Pacto pela vida e blocos da Assistência Farmacêutica
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA – CONTEXTO DO SUS
2004 Resolução CNS 338
Entende a AF como uma política norteadora para a formulação de politicas setoriais, tendo como alguns dos seus eixos
estratégicos, a manutenção, a qualificação dos serviços de assistência farmacêutica na rede publica de saúde e a
qualificação de recursos humanos, bem como a descentralização das ações.
2006 Pacto pela saúde (portaria GM/MS n° 399)
O financiamento da AF sendo entendido como responsabilidade comum às três esferas da gestão do SUS, devendo
contemplar a aquisição tanto de medicamentos quanto de insumos, bem como a execução das ações necessárias à
operacionalização da AF.
PACTO EM DEFESA DO SUS
PACTO PELA
PACTO PELA VIDA PACTO DE GESTÃO
SAÚDE
Pacto pela vida: compromisso em torno das prioridades de impacto sobre a situação de saúde da população. Ou seja, estratégia
de articulação e pactuação entre os diferentes níveis de governo para promover ações integradas e efetivas na população.
PRIORIDADES
Saúde do idoso Mortalidade infantil e materna
Câncer de colo de útero e de mama Doenças emergentes e endemias
Atenção básica à saúde Promoção da saúde
Saúde do idoso implantar a política nacional de saúde da pessoa idosa, buscando a atenção integral. Além de desenvolver
ações que visem qualificar a dispensação e o acesso da população idosa.
Câncer de colo de útero e de mama contribuir para a redução da mortalidade por câncer de colo do útero e de mama.
Atenção básica à saúde consolidar e qualificar a estratégia da saúde da família como modelo de atenção básica a saúde e
como centro ordenador das redes de atenção à saúde do SUS.
Mortalidade infantil e materna reduzir a mortalidade materna, infantil neonatal, infantil por doença diarreica e por
pneumonias.
Doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza fortalecer a
capacidade de resposta do sistema de saúde às doenças emergentes e endemias.
Promoção da saúde Elaborar e implantar a Política nacional de saúde, com ênfase na adoção de hábitos saudáveis por parte
da população brasileira, de forma a internalizar a responsabilidade individual da pratica de atividade física regular, alimentação
saudável e combate ao tabagismo.
Pacto em defesa do SUS: expressa os compromissos entre os gestores para a consolidação da reforma sanitária brasileira. Ou
seja, busca fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da ampliação do financiamento e da melhoria da gestão e da
qualidade dos serviços de saúde.
INICIATIVAS
Repolitização da saúde
Promoção da cidadania
Garantia de financiamento
Repolitização da saúde ou seja, uma nova politica com um movimento que retoma a reforma sanitária brasileira aproximando-
a dos desafios atuais do sus.
Promoção da cidadania como estratégia de mobilização social tendo a questão da saúde como um direito.
Garantia de financiamento de acordo com as necessidades do sistema.
Pacto de gestão do SUS: Define as responsabilidades sanitárias, os espaços de cogestão e o resgate do apoio entre os entes, no
esteio de um processo compartilhado. Ou seja, acordo entre os gestores do SUS para estabelecer diretrizes e responsabilidades
na condução das políticas de saúde, visando à garantia do acesso universal e integral à saúde.
OBJETIVO
Definir as responsabilidades sanitárias de cada instância gestora do SUS
Federal
Estadual
Municipal
Estabelecer as diretrizes para a gestão do SUS, com ênfase na:
Descentralização
Regionalização
Financiamento
PPI
Regulação
Participação e controle social
Planejamento
Gestão do trabalho e educação na saúde.
Financiamento do sistema único de saúde
São princípios gerais do financiamento para o sistema único de saúde
Responsabilidade das três esferas da gestão – união, estados e municípios pelo financiamento do sistema único de saúde.
Redução das iniquidades macrorregionais, estaduais e regionais, a ser comtemplada na metodologia da alocação de recursos,
considerando também as dimensões étnico-racional e social.
Repasse fundo a fundo, definido como modalidade preferencial de transferência de recursos entre os gestores.
Financiamento de custeio com recursos federais constituídos, organizados e transferidos em blocos de recursos.
As bases de cálculo que formam cada bloco e os montantes financeiros destinados para os estados, municípios e distrito federal
devem compor memórias de cálculo, para fins de histórico e monitoramento.
Os blocos de financiamento para custeio são:
Atenção básica
Atenção média e alta complexidade
Vigilância em saúde
Assistência farmacêutica
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
O bloco de financiamento para a assistência farmacêutica será financiado pelos 3 gestores do SUS devendo agregar a aquisição
de medicamentos e insumos e a organização de ações da assistência farmacêutica necessárias, de acordo com a organização de
serviços de saúde.
O bloco de financiamento da assistência farmacêutica se organiza em 3 componentes: Básico, estratégico e medicamento de
dispensação excepcional.
2007 PORTARIA GM/MS n° 204 FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Regulamenta o financiamento e a transferência dos recursos federais para as ações e os serviços de saúde, na forma de
blocos de financiamento, com o respectivo monitoramento e controle.
Seção IV: Bloco de assistência farmacêutica (AF)
Componente básico
Componente estratégico
Componente de medicamentos de dispensação excepcional – CMDE ou componente especializado
Componente básico - CBAF (Portaria GM n° 1555/2013)
Medicamento e insumo essenciais, pertencentes à RENAME vigente, destinados ao atendimento dos agravos prevalentes e
prioritários à atenção básica.
Antimicrobianos, antivirais, medicamento de diabetes ... Remédios comuns que atendem a maioria da população.
O elenco de medicamento deve ser totalmente baseado na RENAME para a execução dos recursos definidos na portaria n.
1.555 em vigor desde 2013.
O elenco de medicamentos para uso no âmbito da Atenção Básica à Saúde, é definido pela União, Estados e Municípios, sendo
orientado pela Relação Nacional de Medicamentos Essenciais vigente.
Em diversos estados são utilizados programas que facilite a dispensação de medicamentos. (opcional)
O governo disponibiliza 8,82 por habitante por ano para compra de medicamentos.
Componente estratégico - CEAF (não regulamentado)
Objetivo de garantir acesso a medicamentos, pertencentes à RENAME vigente, aos portadores de doença que configurem
problema de saúde pública, consideradas de caráter estratégico pelo MS.
Medicamentos das doenças de perfil endêmico, cujo controle e tratamento tenha protocolo e normas estabelecidas e que
tenham impacto socioeconômico. Como medicamentos para HVI, Aids.
O elenco é definido pelo ministério da saúde, que também é responsável pelo financiamento e aquisição dos medicamentos.
Estes são repassados às secretarias estaduais de saúde, que os distribuem aos seus municípios.
Componente especializado ou componente de medicamentos de dispensação excepcional (CMDE) (Portaria GM n° 1554/2013)
Estratégia de acesso a medicamento no SUS, caracterizado pela busca da integralidade do tratamento medicamentoso em todas
as fases evolutivas da doença contempladas, em nível ambulatorial.
Doença rara ou de baixa prevalência, com indicação de uso de medicamento de alto valor unitário ou que, em caso de uso
crônico ou prolongado, seja um tratamento de custo elevado.
Os medicamentos do CEAF estão divididos em 3 grupos com características, responsabilidades e formas de
organização distintas.
Grupo 1
a) Responsabilidade federal: aquisição e
distribuição; Responsabilidade estadual: dispensação
b) Responsabilidade federal: repasse de recursos aos estados; Responsabilidade estadual: aquisição, distribuição e
dispensação.
Grupo 2
a) Responsabilidade estadual: recursos financeiros para aquisição, distribuição e dispensação.
Grupo 3
a) Responsabilidade federal e estadual: transferência de recursos financeiros; Responsabilidade municipal: aquisição,
distribuição e dispensação.