fossem possíveis.
Ergo o meu corpo, fazendo com que ele saia quase
que completamente de mim. Seu pau está
completamente lambuzando com a mistura do meu
prazer e a perda da minha virgindade. Sento-me
novamente sobre ele, enquanto ele leva sua mão ao
meu centro, friccionando o meu clitóris, fazendo
com que a dor dê lugar ao mais sublime prazer e
meu corpo se convulsiona novamente.
Murmuro seu nome baixinho, enquanto gozo
sentada no seu pau. Ele me abraça e volta a
movimentar-se com cuidado, entrando e saindo
lentamente, até eu sentir os espasmos do seu
membro dentro de mim.
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— Ah porra, que gostoso — suspira, ainda


trêmulo pelo êxtase.
Saio de cima dele e me deito na cama ao seu
lado. Marcelo me puxa para mais perto de si,
fazendo com que minha cabeça se posicione em seu
peito. E assim, junto dele, após dois incríveis
orgasmos, adormeço nos seus braços.

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Capítulo 8
Raíssa

Acordo um pouco desnorteada, abrindo os


olhos lentamente, tentando me localizar e pôr os
pensamentos em dia. Olho para o lado e me dou
conta que estou sozinha na cama, meu peito se
aperta. Levanto-me, enrolo o edredom no meu
corpo nu e a mancha de sangue estampada sobre o
lençol deixa bem claro que tudo foi real, não
apenas mais um dos meus sonhos. Sinto meu sexo
dolorido e as lembranças da noite invadem a minha
mente como um tornado.
— Marcelo? — chamo aflita, na esperança
que ele esteja em algum lugar dessa enorme suíte.
Continuo andando à sua procura em todos os
compartimentos, mas nada dele, nenhum vestígio.
Voltando até o quarto, pego minha pequena bolsa
de mão, pegando o celular. Preciso olhar as horas
com urgência.
Deslizo a tela do meu aparelho tendo um
súbito quando vejo que já passa das onze da manhã,

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além dos milhares de ligações e mensagens de


Maria Eduarda no WhatsApp. A passagem de volta
para São Paulo está marcada para as onze e
quarenta e, se tem algo nesse mundo que tenho
certeza, além de ter sido fodida gostosamente, é
que não posso me dar o luxo de perder o ônibus de
volta para casa.
Começo a vestir minhas roupas na
velocidade da luz, enquanto espero Madu atender a
chamada que eu coloquei no viva-voz.
— Raíssa sua doida. Onde você está? —
atende ela com quatro pedras na mão. Mas que
amorzinho essa minha amiga.
— Nem precisa me responder agora, seja
onde estiver, pegue o primeiro táxi que passar na
sua frente e venha para a rodoviária. Já estou aqui
com todas as nossas malas. — dito isso, ela desliga
a chamada sem nem ao menos esperar que eu me
pronuncie. Bem a cara dela.
Termino de me vestir na correria. Mas meu
coração está um verdadeiro caco por ele nem ao
menos ter se despedido de mim. Sentindo-me usada
e depois descartada, pego as minhas coisas e sigo
até a porta. Minha garganta está seca e eu luto com
todas as forças para não me derramar em lágrimas.
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Eu já sabia que tudo iria terminar assim, mas é


sentindo realmente na pele que a gente sabe o
quanto uma atitude impensada pode machucar.
Respirando fundo, olho uma última vez para a suíte
e saio.

Retorno à minha vida normal exatamente


como deveria ser, aos trancos e barrancos. Todos os
dias pela manhã frequento o curso de logística e à
noite trabalho até horas mortas na lanchonete.
Por outro lado, Madu não parece ter sido
abalada pelo sexo selvagem que teve com Rogério
— assim ela diz. Segundo ela, foram apenas bons
momentos e eles nem sequer dormiram juntos.
Penso que ela tem sorte em ser assim, evita
sofrimento gratuito.
Depois daquela noite, as únicas notícias que
tive dele foram pelos holofotes. O Brasil havia
vencido todos os outros jogos e justamente hoje —

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domingo, 15 de julho de 2018 — ao meio-dia,


aconteceria a final da copa do mundo entre a
seleção brasileira e a francesa.
Madu já estava sentada no sofá com a cara
pintada de verde e amarelo, camisa do Brasil e um
balde de pipoca na mão. Eu apenas me contentei
com meu jeans surrado de mendigo e uma blusinha
sem mangas. Todo jogo era uma tortura ter que
olhar para ele e lembrar-me de tudo, eu não tinha
mais animação.
Faltando quinze minutos para o início do
jogo, a quitinete foi invadida pela corja de vizinhos
fofoqueiros que vieram assistir ao jogo com a
gente. Segundo eles, nossa TV parecia um telão e
era melhor para assistir à final — ninguém
pergunta em quantas vezes eu parcelei, né?
O jogo começa e eu tenho que me contentar
em ficar de pé, pois até meu sofá foi ocupado pelos
folgados. Acabo perdendo a paciência e vou para o
meu quarto. Deito-me na minha cama de solteiro,
coloco os meus fones de ouvido e, na metade de
alguma música bad, adormeço.
Sou despertada por Madu que pula e grita em
cima da cama igual a uma corça.
— Ficou louca, Maria Eduarda? — pergunto,
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irritada.
— ESTOU QUASE. O BRASIL GANHOU.
UHUUUUUUU. É CAMPEÃO. É CAMPEÃO.
Tapo os meus ouvidos para tentar amenizar o
impacto dos seus gritos em meus tímpanos, mas é
quase inútil. Deixo a louca pirando sozinha e sigo
para a sala, onde encontro meus queridos vizinhos
comendo e bebendo tudo que estava dentro da
minha geladeira.
Sento-me sobre o tapete, sentindo meus
olhos queimarem ao ver ele segurando o troféu de
campeão junto com seus colegas, enquanto a
torcida aplaude de pé. Pego meu celular para olhar
o placar: Brasil 1x0 França. Deixo o aparelho no
chão, voltando a encarar a tela da TV, minha vista
completamente embaçada pelas lágrimas que
insistem em cair, uma vez que já cansei de lutar

para segurá-las.

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Duas semanas se passaram após a vitória da


seleção. Maria Eduarda já até arrumou um
namorado. E eu, bom, estou seguindo em frente.
Termino meu banho e visto meu uniforme de
garçonete, arrumando meus cabelos em um coque
alto. A lanchonete fica a poucas quadras da minha
casa e eu vou andando. Hoje é sábado e o
movimento é intenso durante todo o período de
trabalho, então opto por calçar minhas velhas e
confortáveis sapatilhas.
Sigo meu caminho, chegando ao meu local
de trabalho alguns minutos antes do horário.
Cumprimento seu Juca e começo a adiantar meus
afazeres.
A lanchonete abre as portas e logo o
primeiro cliente faz sua encomenda, depois outro e
assim por diante, e assim o tempo passa, deixando-
me entretida.
Já é tarde, o movimento diminuiu
drasticamente, restando apenas alguns clientes que
conversam animadamente do lado de fora. De
repente, seu Juca se aproxima, chamando- me.
— Raíssa, tem uma encomenda para você do
lado de fora.
Termino de lavar algumas louças
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rapidamente, secando minhas mãos no avental e


saio apressada, seguindo-o sem entender
praticamente nada, pois não faço a mínima ideia de
quem poderia me enviar alguma coisa a essa hora
da noite e no meu trabalho. Rezo para que não seja
uma bomba!
Um jovem magro, usando óculos de grau me
entrega um buquê de rosas vermelhas, junto com
um cartão e um outro envelope.
Meu coração acelera quando vejo a
assinatura da pessoa que me enviou as rosas:
Marcelo Alcântara.
Abro o cartão na velocidade da Luz, sentindo
meu coração parar de bater a cada linha que leio.
“Oi, minha linda. Pensou que iria se livrar
de mim assim tão fácil? Está perdidamente
enganada.
Peço que leia o conteúdo que está dentro do
envelope, depois retorne para a leitura deste
bilhete.”
Seguro o envelope, rasgando-o. Dentro dele
há um outro bilhete escrito à mão.
“Raíssa, preciso ir até o hotel que estou
hospedado, por favor, não vá embora antes que eu
retorne. Qualquer coisa me ligue, estou deixando o
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número do meu celular.


Beijos nessa boca gostosa.
Ass: Marcelo”
Abraço o pequeno pedaço de papel com toda
a força que há em mim… não posso crer em tudo
que acabei de ler.
Volto a pegar o outro bilhete, retornando de
onde parei.
“Pelo visto você não prestou muita atenção
no bilhete que te deixei em cima da escrivaninha do
hotel. Mas tudo bem, eu estou aqui para ter
certeza que dessa vez você leu. É só olhar para o
outro lado da rua!”
Minhas mãos ficam trêmulas ao ler suas
palavras. Levanto a cabeça procurando por ele
quando vejo uma FERRARI 488 GTB vermelha
sendo estacionada. As portas se abrem e um
Marcelo sorridente, usando terno azul turquesa, sai
da fortuna em forma de carro, vindo ao meu
encontro.
Entrego as flores e os cartões para seu Juca
que observa tudo embasbacado juntamente com o
aglomerado de espectadores que nos observam
pasmos.
Corro ao encontro dele, pulando em seus
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braços, sem me importar com os pensamentos


alheios. Ele segura-me, fortemente, e me beija. Um
beijo calmo, mas cheio de saudades, e eu
simplesmente me derreto em seu abraço.
— Senti sua falta menina — diz ele.
— E eu a sua. — respondo, voltando a beijá-
lo.
As pessoas começam a aplaudir à nossa
volta. Só então me dou conta que estamos no meio
da rua, cercados pelos moradores do bairro que
gritam e assobiam alegremente.
Seus lábios se curvam e ele passa o polegar
pelos meus.
— Que tal termos nosso primeiro encontro?
Um jantar! — sugere, segurando em meu rosto.
Meu corpo ainda treme, descompassadamente.
Sorrio, concordando com seu pedido, mas
então me lembro que não estou vestida
adequadamente. Baixo meu olhar, envergonhada, e
ele percebe o incômodo em que me encontro.
— Não está feliz em me ver? — pergunta,
levantando o meu queixo.
— Estou, claro que sim. Mas não estou
vestida à altura, nem mesmo tenho roupas para um
jantar com você!
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Ele sorri, deixando-me ainda mais


constrangida.
— Raíssa eu não ligo para isso. — Suas
mãos seguram as minhas, levando-as até seus
lábios, onde ele deposita um beijo. — Jante
comigo, temos muito o que conversar.
Meu coração bate acelerado, minhas pernas
tremem e eu tenho uma leve sensação de borboletas
no estômago. É bom, mas é assustador também!
Fecho os meus olhos, formulando algo que veio à
minha mente, mas que ainda me custa aceitar.
Buscando forças em meu íntimo, entrego-me aos
meus desejos e, sem pensar muito mais, respondo
sussurrando em seu ouvido:
— Aceito jantar contigo, mas antes quero me
aproveitar de você em um local mais reservado.
Ouço um baixo gemido escapando da sua
garganta, fazendo com que eu me sinta poderosa.
Mal consigo acreditar que fui capaz de dizer isso,
mas se ajoelhei, tenho que rezar, e eu já esperei
tempo demais por isso.
Segurando na minha mão, ele me guia até o
interior do seu carro, fazendo com que eu me sente
no banco do carona, e então, antes de se dirigir até
o banco do motorista, nossos lábios são selados.
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Epílogo
Marcelo Alcântara

Algumas semanas se passaram desde que


reencontrei Raíssa. Passamos momentos incríveis
juntos durante esse tempo, até quinze dias atrás,
quando precisei viajar para o exterior, mas dessa
vez com a certeza de que a veria novamente. Não
havia sido fácil encontrá-la na primeira vez, já que
eu sabia apenas o seu primeiro nome e umas e
outras informações, mas nada que um investigador
particular não pudesse resolver.
Ainda lembro perfeitamente da noite em que
tirei sua virgindade, sua total entrega. Suas belas
formas me levaram ao limite do êxtase,
despertando uma atração desenfreada, mas o cheiro
da sua pele ficou impregnado em meus sentidos,
impedindo-me de esquecê-la.
Na manhã seguinte, precisei ir ao hotel no
qual estava hospedado com urgência, devido a uma
ligação do Rogério me informando sobre uma
reunião antes do treino. Olhei Raíssa enrolada nos
lençóis, dormindo profundamente como um anjo, e
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eu não quis acordá-la, então procurei pela


escrivaninha um bloco de anotações e deixei um
recado.
Infelizmente meu bilhete foi ignorado ou
nem sequer foi visto, pois o encontrei da mesma
forma que havia deixado, sem nenhuma resposta, e,
pior, sem nenhum vestígio dela, o que me deixou
completamente intrigado e ainda mais louco para
fodê-la novamente.
Tentei esquecer tudo e levar minha vida
normalmente, como sempre fiz após comer uma
mulher. Mas aquela danada soube muito bem como
aguçar os meus sentidos e inundar os meus
pensamentos. Quando me dei conta, já estava
procurando-a em todos os lugares possíveis, igual a
um lobo solitário!
Sentado no pequeno sofá da sua sala,
aguardando-a se arrumar para sairmos, tomo um
gole do vinho que a presenteei, enquanto assisto um
documentário na TV.
Ouço a porta do quarto se abrir, e o barulho
do seu salto ecoa no ambiente me fazendo virar o
rosto para olhá-la. Paraliso!
Seus cabelos estão soltos em cachos,
cobrindo seus ombros. Seus olhos brilham como a
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luz, dando contraste ao vestido justo, vermelho, que


cobre seu belo corpo, fazendo meu pau despertar
dentro da calça. Caralho, ela está muito sexy!
Levanto-me e sigo até ela, envolvendo-a em
um abraço.
— Você está muito linda! — digo em um
sussurro.
— Devo estar mesmo, você estava babando.
— Ela se afasta sorrindo, tão graciosa, com os
lábios volumosos avermelhados me chamando para
beijá-los.
— Convencida! — Seguro em sua cintura,
puxando seu corpo para mim.
Ela morde o lábio inferior, sem desviar seu
olhar do meu, pondo a mão sobre o meu peito, isso
me instiga!
— Vamos? Estamos atrasados.
— Vamos sim, mas antes quero um beijo
gostoso — respondo.
Seus lábios se curvam e ela se aproxima para
acatar ao meu pedido.
Beijo-a, com gosto, desfrutando do seu
sabor, invadindo sua boca com a minha língua,
enquanto passeio minhas mãos pelo seu corpo.
Sinto meu pênis crescer dentro da calça, esses dias
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longe dela me deixaram doido.


— Marcelo… — Ela se afasta, ofegante,
interrompendo o beijo, provavelmente para me
lembrar que estamos atrasados para o jantar
beneficente para o qual fui convidado, mas que
faço questão de levá-la.
— Hum! — Solto um gemido e volto a beijá-
la, sem lhe dar chance de continuar e empurrando-a
na parede.
Abraço o seu corpo quente, enquanto devoro
seu pescoço, arrancando gemidos de sua boca.
— Quero enfiar minha língua na sua boceta
— digo, completamente inebriado pelo tesão.
— É uma proposta tentadora, mas…
— Mas nada. — Seguro seu corpo,
erguendo-o, fazendo suas pernas se abrirem em
volta do meu quadril, deixando sua boceta bem em
cima do meu pau.
— Ah! — Ela geme quando desço o seu
corpo, friccionando os nossos sexos.
Sem desgrudar nossos olhos, ajoelho-me à
sua frente, levantando a barra do seu vestido. Puxo
o elástico da sua calcinha e deslizo o tecido pelas
suas pernas. Ergo uma das suas pernas, colocando-a
sobre o meu ombro. Raíssa se firma na parede,
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soltando um suspiro enquanto deslizo minha língua


pela sua virilha e desço até penetrar em sua entrada
completamente molhada.
Ela começa a rebolar na minha cara,
esfregando seu clitóris na minha boca, deixando-me
atordoado. Inalo o cheiro do seu sexo que inebria
os meus sentidos, deixando-me à beira de um
colapso com tanta vontade de possui-la.
Continuo lambendo e chupando, sugando seu
nervo sensível e avermelhado, até sentir as
vibrações do seu corpo, junto com seus gritos,
enquanto suas mãos puxam os meus cabelos.
Sugo todo o líquido que escorre do seu sexo,
após um gozo intenso, até sentir seu corpo se
acalmar e então me levanto.
Em um movimento brusco, viro-a de costas,
imprensando seu corpo na parede, enquanto chupo
seu pescoço deliciosamente perfumado. Em
seguida retiro seu vestido, jogo o tecido longe e
encaixo seus seios fartos em minhas mãos,
apertando-os.
— Você quer foder? Quer? — murmuro, ao
mesmo tempo em que tiro minha calça e mordisco
seu ombro.
— Sim, por favor!
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— Quer meu cacete dentro de você? Diz!


Já sem a cueca, estapeio a sua bunda,
deixando uma marca vermelha.
— Ah! — grita.
— Diz Raíssa, o que você quer?
— Seu ca... cacete. Quero seu cacete dentro
de mim.
Com uma mão, seguro em seus cabelos,
fazendo com que ela curve o corpo, deixando o
bumbum empinado, com a outra, seguro o meu pau
e a penetro, até não restar mais nenhum centímetro
pelo lado de fora, arrancando outro grito da sua
garganta.
— V O C Ê É D E L I C I O S A — falo,
entre uma penetração e outra, mantendo as
investidas firmes.
O único som ouvido são dos nossos gemidos
e dos nossos sexos lambuzados de excitação se
chocando. Retiro meu pau completamente e enfio
novamente, fazendo o mesmo movimento por
várias vezes até sentir minhas estruturas se
abalando com o gozo que está prestes a me
consumir, já estou vendo estrelas. Penetro. Fundo.
Uma... e duas… até não conseguir mais suportar, e
então puxo seu rosto e a beijo, mordendo os seus
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lábios enquanto me derramo dentro dela, em jatos


fortes que fazem minhas pernas tremerem.
Abraçado a ela, ainda em seu interior, respiro
fundo antes de fazer a pergunta chave que tanto
planejei nos dias em que estive longe.
— Raíssa? — chamo.
— Oi — responde ofegante.
— Aceita ser a minha namorada?
Sinto seu corpo paralisar. Ela não diz nada,
permanecendo assim por alguns segundos, mas
logo movimenta-se, fazendo com que eu me afaste
um pouco e ela possa se virar. Com água nos olhos,
ela me abraça, aquecendo o meu coração, fazendo-
me ter ainda mais certeza de que estou
completamente apaixonado, completamente
seduzido por ela!

Fim.

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Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus por sua infinita
bondade. Agradeço a minha filha, minha mãe,
esposo. Agradeço às minhas amigas autoras,
leitoras e parceiras que me apoiaram em cada
etapa: Christine King, Pry Oliver, Mônica Kimi,
Eveline, Gabriela Servo, Clyra Alves e as meninas
que fazem parte dos grupos RDN e MLN.
Obrigada meus amores.

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