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Gestão Do Sector Empresarial em Moçambique (Felicia)

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Índice

1. Introdução......................................................................................................................2
1.1. Objectivo geral...........................................................................................................2
1.2. Objectivos específicos............................................................................................2
2. Metodologia...................................................................................................................3
3. Fundamentação teórica..................................................................................................4
3.1. Conceito do Sector Empresarial e do Estado..........................................................4
3.2. Historial e Desenvolvimentos Recentes.................................................................5
3.3. Principais Sectores Económicos.............................................................................5
3.4. Ambiente de Negócios e Desenvolvimento do Sector Privado e suas
Características................................................................................................................6
3.5. Financiamento, Taxa de Juro e Taxa de Câmbio....................................................7
4. Papel do Sector Empresarial no Desenvolvimento Económico....................................8
5. Lei do Sector Empresarial em Moçambique.................................................................9
6. Economia Moçambicana...............................................................................................9
6.1. Estratégias de Desenvolvimento...........................................................................10
6.2. Desafios e Oportunidades na Gestão Empresarial em Moçambique....................11
7. Conclusão....................................................................................................................12
8. Referências Bibliográficas...........................................................................................13
1. Introdução
O Presente trabalho que ora se apresenta, tem como o tema ‘’A Gestão Sector
Empresarial em Moçambique’’. Como se pode ver pelo tema acima ilustrado, fica
evidente que o sector empresarial é fundamental para o desenvolvimento das
economias. As empresas são geradoras de riqueza e, em especial, criam empregos
absorvendo os jovens que todos anos se juntam à população economicamente activa.

Dai que, o desenvolvimento do sector empresarial está intrinsecamente dependente e


também faz depender o ambiente de negócios. Ambientes de negócios complicados e
com muita administração acabam por ser impedimentos à formação de novas empresas,
empurram empreendedores para o sector informal e provocam sérios atentados à
sustentabilidade das empresas e do sector privado, a médio e longo prazo.

Todavia, o ambiente de negócios é somente factor determinante para o sector privado


nacional. As grandes empresas e, em particular as empresas ligadas a megaprojectos,
sempre recebem tratamento especializado e individual por parte das autoridades devido
aos grandes montantes de capital investido e à exposição internacional que detém. O
problema é que, em geral e raramente sem exclusão, estas empresas são de capital
intensivo e, comparativamente, criam poucos postos de trabalho.

1.1. Objectivo geral


MARCONI e LAKATOS (2002) referem que os objectivos gerais estão ligados a uma
visão global e abrangente do tema, relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer dos
fenómenos e eventos.

Assim, o trabalho em alusão tem como objectivo geral:

 Analisar a gestão sector empresarial do estado Moçambicano.

1.2. Objectivos específicos


 Descrever as características do sector empresarial;
 Analisar o papel do sector empresarial no desenvolvimento económico do país;
 Falar do ambiente de negócios e desenvolvimento do sector privado;
 Apontar o cenário vivido do novo regime do sector empresarial do estado.

2
2. Metodologia
A pesquisa é de carácter qualitativa com base em uma pesquisa bibliográfica e
exploratória, elaborada a partir de material já publicado em revistas, livros, artigos e
teses, assim como também materiais disponíveis na internet, de vários autores da área,
os quais abordam o tema em questão, e os mesmos forneceram subsídios teóricos
bastante significativos para a fundamentação da temática em questão.

A estrutura do trabalho está organizada da seguinte maneira:

 Introdução;
 Desenvolvimento;
 Conclusão
 Referências bibliográficas.

3
3. Fundamentação Teórica

3.1. Conceito do Sector Empresarial e do Estado


O Sector Empresarial do Estado (SEE) encontra-se integrado no Sector Público
Empresarial, cujo regime jurídico foi aprovado pelo Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de
Outubro. O sector empresarial é constituído pelo conjunto das unidades produtivas do
Estado, organizadas e geridas de forma empresarial, integrando as empresas públicas e
as empresas participadas.

Empresas públicas são:

i) As organizações empresariais constituídas sob a forma de sociedade de


responsabilidade limitada nos termos da lei comercial, nas quais o Estado ou
outras entidades públicas possam exercer, isolada ou conjuntamente, de
forma directa ou indirecta, influência dominante;
ii) As entidades públicas empresariais.

Empresas participadas são as organizações empresariais em que o Estado ou quaisquer


outras entidades públicas, de carácter administrativo ou empresarial, detenham uma
participação permanente, de forma directa ou indirecta, desde que o conjunto das
participações públicas não origine influência dominante.

Existe Influência dominante em qualquer uma das situações seguintes:

a) Detenham uma participação superior à maioria do capital;


b) Disponham da maioria dos direitos de voto;
c) Tenham a possibilidade de designar ou destituir a maioria dos membros do
órgão de administração ou do órgão de fiscalização; e
d) Disponham de participações qualificadas ou direitos especiais que lhe permitam
influenciar de forma determinante os processos decisórios ou as opções
estratégicas adoptadas pela empresa ou entidade participada.

Consideram-se participações permanentes as que não possuem objectivos


exclusivamente financeiros, sem qualquer intenção de influenciar a orientação ou a
gestão da empresa por parte das entidades públicas participantes, desde que a respectiva
titularidade seja de duração superior a um ano.

4
O sector empresarial é responsável pela constituição e gestão de infra-estruturas
públicas fundamentais de natureza empresarial e pela prestação de serviços públicos
essenciais, para além de um conjunto diversificado de outras funções de carácter
instrumental, nos mais diversos sectores e domínios. O sector empresarial integra
actualmente um vasto conjunto de empresas detidas ou participadas pelo Estado, cuja
actividade abrange os mais diversos sectores de actividade, constituindo um importante
instrumento de política económica e social.

Para além das participações directas, o Estado detém um conjunto assinalável de


participações indirectas, maioritariamente integradas em grupos económicos ou
holdings como Anadarko, Áreas pesadas de Moma, Grafite, etc.

3.2. Historial e Desenvolvimentos Recentes


A economia Moçambicana tem tido um desempenho excelente desde princípios dos
anos 1990. As médias de crescimento económico têm rondado os 7-8 por cento ao ano o
que é um padrão fenomenal de atingir. Este tem sido o resultado do estabelecimento da
paz, estabilidade económica e social e programas de reforma que introduziram as raízes
cruciais para a transformação e crescimento.

São bastantes os resultados positivos alcançados destacando-se o aumento dos


rendimentos por capital da população Moçambicana, maiores níveis de cobertura
escolar e graduados, maior abrangência dos programas de saúde e melhoria dos
indicadores de saúde, e um maior parque infra-estrutural.

3.3. Principais Sectores Económicos


Os principais sectores da economia moçambicana incluem:

Agricultura: A agricultura é a espinha dorsal da economia moçambicana, empregando


a maioria da população e contribuindo significativamente para o PIB do país. Os
principais produtos agrícolas incluem milho, algodão, cana-de-açúcar e castanha de
caju.

Recursos Naturais: Moçambique é rico em recursos naturais, incluindo carvão, gás


natural, petróleo, minerais e florestas. A exploração desses recursos desempenha um
papel importante na economia do país, atraindo investimentos estrangeiros e
impulsionando o crescimento económico.

5
Indústria: O sector industrial em Moçambique está em crescimento, com foco em áreas
como processamento de alimentos, manufactura leve, construção e energia. O governo
tem incentivado o desenvolvimento da indústria como parte de seus esforços para
diversificar a economia e criar empregos.

Serviços: O sector de serviços em Moçambique inclui uma variedade de actividades,


como comércio, transporte, comunicações, turismo, finanças e serviços governamentais.
Este sector está em expansão devido à urbanização e ao crescimento da classe média.

Tendências Económicas Recentes: Nos últimos anos, Moçambique tem experimentado


um crescimento económico robusto, impulsionado principalmente pela exploração de
recursos naturais e investimentos em infra-estrutura. No entanto, o país enfrenta
desafios significativos, incluindo pobreza, desigualdade de renda, corrupção e infra-
estrutura inadequada.

Perspectivas Futuras: As perspectivas económicas de Moçambique são amplamente


positivas, com potencial para crescimento contínuo em sectores como energia,
agricultura, turismo e infra-estrutura. No entanto, o país enfrenta desafios que precisam
ser abordados, incluindo a melhoria da governança, o desenvolvimento de recursos
humanos e a diversificação da economia.

3.4. Ambiente de Negócios e Desenvolvimento do Sector Privado e suas


Características
O desenvolvimento do sector privado é crucial. O sector privado não só contribui para a
geração de riqueza e expansão e sustentabilidade do emprego, mas também alastra as
bases do crescimento a um maior número de pessoas e provoca impactos amplos e
abrangentes. Para tal, o sector privado tem que ser devidamente estimulado.

O estímulo ao desenvolvimento do sector privado é fundamentalmente determinado


pelo ambiente de negócios e uma despesa pública efectivamente direccionada para o
desenvolvimento do capital humano (educação, saúde, água e saneamento), infra-
estruturas, utilidades, e lei e ordem, em particular, funcionamento efectivo e célere dos
tribunais.

São variados os factores que influenciam o ambiente de negócios. O ambiente de


negócios por sua vez determina o desenvolvimento do sector privado ora via criação de
novas empresas ora sobre as possibilidades de sustentabilidade das empresas. Um bom

6
indicador de qualidade do ambiente de negócios é o Doing Business do Banco Mundial.
Os primeiros 30 países têm ambientes de negócios favoráveis.

A realidade mostra que são raros os casos de países que conseguirão resolver os seus
problemas estruturais de crescimento e pobreza, caso não introduzam reformas
profundas e incisivas no ambiente de negócios. Almejar progredir 20 ou 30 posições do
DB só pode ser um passo de transição para se alcançar as 30 melhores posições e nunca
um objectivo final.

3.5. Financiamento, Taxa de Juro e Taxa de Câmbio


O acesso ao financiamento em Moçambique pelo sector empresarial é embrionário e
reduzido. Isto por falta de garantias bancárias, fraca qualidade de projectos bancáveis,
assim como taxas de juro extremamente altas e impeditivas.

Os mercados de capitais são praticamente inexistentes. Grande maioria das operações


bancárias está dirigida para actividades de exportação e importação, bem como
financiamento ao orçamento do país. Existe um amplo trabalho analítico sobre o sector
financeiro o qual inclui propostas concretas de medidas de reforma e políticas. O Banco
de Moçambique e o Ministério das Finanças têm um papel de liderança nesta área e
sugere-se que maior celeridade deveria ser dada a esse programa.

A taxa de câmbio real efectiva encontra-se a apreciar. Nada indica que esta tendência
venha a mudar mas bem pelo contrário. Os recursos não-renováveis e suas receitas irão
mobilizar cada vez mais recursos em moeda externa e perpetuar, a longo prazo, uma
tendência cada vez mais crescente de apreciação real do Metical.

O problema não está em se pararem os megas e grandes projectos; isso seria uma
falácia. Moçambique necessita desses recursos para o seu crescimento. A questão que se
coloca será como maximizar a mobilização desses recursos e, fundamentalmente, como
utilizar esses recursos.

A qualidade da utilização destes recursos tem que originar ganhos acelerados em


produtividade, competitividade e transformação estrutural da economia que consigam
não só anular os efeitos negativos duma apreciação real da moeda (em particular, na
economia fora dos recursos não renováveis). Só desta forma se poderão garantir
impactos aceleradores de redução da pobreza. Isto é, a velocidade dos ganhos em
produtividade e redução de custos têm que ser bastante maior do que a velocidade de

7
apreciação real efectiva do Metical para se poder ter ganhos nos rendimentos
individuais e, em especial, dos pobres.

Caso contrário somente aqueles que tenham acesso a um emprego no sector formal
poderão ver os seus rendimentos aumentos caso estas empresas sejam suficientemente
dinâmicas e energéticas para garantir ganhos rápidos de produtividade. A função
redistributiva de recursos é da responsabilidade do governo via políticas (económicas e
sociais) e despesa pública e é ela que deve assegurar políticas acertadas que assegurem
crescimento.

4. Papel do Sector Empresarial no Desenvolvimento Económico


O Sector Empresarial do Estado exerce uma função importante na economia
moçambicana. O Estado, por ausência de vocação empresarial, decidiu criar e atribuir a
entidades com personalidade jurídica própria, o exercício de diversas actividades.

Muitas dessas actividades só podem ser exercidas por entes que tenham o apoio do
Estado, dispondo de poderes e meios que as empresas privadas normalmente não têm.
Hoje em dia, tendo em vista acelerar o desenvolvimento do país, as empresas públicas
tem um papel muito importante não só através do exercício das suas actividades
tradicionais, mas, também, das parcerias que venham a estabelecer com empresas
privadas, nacionais ou estrangeiras.

Diversa legislação tem sido produzida nos últimos tempos relativa ao Sector
Empresarial do Estado, mas a nova Lei das Empresas Públicas (Lei n.º 6/2012, de 8 de
Fevereiro, adiante abreviadamente LEP), que entrou em vigor na data da sua
publicação, reveste-se de capital importância. Com esta lei pretende-se adequar o
regime jurídico das empresas públicas à conjuntura actual e às exigências e prioridades
que se colocam ao Estado em matéria de gestão do sector empresarial.

Por exemplo, os recentes desenvolvimentos no sector dos recursos naturais, energia e


infra-estruturas, implicam que o Estado, quando tenha de participar no capital das
empresas que venham a explorar esses recursos, esteja representado por empresas
regidas por regras que não prejudiquem a flexibilidade que delas se exige.

Para além dos diversos aspectos inovadores que ela traz, importa, destacar, em primeiro
lugar, o regime transitório nele previsto, bem assim, a previsão da necessidade da sua

8
regulamentação. Apesar de a lei estabelecer um prazo de 90 (noventa) dias para a
revisão dos actuais estatutos das empresas públicas, a mesma impõe expressamente a
vigência dos referidos estatutos nesse mesmo prazo, sendo que depois disso prevalece o
regime previsto na Lei.

A regulamentação a ser aprovada pelo Governo deverá fixar o modelo de Estatutos a


adoptar pelas empresas públicas, as competências e o funcionamento das tutelas
financeira e sectorial, o processo de tomada de decisões, o conteúdo e o modelo dos
contratos-programa, entre outros aspectos.

5. Lei do Sector Empresarial em Moçambique


A Assembleia da República aprovou, a proposta de lei que estabelece os princípios e
regras aplicáveis ao sector empresarial do Estado. O instrumento define as formas de
criação das empresas públicas e participadas pelo Estado e determina o princípio de
comando único destas empresas.

De acordo com o ministro dos Assuntos Constitucionais e Religiosos, Isac Chande, a


aprovação da proposta mostra-se relevante e pertinente pois confere maior estruturação
do sector público. “Só serão empresas públicas aquelas que actuam em áreas
estratégicas como energia, transporte, entre outros”.

Na verdade, esta proposta visa redefinir os objectivos do sector público e permitir a


melhoria da gestão e transparência nas empresas públicas e participadas pelo Estado. A
estruturação das empresas públicas, considera o ministro dos Assuntos Constitucionais e
Religiosos, a participação das empresas privadas nos processos de desenvolvimento do
país. O Sector empresarial do Estado é constituído pelas unidades produtivas e
comerciais do Estado, organizadas e geridas de forma empresarial, integrando as
empresas públicas e as empresas participadas pelo Estado.

6. Economia Moçambicana
Moçambique independente herdou uma estrutura económica colonial caracterizada por
uma assimetria entre o Norte e o Sul do País e entre o campo e a cidade. O Sul mais
desenvolvido que o Norte e a cidade mais desenvolvida que o campo. A ausência duma
integração económica e a opressão extrema da mão-de-obra constituíam as
características mais dominantes dessa assimetria.

9
6.1. Estratégias de Desenvolvimento
A estratégia de desenvolvimento formulada para inverter esta assimetria apostou numa
economia socialista centralmente planificada. No entanto, as conjunturas regionais e
internacionais desfavoráveis, as calamidades naturais e um conflito militar interno de 16
anos inviabilizaram a estratégia.

O endividamento externo (cerca de 5,5 biliões em 1995) obrigou o País a uma mudança
radical para uma estratégia de desenvolvimento do mercado filiando-se nas Instituições
de Bretton Woods e a consequente adaptação dum Programa de Ajustamento Estrutural,
a partir de 1987. Desde então, o País tem estado a registar um notável crescimento
económico. O Produto Interno Bruto (PIB) tem estado a crescer numa média acima de
7-8% ao ano, chegando mesmo a atingir níveis de 2 dígitos. A inflação está abaixo de
10%.

A tendência é mantê-la em um dígito. Em termos monetários, Moçambique possui um


dos regimes cambiais mais liberalizados de África. Os parceiros comerciais externos
têm motivos suficientes para inspirarem uma grande confiança pelo País face à
capacidade que as autoridades monetárias têm conseguido manter volumes adequados
de meios de pagamento sobre o exterior. As reservas externas do Banco Central têm
estado a situar-se acima dos seis meses de importação de bens e serviços.

O Estado, através da execução da sua política orçamental regula e dinamiza as áreas


socioeconómicas mais importantes e cria um bom ambiente de negócios muito
favorável ao desenvolvimento da iniciativa privada. As reformas jurídicas no âmbito da
legislação financeira, fiscal, laboral, comercial e da terra levadas acabo pelo Governo
contribuem significativamente para fortalecer esse bom ambiente com a respectiva
atracção do investimento privado nacional e externo.

O potencial económico do País para a atracção de investimentos na agro-indústria,


agricultura, turismo, pesca e mineração é enorme. Projectos como o da Mozal,
Barragem de Cahora-Bassa, Corredores Ferro-Portuários e Complexos Turísticos ao
longo de todo o País têm contribuído significativamente para colocar Moçambique na
rota dos grandes investimentos regional e internacional.

Apesar do notável crescimento económico que o País vem registando, muitos


moçambicanos continuam vivendo abaixo da linha da pobreza. O combate à pobreza

10
absoluta constitui uma das grandes prioridades do Governo para o quinquénio 2005-
2009. Para o efeito foi traçado a segunda fase do Plano de Acção da Redução da
Pobreza Absoluta (PARPA II).

6.2. Desafios e Oportunidades na Gestão Empresarial em Moçambique


Um dos principais desafios enfrentados pelas empresas em Moçambique é a infra-
estrutura inadequada, incluindo estradas precárias, falta de electricidade confiável e
acesso limitado à água potável. Isso aumenta os custos operacionais, dificulta o
transporte de mercadorias e afecta a competitividade das empresas no mercado global.
A instabilidade política e social é outra preocupação para as empresas em Moçambique.
Conflitos políticos, protestos sociais e problemas de segurança podem interromper as
operações comerciais, prejudicar o investimento estrangeiro e criar incertezas para os
negócios.

O excesso de burocracia e a corrupção são obstáculos significativos para as empresas


em Moçambique. Processos demorados de licenciamento, pagamento de subornos e
falta de transparência nos negócios podem dificultar a operação de empresas,
especialmente para pequenas e médias empresas que têm recursos limitados para lidar
com essas questões.

As empresas em Moçambique enfrentam uma concorrência crescente não apenas a nível


nacional, mas também regional e global. A entrada de empresas estrangeiras, com maior
acesso a recursos e tecnologias avançadas, pode representar um desafio para as
empresas locais, especialmente as pequenas e médias empresas.

Apesar dos desafios, Moçambique oferece diversas oportunidades de investimento e


crescimento para as empresas. Isso inclui o desenvolvimento de sectores-chave da
economia, como agricultura, turismo, energia e infra-estrutura, bem como o crescente
interesse de investidores estrangeiros em explorar o potencial do país.

O governo de Moçambique tem implementado uma série de políticas e programas


destinados a promover o investimento e o empreendedorismo no país. Isso inclui
incentivos fiscais, subsídios, programas de capacitação e assistência técnica para ajudar
as empresas a crescer e prosperar.

11
7. Conclusão
Chegando ao fim deste trabalho, ficou evidente que, a economia Moçambicana tem tido
um desempenho invejável no passado. O crescimento tem sido notório e bem acima da
média mundial. O país encontra-se em transformação e a pobreza foi reduzida. Na
verdade, os desafios que Moçambique enfrenta, nesta sua fase de desenvolvimento, são
árduos e exigem dedicação, concentração de prioridades, maior eficiência e
transparência para que possam ser resolvidos.

Contudo, os principais desafios no sector empresarial em Moçambique são:

1. Redução da pobreza – fundamental acelerar o crescimento económico que tenha


uma base ampla de modo a provocar maiores e acelerados rendimentos na
economia e, em especial, daqueles que são pobres.
2. Aumento da produtividade da agricultura – uma vez que três-quartos da
população tem os seus rendimentos vindos da agricultura e esta população é
maioritariamente pobre, a solução da pobreza em Moçambique não pode ser
alcançada caso não se consiga melhorar drástica e aceleradamente a
produtividade média da agricultura.
3. Melhoria do ambiente de negócios – a experiência mostra, na história da
humanidade, que os governos dinamizam o crescimento via políticas
económicas, ambiente de negócios e despesa pública, em particular
investimento. A história mostra também que é o sector privado tem um potencial
enorme em termos de geração de rendimentos e riqueza, e principalmente como
esse rendimento é criado e transmitido via a expansão do emprego e sua
sustentabilidade.

O ambiente de negócios Moçambicano, deve ser simples, flexível e estimulante do


crescimento, ao mesmo tempo que deve estabelecer regras de competitividade, justiça
económica, financeira e social.

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8. Referências Bibliográficas
Krause, M, “Formalisation and Business Development in Mozambique - How important
are regulations?”, German Development Institute, 2010.

Foreign Investment Advisory Services, Mozambique: Continuing to Remove


Administrative Barriers to Investment, 2001.

LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Mariana de Andrade, técnicas de pesquisa, 5ª


Ed., São Paulo, Atlas, 2002.

a) World Bank, Doing Business Indicators 2004-2012.


b) KPMG, Business Confidence Indicators 1998 – 2012.
c) CTA, CASP matrices and reports 1996 – 2013.
d) Government of Mozambique, EMAN I and II.

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