Roteiro para a avaliao do mdulo: As evidncias cientficas, recursos humanos e a prtica do controle de infeco.
A avaliao deste mdulo constar de reflexes sobre os textos A Teia da vida, O desafio da complexidade e Admirvel trabalho novo?, que devero ser lidos, resumidos e comentados pelos alunos. Estes textos questionam o momento atual e apresentam novas concepes para superar a complexidade dos desafios enfrentados em nossa vida e profisso. Em relao a estes textos queremos resposta s seguintes questes: 1) Qual a idia central abordada nos textos? A idia principal abordada pelos textos a e a mudana no mercado de trabalho, e as reflexes nas nossas vidas 2) Sintetize os principais pontos de vista dos textos? Admirvel trabalho novo Atualmente observa-se, uma modificao nas formas e estruturas de trabalho. Por um lado a alta taxa de desemprego, a falta de estabilidade nas empresas, a terceirizao e a ausncia de registros profissionais; por outro, fala-se de mais flexibilidade nos horrios de trabalho, maior autonomia na produo, mais capacitao e interao do profissional. Boa parte disso decorre de modificaes dos paradigmas e globalizao. Quais seriam os impactos positivos e os negativos dessas modificaes? Assim como na sociedade industrial do incio do sculo XX, vivemos hoje uma nova dinmica social; entretanto, essas dinmicas exigem mais dos profissionais, que agora no se sustentam ao dominar apenas o conhecimento de sua funo As modificaes nas relaes de trabalho afetam setor profissional, e a dinmica social, influenciando o mercado de trabalho e exigindo um profissional que se atualize constantemente. Segundo o socilogo e historiador norte-americano Richard Sennett, os ltimos anos no foram os melhores para os trabalhadores, pelo aumento do volume de atividades sem a elevao compatvel de salrio e benefcios, falta de vnculo com o local de trabalho, a perda dos laos de solidariedade dentro da empresa, a degradao e humilhao na seleo de profissionais. Em "A corroso do carter" Sennett afirma que o capitalismo vive na atualidade um novo momento, de natureza flexvel; enfatiza-se a flexibilidade; ataca as formas rgidas da burocracia, e tambm os males da rotina cega. De acordo com o autor, essa "nova ordem" capitalista afeta a tal ponto os indivduos, que no lhes oferece condies para uma construo linear de vida baseada em suas experincias, ao contrrio do trabalhador no modelo fordista do passado que possua uma trajetria constante e expectativas de longo prazo. As relaes centrais, outrora vistas e sentidas na coletividade, passam a ser individualizadas, em um mundo fragmentado, de relaes efmeras, cortadas, instveis, sem continuidade. No so apenas as formas de trabalho que se tornaram flexveis, mas as de poder, no entanto, embora na superfcie parea que a equipe
possui autonomia, ainda o capitalista quem d as cartas. A nica novidade nesse processo troca da empresa pela casa e o controle face a face pelo meio eletrnico. Esse sistema passa-se tambm a valorizar o jovem (embora, paradoxalmente, exiga-se dele experincia), pois eles seriam mais flexveis e adaptveis a vrias circunstncias, em um regime que no oferece aos seres humanos motivos para ligarem uns para os outros. TRABALHO X EMPREGO No Brasil, vrias empresas ainda persistem adotando o modelo de gesto taylorista. Taylor baseou-se em suas observaes da rotina dos operrios da bethlehem steel, analisou como levantavam a carga, organizavam-se, com que frequncia descarregavam e se disps a lhes ensinar como aumentar sua produtividade com o mesmo esforo. Naquela poca a fbrica era um lugar catico no havia controle de estoques e muito menos produo programada.. Taylor gerou um antagonismo entre operrios e gerentes, pois confirmava a ideia de que s eles deveriam pensar, ficando os operrios encarregados somente da execuo. Usavam, portanto, somente sua fora fsica. A produtividade era ento um conceito associado somente quantidade de produo. Para os operrios, a alternativa era aceitar esta situao, pois eram remunerados e permaneciam nas empresas durante anos, fazendo as mesmas coisas. Apesar da falsa impresso de estabilidade, eles se ressentiam por no terem status nem participao nas decises. Este modelo persistiu confortavelmente at o final dos anos 1960; no incio da dcada de 1970, houve um perodo de recesso, e as empresas norte-americanas comearam a ter que competir num mercado cada vez mais agressivo e mundializado, enfrentando a concorrncia dos pases que agora se reerguiam: Alemanha e Japo, Viu-se que o modelo fordista - acostumara-se aos modelos obsoletos de produtividade e que visava somente ao lucro financeiro imediato. Nesta poca, Edward Demming e J. Juran, depois de fracassadas tentativas, encontraram grande receptividade no Japo e dentro de alguns anos tornaram-se os principais concorrentes da Ford e GM, vendendo seus carros no prprio mercado interno dos EUA. S na dcada de 1980 as empresas americanas acordaram e a produtividade passou agora a ser vista como a unio de quantidade com qualidade. Saa-se do foco no produto, para o foco no cliente e em suas necessidades e requisitos. Juntamente com esta mudana de paradigma, veio a nova concepo do homem dentro das empresas. Para se fazer algo com qualidade preciso do comprometimento das pessoas; elas que aumentam a produtividade, elas que fazem crescer o lucro, elas que fidelizam os clientes. GLOBALIZAO E PS-MODERNISMO Pesquisadores como Snia Maria Guimares Laranjeira, professora titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IFCHUFRGS) e Octvio Ianni (1926-2004) da Universidade Federal do Paran (UFPR), alteraram as relaes do presente com o passado; e o futuro parece ainda mais incerto. O que predomina o dado imediato do que se v, ouve, sente, faz, produz, consome, desfruta, carece, sofre, padece".
As modificaes ainda esto em curso; no cerne dessas transformaes estaro os conceitos de tempo e espao, que gerem a noo de lugar, territrio, fronteira, presente, passado, prximo, remoto, arcaico, moderno, contemporneo e no contemporneo. Nas palavras do gegrafo e cientista social britnico David Harvey, professor de Geografia Humana da Universidade Cidade de Nova York , vivemos, como uma reao a monotonia, modernismo universal, verdades absolutas, positivismo, padronizao do conhecimento e da produo. Como resposta, temos um mundo que privilegia a heterogeneidade, a fragmentao e a indeterminao. O economista marxista Ernest Mandel (1923-1995) explica: "Passamos para uma nova era a partir do incio dos anos 1960, as lutas antes travadas exclusivamente na arena da produo se espalharam, tornando a produo cultural uma arena de implacveis conflitos sociais. Essa mudana estimula as sensibilidades individuais para criar uma nova esttica que superasse e se opusesse s formas tradicionais de alta cultura". O raciocnio completado por Harvey: "As condies de modernizao capitalista formam o contexto material a partir do qual pensadores e produtores culturais modernos e ps-modernos forjam suas sensibilidades, princpios e prticas estticos. Em ambos os casos, a descrio do capitalismo feita por Marx nos oferece, se for correta, uma base muito slida para pensar as relaes gerais entre a modernizao, a modernidade e os movimentos estticos que extraem energias dessas condies". O "NOVO TRABALHADOR" As mudanas nas formas de produo exigem funes cognitivas superiores: ateno, concentrao, discernimento, pensamento lgico, criatividade, tomada de deciso, planejamento, organizao. O trabalho mecnico vai sendo substitudo pela mquina. Um modelo de trabalho mais saudvel aceita o desafio de conciliar produo, lucro e valorizao da pessoa humana. Para tanto, preciso cultivar um bom clima interno, proporcionar bem-estar aos seus colaboradores, "facilitando" oportunidades de convivncia com a famlia e mantendo-as atentas necessidade de treinamento constante. Desse modo, o mercado privilegia o profissional que usa a sua inteligncia para resolver problemas. Esse o "novo trabalhador". O trabalhador, por essa tica, teria a autonomia para decidir a maneira que julga adequada para atingir o resultado que satisfaa os requisitos da empresa ou do cliente. As relaes trabalhistas "flexveis" adotadas nos ltimos anos tornaram-se comuns em vrias reas. No cenrio brasileiro, uma das justificativas seria a conteno dos custos dos impostos e encargos da legislao trabalhista agrupada na Consolidao das Leis do Trabalho (CLT). Segundo a consultora Maria Aparecida A. Arajo, o lado "positivo" dessa nova relao que, trabalhando em casa, por exemplo, no se fica privado da convivncia com a famlia, o profissional pode
determinar a quantidade de tempo gasto na atividade profissional e dividi-lo adequadamente entre o social e o familiar. O lado "negativo" que se fica mais alijado da convivncia com a comunidade empresarial e, portanto, dos centros de deciso. Neste sistema, deve-se tambm ter o dobro da disciplina no uso do tempo e vontade frrea de realizar as tarefas propostas para no perder o foco. Os trabalhadores atuais so cada vez mais convidados a empreenderem seus trabalhos, assumindo riscos e solues prativas. Por todos os ngulos, as rpidas transformaes no universo do trabalho constituem um objeto fundamental de reflexo. O CIO PODE SER CRIATIVO A criatividade o maior capital de uma empresa. O socilogo italiano Domenico De Masi props um modelo social no centrado na idolatria do trabalho, mas sim na simultaneidade entre trabalho, estudo e lazer. Suas ideias se fundamentam na constatao de que hoje teramos um maior tempo livre e o ser humano executaria muito mais trabalhos intelectuais que manuais. Imagine as transies do mundo, passando da Era do caador/coletor para a Era agrcola, depois para a Era industrial at a Era do conhecimento, cada momento representou um aumento na produtividade de pelo menos 50 vezes o que se conseguia na era anterior. Nossos avs viviam 300 mil horas e trabalhavam 120 mil, hoje ns vivemos mais de 700 mil horas e trabalhamos 70 mil horas. Enquanto eles trabalhavam quase metade da vida, ns trabalhamos um dcimo e, no fomos educados para ter tanto tempo livre. A empresa tampouco ajuda nisso; as prticas gerenciais da Era industrial fazem com que um executivo que pode realizar o seu trabalho dirio em cinco ou seis horas acabe trabalhando at dez horas. A distino entre tempo de estudo quando jovem, tempo de trabalho na maturidade e aposentadoria quando velho um contrassenso. a velhice no se calcula em relao ao nascimento, mas em relao morte; somente podemos ser considerados velhos nos dois ltimos anos de vida. a vida fisicamente produtiva pode chegar a 80 anos. uma grande perda para a sociedade como um todo que se desperdice esse talento, pois; segundo De Masi, uma pessoa criativa uma promessa de futuro e lucratividade. 3) Quais so as suas reflexes sobre os problemas apresentados? 4) Como esses problemas podem afetar sua vida pessoal e profissional? 5) Que propostas voc daria para atenuar os reflexos desses problemas a nvel pessoal e coletivo? 6) Atualmente voc se acha preparado para enfrentar esses desafios propostos?