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1 Série - Caderno Do Estudante - Língua Portuguesa

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COMPONENTE CURRICULAR – 1ª SÉRIE

LÍNGUA PORTUGUESA

PROFESSOR (A)

1ª SÉRIE
Unidade 1
Olá estudante!

É com grande entusiasmo que iniciamos nossa jornada na unidade 1, dedicada ao estudo do gênero
textual poema — uma experiência que promete ampliar seus horizontes e aprofundar seus
conhecimentos. Nosso foco central estará no desenvolvimento das habilidades prioritárias para o seu
sucesso acadêmico, proporcionando a você as ferramentas necessárias para alcançar um entendimento
sólido e aplicar esses conhecimentos de forma prática.
Ao longo desta unidade, exploraremos o gênero textual poema, visando não apenas o acúmulo de
informações, mas também o desenvolvimento de habilidades críticas essenciais para o seu crescimento
acadêmico e profissional.

Prepare-se para uma jornada de descobertas, desafios estimulantes e aprendizado significativo.


Estamos empolgados em tê-lo conosco nesta jornada educacional. Vamos aprender, crescer e alcançar
juntos novos patamares de conhecimento!

Bons estudos!

OBJETO DE CONHECIMENTO/CONTEÚDO A SER ESTUDADO:

✓ Poema

HABILIDADES PROPOSTAS:

(EM13LP49) Perceber as peculiaridades estruturais e estilísticas de diferentes gêneros literários (a


apreensão pessoal do cotidiano nas crônicas, a manifestação livre e subjetiva do eu lírico diante do
mundo nos poemas, a múltipla perspectiva da vida humana e social dos romances, a dimensão política
e social de textos da literatura marginal e da periferia etc.) para experimentar os diferentes ângulos de
apreensão do indivíduo e do mundo pela literatura.

(EM13LP06) Analisar efeitos de sentido decorrentes de usos expressivos da linguagem, da escolha de


determinadas palavras ou expressões e da ordenação, combinação e contraposição de palavras, dentre
outros, para ampliar as possibilidades de construção de sentidos e de uso crítico da língua.

DESCRITORES
D3-Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
D4-Inferir uma informação implícita em um texto.
D6-Identificar o tema de um texto.
D9-Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.
D18-Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma
determinada palavra ou expressão.

1ª SÉRIE
D19-Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou
morfossintáticos.
D21-Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões.

1ª SÉRIE
1. GÊNERO TEXTUAL: POEMA

Qual a diferença entre poesia e poema?


Quando falamos do poema, estamos tratando da obra, do próprio texto; e, quando falamos em poesia,
tratamos da arte, da habilidade de tornar algo poético. Uma pintura, uma cena de um filme também
podem ser poéticas.

Poemas são textos que gostam de espaço a sua volta. Bastante espaço. É fácil identificar um poema
pela sua forma. Ao contrário da prosa, as linhas de um poema, que são chamados de versos, não
correm até o final da página. Às vezes, os versos de um poema formam grupos, separados por uma
linha em branco. Cada grupo de versos recebe o nome de estrofe. Algumas estrofes são bem
regulares, outras são mais bagunçadas, com números diferentes de versos.

Quanto à forma, os poemas podem ser bem variados. O poema de várias estrofes e poemas de apenas
uma estrofe.
Além da forma, o som também é muito importante nos poemas. Poetas adoram brincar com a
sonoridade. Um dos recursos mais usados são as rimas, produzidas por palavras que têm o mesmo som
ou um som muito parecido. Poemas podem ser rimados ou ter “versos livres” (versos brancos), ou seja,
sem rimas.
Todo poema possui seu ritmo. Alguns ritmos são mais regulares, outros, não. Podemos perceber esse
ritmo com mais clareza quando lemos os poemas em voz alta. Pense no ritmo como uma batida criada
a partir dos sons mais fortes das palavras do poema.

Resumindo: um poema é um texto formado por versos, que se reúnem em estrofes e que são
marcados por recursos sonoros e rítmicos.

A linguagem poética é diferente da linguagem que usamos em textos informativos, como jornais, ou
textos expositivos, que precisam ser objetivos, diretos e claros. Por isso não lemos um poema como
outros textos quaisquer que façam parte de nosso cotidiano.
Os poetas exploram o sentido das palavras ao máximo, revelando significados escondidos. As palavras
podem ter todos aqueles sentidos do dicionário e mais outros tantos (denotação e conotação). Na
poesia, as palavras aparecem como se fossem novas, adquirindo sentidos diferentes daqueles a que
estamos acostumados.

Eu poético – Os poetas escrevem seus poemas para expressar suas ideias, suas visões de mundo,
suas reflexões, suas emoções.
Algumas vezes há um “eu” que fala no poema e se dirige a um “você”.
Isso acontece muito em poemas de amor e esse “eu” que fala no poema pode ser feminino (quando
é uma mulher) ou masculino (quando é um homem).
A esse “eu” que aparece no poema, e que não é necessariamente a voz do próprio poeta, chamamos
“eu poético” ou “eu lírico”.

1ª SÉRIE
Verso
Verso é cada uma das linhas do poema. Apresenta unidade rítmica e melódica. Veja:
A bela acordara
formosa se erguia;
lavar seus cabelos
vai, na fonte fria,
radiante de amores
de amores, radiante.

Estrofe
Todo poema pode ser organizado em estrofes. Estrofe é uma parte do poema constituída por um
agrupamento de versos.
O número de estrofes e de versos em cada estrofe é variável. Existem poemas com um único verso e
poemas com dezenas de estrofes e centenas de versos.
Dependendo do número de versos, as estrofes podem receber nomes específicos. Veja:

1 verso: monóstico
2 versos: dístico
3 versos: terceto
4 versos: quarteto ou quadra
5 versos: quintilha
6 versos: sextilha
7 versos: septilha
8 versos: oitava
9 versos: nona
10 versos: décima
mais de 10 versos: estrofe irregular

Nem todo poema utiliza métrica. No século XX, os poetas criaram o verso livre, isto é, versos sem
regularidade métrica. Quando há regularidade na(s) métrica(s) de um poema, dizemos que seus versos
são regulares.
Veja como exemplo de versos livres o poema de Mário Quintana a seguir.

1ª SÉRIE
Ritmo
Como a música, os versos de um poema também apresentam ritmo. O ritmo dos versos é construído
pela alternância de sílabas acentuadas e não acentuadas, isto é, pronunciadas com maior e com menor
intensidade. A tonicidade nas sílabas poéticas nem sempre é a mesma que nas sílabas gramaticais.
Observe as sílabas tônicas da 1ª estrofe da cantiga de Pero Meogo, marcadas em negrito:

A tonicidade desses versos recai sempre na 2ª e na 5ª sílaba, como é próprio da redondilha menor. No
verso “vai, na fonte fria”, a palavra na constitui uma sílaba tônica, enquanto gramaticalmente é
considerada átona.

Rima
A rima consiste na semelhança sonora entre palavras. Quando ocorre entre palavras do final dos versos
(o mais comum), essa semelhança constitui rimas externas; quando ocorre no interior de versos, rimas
internas.
Releia a 1ª estrofe da cantiga de amor de João Garcia de Guilhade reproduzida na seção Literatura e
observe como as rimas são dispostos na sequência dos versos:

Embora sejam um importante recurso sonoro, as rimas não são obrigatórias em poemas, principalmente
na poesia moderna. Os versos de poemas que não apresentam rimas são chamados de versos brancos.

Outros recursos sonoros


Além do ritmo e da rima, outros recursos podem contribuir para o enriquecimento da sonoridade dos
poemas. Os principais deles são:
• aliteração: repetição de um mesmo fonema consonantal ou de fonemas de sons aproximados.
Exemplo: Acho que a chuva ajuda a gente a se ver. (Caetano Veloso)
• assonância: repetição de um mesmo fonema vocálico.
Exemplo: a gente se embala se embora se embola. (Caetano Veloso)

1ª SÉRIE
2. POLISSEMIA, SENTIDO DENOTATIVO E SENTIDO CONOTATIVO

Analise a composição do cartaz ao lado, que


divulga uma campanha voltada ao meio
ambiente.

1. Qual é o objetivo da campanha?

2. Que aspectos fazem dela uma campanha


educativa?

3. Relacione a ilustração ao texto principal do


cartaz.

O efeito expressivo desse cartaz de divulgação é construído em cima dos dois sentidos que podem ser
atribuídos à palavra sufoco. O significado literal da palavra é “dificuldade de respirar”. Esse
significado mais comum, que independe do contexto, é chamado de sentido denotativo.
O outro sentido de sufoco é “situação muito difícil”, “aflição”, significado que compõe a expressão
popular tirar do sufoco, a qual foi empregada na campanha para mostrar a urgência de salvar o meio
ambiente trocando as sacolas plásticas por embalagens reutilizáveis. Aparece aqui o sentido
conotativo criado por um deslocamento do sentido original da palavra.
O produtor do cartaz valeu-se, portanto, da polissemia da palavra sufoco

Polissemia é a propriedade de uma palavra de apresentar mais de um significado, permitindo à


linguagem produzir inúmeros sentidos.

Muitas vezes, determinado sentido conotativo é incorporado pela língua, como exemplifica a palavra
sufoco, cujo uso figurado é tão ou mais comum do que o uso denotativo. Em outros casos, permanece
restrito, dependente do contexto, por representar uma associação pessoal e original, como ocorre
frequentemente na linguagem literária. Veja este trecho de um poema de Alberto Caeiro, um dos
heterônimos de Fernando Pessoa:

Nesses versos, o eu lírico lamenta que alguns


poetas, preocupados demasiadamente com o
trabalho de elaboração dos versos, não
consigam fazer sua poesia com espontaneidade,
ou seja, não saibam “florir”. No sentido
denotativo, florir é o mesmo que “florescer”,
“fazer brotar flores”, mas nesse contexto, com
valor conotativo, passa a significar “expressar-
se com naturalidade”.

1ª SÉRIE
U.E.: COLÉGIO ESTADUAL MANOEL VICENTE SOUZA
Componente curricular:
Disciplina: Língua Portuguesa Professor (a)
Aluno(a): Nº.:
Série: Turma: Turno: Integral Curso: Ensino Médio
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO - UNIDADE 1

• Leia este poema, de Ribeiro Couto.

1. Rico em imagens e aspectos sensoriais, o poema descreve o amanhecer.

a. Que local é descrito no poema?


b. Que palavras são responsáveis pelas sugestões visuais sobre o local?
c. E quais são responsáveis pelas sugestões sonoras?
d. E quais pelas sugestões táteis?
e. E pelas sugestões gustativas?

2. Como o eu lírico (a voz que fala no poema) se sente em relação a tudo a que assiste?

3. Observe a estrutura formal do poema.


a. Quantas estrofes ele apresenta?
b. Quantos versos há em cada estrofe? Como se chamam essas estrofes?

3. A exploração dos sentidos denotativo e conotativo também é um recurso muito produtivo nas histórias
em quadrinhos. Leia esta tira.

1ª SÉRIE
a) Explique por que a “fala” do animal pode ser interpretada tanto no sentido literal (denotativo) quanto
no figurado (conotativo).
b) De que modo a tira evidencia o sentido pretendido pela personagem?

4. Leia um poema de Luiz Silva, conhecido como Cuti.

a) Qual é o sentido de ferro nas duas primeiras ocorrências do termo?


b) Em qual das ocorrências o eu lírico se refere à ideologia do branqueamento? Explique.
c) Que sentido deve ser atribuído a ferro no sexto verso do poema?
d) De que forma o poema constrói uma visão histórica da situação do negro?

O paulista Luiz Silva (Cuti) é um dos intelectuais mais engajados da literatura afro-brasileira. Acesse um
depoimento dele a respeito da participação do negro no universo literário:
<https://www.youtube.com/watch?v=kpv4yMPGOwE>.

1ª SÉRIE
Unidade 2
Olá estudante!

Bem-vindo à Unidade 2, onde exploraremos Teoria literária: conceito de literatura, Funções da


literatura, Origem e história da literatura e Gêneros literários com foco no desenvolvimento de
habilidades essenciais. Estamos empolgados para proporcionar uma experiência de aprendizado
significativa, preparando você não apenas com informações, mas também com habilidades práticas.
Junte-se a nós nesta jornada educacional, prontos para aprender, crescer e alcançar novos patamares
juntos!

Bons estudos!

OBJETO DE CONHECIMENTO/CONTEÚDO A SER ESTUDADO:

✓ Teoria literária: conceito de literatura


✓ Funções da literatura
✓ Origem e história da literatura
✓ Gêneros literários

HABILIDADES PROPOSTAS:

(EM13LP49) Perceber as peculiaridades estruturais e estilísticas de diferentes gêneros literários (a


apreensão pessoal do cotidiano nas crônicas, a manifestação livre e subjetiva do eu lírico diante do
mundo nos poemas, a múltipla perspectiva da vida humana e social dos romances, a dimensão política
e social de textos da literatura marginal e da periferia etc.) para experimentar os diferentes ângulos de
apreensão do indivíduo e do mundo pela literatura.

DESCRITORES:

D3-Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.


D4-Inferir uma informação implícita em um texto.
D6-Identificar o tema de um texto.
D9-Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.
D18-Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão.

1ª SÉRIE
1. TEORIA LITERÁRIA: CONCEITO DE LITERATURA

Você vai ler, a seguir, três textos. O primeiro, “José”, de autoria de Carlos Drummond de Andrade, é
um dos mais importantes poemas da literatura brasileira; o segundo é uma colagem feita pelo fotógrafo
britânico Ewan Fraser; o terceiro é a letra de uma canção de Gabriel, o Pensador.

TEXTO I

TEXTO II

TEXTO III

1ª SÉRIE
Tem alguém aí?
Antes era só alegria, o mundo não mordia.
A vida era doce, nem ardia!
Mas aí um dia, ou quem sabe dois ou três, eu... só queria superar a timidez...
Eu queria fazer parte de alguma coisa.
Se crescer já é difícil, crescer sozinho é mais.
A gente tem que dar um jeito de gostar de alguma coisa.
A gente tem que dar um jeito... de ficar satisfeito!
Mas o tempo passa, e se a vida é sem graça, a gente disfarça, na mesa do jantar.
Pra depois tentar desabafar numa conversa, mas ninguém se interessa,
na mesa do bar!
Ninguém tá escutando o que eu quero dizer!
Ninguém tá me dizendo o que eu quero escutar!
Ninguém tá explicando o que eu quero entender!
Ninguém tá entendendo o que eu quero explicar!
Conversa vazia, cabeça vazia de prazer, cheia de dúvida e de vontade de
fazer qualquer loucura que pareça aventura.
Qualquer experiência que altere o estado de consciência.
E que te dê a sensação de que você não tá perdido.
Que alguém te dá ouvidos. Que a vida faz sentido!
Chega! Não, eu quero mais!
Bebe, fuma, cheira, tanto faz.
Droga é aquela substância responsável por tornar a sua vida aparentemente
mais suportável.
Confortável ilusão: parece liberdade e na verdade é uma prisão.
[...]
Ninguém prepara o jovem, nem os pais nem a TV, pra botar o pé na estrada
e não se perder.
Ninguém prepara o jovem pra saber o que fazer quando bater na porta e
ninguém atender.
Ninguém me dá a chave pra abrir a porta certa, mas a porta errada eu
encontro sempre aberta!
Entrar numa roubada é mais fácil que sair.
Tem alguém aí?
[...]
(Gabriel, o Pensador/Homero Junior/
Baca/Digão.@ Trama Produções/Hip Hop.)

1. Leia o boxe “Poeta e eu lírico” e depois


responda: A quem o eu lírico do poema “José” a. Qual é a situação de José? Comprove sua
se dirige, isto é, com quem ele fala? resposta com elementos do poema.
b. A morte poderia ser, enfim, uma saída para
2. O poema descreve José aos poucos, por meio José? Por quê?
de imagens, como a destes versos:

“está sem discurso,


está sem carinho,”
“a noite esfriou,
o bonde não veio,
o riso não veio”

1ª SÉRIE
3. Observe estes trechos do poema:
“você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?”
“sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio — e agora?”

a. Levante hipóteses: Quem é José? Justifique sua resposta.


b. Por que a expressão e agora? é usada insistentemente no poema?

4. O poema “José” foi publicado em 1942, momento em que acontecia a Segunda Guerra Mundial
(1939-1945). Considerando esse contexto histórico do poema, conclua:
a. O que ou quem José representa?
b. O que representa o beco sem saída em que José está?
c. Que sentido adquire o verso final: “José, para onde?”

5. Considere agora a letra da canção “Tem alguém aí?”.

a. Quem é o eu lírico da canção?


b. A que tempo ele se refere no verso “Antes era só alegria, o mundo não mordia”?
c. Como o eu lírico se sente em relação ao mundo e às pessoas com quem convive?

6. O eu lírico da canção também se encontra em um beco sem saída.


a. Que tipo de beco sem saída é esse?
b. O que o teria levado a essa situação?
c. De acordo com o ponto de vista expresso na canção, as drogas são uma saída para o jovem? Justifique
com elementos do texto.

7. Agora, observe a colagem de Ewan Fraser.


a. Qual é a figura principal mostrada na colagem?

1ª SÉRIE
b. Que semelhança há entre a foto e os dois textos lidos?

O que é literatura?

"Literatura é uma modalidade artística que tem como matéria-prima a palavra, usada na construção de
histórias ou na expressão de emoções e ideias. O texto literário, diferentemente do texto não literário,
possui caráter subjetivo e conotativo. Apesar de muitas vezes não ter uma função de uso prático
(caráter utilitário), os autores e leitores atribuem à Literatura algumas funções sociais, como a reflexão
sobre a realidade."

Conceituar literatura não é uma tarefa fácil. Leia os textos a seguir e veja o que dois estudiosos dizem
sobre literatura.

Texto I Texto II

O que é literatura? é uma pergunta Chamarei de literatura, da maneira mais


complicada justamente porque tem várias ampla possível, todas as criações de toque
respostas. E não se trata de respostas que vão se poético, ficcional ou dramático em todos os níveis
aproximando cada vez mais de uma grande de uma sociedade, em todos os tipos de cultura,
verdade, da verdade-verdadeira. Cada tempo e, desde o que chamamos folclore, lenda, chiste, até
dentro de cada tempo, cada grupo social tem sua as formas mais complexas e difíceis da produção
resposta, sua definição. Respostas e definições — escrita das grandes civilizações.
vê-se logo — para uso interno. Vista deste modo, a literatura aparece
Ao longo dos dois mil anos que nos separam claramente como manifestação universal de todos
de — digamos — Platão, vários têm sido os os homens em todos os tempos. Não há povo e
critérios pelos quais se tenta identificar o que não há homem que possam viver sem ela, isto é,
torna um texto literário ou não literário: o tipo de sem a possibilidade de entrar em contato com
linguagem empregada, as intenções do escritor, alguma espécie de fabulação. Assim como todos
os temas e assuntos de que trata a obra, o efeito sonham todas as noites, ninguém é capaz de
produzido pela sua leitura... tudo isso já esteve ou passar as vinte e quatro horas do dia sem alguns
ainda está em pauta quando se quer definir momentos de entrega ao universo fabulado. O
literatura. Cada um desses critérios produziu sonho assegura durante o sono a presença
definições consideradas corretas. Para uso indispensável desse universo, independentemente
interno daquele grupo ou daquele tempo, da nossa vontade. E, durante a vigília, a criação
correspondendo as respostas ao que foi (ou é) ficcional ou poética, que é a mola da literatura em
possível pensar de literatura num determinado todos os seus níveis e modalidades, está presente
contexto. em cada um de nós, analfabeto ou erudito —
[...] como anedota, causo, história em quadrinho,
(Marisa Lajolo. Literatura ― Leitores & leitura. noticiário policial, canção popular, moda de
São Paulo: Moderna, 2001. p. 26.) viola, samba carnavalesco. Ela se manifesta desde
o devaneio amoroso ou econômico no ônibus até
a atenção fixada na novela de televisão ou na
leitura seguida de um romance.
Ora, se ninguém pode passar vinte e quatro
horas sem mergulhar no universo da
ficção e da poesia, a literatura concebida no
sentido amplo a que me referi parece
corresponder a uma necessidade universal que

1ª SÉRIE
precisa ser satisfeita e cuja satisfação constitui um
direito.

(Antonio Candido. “O direito à leitura”. In:


Textos de intervenção.
São Paulo: Duas Cidades, 2002. p. 174-5.)

1. De acordo com o texto de Marisa Lajolo:


a. Existe uma definição de literatura que seja melhor que as outras ou a mais verdadeira?
b. A que se deve o surgimento de tantas definições de literatura ao longo dos séculos?

2. Marisa Lajolo enumera alguns dos critérios que têm sido utilizados para definir o que é um texto
literário.
a. Quais são eles?
b. A autora considera errados esses critérios e as definições a que eles deram origem? Por quê?

3. De acordo com o texto de Antonio Candido:


a. O que é literatura?
b. A literatura, para o autor, se restringe aos gêneros literários, como o poema, o romance, o conto, a
crônica, etc.?
c. Por que a literatura é uma necessidade e um direito?
d. Pessoas analfabetas também podem usufruir do prazer proporcionado pela literatura? Justifique sua
resposta.

4. Além das formas de expressão literárias citadas por Antonio Candido, que outras você citaria,
próprias de nosso tempo?

2. FUNÇÕES DA LITERATURA

A literatura desempenha várias funções significativas na sociedade, ao refletir, questionar e enriquecer


as experiências humanas. Algumas das principais funções da literatura incluem:

Proporcionar entretenimento: a literatura tem o poder de nos proporcionar prazer e diversão,


servindo como um meio de relaxamento que nos permite escapar temporariamente dos desafios do dia
a dia.

Promover educação: a leitura de obras literárias desempenha um papel educativo, fornecendo


conhecimentos sobre o mundo ao nosso redor, diferentes culturas e perspectivas e, principalmente,
sobre a complexidade da natureza humana.

Estimular a imaginação e criatividade: é uma ferramenta que estimula a exploração da nossa


imaginação e criatividade, oferecendo novas ideias e perspectivas que enriquecem nosso pensamento.

Fomentar a reflexão sobre a realidade: a leitura nos convida a refletir sobre a realidade, incentivando
a questionar o status quo e a explorar novas possibilidades, proporcionando uma visão crítica e
reflexiva sobre o mundo que nos cerca.

1ª SÉRIE
Formação de identidade: a arte pode desempenhar um papel importante na formação da identidade
individual e coletiva. Ela oferece narrativas que auxiliam as pessoas a compreenderem a si mesmas,
suas origens e seus valores.

Desenvolvimento da empatia: ao explorar personagens e situações diversas, a literatura proporciona


aos leitores a oportunidade de vivenciar perspectivas e realidades diferentes das suas próprias. Isso
contribui para o desenvolvimento da empatia e da compreensão intercultural.

Preservação cultural e histórica: a literatura desempenha um papel crucial na preservação e


transmissão da cultura e da história. Ela registra as experiências, tradições e valores de uma sociedade,
permitindo que gerações futuras compreendam e se conectem com o passado.

Desenvolvimento da linguagem: a leitura contribui para o desenvolvimento da linguagem,


expandindo o vocabulário e apresentando diferentes estilos de escrita.

3. ORIGEM E HISTÓRIA DA LITERATURA

Uma das formas artísticas mais antigas da humanidade, a literatura surge na pré-história, quando os
primeiros seres humanos começaram a narrar histórias como meio de transmitir conhecimento, cultura
e valores.

A forma inicial dessa arte era oral, com contadores de histórias recitando poemas, lendas e mitos para
as comunidades. Essas narrativas eram passadas de uma geração para outra, preservando a cultura e a
história. Muitas delas perduraram ao longo do tempo, chegando até os dias atuais.

Com o desenvolvimento da escrita cuneiforme na Mesopotâmia e da escrita hieroglífica no Egito, por


volta do terceiro milênio a.C., as sociedades começaram a registrar informações de maneira mais
permanente. Textos religiosos e literários foram inscritos em tábuas de argila ou papiro.

Uma das primeiras obras literárias conhecidas é a "Epopeia de Gilgamesh", escrita na Mesopotâmia
por volta de 2500 a.C. Conta a história do rei Gilgamesh e aborda temas como amizade, morte e busca
pela imortalidade.

A história da literatura é vasta e diversificada, refletindo a evolução da sociedade, das ideias e da


linguagem ao longo do tempo. Cada período contribuiu de maneira única para o desenvolvimento e
enriquecimento desse meio artístico.

Antiguidade Clássica
A Grécia Antiga produziu obras fundamentais como as epopeias "Ilíada" e "Odisseia", atribuídas a
Homero, e as tragédias de autores como Sófocles, Eurípides e Ésquilo. Em Roma, autores como
Virgílio e Ovídio também contribuíram significativamente para a literatura.

Idade Média
Durante a Idade Média, a literatura estava frequentemente ligada a contextos religiosos, como os
escritos dos filósofos e teólogos. A poesia, ainda ligada à música, o teatro e as narrativas de cavalaria
são exemplos da produção literária deste período.

Renascimento

1ª SÉRIE
O Renascimento trouxe uma redescoberta das obras clássicas e uma valorização do indivíduo.
Shakespeare, com suas peças teatrais, e Camões, com a epopeia "Os Lusíadas", são exemplos notáveis
da época.

Barroco
O Barroco foi um movimento cultural do final do século XVI ao século XVIII, caracterizado pela
expressão artística exuberante e dramática, refletindo a complexidade e contradições da sociedade da
época.

No Brasil, destacam-se autores como Gregório de Matos, conhecido por sua poesia de abordagens
religiosas e sociais, marcadas por estilo elaborado e simbolismo.

Iluminismo
No século XVIII, o Iluminismo trouxe uma ênfase na razão e na crítica social. O romance moderno
ganhou destaque com obras como "Cândido", de Voltaire, e "Emílio", de Rousseau.

Romantismo
No século XIX, o movimento romântico trouxe uma valorização das emoções, da natureza e da
individualidade. Autores como Victor Hugo, Edgar Allan Poe e Lord Byron foram figuras
proeminentes.

Realismo e Naturalismo
O final do século XIX viu a ascensão do Realismo, que retratava a vida cotidiana objetivamente, e do
Naturalismo, que explorava influências deterministas sobre o comportamento humano.

Século XX e Contemporaneidade
O século XX testemunhou uma diversidade de movimentos literários, como o Modernismo e o pós-
modernismo. Autores como James Joyce, Gabriel García Márquez, José Saramago e e Haruki
Murakami influenciaram profundamente a literatura moderna.

1ª SÉRIE
4. GÊNEROS LITERÁRIOS

Gênero literário é o conjunto de características que permitem classificar uma obra literária em
determinada categoria. Essa classificação se baseia nos preceitos dos filósofos gregos Platão (“A
República”) e Aristóteles (“Poética”).

Partindo dessa concepção clássica, as obras literárias são organizadas em três gêneros: épico ou
narrativo, lírico e dramático.

O gênero épico ou narrativo é composto por obras que relatam acontecimentos, como contos, novelas,
romances e epopeias.

[...]
O SACERDOTE Realmente, tu falas no momento oportuno, pois acabo de ouvir que Creonte está
de volta.
ÉDIPO Ó rei Apolo! Tomara que ele nos traga um oráculo tão propício, quanto alegre se mostra
sua fisionomia!
O SACERDOTE Com efeito, a resposta deve ser favorável; do contrário, ele não viria assim, com
a cabeça coroada de louros.
ÉDIPO Vamos já saber; ei-lo que se aproxima, e já nos pode falar. Ó príncipe, meu cunhado, filho
de Meneceu, que resposta do deus Apolo tu nos trazes?
Entra CREONTE
CREONTE Uma resposta favorável, pois acredito que mesmo as coisas desagradáveis, se delas
nos resulta algum bem, tornam-se uma felicidade.

1ª SÉRIE
ÉDIPO Mas, afinal, em que consiste essa resposta? O que acabas de dizer não nos causa confiança,
nem apreensão.
CREONTE (Indicando o povo ajoelhado.) Se queres ouvir-me na presença destes homens, eu
falarei; mas estou pronto a entrar no palácio, se assim preferires.
ÉDIPO Fala perante todos eles; o seu sofrimento me causa maior desgosto do que se fosse meu,
somente.
CREONTE Vou dizer, pois, o que ouvi da boca do deus. O rei Apolo ordena, expressamente, que
purifiquemos esta terra da mancha que ela mantém; que não a deixemos agravar-se até tornar-se
incurável.
ÉDIPO Mas por que meios devemos realizar essa purificação? De que mancha se trata?
CREONTE Urge expulsar o culpado, ou punir, com a morte, o assassino, pois o sangue maculou a
cidade.
ÉDIPO De que homem se refere o oráculo à morte?
CREONTE Laio, o príncipe, reinou outrora neste país, antes que te tornasses nosso rei.
ÉDIPO Sim; muito ouvi falar nele, mas nunca o vi.
CREONTE Tendo sido morto o rei Laio, o deus agora exige que seja punido o seu assassino, seja
quem for.
ÉDIPO Mas onde se encontra ele? Como descobrir o culpado de um crime tão antigo?
CREONTE Aqui mesmo, na cidade, afirmou o oráculo. Tudo o que se procura, será descoberto; e
aquilo de que descuramos, nos escapa.
ÉDIPO fica pensativo por um momento
[...]
(Sófocles. Clássicos Jackson, v. XXII. Tradução de J. B. de Mello e Souza. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000024.pdf. Acesso em: 3/5/2015.)

O gênero lírico, por sua vez, expressa emoções, sentimentos. As obras líricas podem se manifestar em
poemas, canções e prosa poética, por exemplo.

Por fim, o gênero dramático é aquele cujas obras representam histórias por meio de ações e diálogos.
É, portanto, o gênero das peças teatrais.

1ª SÉRIE
Importante: É importante frisar que nenhuma obra pertence inteira e absolutamente a um gênero:
uma epopeia, por exemplo, pode apresentar trechos líricos; um poema lírico pode apresentar
passagens narrativas.

1ª SÉRIE
U.E.: COLÉGIO ESTADUAL MANOEL VICENTE SOUZA
Componente curricular:
Disciplina: Professor (a)
Estudante(a): Nº.:
Série: Turma: Turno: Integral Curso: Ensino Médio
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO - UNIDADE 2
1. Classifique os textos a seguir conforme a divisão dos gêneros literários concebida por Platão e
Aristóteles. Justifique sua classificação.

a) ___________________________________

b) ______________________________________

1ª SÉRIE
Unidade 3
Olá estudante!

Bem-vindo à Unidade 3, onde exploraremos o Gênero textual: Fábula e Elementos da comunicação


com foco no desenvolvimento de habilidades essenciais. Estamos empolgados para proporcionar uma
experiência de aprendizado significativa, preparando você não apenas com informações, mas também
com habilidades práticas. Junte-se a nós nesta jornada educacional, prontos para aprender, crescer e
alcançar novos patamares juntos!

OBJETO DE CONHECIMENTO/CONTEÚDO A SER ESTUDADO:

✓ Gênero textual: Fábula


✓ Elementos da comunicação

HABILIDADES PROPOSTAS:

(EM13LP07) Analisar, em textos de diferentes gêneros, marcas que expressam a posição do


enunciador frente àquilo que é dito: uso de diferentes modalidades (epistêmica, deôntica eapreciativa)
e de diferentes recursos gramaticais que operam como modalizadores (verbos modais, tempos e modos
verbais, expressões modais, adjetivos, locuções ou orações adjetivas, advérbios, locuções ou orações
adverbiais, entonação etc.), uso de estratégias de impessoalização (uso de terceira pessoa e de voz
passiva etc.), com vistas ao incremento da compreensão e da criticidade e ao manejo adequado desses
elementos nos textos produzidos, considerando os contextos de produção.

(EM13LP01) Relacionar o texto, tanto na produção como na leitura/escuta, com suas condições de
produção e seu contexto sócio-histórico de circulação (leitor/audiência previstos, objetivos, pontos de
vista e perspectivas, papel social do autor, época, gênero do discurso etc.), de forma a ampliar as
possibilidades de construção de sentidos e de análise crítica e produzir textos adequados a diferentes
situações.

DESCRITORES:

D11 – Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.


D15 – Estabelecer relações lógico discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios,
etc.
D20-Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do
mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.
D21-Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo
tema.

1ª SÉRIE
1. GÊNERO TEXTUAL: FÁBULA

Fábula é uma história curta que contém uma moral e, muitas vezes, tem animais como personagens.
Como texto narrativo, a fábula apresenta ações de personagens marcadas pelo tempo e pelo espaço.

Entre as características principais da fábula destacam-se a narração alegórica, sem compromisso


com a realidade, e os seus ensinamentos.

Durante muito tempo a fábula foi, e ainda é, um dos instrumentos usados para transmitir
conhecimentos relacionados à moral e aos bons costumes.

As fábulas foram criadas, provavelmente, por Esopo (século VI a.C). Além dele, o principal autor do
gênero é La Fontaine. No Brasil, o nome de maior destaque é Monteiro Lobato.

Exemplos de fábulas:

A lebre e a tartaruga

A cigarra e a formiga

A raposa e as uvas

O touro e as rãs

O lobo e o cordeiro

Fábula A lebre a tartaruga

A lebre vivia zombando da tartaruga, porque ela andava muito devagar. Um dia, cansada das
humilhações da lebre, a tartaruga propôs-lhe uma corrida entre as duas.

A lebre achou a ideia ridícula, porque tinha a certeza que ganharia, e aceitou o desafio rindo:

— Aceito o desafio, lebre. Com essa, vou me divertir ainda mais da sua lerdeza.

A tartaruga sabia que tinha que se esforçar muito para ganhar a lebre, por isso, imediatamente
começou a fazer o seu percurso. Enquanto isso, a lebre rindo e zombando dela, decidiu dormir um
pouco depois de começar a correr.

— Não sei para quê tanto esforço, tartaruga. Acha mesmo que precisa se cansar tanto? Olha, dá
tempo de eu dormir antes.

Acontece que a lebre pegou no sono e só acordou quando a tartaruga estava cruzando a linha da
chegada. Ao vencer, a tartaruga disse:

— Que vergonha, perder a corrida para uma tartaruga...

Moral da história: é importante sermos humildes, aceitarmos os desafios de forma honesta, e


também comprometida, e nunca dar algo por vencido antes de ter sido finalizado.

1ª SÉRIE
Características da fábula

narrativa curta; poucos personagens;

linguagem simples; um conflito para resolver;

contém moral; ironia;

utilização de fantasia, como personagens que


são animais, na maior parte das vezes
narração marcada pelo espaço e pelo tempo.

Os recursos alegóricos, ou fantasiosos, da fábula permitem a transmissão de conhecimento às


crianças. Além disso, a fábula é uma história pequena e a linguagem do seu texto é simples.

Embora seja diferente da sátira, também utiliza a ironia como recurso.

Mesmo com a busca de ensinamentos, reflexão e transmissão de conhecimento com forte carga de
moral, a fábula difere da parábola. Em ambas, a narrativa lança mão da imposição e de reflexão,
mas a parábola não ultrapassa os limites do real.

Já na fábula, é condição o uso da fantasia, da transmissão de características humanas a animais e


objetos e, ainda, o emprego da prosopopeia.

A disposição do tempo também marca diferenças entre a fábula e a parábola. Enquanto na fábula o
recurso da imagem é do passado e o fato pertence ao presente, a parábola não segue essa condição.

2. ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
Elementos da comunicação estão presentes nos processos de interação, seja pela escrita, seja pela
oralidade, ou mesmo pelo uso da linguagem não verbal.

1ª SÉRIE
Elementos da comunicação dizem respeito a cada aspecto presente no fluxo comunicativo, desde
o momento em que a mensagem é emitida, até quando é recebida e compreendida. É importante
salientar que esses elementos estão presentes em qualquer tipo de comunicação e podem sofrer
alterações para adequarem-se ao contexto em questão. São eles:

emissor; canal;

receptor; código;

mensagem; contexto.

Características dos elementos da comunicação

Essa estrutura com a presença de seis elementos da comunicação foi divulgada por Roman
Jakobson, linguista russo e um dos grandes teóricos que apresentaram ao mundo estudos referentes
à linguagem e à comunicação.

De acordo com os seus estudos, em todos os atos comunicativos podemos perceber a presença de
seis elementos: emissor (locutor), receptor (interlocutor), mensagem, canal, código e referente. Na
ausência ou no mau uso de um dos elementos, diz-se que houve ruído na comunicação, o que
significa dizer que ela não foi bem-sucedida. Nesse sentido, é importante conhecermos os
elementos, para que possamos fazer um bom uso deles e estabelecermos atos comunicativos
eficazes.

Emissor ou locutor — quem elabora a mensagem, quem diz.

Receptor ou interlocutor — a quem a mensagem é dirigida, por quem ela é captada.

Mensagem — texto verbal ou não verbal propriamente dito, é a estrutura textual.

Referente ou contexto — o assunto que perpassa o ato comunicativo.

Canal ou veículo — o meio pelo qual a mensagem é difundida, divulgada, o seu veículo condutor.

Código — a forma como a mensagem organiza-se, é um conjunto de sinais organizados de maneira


que tanto o locutor quanto o interlocutor conheçam e tenham acesso.

Para melhor ilustrarmos os elementos, tomemos como exemplo uma aula expositiva, ministrada por
uma professora de língua portuguesa sobre elementos da comunicação.

• A locutora seria a professora.


• Os interlocutores seriam os estudantes.
• A mensagem seria o texto verbal oral elaborado pela professora em seu ato de fala.
• O referente seria elementos da comunicação, o assunto da aula.
• O canal seria a voz da professora, impulsionada pelo ar que entra e sai de seus pulmões,
utilizando-se também de seu aparelho fonador.
• O código seria a língua portuguesa."

1ª SÉRIE
U.E.: COLÉGIO ESTADUAL MANOEL VICENTE SOUZA
Componente curricular:
Disciplina: Professor (a)
Aluno(a): Nº.:
Série: Turma: Turno: Integral Curso: Ensino Médio
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO - UNIDADE 3
1. (Enem - adaptada)

Desabafo

Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem
como disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci
ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para
pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado.

CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento).

Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o
predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem
predominante é a emotiva ou expressiva, pois
A) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código.
B) a atitude do enunciador (emissor) sobrepõe-se àquilo que está sendo dito.
C) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem.
D) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais.
E) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação.

2. (Enem 2016)

Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. É, a partir do texto, ser capaz
de atribuir-lhe significado, conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um,
reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor pretendia e, dono da própria vontade, entregar-se a essa
leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo uma outra não prevista.

(LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1993)

Nesse texto, a autora apresenta reflexões sobre o processo de produção de sentidos, valendo-se da
metalinguagem. Essa função da linguagem torna-se evidente pelo fato de o texto
A) ressaltar a importância da intertextualidade.
B) propor leituras diferentes das previsíveis.
C) apresentar o ponto de vista da autora.
D) discorrer sobre o ato da leitura.
E) focar a participação do leitor.

3. Estabeleça a relação entre as colunas, numerando a segunda de acordo com os elementos do processo
de comunicação expressos na primeira:

( 1 ) emissor
( 2 ) receptor
( 3 ) código
( 4 ) canal

1ª SÉRIE
( 5 ) mensagem
( 6 ) referente

( ) É quem elabora a mensagem, quem diz.


( ) Conjunto de sinais organizados de maneira que tanto o locutor quanto o interlocutor conheçam e tenham
acesso.
( ) Assunto, contexto.
( ) A quem a mensagem é dirigida.
( ) Texto em si.
( ) Meio pelo qual a mensagem chega ao receptor.

4. O pai conversa com a filha ao telefone e diz que vai chegar atrasado para o jantar.

Nesta situação, podemos dizer que o canal é:


A) o pai
B) a filha
C) fios de telefone
D) o código
E) a fala

5. Assinale a alternativa incorreta:


A) Só existe comunicação quando a pessoa que recebe a mensagem entende o seu significado.
B) Para entender o significado de uma mensagem, não é preciso conhecer o código.
C) As mensagens podem ser elaboradas com vários códigos, formados de palavras, desenhos, números
etc.
D) Para entender bem um código, é necessário conhecer suas regras.
E) Conhecendo os elementos e regras de um código, podemos combiná-los de várias maneiras, criando
novas mensagens.

6. Uma pessoa é convidada a dar uma palestra em Espanhol. A pessoa não aceita o convite, pois não sabia
falar com fluência a língua Espanhola. Se esta pessoa tivesse aceitado fazer esta palestra seria um fracasso
porque:
A) não dominava os signos
B) não dominava o código
C) não conhecia o referente
D) não conhecia o receptor
E) não conhecia a mensagem

7. Um guarda de trânsito percebe que o motorista de um carro está em alta velocidade. Faz um gesto
pedindo para ele parar. Neste trecho o gesto que o guarda faz para o motorista parar, podemos dizer que é:
A) o código que ele utiliza
B) o canal que ele utiliza
C) quem recebe a mensagem
D) quem envia a mensagem
E) o assunto da mensagem

1ª SÉRIE
8. A mãe de Felipe sacode-o levemente e o chama: “FELIPE, ESTÁ NA HORA DE ACORDAR”.
O que está destacado é:
A) o emissor
B) o código
C) o canal
D) a mensagem
E) o referente

9. Podemos afirmar que Referente é:


A) quem recebe a mensagem
B) o assunto da mensagem
C) o que transmite a mensagem
D) quem envia a mensagem
E) o código usado para estabelecer comunicação

10. Observe a imagem ao lado e assinale a única alternativa que contenha apenas as afirmativas
verdadeiras:

I- Este texto apresenta diversos desvios à língua culta, portanto não transmite sua mensagem.
II- O canal em que essa mensagem foi produzida não atrapalha o entendimento da mesma.
III-A mensagem é religiosa, destinada a receptores cristãos.

Estão corretas apenas:

A) I
B) II
C) III
D) I e III
E) II e III

1ª SÉRIE
Unidade 4
Olá estudante!

Bem-vindo à Unidade 4, onde exploraremos Gênero textual: Conto com foco no desenvolvimento
de habilidades essenciais. Estamos empolgados para proporcionar uma experiência de aprendizado
significativa, preparando você não apenas com informações, mas também com habilidades práticas.
Junte-se a nós nesta jornada educacional, prontos para aprender, crescer e alcançar novos patamares
juntos!

OBJETO DE CONHECIMENTO/CONTEÚDO A SER ESTUDADO:

✓ Gênero textual: Conto

HABILIDADES PROPOSTAS:

(EM13LP01) Relacionar o texto, tanto na produção como na leitura/escuta, com suas condições de
produção e seu contexto sócio-histórico de circulação (leitor/audiência previstos, objetivos, pontos de
vista e perspectivas, papel social do autor, época, gênero do discurso etc.), de forma a ampliar as
possibilidades de construção de sentidos e de análise crítica e produzir textos adequados a diferentes
situações.

(EM13LP10) Analisar o fenômeno da variação linguística, em seus diferentes níveis (variações


fonético-fonológica, lexical, sintática, semântica e estilístico pragmática) e em suas diferentes
dimensões (regional, histórica, social, situacional, ocupacional, etária etc.), de forma a ampliar a
compreensão sobre a natureza viva e dinâmica da língua e sobre o fenômeno da constituição de
variedades linguísticas de prestígio e estigmatizadas, e a fundamentar o respeito às variedades
linguísticas e o combate a preconceitos linguísticos.

(EM13LP52) Analisar obras significativas das literaturas brasileiras e de outros países e povos, em
especial a portuguesa, a indígena, a africana e a latino americana, com base em ferramentas da crítica
literária (estrutura da composição, estilo, aspectos discursivos) ou outros critérios relacionados a
diferentes matrizes culturais, considerando o contexto de produção (visões de mundo, diálogos com
outros textos, inserções em movimentos estéticos e culturais etc.) e o modo como dialogam com o
presente.

DESCRITORES:

D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que


contribuem para a continuidade de um texto.
D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
D10 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou
morfossintáticos ou ao mesmo tema.

1ª SÉRIE
1. GÊNERO TEXTUAL: CONTO

O conto é um texto curto em que um narrador conta uma história desenvolvida em torno de um enredo
- uma situação que dá origem aos acontecimentos de uma narrativa.

Há poucos personagens e poucos locais, pois como a história é breve não é possível incluir vários
lugares e personagens diferentes.

Há vários tipos de contos: realistas, populares, fantásticos, de terror, de humor, infantis, psicológicos,
de fadas.

A estrutura desse gênero textual é composta por quatro partes: apresentação do enredo,
desenvolvimento dos acontecimentos, momento de tensão - clímax, e solução - desfecho.

Alguns exemplos de contos escritos pelos maiores contistas brasileiros são:

• A Cartomante, de Machado de Assis

• O Gato Vaidoso, de Monteiro Lobato

• Presépio, de Carlos Drummond de Andrade

• Feliz Aniversário, de Clarice Lispector

• A Caçada, de Lygia Fagundes Telles

• Conto de Verão n.º 2: Bandeira Branca, de Luis Fernando Verissimo

• O Vampiro de Curitiba, de Dalton Trevisan

Características do conto

O conto apresenta as seguintes características:

• Espaço delimitado;

• Tempo marcado;

• Presença de narrador;

• Poucos personagens;

• Enredo.

Espaço delimitado: o local em que se desenvolve a história é delimitado, como uma determinada
casa, rua, parque, praça. Isso acontece pelo fato de o conto ser uma narrativa breve, em que não é
possível se falar em muitos espaços diferentes.

1ª SÉRIE
Tempo marcado: o tempo do conto é marcado. Isso quer dizer que é possível saber em que momento
a história acontece. Esse tempo pode ser:

cronológico - quando as coisas acontecem numa sequência normal, de horas, dias, anos.

psicológico - quando as coisas não acontecem numa sequência normal, mas de acordo com a
imaginação do narrador ou de um personagem.

Narrador: a história do conto é contada por um narrador, que pode ser:

• narrador observador, aquele que conhece a história, mas não participa dela.

• narrador personagem, aquele que além de narrar a história, também é um dos seus personagens.

• narrador onisciente, aquele que conhece a história e todos os personagens envolvidos nela.

Personagens: o conto contém poucos personagens, porque como é um texto breve, não é possível
incluir muitos participantes na história. Os personagens podem ser principais ou secundários.

Enredo: o conto apresenta sempre um enredo, que é um problema ou situação que dá origem aos
acontecimentos de uma história. Ele pode ser:

linear - quando os fatos seguem uma sequência lógica, ou seja: apresentação, desenvolvimento,
momento de tensão - clímax, e solução - desfecho.

não linear - quando os fatos não seguem uma sequência lógica, ou seja, em vez de começar pela
apresentação do problema ou da situação, pode começar pela sua solução e os acontecimentos são
narrados ao longo do conto.

Tipos de contos

Dependendo da temática explorada, há diversos tipos de contos, do qual se destacam:

• Contos realistas, os que narram situações realistas e não imaginárias.

• Contos populares, os que narram histórias transmitidas de uma geração para outra.

• Contos fantásticos, aqueles em que as histórias apresentam mistura de realidade com ficção e
confundem os leitores com acontecimentos absurdos.

• Contos de terror, os que narram histórias cheias de mistérios, suspense e medo.

• Contos de humor, os que narram histórias que têm como objetivo divertir os leitores.

• Contos infantis, os que narram histórias para crianças e que têm a intenção de transmitir uma lição
moral.

• Contos psicológicos, os que narram histórias que envolvem lembranças e sentimentos, e têm a
intenção de levar o leitor a refletir.

1ª SÉRIE
• Contos de fadas, os que narram histórias que envolvem príncipes e princesas, e se desenvolvem em
torno de um acontecimento trágico, mas que têm um final feliz.

Os minicontos, microcontos ou nanocontos são subcategorias do conto, chamados de "contos


minimalistas".

Eles são bem menores que o conto, uma vez que podem ocupar meia página, uma página, ou ser
formado por poucas linhas.

Mesmo que não compartilhem da estrutura básica dos contos, esse tipo de texto tem adquirido diversas
formas na atualidade, sobretudo após o movimento modernista.

Dessa forma, ele deixa de lado a estrutura fixa narrativa, privilegiando assim, a liberdade criativa dos
escritores.

Estrutura do conto

A estrutura do conto é fechada e objetiva, na medida em que esse tipo de texto é formado por apenas
uma história e um conflito.

Sua estrutura está dividida em três partes:

• Introdução: nesse momento inicial, há uma breve ambientação do espaço, tempo, personagens e
enredo.

• Desenvolvimento: aqui se desenrolam os acontecimentos da história, relacionados com o problema


ou a situação apresentada na introdução.

• Clímax: quando acontece o momento de maior tensão da história.

• Desfecho: encerramento da narrativa, em que se apresenta uma solução para o enredo.

Exemplo de conto

Uma ideia toda azul, de Marina Colasanti

Um dia o Rei teve uma ideia. Era a primeira da vida toda, e tão maravilhado ficou com aquela ideia
azul, que não quis saber de contar aos ministros. Desceu com ela para o jardim, correu com ela nos

1ª SÉRIE
gramados, brincou com ela de esconder entre outros pensamentos, encontrando-a sempre com igual
alegria, linda ideia dele toda azul. Brincaram até o Rei adormecer encostado numa árvore.

Foi acordar tateando a coroa e procurando a ideia, para perceber o perigo. Sozinha no seu sono, solta
e tão bonita, a ideia poderia ter chamado a atenção de alguém.

Bastaria esse alguém pegá-la e levar. É tão fácil roubar uma ideia: Quem jamais saberia que já tinha
dono?

Com a ideia escondida debaixo do manto, o Rei voltou para o castelo. Esperou a noite. Quando todos
os olhos se fecharam, saiu dos seus aposentos, atravessou salões, desceu escadas, subiu degraus, até
chegar ao Corredor das Salas do Tempo.

Portas fechadas, e o silêncio.

Que sala escolher?

Diante de cada porta o Rei parava, pensava, e seguia adiante. Até chegar à Sala do Sono.

Abriu. Na sala acolchoada os pés do Rei afundavam até o tornozelo, o olhar se embaraçava em gazes,
cortinas e véus pendurados como teias. Sala de quase escuro, sempre igual. O Rei deitou a ideia
adormecida na cama de marfim, baixou o cortinado, saiu e trancou a porta.

A chave prendeu no pescoço em grossa corrente. E nunca mais mexeu nela.

O tempo correu seus anos. Ideias o Rei não teve mais, nem sentiu falta, tão ocupado estava em
governar. Envelhecia sem perceber, diante dos educados espelhos reais que mentiam a verdade.
Apenas, sentia-se mais triste e mais só, sem que nunca mais tivesse tido vontade de brincar nos jardins.

Só os ministros viam a velhice do Rei. Quando a cabeça ficou toda branca, disseram-lhe que já podia
descansar, e o libertaram do manto.

Posta a coroa sobre a almofada, o Rei logo levou a mão à corrente.

Ninguém mais se ocupa de mim — dizia atravessando salões e descendo escadas a caminho das Salas
do Tempo — ninguém mais me olha. Agora posso buscar minha linda ideia e guardá-la só para mim.

Abriu a porta, levantou o cortinado.

Na cama de marfim, a ideia dormia azul como naquele dia.

Como naquele dia, jovem, tão jovem, uma ideia menina. E linda. Mas o Rei não era mais o Rei daquele
dia. Entre ele e a ideia estava todo o tempo passado lá fora, o tempo todo parado na Sala do Sono. Seus
olhos não viam na ideia a mesma graça. Brincar não queria, nem rir. Que fazer com ela? Nunca mais
saberiam estar juntos como naquele dia.

Sentado na beira da cama o Rei chorou suas duas últimas lágrimas, as que tinha guardado para a maior
tristeza.

Depois baixou o cortinado, e deixando a ideia adormecida, fechou para sempre a porta.

1ª SÉRIE
A chave prendeu no pescoço em grossa corrente. E nunca mais mexeu nela.

COLASANTI, Marina. Uma ideia toda azul. 19.ed. São Paulo: Global Editora, 1998.

O conto de Marina Colasanti dialoga com a narrativa mágica, próxima da percepção dos contos de
fada. Esse processo pode ser percebido na construção personificada da “Ideia”, capaz de brincar e de
adormecer.

Ao longo da leitura, é perceptível que se trata da história de um rei que não tinha ideias, e quando teve
uma, decidiu guardá-la por muito tempo, até que ela se tornasse ultrapassada. Esse conto nos traz uma
boa reflexão: a de que boas ideias precisam ser executadas.

A situação inicial do conto de Marina Colasanti ocorre a partir do trecho “Um dia o Rei teve uma
ideia[…]”. Já o desenvolvimento, período em que se estabelece o conflito, é configurado no trecho
em que o Rei envelhece e decide libertar a ideia. Fica evidente que o clímax pode ser manifestado no
momento em que o Rei reencontra a ideia ainda adormecida, pois é a partir dessa circunstância que a
situação final será estabelecida, o que significa que o Rei, agora aposentado, percebe que a ideia já
não tem mais serventia e abandona-a no quarto, ainda trancafiado.

Quanto aos elementos da narrativa, o narrador é observador e o espaço é configurado em um


ambiente físico, ou seja, o castelo do Rei. Em relação aos aspectos da verossimilhança, é possível
entender que o fato de o Rei ter tido uma grande ideia e tê-la escondido dos demais é perfeitamente
executável em um “mundo real”.

1ª SÉRIE
U.E.: COLÉGIO ESTADUAL MANOEL VICENTE SOUZA
Componente curricular:
Disciplina: Professor (a)
Aluno(a): Nº.:
Série: Turma: Turno: Integral Curso: Ensino Médio
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO - UNIDADE 4
Leia o texto para responder às questões 1- 12:

OS OBJETOS QUE FALAM

De dentro de um armário podia-se ouvir a gritaria e o entusiasmo dos objetos, estavam eufóricos e
animados, pois o grande dia havia chegado. Por muito tempo haviam planejado realizar um concurso de
canto para descobrir quem cantava melhor.
No entanto, logo ali no andar de cima, estava uma bruxa a dormir muito cansada, porém qualquer
barulho poderia despertá-la. Pensando nisso, os objetos decidiram realizar o concurso ali mesmo, dentro
do armário, para evitar que a bruxa os ouvisse.
A xícara que estava bem entusiasmada foi a primeira a cantar. Cantava lindamente. Os outros objetos a
aplaudia bastante, e quantos mais eles a aclamava, mais ela cantava alto.
Estavam ali tão dispersos e alegres, que não deram conta da bruxa que despertara do sono profundo.
__ Quem ousa atrapalhar o meu sono de beleza com essas risadas insuportáveis? Disse a bruxa
enfurecida.
Ao ver que o barulho vinha do andar de baixo, começou a descer as escadas lentamente, logo se dirigiu
à cozinha e parou em frente do armário.
Dirigiu suas mãos vagarosamente à porta e logo a abriu, lá dentro, encontrou apenas objetos de sua
cozinha. Pensou consigo mesma:
__ Acho que estou ficando maluca!
Logo, subiu novamente e continuou a dormir.
Mas os objetos? Ah! Eles estão em toda parte, nos ouvindo e observando. Até hoje continuam a cantar
com toda a alegria, só não podemos ouvi-los, pois só cantam alto quando têm certeza que não há ninguém
por perto.

De Sousa, Ana Gabriele Barroso. Junho de 2017.


Escola João Moreira Barroso. Prof. Maurício Araújo
1. O texto da Ana Gabriele do 9° ano da Escola João Moreira Barroso é um conto, portanto, que
características desse gênero são identificadas em seu enredo?
____________________________________________________________________________________

2. Que fato dá início a narrativa?


____________________________________________________________________________________

2. O que motivou a realização do concurso dentro do armário?


a) Pela falta de espaço da cozinha.
b) Já que os objetos não podiam sair do armário, resolveram fazer ali mesmo.
c) Estavam com medo da bruxa.
d) Porque estavam preocupados em não incomodar a bruxa que dormia profundamente.

4. Na frase: “Pensando nisso...” a palavra em destaque substitui o termo

a) “Pensando...”
b) “... porém qualquer barulho poderia despertá-la.”

1ª SÉRIE
c) “... estava uma bruxa a dormir muito cansada...”
d) “... logo ali no andar de cima...”

5. A narradora
a) participa do conto, já que o texto está narrado em 1ª pessoa.
b) não participa do conto, já que todo o texto está escrito em 3ª pessoa.
c) não participa do conto, mas os diálogos das personagens estão apenas em discurso indireto.
d) é uma das personagens que participa da história através do discurso direto.

6. Ao longo do texto, se observa que a narradora conversa com um provável ouvinte ou leitor. Localize e
escreva abaixo a frase do possível leitor ou ouvinte.
____________________________________________________________________________________

7. Na frase: “...pois só cantam alto quando têm certeza...” a palavra em destaque introduz
a) uma consequência.
b) uma adição.
c) uma oposição.
d) uma explicação.

8. Há um fato em
a) “__ Acho que estou ficando maluca!”
b) “Eles estão em toda parte, nos ouvindo e observando.”
c) “Cantava lindamente.”
d) “__ Quem ousa atrapalhar o meu sono de beleza com essas risadas insuportáveis?”

9. Por que a bruxa pensou que estava ficando maluca?


a) Porque acreditou ter ouvido risadas do armário.
b) Por encontrou apenas os objetos no armário.
c) Porque viu os objetos cantando.
d) Porque encontrou o armário vazio.

10. O Clímax do conto está em


a) “Os outros objetos a aplaudia bastante, e quantos mais eles a aclamava, mais ela cantava alto.”
b) “Ah! Eles estão em toda parte, nos ouvindo e observando.”
c) “Dirigiu suas mãos vagarosamente à porta e logo a abriu, lá dentro, encontrou apenas objetos de sua
cozinha.”
d) “__Quem ousa atrapalhar o meu sono de beleza com essas risadas insuportáveis?”

11. Na frase: “... estavam eufóricos e animados...”, a palavra em destaque significa que
a) os objetos estavam desesperados.
b) os objetos permaneciam tranquilos.
c) os objetos permaneciam muito felizes.
d) os objetos estavam serenos.

12. A frase abaixo que introduz uma oposição é


a) “Logo, subiu novamente e continuou a dormir.”
b) “De dentro de um armário podia-se ouvir a gritaria e o entusiasmo dos objetos...”
c) “Ao ver que o barulho vinha do andar de baixo...”
d) “No entanto, logo ali no andar de cima...”

1ª SÉRIE
Unidade 5
Olá estudante!

Bem-vindo à Unidade 5, onde exploraremos o Gênero Textual: Verbete e Funções da linguagem


com foco no desenvolvimento de habilidades essenciais. Estamos empolgados para proporcionar uma
experiência de aprendizado significativa, preparando você não apenas com informações, mas também
com habilidades práticas. Junte-se a nós nesta jornada educacional, prontos para aprender, crescer e
alcançar novos patamares juntos!

Bons estudos!

OBJETO DE CONHECIMENTO/CONTEÚDO A SER ESTUDADO:

✓ Gênero Textual: Verbete


✓ Funções da linguagem

HABILIDADES PROPOSTAS:

(EM13LP31) Compreender criticamente textos de divulgação científica orais, escritos e


multissemióticos de diferentes áreas do conhecimento, identificando sua organização tópica e a
hierarquização das informações, identificando e descartando fontes não confiáveis e problematizando
enfoques tendenciosos ou superficiais.

(EM13LP34) Produzir textos para a divulgação do conhecimento e de resultados de levantamentos e


pesquisas - texto monográfico, ensaio, artigo de divulgação científica, verbete de enciclopédia
(colaborativa ou não), infográfico (estático ou animado), relato de experimento, relatório, relatório
multimidiático de campo, reportagem científica, podcast ou vlog científico, apresentações orais,
seminários, comunicações em mesas redondas, mapas dinâmicos etc. -, considerando o contexto de
produção e utilizando os conhecimentos sobre os gêneros de divulgação científica, de forma a engajar-
se em processos significativos de socialização e divulgação do conhecimento.

DESCRITORES

D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.


D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou
expressão.
D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou
morfossintáticos
D12-Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.

1ª SÉRIE
1. GÊNERO TEXTUAL: VERBETE

Vamos aprender sobre o gênero textual verbete.

É um gênero textual expositivo que conduz o leitor a informação, dessa forma, sua natureza não é
narrativa ou argumentativa.

Está presente em dicionários e enciclopédias. Está organizado em ordem alfabética, o que facilita a
consulta.

O verbete utiliza uma linguagem formal, simples e impessoal e registra os vários significados que uma
palavra pode ter, apontando definições gramaticais sobre essa palavra. Pode apresentar siglas e
abreviaturas.

O gênero verbete além de definições e conceitos gramaticais podem conter gráficos, ilustrações e
subdivisões para complementar as informações apresentadas. Atualmente as enciclopédias também
estão disponíveis de forma virtual, por isso é muito comum deixar de lado a pesquisa através da
enciclopédia impressa.

Uma das enciclopédias virtuais mais conhecidas atualmente é a Wikipédia, ela fornece um conteúdo
dinâmico e atualizado, pois é uma enciclopédia colaborativa em que todos podem participar, editar,
adicionar novos conteúdos que podem modificar os verbetes já disponíveis.

Em alguns casos, o verbete pode apresentar termos técnicos. Na versão digital, o verbete também pode
conter hipertextos que permitem novos caminhos a links de textos que aprofundam ainda mais o tema
pesquisado.

O que é?
É um gênero textual que pode ser encontrado em dicionários, glossários e enciclopédias. É um texto
impessoal e, geralmente escrito em linguagem mais formal.
Dicionário
O dicionário é um livro que possui a explicação dos significados das palavras. As palavras são
apresentadas em ordem alfabética. Alguns dicionários são ilustrados para facilitar a assimilação dos
significados das palavras.
Glossário
Glossário é uma espécie de pequeno dicionário específico para palavras e expressões pouco
conhecidas presentes em um texto, seja por serem de natureza técnica, regional ou de outro idioma.
Por norma, o glossário forma o capítulo inicial ou final de determinada obra literária. Lista, em
ordem alfabética ou de aparição, com as acepções corretas dos termos mais peculiares presentes ao
longo texto.
Enciclopédia
A enciclopédia é um conjunto de livros que concentra o saber de maneira organizada, geralmente em
ordem alfabética. O formato tradicional da enciclopédia é um livro, mas existem outras formas como
fascículos, CDs ou versão online.

1ª SÉRIE
2. FUNÇÕES DA LINGUAGEM

Leia a tira:

1. Entre as personagens da tira, não houve entendimento. Analise as seguintes afirmações sobre a
comunicação entre as personagens.
I. O homem fica nervoso por causa da surdez da mulher, que não ouve nem a campainha nem a ordem
dele e faz algo diferente do que ele pediu.
II. A mulher certamente ouve a campainha e entende a ordem do homem, mas age de maneira a deixar
clara sua discordância em relação à atitude dele.
III. A mulher provavelmente não entende o que o homem disse, porque é muito idosa e já não consegue
mais se comunicar com eficiência.
IV. A tira reproduz uma realidade machista da nossa sociedade, em que a mulher cumpre as tarefas
domésticas, enquanto o homem cuida de seus interesses particulares.

2. O desentendimento entre as personagens é resultado de desconhecimento da língua e suas regras?


Justifique sua resposta.

A teoria da comunicação e as funções da linguagem

A tira lida mostra que nem sempre os interlocutores estão dispostos a assumir uma atitude colaborativa
quando participam de uma interação. Isso ocorre porque muitos são os fatores envolvidos nas
interações sociais, entre eles a relação estabelecida entre quem produz e quem recebe o texto, as
intenções desses interlocutores, a estrutura dos textos produzidos, a situação de comunicação, as
características dessas situações, etc. Assim, é possível considerar que até mesmo o humor dos
interlocutores no momento da interação pode ter influência na maneira como recebem e respondem
aos textos.
Como você já viu no primeiro capítulo desta unidade, a teoria da comunicação emerge como uma
tentativa de estudar a língua em uso sem dissociá-la da fala e das situações sociais em que ela ocorre.
Proposta por Roman Jakobson, essa teoria considera que a comunicação humana também segue regras
e, portanto, pode ser analisada. Para tanto, Jakobson explicita o que seriam, para ele, os elementos
essenciais do processo de comunicação:

• o emissor (locutor): aquele que produz o texto;


• o receptor (destinatário): aquele a quem o texto se dirige;
• a mensagem: o texto; tudo o que foi produzido pelo emissor;
• o código: a língua ou os sinais utilizados, que devem ser conhecidos pelos

1ª SÉRIE
envolvidos na comunicação;
• o canal: o meio físico que veicula a mensagem e permite o estabelecimento da comunicação;
• o referente: o contexto, o assunto, aquilo a que a mensagem faz referência.

Na teoria da comunicação, esses elementos são representados tal como no esquema abaixo e cada um
deles determina uma diferente função da linguagem, dependendo das características predominantes
em cada texto e da sua finalidade principal.

A função emotiva
A função emotiva, ou expressiva, ocorre nos textos que têm como foco o próprio locutor (emissor) e,
como objetivo principal, expressar emoções, sentimentos, estados de espírito. Nesse caso, o próprio
locutor determina as escolhas feitas na construção do texto, que, em geral, se centra na 1ª pessoa do
discurso, com o uso de verbos e pronomes na 1ª pessoa. Veja:

Essa letra de canção se centra na expressão dos sentimentos no ponto de vista do eu lírico. O uso da 1ª
pessoa nas formas verbais e nos pronomes (“eu tenho”, “preciso”, “em mim”, “me deixam”) reforça o
caráter subjetivo e a predominância das impressões do eu lírico.

A função referencial
A função referencial ocorre nos textos que têm como foco o referente, isto é, aquilo de que se fala, e
cujo objetivo principal é informar. Nesse caso, o referente determina as escolhas feitas na construção
do texto, no qual predomina geralmente o uso da 3ª pessoa do discurso. Veja:

1ª SÉRIE
Esse texto se centra na informação que procura dar ao leitor. As várias situações de uso da 3ª pessoa
reforçam o foco no referente, e a citação de opinião de especialista (“diz o astrônomo da USP”)
reafirma o caráter objetivo do texto, qualquer que seja o ponto de vista de seu produtor.

A função conativa
A função conativa, ou apelativa, ocorre nos textos que têm como foco o destinatário (receptor) e, como
objetivo principal, convencer o interlocutor. Nesse caso, o destinatário determina as escolhas feitas na
construção do texto, no qual se utilizam geralmente construções com vocativos e imperativos. Veja:

1ª SÉRIE
O anúncio acima se centra no convencimento do destinatário. O uso do imperativo (“faça”, “receba”,
“assine”, “ligue”, “acesse”, “leia”) e de uma imagem impactante reforça a intenção de chamar a
atenção do leitor e o objetivo de persuadi-lo a aderir a uma ideia ou adquirir um produto.

A função poética
A função poética ocorre nos textos que têm como foco a mensagem e seu processo de elaboração.
Nesse caso, o destaque dado à mensagem determina as escolhas feitas na construção do texto, tais
como exploração de recursos sonoros, combinações lexicais, formato, tipos de letra, imagens, etc.
Veja:

O poema acima se centra na exploração de recursos diversos para a construção de sentidos. Além do
conteúdo, são importantes para essa construção de sentidos a disposição das letras e das palavras
(menos ou mais espaçadas, de cabeça para baixo, maiúsculas, minúsculas, etc.), a sonoridade aliada
ao sentido de palavras (amar/amaro, todavia/ toda via/toda vida, porque amou/queimou, etc.), a criação
de novos termos (“consolatrix”, “núncaras”), entre outros recursos que reforçam a tentativa de
trabalhar ao máximo o processo de elaboração da mensagem.

A função fática
A função fática ocorre nos textos que têm como foco o canal e, como objetivo, estabelecer ou dar
continuidade à comunicação.

1ª SÉRIE
Esse texto brinca com uma situação comum no dia a dia: o teste do canal comunicativo quando ainda
não está estabelecido o assunto de uma conversa. Nessa situação, os interlocutores costumam se
empenhar em manter o canal comunicativo aberto, por meio do uso de palavras e expressões que,
embora não se refiram a nenhum assunto (Oi, Tudo bem?, Sim e você?, Que bom, Então, é...),
cumprem a função de não deixar a conversa acabar.
No texto, ocorre uma quebra de expectativa quando um dos interlocutores pergunta “qual seu tipo
sanguíneo?”. Essa quebra de expectativa, ao frustrar um dos interlocutores,
leva ao fechamento do canal de comunicação.

A função metalinguística
A função metalinguística ocorre nos textos que têm como foco o próprio código e, como objetivo,
explicá-lo por meio dele mesmo. Nesse caso, o código determina as escolhas feitas na construção do
texto. Essa função ocorre, por exemplo, em um poema que trata da criação poética, em uma canção
que se refere ao tema musical, em uma tirinha que se refere a quadrinhos, em um filme que trata do
processo de produção de um filme.

Esse texto centra-se no próprio código por meio do qual é produzido. A tira subverte o formato original
das tiras e cria uma nova versão da história em quadrinhos, a história em cubinhos, desenhada em
cubos, em vez de quadros.

1ª SÉRIE
U.E.: COLÉGIO ESTADUAL MANOEL VICENTE SOUZA
Componente curricular:
Disciplina: Professor (a)
Aluno(a): Nº.:
Série: Turma: Turno: Integral Curso: Ensino Médio
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO - UNIDADE 5

ATIVIDADE I
Leia o verbete abaixo:

Cidade
Nome: Cidade é um lugar habitado, geralmente grande, com infraestrutura urbana e serviços públicos.
Características: As cidades são caracterizadas por sua população densa, sua infraestrutura urbana, que
inclui ruas, avenidas, calçadas, praças, edifícios, escolas, hospitais, comércio e serviços, e seus serviços
públicos, como abastecimento de água, coleta de lixo, transporte público e segurança pública.
Importância: As cidades são importantes centros econômicos, culturais e sociais. Elas abrigam a maioria
da população humana e são responsáveis pela geração de riqueza, conhecimento e inovação.

Responda às questões abaixo:

1. Qual é o objetivo de um verbete?

2. Quais são as características de um verbete?

3. Quais são os elementos essenciais de um verbete?

ATIVIDADE II

1. Identifique a função da linguagem predominante nos textos a seguir.

a) _____________________________________

b) _______________________________________

1ª SÉRIE
c) _________________________________________

d) _________________________________________

1ª SÉRIE
Unidade 6
Olá estudante!

Bem-vindo à Unidade 6, onde exploraremos Tipologia narrativa (narração) com foco no


desenvolvimento de habilidades essenciais. Estamos empolgados para proporcionar uma experiência
de aprendizado significativa, preparando você não apenas com informações, mas também com
habilidades práticas. Junte-se a nós nesta jornada educacional, prontos para aprender, crescer e
alcançar novos patamares juntos!

Bons estudos!

OBJETO DE CONHECIMENTO/CONTEÚDO A SER ESTUDADO:

✓ Tipologia narrativa (narração)

HABILIDADES PROPOSTAS:

(EM13LP15) Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e avaliar textos escritos e multissemióticos,
considerando sua adequação às condições de produção do texto, no que diz respeito ao lugar social a
ser assumido e à imagem que se pretende passar a respeito de si mesmo, ao leitor pretendido, ao veículo
e mídia em que o texto ou produção cultural vai circular, ao contexto imediato e sócio-histórico mais
geral ao gênero textual em questão e suas regularidades, à variedade linguística apropriada a esse
contexto e ao uso do conhecimento dos aspectos notacionais (ortografia padrão, pontuação adequada,
mecanismos de concordância nominal e verbal, regência verbal etc.), sempre que o contexto o exigir.

D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que


contribuem para a continuidade de um texto.
D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
D10 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou
morfossintáticos.to ou ao mesmo tema.

1ª SÉRIE
1. TIPOLOGIA NARRATIVA (NARRAÇÃO)

A narração significa contar uma história, acontecimentos e ações de personagens dentro de um espaço
e um tempo determinado.
Através de um enredo (história) é relatado por um narrador os acontecimentos e ações de maneira
linear ou não linear.
Assim, se o enredo seguir uma sequência cronológica, trata-se de um enredo linear. Do contrário, se
existir uma mistura entre o passado, o presente e o futuro, estamos diante de um enredo não linear.
Para facilitar o entendimento, podemos resumir os elementos da narrativa da seguinte forma:

O quê? - revela a história, o assunto central da trama.


Quem? - são as personagens envolvidas na trama e que podem ser principais (protagonistas) e
secundárias (coadjuvantes).
Quando? - indica o momento em que a história se passa.
Onde? - representa o local (espaço) onde a narrativa ocorre, que podem ser ambientes físicos ou
psicológicos.
Por quem? - aquele que conta a história é o narrador (foco narrativo). Ele pode fazer parte da história
(narrador personagem) ou não participar dela (narrador observador ou narrador onisciente).

Os elementos da narrativa - enredo, narrador, personagens, tempo e espaço - são essenciais para
fazer uma narração.
A narração é o relato de um fato ou de um acontecimento. Sem os elementos da narrativa na sua
estrutura, a narração não existe, porque sem eles não conseguimos contar uma história.
Romance, novela, fábula e conto são exemplos de narrativa.

Enredo

Enredo é o conjunto de acontecimentos da narração. O enredo dá sequência a uma história, porque em


torno dele se desenvolvem tudo o que acontece nela.
A principal característica do enredo é o conflito, que cria a tensão na narrativa.
As partes do enredo são:

• exposição (introdução);
• complicação (desenvolvimento);
• clímax, que é o momento de maior tensão;
• desfecho (conclusão).

Exemplo de enredo: Na história da Chapeuzinho Vermelho, o Lobo é o conflito. Ele engana a menina,
depois faz se passar por ela para enganar a sua avó e devorá-la. Por fim, o Lobo faz se passar pela avó
para devorar a menina também.

Narrador

Narrador é aquele que conta uma história. Ele é o principal elemento da estrutura de uma narrativa.
Também chamado de foco narrativo, representa a voz do texto. Dependendo de como atua na narração,
o narrador pode ser classificado em:

• narrador personagem ou narrador primeira pessoa;


• narrador observador ou narrador terceira pessoa.

1ª SÉRIE
O narrador personagem participa da história como um personagem da narração. Ele pode ser o
personagem secundário ou principal.
Se o texto tiver esse tipo de narrador, a história será narrada em 1ª pessoa do singular (eu) ou do plural
(nós).
As variantes do narrador personagem são: narrador testemunha, quando narra acontecimentos em que
participou, geralmente como personagem secundário, e narrador protagonista, quando é o personagem
central.

O narrador observador sabe tudo sobre a história, porque observa tudo e faz o relato daquilo que
observa.
Diferente do narrador personagem, o narrador observador não participa da história. Esse tipo de
narração é feita na 3ª pessoa do singular (ele, ela) ou plural (eles, elas).
As variantes do narrador observador são: narrador intruso, quando conversa com o leitor, expressando
a sua opinião, e narrador parcial, quando se identifica com um personagem, dando-lhe mais destaque
na narração.

Exemplo de narrador: O narrador personagem de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado


de Assis. Essa história é narrada em primeira pessoa, por um defunto, que narra acontecimentos em
que participou.

Personagens

Personagens são aqueles que atuam na narração, falando ou agindo.


De acordo com o papel que desempenham, os personagens são classificados em:

• protagonista, quando é o principal, ou seja, o mais importante;


• antagonista, quando se opõe ao protagonista;
• secundário, quando não tem muito destaque, ou seja, é menos importante.

Exemplo de personagens: Os personagens da história da Chapeuzinho Vermelho são a menina, que


é a protagonista; o lobo, que é o antagonista; a avô e o caçador, que são os personagens secundários.

Tempo

Tempo é o período em que a história se passa, considerando a época, a duração, a ordem da narração.
De acordo com a ordem da narração, o tempo pode ser:

• cronológico, quando segue uma ordem natural dos acontecimentos - do início para o fim
• psicológico, quando não segue uma ordem natural dos acontecimentos e mistura passado,
presente e futuro, podendo narrar do fim para o começo, por exemplo.

Exemplo de tempo: Em Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, o tempo é


psicológico, porque não segue uma ordem natural dos acontecimentos. A história começa com o
enterro do narrador que, depois, narra a sua infância e juventude.

Espaço
Espaço é o local onde a narrativa se desenvolve. O espaço pode ser:

1ª SÉRIE
• físico, quando se passa a história é indicado seja uma fazenda, uma cidade, uma praia, etc. São
classificados em espaços fechados (casa, quarto, hospital, etc.) ou abertos (ruas, vilas, cidades,
etc.).
• psicológico, quando não é revelado um espaço físico, mas sim, um ambiente caraterizado
econômica ou moralmente.

Exemplo de espaço: Na história da Chapeuzinho Vermelho, os espaços físicos onde se passa a história
são a floresta e a casa da avó.

Características da tipologia narrativa

• revela a sequência de acontecimentos de uma história;


• os fatos e as ações são relatados por um narrador (foco narrativo) que participa ou não da trama;
• presença de personagens principais (protagonistas), que aparecem com maior frequência e são
mais importantes na história, e personagens secundários (coadjuvantes);
• marcação de tempo (tempo cronológico) através de datas e momentos históricos, ou o tempo
individual de cada personagem (tempo psicológico);
• indicação do local onde se desenvolve a história e que podem ser físicos (reais ou imaginários)
ou psicológicos (na mente das personagens).

Os principais exemplos de textos narrativos são: crônicas, contos, romances, fábulas e novelas.

1ª SÉRIE
U.E.: COLÉGIO ESTADUAL MANOEL VICENTE SOUZA
Componente curricular:
Disciplina: Professor (a)
Estudante(a): Nº.:
Série: Turma: Turno: Integral Curso: Ensino Médio
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO - UNIDADE 6
Leia o texto e resolva às questões:

A BELEZA TOTAL

A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de
seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o
corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto,
partiu-se em mil estilhaços.

A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por
sua vez, perdiam toda capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana,
embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa.

O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia
confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de
Gertrudes sobre o peito.

Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E
era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um dia cerrou
os olhos para sempre. Sua beleza saiu do corpo e ficou pairando, imortal. O corpo já então enfezado de
Gertrudes foi recolhido ao jazigo, e a beleza de Gertrudes continuou cintilando no salão fechado a sete
chaves.

Carlos Drummond de Andrade

1. No texto, acompanhamos o destino trágico de Gertrudes, uma mulher que acabou morrendo. Com
maestria, o autor se serve da história para tecer reflexões socioculturais, ironizando e criticando o mundo
em que vivemos. Qual o elemento da narrativa é responsável em apresentar o conteúdo e a trama do texto?

a) Personagem.
b) Narrador.
c) Desfecho.
d) Enredo.

2. Localize no texto os seguintes elementos da narrativa:

a) Personagem (protagonista).

____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________

1ª SÉRIE
b) Personagens (secundários).

____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________

c) Foco narrativo (narrador observador ou personagem).

____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________

d) Enredo (linear ou não linear).

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____________________________________________________________________________________

3. Escreva um trecho do texto que comprova o tipo de narrador no conto de Carlos Drummond.

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____________________________________________________________________________________
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4. O narrador, ao caracterizar a personagem, descreve-a de forma física e psicologicamente. Assinale a


alternativa cuja descrição é considerada psicológica.

a) “... este era o seu destino fatal: a extrema beleza...”


b) “... a beleza de Gertrudes continuou cintilando no salão fechado...”
c) “E era feliz, sabendo-se incomparável.”
d) “A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo...”

5. Qual fato é responsável pelo conflito do texto?

a) Gertrudes não poder sair às ruas.


b) O fascínio da beleza de Gertrudes.
c) O confinamento da moça no salão.
d) A aprovação de uma lei pelo senado.

6. O que provocou a morte de Gertrudes?

a) A falta de ar puro.
b) A extrema beleza.
c) A beleza ter saído do corpo.
d) O suicídio do mordomo.

7. Localize no texto uma expressão que indica:

1ª SÉRIE
a) A situação inicial.

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b) O desfecho do conflito.

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c) A situação final.

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8. Quais ambientes foram escolhidos pelo autor que serviram de cenário para a narrativa?

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9. Enumere os acontecimentos abaixo pela ordem em que eles se sucedem na narrativa.

( ) A proibição de Gertrudes em chegar à janela.


( ) A beleza de Gertrudes fechada a sete chaves.
( ) O espelho do banheiro partiu-se em mil estilhaços.
( ) O engarrafamento monstro que durou uma semana.
( ) O confinamento da moça em um salão sem ar puro.
( ) A aprovação de uma lei de emergência pelo senado.

10. Sobre o texto, assinale a alternativa VERDADEIRA:

a) O texto se utiliza do discurso direto para apresentar as falas dos personagens.


b) A narrativa não apresenta o motivo que levou ao suicídio do mordomo da casa.
c) Apesar da morte de Gertrudes, sua beleza continuou viva, todavia, bem guardada.
d) A demora de Gertrudes em retomar para casa resultou em um engarrafamento de carro.

ATIVIDADE II

Proposta de Produção Textual

ORIENTAÇÕES:
• Crie um personagem, com nome, características físicas marcantes, personalidade, e tudo mais que puder
inventar para torná-lo especial e singular.
• Crie outros personagens secundários que poderão acompanhar o seu herói.

1ª SÉRIE
• Crie cenários perigosos, por onde o personagem irá se aventurar. Descreva em detalhes como são esses
lugares e porque eles realmente são perigosos, incluindo que criaturas habitam neles.
• Crie um mistério para o personagem descobrir. Ou pode ser um grande problema para ele resolver. Isso
será a motivação para ele continuar.

Leia o texto abaixo:

Uma Aventura na Ilha

Um dia, nas férias de verão, um grupo de amigos reuniram-se numa praia e um deles teve a ideia de
se aventurarem em apanhar um barco desconhecido para passear pelo mar, pois não conhecia o local.
Até que, no meio do passeio, encontraram uma pequena ilha. Deixaram o barco perto da ilha e foram
explorá-la. A ilha tinha muita vegetação, cobras, macacos e pássaros. O grupo de amigos, ao longo do
passeio, avistaram muito fumo e quiseram ir ver o que se passava. Aproximaram-se e viram uns índios a
dançar à volta da fogueira.
Ficaram com medo de ir falar com eles e, como estava a escurecer, foram embora para o seu barco,
mas já ele já não se encontrava lá e lembraram-se de que se tinham esquecido de o ancorar. No entanto,
decidiram voltar para trás e tentaram falar com os índios. Como os índios não percebiam a sua linguagem
pensaram que o grupo de amigos queria fazer-lhes mal. Os índios apanharam-nos e ataram-nos às árvores.
No dia seguinte uma das meninas do grupo chamada Maria conseguiu, por meio de gestos, mostrar aos
índios que só queriam ajuda para voltar para casa.
Mas primeiro o grupo quis saber mais sobre a tribo. Os índios mostraram-lhes como faziam a sua
própria roupa, como caçavam, como dançavam e como faziam as suas casas. No fim disso tudo, ajudaram-
nos a fazer um barco. E todos voltaram para as suas casas, levando uma lembrança daquele dia de uma
aventura emocionante e descobridora.

Após verificar as características do gênero e ler o texto, produza um conto de aventuras com base nas
informações abaixo:

1. Suponha que você tenha feito uma viagem de férias com sua família para uma fazenda, para a praia ou
para qualquer cidade a sua escolha;
2. Nessa viagem, você se envolverá, sozinho ou com mais alguém, em uma aventura interessante; mas, ao
mesmo tempo, perigosa;
3. Você deverá criar uma situação bastante envolvente em que haverá episódios de aventura;
4. Lembre-se de que você e, caso haja, seus companheiros, deverão vivenciar essas situações e, mais do
que isso, deverão se sobressair nessas questões;
5. O texto deve ser narrado em 1ª pessoa do singular;
6. Dê um título a seu texto;
7. Faça um mínimo de 20 e um máximo de 25 linhas.

1ª SÉRIE
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1ª SÉRIE
Unidade 7
Olá estudante!

Bem-vindo à Unidade 7, onde exploraremos Variações Linguísticas com foco no desenvolvimento


de habilidades essenciais. Estamos empolgados para proporcionar uma experiência de aprendizado
significativa, preparando você não apenas com informações, mas também com habilidades práticas.
Junte-se a nós nesta jornada educacional, prontos para aprender, crescer e alcançar novos patamares
juntos!

OBJETO DE CONHECIMENTO/CONTEÚDO A SER ESTUDADO:

✓ Variações Linguísticas

HABILIDADES PROPOSTAS:

(EM13LP06) Analisar efeitos de sentido decorrentes de usos expressivos da linguagem, da escolha de


determinadas palavras ou expressões e da ordenação, combinação e contraposição de palavras, dentre
outros, para ampliar as possibilidades de construção de sentidos e de uso crítico da língua.

(EM13LP10) Analisar o fenômeno da variação linguística, em seus diferentes níveis (variações


fonético-fonológica, lexical, sintática, semântica e estilístico pragmática) e em suas diferentes
dimensões (regional, histórica, social, situacional, ocupacional, etária etc.), de forma a ampliar a
compreensão sobre a natureza viva e dinâmica da língua e sobre o fenômeno da constituição de
variedades linguísticas de prestígio e estigmatizadas, e a fundamentar o respeito às variedades
linguísticas e o combate a preconceitos linguísticos.

1ª SÉRIE
1. VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS

Variação linguística é a diversificação dos sistemas de uma língua em relação às possibilidades de


mudança de seus elementos (vocabulário, pronúncia, morfologia, sintaxe).

"A variação linguística é um fenômeno natural que ocorre pela diversificação dos sistemas de uma
língua em relação às possibilidades de mudança de seus elementos (vocabulário, pronúncia,
morfologia, sintaxe). Ela existe porque as línguas possuem a característica de serem dinâmicas e
sensíveis a fatores como a região geográfica, o sexo, a idade, a classe social do falante e o grau de
formalidade do contexto da comunicação.”

É importante observar que toda variação linguística é adequada para atender às necessidades
comunicativas e cognitivas do falante. Assim, quando julgamos errada determinada variedade, estamos
emitindo um juízo de valor sobre os seus falantes e, portanto, agindo com preconceito linguístico.

1 - Tipos de variação linguística

→ Variedade regional

São aquelas que demonstram a diferença entre as falas dos habitantes de diferentes regiões do país,
diferentes estado e cidades. Por exemplo, os falantes do Estado de Minas Gerais possuem uma forma
diferente em relação à fala dos falantes do Rio de Janeiro.

Observe a abordagem de variação regional em um poema de Oswald de Andrade:

Vício da fala

Para dizerem milho dizem mio

1ª SÉRIE
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.

→ Variedades sociais

São variedades que possuem diferenças em nível fonológico ou morfossintático. Veja:

Fonológicos - “prantar” em vez de “plantar”; “bão” em vez de “bom”; “pobrema” em vez de


“problema”; “bicicreta” em vez de “bicicleta”.

Morfossintáticos - “dez real” em vez de “dez reais”; “eu vi ela” em vez de “eu a vi”; “eu truci” em
vez de “eu trouxe”; “a gente fumo” em vez de “nós fomos”.

→ Variedades estilísticas

São as mudanças da língua de acordo com o grau de formalidade, ou seja, a língua pode variar entre
uma linguagem formal ou uma linguagem informal.

Linguagem formal: é usada em situações comunicativas formais, como uma palestra, um congresso,
uma reunião empresarial, etc.

Linguagem Informal: é usada em situações comunicativas informais, como reuniões familiares,


encontro com amigos, etc. Nesses casos, há o uso da linguagem coloquial.

Gíria ou Jargão

É um tipo de linguagem utilizada por um determinado grupo social, fazendo com que se diferencie dos
demais falantes da língua. A gíria é normalmente relacionada à linguagem de grupos de jovens
(skatistas, surfistas, rappers, etc.). O jargão é, em geral, relacionadao à linguagem de grupos
profissionais (professores, médicos, advogados, etc.).

1ª SÉRIE
U.E.: COLÉGIO ESTADUAL MANOEL VICENTE SOUZA
Componente curricular:
Disciplina: Professor (a)
Aluno(a): Nº.:
Série: Turma: Turno: Integral Curso: Ensino Médio
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO - UNIDADE 7
1. Analise as afirmações abaixo, relativas à variação linguística.

1 – Uma característica de todas as línguas do mundo é que elas não são unas, não são uniformes,
apresentando variedades.
2 – As línguas mostram formas variadas, entre outras razões, porque a sociedade é dividida em grupos
sociais.
3 – Na escrita, há sempre interlocução, enquanto a fala ocorre fora dela.
4 – As variedades linguísticas sofrem um julgamento social.
5 – Variantes diafásicas são as que mostram diferenças de uma região para outra.

Assinale a opção que indica as afirmativas corretas.

a) 1 – 4 – 5
b) 1 – 2 – 3 – 4 – 5
c) 1 – 2 – 3 – 5
d) 1 – 2 – 4
e) 2 – 3 – 4

2. Sobre a variação linguística, é correto afirmar-se que:

a) não se verifica, na sociedade em geral, a crença sobre o maior prestígio de determinada variedade
linguística em detrimento de outras.
b) na história de um idioma, as variedades indicam o empobrecimento progressivo da linguagem.
c) no contexto social, alguns traços de variação linguística recebem mais carga de avaliação negativa que
outros.
d) na escrita, não se admite qualquer variação linguística, pois somente na modalidade oral é que isso pode
verificar-se.
e) sociolinguisticamente, alguns textos podem ser considerados linguisticamente corretos, porque
respeitam a norma culta da língua, e outros, ao contrário, são considerados incorretos, porque não
obedecem às normas gramaticais.

3. Em situações de formalidade, é conveniente evitar o uso de linguagem informal; a frase abaixo que se
mostra inteiramente formal é:

a) A gente não precisa ganhar muito para ser feliz;


b) Se eu tivesse lá, visitaria mais museus;
c) Me diga toda a verdade sobre o acidente;
d) Viajasse eu mais vezes, comprava mais roupas;
e) Sempre que podemos, nós os visitamos.

4. Leia um trecho de um poema de Patativa do Assaré

Eu e o sertão

1ª SÉRIE
Sertão, argúem te cantô,
Eu sempre tenho cantado
E ainda cantando tô,
Pruquê, meu torrão amado,
Munto te prezo, te quero
E vejo qui os teus mistéro
Ninguém sabe decifrá.
A tua beleza é tanta,
Qui o poeta canta, canta,
E inda fica o qui cantá.

(EU E O SERTÃO - Cante lá que eu canto Cá - Filosofia de um trovador nordestino - Ed.Vozes, Petrópolis, 1982)

Sobre o fragmento do texto “Eu e o sertão”, coloque V para as proposições verdadeiras, e F para as
Falsas.

( ) A linguagem utilizada no poema é repleta de informalidade, regionalismos, sem seguir a norma padrão,
termos aglutinados, com redução fonética, resultado da tentativa de expressar com fidelidade o modo
particular de falar do povo, expressão verbal de sua cultura e variação linguística.
( ) Este modelo de registro linguístico mostra a inferioridade e nível baixo de escolaridade de um grupo
social.
( ) O texto é um poema com características ditas populares.
( ) O registro dos vocábulos presentes nos versos apontam para a variedade linguística de grupos que
habitam determinada região brasileira.
( ) No texto, predomina a valorização da linguagem coloquial, ou seja, aquela usada de modo informal,
desrespeitando o padrão culto da língua, este considerado como o único aceitável dentro do recurso
estilístico utilizado na linguagem poética.

O preenchimento CORRETO dos parênteses está na alternativa

a) V, F, V, V e F.
b) V, V, V, V e F.
c) F, V, F, V e F.
d) V, V, F, F e V.
e) F, V, V, F e V.

5. Leia o texto a seguir e responda:

Óia eu aqui de novo xaxando


Óia eu aqui de novo pra xaxar
Vou mostrar pr’esses cabras
Que eu ainda dou no couro
Isso é um desaforo
Que eu não posso levar
Que eu aqui de novo cantando
Que eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo mostrando
Como se deve xaxar.
Vem cá morena linda
Vestida de chita

1ª SÉRIE
Você é a mais bonita
Desse meu lugar
Vai, chama Maria, chama Luzia
Vai, chama Zabé, chama Raque
Diz que tou aqui com alegria.
(BARROS, A.Óia eu aqui de novo. Disponível em Acesso em 5 mai 2013)

A letra da canção de Antônio Barros manifesta aspectos do repertório linguístico e cultural do Brasil. O
verso que singulariza uma forma do falar popular regional é

a) “Isso é um desaforo”
b) “Vou mostrar pr’esses cabras”
c) “Diz que eu tou aqui com alegria”
d) “Vai, chama Maria, chama Luzia”
e) “Vem cá, morena linda, vestida de chita”

6. Leia o texto:

Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar a mudança da língua como um
fato. Isso deve significar que a escola deve aceitar qualquer forma de língua em suas atividades escritas?
Não deve mais corrigir? Não! Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo real da escrita, não
existe apenas um português correto, que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos contratos não é o
mesmo dos manuais de instrução; o dos juízes do Supremo não é o mesmo dos cordelistas; o dos editoriais
dos jornais não é o mesmo dos cadernos de cultura dos mesmos jornais. Ou do de seus colunistas.

(POSSENTI, S. Gramática na cabeça.Língua Portuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011 –adaptado).

Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único “português correto”. Assim sendo, o domínio da
língua portuguesa implica, entre outras coisas, saber

a) desprezar as formas da língua previstas pelas gramáticas e manuais divulgados pela escola.
b) moldar a norma padrão do português pela linguagem do discurso jornalístico.
c) reservar o emprego da norma padrão aos textos de circulação ampla.
d) adequar as formas da língua a diferentes tipos de texto e contexto.
e) descartar as marcas de informalidade do texto.

7. Leia o texto:

Até quando?

Não adianta olhar pro céu


Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
(GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (mas não seja
sempre o mesmo). Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).

1ª SÉRIE
As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto

a) tom de diálogo, pela recorrência de gírias.


b) originalidade, pela concisão da linguagem.
c) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.
d) caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet.
e) cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas.

8. Leia o texto:

"Todas as variedades linguísticas são estruturadas e correspondem a sistemas e subsistemas adequados às


necessidades de seus usuários. Mas o fato de estar a língua fortemente ligada à estrutura social e aos
sistemas de valores da sociedade conduz a uma avaliação distinta das características das suas diversas
modalidades regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão, por exemplo, embora seja uma entre as
muitas variedades de um idioma, é sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma,
como ideal linguístico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua função coercitiva sobre as
outras variedades, com o que se torna uma ponderável força contrária à variação."

(Celso Cunha. Nova gramática do português contemporâneo. Adaptado.)

A partir da leitura do texto, podemos inferir que uma língua é:

a) a modalidade oral alcança maior prestígio social, pois é o resultado das adaptações linguísticas
produzidas pelos falantes.
b) A língua padrão deve ser preservada na modalidade oral e escrita, pois toda modificação é prejudicial a
um sistema linguístico.
c) conjunto de variedades linguísticas, dentre as quais uma alcança maior valor social e passa a ser
considerada exemplar.
d) sistema que não admite nenhum tipo de variação linguística, sob pena de empobrecimento do léxico.

9. Leia o texto abaixo.

Cheguei na bera do porto


Onde as ondas se espaia
As garça dá meia-volta
Senta na bera da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão de rosa caia, ai, ai, ai.

Predomina-se no trecho acima

a) uma variante da linguagem formal.


b) uma variante da linguagem informal.
c) uma variante da linguagem urbana.
d) uma variante da linguagem dos cariocas.
e) uma variante da linguagem dos gaúchos.

10. Leia a charge a seguir.

1ª SÉRIE
No texto acima, percebe-se, quanto ao uso da língua, o uso da

a) variante padrão da língua.


b) variante coloquial.
c) da variante regional.
d) da variante social.
e) da variante geográfica.

1ª SÉRIE
Unidade 8
Olá estudante!

Bem-vindo à Unidade 8, onde exploraremos o livro Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de


Cervantes com foco no desenvolvimento de habilidades essenciais. Estamos empolgados para
proporcionar uma experiência de aprendizado significativa, preparando você não apenas com
informações, mas também com habilidades práticas. Junte-se a nós nesta jornada educacional, prontos
para aprender, crescer e alcançar novos patamares juntos!

OBJETO DE CONHECIMENTO/CONTEÚDO A SER ESTUDADO:

✓ Livro: Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes

HABILIDADES PROPOSTAS:

(EM13LP48) Identificar assimilações, rupturas e permanências no processo de constituição da


literatura brasileira e ao longo de sua trajetória, por meio da leitura e análise de obras fundamentais do
cânone ocidental, em especial da literatura portuguesa, para perceber a historicidade de matrizes e
procedimentos estéticos.

(EM13LP49) Perceber as peculiaridades estruturais e estilísticas de diferentes gêneros literários (a


apreensão pessoal do cotidiano nas crônicas, a manifestação livre e subjetiva do eu lírico diante do
mundo nos poemas, a múltipla perspectiva da vida humana e social dos romances, a dimensão política
e social de textos da literatura marginal e da periferia etc.) para experimentar os diferentes ângulos de
apreensão do indivíduo e do mundo pela literatura.

DESCRITORES

D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.


D6 – Identificar o tema de um texto.
D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
D1 – Localizar informações explícitas em um texto.
D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que
contribuem para a continuidade de um texto.
D16 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.
D4-Inferir uma informação implícita em um texto.

1ª SÉRIE
1. LIVRO: DOM QUIXOTE, DE MIGUEL DE CERVANTES

Dom Quixote de La Mancha (em espanhol, Don Quijote de la Mancha) é uma obra escrita pelo escritor
espanhol Miguel de Cervantes e Saavedra (1547-1616).

Trata-se de uma sátira às antigas novelas de cavalaria, considerada uma das maiores obras da literatura
espanhola e um clássico da literatura universal.

O livro, lançado em 1605, inaugurou o romance moderno e hoje conta com muitas versões traduzidas
para inúmeras línguas.

O título original é “O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha” (El ingenioso Fidalgo Don
Quijote de la Mancha, em Espanhol).

Quem foi Dom Quixote? O romance é contrário às novelas de cavalaria,


constituídas de belos heróis e seus grandes
Dom Quixote feitos em busca da justiça, da amada e dos
dogmas da Igreja.

Dom Quixote é um cavaleiro andante, nomeado


por Sancho como “Cavaleiro da Triste Figura”.
Isso porque não é belo e impulsionado por sua
“loucura” sempre acaba se dando mal.

No entanto, sua figura de cavaleiro andante é


fomentada pelo lema “fazer o bem” e encontrar
sua nobre donzela imaginária.

Estrutura da Obra
Estátua de Dom Quixote e Sancho Pança, Madri, Espanha Dom Quixote é uma paródia bem-humorada
dos romances de cavalaria (desenvolvidos
Seu personagem, um nobre espanhol de idade durante a Idade Média) composta por 126
avançada (cerca de 50 anos), foi imortalizado e capítulos, os quais foram divididos em duas
até os dias de hoje reúne diversas paródias. partes.

São elas: vídeos, músicas, peças teatrais, Cervantes começou a escrever em 1580 sendo
quadrinhos, animações, esculturas, pinturas, que a primeira parte foi escrita em 1605 e a
dentre outras. segunda em 1615.

MIGUEL DE CERVANTES
Miguel de Cervantes Saavedra nasceu na
Espanha, no dia 29 de setembro de 1547,
provavelmente em Alcalá de Henares, embora
outras cidades tenham entrado em discussão
por esse reconhecimento. Seus pais eram
Rodrigo e Leonor de Cortinas, que além de
Retrato de Miguel de Cervantes. Foto: Georgios Kollidas / Miguel, tiveram mais seis filhos. Em 1563 a
Shutterstock.com família mudou-se para Sevilha, onde Miguel

1ª SÉRIE
iniciou seus estudos em gramática e latim, dedicar exclusivamente à literatura. O livro fez
aprendendo com os padres jesuítas. tanto sucesso, que uma pessoa, fazendo uso de
um nome falso, publicou uma segunda parte do
No ano de 1571 lutou na batalha naval de romance. Por conta da revolta com tal
Lepanto, servindo o exército do rei espanhol falsificação, em 1615, Cervantes publicou sua
Filipe II. Ferido, acabou perdendo os própria segunda parte, escrevendo também
movimentos de sua mão esquerda. diversas obras ao longo deste período. “Dom
Quixote” foi traduzido em mais de 60 idiomas,
Em 1575, quando estava retornando à Espanha, e de geração em geração vem conquistando de
foi capturado por piratas e levado para a crianças a adultos.
Argélia, sendo resgatado cerca de cinco anos
depois por sua família, com a ajuda de alguns Suas obras eram voltadas ao imaginário,
padres trinitários. Passou, após isso, quatro embora cercada de períodos históricos, que de
anos como soldado, conheceu Portugal, e forma alguma eram ignorados por Cervantes.
retornou à Espanha, finalmente, em 1584.
Miguel de Cervantes, considerado um dos
Edita na cidade de Madri, em 1585, “La quatro gênios da literatura ocidental, morreu no
Galatea”, que foi sua primeira novela. Teve dia 23 de abril de 1616, na cidade de Madri,
contato com grandes literatos da época, e Espanha. Deixando grande inspiração em
escreveu os poemas dramáticos “Los Tratos de diversos níveis, ultrapassando séculos. De
Argel” e “La Mumancia”. forma que romancistas, grafiteiros; poetas;
escritores; pintores; escultores; ensaístas;
Miguel casou-se com Catalina de Palácios e cartunistas; dentre outros, ainda hoje
Salazar. Algum tempo depois foi encarregado encontram em suas obras um referencial
pelo rei de coletar os impostos que eram artístico. Em 2016 comemorou-se 400 anos de
devidos à Coroa. Viajou para Andaluzia e La sua morte, um marco na literatura mundial.
Mancha, e foi levado preso por três vezes, o
motivo seria o constante e insistente atraso na
prestação de contas ao rei. Alguns historiadores Principais obras:
apontam que, provavelmente, a primeira parte
da obra “Dom Quixote” foi escrita quando Dom Quixote
esteve preso. Novelas Exemplares
El Viaje del Parnaso
Em 1605, com a publicação de “Dom Quixote”, Delingenioso Cavallero
Cervantes conseguiu juntar algumas Dom Quixote de La Mancha
economias, e com isso teve oportunidade de se

1ª SÉRIE
U.E.: COLÉGIO ESTADUAL MANOEL VICENTE SOUZA
Componente curricular:
Disciplina: Professor (a)
Aluno(a): Nº.:
Série: Turma: Turno: Integral Curso: Ensino Médio
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO - UNIDADE 8
FICHA DE LEITURA (Orientações de como respondê-la)

1. Título: ______________________________________________________________________

2. Autor: ______________________________________________________________________

3. Editora: _____________________________________________________________________

3. Personagens principais: (Neste espaço deverá constar o nome dos personagens principais, seu papel na
obra e suas características físicas e psicológicas.).

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4. Personagens secundários: (Neste espaço deverá constar o nome e o papel na obra dos personagens
secundários.).

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6. Foco narrativo: (A história gira em torno de quem ou do quê?)

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1ª SÉRIE
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7. Tempo narrativo: (Quando acontece? Presente, passado ou futuro?)

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8. Espaço: (Onde acontece?)

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9. Episódio favorito da história. (livro)

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1ª SÉRIE
REFERÊNCIAS

BECHARA, Evanildo. Gramática Escolar da Língua Portuguesa. Rio de Janeira: Nova Fronteira, 2010.

CEREJA, William; DIAS VIANNA Carolina; DAMIEN Christiane. Português Contemporâneo


Diálogo, Reflexão e Uso: Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2016.

CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Analia Cochar. Português: linguagens:


literatura, gramática e redação: Ensino Médio. São Paulo: Atual, 2005.

NICOLA, José de. Literatura brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Scipione, 1998.

ORMUNDO, Wilton; SINISCALCHI, Cristiane. Se Liga na Língua: literatura, produção de texto e


linguagem: Ensino Médio. São Paulo: Moderna, 2016.

Secretaria de Educação do Estado do Tocantins. Documento de Recomposição da Aprendizagem 2023.

Programa de Recomposição das Aprendizagens. Aprova Brasil. São Paulo: Moderna, 2020.

Elementos da Comunicação. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/elementos-


presentes-no-ato-comunicacao.htm. Acesso em: 26/02/2024.

Variações Linguísticas. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/gramatica/variacoes-


linguisticas.htm. Acesso em: 26/02/2024.

Conto. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/conto/. Acesso em: 26/02/2024.

Tipologia Narrativa. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/tipologia-textual/. Acesso em:


26/02/2024.

Dom Quixote de La Mancha. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/dom-quixote/. Acesso


em: 27/02/2024.

Miguel de Cervantes. Disponível em: https://www.infoescola.com/escritores/miguel-de-cervantes/.


Acesso em: 27/02/2024.

1ª SÉRIE

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