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Relatório DUA - Desenho Universal para A Aprendizagem - Tamiris Martins Silva - Relatório DUA

Principais conceitos sobre o Desenho Universal para aprendizagem.
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Relatório DUA ( Desenho Universal da Aprendizagem).

Tamiris Martins Silva RA: 039023

Título da palestra: Desenho Universal da Aprendizagem


Palestrante: Profª. Dra. Elizabete Cristina Costa Renders

A palestra sobre o Desenho Universal da Aprendizagem (DUA) é mediada


por Wesley Dourado e tem como palestrante a professora doutora Elizabete Cristina
Costa Renders, a qual aborda os conceitos do DUA e a sua aplicação para
contribuir com a educação inclusiva no Brasil.
Primeiramente, a professora Elizabete Renders contextualiza que o Design (
Desenho) prevê a projeção e o planejamento à estímulos de aprendizagem, e
aborda o espaço da educação inclusiva que está em transformação, visto que em
uma perspectiva histórica, a escola foi criada com um padrão de aprendizagem, um
rigor do saber e um tempo linear que não considera as diferentes maneiras de
aprendizagem, o que vai em contraposição ao conceito do DUA. Esse padrão de
aprendizagem e rigor do saber são concebidos como uma monocultura escolar,
onde a educação é para poucos.
Em contrapartida, a professora Elizabete Renders expõe que os saberes,
temporalidades, reconhecimentos, no plural são princípios do DUA que promovem a
aprendizagem de todos os estudantes. A palestrante aborda que o Desenho
Universal da Aprendizagem é definido com o trabalho com o múltiplo e o plural nas
escolas, isto é, apresentar o objeto de aprendizagem em múltiplos meios para
responder às diversas necessidades dos estudantes.
Um ponto importante exposto pela professora é que o DUA partiu de outras
propostas e conceito, que é o design universal na arquitetura, ou seja, a
acessibilidade e a mobilidade. Já o DUA na proposta pedagógica se dá a partir dos
estudos da neurociência, em que há diferentes redes neurais de aprendizagem e
que todo sujeito é capaz de aprender, embora nenhum aprenda da mesma forma.
Em relação ao conceito do DUA, que a professora Elizabete Renders
aborda, o cérebro apresenta uma variabilidade de redes estratégicas (como
aprender), redes afetivas (por que querer aprender) e redes de reconhecimento (o
que aprender). Essa variabilidade do cérebro deve ser pensada em como planejar
um ensino inclusivo que considere essa característica do sistema nervoso, segundo
a professora.
No ponto conceitual do desenho da aprendizagem, a doutora Elizabete
Renders menciona que o DUA é uma abordagem pedagógica que busca apoiar os
professores a planejar um ensino inclusivo que trabalhe com medidas de apoio à
aprendizagem de todos, considerando as especificidades de cada um. Nesse
contexto, a professora expõe que o DUA responde às necessidades de diferentes
alunos, remove as barreiras pedagógicas na escola, garante a acessibilidade
curricular e reduz as adaptações curriculares individuais. Pensar no DUA na escola
segundo a professora é planejar a aula considerando as várias possibilidades, isto
é, proporcionar o conteúdo em múltiplos meios, já que os estudantes podem
aprender de diferentes maneiras. Nessa perspectiva, a professora Elizabete
Renders argumenta a partir da metáfora do jantar, que se aplica ao DUA.
Ainda na abordagem conceitual pedagógica do DUA, um aspecto relevante
que a palestrante realiza é a divisão da palavra DUA em: múltiplos modos de
apresentação do conteúdo ( letra D/reconhecimento); múltiplos modos de ação do
estudante ( letra U/ estratégias); múltiplos modos de auto-envolvimento (letra A/
afetivas) especificando como o DUA funciona na consideração da variabilidade na
aprendizagem.
Em relação à aplicação do DUA na prática, a palestrante argumenta que os
professores devem levar em consideração essa acessibilidade em possibilitar o
trabalho com textos multimodais em diferentes formatos e meios: impresso, digital,
com áudio, tátil, etc, de modo a atender as diferentes maneiras de aprendizagem.
Além disso, um ponto abordado pela professora Elizabete Renders é que o
professor deve deixar claro o objetivo de aprendizagem para o estudante e
proporcionar várias possibilidades de finalizar as tarefas e possibilidades de
espaços flexíveis de trabalho, como trabalhos em grupos, individuais, em pesquisa,
silencioso, etc. A avaliação na perspectiva do DUA deve ser formativa e processual,
em que há feedback aos alunos sobre o seu desempenho.
Em conclusão, a palestra sobre DUA que a professora doutora Elizabete
Renders realizou apresenta questões relevantes e importantes a serem refletidas e
colocadas em prática no contexto da educação brasileira, seja em escolas públicas
ou particulares, pois é imprescindível propiciar a aprendizagem de todos os alunos e
não apenas de alguns.
Nesse sentido, o professor está em um contexto de pluralidade de estudantes
que apresentam singularidades e diferentes maneiras de aprender. Um exemplo são
alunos com deficiência intelectual que têm um funcionamento intelectual inferior à
média e limitação nas habilidades adaptativas, aspectos que precisam ser
considerados no planejamento da aula, pois eles são capazes de aprender o
mesmo conteúdo, logo o professor deve considerar essa singularidade, abordar
situações concretas a partir do objeto de conhecimento, ações que se relacionam
com o DUA, que prevê a apresentação de conteúdos em diferentes meios para
garantir uma aprendizagem integral.
Outro exemplo que mostra a importância da exposição do DUA pela
professora Elizabete Renders são alunos com transtorno do espectro autista (TEA)
que podem apresentar flexibilidade à mudança, inabilidade persistente na
comunicação social, falas e manipulação de objetos repetitivos, variando de acordo
com o nível. Nesse sentido, o professor deve pensar em possibilitar a aprendizagem
de alunos com TEA a partir de suas características, embora o currículo não deve ser
diferenciado, mas ao contrário, deve ser apresentado o mesmo currículo, mas com
diferentes maneiras de trabalhar os objetos, o que é abordado pelo DUA.
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) e o Plano Educacional
Individual (PEI) se relacionam com o DUA, pois preveem a aprendizagem de todos,
considerando a singularidade de aprendizagem, o primeiro, AEE, organiza e elabora
recursos pedagógicos que eliminem as barreiras e possibilitam a plena participação
dos estudantes, já o segundo, PEI, elabora metas, identifica as dificuldades e
norteia os processos de aprendizagem. Tanto o AEE quanto o PEI potencializam a
aprendizagem a partir da educação inclusiva.
As tecnologias assistivas, que é todo o arsenal técnico, promovem a
funcionalidade e envolvem o aluno na aprendizagem, tornando-o protagonista e
tirando o papel de espectador na sala de aula. Essas tecnologias se relacionam com
o DUA, pois envolvem um planejamento de propiciar a aprendizagem, considerando
as diversas maneiras de aprender. Na TA há uma adequação de materiais didáticos
que possibilitem o mesmo currículo.
Na atualidade com os marcos normativos que explicitam a educação inclusiva
e a aprendizagem de todos, como o Currículo Paulista, a LDB (1996), Lei Federal nº
13.146, de 06/07/2015 – Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), Recomendação CME nº 02/2022
– Diretrizes Gerais para a Educação Especial na Perspectiva Inclusiva com
Abordagem Específica na Rede Municipal de São Paulo, entre outros, se tornam
relevantes reduzindo a desigualdade, no entanto, há contradições, pois muitos
profissionais de educação não sabem lidar com o público alvo da educação
inclusiva, resultando em alunos isolados e segregados nas salas regulares, onde o
conteúdo muitas vezes é totalmente diferente ao invés de ser apresentado de
maneira diferenciada possibilitando habilidades integrais.
De acordo com Carolina Pessoa, repórter da Rádio Nacional, Brasília, o
número de estudantes com deficiência têm crescido em escolas públicas e privadas.
Carolina Pessoa ainda cita que o Censo Escolar da Educação Básica, em 2022, era
quase 1,3 milhão de estudantes, a maior parte com deficiência intelectual. Esse
aumento é importante, pois denota o direito à educação de maneira plena nas
escolas regulares que estudantes com deficiência possuem, no entanto, esse ganho
deve ser acompanhado com formação continuada aos professores, planejamento,
diferentes metodologias para propiciar uma educação integral e aprendizagem
significativa a esse público, a fim de não resultar por exemplo em uma situação em
que a sala inteira está aprendendo um gênero textual na aula de português e um
aluno com deficiência intelectual está desenhando uma flor, algo desconexo do
currículo para a sua idade, ou seja, uma contradição. Ou então alunos com
deficiência têm sua matrícula negada em escolas regulares, por falta de preparo e
formação continuada dos profissionais.
Dessa forma, as exposições acerca do DUA pela professora Elizabete
Renders são imprescindíveis e relevantes, pois possibilitam a reflexão de como
propiciar a educação inclusiva, a partir de um currículo não diferenciado e a partir da
singularidade de aprendizagem que cada estudante possui, considerando que todos
são capazes de aprender e se desenvolver integralmente, por meio de diferentes
maneiras de apresentar o objeto de estudo. Além disso, a professora especificou de
maneira pontual e objetiva os conceitos e aplicação do DUA através de exemplos e
teoria o que facilita a relação do Desenho Universal da Aprendizagem com outras
áreas e principalmente na atuação na sala de aula.

REFERÊNCIAS
PESSOA, Carolina. Agência Brasil EBC/ Radioagência Nacional. Cresce o número
de alunos com deficiência matriculados nas escolas: Desafios são debatidos
neste Dia de Luta pela Educação Inclusiva 2023. Disponível em:
<https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/educacao/audio/2023-04/nu
mero-de-alunos-com-deficiencia-na-escola-cresce-em-todo-pais> Acesso em: 14 de
outubro de 2023.

Vídeo- Desenho Universal da Aprendizagem /Palestrante Elizabete Cristina Costa


Renders. Canal do youtube “Centro de Pesquisa, Formação e Inclusão Digital”.
2021. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=hnHkAXWaOYo&authuser=0

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