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Transtorno Do Humor - 29.05.24

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Psicopatologia da Infância e Adolescência

Transtornos do Humor
ULBRA - Universidade Luterana
do Brasil - Itumbiara
Apresentado e Orientado por:
Camilla Kechelly Dias Silva
01 Jhordanna Araújo Silva
Ítalo Rodrigues Clementino
Lívia Gonçalves Almeida
Maiara Alves de Araújo
Norton Carlos Ramos Godoi

02 Susana Medeiros Ramos


TRANSTORNOS DO HUMOR
Os transtornos de humor mais importantes são: O depressivo maior, o
distímico e o bipolar;

Os transtornos de humor se manifestam por mudança acentuada e


prolongada das emoções da criança e do adolescente.

As mudanças de humor prolongada e de formas intensas podem ser


preocupantes e geralmente estão associadas a psicopatologias ou
acontecimentos estressantes, como: luto, divórcio ou doença.

A depressão e a irritabilidade representam dois aspectos


preponderantes nas dificuldades de funcionamento características dos
transtornos de humor na infância e na adolescência. Sendo que podem ter
irritabilidade crônica, mal humor persistente, raiva intensa e
comportamentos desafiadores.
A incidência e a gravidade dos sintomas que acompanham o humor
depressivo ou irritável ou a falta de interesse e de prazer variam
entre as pessoas atingidas, pois cada pessoa pode manifestar de
forma única, e pode ter a influencia como uma serie de fatores,
como: fatores biológicos, fatores psicológicos, fatores ambientais, e
fatores genéticos.

Na adolescência, o transtorno depressivo é mais frequente nas


meninas, podendo estar associado a dificuldades variadas, e não
somente a problemas de comportamento.

Quando os transtornos de humor persistem são associados a


dificuldades de adaptação mais sérias, somam-se as comorbidades, e
em muitos casos persistem até a vida adulta.

.
QUANDO A AFLIÇÃO E O DESESPERO SUBSTITUEM
A ALEGRIA DE VIVER DA INFÂNCIA
Qualquer indivíduo pode ser confrontado, em algum momento de sua vida,
trazendo sentimentos de aflição e desespero. Na infância e adolescência o
transtorno de humor se manifesta por alguma mudança marcante ou
prolongada das emoções da criança ou adolescente eles podem se manifestar
através de desafios significantes em suas vidas como: separação,
dificuldades na escola, bullying, experiências traumáticas, são eventos que
podem contribuir para esses sentimentos, tirando a alegria de viver a
infância, onde a depressão e o desespero predominam.

APANHADO HISTÓRICO
A melancolia, que era conhecida como um estado de profunda depressão,
teve suas primeiras descrições modernas dos distúrbios de humor datadas há
aproximadamente 150 anos. Mesmo sendo citada em textos médicos desde
tempos antigos.

Mesmo com inúmeras descrições disponíveis, elas foram negligenciadas por


mais de metade do século XX. Somente a partir de 1970 é que os transtornos
de humor retomaram sua importância como objeto digno de estudos
sistemáticos na psicopatologia infantil e adolescente (Parry-Jones, 1995).

A partir de então os profissionais de saúde mental começaram a reconhecer


os transtornos de humor, como depressão e transtorno bipolar, também
podiam afetar crianças e adolescentes de maneira significativa.

A forma que houve essa mudança de perspectiva resultou em avanços


importantes na compreensão de transtornos na infância e na adolescência.
CONSIDERAÇÕES DIAGNÓSTICAS E DESENVOLVIMENTAIS
Os padrões de diagnóstico presentes na CID-10 e no DSM-IV são bastante
claros e fornecem uma descrição precisa dos distúrbios de humor. No entanto,
a análise e identificação desses distúrbios em crianças e adolescentes tendem
a ser desafiadoras devido a questões conceituais, metodológicas e
relacionadas ao desenvolvimento.

A EVOLUÇÃO DA SINTOMATOLOGIA DA INFANCIA E ADOLESCENCIA;


Embora os critérios de diagnósticos para os transtornos de humor possam ser
os mesmos em todas as idades, não necessariamente isso implica em uma
correspondência exata dos sintomas ao longo do desenvolvimento.

A manifestação dos sinais e sua intensidade podem deferir significativamente


conforme a faixa etária da pessoa. Por exemplo, o modo como crianças e
adolescentes expressam os sintomas da depressão muitas vezes difere da
forma como isso ocorre em adultos.
OS DIFERENTES TRANSTORNOS DE HUMOR DEFINIÇÕES;
O transtorno depressivo maior caracteriza-se pela ocorrência de episódios
depressivos com uma duração de pelo menos duas semanas cada um. Fala-se em
episódio depressivo isolado (quando é único) e de transtorno depressivo
recorrente em presença de mais episódios.

O transtorno distímico caracteriza-se por sintomas depressivos por, no mínimo,


um ano. Eles são menos acentuados, mas mais crônicos do que no transtorno
depressivo maior, manifestando-se durante semanas ou meses sem uma melhora
significativa do humor.

O transtorno bipolar caracteriza-se por episódios acentuados durante os quais


se passa de uma elevação de humor e de um aumento de energia e de atividade
para um rebaixamento do humor e uma redução do nível de energia e de
atividade.
CRITERIOS DIAGNOSTICOS E CARACTERISTICAS ESSENCIAIS O
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR.
De fato, o transtorno depressivo maior se caracteriza pela presença de
episódios depressivos. No entanto, no início de sua evolução, pode ser difícil
determinar se uma criança está apresentando um episódio depressivo isolado,
uma variação dos sintomas ou se está enfrentando um transtorno recorrente.

Determinar se uma criança está enfrentando um episódio depressivo isolado ou


se tem um transtorno depressivo maior recorrente geralmente requer uma
avaliação cuidadosa por parte de um profissional de saúde mental qualificado. E
a incidência e a gravidade dos sintomas, assim como o grau de disfunção da
criança, permitem determinar se o episodio depressivo é leve, moderado ou
grave.
Transtorno Distímico
Transtorno depressivo persistente;

É uma depressão crônica e contínua de humor, onde as flutuações entre fases


depressivas e de remissão são menos acentuadas;

Para obter um diagnóstico é necessário que tenha duração de no mínimo um


ano;

Quando há períodos de remissão durante o ano, eles não podem durar mais que
dois meses cada um;

O transtorno distímico pode ser difícil de ser diferenciado do transtorno


depressivo recorrente porque as flutuações entre fases depressivas e de
remissão podem parecer muito com a alternância entre funcionamento habitual
e disfunção;
Os sintomas compreendem perda de energia, perturbações do sono ou do
apetite, falta de autoestima e de autoconfiança, dificuldades de se
concentrar, de tomar decisões ou de enfrentar responsabilidade e
sentimentos de pessimismo e de desespero;

O quadro apresenta de forma semelhante em meninas e meninos e não impede


que a criança/adolescente participe de atividade como estudar e trabalhar;

Os sintomas compreendem perda de energia, perturbações do sono ou do


apetite, falta de autoestima e de autoconfiança, dificuldades de se
concentrar, de tomar decisões ou de enfrentar responsabilidade e
sentimentos de pessimismo e de desespero;

O quadro apresenta de forma semelhante em meninas e meninos e não impede


que a criança/adolescente participe de atividade como estudar e trabalhar;
Transtorno Bipolar
O transtorno bipolar se distingue pela ocorrência de episódios de mania, os
quais se caracterizam por um humor anormalmente elevado;

É necessário que persista por pelo menos uma semana e que seja acompanhado
de sintomas como: aumento acentuado de energia e de atividades agitadas;
redução da necessidade de sono; tendência em falar muito; busca de atividades
ou projetos agradáveis, mas que são imprudentes pois expõem a pessoa a um
grande perigo ou decepção;

O transtorno bipolar é dividido em: transtorno bipolar 1, transtorno bipolar 2 e


misto;

Tipo 1: Um episódio depressivo e um de mania, sendo mais acentuado, e em casos


mais graves, os episódios maníacos interferem nas responsabilidades
escolares/profissionais da criança/adolescente, exigindo assim a hospitalização;

Tipo 2: Um episódio depressivo e um de hipomania, são semelhantes, porém,


menos graves e menos acentuados ou de duração mais curta;
Misto: Onde a criança/adolescente preenche critérios de depressão e de
mania, passando rapidamente de um estado depressivo a um estado maníaco ou
normal (até várias vezes ao dia);

A mania se revela semelhante em crianças e adolescentes, já a frequência de


certos sintomas e sua apresentação variam com a idade;

As crianças pequenas são agitadas, irritáveis e mudam abruptamente de


humor, costumam ter crises de choro;

Só se pode estabelecer um diagnóstico provisório, e é necessário um período


de acompanhamento para determinar a natureza das dificuldades. Significa
também que a existência de um transtorno bipolar antes da adolescência ainda
é controversa
Nos casos mais graves, essas crianças são praticamente in controláveis, porque
têm crises de raiva e de agressividade durante as quais põem as pessoas
próximas e a si mesmas em perigo. Na maior parte dos casos, é preciso esperar
a adolescência para que a natureza clinica do transtorno seja evidente;

Essas diferenças desenvolvimentais podem tornar difícil o diagnóstico de um


transtorno bipolar antes da metade ou do final da adolescência.

Mais especificamente:
Transtorno é raro (sobretudo durante a infância) e comórbido, tendo sintomas
comuns;

Quando um primeiro episódio é acompanhado de sintomas psicóticos, é dificil


distingui entre uma esquizofrenia na infância e um transtorno bipolar;
quando um primeiro episodio e acompanhado de uma agitação hiperativa e de
comportamentos perigosos (por exemplo, consumo de droga), éc dificil
diferenciar entre TDAH, transtorno de conduta e bipolar.
Isso significa que, em muitos casos, só se pode estabelecer um diagnóstico
provisório, e e necessário um período de acompanhamento para determinar a
natureza das dificuldades. Significa também que a existência de um transtorno
bipolar antes da adolescência ainda e controversa.

O transtorno bipolar caracteriza-se por episódios acentuados durante os quais


se passa de uma elevação de humor e de um aumento de energia e de atividade
para um rebaixamento do humor e uma redução do nível de energia e de
atividade.

Critérios diagnósticos e características essenciais


O transtorno depressivo maior.
Para facilitar o diagnostico e contribuir para sua confiabilidade, o DSM-IV
especifica que um episodio está terminado quando a pessoa não manifesta,
durante dois meses ao menos, sintomas necessários ao diagnóstico de um
episódio depressivo.
Epidemiologia
Estudos dizem que 17 a 20% dos jovens terão episódios depressíveis antes do final
de sua adolescência, é difícil determinar a amplitude desses transtornos, sem
contar que a vare a função das amostras estudadas. Em um estudo canadense nos
mostra as dificuldades encontradas nessa área,2.800 crianças e adolescentes
entre 6 a 16 anos, Fleming, Oxfford e Boyle relatam que a prevalência do transtorno
depressivo maior oscila em função do nível de certeza do diagnostico apresentado,
de 0,6% de crianças e de 18% dos adolescentes são afetados, com vários sintomas
aparentes os números quadruplicam, atingindo entre 2,5% a 7,8%.

Idade
Antes dos seis anos de idade o transtorno depressivo é inferior a 1%, já com
crianças inferiores a 12 anos essa faixa etária chega a atingir de 2% a 3%, e de 6%
a 9% na adolescência.
Sexo
Atinge tanto meninas quanto meninos em proporções semelhantes, embora seja
mais frequente em meninos, já o transtorno depressivo cresce nas meninas de 2 a 3
vezes a mais do que nos meninos, estudos indicam que até os 12 anos de idade são
mais frequentes nos meninos que nas meninas, embora os tratamentos nem sempre
sejam semelhantes. Estudos com crianças de 9,11 e 13 anos relatam que há um
aumento associado a puberdade nas meninas, e uma diminuição nos meninos, tendo
também a diferença de como ambos lidam com situações estressantes, as meninas
costumam prolongar essas situações e se culpabilizam, já os meninos não se
preocupam em se distrais mediante a ação, sem contar que as meninas costumam
enfrentar situações mais estressantes ligas a puberdade e as mudanças biológicas
e psicológicas que ela provoca.

TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR E TRANSTORNO DISTÍMICO


Enquanto o transtorno depressivo maior e o transtorno distímico se manifestam
desde a infância e tem sintomas semelhantes em qualquer idade, os fenômenos
transformam-se bastante ao longo do desenvolvimento, antes da puberdade é mais
de natureza Distímica do que depressiva afetando os meninos e as meninas da
mesma medida, e se caracterizam com os transtorno de ansiedade e do
transtorno de comportamento na adolescência
O transtorno depressivo se caracteriza com mais frequência nas meninas e quando
associada a dificuldades variadas é mais com sintomas ou com um transtornos de
ansiedade do que dificuldades comportamentais, contudo, poucos adolescentes
depressivos, boa parte meninos, apresentam um transtorno comórbido de conduta,
essas mudanças levam a uma manifestação

TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR


Mesmo transtorno depressivo maior atingindo crianças com menos de 6 anos de idade,
ela começa entre 10 a 17 anos, a média é de 11 anos em estudos clínicos, e de 12 a 13
anos com mães depressivas, e de 14 anos nos estudos comunitários. A evolução do
transtorno depressivo maior varia de pessoa para outra, mas sabe-se que crianças e
adolescentes atingidos por um primeiro episódio tem uma grande chance de manifestar
outros ou de desenvolver psicopatologias qualquer

TRANSTORNO DISTIMÍCO
Começa mais cedo que o depressivo maior, caracterizado por períodos mais longos a
idade varia entre 6 a 13 anos, tendo em média de 9 a 10 anos de início em estudo
Clínico, já estudo comunitário de 11 a 12 anos durando de 3 a 5 anos, a maioria das
crianças se restabelece, mas o risco de recaídas é mais elevado.
TRANSTORNO BIPOLAR
Sabe-se que o transtorno bipolar muda de acordo com a idade, raramente começa
antes da adolescência, manifesta de início por episódios maníacos, com uma duração
longa, se aproximando na fase adulta, os jovens apresentam episódios maníacos
distintos, os transtornos bipolares só se revelam de fato na adolescência, pesquisas
levam a crer que ele tem origem nas alterações de comportamento evidentes na
infância. É o caso do TDAH com o qual costuma ser comórbido, Biedermam e
colaboradores relatam que 11% das crianças com TDAH apresentaram também
transtorno Bipolar, e no início de sua pesquisa ele relata que 12% que tinham
desenvolvido durante o período de acompanhamento, nenhuma das crianças as quais
foram comparadas durante o período manifestou o transtorno, a mesma equipe de
pesquisadores relatam que essa ligação entre o TDAH e o transtorno bipolar se explica
em larga medida pela presença de um tanto de pular nas famílias de crianças cujas
primeiras dificuldades são sintomas de hiperatividade e impulsividade para resumir os
pesquisadores nem sempre tinham atribuído o transtorno de humor a atenção que eles
mereciam, antes da vida adulta.
ETIOLOGIA
Compreender o desenvolvimento e evolução dos transtornos de humor e
oferecer pistas de pesquisa que poderiam permitir integrar os dados biológicos,
psicológicos e sociais

Modelos biológicos psicológicos e sociais

Desenvolvidos a explicar a etiologia dos transtornos de humor nos


adultos e adaptados para uma idade mais jovem.

Não envolvem os aspectos variados dos transtornos de humor nos jovens.


Não explicam em uma perspectiva multifatorial a interação desses fatores;
Incapazes de explicar as taxas elevadas de comorbidade dados
epidemiológicos e desenvolvimentais que descrevem a evolução desses
transtornos da primeira infância à adolescência.

Não refletem o desenvolvimento das diversas capacidades da criança , em


função de sua maturação
FATORES BIOLÓGICOS - FATORES GENÉTICOS
Hereditariedade: estudos com gêmeos mostram que os efeitos são dinâmicos:
acentuam-se mais na adolescência do que na infância emergem ao longo do
desenvolvimento para desempenhar uma influência crescente com a idade

Pesquisas Descendentes: criança corre um risco elevado de desenvolver um


transtorno de humor antes da idade adulta se o pai ou a mãe apresentá-lo. Mais
elevado no caso de o transtorno do pai ou da mãe ter começado antes dos 20 anos e
de ambos, e não apenas um, ter um transtorno de humor. A família corre um risco
elevado de ter um transtorno semelhante ou um transtorno de ansiedade

Pesquisas ascendentes: Raro existir uma correspondência exata entre o transtorno


paterno ou materno e o da criança. Os filhos de pais afetados com transtorno de
humor correm um risco elevado de tê-lo ou ter outras psicopatologias.

Pais de filhos com um transtorno bipolar costumam ter depressão quando não têm,
eles próprios, um transtorno bipolar
Criança não herda o transtorno, herda uma vulnerabilidade afetiva evidente que, se
ela for exposta a experiências de vida nefastas e não dispuser de meios pessoais e
de apoio social para enfrentá-los, poderia contribuir para os primeiros sinais de
um transtorno.

FATORES NEUROBIOLÓGICOS
Elevado cortisol (hormônio essencial ao manejo do estresse) e um controle anormal
desse hormônio (evidenciado por sua resposta anormal no teste de supressão à
dexa-metasona);
Hipossecreção de hormônio do crescimento;
Disfunções de certos neurotransmissores (em particular da serotonina);
Alterações do sono

Adultez: Hipersensibilidade/Hiper-reatividade ao estresse, compromete o


manejo do comportamento, e influência de maneira negativa a expressão e a
interpretação de diversas emoções, assim como a memória dessas emoções
Infância e Adolescência: não têm elevação de cortisol, secretar menos Hormônio de
crescimento em resposta a Administração de hormônio liberador do Hormônio de
crescimento (GHRH). Essa Resposta anormal é observada igualmente em crianças sem
psicopatologia, mas com um risco elevado de o desenvolver geneticamente. Raras ou
nenhuma mudança no sono

Desde muito cedo e talvez já antes do nascimento, diversos acontecimentos


predisponham uma criança a se tornar depressiva ou maníaca ou apresente
comportamentos mais disfuncionais, perturbando o desenvolvimento neurobiológico
que maneja o estresse e a expressão das emoções.

Quando uma criança ou um adolescente manifesta um transtorno de humor, é apenas


uma inter-relação o com outros fatores de risco de alterações neurobiológicas que
desempenham um papel etiológico.

FATORES PSICOLÓGICOS, FAMILIARES E SOCIAIS


PERSPECTIVA PSICANALÍTICA
Situações ligadas a família, como a separação real ou simbólica da mãe, a fixação
em uma fase de desenvolvimento precoce, agressividade dirigida contra si mesma,
perda ou a falta de autoestima ou sentimentos acentuados e crônicos de
impotência.
TEORIA DO APEGO
Apego inseguro que a criança desenvolve muito cedo, particularmente, com a mãe
Priva a criança da atenção positiva do adulto, do reconforto em situação
estressante, sendo difícil aprender a manejar progressivamente suas emoções
negativas;

Imagem negativa do mundo, considerá-lo como um lugar perigoso e não confiar nos
outros

Imagem negativa de si, se desvalorizar e julgar que não merece ser amor

Aumentam o risco de psicopatologia. Manifestação das dificuldades varia. O


temperamento do recém-nascido, a natureza das relações familiares e diversos
acontecimentos de vida cuja importância depende tanto da fase de
desenvolvimento quanto dos problemas que eles causam
PERSPECTIVA COGNITIVA
Como a criança ou o adolescente trata a Informação afetiva, interpessoal e
social. Beck (1996) postula que pessoas com depressão cometem erros sistemáticos
em sua maneira de pensar.

Tríade Cognitiva Negativa : automatizada, resistente e imediata

Generalização extrema. A natureza do transtorno e sua aparição dependem de


fatores psicossociais (personalidade, competências sociais, acontecimentos
estressantes)

Seligman sugere a origem em experiências recorrentes de impotência adquirida


frente aos desafios. Experiências reais ou percebidas como tais, levam a pessoa a
esperar que suas ações sejam incapazes de influenciar o curso dos
acontecimentos. Estilo de atribuição depressivo que encoraja o pessimismo,
passividade e retraimento
Internas (“Eu fui mal no exame porque Sou burro.”);
Estáveis (“Não adianta nada me preparar Para os exames, eu sempre vou mal.”);
Globais (“As provas e os exames existem para fazer com que pessoas como eu se
deem mal.”).

Inúmeras variáveis influenciam a natureza do transtorno e o momento em que ele


eclode

Ideais falsos, PA’s, favorecem uma apreciação negativa de si, do mundo e do


futuro, e atribuem a acontecimentos negativos de causas internas, estáveis e
globais sobre as quais eles têm pouco ou nenhum controle. Negatividade afetiva,
interpessoal e social alimenta os sintomas depressivos

Costuma-se falar, "erros" ou de "desvios" que dariam uma percepção falsa da


realidade. Contudo na maioria dos casos, a interpretação da criança infelizmente é
correta: seus modos de pensamento são negativos porque suas experiências
cotidianas também são, e suas atribuições são negativas porque ela se sente
impotente em face das dificuldades com que se depara.
PERSPECTIVA COMPORTAMENTAL
Carecem de competências afetivas, sociais e instrumentais em interações com o
mundo adulto e também com seus pares. Privada disso, ela terá a tendência a se
isolar em casa e na escola, nesses dois contextos, são isolados e, às vezes,
rejeitados, têm dificuldades de expressar e de manejar suas emoções nas situações
estressantes, não conseguem resolver os problemas, pois têm a tendência a se
submeter ou a se opor, mas não sabem se afirmar de maneira positiva; Pode
desenvolver sintomas depressivos ou mesmo um transtorno de humor. :

RELAÇÕES FAMILIARES
Famílias em que pai ou mãe (geralmente a mãe) tem transtorno de humor: Risco
elevado de ter um estilo depressivo e de desenvolver um transtorno de humor devido
ao modo de interação e construção de esquemas internos

Nível elevado de afetividade negativa e hostilidade; desapego ou de indiferença,


fraca afetividade positiva (afeição, ternura, brincadeiras). Pais e filho são ao
mesmo tempo os criadores e as vítimas de um circulo vicioso no qual seus
comportamentos inadaptados se reforçam mutuamente, em geral em um contexto
social que também contribui para as dificuldades observadas
FORA DA FAMÍLIA
Transtornos estão ligados aos maus-tratos e à negligência, aos conflitos conjugais à
separação e ao divórcio, abuso de drogas, alcoolismo parental, falecimento parental
ou de um amigo e à ruptura de uma relação amorosa e a fatores contextuais como
pobreza, desemprego e outros
Circunstâncias que aumentam a probabilidade de um transtorno do humor:
São crônicos;

Atingem crianças que não dispõem de meios físicos e psíquicos para se defender;

Colocam o indivíduo em uma situação que não pode ser mudada e sobre a qual
exerce pouco ou nenhum controle;

Sobrevivem em uma família na qual um dos pais já apresenta um transtorno


semelhante ou é particularmente pessimista e hostil

Aumento geral das dificuldades de adaptação e à presença de outras patologias,


mentais.
Conclusão
Os transtornos de humor na infância e adolescência, explorando suas definições,
características, fatores de risco, modelos etiológicos e implicações. Destaca-se a
complexa natureza desses transtornos, que se manifestam de diversas maneiras e
são influenciados por uma combinação de fatores biológicos, psicológicos, familiares
e sociais.

Os principais transtornos de humor:

Transtorno Depressivo Maior: Episódios depressivos intensos e prolongados, com


sintomas como tristeza, perda de interesse, alterações no sono e apetite, fadiga,
pensamentos negativos e ideias suicidas.
Transtorno Distímico: Sintomas depressivos menos graves, porém persistentes por
pelo menos um ano.
Transtorno Bipolar: Episódios de mania ou hipomania (humor elevado, energia e
atividade aumentadas) alternados com episódios depressivos.

Fatores de Risco
Fatores Biológicos: Genética, alterações neuroquímicas e disfunções cerebrais.
Fatores Psicológicos: Baixa autoestima, distorções cognitivas, experiências
traumáticas e estilos de enfrentamento inadequado
Fatores Familiares: História familiar de transtornos de humor, maus-tratos,
negligência, conflitos conjugais e divórcio.
Fatores Sociais: Pobreza, discriminação, bullying, exposição à violência e eventos
estressantes.

Modelos Etiológicos

Modelo Biopsicossocial: Enfatiza a interação entre fatores biológicos, psicológicos e


sociais.
Modelo Cognitivo-Comportamental: Focaliza distorções no pensamento e no
comportamento que contribuem para a manutenção dos sintomas.
Modelo Interpessoal: Destaca a importância das relações interpessoais no
desenvolvimento e na expressão dos transtornos de humor.

Diversas implicações dos transtornos de humor na vida das crianças e


adolescentes, incluindo:

Comorbidade: Alta prevalência de comorbidade com outros transtornos mentais,


como ansiedade e comportamentais.
Suicídio: Aumento do risco de ideação e tentativas de suicídio, especialmente na
adolescência.
Funcionamento Social e Acadêmico: Dificuldades nas relações interpessoais,
desempenho escolar prejudicado e baixa qualidade de vida.

Pontos Importantes

Os transtornos de humor são prevalentes na infância e adolescência e podem ter


consequências graves na vida dos jovens.

A etiologia dos transtornos de humor é complexa e multifatorial, envolvendo diversos


fatores biológicos, psicológicos, familiares e sociais.

A avaliação e o tratamento dos transtornos de humor na infância e adolescência


devem ser individualizados e abordar as diferentes áreas da vida do jovem.

A família e a escola desempenham um papel crucial no apoio e na recuperação dos


jovens com transtornos de humor.
Referência Bibliográfica

Jean E. Dumas - Psicopatologia da infância e da adolescência 3° Edição


Artmed. Ano de Publicação: 2011
FIM
Obrigado!!

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