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TRATAMENTO DAS DOENÇAS PERI-IMPLANTARES
VIEIRA A.P.S.B.¹,
CAVALCANTE, R.B.B.²,
FREITAS, B.M.O.B.Q.³,
CERQUEIRA, F.S.4,
SILVA, M.C.V.S.5,
OLIVEIRA, E.L.6
¹
Especialista em Pacientes com Necessidades Especiais pela Faculdade COESP
²Cirurgiã dentista formada pelo UNIPE
³Discente do curso de odontologia do IESP
4Discente do curso de odontologia da FTC Salvador
5Professoras Doutoras do IESP
andrepbarreto@ hotmail.com
RESUMO
A introdução de implantes dentários osseointegrados como uma ferramenta na
reabilitação de pacientes parcialmente edêntulos é uma realidade no cotidiano do
cirurgião-dentista. Estudos reportam uma alta taxa de sucesso na utilização de implantes
no tratamento reabilitador. Entretanto, outras investigações têm mostrado a perda desses
implantes devido a infecções peri-implantares, como a mucosite e peri-implantite. O
tratamento da doença peri-implantar pode ser efetuado através de meios de
descontaminação química e física e auxiliados por terapias coadjuvantes. Os pilares
básicos são orientação de higiene, consultas de revisão e manutenção, debridamento
mecânico e descontaminação de superfície, usam de antissépticos e antimicrobianos. As
cirurgias podem estar associadas em casos moderados a severos, ou na necessidade de
regeneração tecidual, além da própria remoção do implante. Diante da ausência de um
consenso sobre quais os tratamentos das doenças peri-implantares apresentam maiores
taxas de sucesso, este estudo é idealizado, com o intuito de coletar informações
referentes a estes tratamentos e atuar como ferramenta auxiliar no atendimento clínico
odontológico para escolha do método mais adequado para tratamento das doenças
periimplantares. A busca bibliográfica foi realizada de fevereiro de 2016 à setembro de
2016 nas seguintes bases de dados: Scielo, BBO (Bibliografia Brasileira de
Odontologia), LILAS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde),
BVS (Biblioteca Virtual da Saúde), Porta Capes e Pubmed, utilizando os descritores
“treatment periimplantitis”, “peri-implant diseases”, nos idiomas português e inglês.
Foram selecionados 71 artigos de um total de 1660 artigos, no intervalo de 1969 à 2015.
Conclui-se que o tratamento da mucosite inclui o desbridamento mecânico com ou sem
uso de adjuvantes antimicrobianos. O controle mecânico, juntamente com o uso de
antibioticoterapia local e sistêmica mostrou ser eficiente como adjunto no tratamento
das doenças periimplantares.Já para terapia da peri-implantite deve a associação a
técnicas regenerativas levam a altas taxas de sucesso. Palavras-chave: Tratamento peri-
implantite; Mucosite; Peri-implantite; Doença peri-implantar.
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ABSTRACT
The introduction of osseointegrated dental implants as a tool in the rehabilitation of
partially edentulous patients is a daily reality of the dental surgeon. Studies report a high
success rate in the use of implants in rehabilitation treatment. However, other
investigations have shown the loss of these implants due to peri-implant infections such
as mucositis and peri-implantitis. The treatment of peri-implant disease can be carried
out by means of chemical and physical decontamination and assisted by adjunctive
therapies. The basic pillars are hygiene orientation, revision and maintenance
consultations, mechanical debridement and surface decontamination, use of antiseptics
and antimicrobials. Surgeries may be associated in moderate to severe cases, or in the
need for tissue regeneration, in addition to the removal of the implant itself. In view of
the lack of consensus about which treatments of peri-implant diseases present higher
success rates, this study is idealized with the purpose of collecting information
regarding these treatments and acting as an auxiliary tool in dental clinical care to
choose the most appropriate method For treatment of periimplant diseases. The
bibliographic search was performed from February 2016 to September 2016 in the
following databases: SciELO, BBO (Brazilian Bibliography of Dentistry), LILAS
(Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences), BVS (Virtual Health
Library ), Porta Capes and Pubmed, using the descriptors "treatment periimplantitis",
"peri-implant diseases", in Portuguese and English. A total of 71 articles were selected
from a total of 1660 articles, from 1969 to 2015. The data were analyzed, cross-
tabulated and debated for the literature review with the following results; the treatment
of mucositis includes mechanical debridement with or without use Of antimicrobial
adjuvants. The mechanical control, together with the use of local and systemic antibiotic
therapy, proved to be efficient as an adjunct in the treatment of peri-implant diseases.
For peri-implantite therapy, the association with regenerative techniques leads to high
success rates.
Keywords: Peri-implantite treatment; Mucositis; Peri-implantite; Peri-implant disease
1 INTRODUÇÃO
O homem tem se preocupado em repor dentes perdidos através de próteses
dentárias e dentre as várias alternativas buscadas, uma foi a implantação de peças
aloplásticas (de natureza diferente ao organismo) (RIBEIRO, 1995). Quando há a perda
total do elemento, além das técnicas restauradoras tradicionais o profissional tem
também a opção de devolver ao paciente conforto, segurança, função, estética e
autoestima por meio de próteses implantossuportadas (CONCEIÇÃO et al., 2005).
Lindhe et al. (2005) afirmaram que no início dos anos 60, Branemark e
colaboradores da Universidade de Goteborg iniciaram o desenvolvimento de um novo
implante que, para função clínica, dependia de uma ancoragem direta no osso, o
implante osseointegrado. Para que seja bem-sucedido, o implante deve se manter estável
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e essa estabilidade, ou a ausência de mobilidade, é a manifestação clínica da
osseointegração (SENNERBY, 2000).
Segundo Mish (2006) a função primária do implante é agir como um pilar para
um dispositivo protético, similar à raiz e à coroa do dente. Contudo, diferenças
fundamentais no sistema de sustentação devem ser reconhecidas. Dentes e implantes
podem ser comparados por parâmetros como: longevidade, dor, mobilidade, percussão,
perda do osso da crista, avaliação radiográfica, tecido queratinizado, profundidade de
sondagem, índice de sangramento, doença peri-implantar e, por fim, a falha.
Tão importante quanto a avaliação dos aspectos oclusais e biomecânicos das
próteses implanto-retidas, deve ser a avaliação dos aspectos clínicos do paciente, bem
como o controle do biofilme dental, que associados a sobrecargas podem levar a
falência do conjunto (CONSOLARO, 2010). Apesar de terem sido alcançadas altas
taxas de sucesso na reabilitação com implantes orais, ainda há falhas que podem
representar aumento do tempo terapêutico, gerar custos adicionais e causar desconforto
para o paciente e constrangimento para o profissional. (LIDDELOW et al., 2011;
COSYN et al., 2012; BAQAIN et al., 2011). Constatou-se que pequena porcentagem de
implantes pode ter insucesso devido à contaminação bacteriana durante a sua inserção.
Quando isto acontece, as infecções são difíceis de tratar e quase sempre os implantes
são removidos.
Outras complicações biológicas em implantes em função, como a mucosite peri-
implantar e a peri-implantite têm sido evidenciadas (ALBREKTSSON e ISIDOR,
1994). Além da difusão do tratamento com implantes osseointegráveis, a sobrevida
desses implantes com um longo período em função tem feito aumentar o número de
doenças peri-implantares, tornando o diagnóstico da mucosite ou peri-implantite
importantíssimo na prática do cirurgião-dentista, e determinante para o tratamento
dessas doenças, criando novas vertentes de estudos na especialidade (CERERO, 2008).
O processo de perda dos implantes pode ser lento e gradual, cabendo o uso de
uma série de terapêuticas que podem parar a evolução e reverter o quadro. Em relação
ao diagnóstico, a mucosite peri-implantar pode ser identificada por sangramento após a
sondagem do tecido marginal, pode apresentar vermelhidão ou edema do tecido
(LINDHE, 2010). Já na peri-implantite, irá existir a presença de profundidade de
sondagem aumentada, associada a presença de secreção purulenta e/ou sangue, sempre
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acompanhada pela perda óssea de suporte marginal que deve ser de 1,5 mm no primeiro
ano e maior que 0,2 mm nos anos seguintes (ZANATTA apud ALBREKTISSON, et al.,
1986).
A literatura relata que a mucosite peri-implantar é um fator muito comum nos
pacientes reabilitados com implantes, chegando a acometer 79% dos indivíduos e 50%
dos implantes (ROOS-JANSAKER et al., 2006). Em relação à peri-implantite os
números também chamam atenção já que a literatura apresenta taxas de 5 a 15% de
prevalência da doença (MOMBELLI & LANG, 1998; FRANSSON et al, 2005;
BRÃGGER et al, 2005). Um estudo de prevalência de doenças peri-implantares
conduzido por Ferreira et al. (2006) em 212 indivíduos brasileiros, não fumantes,
parcialmente edêntulos e reabilitados com implantes osseointegrados reportou 56
indivíduos saudáveis, 137 indivíduos com mucosite peri-implantar (64.6%) e 19
indivíduos com peri-implantite (8.9%). As variáveis de risco associadas à doença peri-
implantar incluíram: Sangramento a sondagem, diabetes, presença prévia de
periodontite e pobre higiene oral.
O tratamento das doenças peri-implantares pode ser realizado por uma
abordagem conservadora (não cirúrgica) e uma abordagem cirúrgica. A maior parte das
estratégias publicadas na literatura para o tratamento da doença peri-implantar são
baseadas nos mesmos princípios de tratamento para dentes com doença periodontal.
Diante da ausência de um consenso sobrequais os tratamentos das doenças peri-
implantares apresentam maiores taxas de sucesso, este estudo é idealizado, com o
intuito de coletar informações referentes a estes tratamentos e atuar como ferramenta
auxiliar no atendimento clínico odontológico para escolha do método mais adequado
para tratamento das doenças peri-implantares.
2 REVISÃO DE LITERATURA
A osseointegração foi definida como a conexão direta, estrutural e funcional
entre o tecido ósseo vivo e organizado e a superfície de um implante submetido à carga
funcional. A obtenção e a manutenção dependem da capacidade de cicatrização,
reparação e de remodelamento dos tecidos peri-implantares (BRANEMARK, 1969). O
objetivo do tratamento das doenças peri-implantares é parar o processo inflamatório e,
se possível, reverter a perda óssea resultante da doença. O tratamento da doença peri-
implantar apresenta diversos parâmetros, nomeadamente, índice de placa, profundidade
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de sondagem e sangramento pós-sondagem. Em função dos resultados, é estabelecida
uma terapia, de acordo com a fase em que a doença se encontra. A terapia com
implantes tem demonstrado, através de estudos longitudinais consistentes e relevantes,
tratar-se de uma modalidade terapêutica onde osresultados em longo prazo atingem
níveis notórios de sucesso (ALBREKTSSON, 1991). As altas taxas de sucesso
documentadas para os implantes osseointegrados têm levado a sua aceitação como um
tratamento corriqueiro na odontologia moderna. Apesar deste sucesso, está se tornando
claro que implantes que osseointegraram são susceptíveis a doenças que podem,
eventualmente, levar à perda dos mesmos (TONETTI, 1998).
Mesmo sendo considerada uma terapia com resultados satisfatórios pode
apresentar falhas (ESPOSITO, 1998). Tais falhas vêm sido avaliadas em estudos que se
propuseram, inicialmente, a avaliação da osseointegração ocorrida em implantes
instalados em diferentes tipos de osso ou em implantes com desenhos diferentes. Os
estudos posteriores avaliaram falhas ocorridas durante o período de função do implante
propriamente dito (KAROUSSIS, 2004). As doenças peri-implantares se enquadram
justamente neste contexto, e abrangem as enfermidades que acomentem os tecidos ao
redor do implante, sendo decorrentes da inflamação dos mesmos. Atualmente, podemos
distingui-las em duas entidades: a mucosite peri-implantar e peri-implantite. Suas
definições foram propostas a partir do Primeiro Workshop Europeu sobre Periodontia
(ALBREKTSSON, 1994). Enquanto a mucosite peri-implantar foi definida como
“reações inflamatórias reversíveis nos tecidos moles ao redor de implantes em função”,
a peri-implantite foi definida como “reações inflamatórias associadas à perda de suporte
ósseo ao redor de implantes em função”. Recentemente, a ausência de perda óssea ao
redor do implante foi proposta como critério adicional para a definição de mucosite
periimplantar (ZITZMANN, 2008). Um dos fatores relacionados à falhas em
implantodontia é a própria anatomia peri-implantar. O tecido formado ao redor do
implante dentário, apesar de apresentar semelhanças com o tecido periodontal, possui
um selamento biológico relativamente ineficaz. Na dentição natural, o epitélio juncional
fornece um selamento na base do sulco periodontal contra a penetração de patógenos
químicos e substâncias bacterianas. O rompimento deste selamento ou lise das fibras do
tecido conjuntivo inseridas no cemento apical ao epitélio juncional, leva à rápida
migração do epitélio sulcular, formando uma bolsa patológica. Como nenhum cemento
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ou inserção de fibras é visto na superfície do titânio, um selamento mucoso fornece a
principal barreira contra a disseminação dos microrganismos patológicos para os tecidos
profundos peri-implantares. Este selamento ao redor dos implantes é proporcionado pela
presença de epitélio juncional, epitélio sulcular e tecido conjuntivo, que possui uma
fraca aderência à estrutura de titânio, feita por meio de hemidesmossomas.
Destruição da integridade da superfície peri-mucosa do titânio leva à extensão da
bolsa patológica diretamente ao tecido ósseo (KAN et al, 2005). Outro fator importante
que pode influenciar significativamente na destruição tecidual peri-implantar é a
mínima estrutura vascular presente na porção coronal do implante, afetando diretamente
os mecanismos de defesa e a resposta regenerativa (DONLEY et al., 1991). Numa
condição microbiológica peri-implantar saudável, a principal flora bacteriana é
constituída por bactérias gram-negativas e o sulco peri-implantar é predominado por
Streptococcus orais. A associação de espécies bacterianas pode ser classificada como o
complexo vermelho da doença periodontal, em que se incluem Tannerella forsythia,
Treponema denticola e Porphyromonas gingivalis (P.gingivalis). À semelhança da
doença periodontal, quando se desenvolve doença peri-implantar observa-se a presença
das bactérias do complexo vermelho em torno da superfície implantar (ATA-ALI,
2015).
A terapiadas doenças peri-implantares deve ser dividida em três partes de acordo
com o tipo da patologia: a terapia da mucosite peri-implantar, a terapia nãocirúrgica da
peri-implantite e terapia cirúrgica da peri-implantite. O tratamento das lesões peri-
implantares geralmente inclui debridamento mecânico do biofilme e cálculo. Esta
terapia pode ser processada através da intervenção profissional ou pelo paciente
utilizando técnicas de higiene oral. Além disso, os agentes antimicrobianos adjuvantes,
tais como antisépticos, antibióticos ou locais ou sistémicos, podem ser associados ao
debridamento mecânico. Além disso, é necessário destacar a importância do controle de
infecção, através da motivação e práticas de boa higiene oral, a fim de evitar acúmulo
biofilme e cálculo ao redor do implante (FIGUERO et al., 2014).
A base para a terapia não-cirúrgica é o controle da infecção através
desbridamento da superfície do implante, com os objetivos de remoção do biofilme e
redução da carga bacteriana. Ao realizar o desbridamento mecânico ao redor de
implantes dentários encontra-se algumas características específicas: ausência de
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ligamento periodontal; uma variável de aspereza da superfície do implante e vários tipos
de ligação do pilar. Estes fatores podem pôr em perigo não só a terapia profissional, mas
também a higiene auto-realizadas do paciente porque estas características podem
facilitar a formação de biofilme quando as superfícies se tornam exposta ao ambiente
bucal (TOMASI, 2009).
As terapias coadjuvantes do tratamento da doença peri-implantar englobam os
sistemas de jateamento com partículas abrasivas, o laser e a terapia fotodinâmica. O seu
mecanismo de ação pode ser químico ou físico e a sua utilização no tratamento da
doença peri-implantar pode associar-se a outras modalidades de tratamento, tais como
os métodos químico e físico de descontaminação da superfície do implante, ou como
complemento da abordagem cirúrgica.
Após o surgimento do laser como artifício terapêutico na odontologia, vários
estudos foram elaborados para estabelecer sua utilidade no tratamento da periimplantite,
pois teoricamente seriam superiores aos métodos mecânicos e químicos, muitas vezes
imprecisos e com potencial de dano ao implante e tecidos adjacentes. Tecnicamente, os
lasers atuam na descontaminação da superfície do implante, colonizada por biofilme
bacteriano, com a habilidade de reduzirem lipopolissacarídeos, removerem cálculo,
além de serem bactericidas (SCHWARZ & BECKER, 2005). O laser mostrou o maior
potencial para uso no tratamento de peri-implantite como um resultado da sua
capacidade de remover a placa e cálculo subgengivais eficientemente sem danificar
significamente a superfície do implante. Pode ser usado para o tratamento peri-
implantite com uma peça de mão especial contendo uma ponta de safira em forma de
cone, que deve ser usada num movimento paralelo e semicircular em torno da
circunferência da bolsa (FIGUERO, 2014).
Os sistemas de jateamento usando diferentes partículas abrasivas têm sido
usados para o tratamento cirúrgico da doença peri-implantar, sem apresentar efeitos
adversos. O uso desta técnica numa superfície lisa ou rugosa torna-as menos suscetíveis
à adesão bacteriana, possivelmente devido à modificação da textura da superfície
implantar e da presença de depósitos abrasivos, não sendo recomendada a sua utilização
para a eliminação dos cálculos supra-mucosos na terapia de suporte(DUARTE, 2009). O
uso de partículas abrasivas, como o hidrocarbonato de sódio ou o aminoácido glicina,
jateado por um sistema de ar comprimido e água, demonstrou in vivo e in vitro ser
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eficaz na limpeza das superfícies contaminadas dos implantes. Esta técnica permite
eliminar 84% a 98% das endotoxinas bacterianas da superfície implantar e remover o
biofilme próximo dos 100% (MEYLE, 2012).
A terapia fotodinâmica é uma técnica que usa uma substância fotossensibilizante
que se fica às bactérias do biofilme e quando irradiada com laser, átomos citotóxicos de
oxigénio são produzidos, destruindo as células bacterianas. O uso da terapia
fotodinâmica e dos lasers tem gerado grande interesse devido ao seu potencial de
descontaminação da superfície implantar no tratamento da doença periimplantar. Parece
ser mais eficiente na eliminação das bactérias da superfície do implante do que apenas a
radiação de laser (MELLADO-VALERO, 2013). Esta terapia envolve revestir uma
substância com um agente fotossensível particular com um comprimento de onda de
ativação conhecido. Uma vez ativada por luz da excitação do comprimento de onda na
presença de oxigénio, há produção de radicais livres de oxigénio que identificam as
células. Está demonstrado in vitro que a fotoablação das bactérias pode ser alcançada
sem danos para a superfície do implante. Num estudo in vitro demonstrou-se que a
fotossensibilizaçãoe a ativação da luz são mais eficazes em matar as bactérias das
superfícies de titânio do que a ablação por laser por si só (HAAS, 1997).
As técnicas cirúrgicas usadas para o tratamento da peri-implantite são
modificações de técnicas para tratamento de defeitos ósseos periodontais. Retalhos com
terapias ressectivas e/ou regenerativas são utilizados, dependendo da morfologia e
tamanho do defeito ósseo. O tipo de defeito ósseo praticamente decide a modalidade de
tratamento. As indicações para terapia ressectiva incluem de moderada a avançada perda
óssea horizontal, posição do implante em uma área não estética e defeitos ósseos de
uma e duas paredes. Retalhos deslocados apicalmente e terapia óssea ressectiva são
usadas para corrigir perdas ósseas horizontais e alguns defeitos ósseos moderados
verticais. Dentre os procedimentos regenerativos está incluída a regeneração óssea
guiada com enxertos ósseos autógenos ou alógenos (JOVANOVIC, 2001). O tratamento
não cirúrgico de doenças peri-implantares mostrou modesta eficácia e, uma possível
explicação para esses resultados limitados podem estar relacionados com
descontaminação insuficiente da superfície do implante exposto a bactérias dos
biofilmes (FIGUERO, 2014).
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A razão para o uso de tratamentos químicos é descontaminar a superfície do
implante por aplicação direta de substâncias apropriadas. O ácido cítrico, o peróxido de
hidrogênio, a clorexidina e / ou a solução salina têm sido utilizados, e todos deram
resultados similares em estudos (FIGUERO, 2014).
Várias técnicas cirúrgicas têm sido recomendadas, dependendo do objetivo final
da intervenção cirúrgica: acesso para limpeza e descontaminação da superfície do
implante,acesso para limpeza, descontaminação e exposição das superfícies afetadas
para limpeza e acesso para limpeza visando regeneração óssea e reosseointegração
(técnicas regenerativas) (MOMBELLI, 2002). Francio et al. (2008) com o objetivo de
revisar na literatura as principais modalidades de tratamento de peri-implantite,
observaram o relatado o uso de antissépticos bucais, antibioticoterapia, raspagem
cirúrgica, raspagem não-cirúrgica, enxerto ósseo, uso de membranas, tratamento
combinado com uso de enxertos ósseos e membranas e laserterapia. Constataram que a
maioria dos estudos mostrou casos sobre os tipos de tratamento, porém apenas um
protocolo específico da doença foi relatado. Todos os outros demonstraram associações
de tratamentos com sucesso na maioria absoluta dos casos, independentemente do
tratamento realizado. As características dos defeitos ósseos peri-implantares causados
pela periimplantite podem ajudar a selecionar a abordagem cirúrgica mais adequada
(FIGUERO, 2014).
O tratamento cirúrgico, baseado na eliminação da bolsa peri-implantar e
recontorno ósseo para o tratamento da peri-implantite pode ser efetivo e os melhores
resultados foram obtidos quando a perda óssea inicial foi menor, ou seja, quando a
doença é diagnosticada precocemente (SERINO & TURRI, 2011). A cirurgia ressectiva
é indicada para remoção de excesso de tecido hiperplásico, entretanto, expõe a área
cervical do implante facilitando o acúmulo de bactérias. Geralmente, as incisões são
feitas em torno dos implantes afetados, elevando o retalho mucoperiosteal e
identificando o defeito ósseo. Em seguida, remove- se todo tecido de granulação e
cureta o tecido ósseo infectado com a finalidade de remodelar a configuração anatômica
do defeito e assim facilitar a cicatrização por completa dos tecidos moles peri-
implantares.
A regeneração tecidual guiada é baseada na hipótese de que diferentes
componentes celulares no tecido têm variados graus de migração dentro da área ferida,
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durante a cicatrização. Com a colocação de uma entrar no defeito ósseo; possibilitando
migração de células mais lentas com potencial osteogênico, as quais poderão atingir o
defeito. A barreira é usada para reter o material particulado e induzir maior reparo ósseo,
por criar um espaço para regeneração abaixo da membrana (MEFFERT, 1996). O novo
osso preenche o defeito ósseo, como um processo de cicatrização, resultando,
concedendo uma melhor estabilidade do implante por meio do tempo (LANG, 2000). A
respeito de tratamento cirúrgico, concluíram que podem ocorrer regeneração óssea e re-
osseointegração ao usar membranas para recobrir osso autógeno particulado. Em
relação à descontaminação da superfície de implantes afetados, ela é conseguida mais
fácil e efetivamente por meio da aplicação de gaze embebida alternadamente com
clorexidina e solução salina (SCHOU et al., 2004).
3 METODOLOGIA
A busca bibliográfica foi realizada de fevereiro de 2018 à setembro de 2018,
com o intuito de coletar informações referentes aos tratamentos das doenças
periimplantares, nas seguintes bases de dados: Scielo, BBO (Bibliografia Brasileira de
Odontologia), LILAS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde),
BVS (Biblioteca Virtual da Saúde), Porta Capes e Pubmed, utilizando os descritores
“treatment periimplantitis”, “peri-implant diseases, nos idiomas português e inglês.
Foram selecionados 57 artigos de um total de 1660 artigos, no intervalo de 1969 à 2015.
Os dados foram analisados, cruzados e debatidos para a realização da revisão de
literatura com os resultados conclusivos.
4 DISCUSSÃO
As terapias com implantes têm demonstrado tratar-se de uma modalidade
terapêutica onde os resultados em longo prazo atingem níveis notórios de sucesso
(ALBREKTSSON, 1991). Mesmo sendo considerada uma terapia com resultados
satisfatórios podem apresentar falhas (TONETTI, 1998; ESPOSITO, 1998,
KAROUSSIS, 2004). O desafio atual no tratamento com implantes está na habilidade
em detectar indivíduos de risco, tanto para a perda precoce (falha em se obter a
osseointegração) quanto tardia (falha ocorrida após a osseointegração). Assim, o
monitoramento sistemático e contínuo dos tecidos peri-implantares é recomendado para
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o diagnóstico da doença peri-implantar (ESPOSITO et al. 1998). As falhas na
preservação dos implantes mais comuns estão associadas à periimplantite (CRUZ,
2006) que apresenta como fator etiológicoo biofilme dental (MOMBELLI e LANG,
1998; ERICSSON e LINDHE, 1993; LANG et al., 1997; ESPOSITO et al., 1998;
SOUZA et al., 2001; LINDHE, 2005).
O uso de agentes antimicrobianos tópicos é recomendado, entre eles os
bochechos com clorexidina (FIGUERO, 2014). A irrigação profissional com
clorexidina, peróxido de hidrogênio ou solução de tetraciclina também é indicada
(MOMBELLI e LANG, 2000). Contudo, de acordo com Mombelli e Lang (2000), o uso
de clorexidina 0,12% em bolsas com profundidade de sondagem maior que 3 mm não
demonstrou eficácia, e, para ter resultados positivos, portanto, deve ser utilizada
irrigação profissional com clorexidina 0,5% combinada com antibioticoterapia, que
compreende ornidazol 1.000 mg durante 10 dias. Para bolsas entre 4 e 5 mm foi
indicada a realização de bochechos com 10 ml de clorexidina entre 0,1% e 0,2% por 30
segundos (LANG et al., 2004). A antibioticoterapia sistêmica também é considerada
relevante em muitos estudos (MOMBELLI e LANG, 2000; ROOSJANSAKER et al.,
2006).
A terapia regenerativa parece ser a que melhor resolve a peri-implantite, pois a
mesma apresenta reduções significativas na profundidade de sondagem além do ganho
ósseo proporcionado, independentemente do tipo de substituto ósseo e do uso ou não de
membranas (SCHWARZ et al., 2006). O uso de técnicas regenerativas tem demonstrado
sucesso, e mais estudos controlados são necessários. (TOMSON et al., 2004). Nos
defeitos ósseos o uso de enxertos ósseos, a utilização de membranas ou a combinação
das duas técnicas com a administração de antibióticos sistêmicos traz resultados
positivos (FRANCIO et al., 2008).
O princípio de regeneração óssea guiada (ROG) pode ser aplicado para
tratamento cirúrgico de perda óssea ao redor do implante com sucesso, em perdas
moderadas a profundas, em defeitos de duas ou três paredes, circunferenciais e de
deiscência. (LANG et al., 2000; BUCHTER et al., 2004; FRANCIO et al., 2008).
Lindhe & Meyle, (2008) afirmaram que procedimentos regenerativos como técnicas de
enxerto ósseo com ou sem o uso de membranas resultou em vários graus de sucesso.
Entretanto, sabe-se que tais técnicas não solucionam a doença e sim tentam preencher o
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defeito ósseo já formado. A reosseointegração na superfície de um implante previamente
contaminado, através de regeneração óssea, ainda não foi demonstrada
histologicamente. Outro aspecto a ser observado é a falta de informações sobre as
possíveis consequências do uso de brocas nos implantes como, por exemplo, o calor
gerado e a extrema modificação da superfície implantar, situação esta que deve ser
atentamente pesada na indicação desta técnica. Foram comparadas duas modalidades de
tratamento cirúrgico da periimplantite (acesso cirúrgico para raspagem com curetas
plásticas mais soro fisiológico e jato de hidroxiapatita versus acesso cirúrgico para
raspagem com curetas plásticas mais soro fisiológico e enxerto de osso bovino
(BioOss®) mais membrana colágena (BioGide®). Os dois estudos apresentaram
resultados favoráveis em ambos os grupos após seis meses.
CONCLUSÔES
O tratamento da mucosite peri-implantar inclui: o desbridamento mecânico do
biofilme e do cálculo por intervenção profissional ou por técnicas de higiene bucal de
uso doméstico, com ou sem uso adjuvante de antimicrobianos; O controle mecânico da
placa, juntamente com o uso de antibioticoterapia local e sistêmica mostrou ser eficiente
como adjunto no tratamento das doenças periimplantares; A terapia cirúrgica apresenta
melhores resultados no tratamento da periimplantitee a associação a técnicas
regenerativas levam a altas taxas de sucesso.
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