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Aprender e Brincar Na Alfabetização

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Telma Ferraz Leal (org.

)
Ana Cláudia Rodrigues Gonçalves Pessoa
Beatriz de Barros de Melo e Silva
Cristiane Azevêdo dos Santos Pessoa
Rafaella Asfora Siqueira Campos Lima
Wilma Pastor de Andrade Sousa

APRENDER

E
BRINCAR NA

A LFABET
I ZAÇÃO

Sequências didáticas
para crianças
Manual do Professor
Telma Ferraz Leal (org.)
Ana Cláudia Rodrigues Gonçalves Pessoa
Beatriz de Barros de Melo e Silva
Cristiane Azevêdo dos Santos Pessoa
Rafaella Asfora Siqueira Campos Lima
Wilma Pastor de Andrade Sousa

APRENDER

E
BRINCAR NA

A LFABET
I ZAÇÃO

Sequências didáticas
para crianças
Manual do Professor
APRENDER E BRINCAR NA ALFABETIZAÇÃO:
sequências didáticas para crianças

Organizadora
Telma Ferraz Leal

Autoras
Ana Cláudia Rodrigues Gonçalves Pessoa
Beatriz de Barros de Melo e Silva
Cristiane Azevêdo dos Santos Pessoa
Rafaella Asfora Siqueira Campos Lima
Telma Ferraz Leal
Wilma Pastor de Andrade Sousa

REVISORA
Ana Lima

DESIGN e ilustrações*
Hana Luzia
Filipe Aca

*As imagens e ilustrações produzidas por terceiros


foram devidamente creditadas nas páginas
em que foram inseridas.

Catalogação na Fonte
SUMÁRIO
09 APRESENTAÇÃO
21 Sugestões gerais para incluir as crianças com deficiência

27 SEQUÊNCIA: Brinquedos e brincadeiras


35 Unidade 1: Iniciando a conversa sobre brincadeiras
43 Unidade 2: Conhecendo o direito de brincar
49 Unidade 3: Explorando brincadeiras de crianças
57 Unidade 4: Comparando as brincadeiras de hoje com as de antigamente
63 Unidade 5: Conhecendo brinquedos artesanais e industrializados
70 Unidade 6: Conhecendo o brinquedo favorito dos colegas
74 Unidade 7: Brincando com sucata
79 Unidade 8: Aprendendo a montar brinquedos
85 Unidade 9: Refletindo sobre brinquedos e brincadeiras
90 Unidade 10: Planejando a exposição de brinquedos

99 SEQUÊNCIA: CONHECENDO OS BICHOS


106 Unidade 1: Iniciando a conversa sobre animais
113 Unidade 2: Conhecendo os animais de estimação do grupo
117 Unidade 3: Classificando os animais
124 Unidade 4: Conhecendo outros animais
131 Unidade 5: Trabalhando com nomes de animais
136 Unidade 6: Desafios com animais
143 Unidade 7: Comparando animais domésticos e selvagens
146 Unidade 8: Aprendendo a respeitar os animais
157 Unidade 9: Organizando a exposição sobre animais
161 Unidade 10: Avaliando as aprendizagens
167 SEQUÊNCIA: histórias e seus heróis
174 Unidade 1: Começando a nossa conversa – Você sabe contar histórias?
180 Unidade 2: Os personagens das histórias
188 Unidade 3: Os personagens das histórias em quadrinhos e dos games
200 Unidade 4: (Re)conhecendo os heróis
210 Unidade 5: E os vilões, onde ficam?
217 Unidade 6: Resgatando lendas e mitos
225 Unidade 7: Conhecendo histórias para encenar
228 Unidade 8: Escrevendo histórias para contar e histórias
para encenar – textos dramáticos
248 Unidade 9: Conhecendo mais sobre o texto dramático
257 Unidade 10: Montando nossa peça de teatro

269 SEQUÊNCIA: o que eu quero ser quando crescer?


276 Unidade 1: Começando nosso projeto
285 Unidade 2: Conhecendo novas profissões
295 Unidade 3: Entrevistando pessoas da escola
304 Unidade 4: Profissões das pessoas do bairro
311 Unidade 5: Conhecendo profissões de pessoas célebres
322 Unidade 6: Todo mundo trabalha?
331 Unidade 7: O que são verbetes? Vamos produzir?
340 Unidade 8: Organizando um catálogo de profissões
348 Unidade 9: Organizando a feira de profissões
356 Unidade 10: Avaliando nosso trabalho

360 Referências Bibliográficas


APRESENTAÇÃO

“Aprender e brincar na alfabetização: sequências didáticas para crianças” é um


material para auxiliar professores e professoras a organizar situações didáticas
que favoreçam a alfabetização de crianças na perspectiva do letramento. Desse
modo, parte de uma concepção de que a alfabetização é um processo que inte-
gra as aprendizagens relativas ao funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética
e aprendizagens relativas ao domínio da leitura, escrita e fala que favoreçam a
inserção dos aprendizes em variados espaços sociais de modo autônomo, ativo e
crítico. Desse modo, também se configura como um processo em que as crianças
aprendem a ler, escrever, falar e escutar para se apropriarem de conhecimentos
relevantes para a vida. Esse processo deve ser vivenciado de modo lúdico e an-
corado em valores sociais de justiça e solidariedade, com vistas à construção de
uma sociedade sem preconceitos e discriminação.
As propostas aqui apresentadas são aportadas, portanto, em autores que
compreendem que o indivíduo alfabetizado é aquele que é capaz de ler e de
produzir textos para atender a diferentes finalidades, e consideram que o ensi-
no da língua nesta etapa deve incluir situações que promovam reflexões sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética e situações de leitura e escrita
de gêneros variados (albuquerque; morais; ferreira, 2008; brandão; rosa, 2005,
2011; cruz, 2008; frade, 2005; leal; albuquerque, 2004; leal; albuquerque; mo-
rais, 2010; maciel, baptista, monteiro, 2009.; Maciel; lúcio, 2008; morais, 2012;
picolli, camini, 2012; santos; albuquerque, 2005; silva, 2008; soares, 2003, 2004;
souza; cardoso, 2012).
A partir de tal concepção de alfabetização, neste material são sugeridas
atividades em que as crianças problematizam temas diversos, contemplando
cinco dimensões do processo de alfabetização:
1. Apropriação do Sistema de Escrita Alfabética/ortografia.
2. Desenvolvimento de habilidades/capacidades de produção
e compreensão de textos orais e escritos.

9
3. Inserção em práticas sociais diversas, com base no trabalho de
produção e compreensão de textos.
4. Apropriação de conhecimentos sobre a língua e reflexão sobre
gêneros textuais variados.
5. Reflexão sobre temáticas relevantes por meio dos textos.

Optou-se, nesta produção, por uma abordagem interdisciplinar e que bus-


ca aprofundamento de conhecimentos de modo progressivo e lúdico, consi-
derando que o centro de todo processo pedagógico é a linguagem, e que se
parte de uma concepção de linguagem como interação, implicando, portanto,
a participação em situações em que diferentes conhecimentos são ativados,
mobilizados, construídos, ressignificados.
A interdisciplinaridade, portanto, é um princípio seguido na proposta. Partindo
do pressuposto de que as crianças aprendem refletindo e agindo sobre a natureza
e sobre a sociedade, adotamos, assim segundo Fazenda (2005), a ideia de que a
interdisciplinaridade implica ação. Não é, portanto, um somatório de disciplinas
(FAZENDA, 1993). É antes, um modo diferente de analisar os fenômenos na escola.
Altera o tempo escolar, diminuindo a fragmentação por componente curricular.
Para Bispo (2011), uma abordagem interdisciplinar requer interação intensa entre
os que colaborativamente se apropriam de conhecimentos, exige reciprocidade.
Assim, os textos de diferentes gêneros são elos entre conceitos advindos de dife-
rentes áreas de conhecimento, tal como proposto por Freitas (2017, p. 42), que,
seguindo concepção sociointeracionista de linguagem, afirma que “o objetivo do
ensino é formar um aluno que seja proficiente em leitura, escrita e oralidade”.
Assim como defende Frigotto (2008, p. 60), objetiva-se uma escola em
que “novos atores e forças sociais contra hegemônicos assumem espaços no
plano político organizativo da sociedade”.
Para atender aos princípios elencados, neste material são socializadas
propostas de sequências didáticas, por considerarmos a necessidade de um
cotidiano escolar com maior aprofundamento de conhecimentos, e não de
aligeiramento do processo educativo.

10
Assume-se, para tal, a concepção de sequência didática como estabele-
ce Zabala (1998), ao defender que as sequências didáticas são maneiras de
encadear e articular as diversas atividades ao longo de uma unidade didáti-
ca. Neste material, concebe-se, portanto, que as sequências didáticas são
maneiras de organizar o trabalho pedagógico de modo que haja progressão
de ensino e aprofundamento de temáticas relevantes. Também se considera
que elas possibilitam ao professor articular diferentes objetivos em torno de
um mesmo fenômeno. Para além dos conhecimentos específicos, com as se-
quências didáticas, busca-se que as crianças aprendam a investigar, a buscar
conhecimentos, a analisar a natureza e a sociedade e a interferir criativamente
nela e desenvolva capacidade de argumentar e de interagir em diferentes es-
paços sociais. Machado e Cristóvão (2006) salientam que a sequência didática
favorece uma lógica de descompartimentalização dos conteúdos e das capa-
cidades, englobando práticas de escrita, de leitura e as práticas orais.
Assim, em cada sequência são propostas atividades que envolvem diferentes
gêneros textuais, os quais são tomados como instrumentos para a produção de
textos verbais e não verbais que oferecem parâmetros relativos ao conteúdo,
ao estilo e à construção composicional, tal como é indicado por Bakhtin (2000).
Esse autor evidencia que em diferentes esferas sociais são produzidos enun-
ciados que provocam atitudes responsivas ativas, ou seja, promovem efeitos
de sentido, os quais, de modo imediato ou posterior, promovem respostas.
Para Bakhtin, todo enunciado insere-se em um elo de cadeia comunicativa.
Nas sequências didáticas apresentadas neste material, os gêneros são objetos
de reflexão, favorecendo as atividades de produção e compreensão de textos
orais e escritos.

Quatro sequências didáticas são sugeridas:


1. Brinquedos e brincadeiras.
2. Conhecendo a bicharada.
3. Histórias e seus heróis.
4. O que eu quero ser quando crescer?

11
A primeira sequência tematiza sobre brinquedos e brincadeiras de hoje
e de antigamente; a segunda trabalha sobre animais e suas características;
a terceira trata da temática das diferentes maneiras de contar histórias e a
quarta sequência tem foco no tema profissões.
Todas as sequências objetivam que as crianças desenvolvam capacidades
de reflexão sobre temáticas diversas e de argumentação, apropriando-se de
conhecimentos aprofundados sobre a natureza e a sociedade. Leitura, escri-
ta e oralidade são eixos centrais do trabalho pedagógico, na perspectiva de
reflexão acerca de gêneros discursivos e práticas sociais em que tais gêneros
emergem. Produção e compreensão de textos orais e escritos são atividades
fins do processo educativo e processos meios para a apropriação de conheci-
mentos. Desse modo, as atividades incluem sistematização sobre as caracte-
rísticas de alguns gêneros, planejamento de textos orais e escritos, revisão de
texto. Os textos são lidos e produzidos para atender a diferentes finalidades
e a diversos destinatários. Busca-se, então, que as crianças aprendam a usar
diferentes estratégias e recursos para causar efeitos de sentido pretendidos
em diferentes esferas sociais de interação.
Considerando que as propostas são previstas para uso no Ciclo de
Alfabetização, são sugeridas atividades de reflexão sobre o funcionamento do
Sistema de Escrita Alfabética, de modo lúdico e problematizador. As crianças
são consideradas aprendizes ativos que formulam e testam hipóteses para
compreender nosso sistema notacional.
Como já foi dito, a interdisciplinaridade é um princípio das sequências
didáticas aqui apresentadas. Sendo assim, também são consideradas com-
ponentes basilares a linguagem matemática e as linguagens artísticas.
No trabalho com Matemática, são explorados os eixos de grandezas e me-
didas, geometria, números e operações e estatística. São trabalhadas cons-
truções e interpretações de gráficos, quadros e listas, transformação de lista
em quadro, critérios de classificação, elaboração e resolução de problemas de
adição e de subtração, quantificação, comparação de comprimentos, compa-
ração de massa, uso de instrumentos de medida, como fita métrica e balança,

12
contagem do tempo, exploração de propriedades de figuras geométricas por
meio do uso do Tangram. Objetivando o desenvolvimento do pensamento
matemático, as atividades trabalhadas nas sequências exploram o raciocínio
lógico das crianças de maneira formal, com conteúdos específicos, como os
descritos acima, e de modo intuitivo, por meio de diversos jogos em que é
necessário criar estratégias, utilizar um pensamento hipotético e colocar-se
no lugar do outro para antecipar jogadas, por exemplo.
As produções nas diferentes linguagens – artes visuais, teatro, dança e
música – aparecem nas sequências didáticas em diferentes momentos do tra-
balho a ser vivenciado, sendo objetos de reflexão de modo mais sistemático
na sequência “Histórias e seus heróis”. Compreendendo a arte como “co-
municação do conhecimento subjetivo” (GARDNER, 1997, p. 53), e sendo esse
conhecimento ligado à imaginação, que é fincada na realidade (VIGOTSKI, 2014),
partimos, de maneira geral, da ludicidade para propor atividades nas quais os
alunos e alunas sejam tocados esteticamente, passem por percursos criado-
res, reflitam sobre diferentes possibilidades de transformar sua subjetividade
em produções.
Quando a criança pinta ou desenha, ou dramatiza personagens ou inventa
personagens, ou mesmo lê imagens e ouve sons, ela estabelece diálogos, e
à medida que se vê mostrando sua compreensão, percebe-se autora de seu
pensamento (FERNÁNDEZ, 2001). Assim, para que sejam autores de pensamen-
to e de produções artísticas, trouxemos para nossas sequências didáticas ati-
vidades que abrem espaços de criatividade; que estimulam a expressividade
e respeitam a corporeidade, propiciando o movimento e a experimentação
corporal (SILVA; MELO e SILVA, 2017).
São focos das atividades conhecimentos advindos de diferentes áreas de
conhecimento, pois parte-se do pressuposto de que a linguagem jamais acon-
tece no vazio e veicula saberes diversos para entendermos os espaços onde
circulamos e as práticas sociais das quais participamos. Assim, as brincadeiras
e as histórias, que estão presentes em todas as sequências, nas sequências 1
e 3 são objetos de estudo de modo mais sistemático. Artes visuais, principal-

13
mente teatro, também é um conteúdo privilegiado na sequência 3. A segunda
sequência tem como tema central os animais, embora outros temas também
apareçam, como amizade e preservação da natureza. Na quarta sequência, as
profissões aparecem como objetos de ensino e de aprendizagem, mas outros
temas também estão presentes, como direitos dos trabalhadores, direitos
das crianças, gráficos e canções de tradição oral.
Cada sequência é organizada em dez unidades, que são compostas de
seções. Algumas delas aparecem em todas as unidades e outras são menos
frequentes, como pode ser visualizado no quadro na página 19.
As seções “Vamos brincar”, “Vamos cantar” e/ou “Vamos cantar e brin-
car” trazem músicas, brincadeiras, brinquedos e jogos que buscam ampliar a
percepção de expressões simbólicas. A partir de palavras, ritmos e melodias
a criança reconhece suas ações e sentimentos e as significa. Manejando esses
símbolos, sua percepção de sentimentos vai sendo enriquecida (GARDNER,
1997). Pelo menos uma das três seções está presente em todas as unidades de
todas as sequências. Ao mesmo tempo em que se pretende que as crianças
ampliem seus acervos de conhecimentos sobre canções e brincadeiras, espe-
ra-se que elas valorizem práticas sociais em que se brinca e se canta. Algumas
canções são de tradição oral e outras são do repertório de compositores do
cenário brasileiro.
Ainda na seção “Vamos brincar?”, muitos dos jogos e brincadeiras foram
trazidos dos exercícios de teatro, inicialmente por compreendermos que a arte
teatral faz parte dos primeiros movimentos da criança de imitação, de repre-
sentação e simbolização, do movimento corporal como elaboração própria,
a partir do faz de conta. Usamos os exercícios de teatro por serem percur-
sos criadores, mobilizadores de conhecimento, propiciadores de significação
e diálogos conosco mesmos e com o mundo. Algumas brincadeiras também
buscam favorecer aprendizagens sobre o funcionamento do Sistema de Escrita
Alfabética. Alguns jogos propostos favorecem a interdisciplinaridade, pois exi-
gem o uso de diversos conhecimentos para a solução de um problema a ser re-
solvido, vencer a partida. Para isto, a criança se utiliza de estratégias cognitivas

14
conhecidas e cria novas durante o jogo, o que propicia o desenvolvimento de
habilidades e competências para o desenvolvimento da aprendizagem.
Outra seção que é permanente, pois aparece em todas as unidades de
todas as sequências, é “Vamos conversar?”. A decisão de repetir essa seção
decorreu de uma concepção de que a socialização de conhecimentos, a troca
de opiniões são modos de apropriação de saberes e de desenvolvimento da
capacidade de se expressar, de opinar. Em todas as sequências, outros gêne-
ros orais são mobilizados e refletidos. Por exemplo, a seção “Vamos realizar
entrevistas?” aparece em todas as sequências. Neste caso, é um gênero mais
formal que é explorado em atividades de reflexão sobre suas características,
planejamento de situações em que serão produzidas, avaliação do que foi
realizado. Assim como a entrevista, os gêneros orais exposição oral e conto
oral também estão presentes. Na sequência “Histórias e seus heróis”, além
da entrevista, o gênero conto oral também é produzido pelas crianças, com
várias atividades de reflexão sobre suas características centrais. As sequências
“Brinquedos e brincadeiras”, “Conhecendo a bicharada” e “O que eu quero
ser quando crescer?” contemplam situações de exposição oral, que são pla-
nejadas para serem vivenciadas em exposições. Desse modo, assim como a
entrevista, a exposição oral é objeto de reflexão, planejamento, produção e
avaliação. Enfim, em cada sequência são contempladas atividades com gêneros
orais informais, como as conversas e discussões, e com, pelo menos, dois
gêneros orais mais formais, como a entrevista, a exposição oral e o conto oral.
Linguagens não verbais, sobretudo artísticas, aparecem principalmente nas
seções “Vamos ler?”, “Vamos desenhar?”, “Vamos assistir?”, “Vamos fazer tea-
tro?” e “Vamos organizar uma exposição?”. Elas partem da compreensão de
que somos seres que percebem, agem e sentem (GARDNER, 1997), mas que esses
sistemas precisam ser estimulados e ampliados para darmos conta das per-
cepções e leituras de nós mesmos, do entorno, do mundo. Nessas seções, os
alunos vão ser levados à ação com a reflexão; a atender desafios perceptivos; a
cultivar sua sensibilidade juntamente com racionalidade e a valorizar diferentes
manifestações culturais, especialmente a da cultura brasileira (BRASIL, 2013).

15
A leitura e a produção de textos escritos são focos centrais nas seções
“Vamos ler e escrever?” e “Vamos ler?”. Em todas as unidades de todas as
sequências é encontrada, no mínimo, uma seção “Vamos ler e escrever?” e/ou
“Vamos ler?”. São atividades voltadas para o ensino da base alfabética e para a
aprendizagem de produção de textos escritos e leitura. No eixo da leitura, há
atividades em que as próprias crianças são desafiadas a ler e outras em que a
leitura é feita pelo professor ou pela professora e o foco recai na construção
de sentidos e desenvolvimento de habilidades de compreensão de textos. Nos
dois casos, o objetivo explicitado é de leitura, pois se parte do pressuposto de
que atividades de compreensão de textos lidos em voz alta são atividades de
ensinar a ler. Assim, um dos objetivos gerais fundamentais é o desenvolvimento
de produção de textos escritos e leitura, com variação de gêneros, finalidades
e destinatários. As atividades de leitura e escrita são realizadas também para
as crianças pesquisarem e aprenderem mais sobre os conteúdos abordados
nas sequências. Os estudantes se deparam com diferentes demandas cogniti-
vas e diversificação de situações de aprendizagem. Em cada sequência há, no
mínimo, dois gêneros a serem abordados de maneira mais recorrente, com
atividades de exploração de suas características, das práticas sociais em que
eles circulam, atividades para o desenvolvimento de diferentes habilidades,
tais como elaboração inferencial, localização de informações, revisão textual,
dentre outras, e atividades de reflexão sobre a língua.
Na seção “Vamos assistir?” são sugeridos vídeos e visitações, com objetivo
de ampliar leituras e de estimular a reflexão crítica. O que pretendemos com
essa seção nas sequências didáticas é propiciar ao aluno o movimento da
apreciação, da análise para além do nível narrativo, daquilo que se vê e já
reconhece, ajudando-o a verificar detalhes, levando-o a relacionar, comparar,
buscar em suas vivências outros elementos que concorram para a construção
de novos significados.
Em cada sequência há, também, seções específicas relacionadas aos pro-
dutos construídos para a culminância dos trabalhos. Essas seções aparecem,
no mínimo, na Unidade 1 e na Unidade 9, podendo reaparecer em outras

16
unidades. Na Unidade 1, seu principal objetivo é fazer com que as crianças,
desde o início do trabalho, sejam ativas no processo de ensino, monitorando
suas aprendizagens, aprendendo a planejar e avaliar o que está sendo feito.
Mas objetiva também motivá-las a realizar as atividades em função da culmi-
nância ou das culminâncias do trabalho. Nesses momentos finais, as crianças
socializarão com outras pessoas externas ao ambiente da sala de aula. Assim,
podem interagir com diferentes destinatários, para alcançar as finalidades às
quais se propõem.
Na sequência “Brinquedos e brincadeiras” há uma seção intitulada “Vamos
construir um brinquedo?”. Essa seção estimula a criatividade do aluno a partir
da construção de um brinquedo artesanal. Nessa sequência, há também a
seção “Vamos organizar uma exposição?”, na qual a turma vai planejar uma
exposição que será feita na escola, com os brinquedos produzidos e as brin-
cadeiras realizadas ao longo da sequência.
Na sequência “Conhecendo a bicharada” as crianças são convidadas a mon-
tar uma exposição para a comunidade e familiares a partir dos conhecimentos
adquiridos ao longo da sequência didática. A turma planejará desde o convite
até a organização do espaço e dos materiais para o evento. A proposta é de
que todas as atividades sejam registradas, de modo que possam ser trans-
formadas em materiais para a exposição. Haverá também a produção de um
vídeo, de dois livros e de murais e quadros produzidos durante os encontros.
Na sequência “Histórias e seus heróis”, as seções “Vamos produzir um
livro?”, “Vamos fazer teatro?” e “Vamos organizar uma exposição?” são des-
tinadas à produção para culminâncias da sequência. É nessas seções que se
contretizarão os produtos do trabalho.
Na sequência “O que eu quero ser quando crescer” há duas seções vol-
tadas para a elaboração dos produtos pelos estudantes: “Vamos organizar
um catálogo de profissões?” e “Vamos organizar uma feira de profissões?”.
Nessas duas seções são propostas atividades de planejamento e avaliação do
trabalho central da sequência, que é um catálogo de profissões e uma feira.
Há registro das decisões da turma e cronograma de trabalho.

17
Por fim, em todas as unidades de todas as sequências há, também, a seção
“Para casa”, com propostas de tarefas a serem realizadas fora da sala de aula
em horário diferente da jornada escolar. São atividades a serem retomadas
em sala de aula. Dentre outros objetivos, busca aproximar a escola da comu-
nidade, em especial das famílias das crianças. Busca, também, criar rotinas de
estudo para as crianças.

18
SEQUÊNCIA 1 2 3 4
BRINQUEDOS E CONHECENDO HISTÓRIAS E O QUE EU QUERO
BRINCADEIRAS A BICHARADA SEUS HERÓIS SER QUANDO
SEÇÕES CRESCER?
Vamos brincar? X X X X
Vamos cantar? X X
Vamos cantar
X X X
e brincar?
Vamos conversar? X X X X
Vamos desenhar? X X X X
Vamos ler? X X X
Vamos ler e escrever? X X X X
Vamos realizar
X X X X
entrevistas?
Vamos contar
X X
e ouvir histórias?
Vamos assistir X X X X
Para casa X X X X
Vamos construir
X
um brinquedo?
Vamos organizar
X X X
uma exposição?
Vamos produzir
X
um vídeo?
Vamos fazer teatro? X
Vamos produzir
X X
um livro?
Vamos organizar um
X
catálogo de profissões?
Vamos organizar uma
X
feira de profissões?

19
SUGESTÕES GERAIS PARA INCLUIR
ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA

Avaliação − A Lei Brasileira de Inclusão (LBI) nº 13.146/15 (Art. 30) assegura


disponibilização de provas em formatos acessíveis para atendimento às neces-
sidades específicas de estudantes com deficiência; disponibilização de recursos
de acessibilidade e de tecnologia assistiva adequados, previamente solicitados
e escolhidos pelo estudante com deficiência; dilação de tempo, conforme de-
manda apresentada pelo estudante com deficiência, na realização das atividades
acadêmicas, mediante prévia solicitação e comprovação da necessidade; ado-
ção de critérios de avaliação das provas escritas, discursivas ou de redação que
considerem a singularidade linguística da pessoa com deficiência, no domínio
da modalidade escrita da língua portuguesa. Além disso, as pessoas surdas têm
o direito de terem flexibilizados os mecanismos de avaliação, na correção das
provas escritas, valorizando o aspecto semântico e reconhecendo a singularida-
de linguística manifestada no aspecto formal da língua portuguesa.
Sempre que o professor/a for exibir um filme/vídeo, caso tenha um alu-
no com deficiência visual, deficiência intelectual ou Transtorno do Espectro
Autista (TEA) e o filme não possua áudio-descrição, deve descrever as princi-
pais informações visuais contidas em cada cena. No caso do aluno com TEA, a
luz deve ficar acesa, e o som, mais baixo. Se tiver alunos surdos, o professor/a
professora deve verificar se o filme tem legenda.
Para a realização das atividades que requerem ações simbólicas ou imagi-
nativas, as crianças com TEA poderão apresentar dificuldades. Sugerimos um
trabalho prévio com as crianças com TEA, sobre o conteúdo a ser trabalhado
na sequência, como, por exemplo, os sentimentos. Como são pessoas que
apresentam dificuldade em atribuir estados mentais a elas mesmas e a outras
pessoas, isso implica dificuldade em extrair informações do meio, o que difi-
culta a interação social.

21
As histórias sociais são histórias curtas e simples relacionadas a situações do
dia a dia. São escritas com o objetivo de compartilhar informações de forma ob-
jetiva e relevante socialmente, transmitindo-a de forma apropriada e facilitando
a compreensão da criança com TEA, pois se utiliza de imagens. Auxilia a criança a
adaptar-se à mudança de rotina, uma vez que orienta o comportamento social.
Desta forma, em caso de atividades que fujam da rotina, tais como exposição,
teatro, culminância de um projeto, sugere-se o uso de história social.
De maneira geral, as pessoas com TEA se apropriam melhor das informa-
ções com o uso de imagens e/ou objeto concreto. Sugerimos que algumas
atividades possam ter esse suporte. Além disso, é interessante trabalhar com
temas de interesse do estudante, já que as pessoas no espectro autista apre-
sentam interesse específico.
Se o professor/a professora precisar chamar a atenção dos alunos e na sala
tiver alunos surdos, deve acender e apagar as luzes da sala.
Caso tenha alunos com deficiência visual na sala e for fazer alguma atividade
de movimento, é importante que o aluno faça antes o reconhecimento do espa-
ço que irá percorrer e tenha algumas experiências de orientação e mobilidade.
Se a escola tiver professor/professora de Sala de Recursos Multifuncionais,
é importante perguntar a esse professor/essa professora como proporcionar
a acessibilidade dos alunos com deficiência, a depender das atividades que
serão propostas. É interessante compartilhar previamente o planejamento
proposto com esse professor/essa professora, para que ele/ela realize a ade-
quação e a consequente acessibilidade do material.
As atividades (como cruzadinha, produção de texto, leitura de texto)
precisarão passar por adequações para se tornarem acessíveis, com o uso
de recursos como imagem visual, alfabeto móvel, além de outros recursos
de Tecnologia Assistiva para crianças com TEA ou com deficiência intelectual.
Atividades propostas com suporte do texto escrito requerem frequentemen-
te adequações metodológicas.
É importante lembrar que a linguagem visual não tem significado para a
criança com deficiência visual, sobretudo para a pessoa cega; entretanto, ela

22
pode lidar naturalmente com tintas, conhecer verbalmente as preferências de
cores e combinações realizadas pelas outras pessoas.
A pessoa com deficiência visual precisa explorar todos os espaços da es-
cola, conhecer o professor/a professora, seu nome, sua voz, os colegas, ser
apresentada a todos da escola, tocá-los, para poder conhecê-los fisicamente.
Em situação de atividade em grupo, ao se referir a uma pessoa cega, o
professor/a professora deve dizer o nome do aluno/da aluna. Quando for
falar, deve iniciar dizendo o seu próprio nome, para que o aluno/a aluna iden-
tifique quem está falando e onde está. Caso tenha uma pessoa surda, quando
for falar, o professor/a professora deve levantar uma das mãos, para que ela
possa identificar quem está falando no grupo. Caso tenha crianças no espec-
tro autista as instruções orais ou comandos de atividades, se forem longos,
poderão ser substituídos por comandos e instruções curtas, com estímulos
visuais. Muitas pessoas com TEA têm dificuldades em sequências verbais.
As portas da sala, dos armários, do banheiro devem ser mantidas sempre
abertas ou fechadas, para que não se tornem obstáculos para a movimenta-
ção espontânea e segura da criança com deficiência visual.
As mesas, cadeiras, dentre outros móveis devem estar sempre dispostos de
forma acessível. Qualquer mudança deve ser comunicada e vivenciada pela crian-
ça com deficiência visual, para que ela reelabore o mapa mental do ambiente.

23
24
BRINQUEDOS E
BRINCADEIRAS

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SEQUÊNCIA:
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS

Tema: Brinquedos e Brincadeiras (relações de gênero, inclusão, produção de


brinquedos, curiosidades).
Tempo: em torno de 23 dias (02 meses).
Etapa de escolaridade: pode ser desenvolvida pelas crianças do 1º ao 3º ano
concomitantemente, tendo a culminância conjunta.
Culminância: Produção de brinquedos e organização de exposições.

OBJETIVOS

• Ampliar o repertório de brinquedos na infância.


• Refletir sobre brinquedos de sucata.
• Ampliar o repertório de brincadeiras na infância.
• Identificar os direitos das crianças, enfatizando direito ao lazer a partir
do direito de brincar.
• Confeccionar brinquedos.
• Valorizar brincadeiras infantis.
• Comparar brincadeiras de hoje com as de antigamente.
• Comparar brinquedos artesanais com industrializados.
• Pesquisar sobre brinquedos artesanais.
• Distinguir brincadeiras semelhantes das diferentes comparadas às
brincadeiras de hoje em dia.
• Confeccionar brinquedos relacionados às brincadeiras.
• Comparar brincadeiras semelhantes.
• Refletir sobre a participação das crianças com deficiência nas
brincadeiras.

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• Refletir sobre a acessibilidade das pessoas com deficiência no lazer.
• Distinguir brincadeiras e brinquedos.
• Conhecer o brinquedo favorito dos colegas.

ESTRUTURA DA SEQUÊNCIA

A sequência intitulada “Brinquedos e Brincadeiras” trata de um tema que faz


parte de nossa cultura e integra o folclore brasileiro, agregando brinquedos
populares bastante conhecidos pela população, como, por exemplo, pipa,
pião, bola de gude, dentre outros. O intuito de trabalhar com brinquedos
e brincadeiras é proporcionar uma reflexão sobre a importância do brincar
para o desenvolvimento da criança, além de ser considerado direito de todos.
Através de conversas, brincadeiras, construção de brinquedos, leitura
e escrita, as crianças desenvolverão conhecimento sobre os brinquedos e
as brincadeiras da cultura popular e socializarão no âmbito escolar. Cada
unidade foi pensada com o intuito de refletir sobre o tema “brinquedos
e brincadeiras” de forma que não apenas promovesse a ludicidade, mas
também resgatasse brincadeiras da cultura popular que foram vivenciadas
pelas crianças antigamente, comparando com as brincadeiras da atualidade;
além de problematizar sobre as questões relativas ao direito de brincar, que
qualquer criança precisa exercer, refletindo sobre a diversidade relativa às
crianças com deficiência.
Buscamos ampliar a construção dos conhecimentos, indo além da com-
preensão sobre brinquedos e brincadeiras. Para alcançar a construção de
outros objetos de aprendizagens, tratamos da oralidade, da leitura e da es-
crita utilizando textos escritos de gêneros diferentes, tais como entrevista,
biografia, instrução de brinquedos e brincadeiras, convite, charge etc.
Além disso, buscamos contemplar todas as unidades, selecionando ati-
vidades que fomentassem a aprendizagem do sistema de escrita. A seguir,
apresentaremos as dez unidades que estruturam a sequência.

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Unidade 1: Iniciando a conversa sobre brincadeiras
Unidade 2: Conhecendo o direito de brincar
Unidade 3: Explorando brincadeiras de crianças
Unidade 4: Comparando as brincadeiras de hoje com as de antigamente
Unidade 5: Conhecendo brinquedos artesanais e industrializados
Unidade 6: Conhecendo o brinquedo favorito dos colegas
Unidade 7: Brincando com sucata
Unidade 8: Aprendendo a montar brinquedos
Unidade 9: Refletindo sobre brinquedos e brincadeiras
Unidade 10: Planejando a exposição de brinquedos

AVALIAÇÃO

A avaliação é fundamental para orientar a aprendizagem. Desse modo, a


presente sequência contemplou a avaliação por meio de diferentes propos-
tas. Com o intuito de resgatar o conhecimento prévio dos estudantes sobre
brinquedos, na Unidade 1, conversamos com eles a fim de conhecer as suas
preferências pelos brinquedos e brincadeiras, além de promover a reflexão
sobre as relações de gênero nas brincadeiras de meninos e meninas sob a
concepção das crianças.
Na Unidade 2, conversamos sobre os direitos das crianças, enfatizando o
direito de brincar que tem toda pessoa, refletindo sobre a diversidade hu-
mana, suas particularidades, trazendo o direito de brincar das crianças com
deficiência. A biografia aparece na Unidade 3 e possibilita conhecer o que as
crianças sabem sobre esse gênero, promovendo a análise da obra de arte
de um pintor. A escrita também é contemplada em atividades de grupo e
individuais. O gênero entrevista é explorado na Unidade 4. Esse gênero favo-
rece o desenvolvimento da linguagem oral, pois promove o conhecimento e
a ampliação das práticas sociais em que aparece e, sobretudo, por demandar
planejamento prévio e atitudes de monitoramento da própria fala.

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Na Unidade 5, o resgate do gênero entrevista possibilita a continuidade da
exploração da oralidade e posterior sistematização dos resultados, por meio
da escrita de um quadro feito em dupla, tendo o professor como mediador.
Neste caso, pode-se avaliar a progressão entre as unidades.
Na Unidade 6, é trabalhada a leitura por meio das atividades de localizar
palavras do texto ou de identificar palavras parecidas.
Já a Unidade 7, promove a avaliação da habilidade de ordenar as palavras
corretamente dentro das frases e compreender que, para um enunciado ter
sentido, as palavras precisam estar em uma sequência lógica.
A Unidade 8, além de possibilitar a avaliação da produção de textos orais,
ainda possibilita a avaliação das crianças pela produção gráfica.
Na Unidade 9, a atividade de memória possibilita a leitura e o conhecimen-
to do vocabulário das crianças.
Por fim, na última unidade, a produção coletiva de um convite, na moda-
lidade oral e escrita, possibilitará a avaliação desse gênero. Nessa unidade é
possível avaliar todas as atividades por meio do planejamento e realização de
uma exposição.
A exploração da oralidade permeia toda a sequência. Há vários momentos
de socialização, por meio de conversas que buscam promover a aprendiza-
gem com ênfase na biografia, na entrevista, no convite, na charge, no cartaz
e na exposição. A avaliação poderá ser realizada a partir da observação das
várias situações comunicativas que acontecerão em sala de aula.
De maneira geral, a avaliação tem como objetivo orientar o ensino e a
aprendizagem, e deve ser uma preocupação constante do professor a cada
nova vivência realizar avaliação das habilidades das crianças, envolvendo to-
dos os participantes nesse processo: a equipe escolar, as crianças e as famílias.

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Cada unidade é composta de diferentes seções:

Unidades
Seções
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Vamos brincar? X X X X X X X X

Vamos cantar? X

Vamos cantar
X X X
e brincar?

Vamos conversar? X X X X X X X X X X

Vamos desenhar? X X X

Vamos ler? X X X X X

Vamos ler
X X X X X X X
e escrever?

Vamos realizar
X X
entrevistas?

Vamos assistir? X X X X X

Para casa X X X X X X X X X X

Vamos construir
X X X
um brinquedo?

Vamos organizar
X X X
uma exposição?

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UNIDADE 1:
INICIANDO A CONVERSA
SOBRE BRINCADEIRAS
tempo sugerido: 03 dias

VAMOS LER E ESCREVER?

A primeira atividade desta sequência é a leitura da letra de uma canção de


domínio público. As crianças exercitarão a leitura de uma letra de música e
serão estimuladas no desenvolvimento da linguagem oral. É possível que algu-
mas crianças já conheçam a canção. Então, pode-se começar perguntando se
alguém já brincou de Escravos de Jó. Caso sim, o professor pode pedir que a
própria criança lembre aos colegas como é a música.
A cantoria pode ser feita sem que leiam o texto, mas pode ser interes-
sante fazer depois uma leitura com as crianças. Pode-se também explorar
os conhecimentos sobre o Sistema de Escrita Alfabética, colocando o texto
no quadro e chamando as crianças para acharem palavras nele. Isso pode ser
feito como um desafio.
Após a canção ter sido apresentada, pode-se passar para a brincadeira.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Ler letra de música com fluência.
• Exercitar a oralidade.
• Identificar palavras no texto, mobilizando conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética e norma ortográfica.

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VAMOS CANTAR E BRINCAR?

A brincadeira “Escravos de Jó” mobiliza movimentos rítmicos e coordenação


motora. Além disso, é um jogo que faz parte da cultura brasileira.
Antes de iniciar a brincadeira, pode-se explicar como é, mas caso alguma
criança já a conheça, é uma ótima oportunidade para favorecer a produção
oral desse gênero: instruções de brincadeiras.
As regras a seguir podem ser lidas para as crianças ou podem ser ditas oralmente:

Brincando de “Escravos de Jó”


Pedir para as crianças sentarem no chão, formando um círculo (cada criança
deverá colocar no chão, à sua frente, um objeto, que pode ser uma sandá-
lia, uma pedrinha, um estojo de lápis, etc.); no momento em que estiverem
cantando, cada criança passará o objeto que tiver à sua frente para o colega
ao lado, fazendo movimentos de acordo com a música. Caso tenha na sala
alunos com deficiência visual, lembrar de trabalhar os movimentos a serem
feitos e os conceitos: tira, bota, deixa ficar:

Escravos de jó jogavam caxangá (cada jogador ou jogadora deve passar os obje-


tos para o jogador ou a jogadora do lado direito, ficando apenas com um objeto)
Na hora de dizer:
Tira (cada jogador ou jogadora deve levantar o objeto que está em suas mãos)
Bota (cada jogador ou jogadora deve colocar o objeto novamente no chão)
Deixa ficar (cada jogador ou jogadora deve apontar com o dedo para o ob-
jeto no chão)
Guerreiros com guerreiros (voltar a passar o objeto para a direita)
Fazem zigue (colocar o objeto na frente do jogador à direita, mas não soltar)
Zigue (colocar o objeto à frente do jogador à esquerda, mas não soltar)
Zá (colocar o objeto à frente do jogador à direita novamente e soltar)

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Sugestões de vídeos:
• Escravos de Jó – Memórias do Futuro.
www.youtube.com/watch?v=bOBpzjRpV_4
Nesse vídeo, as crianças não cantam a música corretamente,
mas o movimento é legal.
• Escravos de Jó "Brincando com copos " EMEIEF Prof° Honorina
Albuquerque www.youtube.com/watch?v=SyqJjH8R9oM

Caso não conheçam a música, podem ouvir no vídeo: Escravos de Jó –


Nova Escola www.youtube.com/watch?v=Hlnd36deiIE

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Refletir sobre brincadeiras da cultura popular que eram vivenciadas
pelas crianças.
• Utilizar movimentos rítmicos.
• Utilizar o gênero instruções de brincadeiras de forma oral.
• Ampliar o repertório de brincadeiras na infância.

VAMOS CONVERSAR?

Após a brincadeira, pode-se conversar com as crianças, introduzindo o tema


da sequência.
• Gostaram da brincadeira? Vocês já a conheciam? Acharam difícil cantar e
brincar ao mesmo tempo? Qual parte da brincadeira acharam mais difícil?
• Quais as brincadeiras que vocês mais gostam? Vocês se lembram de
alguma brincadeira que vocês não gostam? Por quê?
• Vocês se lembram de alguma brincadeira que aprenderam com seus avós?
Como é? E com seus pais? Aqui na escola, vocês gostam de brincar de quê?
• Qual o brinquedo preferido de vocês? Por quê? De quem vocês ganharam?
Em que ocasião vocês ganharam (aniversário, Natal, Dia das Crianças etc.)?

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• Existe brinquedo só de meninas? Quais? Por quê? E de meninos, tem
algum brinquedo que só os meninos podem brincar? Quais são esses
brinquedos? Por quê?

As perguntas colocadas no Livro do Aluno o levam a refletir sobre sua


relação com o brinquedo e a brincadeira. Perguntar sobre o que mais gostam
ou sobre o que não gostam suscitará diferenças que devem ser notadas e
devem servir para reflexão sobre o gosto de cada um, sobre o respeito a ser
desenvolvido diante da opinião do outro e sobre a necessidade de critérios
para as discussões.
A última pergunta pode suscitar uma boa discussão sobre machismo e pre-
conceito. É importante refletir sobre as ideias que surgirem, sem constranger,
mas ao mesmo tempo mostrando que meninas e meninos têm o direito de
brincar com o que quiserem.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Exercitar escuta atenta em situações de conversa.
• Produzir texto oral em situação de conversa.
• Refletir sobre machismo e preconceito.

VAMOS LER E ESCREVER?

Após a conversa, as crianças podem sistematizar algumas informações sobre


as preferências da turma. Esta é uma excelente oportunidade para introduzir
a elaboração de tabelas e quadros, mostrando que eles buscam organizar
informações, facilitando a leitura de dados.
No Livro do Aluno, esta seção contém atividade de escrita de palavras
(brincadeira favorita de cada um, elaboração de tabelas e de um quadro) e a
solicitação de que a turma dê um título para cada tabela e para o quadro, pois
é importante que quadros, tabelas e gráficos sejam nomeados, para que o

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leitor daqueles dados possa saber do que se trata. O título deve ser objetivo
e claro e retratar exatamente o assunto das tabelas e do quadro.

O principal objetivo de aprendizagem desta seção é:


• Construir tabelas e quadros.

VAMOS DESENHAR?

O desenho é outra linguagem que também pode ser explorada com as crian-
ças. No Livro do Aluno tem uma atividade de representar o brinquedo favorito.
O professor/a professora deve pedir para que os alunos façam a figura
usando toda a folha de papel ofício. Deve pedir também que, ao concluírem o
desenho, façam o colorido e, ao terminarem, contornem a figura com hidro-
cor ou lápis de cor ou cera da cor preta, para destacar. Depois, solicitar que
cada um recorte o seu desenho.
Com as figuras dos brinquedos separadas, entregar aos alunos targetas,
que podem ser também de papel ofício. Os alunos devem escrever os nomes
dos brinquedos nas targetas. Dependendo do nível de escrita das crianças,
essa tarefa pode ser feita individualmente ou necessitará de mais ajuda.
• Com desenhos e targetas prontas, faça a proposta de construção de
painel. Você pode fazer junto com os alunos um suporte de folhas
de jornal coladas, arrumando os desenhos de brinquedos favoritos e
pedindo que os alunos juntem os nomes com as figuras.

Painel de jornal – cola e água meio a meio. Una duas camadas de


jornal usando a cola, para que o painel fique mais espesso. Pode usar
quatro folhas, formando um retângulo ou mesmo como um quadrado.
Como retângulo oferece maior acesso para as crianças colarem seus
brinquedos, mas verifique que espaço terá para expor o painel.

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Com a base de jornal pronta, passe mais uma mão de cola misturada com a
água e vá pedindo que os alunos passem a colocar seus desenhos – que ficarão
colados. Depois passe a conversar com eles sobre onde cada nome deve ficar.
Vão aparecer muitas bolas e bonecas. Antes de colar, converse com o grupo,
discutindo se devem reunir ou deixar em separado, ou seja, como vão organi-
zar as imagens no painel. Essa atividade propiciará a exploração da oralidade.
Aproveite a atividade para discutir com as crianças sobre os critérios de
classificação dos desenhos no painel. Ao trabalhar a estrutura lógica de classi-
ficar, as crianças juntam os elementos por semelhança ou separa-os por dife-
renças. Solicite que as crianças classifiquem, mas não estabeleça os critérios de
classificação. Ao refletirem sobre quais critérios devem usar para classificar, as
crianças precisarão estabelecer relações lógicas e determinar quais elementos
podem ou não estar em determinados grupos e os motivos para isso.

Caso não queira fazer o painel de jornal, pode usar papel madeira ou
40 em tamanho A e pedir que todos façam riscos bem fortes de cores
diferentes de lápis cera, fechando todos os espaços.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Produzir painéis para discussão temática, inserindo textos verbais
e imagens.
• Escrever palavras, mobilizando a produção de conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética e norma ortográfica.
• Refletir sobre a estrutura lógica de classificar.

VAMOS LER E ESCREVER?

Nesta seção, pretendemos explorar o conhecimento das crianças sobre a


linguagem escrita.

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O professor/a professora deve pedir às crianças que completem a cruza-
dinha no Livro do Aluno. A cruzadinha deve ter imagens de brinquedos, para
que as crianças coloquem os nomes de cada brinquedo.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Escrever palavras, mobilizando conhecimentos sobre o funcionamento
do Sistema de Escrita Alfabética e norma ortográfica.
• Comparar palavras quanto às semelhanças sonoras e gráficas:
quantidade de sílabas, letras e sílabas iniciais, dentre outras.

VAMOS ORGANIZAR UMA EXPOSIÇÃO?

Ao final da unidade, pode-se já discutir com as crianças sobre os produtos


finais da sequência. Essa é uma forma de responsabilizá-las pelas próprias
ações durante todo o processo, ajudando-as a se organizarem e desenvol-
vendo capacidades importantes de tomada de decisões e de monitoramento
da própria aprendizagem. Além disso, elas podem ser mais ativas durante
todas as unidades, motivadas não só pelas atividades em si, mas também pela
possibilidade de ação e socialização do que fizerem.
Pode-se aproveitar o momento e dizer para as crianças que elas vão brin-
car muito e vão aprender novas brincadeiras; dizer também que elas vão
aprender a fazer brinquedos legais e que esses brinquedos serão apresenta-
dos aos pais, familiares e aos outros coleguinhas da escola em um dia especial,
que será reservado para uma exposição.
Essa pode ser uma conversa bem informal. Continue fazendo as perguntas
e depois passe a registrar as respostas das crianças.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar brincadeiras infantis.
• Confeccionar brinquedos relacionados às brincadeiras .

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• Explorar a escuta atenta em situações de conversa.
• Exercitar capacidade de tomada de decisões.
• Organizar eventos, considerando finalidades, participantes, espaço.

PARA CASA

Como tarefa de casa, solicite que as crianças conversem com alguém da famí-
lia, e conte qual é a proposta de trabalho nesta sequência. Peça que pergun-
tem quais são as brincadeiras favoritas dos familiares e registre no livro. Aqui
também estamos propondo que as crianças exerçam a autonomia, tomada
de decisão e ampliação de conhecimentos de mundo, por meio do diálogo
com os familiares, além de exercitarem a linguagem escrita.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Explorar a capacidade de tomada de decisões.
• Exercitar a escuta atenta em situações de conversa.
• Escrever palavras, mobilizando a produção de conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética e norma ortográfica.

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UNIDADE 2:
CONHECENDO O DIREITO
DE BRINCAR
Tempo sugerido: 02 dias

VAMOS CONVERSAR?

No início da Unidade 2, pode-se retomar a tarefa de casa, motivando as crian-


ças a socializarem os dados que coletaram sobre as brincadeiras. Conte com
elas quais brincadeiras foram mais citadas. Para isso, pode-se ir escrevendo
os nomes das brincadeiras e fazendo um tracinho ao lado de cada palavra
que for citada. No final, podem-se contar os tracinhos, mostrando às crianças
uma estratégia de registro e contagem.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Exercitar escuta atenta em situações de conversa.
• Produzir texto oral em situação de conversa.

VAMOS BRINCAR?

Nesta sequência, a vivência das brincadeiras é especialmente importante, por


ser este o tema central de reflexão. Então, pode-se, ao longo da sequência,
relembrar quais brincadeiras já foram vivenciadas. Pode-se fazer um cartaz
para ir anotando cada nova brincadeira.

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A brincadeira da Unidade 2 é “Casa, parede, morador”. Antes de começar,
pode-se perguntar às crianças o que seria para elas uma grande catástrofe. Uma
enchente? Um tufão? Esse é um bom momento para ampliar vocabulário. Depois,
pode-se explicar a brincadeira e ir retomando as regras durante a vivência.

Brincando de “Casa, parede, morador”


• Formar grupos de três (3) pessoas. Duas pessoas ficam de frente uma
para a outra e levantam os braços, tocando as mãos acima de suas
cabeças, fazendo assim o teto e as paredes da casa. A terceira pessoa
ficará entre as outras duas (entre as paredes) – ela será o morador.
• Pedir a um voluntário que fique no centro. Ele iniciará a brincadeira.
Ele pode gritar um de três comandos: parede; morador; terremoto.
Caso grite “parede”, as paredes se separam e vão correr para formar
outra casa, protegendo outro morador. Os moradores não se
movem. Caso grite “morador”, os moradores trocam de casa. Ao
ouvir o grito de “terremoto”, todos devem mudar de lugar, assumindo
qualquer outro “papel” na brincadeira. Enquanto isso, o voluntário
que está no centro corre para tomar o lugar de alguém, deixando uma
pessoa que “sobrou” dos trios ser o novo “chamador”.
• (Retirado de ARTPAD – Um recurso para teatro, participação e
desenvolvimento. McCarthy e Galvão, 2001)

Estimule as crianças a mudar a palavra “terremoto” por outros eventos da


natureza que trazem grandes problemas.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Refletir sobre catástrofes naturais.
• Exercitar memória e atenção.
• Favorecer a produção oral do gênero instruções de brincadeiras.

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VAMOS CONVERSAR?

A reflexão sobre a brincadeira pode ser favorecida em dois momentos, com


duas finalidades distintas: Inicialmente, para que as crianças falem se gostaram
de brincar, se foi divertido, se foi fácil e que reflitam sobre os direitos das
crianças ao lazer. O professor pode fazer perguntas como:
• Vocês acham que brincar é um direito da criança? Por quê?
• Que outros direitos as crianças têm?

Depois, a conversa pode conduzir à reflexão sobre desigualdades sociais e


direitos. Podem-se fazer perguntas como:
• Como vocês se sentiram quando ficaram sem casa?
• Todos nós temos direito a um lugar para morar?

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Refletir sobre os direitos das crianças, enfatizando direito ao lazer a
partir do direito de brincar.
• Refletir sobre desigualdades sociais.

VAMOS LER?

Nesta seção, será realizada a leitura em voz alta do livro “Os direitos das
crianças segundo Ruth Rocha”, para o exercício da escuta e compreensão do
conteúdo do livro.
Antes de iniciar a atividade, é importante organizar o espaço de sala de
aula, formando um cantinho acolhedor e aconchegante, com tapete e almo-
fadas, e espalhar obras que tratem de brinquedos e brincadeiras. Em seguida,
deixar que as crianças explorem os livros expostos.
Para ler, pode-se organizar a turma em círculo e pedir que as crianças
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se sentem no chão, para escutar a leitura do livro. A partir da mediação da
leitura, chamar a atenção das crianças para as ilustrações presentes no livro,
relacionadas aos direitos, sobretudo aquelas que se referem às brincadeiras.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Exercitar escuta atenta em situações leitura em voz alta de conto,
apreendendo sentidos gerais, localizando informações, elaborando
inferências, estabelecendo intertextualidade entre as obras.
• Refletir sobre os direitos das crianças, enfatizando direito ao lazer a
partir do direito de brincar.

VAMOS CONVERSAR?

Nesta seção é importante estabelecer uma conversa com a turma após a leitura do
livro e sistematizar no quadro as ideias das crianças, com base em questões como:
1. O livro traz várias brincadeiras. Que brincadeiras vocês conhecem?
2. Você acha que todas as crianças brincam? Será que há crianças que
não brincam? Por quais motivos?
3. Quando a autora afirma que “a criança tem direito até de ser
diferente. E tem que ser bem aceita, seja sadia, ou seja doente”, o que
a autora quer dizer?
4. O que esse livro tem a ver com vocês?

Durante a conversa, é importante explorar o direito de brincar de qual-


quer criança, dentro da diversidade escolar, evidenciando o direito à partici-
pação das crianças com deficiência, bem como a acessibilidade ao lazer.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Explorar escuta atenta em situações de conversa.
• Exercitar memória e atenção.

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• Refletir sobre a participação das crianças com deficiência
nas brincadeiras.
• Refletir sobre a acessibilidade das pessoas com deficiência no lazer.
• Refletir sobre os direitos das crianças, enfatizando direito ao lazer a
partir do direito de brincar.

VAMOS ASSISTIR?
Assistir a um filme de curta metragem , intitulado “Cuerdas”:
• www.youtube.com/watch?v=4INwx_tmTKw

O filme trata do acolhimento de uma garota, Maria, quando da chegada de


uma criança com deficiência ao orfanato municipal.
Prepare as crianças para assistir ao filme, inicialmente explicando alguns aspectos:
• Será um filme falado em outra língua, o espanhol.
• O filme terá legendas, isso significa que o que se fala no filme estará
escrito em nossa língua, o português.
• É uma história, então tem começo, meio e final. Peça para que
prestem muita atenção nessas etapas.
• Brincadeiras e brinquedos vão aparecer, então, todos devem ficar
atentos a isso.

Durante a exibição do filme, sugerimos que o professor leia


a legenda. Caso necessário, poderá fazer uma pausa e realizar
a mediação junto à turma. Essa atividade promove a reflexão
sobre a diversidade em sala de aula.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Refletir sobre a diversidade no espaço escolar.

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• Refletir sobre inclusão e exclusão.
• Refletir sobre acessibilidade.

VAMOS LER E ESCREVER?

Após assistir ao curta “Cuerdas”, pode-se pedir que cada criança escreva, no
Livro do Aluno, as respostas solicitadas relacionadas à exibição do vídeo.
Durante a atividade, é importante transitar entre as crianças, ajudando as
que ainda não dominam o Sistema de Escrita Alfabética – SEA. Após a escrita,
pode-se discutir cada questão, verificando as diferenças e semelhanças entre
as respostas e anotando no quadro, para que as crianças possam completar
suas respostas e as que não dominam o SEA possam copiar.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Escrever palavras, mobilizando a produção de conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética e norma ortográfica.
• Ler palavras, com auxílio do professor, mobilizando conhecimentos
sobre o funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

PARA CASA

A tarefa de casa é que as crianças representem uma brincadeira de diferentes


maneiras, bem como possam exercer a criatividade, expressar e demonstrar
a aprendizagem de diferentes formas, o que auxilia na promoção da acessi-
bilidade. Elas podem optar por desenho, escrita ou produção oral (gravada).
Pode-se dividir a turma em três grupos, para contemplar as três formas, ou
deixar a escolha livre e motivar que algumas optem por gravação ou escrita.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Refletir sobre inclusão e exclusão.
• Refletir sobre acessibilidade. 45
• Estimular a capacidade criativa de expressão.

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UNIDADE 3:
EXPLORANDO BRINCADEIRAS
DE CRIANÇAS
Tempo sugerido: 02 dias

VAMOS CONVERSAR?

Na Unidade 2 foi proposto que os estudantes representassem uma brinca-


deira para socializar em sala. É interessante socializar o que foi feito por eles.
Para a socialização, pode-se começar pelas brincadeiras que se repetirem e
comparar as diferentes formas de registro. A comparação entre a escrita, a
oralidade e o desenho pode ajudar a mostrar que tais formas de expressão
têm peculiaridades, e que são igualmente importantes.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Explorar a escuta atenta em situações de conversa.
• Refletir sobre as diferentes formas de registro de atividades (escrita,
oral e desenho).

VAMOS BRINCAR?

A brincadeira principal da Unidade 3 é a de “Passa Anel”. Após o convite para


a brincadeira, é importante passar a instrução. Nesta seção, o professor terá
uma boa oportunidade de retomar a produção oral do gênero instruções de
brincadeiras.

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O professor dará a seguinte instrução: a criança responsável pelo anel
ficará em pé e as outras ficarão sentadas, uma ao lado da outra, com os
braços apoiados no colo e a palma das mãos unidas. A criança que está em pé
segurando o anel entre a palma das mãos passará pelas mãos de cada colega.
Disfarçadamente, ela soltará o anel nas mãos de um dos colegas, depois de
passar por todos, ela abre a mão que estará vazia e pergunta para um dos
participantes: com quem está o anel? Se ele acertar, será o próximo a passar
o anel; se ele errar, quem recebeu o anel é quem irá passar.
Após o momento de orientação sobre a brincadeira, é necessário organi-
zar a sala em círculo e escolher uma criança para passar o anel. Essa escolha
pode ser feita a partir do uso da recitação abaixo:

Pim pam pum, cada bala mata um, puxa


o rabo do tatu, quem saiu foi eu ou tu.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Produzir e compreender textos orais e escritos do gênero instruções
de brincadeiras.
• Reconhecer as brincadeiras da cultura popular que eram vivenciadas
pelas crianças.
• Exercitar memória e atenção.

VAMOS CONVERSAR?

Após a vivência da brincadeira, é importante conversar sobre a situação. No


Livro do Aluno são sugeridas algumas perguntas. Nesse momento, pode-se re-
tomar a conversa anterior, em que as crianças dissertam quais as brincadeiras
que elas mais brincam e as que brincam raramente, explorando a oralidade.

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Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Exercitar a escuta atenta em situações de conversa.
• Ampliar o repertório de brincadeiras na infância.

VAMOS LER E ESCREVER?

No Livro do Aluno tem uma paisagem para que seja feita uma leitura de
imagem: Jogos Infantis, O Velho (1560). Kunsthistorissches Museum de Viena
(http://bit.ly/2L47nr7). Se tiver alunos com deficiência visual ou TEA na sala, faça
a áudio-descrição das principais informações do quadro.
Apresente o quadro e deixe que as crianças vejam e conversem entre si.
Elas irão reconhecer logo algumas das brincadeiras.
Inicie a conversa perguntando o que elas estão vendo. Continue pergun-
tando se imaginam por que um artista faria um quadro assim.
Lance algumas questões: Vocês diriam que esse quadro é uma paisagem?
Como o autor usa o espaço representado? São muitas pessoas retratadas. O
que elas estão vestindo? E as cores do quadro, quais são as que predominam?
Lembre aos alunos que algumas dessas perguntas poderão ser respondi-
das a partir da leitura da biografia do artista.
Apresentar a biografia do pintor das imagens analisadas. Antes, podem ser
feitos alguns questionamentos, com o intuito de explorar o gênero biografia,
como, por exemplo:
• Vocês já viram uma biografia?
• Sabem o que significa?

Após a breve conversa, pode convidá-los a ouvir a leitura da biografia de


Pieter Bruegel.
Após a leitura da biografia, pode ser realizada a atividade de escrita que
está no Livro do Aluno. Para isso, pode-se dividir a turma em 4 grupos. Cada

49
grupo pode ser desafiado a identificar 10 brincadeiras a partir da imagem
esquematizada do quadro. Depois, cada grupo pode falar as brincadeiras que
quer registrar e contar até chegar ao número de 10 delas.
Em seguida, pode-se orientar o grupo a fazer uma lista única de nomes
das brincadeiras. Isso ajudará os alunos que ainda não conseguem escrever a
fazerem também a tarefa.
Depois, pode-se pedir que cada componente do grupo escreva os nomes
em seu Caderno do Aluno.
Para conduzir a atividade, a leitura do texto abaixo pode ajudar.

A composição denominada Jogos Infantis é uma obra do pintor Pieter Bruegel,


o Velho, em que ele demonstra a importância de ter sido um pintor de miniatu-
ras, ao agregar numa única tela cerca de 200 figuras humanas, fato comum em
suas pinturas sempre. O artista tornou-se conhecido por suas obras retratando
o cotidiano dos camponeses, gente pela qual nutria grande admiração, tanto no
trabalho quanto nos festejos.
Em sua pintura, o artista miniaturiza adultos, transformando-os em crianças,
fato comum na iconografia medieval. Representa um grande número de jogos e
atividades lúdicas (cerca de 80) do século XVI, sendo muitos deles identificáveis,
ainda usados até os dias de hoje, como as brincadeiras: pernas de pau, roda,
pular corda, rodar aros, cavalo de pau, cata-vento, cabra-cega, pular carniça,
soprar bexiga, esconde-esconde, jogar castelo, andar de cadeirinha, boneca,
pião, cavalinho, boca de forno, bolhas de sabão, cabo de guerra, etc. Algumas
diversões são calmas, enquanto outras são mais agressivas. Nenhuma atividade
mostra-se mais importante do que a outra nesta obra.
Para melhor observação do leitor, listo alguns exemplos das brincadeiras:
próximo à cerca vermelha, um grupo de 11 crianças simula um casamento. A

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noiva, com uma roupa escura, que mais se parece com uma batina, traz uma
coroa na cabeça, sendo ladeada por duas personagens. Atrás dela segue o sé-
quito e à frente duas garotas levam um grande cesto com pétalas de flores, que
vão sendo espalhadas à passagem do grupo festivo. Também chama a atenção,
em primeiro plano, a presença de dois grandes barris e aros, usados para en-
tretenimento. Na janela da casa, à esquerda, uma criança usa uma máscara,
tentando chamar a atenção dos que se encontram abaixo. Na parte inferior
esquerda da tela, na entrada do edifício, três crianças, cobertas com mantos,
seguem, em procissão, aquela que leva um suposto bebê para ser batizado.
As crianças estão espalhadas por toda a imensa tela, ocupando praça, ruas,
casas, jardins e até mesmo o rio. Nenhum espaço fica imune ao enxame in-
fantil. As que se encontram em primeiro plano são bem maiores, as demais
vão diminuindo, à medida que se distanciam do observador. Suas roupas são
coloridas, com a predominância das cores vermelha e azul, que mais chamam a
atenção. As cores alegres contrastam com o fundo amarelado da composição.
São bem pequenas as diferenças fisionômicas entre uma criança e outra, assim
como há pouca variação nas vestimentas. Ainda assim, a pintura não se mostra
monótona, pois a postura dos corpos denota movimento, não havendo dois
elementos iguais.
Não se sabe o porquê de Bruegel ter feito tal pintura, o que tem gerado
várias especulações. Trata-se de uma encomenda, ou o artista teve apenas a
intenção de retratar as brincadeiras de sua época? Este quadro vem passando
por inúmeras leituras e interpretações, ao longo dos tempos, inclusive é um
manual dos divertimentos e recreações da Europa Medieval. Mais uma vez
Bruegel repassa a impressão de que o quadro foi pintado de cima, estando ele
a olhar a cena embaixo, como acontece com várias de suas pinturas.

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FICHA TÉCNICA
Ano: 1560
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 118 x 161 cm
Localização: Museu de História da Arte, Viena, Áustria
Fontes de pesquisa:
• http://1000 obras-primas da pintura europeia/ Editora Könemann
• http://chnm.gmu.edu/cyh/primary-sources/332Bruegel/
• http://virusdaarte.net/pieter-bruegel-o-velho-jogos-infantis/

Visite também o Museu da Infância e do Brinquedo (MIC – UFC).


http://t.ly/ZKmWB

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Identificar o gênero biografia para compreender a sua finalidade e
características.
• Escrever palavras, mobilizando a produção de conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética e norma ortográfica.
• Ler palavras em listas, com auxílio do professor, mobilizando
conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

VAMOS DESENHAR?

Solicite que os estudantes desenhem crianças brincando do que mais gostam.


Use novamente papel oficio e converse sobre a atividade a seguir, que será
de organizar uma exposição com os desenhos. Lembre a eles que agora a

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solicitação é a representação de uma brincadeira, e não de um brinquedo,
como fizeram na Unidade 1.
Estimule os alunos a fazerem um bom colorido, pois em exposição as pro-
duções vão se destacar mais.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Distinguir brincadeiras e brinquedos.
• Exercitar a capacidade criativa de expressão

VAMOS ORGANIZAR UMA EXPOSIÇÃO?

Após os estudantes concluírem os desenhos, devem começar a organizar a


exposição. Para isso, devem, primeiro, escrever o nome de cada brincadeira.
Depois, podem organizar a exposição em um varal ou painel.
Caso a opção seja um painel, peça novamente que as crianças preparem o
suporte para a colagem dos desenhos. Peça que recortem, agora não mais no
contorno, mas em área maior. O que queremos evitar é que o painel acabe
por ser apenas uma junção de folhas de papel ofício.
No caso de decidirem pelo varal, é necessário solicitar antes o material e
escolher bem o local, para que outras pessoas possam visitar a exposição, e
não apenas os colegas da turma.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Escrever palavras, mobilizando a produção de conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética e norma ortográfica.
• Construir painel ou varal.

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TAREFA DE CASA

Como tarefa de casa, pode-se sugerir que as crianças conversem com algum
familiar ou vizinho sobre a imagem que foi lida em sala − “JOGOS INFANTIS,
O VELHO (1560)”. Esta é uma maneira de estender para além da sala de aula
as aprendizagens e ao mesmo tempo retomar o que foi discutido, podendo
ampliar ainda mais o olhar sobre o quadro.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Reconhecer as brincadeiras da cultura popular que eram vivenciadas
pelas crianças.
• Exercitar a escuta atenta em situações de conversa.
• Ampliar o repertório de brincadeiras na infância.

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UNIDADE 4:
COMPARANDO AS
BRINCADEIRAS DE HOJE COM
AS DE ANTIGAMENTE
Tempo sugerido: 01 dia

VAMOS CONVERSAR?

Na Unidade 4, o foco principal é a comparação entre brincadeiras de diferen-


tes tempos. Para começar, pode-se retomar a tarefa de casa, perguntando o
que as pessoas falaram sobre a imagem “JOGOS INFANTIS, O VELHO (1560)”. Para
finalizar a conversa, pode-se perguntar se as brincadeiras que aparecem no
quadro ainda são vivenciadas pelas crianças e quais são as brincadeiras atuais
de que os estudantes brincam.
A partir dos relatos das conversas da Tarefa de Casa, podem-se motivar
as crianças a falarem das brincadeiras de hoje e de antigamente, fazendo uma
roda de conversa. No Livro do Aluno há algumas sugestões de perguntas.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Exercitar escuta atenta em situações de conversa.
• Identificar brincadeiras da cultura popular que eram vivenciadas pelas
crianças.
• Comparar brincadeiras de hoje com as de antigamente.

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VAMOS BRINCAR?

Brincando de “Está quente, está frio”


A primeira coisa a fazer nesta brincadeira é escolher um objeto que todos
vejam e reconheçam. Todos devem saber o que vão procurar. Se tiver um
aluno com deficiência visual, peça para que ele pegue no objeto e explore o
seu contorno, para facilitar o reconhecimento posteriormente. Lembre-se de
antes percorrer com o aluno com deficiência visual todos os espaços possíveis
em que o objeto será escondido. Se tiver um aluno surdo, na ausência de
um intérprete ou se você não souber Libras, faça placas com os avisos: “Está
quente! Está frio! Está queimando!”. À medida que disser isso aos ouvintes,
levante a placa correspondente ao aviso para o aluno surdo.
Um estudante esconde um objeto dentro da sala, enquanto os outros estão
de olhos fechados. Após esconder, ele diz: pronto! Nesse momento, os partici-
pantes abrem os olhos e começam a procurar o objeto escondido. A pessoa que
o escondeu vai alertando, de acordo com a distância que estiverem do esconde-
rijo: “está quente!” (quando estiverem próximos); “está frio!” (quando estiverem
se distanciando); “está queimando!” (quando estiverem bem perto). Quem en-
contrar o objeto será o responsável por escondê-lo na repetição da brincadeira.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Praticar memória e atenção.
• Reconhecer brincadeiras infantis.

VAMOS LER?

Após as crianças vivenciarem a brincadeira “Está quente, está frio”, pode-se


passar à atividade de leitura de uma charge. Antes de iniciar a leitura, é inte-
ressante perguntar se as crianças gostam de brincar no celular e no compu-
tador. Depois, pode-se pedir que leiam o texto que está no Livro do Aluno.

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Fabiana Moura Arruda. Indústria Cultural e Brinquedos Industrializados: as implicações
para o imaginário infantil na sociedade contemporânea. Revista Espaço Acadêmico – n.
203-abril/2018-mensal. Ano XVII-ISSN 1519.6186.
www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/11689/6706

Após as crianças tentarem ler sozinhas, pode-se conversar sobre o que vi-
ram. Algumas perguntas podem ser feitas, como: O que está acontecendo na
primeira cena? O que a mãe diz? E na segunda cena? Existe alguém falando na
segunda cena? Pode-se discutir sobre a importância das imagens nas charges,
histórias em quadrinhos e tirinhas.
A discussão pode levar o aluno a observar detalhes. Aproveitar a ima-
gem para refletir sobre como o nosso corpo fala pode ser bem interessante.
Também se pode, nesse momento, fazer um jogo dramático – pedir a todos
que façam um círculo e façam “caras e bocas” para representar, sem usar a
fala, as seguintes expressões:

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- Ai, que sono!
- Estou com muita pressa!
- Que presentão eu ganhei!

Podem-se inventar outras, a fim de ir enriquecendo o trabalho corporal das


crianças. Caso haja alunos com deficiência visual, lembrar-se de explicar como
fazer expressões que transmitem sentimentos (espanto, pressa etc.). Caso haja
aluno com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), é precisar lembrar que
algumas crianças apresentam dificuldade em expressar o próprio sentimento.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Ler e compreender textos sem ajuda do professor, mobilizando
conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema de Escrita
Alfabética.
• Escrever palavras, mobilizando a produção de conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética e a norma ortográfica.
• Refletir sobre como o nosso corpo fala.

VAMOS BRINCAR?

Vamos brincar de estátua


Ao final, peça para que os alunos voltem para a imagem e respondam:
O QUE OS OLHOS DO MENINO DIZEM?

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Desenvolver a capacidade de ler imagens.
• Ler e compreender textos sem ajuda do professor, mobilizando
conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.
• Escrever palavras, mobilizando a produção de conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética e a norma ortográfica.

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• Refletir sobre como o nosso corpo fala.
• Desenvolver a capacidade de representar sentimentos.

VAMOS REALIZAR UMA ENTREVISTA?

Para dar continuidade à discussão sobre as brincadeiras de diferentes tem-


pos, pode-se realizar uma atividade com entrevista, que é um gênero muito
favorável ao desenvolvimento da linguagem oral, sobretudo por demandar
planejamento prévio e atitudes de monitoramento da própria fala.
No Livro do Aluno são inseridos espaços para o registro das decisões.
Antes de tomá-las, a turma precisa discutir sobre a finalidade da entrevista.
Pode-se sugerir que contemplem questões em que as pessoas comparem as
brincadeiras de antigamente com as do tempo atual, mostrando semelhanças
e diferenças, mas também que procurem conhecer as opiniões sobre as brin-
cadeiras atuais, como as que estão no celular e na internet. Pode-se debater
se as crianças brincam menos hoje em dia ou se essas brincadeiras isolam as
crianças umas das outras.
Antes de planejar a entrevista, é importante conversar sobre o gênero.
Assistir a uma entrevista pode ajudar as crianças a realizarem a atividade com
mais segurança e, além disso, elas podem ampliar conhecimentos sobre prá-
ticas sociais em que este gênero aparece.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Exercitar escuta atenta em situações de entrevista, sendo capaz de
compreender o que é dito e analisar criticamente, respondendo sempre
que sentir disposição para isso.
• Refletir sobre as características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados, e composicionais
do gênero oral entrevista.
• Construir roteiros de entrevistas.

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PARA CASA

Propor que as crianças realizem as entrevistas, seguindo as decisões que fo-


rem tomadas pela turma. Oriente-as a como fazer o registro.
Outra atividade de casa é a tarefa de recolher material para a produção de
um brinquedo, que ocorrerá em aula posterior:
• 2 potes de iogurte ou copos descartáveis
• fita adesiva colorida (opcional, caso queira decorar)
• barbante ou cordão
• tesoura
• palito de dente
• agulha de crochê grossa
Obs.: o professor providenciará as agulhas.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Realizar entrevistas.
• Exercitar escuta atenta em situações de entrevista, sendo capaz de
compreender o que é dito.

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UNIDADE 5:
CONHECENDO BRINQUEDOS
ARTESANAIS E
INDUSTRIALIZADOS
Tempo sugerido: 02 dias
VAMOS BRINCAR?

Brincando de “Telefone sem fio”


A brincadeira “telefone sem fio” faz parte das tradições brasileiras e é uma
alusão aos problemas de comunicação que ocorrem quando uma dada infor-
mação é passada de uma pessoa para outra.
Para iniciar a brincadeira, deve-se pedir que todos se sentem no chão,
formando um círculo, e escolher quem será o primeiro a iniciar.
Para vivenciar um princípio democrático, podem-se estabelecer formas
diferentes de escolher o estudante para iniciar as brincadeiras. São atitudes
pequenas, mas que ensinam muito. Não fique com essa responsabilidade, divi-
da com todos. Podem-se usar os lenga-lengas, usar o sorteio, pedir indicação
dos próprios alunos, ou ir fazendo rodízio. Pode-se usar essa escolha também
como prêmio, mas deixando claro para todos o critério que foi usado, por
exemplo: uma criança que se destacou em uma atitude generosa, ou algum
aluno que mudou um comportamento que atrapalhava a turma.
Na brincadeira, o primeiro jogador deverá elaborar um enunciado e dizer
baixinho no ouvido do participante que estiver ao seu lado direito, e assim
por diante. O último participante dirá em voz alta o que chegou até ele.
Dialogar com as crianças sobre o que elas acham que aconteceu para o
enunciado dito no início ser diferente do falado no final. No caso de ter aluno
surdo na sala, o enunciado deverá ser mostrado por escrito, ficando o papel
com quem escreveu. A pessoa surda escreverá o enunciado conforme com-
preendeu e passará para o próximo jogador.

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Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Praticar escuta atenta em situações de conversa.
• Exercitar memória e atenção.
• Ampliar o repertório de brincadeiras na infância.

VAMOS CONSTRUIR UM BRINQUEDO?

Após a brincadeira de telefone sem fio, pode-se propor a confecção de um tele-


fone artesanal. Na aula anterior, é necessário pedir para os estudantes trazerem
o material necessário para confeccionar os telefones, ou solicitar à escola.

Material necessário:
• 2 potes de iogurte (ou copos descartáveis)
• fita adesiva colorida (opcional, caso queira decorar)
• barbante ou cordão
• tesoura
• palito de dente
• agulha de crochê grossa

Instrução de como fazer:


Cole fita adesiva ao redor do potinho para enfeitar. Faça um furo, usando a
agulha de crochê, no fundo de cada pote de iogurte, para passar o barbante.
Passe a ponta do barbante pelo fundo de cada pote, amarre um pedaço do
palito de dente para que o fio não se solte.

Instrução da brincadeira:
Pedir que a turma se organize em dupla. Cada dupla pega um par de telefones,
sendo que cada aluno segura um dos telefones e se distancia do outro até onde
o barbante permitir. O professor/a professora pode determinar por quanto
tempo os alunos poderão ficar conversando livremente com os colegas.

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Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Produzir oralmente o gênero instruções de brincadeiras.
• Confeccionar brinquedos relacionados às brincadeiras.

VAMOS CONVERSAR?

A conversa após as atividades das seções anteriores deve retomar o que foi
vivenciado, problematizando o tema central da Unidade 4 e desta Unidade, que
são as reflexões sobre as diferenças entre as brincadeiras de diferentes momen-
tos históricos e as diferenças entre brinquedos artesanais e industrializados.
Algumas perguntas podem favorecer a discussão:
• Você gostou da brincadeira? O que você achou mais divertido? Por
que a brincadeira se chama “telefone sem fio”?
• E gostou de confeccionar o telefone?
• O telefone confeccionado se parece com os telefones que usamos no
tempo atual? Quais são as diferenças?
• Todas as crianças têm brinquedos? O que era preciso para se brincar
no tempo de Bruegel? E no tempo de seus pais? E hoje, as crianças
querem brincar com o quê?

Aproveitar a discussão e refletir sobre brinquedos artesanais e industriali-


zados, estabelecendo as diferenças.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Exercitar escuta atenta em situações de conversa.
• Comparar brinquedos artesanais e industrializados.

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VAMOS REALIZAR ENTREVISTAS?

Como parte das atividades estão as sistematizações e a socialização do que


é obtido. Na Unidade anterior, as crianças foram convidadas a aprender um
pouco sobre entrevista e a realizar uma em casa. Neste momento, podem
organizar as informações e divulgá-las. Para isso, podem começar apresentan-
do-as para os colegas. Depois, podem conversar sobre o que ouviram.
Algumas perguntas podem ser feitas:
• Vocês gostaram de fazer a entrevista?
• Quem vocês entrevistaram?
• O que vocês descobriram sobre o entrevistado?
• Quais as brincadeiras que aparecem nas entrevistas?

Nesse momento, é interessante que o professor estimule as crianças a re-


fletirem sobre o surgimento das brincadeiras, seu contexto histórico e como
isso se insere na nossa cultura e no folclore.
Depois da conversa, pode-se organizar a turma em duplas, para sistema-
tizar o resultado das entrevistas. Cada dupla fará um quadro com base nas
suas, elencando em uma coluna as brincadeiras semelhantes e, em outra, as
diferentes, comparadas às brincadeiras de hoje em dia.
À medida que cada dupla apresentar o seu resultado, o professor fará um
painel, usando papel 40, contendo duas colunas, uma com as brincadeiras se-
melhantes e outra com as diferentes, tomando como base as brincadeiras de
hoje e as de antigamente.
Além do painel, pode-se propor às crianças que elas retextualizem algumas
entrevistas e produzam um jornal mural para socializar as entrevistas com pes-
soas da escola. O painel e o jornal mural serão expostos no dia da exposição
das atividades feitas ao longo da sequência didática.

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Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Exercitar a escuta atenta em situações de entrevista, sendo capaz
de compreender o que é dito e analisar criticamente, respondendo
sempre que sentir disposição para isso.
• Refletir sobre as características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados, e composicionais
do gênero oral entrevista.
• Comparar brincadeiras de hoje com as de antigamente.
Construir quadros.
• Distinguir brincadeiras semelhantes das diferentes comparadas
às brincadeiras de hoje em dia.

VAMOS LER?

Para finalizar esta Unidade, pode-se ler para


as crianças o livro “Folclorices de brincar”, de
Mércia Maria Leitão e Neide Duarte, extraído
do Manual do PNBE- 2012, que pode ser visto no
endereço: http://t.ly/MM2OV
Resenha: as brincadeiras que fizeram parte
da infância de muita gente são tão importantes
e simbolizam tão fortemente nossa cultura que
já são consideradas parte indissociável de nosso folclore. Amarelinha, pião,
pular corda e tantas outras são o mote para a arte visual de Ivan Cruz, que,
por sua vez, inspirou as autoras Mércia Leitão e Neide Duarte a usarem a
arte poética para traduzir em palavras essas nossas folclorices de brincar. Um
livro sensível e divertido, que alia texto e imagem na valorização de nosso
mais autêntico folclore.
Logo no início, leia sobre as autoras e o artista que ilustra o livro. Depois,
explore a capa e a segunda capa. Ao apresentar a capa, você pode perguntar:

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• Quantas brincadeiras são representadas? Quais são?
• Na segunda capa: Você vai ver uma produção diferente do desenho.
O que ela retrata?
• Durante a leitura do livro, lance perguntas:
• Nas pinturas do livro, qual ou quais os espaços representados? Como
ele representa o fundo ou campo?
• O que você sente ao ver as produções de Ivan Cruz? Você é atraído
por elas? Você gosta de olhar para elas?
• Olhe a página onde ele representa a cabra cega (p. 12). Observe as
cores. Como elas são? Quais são usadas?
• Os artistas trabalham com paletas de cores.
• A paleta é o conjunto das cores que o artista combina de maneira
intencional para atingir seus objetivos: criar clima ou atmosfera
desejada, proporcionar sentimentos e sensações, reforçar as ideias.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Refletir sobre as brincadeiras da cultura popular que eram vivenciadas
pelas crianças.
• Exercitar escuta atenta em situações leitura em voz alta de conto,
apreendendo sentidos gerais, localizando informações, elaborando
inferências, estabelecendo intertextualidade entre as obras.
• Ler imagens.
• Interpretar produções artísticas.

VAMOS BRINCAR?

Para finalizar a unidade, convide as crianças a brincar de Caça-palavras. Essa


brincadeira é antiga, o que pode favorecer a valorização das brincadeiras tra-
dicionais. Além disso, também contribui para a apropriação do Sistema de
Escrita Alfabética.

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Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Identificar palavras no texto, mobilizando conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética e norma ortográfica.
• Ler palavras em listas, com auxílio do professor, mobilizando
conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

PARA CASA

Pedir que cada criança traga, para a aula seguinte, o seu brinquedo favorito,
para socializar com os coleguinhas. Comunicar que será feito um painel na sala
com o nome de cada brinquedo e, ao lado, o nome do dono do brinquedo.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Explorar os brinquedos com os colegas.
• Construir painel.

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UNIDADE 6:
CONHECENDO O BRINQUEDO
FAVORITO DOS COLEGAS
Tempo sugerido: 02 dias

VAMOS BRINCAR?

A brincadeira desta Unidade é “Seu mestre mandou”. Explique para as crian-


ças como é a brincadeira e comece a dar as ordens. Depois, passe a função
para uma das crianças. Se tiver em sala aluno com Transtorno do Espectro
Autista (TEA), encurte as sentenças de ordem, se precisar, utilize estímulos
de imagens ou figuras para auxiliar na compreensão. No caso de ter alunos
surdos, faça plaquinhas com os comandos, mas o uso de estímulos visuais
também facilitará a brincadeira.
A criança escolhida é encarregada de ser o mestre e se posicionará à frente
das outras crianças. Ela dará as ordens e todos os participantes deverão cumpri-
-las, desde que sejam precedidas das palavras de ordem: “Seu mestre mandou”.
Caso as ordens não comecem com essas palavras, não devem ser obede-
cidas. Para isso, os participantes deverão estar bem atentos. Será eliminado
quem não cumprir as ordens ou cumpri-las sem as palavras de comando.
A graça da brincadeira está na dificuldade das tarefas ordenadas pelo
mestre. Ele pode pedir que os seguidores tragam objetos de determinada
cor ou façam uma sequência de atividades de uma só vez, como: “Seu mes-
tre mandou... levantar os dois braços e pular com um pé só!” Lembre-se de
que as crianças com TEA têm mais dificuldade em compreender comandos
complexos, nesse caso, seja mais direto e dê menos ordens, de forma que

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o nível de complexidade da tarefa não seja um fator que leve a criança a
desistir de brincar.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Identificar brincadeiras da cultura popular que eram vivenciadas pelas
crianças.
• Exercitar memória e atenção.
• Explorar a linguagem oral.

VAMOS LER?

A brincadeira vivenciada pelas crianças foi “Seu mestre mandou”. Essa brin-
cadeira é muito parecida com uma brincadeira típica do Nordeste, chamada
“Seu rei mandou”. Peça para as crianças, em duplas ou trios, lerem o texto
que é usado nessa brincadeira. Nesse momento, pode-se explorar o texto,
fazendo atividades de as crianças tentarem localizar palavras do texto ou
identificarem palavras parecidas.
Converse também com as crianças sobre as diferenças e semelhanças en-
tre as duas brincadeiras.
Depois dessa conversa, vivencie com as crianças a brincadeira, mas com
uma variação, pois da maneira proposta as crianças vão se revezar na função
de rei. Antes disso, no entanto, faça a atividade de escrita, em que cada crian-
ça escreverá a sua ordem no livro.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Ler e compreender textos sem ajuda do professor, mobilizando
conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.
• Exercitar escuta atenta em situações leitura em voz alta de conto,
apreendendo sentidos gerais, localizando informações, elaborando
inferências, estabelecendo intertextualidade entre as obras.

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• Distinguir brincadeiras semelhantes das diferentes comparadas às
brincadeiras de hoje em dia.

VAMOS CONVERSAR?

No momento da conversa, desafie as crianças a compararem as duas brinca-


deiras, mostrando que algumas brincadeiras e canções sofrem modificações de
uma região para outra. Nesse momento, podem-se mostrar alguns exemplos.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Exercitar escuta atenta em situações de conversa.
• Comparar brincadeiras semelhantes.
• Comparar textos de tradição oral, identificando semelhanças e
diferenças e refletindo sobre como as brincadeiras populares se
modificam ao longo do tempo e de um lugar para outro.

VAMOS BRINCAR?

Nesse momento, as crianças vão fazer troca provisória de brinquedos e,


por meio de um sorteio, vão brincar com brinquedos dos colegas.
• Fazer um círculo e solicitar que cada criança mostre o brinquedo
favorito que trouxe de casa e explique como se brinca. Pedir que as
crianças digam o porquê de aquele ser o seu brinquedo favorito.
• Fazer um amigo secreto do “brinquedo temporário.” Escrever o nome
de cada criança, fazer a brincadeira do amigo secreto, sendo que
o presente será o brinquedo favorito de cada um. Estabelecer por
quanto tempo o brinquedo ficará com cada estudante durante a aula.
Ao final, cada criança receberá de volta o seu brinquedo.
• Perguntar às crianças: “Vocês gostaram do brinquedo do colega? Por quê?”

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Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Exercitar a linguagem oral.
• Explorar a capacidade de tomada de decisões.
• Identificar o brinquedo favorito dos colegas.

PARA CASA

Na Unidade 7, as crianças começarão a confeccionar brinquedos. Para intro-


duzir tal atividade, a tarefa de casa pode ser a de pesquisar, junto a familiares e
amigos, sobre brinquedos artesanais. É possível que algumas crianças conhe-
çam pessoas que tenham feito brinquedos quando eram crianças, ou ainda
façam. Será uma boa experiência conversar sobre isso.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Pesquisar sobre brinquedos artesanais.
• Produzir texto oral em situação de conversa.

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UNIDADE 7:
BRINCANDO COM SUCATA
Tempo sugerido: 02 dias

VAMOS CONVERSAR?

A atividade inicial da Unidade 7 será a socialização entre as crianças da pes-


quisa realizada em casa ou na vizinhança. As crianças podem contar como foi
a conversa sobre confecção de brinquedos pelos pais e amigos. Caso alguma
criança leve para a sala de aula algum brinquedo artesanal, pode-se consultar
se o brinquedo pode ser guardado para a exposição que será organizada.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Exercitar escuta atenta em situações de conversa.
• Produzir texto oral em situação de conversa

VAMOS LER?

A brincadeira proposta para esta unidade é “Corre, Cutia!”. Antes, porém, pode-
se realizar atividade de leitura com a letra da canção. Primeiro, pode-se ler com as
crianças até que elas decorem o texto. Depois, é interessante realizar a atividade
de ordenar as palavras do texto. As fichas devem ser cortadas e as crianças devem
tentar montar o texto. Essa atividade pode ser realizada em duplas ou trios, para
que as crianças que não dominam o Sistema de Escrita Alfabética possam participar
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Ler letra de música.

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• Identificar palavras no texto, mobilizando conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética e norma ortográfica.
• Ordenar palavras no texto.
• Consolidar as correspondências grafofônicas por meio da leitura
de palavras.
• Reconhecer palavras, por meio de comparação entre palavras
apresentadas, mobilizando conhecimentos sobre o funcionamento do
Sistema de Escrita Alfabética.

VAMOS CANTAR E BRINCAR?

A brincadeira “Corre, Cutia!” envolve a cantoria. Desse modo, é necessário


ensinar a canção às crianças. Depois, pode-se começar a brincadeira.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Ampliar o repertório de brincadeiras na infância.
• Conhecer e valorizar brincadeiras infantis.
• Vivenciar e valorizar situações de cantoria, dança e brincadeiras,
resgatando elementos da cultura popular.
• Comparar textos de tradição oral, identificando semelhanças e
diferenças e refletindo sobre como as brincadeiras populares se
modificam ao longo do tempo e de um lugar para outro.

VAMOS CONSTRUIR UM BRINQUEDO?

Esta sequência, como foi proposta anteriormente, culminará com uma expo-
sição sobre brinquedos e brincadeiras. Deste modo, é necessário colecionar
materiais para a exposição. Alguns brinquedos podem ser produzidos para

73
este fim. O telefone que foi confeccionado pode ser um dos materiais. O
boliche, a ser produzido nesta seção, também pode ter o mesmo destino.

Construindo um “Boliche”
• Material necessário:
• 10 garrafas pet
• 01 bola pequena
• tinta
• fita adesiva colorida

Como fazer:
• Pinte em cada garrafa um número de 1 a 10.
• Coloque fita adesiva colorida ao redor de cada garrafa para enfeitar.

Instrução da brincadeira:
• Organizar as garrafas em formato triangular.
• Marcar no chão o local onde cada jogador vai arremessar a bola.
• Cada jogador arremessará a bola 2 vezes, passando para o outro
grupo em seguida.
• Caso derrube todas as bolas em um arremesso, vence a partida.

Sugestão: Dividir a turma em dois grupos, sortear qual grupo iniciará e


quem de cada grupo começará. Dividir o quadro em duas partes, colocar o
nome de cada grupo e de seus respectivos integrantes e anotar a pontuação
a cada jogada.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Confeccionar brinquedos relacionados às brincadeiras.
• Produzir e compreender textos orais e escritos do gênero instruções
de brincadeiras.

74
VAMOS ASSISTIR?

Outro brinquedo que pode ser produzido é o “Vai e vem”. Para ensinar como
fazer, pode-se começar pela exibição de um vídeo do Youtube:
www.youtube.com/watch?v=sgz-S78AaZ8

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer diferentes brinquedos.
• Comparar brincadeiras de hoje com as de antigamente.
• Confeccionar brinquedos relacionados às brincadeiras.

VAMOS LER E ESCREVER?

Depois de assistir ao vídeo, as crianças podem, coletivamente, produzir as


instruções de montagem. Essas instruções serão levadas pelas crianças para
casa, para que possam montar o brinquedo com seus familiares e amigos.
Durante a escrita no quadro, é preciso atentar para os itens: material neces-
sário e instrução de como fazer. Solicitar que os estudantes escrevam o texto
no Livro do Aluno, à medida que o professor também escrever no quadro.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Escrever palavras, mobilizando a produção de conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética e norma ortográfica.
• Ler e compreender textos sem ajuda do professor, mobilizando
conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.
• Produzir e compreender textos orais e escritos do gênero instruções
de brincadeiras.

75
VAMOS CONVERSAR?

Nesta seção, propõe-se uma conversa com as crianças sobre as diferenças dos
brinquedos em relação ao acesso e à aquisição. Depois, pode-se conversar
sobre a produção de brinquedos artesanais. Pode-se perguntar se as crianças
conhecem outros brinquedos feitos com garrafas pet e que outros materiais de
sucata podemos aproveitar para construir brinquedos. Nesse momento, pode-
se perguntar quem gostaria de ensinar a fazer um brinquedo usando sucata.
Para subsidiar a conversa, pode-se pesquisar sobre os brinquedos de suca-
ta. Segue abaixo uma sugestão de link:
Reaproveitamento de materiais recicláveis na construção de brinquedos na
educação infantil – http://t.ly/LMyJG

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Exercitar escuta atenta em situações de conversa.
• Produzir texto oral em situação de conversa.
• Pesquisar sobre brinquedos de sucata.
• Refletir sobre reciclagem.

PARA CASA

As crianças produziram as instruções de montagem do brinquedo Vai e vem.


Como tarefa de casa, pode-se sugerir que produzam o brinquedo com ajuda
de seus familiares ou amigos. Pedir que elas tragam o brinquedo para a escola,
para socializar com os colegas.
Solicitar também que as crianças tragam, na aula seguinte, materiais para cons-
truírem brinquedos (tesoura, cola, palito de churrasco, folha de jornal, pincéis,
tinta colorida e lixa).

O principal objetivo de aprendizagem desta seção é:


• Confeccionar brinquedos.

76
UNIDADE 8:
APRENDENDO A MONTAR
BRINQUEDOS
Tempo sugerido: 03 dias

VAMOS CONVERSAR?

Na tarefa de casa, as crianças foram convidadas a produzir um brinquedo em


casa. A socialização dos brinquedos produzidos é uma boa oportunidade de
valorizar suas atividades e mostrar que, com criatividade, podemos nos divertir.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Exercitar a escuta atenta em situações de conversa
• Produzir texto oral em situação de conversa

VAMOS BRINCAR?

A brincadeira “QUEM SOU EU?”, da maneira como está proposta, objetiva, além
de ampliar o repertório de brincadeiras das crianças e de promover a va-
lorização de brincadeiras populares, favorecer habilidades de produção de
textos orais. As crianças precisam elaborar questões, escutar com atenção
as respostas, articular informações, para, mobilizando seus conhecimentos,
tentar descobrir a brincadeira escrita na ficha. A atividade também propõe
a escrita de palavras. No caso das crianças que não dominam o Sistema de
Escrita Alfabética, pode-se aproveitar para que elas tentem usar os conheci-

77
mentos de que já dispõem para tentar fazer a escrita. Para que a escrita seja
feita de modo a ser compreendida pelos colegas, é possível que, no final, seja
necessário mostrar a escrita convencional para que a criança copie, ou mesmo
escrever para ela em uma ficha.
Para iniciar a brincadeira, deve-se fazer um círculo, com os estudantes
sentados no chão da sala e pedir que cada um escreva em uma tira de papel
o nome de um brinquedo, sem que os colegas vejam. Logo após, cada um
cola a tira que escreveu na testa do outro à sua direita. Todos devem ler, em
silêncio, o que está escrito na tira de papel dos participantes, mas não podem
saber o que está escrito na tira que foi colocada na sua testa. O desafio será
descobrir qual o brinquedo que você é.
Para descobrir, cada participante, na sua vez, deverá fazer perguntas para os
demais responderem “sim” ou “não.”. Por exemplo: Sou um brinquedo de mon-
tar? Sou de plástico? Sou de pano? Tenho rodas? Sirvo para brincar de futebol?
Cada participante terá direito a uma pergunta por rodada, até descobrir
quem é. O primeiro participante que descobrir não precisará mais fazer per-
guntas, no entanto, pode ajudar a responder as perguntas dos outros jogado-
res, até que todos descubram que brinquedo ele ou ela é.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Exercitar a linguagem oral.
• Escrever palavras, mobilizando a produção de conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética e norma ortográfica.
• Ler palavras em listas, com auxílio do professor, mobilizando
conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

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VAMOS CONSTRUIR UM BRINQUEDO?

Propor às crianças a produção de mais um brinquedo para a exposição.

Pião de papel

Material necessário:
• folha de jornal
• palitos de churrasco
• cola
• pincéis
• tinta colorida
• lixa

Como fazer:
• Faça um canudo longo e consistente com uma folha de jornal enrolado.
• Achate um dos lados, apertando com as mãos.
• Cole o canudo no palito.
• Passe cola enquanto enrola, como se fosse um rocambole.
• Espere secar a cola e pinte. Faça pinturas irregulares, tipo um caracol,
pois elas irão se transformar no momento em que o pião estiver girando.
• Gire o palito e solte!

O principal objetivo de aprendizagem desta seção é:


• Compartilhar brincadeiras da cultura popular que eram vivenciadas
pelas crianças.
• Produzir oralmente o gênero instruções de brincadeiras.

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VAMOS LER?

A sugestão é aproveitar e brincar de roda a partir da canção popular. No


entanto, antes da brincadeira, as crianças podem ser convidadas a ler a can-
ção que está no Livro do Aluno. Se achar interessante ampliar a discussão, o
professor/a professora pode apresentar mais uma estrofe da canção, que faz
parte da tradição em alguns lugares do Brasil:

Menina não é capaz de jogar o pião no chão (BIS)


Lá vai, lá vai, lá vai
Lá vai o pião no chão
Rodou, rodou, rodou
Rodou o pião no chão!

A canção também pode oferecer oportunidade para refletir sobre precon-


ceitos de gênero, focando na reflexão sobre se há brinquedos e brincadeiras
de meninas e de meninos. Nesse momento, é importante fomentar o debate
relacionando-o a outras atividades que são exercidas por mulheres e que,
tradicionalmente, não eram aceitas. O principal objetivo desta discussão é o
combate ao machismo e maior valorização da mulher.
Após a leitura e discussão sobre o texto, se houver alunos na turma que
ainda não dominam o Sistema de Escrita Alfabética, podem-se, realizar ativi-
dades, a partir da letra da canção, de localizar palavras e de produzir rimas
com a palavra PIÃO.
A última atividade desta seção, no Livro do Aluno, é de escrita de mais um
verso para a canção por cada criança e cantoria, acrescentando-se os versos
produzidos. Esse pode ser um momento de muita diversão e criatividade.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Ler poemas e canções relacionados ao tema brincadeiras.
• Refletir sobre inclusão e exclusão.

80
• Refletir sobre machismo e preconceito.
• Refletir sobre desigualdades sociais.

VAMOS ASSISTIR?

Para que as crianças conheçam um pouco mais essas tradições, o profes-


sor/a professora pode exibir vídeos e conversar sobre eles. Seguem abaixo
algumas sugestões:
• www.youtube.com/watch?v=yszbfn_j3ps
• www.youtube.com/watch?v=e_bp6fyrziq
• www.youtube.com/watch?v=f5qhvrgccqk

O principal objetivo de aprendizagem desta seção é:


• Adquirir um repertório de brincadeiras na infância.

VAMOS CANTAR E BRINCAR?

Para finalizar as atividades com a canção, nada mais interessante do que viven-
ciar a cantoria com a brincadeira que a canção suscita. No Livro do Aluno, há
uma proposta de atividade com essa vivência.
Dê oportunidade também para que as crianças aproveitem para criar uma
coreografia, perguntando a elas se querem inventar outra forma de brincar
com essa cantiga de roda.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Executar movimentos rítmicos e coordenação motora.
• Resgatar elementos da cultura popular, vivenciando situações
de cantoria, dança e brincadeiras.

81
PARA CASA

A tarefa de casa das crianças é coletar depoimentos de pessoas que já brin-


caram de pião e pesquisar se alguém tem um pião para emprestar. Caso seja
possível, pode-se levar um pião para mostrar às crianças, para o caso de
nenhuma delas conseguir encontrar esse brinquedo.

O principal objetivo de aprendizagem desta seção é:


• Ampliar o repertório de brincadeiras na infância.

82
UNIDADE 9:
REFLETINDO SOBRE BRINQUEDOS
E BRINCADEIRAS
Tempo sugerido: 02 dias

VAMOS CONVERSAR?

Para iniciar a Unidade 9, pode-se conversar com as crianças sobre os relatos


que tiverem obtido acerca das brincadeiras com pião. Caso algumas crianças
tenham levado piões para a sala, socializar e brincar com eles.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Explorar a linguagem oral.
• Exercitar escuta atenta em situações de conversa.
• Compartilhar os brinquedos com os colegas.

VAMOS BRINCAR?

O jogo “Memória de brinquedos e brincadeiras” é composto por fichas que


contêm palavras escritas e fichas com figuras correspondentes às palavras.
Antes de começar o jogo, é importante o professor/a professora checar
se as crianças conhecem os nomes das figuras que estão nas fichas. Ganha
o jogo quem conseguir realizar o maior número de pareamento entre a
imagem e a palavra.

83
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Brincar com os colegas.
• Comparar palavras quanto às semelhanças sonoras e gráficas:
quantidade de sílabas, letras e sílabas iniciais, dentre outras.
• Ler imagens.

VAMOS LER E ESCREVER?

Considerando que ao longo da sequência foram produzidos brinquedos para


serem expostos, pode-se realizar um ditado dessa lista, que poderá servir
para organização da exposição.
Após o ditado, é importante verificar como as crianças escreveram as pa-
lavras e refletir sobre as escritas no quadro.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Escrever palavras, mobilizando a produção de conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética e norma ortográfica.
• Ler palavras em listas, com auxílio do professor, mobilizando
conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

VAMOS ASSISTIR?

Convidar as crianças para assistirem ao vídeo:


• www.youtube.com/watch?v=af7Tq4QyicQ (Catavento. A peleja de
Manoel de Barros com Zé Limeira).
Após a exibição, o professor/a professora pode convidar as crianças a ve-
rem novamente e dançarem ao som da música.

84
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Ampliar o repertório de brincadeiras na infância.
• Resgatar elementos da cultura popular, vivenciando situações de
cantoria, dança e brincadeiras.

VAMOS CONVERSAR?

Após vivenciarem a dança, pode-se perguntar às crianças: O que vocês acharam


da música? É possível inventar coisas? Um foguete pode ser de banana? E uma
pulga pode ser equilibrista? E um menino com cabelo de macarrão, é possível?

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Adquirir escuta atenta em situações de conversa.
• Produzir texto oral em situação de conversa.
• Interagir oralmente em sala de aula.

VAMOS DESENHAR?

Para aprofundar e dar continuidade às reflexões sobre o vídeo, pode-se per-


guntar aos alunos o que é uma peleja. Caso alguns alunos já leiam, peça para
que eles leiam no Livro do Aluno: sendo a peleja um desafio, de quem os
cantores estão falando?
Apresente os dois nomes: Zé Limeira e Manoel de Barros.

Zé Limeira (Teixeira, 1886 - 1954) foi o cordelista/repentista mais


mitológico do Brasil. Era conhecido como "Poeta do Absurdo".
http://antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/paraiba/ze_limeira.html

85
Manoel de Barros (1916-2014) foi um poeta brasileiro, um dos prin-
cipais poetas contemporâneos e autor de versos nos quais elementos
regionais se conjugavam a considerações existenciais e uma espécie de
surrealismo pantaneiro. www.ebiografia.com/manoel_de_barros/

Depois, pode-se passar para a atividade de desenhar. Desafie os alunos a


também criarem novas e inusitadas imagens, desenhando o que imaginaram.
A partir do desenho, peça a cada um para falar o que desenhou, iniciando
com o mote que os autores usam... “Eu vi...”. Não precisa rimar.
Deixe que eles brinquem também cantando a parte do “nunca vi... nunca
vi”. Ouça a canção com eles atentamente e peça para que cantem juntos
antes de começar a apresentação de todos.
A hora da apresentação deve ser ensaiada, pois ela precisará de ritmo,
de continuidade.
Ao final, você pode, caso tenha acesso, colocar a última parte do vídeo, em
que os cantores apresentam o último verso:

Isso tudo que falei


E cantei até aqui
São histórias inventadas
Das terras onde nasci.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Reconhecer os artistas e suas obras.
• Ler e produzir imagens, realizando análise acerca dos efeitos de
sentido identificados.
• Produzir texto oral em situação de conversa.
• Interagir oralmente em sala de aula.

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PARA CASA

Pode-se sugerir que as crianças brinquem com o Jogo de Memória em casa.


Motivar que as atividades vivenciadas em sala de aula sejam expandidas para a
casa das crianças é uma forma de favorecer que reflexões importantes sejam
retomadas em outros espaços, auxiliando a consolidação de aprendizagens.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Brincar com a família.
• Comparar palavras quanto às semelhanças sonoras e gráficas:
quantidade de sílabas, letras e sílabas iniciais, dentre outras.
• Ler imagens.

87
UNIDADE 10:
PLANEJANDO A EXPOSIÇÃO
DE BRINQUEDOS.
Tempo sugerido: 04 dias

VAMOS BRINCAR?

Para brincar de “Mímica”, divida a turma em dois grupos. Um participante


deverá se dirigir ao grupo adversário, que irá falar alguma palavra. A criança
terá um tempo para representar a palavra, apenas com gestos, e o grupo
deverá adivinhá-la. O grupo que acertar mais, ganhará. Se tiver aluno(a) com
deficiência visual ou com TEA, faça a áudio-descrição das mímicas junto dele(a).

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Executar movimentos rítmicos e coordenação motora.
• Aprimorar memória e atenção.
• Aprimorar a linguagem oral.
• Ampliar o repertório de brincadeiras na infância.

VAMOS ASSISTIR?

Convide os alunos a assistir duas reportagens, chamando a atenção para o


fato de que elas vão tratar do tema que estamos estudando, sendo mais es-
pecificamente sobre exposição de brinquedos antigos.

88
Depois se pode perguntar se os alunos já foram a algum museu. Nesse mo-
mento, o ideal é apresentar outro vídeo, um pouco mais longo, com quase 12
minutos, mas bem interessante, bem gravado e cheio de informações faladas
e de boas imagens. www.youtube.com/watch?time_continue=2&v=lpO4YOs5j0M
Caso não tenham condições de assistir ao vídeo, colocamos algumas ima-
gens das exposições dos museus. Veja com os alunos as fotos, a distribuição
dos espaços, em que locais são exibidos os objetos.
Se tiver aluno(a) com deficiência visual ou com TEA, faça a áudio-descrição
das imagens junto dele(a).

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Aprimorar o repertório de brincadeiras na infância.
• Ampliar o repertório de brinquedos na infância.
• Socializar brincadeiras da cultura popular que eram vivenciadas
pelas crianças.

VAMOS CONVERSAR?

Essa conversa é preparatória para a organização da exposição. É importante


perguntar para as crianças:
• Gostaram da exposição?
• Vocês já visitaram algum museu como esse?
• Vocês gostariam de organizar uma exposição como a que acabamos de ver?

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Exercitar a linguagem oral.
• Explorar a escuta atenta em situações de conversa.

89
VAMOS ORGANIZAR UMA EXPOSIÇÃO?

Convocar os estudantes para planejarem a exposição dos brinquedos feitos


durante a sequência, bem como as brincadeiras realizadas.
Lembrar ao grupo os objetivos de uma exposição e, a partir dos objetivos, tomar
as decisões coletivamente e registrar em um cartaz. Pedir que registrem no livro:
• Data
• Local (escolher dois locais na escola, um para a exposição dos
brinquedos e outro para a das brincadeiras)
• Convidado
• Materiais a serem expostos

A partir dessas decisões, divida a turma em equipes de trabalho – de acor-


do com as necessidades, produza a arrumação, faça um mapa localizando
onde cada estudante ficará e por quanto tempo e organize um mural com
todas as produções das crianças ao longo da sequência.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Resgatar e socializar brincadeiras da cultura popular que eram
vivenciadas pelas crianças.
• Organizar eventos, considerando finalidades, participantes, espaço.
• Escrever palavras, mobilizando a produção de conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética e norma ortográfica.
• Tomar decisões.

VAMOS LER E ESCREVER?

Como parte das atividades de organização da exposição, pode-se produzir


um texto coletivo, convidando os familiares, amigos e colegas da escola para
uma exposição que tem como título “Brinquedos e brincadeiras”.

90
Fazer o convite em dois formatos: oral e escrito. Para fazer o convite,
o professor vai dar algumas orientações, informações importantes para a
construção do convite escrito: Quem será o convidado? Quem está con-
vidando? Qual o motivo do convite? Qual o local da apresentação? Qual o
dia e horário?
Os alunos podem circular pela escola, convidando as pessoas, nas salas, na
secretaria, em todos os espaços da escola. Podem também levar para casa
um convite escrito para os pais.
Elaborar cartazes para a divulgação. Esse trabalho pode ser feito em du-
plas, mas antes é interessante que todos tenham acesso às principais infor-
mações: nome da exposição, data, local. Os alunos podem criar desenhos ou
fazer colagens para compor o cartaz.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Escrever palavras, mobilizando a produção de conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética e norma ortográfica.
• Ler e compreender textos sem ajuda do professor, mobilizando
conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema de Escrita
Alfabética.
• Produzir texto oral e escrito do gênero convite.

VAMOS CANTAR?

Pode-se planejar com as crianças fazer a recepção dos convidados para a expo-
sição cantando a música: Caixa de brinquedo. Então, é importante ensaiar com
elas. Este link pode ajudar na tarefa: www.youtube.com/watch?v=vU1y-bx5hw8

O principal objetivo de aprendizagem desta seção é:


• Refletir sobre situações de cantoria, resgatando elementos
da cultura popular.

91
VAMOS ORGANIZAR UMA EXPOSIÇÃO?

Vivenciar com as crianças a exposição, monitorando as atividades dos gru-


pos, ajudando a resolver os problemas, mas também deixando certo nível
de autonomia para as crianças tomarem decisões e resolverem problemas
que aparecerem.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Socializar brincadeiras da cultura popular que eram vivenciadas
pelas crianças.
• Tomar decisões.
• Organizar eventos, considerando finalidades, participantes, espaço.

PARA CASA

Pode-se sugerir que as crianças conversem com as pessoas em casa sobre o


que elas acharam da exposição.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Socializar brincadeiras da cultura popular que eram vivenciadas
pelas crianças.
• Produzir texto oral em situação de conversa.

92
VAMOS CONVERSAR?

Para finalizar a sequência, é muito importante avaliar com as crianças tudo o


que foi vivenciado e as aprendizagens que foram realizadas. Devem-se reto-
mar com elas as conversas que tiveram com os visitantes.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Exercitar escuta atenta em situações de conversa.
• Produzir texto oral em situação de conversa.

93
CONHECENDO
OS BICHOS
SEQUÊNCIA:
CONHECENDO OS BICHOS

Tema: Bichos
Tempo: em torno de 22 dias (2 meses)
Etapa de escolaridade: pode ser desenvolvida pelas crianças do 1º ao 3º ano
concomitantemente, tendo a culminância conjunta.
Culminância: Exposição para a comunidade e familiares sobre os conhe-
cimentos adquiridos ao longo da sequência, com painéis e lançamento de
vídeo e dois livros.

OBJETIVOS

• Conhecer características dos animais e seus habitats.


• Conhecer animais de estimação e suas características.
• Classificar animais.
• Refletir sobre as consequências da intervenção do homem na natureza.
• Refletir sobre a situação dos animais em extinção.
• Desenvolver sentimentos positivos em relação aos animais
(respeito, proteção, cuidado).
• Compreender o que será realizado durante a sequência didática e como
será a culminância para facilitar o processo de organização do grupo.
• Compreender as partes que compõem um livro: Capa, Apresentação,
Sumário, Bibliografia.
• Conhecer, refletir e produzir textos dos gêneros convite, ficha
técnica, listas, legendas, exposição oral, entrevista, dentre outros,
compreendendo suas finalidades, formas composicionais e estilos,
assim como as práticas sociais em que tais gêneros circulam.

97
• Planejar a organização de uma exposição.
• Conhecer exposição.
• Participar de interações orais em sala de aula.
• Respeitar os turnos de fala, durante as interações orais.
• Produzir vídeo.
• Produzir painel
• Construir quadros.
• Preencher quadros com dados pesquisados/trabalhados.
• Interpretar dados em quadros.
• Construir e interpretar gráficos.
• Sistematizar conhecimentos adquiridos.

ESTRUTURA DA SEQUÊNCIA

A sequência “Conhecendo os Bichos” tem como tema central animais, mais


especificamente os vertebrados e invertebrados. Além disso, outros temas
aparecem na sequência, como a intervenção do homem na natureza, que
pode levar à preservação ou à destruição dela. Assim, abordaremos a ques-
tão da extinção dos animais, por exemplo.
As temáticas serão tratadas por meio de atividades diversificadas, como
jogos, músicas, brincadeiras, mas, também, atividades mais formais que con-
templem habilidades específicas favorecedoras do aprendizado da leitura e da
escrita e de outros conteúdos.
A sequência em questão apresenta um trabalho interdisciplinar (conteú-
dos da área de Artes, Matemática, Língua Portuguesa e Ciências), por meio
de atividades articuladas. As atividades tendem a ser diversificadas, de modo
que possam favorecer a aprendizagem de diversas formas. Além disso, favo-
rece a heterogeneidade da turma, de modo que grupos de crianças podem
ser alcançados por meios também distintos.
Em alguns momentos é sinalizado na sequência o tipo de agrupamento

98
em que a atividade deve ser desenvolvida, porém o professor/a professora
pode decidir a melhor forma de agrupar as crianças, de acordo com as ne-
cessidades da turma ou de acordo com os objetivos didáticos do docente.
É importante destacar que as atividades realizadas em pequenos grupos ou
coletivamente ajudam as crianças a resolverem conflitos e reverem hipóte-
ses previamente estabelecidas. Por outro lado, atividades individuais tam-
bém são imprescindíveis para que as crianças possam aprender a mobilizar
de modo autônomo seus próprios saberes e o professor possa acompanhar
os avanços e as necessidades de cada criança. Nas atividades coletivas, du-
rante a mediação, é preciso garantir a participação de todas as crianças e
valorizar tal participação.
A concepção de alfabetização que norteia a proposta é a de que o apren-
diz precisa dominar o Sistema de Escrita Alfabético, porém também necessita
fazer uso dele em situações sociais. Por essa razão, tentamos promover si-
tuações em que a escrita assume diferentes objetivos. Assim, a escrita será
usada para lembrar algo que será resgatado em algum outro momento, para
sistematizar algum conhecimento que venha a ser discutido durante as aulas,
dentre outras finalidades.
Para contemplar o uso da leitura e da escrita com diferentes finalidades,
vários gêneros textuais aparecem na sequência, como lista, poema, textos
didáticos, conversa, convite, entrevista, exposição oral, canção, mural, legen-
da, ficha técnica. Entretanto, a entrevista, a exposição oral, o convite, a ficha
técnica e o artigo são abordados de modo mais sistemático, com atividades
voltadas para a reflexão sobre suas características.
O trabalho com os gêneros, além de proporcionar diferentes situações do
uso da linguagem, ajuda a promover reflexões pontuais sobre o Sistema de
Escrita Alfabética. As listas, por exemplo, envolvem a escrita de palavras, o
que facilita a reflexão da criança sobre a escrita. Na Unidade 1, é solicitado,
ao escrever a lista, que o professor/a professora reflita sobre essa escrita com
seus alunos (consciência fonológica). Além disso, na atividade da Unidade 1,
após a escrita de palavras, pode ser solicitado que elas sejam colocadas em

99
ordem alfabética. Por outro lado, a construção da lista tem um objetivo claro
nessa unidade – lembrar dos animais de estimação citados pelas crianças e de
suas principais características – o que será retomado e discutido pela turma.
Um recurso didático inserido na sequência, que pode não só ajudar as
crianças a refletirem sobre o sistema de escrita, mas, também, favorecer a
aprendizagens de conteúdos específicos, são os jogos. Com o uso de jogos
na sala de aula, é possível haver uma maior motivação das crianças durante a
participação da atividade. Além disso, os jogos favorecem a interação entre as
crianças e a construção de estratégias específicas para vencer o jogo.
O trabalho com a Matemática contempla os eixos de Números e
Operações, por meio de contagens e de produção e resolução de proble-
mas aditivos; Grandezas e Medidas, por meio do trabalho com as grandezas
comprimento, massa e tempo, por exemplo; Estatística, com a produção e
interpretação de gráficos e quadros para organizar, comunicar e compreen-
der dados; e Geometria, explorando figuras e suas propriedades com o uso
do Tangram e sensibilizando o olhar para o mundo, por meio do registro
de observações.
Para contemplar todas as aprendizagens aqui expostas, a sequência está
organizada em dez unidades:

Unidade 1: Iniciando a conversa sobre animais


Unidade 2: Conhecendo os animais de estimação do grupo
Unidade 3: Classificando os animais
Unidade 4: Conhecendo outros animais
Unidade 5: Trabalhando com nomes de animais
Unidade 6: Desafios com animais
Unidade 7: Comparando animais domésticos e selvagens
Unidade 8: Aprendendo a respeitar os animais
Unidade 9: Organizando a exposição sobre animais
Unidade 10: Avaliando as aprendizagens

100
AVALIAÇÃO

Como toda sequência didática, esta também apresenta uma flexibilidade.


Assim, cabe ao professor/à professora avaliar o tempo que deverá ser imposto
à realização da mesma. Isso dependerá dos objetivos didáticos e do nível das
crianças. Apresentamos uma sugestão de tempo para cada unidade, porém
esse tempo pode ser ampliado ou reduzido. Realize sua avaliação ao longo de
todas as atividades e ajuste o trabalho de acordo com a sua necessidade.
A sequência “Conhecendo os Bichos” realiza avaliação com o objetivo de
diagnóstico do conhecimento prévio. Esse momento geralmente se encontra
na seção “Vamos conversar?”. Na Unidade 1 as crianças são convidadas a
expressarem o que sabem sobre os animais; na Unidade 10 elas precisarão
registrar todas as aprendizagens sobre o tema em seu caderno. Lembramos
que esse momento de avaliação é importante para verificar os avanços que a
turma teve durante os trabalhos realizados.
As crianças também são sempre convidadas a escrever e ler. A realização
desses momentos pode acontecer por meio de diversos agrupamentos, e
esse é um momento também de o professor/a professora avaliar o nível de
aprendizagem de seus alunos.
Outro aspecto importante para a avaliação é o momento de problema-
tização e construção de hipóteses pelas crianças. Posteriormente, essas hi-
póteses serão validadas ou reestruturadas. Como exemplo podemos citar a
Unidade 3, na qual as crianças são convidadas a pensar em como poderiam
classificar os animais. Nesse momento todas as hipóteses levantadas deverão
ser consideradas e confrontadas, posteriormente, pelo mediador e pelas de-
mais hipóteses levantadas pelos colegas.
O eixo da oralidade também tem espaço durante a sequência, geralmen-
te, por meio de conversas informais; mas temos também um trabalho mais
sistemático com dois gêneros orais: entrevista (Unidade 8) e exposição oral
(Unidades 9 e 10). A Unidade 10 é o momento de avaliação mais formal pelos
alunos, tanto da sequência quanto da exposição oral.

101
Ao longo de toda a sequência, as crianças são convidadas a registrarem
o que estão aprendendo sobre animais, seja em quadros, em painéis ou no
seu caderno, o que ajudará você, professor ou professora, a perceber e re-
gistrar o que elas sabem e o que aprenderam sobre a temática ao longo e ao
final da sequência. Além disso, os momentos de produção dos gêneros e as
discussões em sala de aula também serão importantes para que o docente
acompanhe os avanços das crianças em relação ao processo de alfabetização.
Compreendemos, nesse caso, alfabetização em uma concepção ampla, ou
seja, os estudantes devem, além de dominar o SEA, fazer uso da leitura e
escrita com autonomia em situações distintas. Em Matemática, é importante
que sejam observadas as estratégias que as crianças utilizam ao resolverem
situações, sejam elas matemáticas ou não, pois o desenvolvimento do raciocí-
nio lógico passa pela competência em resolver problemas matemáticos e não
matemáticos. Situações de leitura, interpretação e construção de gráficos,
quadros e tabelas parecem simples, mas requerem conhecimentos lógico-
-matemáticos importantes, por isso o olhar do professor/da professora nes-
ses momentos é imprescindível, para perceber como as crianças lidam com
o tratamento de dados e como poderá ajudá-las a desenvolver e sistematizar
esses conhecimentos. Em Geometria, além de observar o conhecimento das
crianças sobre figuras geométricas, observe como elas exploram e represen-
tam o espaço nas diferentes atividades, sejam elas no uso de lápis e papel ou
nas danças e brincadeiras. É importante lembrar que a avaliação deve ocorrer
no processo e deve ser o que abalizará o avanço ou não do docente para
outras etapas da sequência didática.

102
Cada unidade é composta de diferentes seções:

UNIDADES
SEÇÕES
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Vamos brincar? X X X X X X X X

Vamos cantar
X X X
e brincar?

Vamos conversar? X X X X X X X X X X

Vamos desenhar? X X X

Vamos ler? X X

Vamos ler
X X X X X X X X X
e escrever?

Vamos realizar
X
entrevistas?

Vamos assistir? X X

Para casa X X X X X X X X X X

Vamos produzir
X X
um vídeo?

Vamos escrever
X X X
m livro?

Vamos organizar
X X
uma exposição?

103
UNIDADE 1:
INICIANDO A CONVERSA
SOBRE ANIMAIS
Tempo sugerido: 01 dia

VAMOS BRINCAR?

Convidar os alunos para realizar um trabalho corporal.


• Procure um ambiente com espaço livre de muitos móveis.
• Comece a atividade cantando com as crianças a cantiga:

Ó abre a roda tindolelê


Ó abre a roda tindolelê
Ó abre a roda tindolalá
Ó abre a roda tindolelê, tindolelê, tindolalá.
Devagarinho tindolelê... batendo palmas tindolelê.

Caso não saiba a música, ouça o vídeo no endereço:


• www.youtube.com/watch?v=YrdklO6bfsk

A ideia é conhecer a música, mas não repeti-la simplesmente. Aproveite


para pedir aos alunos que criem maneiras de abrir a roda, e vá ajudando a
manter a métrica.
• A partir da roda, peça que as crianças andem pela sala, mas não em
círculos, que andem em direções diferentes. Indicar o movimento
sempre dando tempo para cada criança pensar e representar o que

104
foi pedido. Sugestões: primeiro andar calmamente. Depois mais
rápido. E mais rápido. Ande devagar. E mais lentamente. Pare. Ande
agora como um robô. Pare. Ande bem pertinho do chão. Pare. Ande
querendo pegar no céu. Pare. Ande como se tivesse um peso de
elefante. Ande como se tivesse muito pouco peso, fosse bem levinho.
Pare. Feche os olhos e pense em um animal. Pode ser qualquer um.
Pense em seus movimentos; no som que emite; na maneira que anda.
Abra os olhos e ande, em silêncio, como o animal que imaginou.
Continue andando. Agora ande e faça os sons próprios desse animal
– um som normal, um som bem baixinho, um som alto. Continue
andando como animal. Ande como você anda normalmente. Como
animal. Como gente. (Caderno 6 do PNAIC 2015, pp. 65-66)
• Caso tenha algum aluno com deficiência visual na sala, devem ser
explicados para ele os movimentos feitos por um robô ao andar,
assim como um elefante ou um animal muito leve. Para que a
criança possa imitar os movimentos e a maneira como um animal
anda, é necessário dar exemplos antes, não apenas descrevendo,
mas vivenciando junto a ela.

Objetivo
• Compreender os movimentos da linguagem Dança por meio do
trabalho corporal, conhecendo o corpo, seu movimento e o espaço
onde ele se move.

VAMOS CONVERSAR?

Perguntar aos alunos: Como se sentiram fazendo a atividade. Foi fácil? Gostaram
de fazer? O que se aprende ao fazer esse exercício? Qual animal cada um imi-
tou? Por que escolheu esse animal? Quais as características dele?

105
Continuar conversando com os alunos sobre animais. Perguntar: Quem
gosta de animais? Quais os animais preferidos? Quem cria algum tipo de ani-
mal? Será que qualquer animal pode ser criado dentro de casa? Quem gostaria
de conhecer um pouco dos animais que os amigos têm em casa? O que vocês
sabem sobre animais?
Registrar o que os alunos já sabem sobre os animais para comparar, junto
com eles, ao final da SD.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Participar de interações orais em sala de aula.
• Respeitar os turnos de fala, durante as interações orais.
• Ativar conhecimentos prévios sobre o que será trabalhado
na sequência.

VAMOS PRODUZIR UM VÍDEO?


VAMOS ESCREVER UM LIVRO?
VAMOS ORGANIZAR UMA EXPOSIÇÃO?

Explicar às crianças que vão começar a conhecer muitas coisas sobre os ani-
mais, suas características, como vivem, seus costumes, dentre outras coisas.
Além disso, irão registrar todas as descobertas em um vídeo. Esse vídeo será
exibido em uma exposição, que será montada na escola pela turma, para vá-
rios convidados, inclusive os pais. É importante logo na primeira aula conver-
sar sobre a culminância, para que os estudantes se organizem durante toda a
sequência, já sabendo o que acontecerá no final. Isso motivará a participação
das crianças durante as aulas.
Para que as crianças aprendam a se organizar, é interessante registrar algumas
decisões, pois isso as ajudará a monitorar o tempo e suas próprias aprendizagens.

106
Objetivo
• Compreender o que será realizado durante a sequência didática e como
será a culminância para facilitar o processo de organização do grupo.

VAMOS ASSISTIR?

Convidar as crianças para assistir ao vídeo da Palavra Cantada, com a música


“Ciranda dos Bichos”, disponível em www.youtube.com/watch?v=slShEL-N1mA.
Mas, antes, pode-se conversar sobre o grupo, perguntando se alguma criança
conhece a música. Se algumas crianças conhecerem a música, é uma ótima opor-
tunidade de deixá-las dar opinião sobre as músicas e socializar com os colegas.
Caso tenha acesso, depois de brincar, assista com as crianças à animação
da mesma música, que pode ser encontrada no endereço:
www.youtube.com/watch?v=H9fXoZmMHK8

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Participar de interações orais em sala de aula.
• Respeitar os turnos de fala, durante as interações orais.

VAMOS CANTAR E BRINCAR?

Botar novamente a música e convidar as crianças para brincar, imitando os


animais, assim como é feito no vídeo.

Objetivo
• Compreender os movimentos da linguagem Dança por meio do
trabalho corporal, conhecendo o corpo, seu movimento e o espaço
onde ele se move.

107
VAMOS LER E ESCREVER?

Fazer uma lista no quadro dos animais que as crianças afirmarem ter em casa.
Nesse momento é importante que o professor escreva a palavra pronun-
ciando suas sílabas enquanto escreve. Dependendo do nível de escrita da
turma, esse momento pode ser importante para refletir sobre as partes das
palavras, por exemplo, quantidade de sílabas e consequentemente o tamanho
das palavras a partir da quantidade de sílabas. As crianças surdas usuárias da
Libras geralmente não refletem sobre a quantidade de sílabas de uma palavra,
já que elas percebem a palavra de forma global.
Propor que cada criança fale um pouco sobre seus animais (os listados),
salientando as características que eles têm.
Listar as principais características dos animais, chamando a atenção para
o fato de que esses animais são diferentes, mas que cada um deles é impor-
tante na natureza.
Transformar a lista em quadro, a ser construído junto com as crianças em
papel 40 kg ou madeira; informar que a turma vai registrar as características
que irão descobrir sobre diferentes animais ao longo desta sequência didática.
A ideia é que a turma vá registrando descobertas sobre os animais ao longo
do processo. É importante que o papel seja grande para que as linhas (nome
do animal) e as colunas (características que considerarem importantes de
serem registradas) sejam acrescentadas à medida que a turma vá estudando
e descobrindo aspectos a serem registrados. Abaixo segue um exemplo de
quadro com características que podem ser registradas sobre os animais:

COBERTURA DO ALTURA PESO DO QUE SE QUE SOM ONDE VIVE


ANIMAL
CORPO MÉDIA MÉDIO ALIMENTA FAZ (QUAL O HABITAT)

108
Para que as crianças possam estabelecer relações entre a altura, o peso
da massa corporal de cada uma das crianças e as alturas e peso dos animais
trabalhados durante a sequência didática, leve fita métrica e balança para a
sala de aula, faça as medições junto com as crianças e registrem no quadro
que está no Livro do Aluno.
Informar aos alunos que durante a SD eles irão conhecer vários animais,
suas características e muitas outras curiosidades sobre eles e preencherão o
quadro com as características que forem descobrindo sobre os animais. Além
de sistematizar e registrar descobertas, o quadro servirá para ser consultado
sempre que tiverem dúvidas ou curiosidades sobre os animais estudados.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Compreender as partes que compõem as palavras: sílabas.
• Conhecer características dos animais e seus habitats.
• Compreender que a escrita tem objetivos diferentes como, por
exemplo, lembrar algo e sistematizar algum conhecimento.
• Construir quadros.
• Preencher quadros com dados pesquisados/trabalhados.
• Interpretar dados em quadros.
• Comparar grandezas.
• Explorar a grandeza massa.
• Trabalhar a grandeza comprimento.

109
PARA CASA

Solicitar que na aula seguinte cada criança leve uma foto de seu animal de esti-
mação para montagem de um mural na sala e para observarem juntos mais ca-
racterísticas que poderão entrar no quadro que estará colado na parede da sala.
Caso a criança não tenha condições de trazer uma foto, avise que ela pode
trazer foto retirada de revistas ou até mesmo desenhar seu animal de estima-
ção. De qualquer modo, tente disponibilizar revistas para que possam ser re-
cortadas, mas não deixe que nenhum aluno fique sem participar da atividade.
Na segunda unidade será construído um mural. A diferença entre o qua-
dro e o mural é que o mural será sobre os animais de estimação das crianças
da turma e no quadro teremos informações sobre todos os animais que serão
vistos e discutidos durante a sequência didática.

Objetivo
• Conhecer os animais de estimação da turma.

110
UNIDADE 2:
CONHECENDO OS ANIMAIS
DE ESTIMAÇÃO DO GRUPO
Tempo sugerido: 02 dias

VAMOS CANTAR E BRINCAR?

Chamar as crianças para pensar em como seria se elas próprias fossem ani-
mais. Vamos experimentar ser um animal?
Fazer um convite para que elas elaborem máscaras para brincar durante a
apresentação do seu animal. A máscara poderá ser dos animais que irão apresen-
tar ou de quaisquer outros animais que desejarem. A indicação do material e o
modo de fazer encontram-se no Livro do Aluno (a atividade foi reproduzida do
Almanaque ano 1, p. 91).
Com as máscaras prontas, fazer os jogos de pantomima e um momento
aproveitando músicas para a representação dos animais.
• 1º momento - todos os alunos em círculo. Cada um vai apresentar
sua máscara, sem falar, apenas usando os gestos dos animais,
os movimentos e os sons. O grupo irá identificar qual animal foi
apresentado. No caso de ter em sala uma criança com deficiência
visual, é preciso descrever os gestos e os movimentos feitos.
• 2º momento - ao som de músicas, cantar e fazer movimentos
corporais. Pode começar com a cantiga “sapo cururu” e depois cada
pessoa acrescenta uma música para cantar usando sua máscara.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Desenvolver percepção espacial.

111
VAMOS LER E ESCREVER?

Separar um espaço na sala para montar o mural de animais de estimação. No


mural deverão ser afixadas as fotos dos animais de cada criança, com uma peque-
na legenda: nome do animal, nome do dono, idade do animal e principal carac-
terística (manso, grande, pequeno, etc.). No Livro do Aluno aparece um roteiro
para as crianças completarem e, posteriormente, transferirem para o mural.
Pedir que cada criança apresente a foto do seu animal e fale o nome
dele. A criança pode, ainda, relembrar algumas características do animal já
faladas na aula anterior. Nesse momento é importante que o professor/a
professora motive os alunos a conhecerem o animal do colega. O professor
deve orientar para que as crianças estejam atentas à apresentação do colega.
As crianças que não têm um animal de estimação deverão, após a apre-
sentação, escolher um dos animais para “adotar”. A adoção deverá funcionar
da seguinte forma: durante a realização da sequência didática, em qualquer
atividade sobre o animal de estimação, a criança deverá ficar junto do dono
do animal adotado e realizar as atividades em dupla. Cada animal só deverá
ser adotado por um colega.
Após a apresentação de cada criança, será confeccionada a legenda para
o mural. Cada criança preenche a ficha no Livro do Aluno. Dependendo do
nível da criança, o professor/a professora poderá fornecer letras móveis para
que, inicialmente, cada criança monte o nome do animal e, posteriormente,
escreva na ficha. Nesse momento é importante que o professor circule entre
as crianças e promova reflexão sobre a escrita das palavras.
Após esse momento, as crianças devem montar o mural com as fotos dos
animais e o nome do dono. Caso o animal tenha sido adotado, informar no
mural também.
O mural pode ser feito usando a própria parede da sala – delimitando um
retângulo ou a forma desejada com tiras de papel, que podem ser coloridas
ou mesmo desenhadas pelos alunos.
Outra ideia que pode ser usada é fazer uma base com tiras de papel – o

112
papel crepom fica bem interessante por conta do colorido. Sobre ele colocar
as folhas de papel ofício com as atividades dos alunos.
https://lovelyindeed.com/photobooth-backdrop-streamers

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Produzir legendas e um mural, compreendendo sua finalidade, as
formas composicionais e o estilo, assim como a prática social em que
tal gênero circula.
• Participar de interações orais em sala de aula.
• Respeitar os turnos de fala, durante as interações orais.
• Dominar as correspondências entre letras ou grupos de letras e seu
valor sonoro, de modo a escrever palavras e textos.
• Compreender as partes que compõem as palavras: sílabas e fonemas.

VAMOS CONVERSAR?

Convidar as crianças a apreciar o mural da sala, avaliando-o esteticamente: as


cores, os recortes, a distribuição das figuras e legendas, o título.
Verifique com os alunos quais as semelhanças e diferenças que existem
entre os animais que aparecem no mural. Converse com as crianças sobre o
que foi observado: por exemplo, todos os animais são da mesma cor? Têm o
mesmo tamanho? O mesmo tipo de alimentação? Vivem em qual ambiente?
Todos se locomovem da mesma forma? Explique que cada espécie apresenta
características em comum. Identifique com os alunos quais são essas carac-
terísticas comuns.

Objetivos
• Conhecer características dos animais e seus habitats.
• Classificar animais.

113
PARA CASA

Proponha que as crianças conversem com seus familiares e amigos sobre ani-
mais de estimação e socialize com os colegas. Esta é uma forma de incluir os
familiares no cotidiano da vida escolar das crianças e ampliar os conhecimen-
tos sobre o tema tratado.

Objetivo
• Ampliar o conhecimento sobre animais de estimação a partir de
conversa com a família.

VAMOS CONVERSAR?

No dia seguinte à proposta de conversar em casa sobre animais de estimação,


pode-se propor uma socialização das conversas vivenciadas pelas crianças.
Desse modo, além de ampliarem conhecimentos sobre o tema, desenvolvem
habilidades de escuta atenta e produção oral de relatos pessoais.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Participar de interações orais em sala de aula.
• Respeitar os turnos de fala, durante as interações orais.

114
UNIDADE 3:
CLASSIFICANDO OS ANIMAIS
Tempo sugerido: 02 dias

VAMOS CONVERSAR?

Distribuir para as crianças imagens de animais e deixar que, em grupo, elas os


classifiquem a partir de suas características. Deixar as crianças livres para que
escolham os critérios de classificação e não lhes impor quais critérios devem
seguir. Essa é uma estratégia de ensino que ajuda no desenvolvimento do
raciocínio lógico, pois as crianças precisarão pensar no conjunto de animais
como um todo e nas características particulares de cada animal para agrupá-
-los por semelhanças e separá-los por diferenças.
Propor o desafio de um grupo descobrir qual foi o critério que o outro
grupo usou para classificar os animais. Essa brincadeira ajuda as crianças a se
colocarem no lugar do outro, pensarem em possíveis estratégias usadas para
as classificações e refletirem sobre a lógica de classificar. Pedir que elas justi-
fiquem as escolhas dos grupos. Elas podem agrupar galinha e pássaro porque
têm penas, por exemplo. É importante ouvir o que as crianças já sabem sobre
os animais e deixar que elas discutam suas hipóteses e resolvam a melhor
forma de classificar os animais.
Confrontar as hipóteses das crianças, para que elas possam reformulá-las.
Por exemplo, classificar os animais no mesmo grupo só porque eles vivem no
mar pode não ser suficiente, pois existem outras características que podem
diferenciar esses animais.

115
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Desenvolver raciocínio lógico.
• Classificar animais.
• Criar critérios de classificação.
• Interpretar critérios de classificação criados pelos colegas.
• Argumentar sobre as suas hipóteses.
• Participar de interações orais em sala de aula.
• Respeitar os turnos de fala, durante as interações orais.

VAMOS LER E ESCREVER?

Apresentar aos alunos a obra “ABC dos animais”, de autoria de Renata Aragão
Artiaga. Segundo o manual do PNBE Obras Complementares (2013), esse livro
“traz fotografias de diversas espécies de animais, apresentadas ao leitor em
ordem alfabética, com destaque para a letra inicial do nome vulgar do animal,
que é mostrado nas formas maiúscula, minúscula e no alfabeto manual. A
obra apresenta, também, o nome científico da espécie exibida na fotografia
e uma ilustração, indicando a classificação taxonômica e os locais em que os
animais são encontrados. Assim, a obra associa o conhecimento da biodiver-
sidade animal à consolidação do sistema de escrita alfabética” (p. 52).
Caso não tenha acesso ao livro de Renata Aragão Artiaga, verifique os
dois endereços eletrônicos: Bichionário – produzido por Maria Ivana Melo de
Queiroz para a Educação Infantil. 2009.

Bichiodário – de Telma Guimarães. 2008.


http://pt.slideshare.net/ivana30246064/bichonrio

Apresentar a capa do livro aos alunos e perguntar se eles imaginam sobre


o que a história fala. Ouvir as hipóteses das crianças. Realizar a leitura do li-

116
vro. Se for possível, o livro pode ser escaneado e projetado, para que todas as
crianças acompanhem a leitura. Além disso, dependendo do nível de leitura
da criança, pode ser solicitado que cada uma leia sobre um animal.
Pedir que as crianças registrem no caderno de estudo e no quadro expos-
to na sala as principais descobertas.
Propor aos alunos que pesquisem as características dos animais vertebrados
e invertebrados e preencham as colunas do quadro do Livro do Aluno e do qua-
dro que está afixado na parede da sala. Algumas características já estão listadas
no Livro do Aluno. Sugira a pesquisa de outras, tais como habitat, locomoção
e reprodução. A pesquisa dos alunos pode ser realizada na própria escola, sob
supervisão do professor. Uma possibilidade de pesquisa é na biblioteca da es-
cola (é importante que você, professor ou professora, faça antes uma pesquisa
nos livros disponíveis e deixe-os à vista, para que os alunos possam utilizá-los
para a pesquisa). Se houver internet na escola, esta pode ser uma oportunidade
de usar a ferramenta para fazer pesquisa com as crianças.
Após o preenchimento do quadro, o professor deve dar o nome da clas-
sificação do animal.
Após o fechamento da classificação dos animais vertebrados e invertebra-
dos no quadro, retornar ao mural de animais de estimação exposto na sala
e pedir que as crianças acrescentem na legenda a classificação dos animais
(répteis, peixes, anfíbios, mamíferos e aves).
Aproveitar o momento para orientar as crianças sobre as diferentes vi-
sões em relação aos animais: visão do biólogo, visão do artista, por exemplo.
Levar o aluno a perceber que são visões bem diferentes, mas que podem ser
complementares, que acabam por ampliar formas de leitura sobre o tema.
Mostrar as representações dos animais dos diferentes artistas no Livro do
Aluno e os tipos de técnica que foram usadas. Pedir para que observem tam-
bém o ano de criação da produção.
Chame a atenção sobre figuração – quais representações são mais aproxima-
das da imagem do animal real? Explique que em Arte pode-se ou não trabalhar

117
com o desenho figurativo. Verifique com os alunos também que, em uma primeira
classificação, ao olhar os trabalhos, poderíamos registar que temos três desenhos
bidimensionais e um tridimensional – a escultura do rinoceronte de Salvador Dali.
Os outros são trabalhos bidimensionais, com técnicas diferenciadas:
• Pintura – temos duas. Uma feita com guache e aquarela, duas tintas mais
aguadas – o coelho, e a segunda, o gato, com tinta acrílica, que também
é solúvel em água, mas tem em sua composição resina sintética.
• Gravura – o rinoceronte de Dürer. Mais precisamente xilogravura
– técnica que inicia no entalhe em uma madeira – a matriz – que é
entintada com rolo de borracha e depois, sobre ela, é colocado papel
ou outra superfície a ser impressa. Falar de xilogravura em Pernambuco
significa relacioná-la à literatura de cordel e a J. Borges e seu trabalho.

Depois de conversar com eles sobre as produções, peça para que os alunos
leiam também a pequena biografia de cada um dos artistas, ou, dependendo
do nível de alfabetização da turma, faça a leitura com eles.
Para ampliação, você pode ler para os alunos o texto:

O Rinoceronte de Dürer é o nome dado a uma das xilogravuras do pintor Albrecht


Dürer, cuja imagem foi baseada numa descrição escrita e num rascunho de um
rinoceronte indiano, feitos por um artista desconhecido, já que Dürer nunca vira
um rinoceronte em vida. Embora haja falta de coerência na anatomia do animal,
este desenho fez grande sucesso na Europa, sendo copiado e redesenhado até
os dias de hoje, sendo um marco na história da ilustração científica. E o mais
interessante é que até o século XVIII foi tido como uma representação verdadeira
do animal. Segundo alguns críticos e estudiosos de arte, “provavelmente nenhuma
imagem de um animal exerceu uma tão profunda influência nas artes”. O rinoceron-
te de Dürer foi desenhado como se seu corpo fosse coberto por uma armadura.
Nas costas do animal, um pequeno chifre foi direcionado para frente.
Fonte: http://virusdaarte.net/albrecht-durer-o-rinoceronte-e-a-lebre/

118
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Ler textos com autonomia.
• Compreender textos lidos por outra pessoa.
• Antecipar sentidos e ativar conhecimentos prévios relativos aos textos
a serem lidos pelo professor ou pelas crianças.
• Sistematizar conhecimentos adquiridos.
• Classificar animais.
• Argumentar sobre as suas hipóteses.
• Preencher quadros com dados pesquisados/trabalhados.
• Ler produções visuais, refletindo sobre o tipo de representação
figurativa.
• Identificar formas segundo sua classificação em bi e tridimensionais.

VAMOS DESENHAR?

Dando continuidade às reflexões sobre animais vertebrados e invertebrados,


pode-se sugerir a produção de um painel com desenhos de animais vertebra-
dos e invertebrados. É uma atividade que também contribui para o desenvol-
vimento de habilidades de uso desta linguagem visual: o desenho.

Objetivos
• Produzir painel.

VAMOS CANTAR E BRINCAR?

Preparar uma caixa com algumas figuras de animais. A atividade pode ser rea-
lizada com os animais já estudados pela criança ou com outros que os alunos

119
ainda não tenham pesquisado. Na primeira situação, o professor poderá revisar
tudo o que já foi discutido; no segundo caso, introduzir novos conhecimentos.
A caixa com os animais deverá circular entre as crianças de mão em mão,
ao som de alguma música. Quando a música parar, a criança que estiver com
a caixa deverá retirar uma figura de animal e dizer algumas de suas caracterís-
ticas, para que o grupo tente descobrir o animal retirado.
A cada rodada, a professora ou o professor pode estabelecer regras para
que as características sejam ditas. Por exemplo: habitat e classificação. Se as
crianças não adivinharem, a criança que sorteou e falou as características
deverá imitar o animal.

Objetivo
• Conhecer características dos animais e seus habitats.

PARA CASA

Para consolidação de aprendizagens sobre animais vertebrados e invertebra-


dos, pode-se pedir que as crianças façam uma lista com os animais verte-
brados e invertebrados que observarem em suas casas ou no bairro. Esta
é uma oportunidade também de proposição de uma atividade de escrita de
palavras. Se na turma tiver crianças que não dominem a escrita alfabética,
pode-se propor que as crianças desenhem os animais e escrevam os nomes
abaixo de cada imagem, do jeito que souberem.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Produzir listas.
• Escrever palavras.

120
VAMOS CONVERSAR?

Na aula seguinte, podem-se socializar as produções das crianças, deixando


que cada uma diga os animais vertebrados e invertebrados que representa-
ram por desenho ou escrita.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Participar de interações orais em sala de aula.
• Respeitar os turnos de fala, durante as interações orais.

121
UNIDADE 4:
CONHECENDO OUTROS ANIMAIS
Tempo sugerido: 03 dias

VAMOS CONVERSAR?
(Preparando a visita ao espaço escolhido pelo(a) professor(a))

Informar aos alunos que eles farão uma visita a algum espaço em que possam
encontrar animais diversos, como um sítio ou uma fazenda, por exemplo.
Perguntar aos alunos o que eles imaginam que encontrarão nesses espaços
e como os animais vivem nele. Será que todos são bem cuidados?
Orientar as crianças a observar os animais, as características deles e as
condições em que vivem.

Objetivo
• Planejar observações de situações que favoreçam a ampliação
do objeto de conhecimento.

VAMOS PRODUZIR UM VÍDEO?

Na primeira unidade desta sequência, foi combinado com as crianças que elas
produzirão um vídeo sobre animais. Nesta unidade, tal proposta precisa ser
retomada, para que as crianças planejem como vão produzir material para o
vídeo. Discuta com elas os tipos de materiais a serem coletados:
• Filmagem de alguns momentos da visita.
• Fotografia de animais (que podem ser usadas no vídeo e na exposição).

122
• Depoimentos dos visitantes e dos alunos da turma, sobre o que estão
achando do ambiente e quais as descobertas que estão fazendo sobre
os animais. Esses depoimentos também poderão ser usados no vídeo.
No caso de ter algum aluno com deficiência visual, faça a descrição do
ambiente visitado e dos animais durante o passeio.

Após o passeio, pode-se analisar todo o material coletado e discutir com


os alunos o que constará no vídeo. Após a seleção das cenas, pode-se decidir
a ordem em que elas ficarão e o que será acrescentado: abertura, legendas,
música, narração para dar sentido às cenas. Caso seja necessário, podem-se
gravar mais alguns depoimentos para inserir entre as cenas selecionadas. Por
fim, é importante escolher as músicas.
Os processos de edição do vídeo podem ser feitos coletivamente, em algum
computador da escola. O Programa Movie Maker pode ser usado, ou outro
programa que possibilite este trabalho. A seguir, o link para baixar o Programa
Movie Maker: www.baixaki.com.br/download/windows-movie-maker.htm

Objetivo
• Produzir um vídeo.

VAMOS DESENHAR?

Durante a visita que as crianças farão, deve-se informar que elas deverão re-
gistrar o que acharem interessante no Livro do Aluno. Combinar que alguns
desses desenhos poderão ser utilizados na exposição. No caso de alunos
com deficiência visual, peça para eles gravarem um áudio falando do que
acharem interessante.
Orientar cada aluno a fazer de 3 a 5 desenhos de observação durante a vi-
sita ou em casa (após a visita). O desenho de observação é uma das maneiras
de se desenhar o figurativo. O desenho de forma figurativa pode acontecer,

123
então, a partir da observação, ou ser de memória, ou vir da imaginação, co-
mumente chamado de criação.
Pedir para que o aluno inicie por um esboço ou croqui. Explicar para ele
que esboço é o conjunto dos traços iniciais de um desenho ou obra de arte
(HOUAISS, 2004). Informar que esses desenhos também serão usados na expo-
sição final. Assim, providencie que todos levem para a aula de campo: papel,
lápis e borracha, para o trabalho. O papel pode ser simplesmente ofício co-
mum, ou você pode pedir a eles que levem pequenos cadernos de nota.

Objetivo
• Registrar observações por meio de esboços ou croquis.

VAMOS CONVERSAR?
(conversando sobre as descobertas no passeio)

Após o passeio, conversar com os alunos sobre o que eles viram nos espaços
visitados. O que acharam? O que mais chamou sua atenção?
Apresentar as cenas filmadas no passeio para as crianças. Aproveitar para
conversar sobre as características dos animais e a espécie de cada um, en-
quanto assistem aos vídeos.
Solicitar que as crianças apresentem os desenhos realizados a partir da
visita e falem sobre eles.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer características dos animais e seus habitats.
• Desenvolver sentimentos positivos em relação aos animais (respeito,
proteção, cuidado).
• Participar de interações orais em sala de aula.
• Respeitar os turnos de fala, durante as interações orais.
• Classificar animais.

124
VAMOS LER E ESCREVER?

Durante o passeio, orientar as crianças a registrar as descobertas realiza-


das. No retorno ou no final do passeio, é importante socializar as anotações
que tenham feito.
Após o passeio, realizar na sala de aula a leitura do livro “Bichionário”, de
Nilson José Machado. Segundo o manual do PNBE Obras Complementares
(2013), nesse livro “a aranha, o bem-te-vi, a coruja, o dinossauro, o elefante e...
mais vinte e um animais, cujos nomes começam pelas letras de A a Z, desfilam
em pequenos textos poéticos, cheios de humor. O interessante recurso de os
bichos aparecerem em ordem alfabética vira pano de fundo, ante a graça dos
versos, que não apenas brincam com rimas e aliterações, mas exploram sutis
efeitos de linguagem. Assim, alfabetizandos de diferentes níveis encontram
nesta obra um inteligente jogo de sons e sentido” (p.79).
Perguntar aos alunos: Sobre o que vocês acham que o livro falará? Por que
será que o nome do livro é “Bichionário”? Após a leitura, perguntar quais dos
bichos que aparecem no livro foram encontrados durante o passeio.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Compreender textos lidos por outra pessoa.
• Antecipar sentidos e ativar conhecimentos prévios relativos aos textos
a serem lidos pelo professor.

VAMOS PRODUZIR UM LIVRO?

Relembrar com as crianças a conversa sobre os produtos desta sequência.


Retomar a Unidade 1 e mostrar que um dos produtos combinados é a produ-
ção de dois livros, a serem lançados no dia da exposição.
Propor às crianças a construção de um dicionário de bichos, com a monta-
gem de uma ficha técnica. A partir das fotos e dos desenhos de observação dos

125
animais (coletadas no passeio) e de dados pesquisados na internet, as crianças
devem montar a ficha técnica coletivamente (modelo de fichas no Livro do
Aluno). É importante também explicar que as obras consultadas para se buscar
informações para as fichas precisam constar nas Referências Bibliográficas.
É interessante levar fichas técnicas preenchidas, para as crianças se familia-
rizarem com o gênero, e refletir com elas sobre a finalidade das fichas técni-
cas, a forma composicional e sua funcionalidade, o estilo de escrita.
Após a montagem da ficha técnica do animal, organizar um livro com as
fichas, respeitando a ordem alfabética, como foi feito no livro lido. Aproveitar
para discutir com os alunos a organização da ordem alfabética.
Na ficha técnica serão explorados: nome, peso, altura, local de origem...
Os dados registrados no quadro exposto na sala de aula, construído pau-
latinamente pelos alunos com a ajuda da professora ou do professor, poderão
ajudar na produção dessa ficha técnica.
Após a escrita dos textos, é importante revisar coletivamente cada ficha técnica.
Por fim, auxiliar as crianças a fazerem a capa, a Apresentação, o Sumário,
as Referências Bibliográficas. Monte com elas o livro e decidam juntos como o
livro será publicado. Pode-se, por exemplo, digitar todos os textos e escanear
as imagens, ou pode-se digitalizar tudo em PDF. Caso seja possível, pode-se
imprimir um exemplar para cada criança ou gravar em CD para entregar no
dia da exposição.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e produzir ficha técnica; refletir sobre ela, compreendendo
sua finalidade, forma composicional e estilo, assim como as práticas
sociais em que tal gênero circula.
• Identificar e reconhecer letras do alfabeto.
• Reconhecer ordem alfabética.
• Revisar textos escritos.
• Compreender as partes que compõem um livro: capa, Apresentação,
Sumário, Bibliografia.

126
VAMOS BRINCAR?

Montar junto com a turma um jogo de baralho de bichos. As crianças devem


desenhar ou colar imagens de animais em uma carta e colocar embaixo das
imagens as características que tenham números como, por exemplo, peso
e altura. Elas podem pesquisar essas informações nas fichas técnicas ou no
quadro produzido e colado na parede da sala.
O ideal é que cada criança receba, no mínimo, 7 cartas, para que o jogo
fique mais dinâmico. Desse modo, jogando 5 crianças, o baralho deverá ter 35
cartas. Caso o jogo tenha mais cartas, elas deverão ser divididas igualmente
pelos participantes.
Cada criança, na sua vez, deverá escolher uma característica da sua car-
tela. Por exemplo, peso. A criança posicionada à esquerda dirá o peso que
aparece na primeira carta que está em sua mão. Aquela que tiver maior peso
levará todas as cartas. Ganha quem no final tiver mais cartas.
Atentar que, já que as crianças irão escolher a característica que querem
que entre no jogo nesse momento, elas terão que perceber que a melhor
estratégia é escolher o dado numérico maior e isso exigirá conhecimento
sobre animais. Por exemplo, se o aluno tirou uma girafa, é bem provável que
ele escolha a altura, pois certamente não haverá outro animal mais alto que a
girafa; se tirar o elefante ou a baleia, deverá perceber que a melhor estratégia
é escolher o peso, pois certamente o outro jogador não terá um animal mais
pesado na sua cartela.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer características dos animais.
• Comparar grandezas.
• Comparar valores numéricos.

127
PARA CASA

Na Unidade 5, as crianças vão realizar atividades focadas em nomes de


animais. Assim, pode-se sugerir que, em casa, façam uma lista de animais
cujos nomes comecem com a primeira letra de seu nome próprio. Caso
a turma tenha crianças que não dominem o Sistema de Escrita Alfabética,
pode-se propor que desenhem e escrevam os nomes embaixo da imagem,
do jeito que souberem.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Identificar e reconhecer letras do alfabeto.
• Dominar as correspondências entre letras ou grupos de letras e seu
valor sonoro, de modo a escrever palavras e textos.
• Escrever palavras.
• Produzir listas.

128
UNIDADE 5:
TRABALHANDO COM
NOMES DE ANIMAIS
Tempo sugerido: 01 dia

VAMOS DESENHAR?

Nesta unidade, as atividades vão focar nos nomes de animais. Para iniciar,
pode-se retomar a tarefa de casa, para fazer um catálogo com nomes de
animais, tomando como referência os nomes das crianças.
Nas orientações do Livro do Aluno, há indicação de que escrevam seus
nomes no meio da página e, ao redor, façam desenhos de animais que come-
cem com a mesma letra do seu nome. Essas páginas podem ser ordenadas
em ordem alfabética, para serem expostas no dia da exposição.
O livro pode ser digitalizado, para ser enviado às famílias.
Para as crianças que ainda não dominam o Sistema de Escrita Alfabética,
esta atividade pode ser muito boa para a sistematização de letras do alfabeto
e identificação de letras iniciais de palavras, assim como da tomada de cons-
ciência de semelhanças sonoras entre palavras.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Ampliar o conhecimento sobre animais.
• Identificar e reconhecer letras do alfabeto.
• ​Reconhecer ordem alfabética.
• Desenvolver a consciência fonológica.

129
• Dominar as correspondências entre letras ou grupos de letras e seu
valor sonoro, de modo a escrever palavras e textos.
• Escrever palavras.

VAMOS BRINCAR?

Adedonha de animais.
Esta adedonha é uma adaptação da brincadeira tradicional. Dividir a turma
em grupos, sortear uma letra e desafiar os grupos a escreverem a maior
quantidade possível de animais com a letra sorteada em tempo determina-
do. Pode-se usar uma ampulheta para medir o tempo: quando a areia passar
de cima para baixo da ampulheta, o tempo acabou e todos devem parar de
escrever. Lembrar-se da dilação de tempo, conforme demanda apresentada
pelo estudante com deficiência, durante a realização da atividade.
Leia a regra do jogo que está no Livro do Aluno, junto com a turma.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Identificar e reconhecer letras do alfabeto.
• ​Reconhecer ordem alfabética.
• Desenvolver a consciência fonológica.
• Dominar as correspondências entre letras ou grupos de letras e seu
valor sonoro, de modo a escrever palavras e textos.
• Escrever palavras.
• Contar o tempo.

130
VAMOS LER E ESCREVER?

O grupo que fez a maior quantidade de pontos (escreveu o maior número de


palavras diferentes) deve escrever todas as palavras no quadro.
Os demais grupos deverão completar a lista com as palavras que ainda não
tenham aparecido na lista anterior.
A professora/o professor deve refletir com a turma a escrita das palavras.
Os próprios alunos podem ser convidados a informar como determinada pa-
lavra deveria ser escrita.
Incentivar que as crianças escrevam nos seus livros a lista de palavras re-
gistradas no quadro.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Dominar as correspondências entre letras ou grupos de letras e seu
valor sonoro, de modo a escrever palavras e textos.
• Escrever palavras.
• Comparar valores numéricos.

VAMOS CONVERSAR?

Retomar a conversa sobre os animais preferidos das crianças. Questioná-las


sobre os motivos de gostarem destes animais. Listar os nomes dos animais.
Eleger os quatro animais de que as crianças mais gostam. A atividade da
eleição ajuda no trabalho com a consciência de cidadania e democracia, traba-
lha a consciência de que, mesmo que não seja a vontade de alguém específico,
a maioria ganha, explora contagem e comparação.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Escrever palavras.
• Participar de interações orais em sala de aula.

131
• Respeitar os turnos de fala, durante as interações orais.
• Comparar valores numéricos.

VAMOS LER E ESCREVER?

A partir da eleição, construir um gráfico dos animais preferidos.


Para a construção do gráfico, entregar às crianças fichas (pode ser post- it)
do mesmo tamanho (uma para cada criança). Escrever em uma folha de papel
madeira ou 40 kg os nomes dos quatro animais eleitos como os preferidos
da turma e pedir que cada criança cole a sua fichinha acima do nome do seu
animal preferido. Cada uma das crianças deve colar as fichas uma acima da
outra, formando colunas, como no exemplo a seguir:

GATO CACHORRO COELHO PÁSSARO

Colocar um título no gráfico, como, por exemplo: “Animais preferidos da


turma do 2º B”.
Discutir sobre o gráfico criado, comparar as colunas, questionar as crian-
ças sobre o que acham dos resultados. Elaborar, junto com as crianças, pro-
blemas de adição e de subtração, para explorar dados do gráfico. Resolver,
junto com as crianças, os problemas elaborados.
Para tornar o gráfico acessível à criança com deficiência visual, cole cordão
ou outro material semelhante sobre as colunas, de forma que o gráfico fique
em alto relevo.

132
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Desenvolver o raciocínio lógico.
• Construir e interpretar gráficos.
• Comparar valores numéricos.
• Elaborar problemas de adição e de subtração.
• Resolver problemas de adição e de subtração.

PARA CASA

Pedir às crianças que perguntem a seus pais, irmãos, avós, vizinhos curiosidades
sobre animais, para apresentarem na aula seguinte. As curiosidades podem ser
referentes a habitat, alimentação, hábitos, características, dentre outros.

Objetivo
• Ampliar o conhecimento sobre animais de estimação, a partir de
conversa com a família.

133
UNIDADE 6:
DESAFIOS COM ANIMAIS
Tempo sugerido: 01 dia

VAMOS CONVERSAR?

Na primeira rodada, pedir que cada criança apresente a curiosidade que le-
vou sobre um animal. É importante que o professor/a professora leve curio-
sidades para que a turma possa ter elementos para discussão, caso poucos
alunos cumpram a tarefa.
Estimular que contem quem foi a pessoa que lhes ensinou a curiosidade.
Sistematizar com elas o que aprenderam com as curiosidades levadas pe-
los colegas e pela professora ou professor.
Registrar no Livro do Aluno e no quadro, colado na parede da sala, aspec-
tos descobertos a partir das informações.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Sistematizar conhecimentos adquiridos.
• Participar de interações orais em sala de aula.
• Respeitar os turnos de fala, durante as interações orais.

134
VAMOS BRINCAR?

Apresentar o Tangram para a turma.


Contar a lenda do Tangram.
Desafiar as crianças a montarem figuras de animais com o Tangram. Com
as sete peças desse quebra-cabeça, é possível formar uma infinidade de figu-
ras, entre elas, de animais.
Montadas as figuras que estão no Livro do Aluno, escrever os nomes dos
animais e pelo menos uma de suas características.
Explorar as propriedades das formas geométricas que compõem as figuras
formadas. Esse é um recurso que ajuda a desenvolver a percepção espacial, a
construção e a representação de figuras sob diferentes perspectivas, a noção
de posição, a coordenação visomotora e a memória visual.
Atentar para o fato de que algumas figuras têm o contorno das formas e
outras não têm. As que têm o contorno são mais fáceis e as sem contorno
são mais complexas.

135
136
Modelo do Tangram para ampliar, copiar, colar em papel resistente e pedir
para que os alunos pintem e recortem:

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Explorar Geometria por meio do Tangram.
• Explorar propriedades de formas geométricas.

137
VAMOS LER E ESCREVER?

Realizar a leitura do livro “Quem vai ficar com o pêssego?, de Yoon Ah-Hae.
De acordo com o Acervo de Obras Complementares: alfabetização e letra-
mento nas diferentes áreas do conhecimento (2012, p. 28), “na obra Quem
vai ficar com o pêssego?, seis animais disputam um pêssego, e cada um propõe
que seja adotado um critério com o qual vence a disputa. A girafa, o critério
da altura; o rinoceronte, do peso; o crocodilo, da maior boca; o coelho, das
orelhas mais compridas; e o macaco, da cauda mais comprida. A lagarta nota
que vence a disputa se for adotada a ordem crescente em qualquer dos crité-
rios. Assim, a obra aborda comparações de grandezas, sem focar no aspecto
numérico e com destaque para mudanças na escolha do critério. No final,
propõem-se atividades.”
Caso não tenham o livro, podem acessá-lo em um dos endereços eletrônicos:
• https://pt.slideshare.net/ANAPAULALOPES11/livro-quem-vai-ficar-como-o-pessego
• https://pt.slideshare.net/weleslima/quem-vai-ficar-com-o-pssego-41277938

Antes da leitura, contar para as crianças do que trata o livro e desafiá-


-las a pensar qual será o critério de cada animal para ficar com o pêssego.
Incentivar que reflitam sobre as características que mais se destacam em
cada animal. Esse questionamento ajudará as crianças a pensarem em ca-
racterísticas marcantes dos animais e a refletirem sobre as grandezas massa
(peso) e comprimento e sobre ordem crescente e decrescente. Além disso,
poderão refletir sobre o que é possível comparar: massa com massa, com-
primento com comprimento. Não é cabível comparar altura com massa
(peso), por exemplo.
Anotar no Livro do Aluno e no quadro da sala de aula as características
dos animais que aparecem no livro.
Aproveite para chamar a atenção sobre a ilustração do livro. Ela é muito
rica em detalhes e muito delicada. Peça para que vejam detalhes dos tecidos
empregados: a gravata do rinoceronte, a camisa do macaquinho, o cachecol

138
do coelho. Até mesmo a pele do jacaré pode ser vista a partir dessa delica-
deza de representação. Ela explora texturas e se podem ampliar muito as
sensações e o vocabulário na língua materna a partir do conhecimento desse
elemento visual.
Veja com os alunos outros pequenos detalhes, fazendo perguntas como:
O que acompanha sempre o rinoceronte? O que o jacaré tem na cabeça? As
árvores na fala da girafa ganham uma marca. O que significa? Peça para que eles
também formulem perguntas para o grupo ao notarem alguma coisa nova.
Outro aspecto interessante de se notar é o pouco uso da linha de contor-
no que a ilustradora faz. Ela usa as tintas e dá as sensações, por exemplo, do
capim, com as manchas de cor.
Desafie seus alunos a trabalharem um desenho de um animal sem usar a
linha de contorno, usando tintas variadas ou mesmo o lápis de cera. Para os
que tiverem dificuldade, diga que eles podem usar o lápis grafite bem fraqui-
nho, mas que depois você nem vai querer ver que foi usado. Será um bom
exercício para eles. O que delimita a forma não é só a linha de contorno, mas
a cor e a textura, entre outros.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Ler textos com autonomia.
• Compreender textos lidos por outra pessoa.
• Antecipar sentidos e ativar conhecimentos prévios relativos aos textos
a serem lidos pelo professor ou pelas crianças.
• Comparar grandezas.
• Contar elementos.
• Explorar ordem crescente e decrescente.
• Ampliar sensações a partir da análise de elementos visuais
e texturas distintas.

139
PARA CASA

Solicitar que as crianças procurem imagens (fotografias, ilustrações, dese-


nhos...) de animais selvagens. Antes disso, converse rapidamente sobre o que
é um animal selvagem. Diga que, se não encontrarem, podem desenhar.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Ativar conhecimentos prévios sobre animais selvagens.
• Classificar animais.

140
UNIDADE 7:
COMPARANDO ANIMAIS
DOMÉSTICOS E SELVAGENS
Tempo sugerido: 01 dia

VAMOS BRINCAR?

Jogar trilha dos animais domésticos e selvagens. O objetivo desse jogo é con-
versar sobre animais domésticos e selvagens.
Traçar no chão uma trilha em tamanho grande, para que as crianças possam
avançar nas casas com seus corpos. Você pode solicitar a ajuda dos alunos para
a organização do jogo. A trilha pode ser feita com bambolês ou desenhada
em giz, caso o piso ofereça condições. Mas também pode ser feita de papel
madeira, com formatos diferenciados. Os alunos também podem construir o
dado, que pode ser feito a partir de uma caixa em formato de cubo. Peça para
que eles pintem e coloquem a numeração, com bolinhas pintadas ou coladas.
Elaborar questões que desafiem a sua turma a comparar animais que vi-
vem nas matas e animais que vivem em casa.
Os participantes irão jogar o dado, para definirem a quantidade de casas
que deverão avançar. Em algumas casas haverá uma pergunta ou curiosidade
referente às características de animais domésticos e selvagens. Por exemplo:
“Vive em florestas”; “Tem seu comportamento modificado pelo convívio com
os humanos”. Em outras casas, podem ser colocados obstáculos, como, por
exemplo: “Avance duas casas”, “Perca uma jogada” etc.
O participante que acertar a resposta tem direito a mais uma jogada, ape-
nas. Posteriormente, passa a vez para o próximo participante.

141
O objetivo do jogo é chegar ao final da trilha primeiro que os adversários,
acertando as perguntas.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer características dos animais e seus habitats.
• Ampliar o conhecimento sobre animais de estimação e selvagens.

VAMOS CONVERSAR?

Após o jogo, perguntar para as crianças o que descobriram sobre os animais


domésticos e selvagens.
Pode-se questionar se as crianças descobriram coisas novas, que ainda
não sabiam.
Nessa conversa, elas também podem socializar as imagens que coletaram
como tarefa de casa, discutindo se realmente são animais selvagens. Após
socializarem, as crianças podem organizar um painel com o material.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Sistematizar conhecimentos adquiridos.
• Produzir painel.

VAMOS LER E ESCREVER?

Solicitar que os alunos acrescentem no Livro do Aluno as novas descobertas


que ainda não tinham sido registradas.

O principal objetivo de aprendizagem desta seção é:


• Sistematizar conhecimentos adquiridos.

142
PARA CASA

Solicitar que as crianças conversem com familiares ou vizinhos sobre quais


animais eles viam quando eram crianças e que hoje não encontram ou en-
contram pouco.

O principal objetivo de aprendizagem desta seção é:


• Ampliar o conhecimento sobre animais de estimação, a partir de
conversa com a família.

143
UNIDADE 8:
APRENDENDO A RESPEITAR
OS ANIMAIS
Tempo sugerido: 5 dias

VAMOS CONVERSAR?

A conversa inicial desta unidade objetiva introduzir reflexões sobre a extinção


dos animais e sobre o pouco contato que as pessoas que moram em centros
urbanos têm com os animais. No caso das crianças que têm esse contato, po-
dem-se levar informações através de imagens de centros urbanos em que isso
não acontece. Objetivos atitudinais de valorização da natureza e de mudanças
no modo de interagir com o meio ambiente são centrais nesta unidade.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Ativar conhecimentos prévios sobre a extinção de animais.
• Desenvolver sentimentos positivos em relação aos animais (respeito,
proteção, cuidado).
• Refletir sobre a situação dos animais em extinção.
• Participar de interações orais em sala de aula.
• Respeitar os turnos de fala, durante as interações orais.

VAMOS LER E ESCREVER?

Em revistas científicas para crianças, como a Ciência Hoje das Crianças, e na


internet, é possível encontrar artigos sobre animais em extinção. Pode-se

144
sugerir que as crianças pesquisem textos sobre o assunto, para lerem em
sala de aula.
Após as crianças realizarem o levantamento, pode-se socializar entre elas
o que encontraram. A leitura dos textos pode ser feita durante os cinco dias
desta unidade. Cada dia podem-se ler coletivamente dois textos e discuti-los.
Por fim, pode-se solicitar que, individualmente, as crianças façam uma lista
dos animais em extinção. Durante a escrita, pode-se passar nas bancas das
crianças, mediando a escrita das palavras, refletindo sobre as correspondên-
cias grafofônicas. Ao final, pode-se fazer uma lista coletiva com todas as pala-
vras escritas pelas crianças.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Ler textos com autonomia.
• Compreender textos lidos por outra pessoa.
• Sistematizar conhecimentos adquiridos.
• Desenvolver sentimentos positivos em relação aos animais (respeito,
proteção, cuidado).
• Desenvolver a consciência fonológica.
• Dominar as correspondências entre letras ou grupos de letras e seu
valor sonoro, de modo a escrever palavras.
• Escrever palavras.
• Produzir listas.

VAMOS ASSISTIR?
Assistir com as crianças a uma entrevista sobre animais, disponível em:
• www.youtube.com/watch?v=lOxZyhzrjZE
Depois, conversar sobre o conteúdo da entrevista e sobre o gênero: fina-
lidade, papéis exercidos pelos participantes, modos como interagem, veículo
de divulgação da entrevista, dentre outros aspectos importantes.

145
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Participar de interações orais em sala de aula.
• Respeitar os turnos de fala, durante as interações orais.
• Conhecer o gênero entrevista, compreendendo suas finalidades,
formas composicionais e estilos, assim como as práticas sociais em que
tais gêneros circulam.

VAMOS REALIZAR ENTREVISTAS?

Planejar junto com os alunos uma entrevista a alguém que trabalhe com
proteção dos animais ou com questões relacionadas a animais em extinção
e/ou abandono.
Combinar com as crianças o antes, o durante e o depois da entrevista.
Quem será entrevistado? Planejar com as crianças o que será perguntado,
o que elas gostariam de saber? Que tipo de informação o entrevistado pode-
ria dar sobre os animais?
Organizar o momento da entrevista. Cada criança fará uma pergunta na
sua vez. A entrevista será gravada, para que cada criança possa transcrever a
resposta dada à pergunta elaborada.
É importante, nesse momento, que o professor incentive e motive as
crianças para se envolverem no planejamento e no momento da entrevista.
As crianças devem compreender que a ação do homem pode ser de
preservação ou de destruição da natureza. Esse é um tema que deve estar
presente na entrevista.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Desenvolver sentimentos positivos em relação aos animais (respeito,
proteção, cuidado).
• Refletir sobre as consequências da intervenção do homem na natureza.
• Refletir sobre a situação dos animais em extinção.

146
• Conhecer, refletir e produzir entrevista, compreendendo suas
finalidades, formas composicionais e estilos, assim como as práticas
sociais em que tal gênero circula.

VAMOS LER E ESCREVER?

Preparar o convite para o entrevistado. Levar alguns convites para a sala de


aula, para ler com as crianças e perceber as características desse gênero.
Verificar com elas a estética do convite, sua arrumação e o tipo de letra.
Enviar o convite para a pessoa a ser entrevistada.
Depois da entrevista, discutir com a turma sobre o abandono e os maus-
tratos que os animais sofrem, além de abordar aspectos sobre os animais em
extinção: Quais animais estão em extinção? O que fazer para preservá-los?
Registrar as descobertas e as entrevistas, para serem socializadas na exposição.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Desenvolver sentimentos positivos em relação aos animais (respeito,
proteção, cuidado).
• Refletir sobre as consequências da intervenção do homem na natureza.
• Refletir sobre a situação dos animais em extinção.
• Conhecer, refletir e produzir convite, compreendendo suas
finalidades, formas composicionais e estilos, assim como as práticas
sociais em que tal gênero circula.

PARA CASA

Como preparação para a produção do livro, pode-se solicitar que as crianças


releiam em casa um artigo sobre animais em extinção, dentre os que foram
lidos em sala, e discutam sobre o texto com alguém que mora com elas ou

147
com algum vizinho. Essa atividade ajudará as crianças a entenderem mais
sobre como farão os textos desse livro. Quanto às crianças que ainda não
dominam as correspondências grafofônicas, diga que podem pedir ajuda de
alguém que saiba ler. A pessoa pode ler para elas e discutir.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Ler textos com autonomia.
• Compreender textos lidos por outra pessoa.
• Desenvolver sentimentos positivos em relação aos animais (respeito,
proteção, cuidado).
• Refletir sobre as consequências da intervenção do homem
na natureza.
• Refletir sobre a situação dos animais em extinção.

VAMOS PRODUZIR UM LIVRO?

Na Unidade 1 desta sequência, foi combinado com as crianças que elas iriam
produzir dois livros, a serem lançados no dia da exposição. O primeiro livro
é o dicionário com fichas técnicas sobre animais, elaborado na Unidade 4.
O segundo pode ser produzido nesta unidade, para tratar dos animais em
extinção. Para tal, pode-se partir da lista que as crianças produziram e dos
artigos que leram. Pode-se propor que cada dupla de crianças escreva um
artigo sobre um dos animais para compor o livro.
Antes da atividade de escrita propriamente dita, é importante refletir
sobre o gênero que as crianças produzirão: artigo de divulgação. Podem-se
reler uns dois artigos e listar as características encontradas coletivamente:
finalidade, forma composicional, estilo do gênero.
Depois, pode-se fazer a revisão dos textos coletivamente e elaborar a
capa, o Sumário, a Apresentação e as Referências Bibliográficas.

148
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Desenvolver sentimentos positivos em relação aos animais (respeito,
proteção, cuidado).
• Refletir sobre as consequências da intervenção do homem na natureza.
• Refletir sobre a situação dos animais em extinção.
• Dominar as correspondências entre letras ou grupos de letras e seu
valor sonoro, de modo a escrever textos.
• Conhecer e produzir um artigo de divulgação e refletir sobre ele,
compreendendo sua finalidade, forma composicional e estilo, assim
como as práticas sociais em que tal gênero circula.
• Compreender as partes que compõem um livro: capa, Apresentação,
Sumário, Bibliografia.

VAMOS BRINCAR?

Antes de iniciar o jogo, leia com os alunos o poema “Alfabeto Animal”, de João
Carlos Sá Teles (João Bani). O poema foi escrito por João Bani originalmente
em 1994, para seus filhos, com o título “ABC da Fauna”. Em 2018, Bani adaptou
o poema para fazer parte de um jogo destinado à alfabetização, apresentado
na disciplina Português I do curso de Pedagogia/UFPE.

Alfabeto Animal - João Carlos Sá Teles (João Bani)


Este é o alfabeto que vamos apresentar
de animais da nossa fauna que temos de preservar
habitam nossas florestas, voam pelo nosso céu
nadam no fundo dos rios de norte a sul do Brasil
reinam nos nossos mares e temos que proteger
Essa fauna brasileira, preciosa de A a Z

149
A de Arara, de algazarra que é toda colorida
quando um par delas se casa, fica junto toda a vida.

B de Boto, que nas lendas, até ganha forma humana


Vive nadando nos rios do Estado do Amazonas

C de Cotia, dentuça e também muito elegante


com suas canelas finas lá vai ela saltitante
Se você tirou a CAPIVARA, que começa com o C de Cotia
Devolva a sua carta e venha buscar outro dia!

D de Doninha Amazônica, animalzinho arisco,


De pelo apreciado, sua vida corre risco

E de Ema, a pernalta, de penas tão cobiçadas


Hoje vive em cativeiro. Solta, raramente é encontrada

F é de Flamingo, que é também Ganso-do-Norte


Precisamos protegê-lo, não o deixar à própria sorte

G de Gato-do-mato, Maracajá
Caçador, de tão caçado, é difícil de encontrar

Você tirou G de Guará, o lobo, tímido e recatado


Se você tem o Gato-do-mato, seu jogo está congelado.

H nos lembra a Harpia, ou Gavião-de-penacho


Voando de muito alto, vê tudo que está lá embaixo

I de Inhambu Chitã, que é também Chororó

150
Seu canto lembra um lamento, a gente até sente dó

J de Jacaré, o que tem barriga amarela


Andam caçando o bichinho para fazer cinto e fivela

L de Lontra, aquela, que é prima menor da ariranha


Enquanto tiver fome, muitos peixes ela apanha

M do Mico-Leão dourado, que todo mundo conhece


E se nos cativa tanto, a vida ele merece!

N de Negrinho-do-Mato, um tipo de passarinho


Que assim como outros tantos, vai sumindo de mansinho

O de Onça, Onça-pintada, ou Canguçu, Jaguar


Maior gata brasileira, vive na mata a caçar
Porém vem sendo caçada e quase exterminada, sofrendo com as queimadas
Se você tirou a Onça, proteja sua carta e a mantenha por duas rodadas

P de Peixe-boi, aquele, que não é boi nem é peixe


Não o persiga nem mate, apenas nas águas o deixe

Q de Quati, narigudo, com seus filhotes no lombo


Cuidado, quatizinho, para não levar um tombo!

R de Roedores, como o Rato-do-Mato


Na floresta ele também é alimento do gato
S de Sussuarana, ou Onça-parda, o Puma
Se nós não a protegermos, não sobrará mais nenhuma

151
T de Tamanduá-bandeira
Ameaçado, resiste no cerrado brasileiro
Se alimenta das formigas que cava nos formigueiros

U de Uacari, macaco, careca e com grande testa


Nós temos que preservar o pouco que ainda resta

V de Veado-campeiro, que fugindo das queimadas


Se arrisca a morrer nas cercas, ou por balas disparadas

X de Xexéu, um pássaro preto e também amarelo


Imita o canto de outros, mas seu canto é muito belo

O Z é de Zabelê, que canta ao anoitecer


Mais uma espécie de ave que temos que proteger

Após a leitura do poema, apresente aos alunos as imagens dos animais


que são mencionados no texto, para que eles identifiquem cada um antes de
iniciar o jogo.
O jogo “Memória Animal” foi criado por Dayse Moura, João Carlos Teles
de Sá, Josiéllen Priscila de Lira Félix e Maria Isabel Francisco da Silva.

Obs: As regras do jogo aparecem no Livro do Aluno.

Preparando o jogo:
O jogo terá 03 tipos de cartas: um grupo será composto por imagens
dos animais que aparecem no poema; outro grupo, pelos versos do poema,
com uma lacuna na letra inicial; por exemplo, ___ de Tamanduá Bandeira.
Ameaçado, resiste no cerrado brasileiro. Se alimenta das formigas que cava
nos formigueiros; por fim, um último grupo de cartas terá as letras do alfabeto.

152
• As cartas devem ser organizadas separadamente (as cartas com as letras
do alfabeto e as cartas com os versos do poema viradas para baixo). No
quadro ficarão expostas as imagens dos animais, em ordem alfabética.
• Ler junto com os alunos as regras do jogo.
• De acordo com o nível de alfabetização de cada criança, se faz
necessária a mediação do professor para a leitura da carta rimada que
contém a descrição do animal.
• Na ordem da jogada, cada criança vira uma carta do grupo da carta
rimada que lerá junto com o professor, nomeando qual será a primeira
letra. Após a nomeação, deverá levantar uma carta do grupo da letra
do alfabeto. Se coincidir a letra com a carta, o jogador retirará as duas
do jogo; caso não seja a carta desejada, ambas deverão ser devolvidas.
• Ao terminar o jogo, as crianças devem localizar no quadro a imagem
dos animais e montar o poema.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Ler textos com autonomia.
• Compreender textos lidos por outra pessoa.
• Desenvolver conhecimentos fonológicos.
• Desenvolver sentimentos positivos em relação aos animais (respeito,
proteção, cuidado).
• Refletir sobre as consequências da intervenção do homem na natureza.
• Refletir sobre a situação dos animais em extinção.

VAMOS LER?

Fazer uma apresentação de jogral a partir do poema. Pode ser bem interes-
sante, pois os alunos vão precisar ler diante de pessoas de fora da sala de aula.
Nossa sugestão é que a turma toda seja dividida em três grupos, para ler a
primeira parte do poema:

153
Grupo 1
Este é o alfabeto que vamos apresentar
De animais da nossa fauna que temos de preservar

Grupo 2
Habitam nossas florestas, voam pelo nosso céu
Nadam no fundo dos rios de norte a sul do brasil

Grupo 3
Reinam nos nossos mares e temos que proteger
Essa fauna brasileira, preciosa de A a Z

Depois, o professor/a professora pode ir dividindo com os alunos os ver-


sos das letras e animais – de A a Z.
Uma maneira de dividir daí por diante é dar um verso para cada aluno ler,
e ir intercalando a leitura dos grupos.
O professor/ a professora pode criar outras maneiras para que todos par-
ticipem dessa apresentação de leitura do poema.
Pensar um figurino para a apresentação pode proporcionar muita aprendi-
zagem também para os alunos.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Ler textos com autonomia.
• Conhecer características dos animais e seus habitats.
• Desenvolver sentimentos positivos em relação aos animais (respeito,
proteção, cuidado).
• Refletir sobre as consequências da intervenção do homem na natureza.
• Refletir sobre a situação dos animais em extinção.
• Identificar e reconhecer letras do alfabeto.
• ​Reconhecer ordem alfabética.
• Produzir jogral.

154
UNIDADE 9:
ORGANIZANDO A EXPOSIÇÃO
SOBRE OS ANIMAIS
Tempo sugerido: 05 dias

VAMOS BRINCAR?

Forca de animais: O jogo da Forca pode ser feito com duas ou mais pessoas.
Um dos participantes pensa em uma palavra e escreve um tracinho para cada
letra dessa palavra. O adversário diz uma letra e, se estiver certa, o colega
coloca a letra no seu respectivo lugar na palavra (se houver repetições de le-
tra, colocar todas); se estiver errada, desenha uma parte do corpo na “forca”
(cabeça, tronco, um braço, outro braço, uma perna, outra perna, mãos, pés
– os participantes decidem quais partes do corpo valem). O ganhador será o
aluno que pensou na palavra, se o corpo for formado antes que o adversário
acerte a palavra; o ganhador será o participante que está adivinhando, se
conseguir formar a palavra antes que o corpo todo seja desenhado.
Variação: Pode-se dar uma dica ou fazer uma pergunta, para que as crianças
encontrem a palavra que responde a essa dica/pergunta. Por exemplo, um
animal mamífero e selvagem. Outra variação é, ao invés de se trabalhar com
letras, trabalhar com sílabas.
(Jogo adaptado do Catálogo de Jogos Interdisciplinares no Ciclo de Alfabetização, pp.26-27).

No fim da partida do Jogo da Forca, refletir com as crianças sobre as pa-


lavras, a quantidade de letras, quantidade de sílabas, sequência de letras em
determinadas palavras, letras repetidas em uma mesma palavra etc.
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Compreender as partes que compõem as palavras: sílabas e fonemas.
• Identificar e reconhecer letras do alfabeto.
• Dominar as correspondências entre letras ou grupos de letras e seu

155
valor sonoro, de modo a escrever palavras e textos.
• Escrever palavras.
• Compreender que palavras diferentes compartilham certas letras.
• Perceber que palavras diferentes variam quanto ao número, o
repertório e a ordem de letras.

VAMOS CONVERSAR?

Converse com as crianças para saber o que elas conhecem sobre uma expo-
sição. Enumere com elas exposições que tenham acontecido na cidade e que
elas podem ter visto. Durante a conversa, leve-as a entender os objetivos de
diferentes exposições e como elas são organizadas.

Objetivo
• Conhecer uma exposição.

VAMOS LER?

Oriente os alunos a fazer uma pesquisa na internet sobre exposições. Procure


com eles imagens de diferentes exposições e leia com eles as legendas. Se eles
encontrarem notícias ou artigos sobre as exposições, leia e converse sobre os
textos, para que entendam o que é uma exposição e suas finalidades.
Durante a discussão sobre as exposições, saliente que as pessoas falam so-
bre o que estão expondo. Converse com eles sobre o que é importante para
uma boa exposição oral. Procure na internet textos que falem sobre isso ou
mesmo exemplos de exposição oral.
Sugestões:
• https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/exposicao-oral-sala.htm
• https://novaescola.org.br/conteudo/315/oralidade-a-fala-que-se-ensina

156
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Ler textos com autonomia.
• Compreender textos lidos por outra pessoa.
• Conhecer uma exposição.

VAMOS ORGANIZAR UMA EXPOSIÇÃO?

Pergunte o que os alunos aprenderam sobre os animais que acham importan-


te aparecer na exposição.
Converse com eles sobre o que é uma exposição oral e sobre como eles
devem se comportar durante a apresentação. É importante lembrar para eles
que a apresentação será feita para a comunidade e para os familiares, e qual
será a finalidade da exposição (essa informação ajudará a criança a elaborar
melhor o que poderá ser dito). Informe onde será realizada a exposição; qual
material eles terão disponíveis e quais eles precisarão construir.
Converse sobre a data e o horário em que acontecerá o evento.
Informe que, nesse momento, eles começarão a organizar o que será ex-
posto na exposição.
Comece planejando o que será necessário fazer para organizar a exposição:
• Convite para as famílias (informar o acontecimento, data/hora e local).
• Cartazes para colocar na escola, convidando a comunidade escolar
para participar do evento.
• Convocação para os alunos planejarem desde a organização do local
até as diferentes maneiras de expor todo o material produzido ao
longo da sequência, dentro das possibilidades da escola.
• Listar com eles tudo o que será exposto, fazendo um levantamento
do que eles produziram: vídeo, livros, painéis...
• Expor os murais e quadros organizados pelos alunos em um espaço
previamente organizado para visitação. Aproveitar para anexar fotos
das visitas realizadas, os desenhos e máscaras produzidas.

157
• As crianças devem escrever no Livro do Aluno o que ficou decidido
durante o planejamento.
• Não esqueça que, para uma boa exposição, é necessário ensaiar o que
os alunos dirão, ressaltando que eles não precisam ficar lendo, pois
eles sabem o que fizeram e podem falar de seu jeito. Marque o dia do
ensaio das apresentações.

A exposição pode ser aberta e todos os participantes podem ser convida-


dos para cantar e brincar junto com a Ciranda dos Bichos. Devem decidir o
horário de apresentação da leitura do poema.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer o gênero exposição oral, compreendendo sua finalidade,
forma composicional e estilo, assim como as práticas sociais em que
tal gênero circula.
• Planejar a organização de uma exposição.

158
UNIDADE 10:
AVALIANDO AS APRENDIZAGENS
Tempo sugerido: 01 dia

VAMOS CONVERSAR?

Converse com as crianças sobre a exposição:


• O que eles acharam?
• O que elas fizeram que poderia ter sido diferente?
• Como foi a interação com o público?
• E sobre o trabalho desenvolvido nas aulas? O que aprenderam? O que
mais gostaram de fazer?

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Sistematizar os conhecimentos adquiridos.
• Participar de interações orais em sala de aula.
• Respeitar os turnos de fala, durante as interações orais.

VAMOS LER E ESCREVER?

Peça que as crianças registrem no caderno as principais experiências adquiri-


das ao longo da Sequência Didática.

Objetivo
• Sistematizar os conhecimentos adquiridos.

159
VAMOS BRINCAR?

Produzir um jogo da memória com animais.


O jogo será diferente dos que geralmente conhecemos, pois em uma
cartela terá a figura do animal, e na cartela correspondente terá uma ca-
racterística marcante desse animal (de preferência uma característica que o
diferencie de todos os demais animais que estão no jogo, para que não haja
dúvida de qual é o par daquela cartela).
Prepare o jogo com a turma. Já leve para a sala de aula as fichas de car-
tolina ou papel guache recortadas e com figuras de animais coladas. A ficha
que complementa o jogo, com a característica do animal, será produzida pela
turma. Por exemplo, para uma ficha com a figura de um gato, entregue uma
ficha em branco e discuta com a turma qual é a característica mais marcante
desse animal. Incentive que as crianças escrevam nas fichas as características.
As peças ficam arrumadas em fileiras e em colunas e com as imagens vi-
radas para baixo. A cada vez que um participante for jogar, ele deverá tentar
adivinhar onde estão as peças correspondentes (animal e sua característica),
desvirando duas das cartelas que estão emborcadas. Caso acerte, o partici-
pante leva as cartelas consigo; caso erre, vira novamente as cartelas e passa a
vez para outro jogador. No final do jogo, vence o participante que possuir o
maior número de pares formados. Essa variação do jogo, além de estimular a
memória e a organização espacial, explora características de animais já traba-
lhadas pela turma e a leitura das características dos animais.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer características dos animais e seus habitats.
• Ler com autonomia.
• Explorar a memória, a organização e a percepção espacial.

160
HISTÓRIAS E
SEUS HERÓIS
SEQUÊNCIA:
HISTÓRIAS E SEUS HERÓIS
Tema: HISTÓRIAS E SEUS HERÓIS
Tempo: em torno de 60 dias (3 meses)
Etapa de escolaridade: pode ser desenvolvida pelas crianças do 1º ao 3º ano
concomitantemente, tendo a culminância conjunta.
Culminâncias: produção de um livro de contos; apresentações de peças de
teatro de bonecos; apresentação final de peça de teatro a partir de texto
coletivo e de montagem do grupo classe.

OBJETIVOS

• Expressar-se com autoria a partir das linguagens artístico-estéticas,


mais especificamente das Artes Visuais e do Teatro.
• Contar histórias de diferentes maneiras.
• Refletir sobre como reagimos à exposição de nossas ideias.
• Jogar a partir das propostas em sala de aula.
• Vivenciar e refletir sobre situações de brincadeiras e jogos teatrais.
• Mobilizar conhecimentos prévios.
• Verificar suas expectativas em relação ao trabalho.
• Emitir opinião sobre as questões apresentadas.
• Refletir sobre a narrativa, o texto narrativo.
• Identificar personagem em diferentes textos narrativos.
• Identificar personagem principal de uma história.
• Caracterizar personagem.
• Produzir imagens (desenho ou montagem), realizando análise acerca
dos efeitos de sentido identificados.
• Produzir contos orais, contemplando a criação de personagem.

165
• Produzir livrinhos de histórias e de roteiros de teatro.
• Produzir textos orais de diferentes gêneros: conversa, entrevista, discussões.
• Produzir textos escritos de diferentes gêneros.
• Construir, ler e interpretar gráficos.
• Explorar a geometria por meio de movimentos do corpo.
• Apresentar produções artístico-estéticas.
• Elaborar roteiros para diferentes textos.
• Produzir imagens visuais e cênicas articuladas a textos verbais,
constituindo sentidos pretendidos.
• Montar apresentações de teatro.
• Exercitar a linguagem oral e escrita, organizando o pensamento para
falar e escrever narrativas de sua autoria, particularmente em textos
dramáticos.
• Ler textos de diferentes gêneros, compreendendo que podem
provocar diversos sentidos, pois são polissêmicos.
• Praticar a escuta atenta em situações de conversa, exposição,
entrevista, discussão, instrução de brincadeiras, sendo capaz de
compreender e analisar criticamente o que é dito.
• Refletir sobre as características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados, e estruturas
composicionais dos gêneros orais mais formais (exposição, entrevista)
e planejar os textos.
• Revisar textos de diferentes gêneros, durante o processo de escrita.
• Planejar a escrita de textos de diferentes gêneros, antes do início da
escrita e durante o processo de escrita.
• Responder a questões, mobilizando conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.
• Refletir sobre os direitos de pessoas com deficiência.
• Avaliar constantemente suas produções.
• Organizar eventos, considerando finalidades, participantes, espaço.

166
ESTRUTURA DA SEQUÊNCIA

Trabalhar a partir do tema “histórias e seus heróis” tem tudo a ver com
o universo infantil. As crianças são tanto atraídas pelos heróis e vilões e
seus feitos, quanto gostam de contar e ouvir histórias, sejam elas dos mais
diferentes gêneros. A nossa intenção é mobilizar os alunos e alunas a per-
ceberem diferentes saberes relacionados ao texto narrativo, através de vi-
vências lúdicas e prazerosas, com foco, sobretudo, em diferentes linguagens
artísticas, com ênfase nos contos, nos roteiros para teatro, nas histórias em
quadrinhos e nas tirinhas.
Desse modo, textos desses gêneros serão lidos e produzidos com diferen-
tes objetivos: deleite, reflexão sobre suas características, pesquisas e organi-
zação de apresentações teatrais.
A ludicidade deve ser marca do trabalho no Ciclo de Alfabetização. O
brincar nessa fase de apropriação de conhecimento deve ser estimulado, pois
ele estrutura, é caminho de presentificação, é espaço de compreensão de
mundo (GARDNER, 1997). Assim, em todas as unidades, o brincar está presente
na forma de exercícios e jogos corporais.
Esta sequência didática também está relacionada fortemente com a lin-
guagem teatral, a qual abre espaços de jogo, de invenção. Ela propicia o
exercício do perceber, pensar, sentir e agir, possibilitando caminhos para a
autoria de pensamento (FERNÁNDEZ, 2001), pois coloca o aluno constante-
mente em situações em que precisa construir alternativas para a resolução
de problemas. É prática criadora, pois envolve imaginação, transformação
e inventividade.
O caminho que escolhemos foi o do contar histórias. Assim, um dos pro-
dutos da sequência é um livro de histórias. Optamos também por propiciar
experiências com o teatro de bonecos, iniciando por uma máscara, indo para
o boneco de vara, o de mão, o fantoche – de meia ou sucata –, o boneco a
partir de formas inanimadas, o boneco de manipulação direta. Depois, pro-
pomos o trabalho de cada aluno passar a ser um ator.

167
Assumimos, então, como um dos nossos objetivos, o de levar a criança a
ler e escrever a partir das vivências teatrais. Assim, a maioria das unidades vai
pedir a leitura e a escrita do aluno.
Além das brincadeiras, jogos dramáticos e teatrais serão usados. Algumas
outras atividades que vão concorrer para a compreensão e efetivação das
aprendizagens são: a criação de história em quadrinhos, a entrevista, a iden-
tificação de figuras, a construção de conceitos, a elaboração de cartazes, a
montagem de painel e de exposições das produções.
Há, ainda, em todas as unidades, atividades que favorecem aprendizagens
relativas ao funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética ou de sua conso-
lidação. Predominam, neste caso, os jogos, que além de promoverem refle-
xões sobre o sistema notacional, familiarizam as crianças com um vocabulário
relativo ao campo semântico do tema estudado.
Esperamos que você, professor ou professora, aproveite com os alunos
essas atividades, criando em você mesmo(a) espaços de alegria e de ideias.
A sequência didática está organizada em dez unidades:

Unidade 1: Começando a nossa conversa – Você sabe contar histórias?


Unidade 2: Os personagens das histórias
Unidade 3: Os personagens das histórias em quadrinhos e dos games
Unidade 4: (Re)conhecendo os heróis
Unidade 5: E os vilões, onde ficam?
Unidade 6: Resgatando lendas e mitos
Unidade 7: Conhecendo histórias para encenar
Unidade 8: Escrevendo histórias para contar e histórias para encenar –
textos dramáticos
Unidade 9: Conhecendo mais sobre o texto dramático
Unidade 10: Montando nossa peça de teatro

168
AVALIAÇÃO

Avaliar é sempre necessário, pois nos fornece elementos para reordenarmos


nossas ações pedagógicas. Assim, a avaliação das vivências desta sequência di-
dática deve ser processual. Isso significa que todas as etapas podem ser vistas
como instrumentos de possível verificação e devem contar para que você tenha
condições de mediar conhecimentos para que o aluno continue aprendendo.
Estaremos trabalhando com o corpo, com atividades teatrais; com a pro-
dução de bonecos e outros suportes para a ação dramática; com a escrita
criativa. Todas elas devem passar por avaliação.
A aquisição de conceitos é um dos objetos da nossa avaliação. Vamos
encontrar, na Unidade 1, a necessidade de discutir sobre textos narrativos;
nas Unidades 2 e 3, a construção de definição de personagem; vamos refletir
sobre heróis e vilões, nas Unidades 2, 3, 4 e 5; vamos precisar compreender o
que é lenda e como essas narrativas podem se tornar base para a criação de
personagens e histórias. Na Unidade 7, passamos a tratar do reconhecimento
dos lugares em que podemos ver apresentados enredos; na Unidade 8, pas-
samos a pensar sobre as diferentes maneiras de escrever o texto dramático
e os demais textos narrativos. Ainda pode ser objeto da nossa avaliação a
compreensão da estrutura do texto teatral, na Unidade 9, e o distinguir das
funções dos diferentes “atores” que se envolvem na realização de uma pro-
dução teatral, que vamos encontrar na Unidade 10.
A realização das vivências e práticas deve ser outro objeto da nossa ava-
liação. Trabalhar com a Arte favorece: o raciocínio espacial, que nos leva a
desenvolver a organização de ideias; a teorização de causa e efeito; a interpre-
tação e a representação simbólica. É na produção, no fazer, que exercitamos
e ampliamos a imaginação, a inventividade e o pensamento criativo. Assim, va-
mos contar e ouvir muitas histórias, desenhar e representar. Os alunos terão
a oportunidade de montar três livrinhos nas Unidades 1, 4 e 8; vão construir
e manipular vários tipos de bonecos, dos mais simples ao mais elaborado – o
boneco de manipulação. Avaliam-se aí não os resultados, mas a participação,

169
o engajamento aos projetos, a motivação e a persistência. Verificam-se os
aspectos do pensamento criativo ligados ao fazer: a sensibilidade à captação
de problemas, a redefinição e o rearranjo, a coerência de organização.
Nos jogos e exercícios teatrais, vamos trabalhando a consciência corporal,
iniciando por brincadeiras populares, como o brincar de estátua, e apresen-
tando atividades que afetam e pedem mais da presentificação do aluno. Aqui
se pode acompanhar a ação e o conhecimento colaborativo, o respeito ao
outro, como também o engajamento.
Um último objeto de avaliação em Arte é o dos valores e das atitudes.
Já citamos algumas, mas o desenvolvimento da empatia e da generosidade
na escuta e na análise do trabalho dos colegas são aspectos a estimular, ao
mesmo tempo em que devemos trabalhar atitudes simples de limpeza e orga-
nização em sala. Deixe esses aspectos bem claros para que os alunos possam
também ir se autoavaliando.
Ao final de cada unidade, as crianças farão a avaliação considerando tanto
as atividades vivenciadas quanto as aprendizagens efetivadas. É importante
deixá-las falar livremente, de modo que possam expor seus pontos de vista e
aprendam a respeitar os pontos de vista dos colegas.
A autoavaliação não pode também deixar de ser realizada sempre.
Perguntas envolvendo o modo de participação do aluno nas atividades in-
dividuais e em grupo; a realização dos diferentes tipos de produções; sua
colaboração e consideração com o professor e colegas; sua organização e
cuidado com os materiais de sala de aula poderão levá-lo a refletir sobre seus
fazeres e saberes, acrescentando em muito a visão de si mesmo.
Então, o aluno deverá ser avaliado pelo professor, pelo grupo classe e por
si mesmo, sempre como registro de conquistas e das dificuldades encontra-
das. Para verificação ao longo do processo, vamos ter o próprio Livro do
Aluno como documento e os exercícios em sala de aula. Ao final, teremos as
apresentações e exposições em sala de aula e para a comunidade.

170
E terá as seguintes seções:

Unidades
Seções
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Vamos brincar? X X X X X X X X X X

Vamos conversar? X X X X X X X X X X

Vamos desenhar? X X X X

Vamos ler? X X X X X X

Vamos ler
X X X X X X X X
e escrever?

Vamos realizar
X
entrevista?

Vamos contar
X X X X
e ouvir histórias?

Vamos assistir? X X X X

Para casa X X X X X X X X X X

Vamos produzir
X X X
um livro?

Vamos fazer
X X X X X X X
teatro?

Vamos organizar
X
uma exposição?

171
UNIDADE 1:
COMEÇANDO A NOSSA CONVERSA
VOCÊ SABE CONTAR HISTÓRIAS?
Tempo sugerido: 3 dias

VAMOS CONVERSAR?

Converse com as crianças sobre o contar histórias, perguntando se elas co-


nhecem muitas ou poucas e já perguntando a cada uma delas qual a história
favorita de cada uma. Pergunte quem foram as pessoas que já contaram histó-
rias para elas, se essas pessoas estavam lendo ou se contaram sem ler.

Os principais objetivos de aprendizagem desta primeira seção são:


• Refletir sobre a narrativa, o texto narrativo.
• Mobilizar conhecimentos prévios.

VAMOS CONTAR E OUVIR HISTÓRIAS?

Os alunos vão precisar lembrar-se da narrativa da história. Ajude-os a ir or-


ganizando o início, o meio e o final dela. Caso algum aluno não queira contar
toda a história, pergunte se outro aluno escolheu a mesma história e propo-
nha que os dois façam juntos a narrativa oralmente.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Refletir sobre a narrativa, o texto narrativo.
• Contar histórias.

172
VAMOS DESENHAR?

Para dar continuidade ao trabalho sobre narrativas, introduza os textos de


imagens. Para isso, proponha a atividade de produção que está no Livro do
Aluno. Individualmente, peça para as crianças desenharem em papel ofício,
para usarmos posteriormente na composição do livro. É importante que elas
usem o mínimo de palavras e, se possível, apenas usem onomatopeias. Você
pode explicar para elas, se achar interessante, o que é onomatopeia.
Deixe também que escolham a posição que cada uma acha mais adequada
para trabalhar. Assim, introduza os conceitos de posição em retrato e pai-
sagem, por meio das imagens que estão no Livro do Aluno. Explique que
essa nomenclatura é mais usada para as folhas que usamos no computador.
Esclareça que, em quadros de produção artística na posição retrato, podem
ser representadas pessoas ou paisagens e, da mesma maneira, na posição
paisagem, podem aparecer quaisquer outros temas, figurativos ou abstratos.
Caso tenha aluno(a) com deficiência visual, explique de forma concreta o
que significa posição retrato e posição paisagem. Mostre isso por meio do
manuseio de uma folha de papel, por exemplo. Caso possa, mostre outras
produções, para que os alunos ampliem seu repertório.
A produção pode ser iniciada em lápis comum – no 2 ou HB – e depois
ser continuada com o material colorido disponível – canetinhas hidrográficas
(hidrocor) ou lápis de cor. Pode ser usado o lápis de cera, mas ele, sendo mais
grosso, pode dificultar a tarefa.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Refletir sobre a narrativa, o texto narrativo.
• Contar histórias a partir do desenho.
• Produzir imagens em desenho, realizando análise acerca dos efeitos de
sentido identificados.

173
VAMOS CONTAR E OUVIR HISTÓRIAS?

Agora é a hora do trabalho em dupla. A ideia é a da troca de desenhos e da


leitura individual, mas a interação aqui pode ser estabelecida. Não é prova de
compreensão, pois isso não tem sentido, mas o que se pretende é ver cada
aluno tendo acesso ao desenho e à escrita do outro. A pergunta que decorre
é: Como você se sentiu ouvindo o colega contar a sua história? Ela tem como
objetivo afetar, implicar, envolver, fazer refletir sobre como reagimos a partir
da exposição de nossas ideias.
Na última parte desta seção, pedimos para que o aluno observe e avalie
sua produção. Esse movimento vai ser solicitado em outros momentos: reler,
rever, repensar as produções em processo constante de autoavaliação.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Refletir sobre a narrativa, o texto narrativo.
• Ler o desenho do colega.
• Avaliar as suas próprias produções.

VAMOS PRODUZIR UM LIVRO?

Dando continuidade às aprendizagens sobre as narrativas, pode-se propor a


produção de um livro de contos, para agregar todas as histórias produzidas
pelas crianças.
Aqui vão valer os cuidados de uma edição. Todos devem ter recebido o
mesmo tipo de papel. Apesar de poderem decidir a orientação do papel,
devem ser levados a criar margens, pois precisaremos dela para compor o
material. Os materiais para colorir também podem ser variados, não existe
problema aí, mas o ideal é que os quadros passem por um tratamento de
colorido – forte ou mais fraco –, dependendo da intencionalidade do autor
do desenho.

174
A forma como vão ser unidas as produções também deve passar pela discussão
do grupo – com grampeador? Com fita crepe? Com fita, mas com papel decorado
na lombada? Leve os alunos e alunas a se tornarem caprichosos em seus fazeres.

O objetivo principal de aprendizagem desta seção é:


• Produzir um livrinho das histórias desenhadas.

VAMOS LER?

Inicie esta etapa com a conversa, a partir da pergunta: Que tipo de história
você contou? Que tipo de história você ouviu do colega?
Precisamos levar o(a) aluno(a) a perceber o que ele(a) mesmo fez, pro-
duziu. Quando insistimos na pergunta – Você desenhou as etapas da história
a partir de um texto narrativo? – queremos que ele(a) verifique e chegue à
conclusão de se ele(a), a partir do desenho, conseguiu contar uma história.
Para que os alunos possam aprofundar o estudo sobre as narrativas, pode-
se sugerir a leitura de textos diversos. Sugerimos, abaixo, alguns endereços
eletrônicos que contêm textos sobre narrativas:
• Significado de Narrativa: O que é Narrativa, Elementos da Narrativa,
Narrativa de aventura: www.significados.com.br/narrativa/
• Tipos de textos narrativos:
www.infoescola.com/redacao/tipos-de-textos-narrativos
• Narrativa: A estrutura do texto narrativo, Personagens, Elementos da
narrativa. www.estudopratico.com.br/narrativa/

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Refletir sobre a narrativa, o texto narrativo.
• Ler textos de diferentes gêneros, compreendendo que podem
provocar diversos sentidos, pois são polissêmicos.
• Realizar autoavaliação de suas produções.

175
VAMOS FAZER TEATRO?

É importante, no início da sequência, compartilhar com as crianças os pro-


dutos finais. Essa é uma forma de motivá-las para realizar as atividades e fa-
vorecer o desenvolvimento de capacidades de monitoração de suas próprias
aprendizagens, considerando as finalidades sociais dos conhecimentos a se-
rem apropriados. Para que isso ocorra, pode-se realizar a atividade proposta
no Livro do Aluno, registrando as expectativas iniciais de cada aluno em re-
lação a possíveis apresentações. Nesta sequência, são propostas vivências de
cinco apresentações teatrais. É importante compartilhar isso com as crianças,
chamando a atenção para o fato de que a apresentação não é a nossa princi-
pal finalidade, mas passar a refletir com elas sobre a importância dos jogos e
as vivências teatrais.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Refletir sobre as expectativas das produções teatrais da turma.
• Responder a questões, mobilizando conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

VAMOS BRINCAR?

Para finalizar a primeira unidade, pode-se vivenciar com as crianças o jogo


“Bote uma sílaba”. Nesse jogo, as crianças vão mobilizar conhecimentos so-
bre o funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética. É importante que na
composição dos grupos, sejam distribuídas crianças com diferentes níveis de
conhecimento sobre o sistema de escrita, para que o jogo fique equilibrado
e elas possam socializar seus conhecimentos. Para completar as palavras é
preciso mobilizar conhecimentos sobre o sistema de escrita e o repertório de
personagens conhecidos pelas crianças. Desse modo, é possível que crianças
não alfabéticas tenham contribuições importantes para dar ao grupo.

176
Como atividade para casa, pode-se propor que as crianças vivenciem mais
situações de produção de contos orais, de modo que possam desenvolver
mais a linguagem oral, os conhecimentos sobre o gênero e possam aproximar
a família e a comunidade das atividades escolares.

O principal objetivo de aprendizagem desta seção é:


• Responder a questões, mobilizando conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

PARA CASA

A tarefa é pedir que o aluno conte uma história, mas que também ouça uma
outra. E que tenha a oportunidade de fazer uso da escrita, registrando o
nome da história que contou e a que ouviu.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Contar histórias e Praticar a escuta atenta.
• Responder a questões, mobilizando conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

VAMOS CONVERSAR?

A avaliação das aprendizagens e das atividades vivenciadas precisa ser feita


coletivamente, de modo que as crianças planejem e monitorem suas ativida-
des e aprendizagens. Tais avaliações podem servir de referência para novas
atividades a serem realizadas.

O principal objetivo de aprendizagem desta seção é:


• Avaliar constantemente suas produções.

177
UNIDADE 2:
OS PERSONAGENS DAS HISTÓRIAS
Tempo sugerido: 4 dias

VAMOS CONVERSAR?

Inicie a conversa resgatando as atividades realizadas, começando pela socia-


lização das experiências vivenciadas pelas crianças ao contarem histórias, tal
como foi solicitado no final da Unidade 1.
Depois, converse sobre os percursos utilizados e os conhecimentos já es-
tabelecidos – narrativa, texto narrativo.
Por fim, encaminhe a pergunta problematizadora: O que significa para
você a palavra “personagem”?
Ajude os alunos e alunas a lerem o texto e a fazerem o confronto entre o
que tinham pensado e o que leram. Uma maneira é ir, antes de ler o texto,
anotando no quadro ou em uma folha de cartolina, as ideias que surgiram.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Mobilizar conhecimentos prévios sobre o significado
da palavra “personagem”.
• Emitir opinião sobre as questões apresentadas.

VAMOS LER?

As atividades desta seção são de leitura de textos que tratam da conceitua-


ção do termo “personagem”, e depois da leitura de textos de diferentes gê-

178
neros (tirinha e conto) para identificação de personagens – quantidade e de
que tipo, e das principais ações dos personagens. O que se quer é que o(a)
aluno(a) compreenda que os personagens vão ser encontrados em qualquer
tipo de narrativa – na tirinha, na fábula, no conto. Pergunte às crianças qual
a importância dos personagens para os textos. Depois das primeiras respos-
tas, vá lembrando que são os personagens que fazem as ações e, assim, que
concorrem para proporcionar sentido ao texto. Busca-se também identificar
personagem principal de uma história, o que será muito importante para a
compreensão das produções do teatro.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Ler textos de diferentes gêneros, compreendendo que podem
provocar diversos sentidos, pois são polissêmicos.
• Caracterizar personagem.
• Identificar personagens em diferentes textos narrativos.
• Identificar o personagem principal de uma história.

VAMOS BRINCAR?

É preciso que você, como professor/professora, oriente essa primeira parte,


pois não é possível para a atividade simplesmente a leitura. Precisamos da
figura do mediador(a) ou facilitador(a).
Você pode ir seguindo as etapas da vivência:

Caminhada:
Todos em pé. O(a) professor(a) dá o comando a partir do uso de batidas
rítmicas, batendo palmas ou na mesa, em ritmo regular.
• Andando pela sala ao som das palmas – normalmente – mais
rapidamente – normalmente – mais lentamente – muito lentamente
– normalmente – em câmera lenta.

179
• Depois, andando normalmente, sem que o professor use as palmas
para marcar o ritmo. A um som (batida de palmas ou na mesa), todos
param na posição que estão.
• Intercalando caminhada e parada. A partir do som emitido pelo(a)
professor(a) (batida de palmas ou na mesa), os alunos devem parar,
demonstrando sentimentos. Exemplo: Andar normalmente – parar
demonstrando surpresa – andar – alegria – andar – dúvida – andar –
satisfação – andar – tristeza – andar – desconfiança.
• Voltar a andar normalmente – a partir de uma batida, o(a) professor(a)
dá outros comandos: andar como um robô; andar normalmente;
andar como uma pessoa tonta; andar normalmente; andar como um
doente; andar normalmente; andar como criança aprendendo a andar;
andar normalmente; andar com medo de algo; andar normalmente.
• Andando sem deixar nenhum espaço vazio na sala: todos os alunos
deverão caminhar com rapidez (sem correr), de maneira que seus
corpos estejam sempre mais ou menos equidistantes de todos os
outros e espalhados pela sala. Pensar em um animal que gostaria de
ser e se locomover como ele; emitir sons que correspondam aos sons
do animal escolhido.
Fonte: BOAL, Augusto. 2000 exercícios e jogos para o ator e o não-ator com
vontade de dizer algo através do teatro. RJ: Civilização Brasiliense, 1982.

Caso tenha em sala alunos surdos, o comando pode ser dado por meio da
batida de um tambor ou acendendo e apagando uma luz da sala. Caso tenha
alunos com deficiência visual, lembrar-se de explicar como fazer expressões
que transmitem sentimentos (surpresa, alegria, tristeza, etc.). É importante
que o(a) aluno(a) com deficiência visual faça o reconhecimento do espaço
pelo qual irá caminhar. Caso haja aluno(a) com Transtorno do Espectro do
Autismo (TEA), é precisar lembrar que algumas crianças apresentam dificulda-
de em expressar o próprio sentimento.

180
VAMOS BRINCAR?

Vamos brincar de estátua?


No Livro do Aluno vem a sequência de mais uma brincadeira, a de estátua.
O único cuidado em relação a essa brincadeira é o de não machucar o colega na
hora de rodopiar (rodar o colega pela mão). Será bom colocar regras, de acor-
do com o que se tem assumido normalmente em sua sala de aula. Gostamos
de colocar que, no brincar, é preciso ter generosidade e respeito à convivência.
E chamamos a atenção para o fato de que vamos brincar assim, na medida em
que todos conseguem participar sem que ninguém se machuque.
A cada apresentação do grupo de estátuas você deve organizar com os
alunos a apreciação que se inicia com a observação atenta, passando à leitura
das posições e à discussão de significados.
Na segunda vez que forem brincar de estátua, você precisará orientar o
grupo a, em dupla, pensar em um personagem do cotidiano deles. Os exem-
plos no Livro do Aluno são: um soldado, um avô, um piloto de avião, uma pro-
fessora. Pense em outros, use figuras conhecidas da cidade ou do município.
Da mesma maneira, não deixem de fazer a praça de estátuas e não deixem de
observar e analisar cada uma delas.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Jogar a partir das propostas em sala de aula.
• Caracterizar personagens.
• Produzir imagens visuais e cênicas articuladas a textos verbais,
constituindo sentidos pretendidos.
• Produzir imagens visuais e corporais, realizando análise acerca dos
efeitos de sentido identificados.
• Explorar a geometria por meio de movimentos do corpo.

181
VAMOS DESENHAR?

A terceira parte desta sequência relaciona-se à criação de personagem. Só


que agora o(a) aluno(a) vai desenhar em papel ofício o que idealizou. Dê dicas
a partir dos elementos destacados na análise das estátuas – gênero, profissão,
posições corporais que denotam poder ou sentimentos.
O(a) aluno(a) vai criar um texto intimamente relacionado com o que já vem
construindo e trabalhando. Caso ele(a) ainda tenha dificuldades em escrever,
peça para que conte para você e só depois passe a tentar fazer alguns registros.
O texto servirá para uma apresentação. Você pode dar dicas, como: Onde
o personagem nasceu ou cresceu – é daqui da região ou de fora? O que faz
– carrega alguns materiais em suas mãos? Do que mais gosta? Como anda?
Apresenta algum movimento em particular?
Peça para que todos sentem em círculo e acompanhem a apresentação de
todos os alunos. Estimule a avaliação no momento final.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Jogar a partir das propostas em sala de aula.
• Caracterizar personagens.
• Produzir imagens visuais e corporais, realizando análise acerca dos
efeitos de sentido identificados.
• Produzir imagens visuais e cênicas articuladas a textos verbais,
constituindo sentidos pretendidos.
• Produzir um pequeno texto escrito.
• Refletir sobre como reagimos à exposição de nossas ideias.

182
VAMOS BRINCAR?

Nessa última fase, passamos à produção de um boneco, que será feito a partir
de uma máscara. Chamamos a atenção dos alunos e alunas para o fato de que
é um boneco de vestir, que vamos precisar de um corpo para a máscara, que
será o corpo da criança.
Vamos precisar de uma cartolina ou um papel maior, que vai ficar envol-
vendo a cabeça da criança. Caso não tenha esse papel, junte sacolas de papel
ou de saco de pão, pois elas farão um bom efeito.
Mas vocês vão precisar de cola, tesoura, canetas hidrográficas ou qualquer
outro material para colorir. Podem pensar também em usar tecidos, lã, papel
recortado e outros materiais que possam ser aplicados.

Fonte: http://cantinhodosmiudos.blogs.sapo.pt/2008/01/

183
Esse é só um exemplo, para que você compreenda que não é difícil propiciar a
vivência desta atividade.
Como o papel é maior que a cabecinha dos alunos, você precisará ajudá-los a
recortar os locais para olhos e boca.
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Caracterizar personagens.
• Produzir imagens visuais e corporais, realizando análise acerca
dos efeitos de sentido identificados.
• Produzir imagens visuais e cênicas articuladas a textos verbais,
constituindo sentidos pretendidos.
• Praticar a escuta atenta em situações de conversa, exposição
de trabalho de colegas, instrução de brincadeiras.

VAMOS FAZER TEATRO?

Depois de pronta a máscara, organize apresentações com as crianças,


pedindo aos alunos e alunas que usem o texto escrito para esse fim.
Deixamos um endereço eletrônico para a sua consulta:
• O que é personagem: Conceito de personagem. www.conceito.de/personagem

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Produzir imagens cênicas articuladas a textos verbais, constituindo
sentidos pretendidos.
• Apresentar produções artístico-estéticas.

184
PARA CASA

No final da Unidade 2, a tarefa de casa é uma preparação da Unidade 3, que


foca em histórias em quadrinhos. A busca de revistas em casa é também
uma maneira de favorecer a participação dos pais nas atividades escolares.
No entanto, se alguma (ou algumas) criança(s) não conseguir(em) realizar a
atividade em casa, esclareça que poderá(ão) buscar na biblioteca da escola.

O principal objetivo de aprendizagem desta seção é:


• Ler textos de diferentes gêneros.

VAMOS CONVERSAR?

Ao final da unidade, depois da apresentação de todos os alunos com suas


respectivas máscaras, você pode sentar com eles em círculo e conversar com
eles. Vá lembrando que avaliar é processo contínuo. Ao concluir etapas de
trabalho, precisamos nos dedicar a refletir sobre o que fizemos, sobre o que
sentimos, sobre o que mais gostamos de fazer. É muito importante que as
crianças consigam listar o que aprenderam. Ajude-as a não repetir o que
fizeram, mas a dizer o que compreenderam. Quando um aluno disser, por
exemplo, que aprendeu a fazer a máscara, vá adiante e ajude-o a compreen-
der que ele aprendeu sim, mas que esse fazer, que também é aprendizado,
trouxe também outras compreensões e o ajudou, por exemplo, no processo
de criação do personagem e na organização do texto da apresentação.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Refletir sobre como reagimos à exposição de nossas ideias.
• Praticar a escuta atenta em situações de conversa.
• Avaliar constantemente as produções.

185
UNIDADE 3:
OS PERSONAGENS DAS HISTÓRIAS
EM QUADRINHOS E DOS GAMES
Tempo sugerido: 10 dias

VAMOS CONVERSAR?

A conversa da unidade inicia com a retomada da tarefa de casa. Antes de


começar, é importante verificar se todas as crianças conseguiram encontrar
alguma história em quadrinhos ou tirinha. Caso alguma não tenha conseguido,
é importante levá-la à biblioteca, para que encontre lá, ou em algum espaço
da sala de aula, que tenha sido previamente preparado para a atividade.
Em seguida, converse com as crianças sobre as histórias e tirinhas encon-
tradas. Peça que elas falem por que escolheram o texto e digam para os
colegas do que a história trata.
Depois, pode-se dar continuidade, perguntando: “Você gosta de história em
quadrinhos? O que você gosta mais ao ler essas historinhas?”
Em seguida procure tratar de personagens dessas histórias.
O importante desta primeira etapa é levar os alunos a discutirem sobre
os personagens como figuras humanizadas, que vivem em um determinado
tempo e espaço, que sentem e agem, que têm reações.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Mobilizar conhecimentos prévios.
• Emitir opinião sobre as questões apresentadas.
• Exercitar a linguagem oral e escrita, organizando o pensamento para
falar, dando sua opinião.
186
• Exercitar a escuta atenta em situações de conversa e
acompanhamento de apresentações dos colegas.

VAMOS LER E ESCREVER?

Após a conversa, pode-se realizar uma atividade de escrita com as crianças,


focando tanto no tema da unidade, que são as histórias em quadrinhos e
tirinhas, quanto na apropriação do Sistema de Escrita Alfabética.
A atividade mostra os desenhos de Garfield (gato da raça Persa), Snoopy
(cão da raça Beagle); Woodstock (passarinho amigo de Snoopy) e Bidu (cão
da raça Schnauzer). Após a realização da atividade, pode-se conversar com
as crianças, perguntando: Será que podem existir outros tipos de personagens
que não são gente?

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Identificar personagens em diferentes textos narrativos.
• Caracterizar personagens.
• Praticar a escuta atenta em situações de conversa
e acompanhamento de apresentações dos colegas.

VAMOS BRINCAR?

É jogo de transformação de objetos em personagens. Nesta atividade, você


precisará demarcar o tempo, para que os alunos e alunas não fiquem só no
brincar com os objetos. Veja nossa sugestão e avalie a partir de sua realidade:

1. Cada aluno deve escolher um objeto para fazer dele seu personagem – 5
minutos até a decisão final e depois daí não mais trocar de objeto.
2. Escolhido seu objeto, olhe para ele e veja com que se parece. Olhe

187
novamente e vá decidindo se será pessoa, ou animal, ou se vai se manter
objeto, mas com características humanas. Como ele será? Mais 5 minutos.
3. Trabalhe em grupo – entre 4 e 5 pessoas.
4. O grupo pode escolher uma história que já exista ou uma inventada, mas
todos os personagens precisam aparecer na apresentação. 10 minutos
para a decisão, para selecionar a história e definir os personagens –
caso tenham dificuldade, pode ser dado um bônus de mais 5 minutos.
5. O grupo pensará a melhor maneira de contar a história, usando os objetos.
Normalmente deixamos 20 minutos para a produção, ou seja, fazer
um ensaio usando os objetos.

Nesta última fase podemos oferecer alguns adereços de sucata para im-
plementar as figuras – pedacinhos de pano podem virar lenços, roupinhas;
pedaços de plástico viram coroas ou coisas desse nível. Podem também criar
algum ambiente para fazer cenário, caso necessitem.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Expressar-se com autoria a partir das linguagens artístico-estéticas,
mais especificamente das artes visuais e do teatro.
• Refletir sobre tipos diferentes de narrativas.
• Caracterizar personagens.
• Vivenciar e refletir sobre situações de brincadeiras e jogos teatrais.
• Apresentar produções artístico-estéticas.
• Exercitar a linguagem oral e escrita, organizando o pensamento para
falar narrativas de sua autoria, particularmente em textos dramático.
• Praticar a escuta atenta em situações de conversa e acompanhamento
de apresentações dos colegas.

VAMOS ASSISTIR?

Inicialmente, deve-se organizar a apresentação em sala de aula. Todos os

188
grupos devem se apresentar. Podem usar a mesa da professora/do professor
como base para os bonecos.
Depois, faça um esforço para levá-los à apreciação dos vídeos demarcados:
• O patinho feio - truks tv: www.youtube.com/watch?v=xxzhjv7q4qU
• Boneco de espuma e violão: www.youtube.com/watch?v=v4OTC6ojDIc

Peça que os alunos e alunas falem da narrativa dos vídeos. O primeiro tem
uma narradora que canta a história. O segundo não tem narração, mas existe
por trás da cena um texto. Solicite que juntos digam o que aconteceu. Você
pode ir escrevendo no quadro a partir de tópicos, como um roteiro, pois
usaremos bastante esse percurso de criação.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Refletir sobre tipos diferentes de narrativas.
• Identificar personagens em diferentes textos narrativos.
• Caracterizar personagens.
• Praticar a escuta atenta, acompanhando os vídeos.

PARA CASA

Peça aos alunos para fazer em casa a transformação de um objeto qualquer


em um boneco – gente ou animal. Lembre a eles que deve ser um objeto que
a família pode disponibilizar, que não vai mais usar. Oriente-os no sentido de
usar papel ou outros materiais, como cola, fita crepe, linha ou fitas. Marque
para que tragam para a sala de aula para fazer uma apresentação e posterior-
mente ser usado em uma exposição.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Expressar-se com autoria a partir das linguagens artístico-estéticas,
mais especificamente das artes visuais e do teatro.

189
• Refletir sobre tipos diferentes de narrativas.
• Identificar personagens em diferentes textos narrativos.
• Caracterizar personagens.

VAMOS LER E ESCREVER?

Leia para os alunos o texto que trata de Mauricio de Sousa e seus persona-
gens em quadrinhos.
O objetivo é o de conversar com os alunos e alunas sobre o nascimento de
um personagem e fazê-los refletir sobre as suas próprias criações.
• A partir daqui o tempo deverá ser dedicado a elaborar uma história em
quadrinhos. Nossa ideia é a de ser este um trabalho em grupo, e mantendo
o mesmo grupo, mas isso deve passar pela sua avaliação e adequação.

Antes de começar, leia com os alunos todas as dicas apresentadas. Peça


para que experimentem preencher os balões e façam as atividades propostas.
Só depois passem para a elaboração do roteiro.
Escolhendo a história – você pode decidir com os alunos se o grupo deve
manter a história realizada com os objetos ou se querem criar novo roteiro.
Caso a segunda opção seja a escolhida do grupo, lance ideias, como trabalhar
algum acontecimento da escola, ou mesmo da comunidade, ou voltar ao VOCÊ
SABIA, no último item:
• (A história em quadrinhos) Tem como objetivo principal a diversão, mas
pode ser usada também para trazer informações, como, por exemplo, os
cuidados com o meio ambiente ou a prevenção de doenças.

E aí fazer o levantamento de temas necessários para a informação da es-


cola ou comunidade.
• Das dicas, uma delas é bem importante – iniciar escrevendo os balões,

190
pois como o quadrinho é pequeno, os desenhos acabam tomando
todo o espaço, e ficamos com o problema de não poder escrever
tudo que é preciso para a compreensão da história.

A visita ao endereço eletrônico sugerido no Livro do Aluno é vivência bem


interessante. Foi daí que retiramos as dicas usadas.
• Endereço eletrônico que ensina a fazer histórias em quadrinhos, como
fazer uma história em quadrinhos – dicas de Evelyn Heine:
www.divertudo.com.br/quadrinhos/quadrinhos-txt.html

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Expressar-se com autoria a partir das linguagens artístico-estéticas,
mais especificamente das artes visuais e do teatro.
• Produzir textos e desenhos em quadrinhos.
• Refletir sobre tipos diferentes de narrativas.
• Identificar personagens em diferentes textos narrativos.
• Caracterizar personagens.
• Produzir imagens visuais a partir de histórias em quadrinhos.

VAMOS CONVERSAR?

Após a vivência de várias atividades de leitura, produção e exploração das


histórias em quadrinhos e tirinhas, pode ser interessante dar continuidade ao
trabalho com personagens, focando nos videogames. No Livro do Aluno tem
uma proposta de conversa que pode ser bastante apreciada pelas crianças.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Mobilizar conhecimentos prévios.
• Refletir sobre tipos diferentes de narrativas.

191
• Identificar personagens em diferentes textos narrativos.
• Praticar a escuta atenta, respeitando a opinião dos colegas.

VAMOS LER E ESCREVER?

Apresentamos inicialmente a pergunta: Você conhece o que é um mangá?


Você pode fazer a leitura do texto, para ampliar os conhecimentos das crian-
ças sobre o tema abordado.
Com o objetivo de promover a escrita pelas crianças, com foco também
na apropriação do Sistema de Escrita Alfabética, é proposta uma atividade,
no Livro do Aluno, de escrita de uma lista de personagens de videogame que
viraram figuras na TV.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Expressar-se com autoria, a partir das linguagens artístico-estéticas,
mais especificamente das artes visuais e do teatro.
• Refletir sobre tipos diferentes de narrativas.
• Identificar personagens em diferentes textos narrativos.
• Responder a questões, mobilizando conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

VAMOS CONVERSAR?

Na seção “Vamos conversar?”, as crianças vão continuar refletindo sobre per-


sonagens e histórias, mas o objetivo principal desta atividade é que as crianças
percebam que os personagens, cenários das histórias de game, geralmente
retratam outros países, outras comunidades e se distanciam, muitas vezes, das
características das comunidades onde elas vivem. Converse com elas, conside-
rando os temas e os conflitos que são encontrados nos videogames e no nosso

192
cotidiano. Permita que elas coloquem as opiniões e as suas perguntas em sala.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Refletir sobre tipos diferentes de narrativas.
• Identificar personagens em diferentes textos narrativos.
• Caracterizar personagens.
• Desenvolver a linguagem oral e escrita, organizando
o pensamento para falar.
• Praticar a escuta atenta em situações de conversa.

VAMOS LER E ESCREVER?

A partir das discussões sobre histórias, propomos a escrita coletiva de uma


historinha que será, depois, usada para uma apresentação de teatro. É mui-
to importante que as crianças saibam, desde o início, que o texto que vão
produzir terá essa finalidade. A conversa sobre os destinatários do texto
também é necessária.
Para a escolha da história, a turma fará uma votação. A produção do gráfico
é importante, pois essa linguagem também faz parte do cotidiano das crianças
e é outra forma de fornecer informações em vários suportes textuais, como
os jornais, livros didáticos e na TV.
• Para o trabalho com a votação e a construção do gráfico, use a
atividade do Livro do Aluno. Faça no quadro ou em papel grande
um diagrama para a construção do gráfico, igual ao que está no
Livro do Aluno (um quadro com espaço para colocar os nomes dos
personagens embaixo e quadrinhos em colunas acima de cada nome
da história, para que eles pintem quando cada personagem receber
votos). Nos campos de baixo, escreva os nomes das histórias que
serão votadas. A cada voto recebido, pinte no quadro grande e
oriente que as crianças pintem, em seus cadernos, um quadrinho

193
acima do nome da história votada. No final, a história que tiver mais
quadrinhos pintados é a que será representada por meio de um teatro
de bonecos que vocês irão criar.
• Não se esqueça de criar, junto com a turma, um título para o gráfico.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Exercitar a linguagem oral e escrita, organizando o pensamento para
falar e escrever narrativas.
• Praticar a escuta atenta em situações de conversa
e trabalho em equipe.
• Responder a questões, mobilizando conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.
• Construir, ler e interpretar gráficos.

VAMOS FAZER TEATRO?

Essa atividade engloba três fases. Primeiro, é importante conversar com as


crianças sobre o que elas vão fazer, salientando a necessidade de se planeja-
rem. Explique que utilizarão o texto que produziram para fazer uma apresen-
tação de teatro. O segundo momento será de produção dos bonecos de vara,
que são os personagens da história. Por fim, devem ensaiar a manipulação dos
bonecos e vivenciar uma apresentação de teatro.

Trabalhando com o boneco de vara.


Deixamos registrado no Livro do Aluno duas possibilidades de trabalho com
o boneco de vara. A primeira opção é a mais indicada, a da vara em pedaço
de cabo de vassoura, pois ela se aproxima mais do teatro de bonecos original.
Para fazer essa opção você vai precisar dedicar um tempo de cerca de 2
horas/aula para a confecção dos bonecos.

194
Com os materiais necessários, vai começar construindo uma cabeça que
se prenderá ao cabo de vassoura – com garrafa pet é bem mais fácil, pois ela
se encaixa bem no cabo de vassoura e é leve para a manipulação.
Veja duas possibilidades de montagens.
• Fantoche de Garrafa Pet #01 Fazendo uma pessoa:
www.youtube.com/watch?v=ifJSGwjU3qA
• Fantoche de Garrafa #03 Pintando Cabeça e Mãos:
www.youtube.com/watch?v=U_Nq1ou1oY4

Outra sugestão é a de acessar o trabalho da professora Rosangela


Marques Siqueira.
• Boneco - sugestão para as professoras: http://t.ly/eMrER

Depois de estar com os bonecos prontos, inicie a fase de manipulação.

Para que os alunos aprendam a manipular o boneco, comece com exercí-


cios bem simples de fazer o boneco andar, depois falar uma frase se dirigindo
a outro boneco, depois entrar e sair de cena, com o cuidado de não dar a
sensação de que ele caiu em um buraco. Deixe que os alunos brinquem com
os bonecos, pois essa é a melhor maneira de aprender.
Depois de ensaiar e apresentar em sala de aula para os colegas, pergunte
aos alunos se eles gostariam de fazer uma apresentação na escola, para outras
classes, professores, pais. Decida com eles o público a ser convidado. Depois,
verifique com eles dia, hora e local para essa apresentação. Pense com eles se
desejam fazer os convites ou cartazes para a divulgação.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Expressar-se com autoria, a partir das linguagens artístico-estéticas,
mais especificamente das artes visuais e do teatro.
• Refletir sobre tipos diferentes de narrativas.

195
• Caracterizar personagens.
• Produzir imagens visuais e corporais, realizando análise acerca dos
efeitos de sentido identificados.
• Produzir imagens visuais e cênicas articuladas a textos verbais,
constituindo sentidos pretendidos.
• Montar uma peça de teatro de boneco de vara.
• Apresentar produções artístico-estéticas.
• Exercitar a linguagem oral e escrita, organizando o pensamento para
falar e escrever narrativas de sua autoria, particularmente em textos
dramáticos.
• Responder a questões, mobilizando conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

VAMOS LER?

A última atividade da Unidade 3 é a leitura sobre a história de teatro de bone-


cos. O link indicado no livro do aluno tem textos e imagens muito interessan-
tes que ampliarão os conhecimentos das crianças sobre o tema. É um texto
interessante, que chamará a atenção delas.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Refletir sobre tipos diferentes de narrativas.
• Ler textos de diferentes gêneros, compreendendo que podem
provocar diversos sentidos, pois são polissêmicos.

VAMOS CONVERSAR?

Liste com as crianças as atividades da unidade. Elas vão considerar muito


trabalho produzido? Nesta última conversa aproveite para rever as etapas

196
vivenciadas, tanto na produção das histórias em quadrinhos quanto na expe-
riência do teatro de boneco de vara. Leve os alunos a pensarem sobre o que
mais acharam interessante na unidade. Reflita com eles sobre os personagens
nas diferentes narrativas.

O principal objetivo de aprendizagem desta seção é:


• Avaliar as vivências da unidade.

197
UNIDADE 4:
(RE)CONHECENDO OS HERÓIS
Tempo sugerido: 3 dias

VAMOS CONVERSAR?

A atividade inicial da Unidade 4 é um relaxamento com as crianças, como


preparação para a produção que virá em seguida.
Inicie a atividade conduzindo o relaxamento a partir da sugestão do ro-
teiro abaixo:

Preste atenção nas sensações do seu corpo: está sentindo calor ou frio? Está com
fome? Está com alguma dor? Está sentado? Como se sente onde está? Confortável?
Você está preocupado ou relaxado? Mexa os dedos dos pés. O que sente?
• Mexa as mãos e os braços. Ficou cansado(a)? E sua cabeça? Ela está
relaxada? Movimente lentamente a cabeça para cima e para baixo. Agora
para a direita e para a esquerda. Faça movimentos circulares de
maneira lenta.
• Agora pergunte a você mesmo(a): como estou me sentindo?

Após o relaxamento, converse com as crianças, perguntando como elas estão


se sentindo. É a partir do relaxamento e da conversa que vamos nos colocando
no presente momento, que vamos nos “presentificando” para a produção.
Nesta seção, sugerem-se atividades de criação de esculturas e organização
de uma exposição. Desse modo, a atividade tem três fases: (1) conversa sobre
a proposta, para que as crianças sejam ativas no processo; (2) criação das
esculturas; e, mais tarde, (3) organização e vivência de uma exposição.

198
Antes de iniciar a criação das esculturas, verifique se as crianças sabem o
que é uma escultura. Você pode ler o texto que está no Livro do Aluno, para
ampliar os conhecimentos das crianças sobre o tema.
É muito importante conversar com as crianças antes de iniciar a criação,
pois, desse modo, elas ficam mais motivadas e aprendem a se organizar, a
monitorar suas ações, a planejar.
Na fase de criação das esculturas, o trabalho será individual e você
poderá usar um dos materiais: argila, papier machée, massinha ou, ainda,
massas caseiras. O uso da argila é o ideal, mas nem sempre contamos com
esse material.
A seguir indicamos alguns sites que trazem receitas.
• Como fazer massinha sem corantes:
www.youtube.com/watch?v=bGLzbvHnYtU
• Como fazer massinha Play Doh em caasa – GlenyaTaynara –
Com corante: www.youtube.com/watch?v=mZb83mCjKO4
Outra possibilidade:
• Como Fazer Massinha de Modelar sem Corante tipo Play Doh BY.
Mariah Helenah. (Ela usa pó de suco para dar o colorido):
www.youtube.com/watch?v=JP9xthOrMTU

Distribua uma porção do material para cada aluno, pedindo que faça uma
figura humana, que seja a representação de si mesmo, mas sem a preocupa-
ção de ser igual. Vá propondo que essa figura se transforme em um herói.
Podem-se fazer perguntas como:
• Se você fosse um/uma herói/heroína, o que você gostaria de ser?
Com poderes sobrenaturais? Com poderes sobre-humanos?
Com força, coragem?

Dê tempo aos alunos para a criação. Você pode estipular com eles um
tempo determinado. Caso esteja usando argila deixe-os trabalhando, no mí-
nimo, por meia hora. Depois de pronto, o material deve ficar secando por

199
ao menos um dia. Para a apresentação, peça que todos olhem inicialmente as
figuras. Só depois peça para que cada aluno fale de sua produção.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Expressar-se com autoria, a partir das linguagens artístico-estéticas,
mais especificamente das artes visuais.
• Jogar, a partir das propostas em sala de aula.
• Caracterizar personagem, mais especificamente um herói.
• Produzir escultura, realizando análise acerca dos efeitos
de sentido identificados.
• Exercitar a linguagem oral, organizando o pensamento para falar
narrativas de sua autoria.
• Praticar a escuta atenta em situações de instrução de brincadeiras e
apresentações dos colegas.

VAMOS ORGANIZAR UMA EXPOSIÇÃO?

Na terceira fase, prepare com os alunos a exposição. É muito importante conversar


com as crianças sobre a montagem de uma exposição, pois, desse modo, elas ficam
mais motivadas e aprendem a se organizar, a monitorar suas ações, a planejar.
Esse deve ser um movimento de toda a turma. Pense com os alunos so-
bre as possibilidades de estabelecerem uma base ou suporte para as figuras
tridimensionais. Peça que cada um leve sua escultura e coloque em local mais
adequado. Decidam juntos: será organizado um parque de esculturas, ou
apenas as esculturas ficarão como objetos enfileirados? Depois de ter a base
pronta, peça que os alunos deem um nome a seu herói.
Cada um escreverá o nome que seu herói terá em uma targeta, que pode
ser de papel ofício ou de cartolina.
Aproveite, nesse momento, para receber a atividade para casa da unidade
anterior, pois esse material também pode fazer parte da exposição. Arrume

200
também um lugar para que os alunos possam expor suas produções.
No planejamento, combine com a turma a data, o local, a arrumação, as
estratégias para convidar as pessoas para assistir à exposição.
Depois de realizada a exposição, não deixe de avaliar com as crianças
essa atividade.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Organizar eventos, considerando finalidades, participantes, espaço.
• Apresentar as produções artístico-estéticas.

VAMOS BRINCAR?

Durante a organização da exposição, pode-se fazer a brincadeira que está no


Livro do Aluno, para fazer as indicações das esculturas, fixando as tarjetas ao
lado de cada escultura.
A brincadeira favorece a leitura de imagens e também pode auxiliar na
aprendizagem de contagem e registro numérico.
Para começar a brincadeira, entregue aos alunos um pequeno pedaço de papel
para que todos coloquem o nome de seus heróis. Peça que não mostrem a nin-
guém. Coloque os nomes de todos os heróis em uma caixa. Você pode balançar a
caixa para misturar todos os nomes. Cada aluno vai pegar um dos papéis e esperar
até que todos tenham pegado uma targeta. Peça que os alunos leiam o nome do
herói e tentem lembrar/reconhecer qual é a figura que tem aquele nome. Depois
de reconhecido, o aluno coloca o nome junto do herói correspondente.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Jogar, a partir das propostas em sala de aula.
• Vivenciar situações de brincadeiras e jogos teatrais e refletir sobre elas.
• Responder a questões, mobilizando conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

201
VAMOS REALIZAR ENTREVISTAS?

A entrevista é um gênero muito comum em diferentes espaços sociais, como


a TV, o rádio, o jornal, dentre outros. É importante que as crianças se fami-
liarizem com esse gênero, desenvolvam a escuta atenta e a capacidade de
participar de situações em que as entrevistas acontecem.
Nesta unidade, podem-se realizar atividades com entrevistas para, ao
mesmo tempo, aprofundar informações sobre histórias e heróis e desenvol-
ver capacidades de linguagem oral.
No Livro do Aluno, há espaço para o registro do planejamento da atividade.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Produzir textos orais de diferentes gêneros: conversa e entrevista.
• Caracterizar personagem, mais especificamente um herói.
• Responder a questões, mobilizando conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

VAMOS ASSISTIR?

É importante conversar com as crianças sobre como as entrevistas devem ser


feitas. Desse modo, você pode incluir na atividade a exibição de entrevistas,
para discussão sobre o gênero. No Livro do Aluno são sugeridas algumas
perguntas para orientar a atividade.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Praticar a escuta atenta, acompanhando os vídeos.
• Responder a questões, mobilizando conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

202
PARA CASA

Como atividade de casa, sugira que as crianças realizem a entrevista. No


Livro do Aluno há espaço para registrar as informações obtidas por meio da
entrevista. É importante conversar sobre tais informações.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Elaborar roteiros para diferentes textos.
• Exercitar a linguagem oral e escrita, organizando o pensamento para
falar e escrever.
• Praticar a escuta atenta em situações de entrevista e posterior
discussão, a partir dos resultados.
• Responder a questões, mobilizando conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

VAMOS CONVERSAR?

Esse momento de conversa sobre as entrevistas é muito importante, tanto


para o que fala quanto para aquele que precisa ouvir com paciência e atenção.
Não deixe passar essa oportunidade de identificar os heróis de seus alunos.
As entrevistas e todo esse encaminhamento de conversas foram constituídos
para que o/a aluno/a aluna reflita sobre quem são as figuras importantes de
sua vida, de seu entorno.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Exercitar a linguagem oral e escrita, organizando o pensamento para
falar e escrever.
• Praticar a escuta atenta em situações de entrevista e posterior
discussão, a partir dos resultados.

203
VAMOS CONTAR E OUVIR HISTÓRIAS?

Após a conversa, pode-se favorecer outro momento de contação de histórias.


Dessa vez, as crianças recontarão histórias ouvidas na atividade de entrevista. É
uma excelente oportunidade de elas perceberem que um gênero, como a entre-
vista, pode motivar atividades com outro gênero, como a contação de histórias.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Elaborar roteiros para diferentes textos.
• Exercitar a linguagem oral e escrita, organizando o pensamento para
falar e escrever.
• Praticar a escuta atenta em situações de conversa, exposição,
entrevista, discussão.

VAMOS LER E ESCREVER?

As histórias contadas pelas crianças serão, nesse momento, escritas. Haverá,


portanto, um trabalho de retextualização da modalidade oral para a modali-
dade escrita. Para isso, é importante haver um acompanhamento da escrita
das crianças, e o/a professor/a professora deve ajudá-las a perceber seme-
lhanças e diferenças entre a história oral e a escrita. Estimule-as a ilustrar a
história. Indique o material que estiver disponível.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Expressar-se com autoria, a partir das linguagens artístico-estéticas.
• Produzir textos escritos de diferentes gêneros.
• Caracterizar personagens, mais especificamente um herói.
• Produzir imagens (desenho ou montagem), realizando análise acerca
dos efeitos de sentido identificados.
• Elaborar roteiros para diferentes textos.

204
• Exercitar a linguagem oral e escrita, organizando o pensamento para falar
e escrever narrativas autorais, particularmente em textos dramáticos.

VAMOS PRODUZIR UM LIVRO?

Monte com os alunos um livro, a partir das produções que eles fizeram, para
ser doado à biblioteca. Não esqueça, no entanto, de combinar com as crian-
ças como será o livro, quem serão os leitores, como será a entrega, dentre
outras coisas importantes.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Produzir um livro das histórias desenhadas.
• Organizar eventos, considerando finalidades, participantes, espaço.

VAMOS FAZER TEATRO?

Esse será trabalho em grupo. É exercício de sala de aula.


Nem todas as histórias que as crianças produziram serão apresentadas.
Selecione com os alunos algumas das histórias. Pode ser via votação ou acla-
mação. Mas é importante que os alunos façam a opção pelas histórias que
vão representar.
Todos os alunos devem participar dessa atividade. Assim, verifique o nú-
mero de personagens, para que todos entrem em cena nos diferentes grupos.
A primeira decisão a tomar aqui é quem serão os personagens. Em
seguida, separados os personagens pelos alunos e alunas, o grupo da his-
tória vai definir em que posição vai usar a mão, pois é ela que será o
suporte do boneco.
Acertado isso, passe a organizar os desenhos nas mãos das crianças. Cada
uma fará a sua, podendo pedir auxílio aos colegas, considerando a posição da
mão. Esse bloco de atividades deverá acontecer num mesmo dia de aula, pois

205
as mãos serão pintadas e depois lavadas. Oriente o uso do material disponível
para que as crianças façam o desenho nas mãos.
Com as mãos dos alunos e alunas desenhadas, dê um tempo para ensaios.
Cerca de 15 minutos são suficientes. Comunique o tempo a eles logo após
terem concluído o desenho da mão.
Não deixe de usar um palco. Essa delimitação de espaço é importante para
a apresentação e a organização dos alunos.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Expressar-se com autoria, a partir das linguagens artístico-estéticas,
mais especificamente das artes visuais e do teatro.
• Caracterizar personagens.
• Produzir imagens (desenho ou montagem), realizando análise acerca
dos efeitos de sentido identificados.
• Elaborar roteiros para diferentes textos.
• Montar apresentações de teatro.
• Apresentar as produções artístico-estéticas.

VAMOS CONVERSAR?

Nessa fase de avaliação, dois aspectos são importantes: oferecer condições


para que a criança perceba como está se sentindo corporalmente – por isso
iniciamos com o relaxamento e perguntamos ao final: “Como foi trabalhar
com bonecos nas próprias mãos?” – e propiciar à criança a verificação de suas
dificuldades para efetivar as propostas apresentadas. Apoie seus alunos nesse
tipo de olhar, dando dicas das dificuldades que você percebeu e foi vendo
neles. Problemas com leitura; escrita; falta de paciência; não conseguir ouvir
o outro são aspectos que podem atrapalhar muito o crescimento dos alunos.
Ter consciência das dificuldades pode fazer grande diferença.

206
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Refletir sobre situações de brincadeiras e jogos teatrais.
• Praticar a escuta atenta em situações de conversa, discussão, sendo
capaz de compreender o que é dito e analisar criticamente.
• Avaliar constantemente as produções.

207
UNIDADE 5:
E OS VILÕES, ONDE FICAM?
Tempo sugerido: 2 dias

VAMOS CONVERSAR?

Nesta unidade, as narrativas continuarão sendo discutidas, para que as crian-


ças compreendam mais suas características, familiarizem-se com elas, leiam,
produzam. Dando continuidade a essas aprendizagens, o foco de reflexão é
nos vilões, como personagens antagônicos aos heróis. Desse modo, a con-
versa deve ser sobre esse tema. Aproveite para ouvir a opinião dos alunos.
Gaste um tempo de uns 10 minutos tentando construir com eles um sentido,
um conceito.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Mobilizar conhecimentos prévios.
• Emitir opinião sobre as questões apresentadas.

VAMOS LER?

Há, no Livro do Aluno, dois verbetes. Faça as leituras e peça para que os
alunos indiquem o que os textos têm em comum. Chame a atenção dos dife-
rentes significados do primeiro.
Faça uma terceira leitura e pergunte novamente o que é o vilão. Verifique
com os alunos se esta última leitura se relacionada mais com o que conheciam
do significado da palavra.

208
Passe a ouvir os alunos sobre as ideias de resposta para a pergunta:

POR QUE OS VILÕES E VILÃS SÃO


IMPORTANTES PARA UMA HISTÓRIA?

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Mobilizar conhecimentos prévios.
• Iniciar a caracterização de personagens, mais especificamente
o vilão ou a vilã.

VAMOS LER E ESCREVER?

Dando continuidade à compreensão do termo “vilão”, pode-se realizar a ati-


vidade do Livro do Aluno, que objetiva fazer com que os alunos entendam
que as palavras podem ter diferentes sentidos e ampliem seu vocabulário
com as palavras que ainda não conhecem. Contextualize um pouco a Idade
Média em relação a dois aspectos: ao aspecto espacial do feudo, castelo, vila
e campo; e à relação entre o senhor feudal, os vilões e os servos.
Essa atividade também contribui para a aprendizagem do Sistema de Escrita
Alfabética, já que solicita que as crianças respondam as perguntas por escrito.
Dependendo do nível de sua turma, esse trabalho pode ser individual ou
necessitará ser coletivo. Pode-se fazer uma listinha no quadro, para preenchi-
mento posterior no caderno.
Indicamos estes endereços para ampliar informações:
• Vamos montar uma maquete?
http://marcellehistoria.wordpress.com/2013/02/25/vamos-montar-uma-maquete/
• Castelo medieval, símbolo do feudalismo: http://t.ly/9J6y7
• Feudalismo: www.todamateria.com.br/feudalismo/

209
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Caracterizar personagens, mais especificamente um vilão ou uma vilã.
• Vivenciar situações de brincadeiras e jogos teatrais e refletir sobre elas.
• Praticar a escuta atenta em situações de conversa e de explicações do
professor, sendo capaz de compreender o que é dito.
• Responder a questões, mobilizando conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

VAMOS BRINCAR?

As crianças são convidadas a brincar de cruzadinha. Essa atividade envolve um


trabalho que contribui para a aprendizagem do Sistema de Escrita Alfabética,
de maneira lúdica. Ela pode ser realizada individualmente ou em duplas.

O principal objetivo de aprendizagem desta seção é:


• Responder a questões, mobilizando conhecimentos sobre
o funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

VAMOS LER E ESCREVER?

A leitura e a escrita continuam sendo atividades frequentes na sequência.


Nesta seção, a apresentação do vilão Brutus e da vilã Cuca chega para prepa-
rar o aluno a também pensar o personagem do vilão.
Leia as informações com os alunos e depois os ajude a responder, inicial-
mente oralmente, e depois passando para o registro escrito.
As perguntas estão relacionadas à ideia de um personagem ser uma criação
de alguém, representada como um ser em um tempo e um espaço específicos.

210
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Caracterizar personagens, mais especificamente um vilão ou uma vilã.
• Responder a questões, mobilizando conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

VAMOS BRINCAR?

Nesta seção, a brincadeira implica um jogo dramático, sem haver, posterior-


mente, apresentação para um público.
Inicie pedindo que os alunos fiquem em pé na sala. O ideal é fazer essa
atividade em um espaço livre e mais amplo. Peça para que andem e respirem
fundo pelo nariz e expirem pela boca. Que andem em direções diferentes, sem
ir atrás de ninguém, só fazendo seu caminho sem bater em nenhum colega.
Depois passe a orientar o jogo:

Casamento da bicharada

Material: Tiras de papel com nomes de animais.


Escreva nomes de animais em tiras de papel separadas, mas que formem
casais, e distribua secretamente para o grupo, por exemplo: uma targeta com
o nome touro / outra com o nome vaca; leão / leoa; cachorro / cadela; bor-
boleta macho / borboleta fêmea e assim por diante, até completar o número
de alunos. Caso dê número ímpar, você pode entrar no jogo também para
compor mais um casal.
Os participantes voltam a andar pela sala normalmente e começam a assu-
mir características do animal que leram na tira de papel que receberam. Mas
não podem fazer som.
Diga ao grupo que observe o que cada um está representando e indique
que eles devem tentar identificar o seu par. Quando o tiver achado, ambos
devem sair do espaço para sentar no círculo, sem conversar ou revelar suas

211
identidades um para o outro. Quando todos tiverem encontrado seu par,
peça que voltem e façam um pequeno desfile, agora fazendo o som do animal
e verifiquem se formaram o casal correto.
Dicas: Você pode substituir os casais de animais por profissões.
(MCCARTHY e GALVÃO, 2001)
O objetivo aqui é trabalharmos juntos.

Vamos fazer improvisações?

Passe a orientar essa nova etapa:


• Peça para que os alunos se concentrem.
• Indique aos alunos que devem pensar em características de um vilão
ou de uma vilã. Quais as características mais fortes dele(a)?
• Peça para que todos andem em sala e depois, aos poucos, cada um
vai trabalhando a partir do que pensou para um vilão. Solicite para
que andem incorporando o jeito desse personagem - pare e olhe
para os outros da maneira que ele olharia. Ande e faça gestos que o
representem.
• Lance as perguntas: Como ele ou ela se vestiria? Teria uma capa? Um
chapéu? Que cores ele(a) estaria apresentando em suas roupas?

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Expressar-se com autoria, a partir das linguagens artístico-estéticas,
mais especificamente das artes visuais e do teatro.
• Jogar, a partir das propostas em sala de aula.
• Caracterizar personagens.
• Vivenciar situações de brincadeiras e jogos teatrais e refletir sobre elas.

212
VAMOS LER E ESCREVER?

Depois da brincadeira, pode-se realizar uma atividade de escrita. Peça para que
os alunos voltem para as mesas e façam a ficha técnica do vilão ou da vilã repre-
sentados na brincadeira. A ficha pode ser como aquela que foi feita para Brutus
e Cuca, mas você pode pedir agora as características do personagem também.
Lance para os alunos a proposta de realizar o painel sobre os vilões e as vilãs.
Neste painel, você pode pedir aos alunos que coloquem:
• O significado da palavra “vilão” para os textos narrativos – a indicação
aqui é a composição de texto coletivo, conceituando a palavra.
• As fichas técnicas dos vilões e das vilãs criados pelos alunos.
• A resposta coletiva à pergunta que esteve presente em toda a unidade:

POR QUE ESSES VILÕES E VILÃS SÃO


IMPORTANTES PARA A HISTÓRIA EM QUE
ELES APARECEM?

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Expressar-se com autoria, a partir das linguagens artístico-estéticas,
mais especificamente das artes visuais e do teatro.
• Jogar, a partir das propostas em sala de aula.
• Caracterizar personagens, mais especificamente um vilão ou uma vilã.
• Responder a questões, mobilizando conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.
• Produzir textos escritos para o painel.

213
PARA CASA

A tarefa de casa nesta unidade pode ser uma preparação para a unidade
seguinte, sobre lendas. Pode-se pedir que as crianças façam um levantamento
de lendas conhecidas na comunidade. Mas, antes, é importante conversar
com elas sobre o que é uma lenda e que sejam dados alguns exemplos.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Mobilizar conhecimentos prévios.
• Responder a questões, mobilizando conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

VAMOS CONVERSAR?

Converse com os alunos, partindo do título da unidade, e verifique se eles


podem responder sobre a importância do(a) vilão/vilã para o texto. Será que
os alunos acham que foi adequado o título da unidade? Peça para que eles
criem outros títulos para essa unidade.
Liste com eles no quadro o que eles aprenderam.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Caracterizar personagens, mais especificamente um vilão ou uma vilã.
• Praticar a escuta atenta em situações de conversa, sendo capaz de
compreender o que é dito.
• Avaliar constantemente as produções.

214
UNIDADE 6:
RESGATANDO LENDAS E
SEUS PERSONAGENS
Tempo sugerido: 4 dias

VAMOS CONVERSAR?

Essa conversa inicial tem o objetivo de fazer a ligação entre os conteúdos,


as experiências e as vivências que vêm sendo construídos, desde a primeira
unidade até aqui.
O que fizemos? Contamos histórias e discutimos sobre personagens – he-
róis e vilões – que aparecem nas narrativas – até nas histórias em quadrinhos
e jogos eletrônicos – , que agora vamos ver nas lendas.
Na conversa também será retomada a tarefa de casa, que servirá para que as
crianças comecem a socializar as lendas que foram citadas em casa ou na sua rua.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Mobilizar conhecimentos prévios.
• Emitir opinião sobre as questões apresentadas.
• Praticar a escuta atenta em situações de conversa.

VAMOS LER?

Leia com os alunos. Você pode ler para eles, mas, dependendo do nível de
leitura deles, o ideal é que eles participem, lendo alto alguns trechos.

215
Ao final, perguntamos se eles já sabem o que é uma lenda. Peça para que
eles falem com as palavras deles, da maneira como compreenderam.
No exercício das imagens de lendas, pedimos que identifiquem as que apa-
recem em lendas brasileiras.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Ler textos de diferentes gêneros, compreendendo que podem
provocar diversos sentidos, pois são polissêmicos.
• Refletir sobre a narrativa, o texto narrativo.
• Identificar personagens.

VAMOS BRINCAR?

A brincadeira de composição de palavras com letras móveis contempla ob-


jetivos didáticos relativos à apropriação do Sistema de Escrita Alfabética, ao
mesmo tempo em que ajuda a retomar vários personagens que foram apren-
didos na Unidade.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Identificar personagens em diferentes textos narrativos.
• Responder a questões, mobilizando conhecimentos sobre
o funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

VAMOS LER E ESCREVER?

Na atividade de pesquisa sugerida, as crianças são convidadas a pesquisar


na internet ou em outros suportes textos sobre lendas brasileiras, a partir
da atividade anterior. São três as figuras que aparecem: o Saci, a Mula sem
cabeça e a Iara. Dependendo do grupo com que você trabalha e do acesso

216
que se tenha em relação a livros e à internet, esse universo pode ser amplia-
do, solicitando dos alunos a pesquisa sobre outros personagens de nosso
folclore. O trabalho pode ser individual ou em duplas.
O ideal aqui seria que o aluno (ou as duplas) fizesse uma pesquisa e mos-
trasse o resultado em um pequeno cartaz que contivesse o nome do per-
sonagem; a lenda a que está relacionado; desenhos – de imagens coladas e
desenhos feitos pelos alunos.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Identificar personagens em diferentes textos narrativos.
• Caracterizar personagens.
• Ler textos de diferentes gêneros, compreendendo que podem
provocar diversos sentidos, pois são polissêmicos.
• Responder a questões, mobilizando conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.
• Produzir cartaz com textos e imagens que resultaram da pesquisa.

PARA CASA

As crianças são convidadas a pesquisar em casa alguma lenda para recontar e,


desta vez, escrever, em sala. Desse modo, oriente-as a registrar do modo como
puderem (gravação no celular, escrita da lenda, desenho) a lenda contada.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Identificar personagens em diferentes textos narrativos.
• Caracterizar personagens.
• Produzir registro sobre o que ouviu e viu.
• Elaborar roteiros para diferentes textos.
• Praticar a escuta atenta em situações de conversa.

217
VAMOS LER E ESCREVER?

Na aula em que os alunos trouxerem o resultado da tarefa de casa, pode-se


solicitar que:
1. as histórias sejam ouvidas/lidas. Peça que classifiquem as lendas: do
folclore nacional ou regional; urbana?
2. façam a escrita do que veio apenas como registro oral. Cada um
deverá fazer o seu, mesmo que venham histórias repetidas;
3. os alunos coloquem os textos em varal;
4. cada aluno veja o varal e escolha uma das lendas para fazer uma
ilustração, ou seja, a ilustração não precisa ser a da história
que ele trouxe.
5. os alunos escolham uma das lendas trazidas para fazer uma encenação.

Depois, ou mesmo durante a atividade de conhecer o material que os


alunos trouxeram, faça com a turma um levantamento de quantas histórias
foram trazidas, quantas foram iguais e quantas foram diferentes. Você pode,
a partir desses resultados, elaborar gráficos e interpretar os resultados junto
com as crianças.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Produzir textos escritos a partir do que ouviram.
• Produzir imagens em desenho, ilustrando histórias.
• Elaborar roteiros para diferentes textos.
• Revisar textos de diferentes gêneros, durante o processo de escrita.
• Praticar a escuta atenta em situações de conversa e em
acompanhamento de apresentação de colegas.
• Construir, ler e interpretar gráficos.

218
VAMOS LER?

Leia a reportagem com os alunos. Caso tenha em sala alunos que já possam
ler para o grupo, deixe que eles façam essa leitura. Peça para que todos acom-
panhem a leitura e parem, se não estiverem entendendo, pois vão aparecer
termos a que alguns podem não ter ainda tido acesso.
Conversar a partir da pergunta: “Você já ouviu falar sobre...?” oferece ao aluno
a possibilidade para dizer que sim ou não, mas esse espaço acaba por ser ampliado
quando alguém começa a trazer informações, contando alguma coisa que ouviu.
A partir daí é ver a compreensão do que o texto traz, mas o foco para
nós é como o autor fez uso das lendas para criar histórias, como usou os
personagens como referência para sua produção.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Identificar personagens em diferentes textos narrativos.
• Caracterizar personagens.
• Ler textos de diferentes gêneros, compreendendo que podem
provocar diversos sentidos, pois são polissêmicos.
• Praticar a escuta atenta em situações de conversa e em
acompanhamento de apresentação de colegas.

VAMOS DESENHAR?

Após a leitura do texto sobre a Comadre Fulozinha, propomos uma atividade


de desenho, a ser feito a partir do que for compreendido do texto.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Caracterizar personagens.
• Produzir imagens em desenho.
• Apresentar produções artístico-estéticas.

219
VAMOS LER E ESCREVER?

No verso do desenho, peça a escrita da lenda, chamando a atenção de que


haverá, posteriormente, o planejamento de uma apresentação de teatro.
Desse modo, é importante conversar sobre como será o texto, quem serão
os destinatários, o modo como o texto será representado.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Caracterizar personagens.
• Produzir texto escrito a partir da compreensão da lenda.
• Revisar o texto durante o processo de escrita.

VAMOS LER?

Leia a reportagem com os alunos. Caso tenha em sala alunos que já possam
ler para o grupo, deixe que eles façam essa leitura. Peça para que todos acom-
panhem a leitura e parem, se não estiverem entendendo, pois vão aparecer
termos a que alguns podem não ter ainda tido acesso.
Conversar a partir da pergunta: “Você já ouviu falar sobre...?” oferece ao aluno
a possibilidade para dizer que sim ou não, mas esse espaço acaba por ser ampliado
quando alguém começa a trazer informações, contando alguma coisa que ouviu.
A partir daí é ver a compreensão do que o texto traz, mas o foco para nós
é como o autor - Anderson Awvas - fez uso das lendas para criar história,
como usou os personagens como referência para sua produção.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Ler texto indicado no livro.
• Identificar personagens em diferentes textos narrativos.
• Praticar a escuta atenta, em situações de conversa e em
acompanhamento de apresentação de colegas.

220
VAMOS FAZER TEATRO?

A proposta para os alunos é a de usar as histórias contadas na comunidade


para fazer um teatro de fantoches. A turma pode ser dividida em grupos a
partir deste momento, já para reler as lendas. Depois disso, podemos seguir
as etapas indicadas no Livro do Aluno.
Os alunos podem ver alguns fantoches antes de decidirem com qual tipo
trabalhar. Veja com eles fantoche de meia, o de sucata, de espuma – que é
mais elaborado – ou o fantoche de papel machê (papier maché). Os dois
últimos levam tempo para estar prontos, pois passam por várias etapas e
são mais elaborados. Mas é possível trabalhar com papel machê no Ciclo de
Alfabetização. Só requer organização e tranquilidade para que as crianças,
que gostam de ver tudo pronto bem rápido, se acostumem com a ideia de
que a produção é demorada. Preparar molde, amassar papel, molhá-lo, dei-
xar secar, esfarelar, misturar com cola ou grude, modelar, deixar secar, pintar
e preparar adereços são etapas que podem durar até três dias de trabalho.
Dos fantoches, o mais simples é o de sucata, e faz um bom efeito também.
Procure com os alunos as caixas e vasilhames. Você vai ainda precisar de cola,
fita adesiva, papéis de diferentes tipos, lã ou fita, adereços de cabelos. Pode
usar tecido para fazer as roupinhas, mas caso não tenha, elas podem ser feitas
de saco plástico.
Para apresentar o resultado do trabalho – a peça de teatro de bonecos –,
a turma deverá decidir se deseja apresentar para os colegas de outras classes.
Assim, para organizar uma apresentação, será necessária a participação de
todos, que devem verificar para quem vão apresentar as histórias e em que
local. As demais etapas para a organização de eventos devem ser observadas.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Identificar personagens em diferentes textos narrativos.
• Caracterizar personagens.
• Produzir fantoches.

221
• Elaborar roteiros.
• Montar uma peça de teatro de fantoches.
• Apresentar produções artístico-estéticas.
• Ler textos de diferentes gêneros, compreendendo que podem
provocar diversos sentidos, pois são polissêmicos.
• Praticar a escuta atenta em situações de acompanhamento de
apresentação de colegas.

VAMOS CONVERSAR?

O foco da avaliação final nesta unidade é a partir da produção dos fantoches.


Colocamos várias perguntas, com o objetivo de propiciar ao aluno um olhar
sobre o seu trabalho individual e sua participação em grupo. A avaliação pode
ser feita em grupo e por escrito.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Identificar personagens em diferentes textos narrativos.
• Caracterizar personagens.
• Avaliar constantemente as produções.

222
UNIDADE 7:
CONHECENDO LOCAIS E
HISTÓRIAS PARA ENCENAR
Tempo sugerido: 8 dias

VAMOS CONVERSAR?

A conversa que inicia a Unidade 7 busca retomar o conceito de história, con-


solidando a diferença entre contar uma história e encenar uma história. Ela
deve ocorrer após a encenação da atividade com os bonecos. Tendo parti-
cipado das atividades anteriores, as crianças vão ter muito que falar sobre a
pergunta lançada: Contar história é diferente de encenar uma história?

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Praticar a escuta atenta em situações de conversa.
• Emitir opinião sobre as questões apresentadas.

VAMOS BRINCAR?

Todos devem estar em círculo. O lugar deve ser sem cadeiras e todos pre-
cisam estar em pé, com comodidade, não apertados. Caso a sala não seja
conveniente para isso, você vai precisar buscar um espaço diferenciado para
fazer a atividade.

223
Corre e dança
• Peça ao grupo que caminhe livremente pela sala, ocupando todos os
espaços disponíveis, ao som de uma música.
• Dê instruções para o grupo seguir. Por exemplo: Correr rápido (sem
bater em ninguém); andar devagar; dançar calmamente, saltar de uma
perna só; andar pisando com a parte de fora dos pés; andar como se
o chão fosse de gelo, de algodão ou coberto de lama, dançar ao som
da música.
• Você pode criar novas maneiras de caminhar. Esta atividade pode
durar cerca de 10 minutos.

Toca 3 coisas
• Peça que o grupo ande pela sala ocupando todos os espaços.
• Explique que você dirá uma série de coisas em que os alunos terão que
tocar o mais rápido possível. Por exemplo: 3 pernas; 2 paredes, 5 pés.
• Inicie por coisas e locais em que podemos tocar com rapidez e
facilidade e depois vá colocando coisas e lugares que devemos
encontrar a partir da observação e tocar com cuidado. Por exemplo,
toque em 3 brincos; 4 parafusos de cadeira.
• Essa atividade pode durar cerca de 5 minutos.

O que você está fazendo?


• Todos ficam em pé em círculo.
• Um voluntário começa a fazer mímica de uma atividade cotidiana (por
exemplo: escovar os dentes, dirigir...).
• A pessoa a sua direita pergunta: “O que você está fazendo?”
• O voluntário continua fazendo a sua mímica, mas diz estar fazendo
outra coisa, por exemplo: “Eu estou lendo um livro.”.
• A pessoa que perguntou começa a fazer a mímica da ação que escutou
(neste caso, lendo um livro). O jogo continua com a pessoa à sua

224
direita perguntando: “O que você está fazendo?”.
• A duração da atividade depende do número de pessoas envolvidas,
mas em média dura cerca de 10 minutos.
(Fonte: McCarthy e Galvão, 2001)

No caso de ter alunos com deficiência visual na sala, fazer a áudio-descri-


ção das mímicas para eles.
Essas atividades servem de aquecimento e tem o objetivo de fazer com
que as crianças se movimentem juntas, no mesmo espaço, respeitando o ou-
tro em seu tempo e em seu movimento.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Expressar-se com autoria, a partir das linguagens artístico-estéticas,
mais especificamente do teatro.
• Jogar, a partir das propostas em sala de aula.
• Vivenciar situações de brincadeiras e jogos teatrais e refletir sobre elas.

VAMOS LER?

Esta unidade terá duas etapas. A primeira de apresentação dos lugares de fazer
teatro, caracterizando os tipos de palco. Dependendo do nível de fluência de
leitura de seus alunos, deixe que eles leiam sozinhos os textos, vejam as figuras,
estabeleçam as diferenças e depois passe a conversar com a turma sobre o que
foi tratado. Caso eles ainda não estejam lendo com autonomia, peça que vejam
as fotografias. Colocamos 5. Peça para que eles digam o que estão vendo.
Aqui você pode brincar com eles a partir da identificação dos palcos.
Colocar os nomes no quadro e dizer alguma característica, por exemplo:
• a plateia assiste de frente;
• a plateia fica em círculo;
• normalmente usam cortinas nos espetáculos;

225
• o grupo que está apresentando delimita o espaço;
• apresenta cenário (lembrar que todos eles podem apresentar cenário);
• e outras perguntas desse gênero.

PALCO

ESPAÇO INTERNO ESPAÇO EXTERNO

ARENA ITALIANO RUA

O aluno pode ir marcando seu nome e o número da resposta que acertou.


Muito bem-vinda seria uma aula de campo para conhecer um equipamen-
to cultural, como um teatro ou centro que possua sala de exibição teatral.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Ler textos informativos e modelos.
• Praticar a escuta atenta em situações de conversa.

VAMOS CONVERSAR?

Nesta seção, o objetivo é favorecer a reflexão sobre os direitos ao lazer que


têm as pessoas com deficiência. É importante, a partir da imagem, alertar

226
para o fato de que a presença de cadeiras diferenciadas é uma das estratégias
para garantir a acessibilidade. As outras necessidades precisam ser atendi-
das, como a presença de áudio-descrição, de tradutor e intérprete de Libras,
acessibilidade para entrada no teatro por pessoas usuárias de cadeiras de
rodas e pessoas com deficiência visual, dentre outras.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Praticar a escuta atenta em situações de conversa e em horários de
apresentação teatral.
• Refletir sobre os direitos de pessoas com deficiência.

VAMOS CONTAR E OUVIR HISTÓRIAS?

A partir das atividades anteriores, as crianças começarão a planejar outra


vivência de teatro. Para isso, podem começar contando algumas histórias e
ouvindo a contação dos colegas. Essa é uma forma de continuar investindo no
desenvolvimento de capacidades de linguagem oral: falar e escutar com aten-
ção. É importante, no entanto, ajudar as crianças a entenderem que construir
roteiros de teatro é diferente de escrever contos. Assim, para realizar a ativi-
dade, é interessante conversar com as crianças sobre a forma composicional
e o estilo dos textos teatrais. As informações a seguir podem ajudar a discutir
o tema com as crianças.
Pode-se iniciar chamando a atenção sobre três elementos essenciais: o
ator, o texto e o público.
O ator é aquele que representa. Quando for o caso de ser o boneco, o
ator é quem faz a manipulação.
Discutir sobre o texto é o que faremos a partir deste ponto da sequên-
cia didática.
Os Textos Teatrais ou Dramáticos são aqueles produzidos para se-
rem representados (encenados) e podem ser escritos em poesia ou prosa.

227
São, portanto, peças de teatro escritas por dramaturgos e dirigidas por
produtores teatrais e, em sua maioria, são pertencentes ao gênero narrativo.
Ou seja, o texto teatral apresenta enredo, personagens, tempo, espaço
e pode estar dividida em “Atos”, que representam os diversos momentos da
ação, por exemplo, a mudança de cenário e/ou de personagens.
De tal modo, o texto teatral possui características peculiares e se distancia
de outros tipos de texto pela principal função que lhe é atribuída: a encenação.
Dessa forma, ele apresenta diálogo entre as personagens e algumas obser-
vações no corpo do texto, tal qual o espaço, cena, ato, personagens, rubricas
(de interpretação, de movimento).
Já que os textos teatrais são produzidos para serem representados e
não contados, geralmente não existe um narrador, fator que o difere dos
textos narrativos.
O teatro é uma modalidade artística que surgiu na Antiguidade. Na Grécia
antiga, ele possuía uma importante função social, donde os espectadores es-
peravam pelo momento da apresentação, que poderia durar um dia todo.

Características do Texto Teatral

• Textos encenados
• Gênero narrativo
• Diálogo entre personagens
• Discurso direto
• Atores, plateia e palco
• Cenário, figurino e sonoplastia
• Linguagem corporal e gestual
• Ausência de narrador

Linguagem Teatral
A linguagem teatral é expressiva, dinâmica, dialógica, corporal e
gestual. Para prender a atenção do espectador, os textos teatrais

228
sempre apresentam um conflito, ou seja, um momento de tensão
que será resolvido no decorrer dos fatos.
Observe que, em grande parte, a linguagem teatral é dialó-
gica, no entanto, quando a peça é encenada por somente um
personagem, é chamada de monólogo, e expressa pensamen-
tos e sentimentos da pessoa que está atuando.

Elementos da Linguagem Teatral

Os principais elementos que constituem os textos teatrais são:


• Tempo: o tempo teatral é classificado em "tempo real"
(que indica o da representação), "tempo dramático"
(quando acontecem os fatos narrados) e o "tempo
da escrita" (indica quando foi produzida a obra).
• Espaço: o chamado “espaço cênico” determina o local em
que será apresentada a história. Já o “espaço dramático”
corresponde ao local em que serão desenvolvidas as ações
dos personagens.
• Personagens: segundo a importância, os personagens dos
textos teatrais são classificados em: personagens principais
(protagonistas), personagens secundários e figurantes.

Estrutura dos Textos Teatrais


Os textos teatrais são constituídos por dois textos:
• Texto Principal: que apresenta a fala dos personagens
(monólogo, diálogo, apartes).
• Texto Secundário: que inclui o cenário, figurino e rubricas.
• Quando produzidos, são divididos de maneira linear em:
• Introdução: (ou apresentação): foco na apresentação das
personagens, espaço, tempo e tema.
• Complicação (ou conflito): determina as peripécias

229
da peça teatral.
• Clímax: momento de maior tensão do drama.
• Desfecho: desenlace da ação dramática.

Gêneros Teatrais
Os gêneros teatrais mais conhecidos são:
• Tragédia
• Comédia
• Tragicomédia
Fonte: www.todamateria.com.br/texto-teatral/

Tendo clareza sobre como se organizam os roteiros, podem-se seguir


algumas sugestões:
• Inicie fazendo uma tempestade de ideias, listando possíveis temáticas no
quadro, para que cada aluno(a) faça a sua opção. Pense com os alunos
temas que vêm sendo discutidos com a comunidade, ou temáticas que
mobilizaram os alunos a partir das discussões ou debates nas sequências
didáticas trabalhadas aqui. É importante ouvir os temas vindos dos
alunos, pois deles chegam demandas importantes – medos, alegrias,
novidades, situações dolorosas.
• Liste, pelo menos, seis temas.
• Cada aluno vai pensar em uma história que gostaria de ver contada
no teatro, a partir dos temas definidos em sala. Pode ser história
verdadeira ou já inventada.
• Depois de escolhido o tema, lance o novo problema: a escolha de um
dos personagens – um herói já visto em sala de aula.
• Tema e seu herói são o motivo para a criação das ações no
transcorrer da narrativa.
• Peça aos alunos para irem pensando na história, em tópicos.
1. Inicie pedindo que eles situem onde se passa a ação. Em que
lugar acontecerão as cenas?

230
2. Em seguida, verifique com eles quem realiza a ação. Qual/quais
personagem(ns) vai/vão entrar na história?
3. Depois vá discutindo com eles sobre o que acontece
na ação dramática.

Pensamos essa tarefa para ser vivenciada individualmente, mas, e depen-


dendo do grupo, pode ser vivida em dupla ou trio. O interessante é que
apareçam mais roteiros para que os alunos façam a opção, entrem pela porta
da decisão, como diz Fernández (2001).
Com os roteiros prontos, peça para que cada um (ou grupo) apresente.
Depois que todos contarem, volte a conversar com a turma, perguntando
quais temáticas ficaram melhor para serem encenadas.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Expressar-se com autoria, a partir das linguagens artístico-estéticas,
mais especificamente do teatro.
• Caracterizar personagens.
• Elaborar roteiros para diferentes textos.
• Produzir imagens cênicas articuladas a textos verbais, constituindo
sentidos pretendidos.

VAMOS LER E ESCREVER?

Escolha com a turma o roteiro e coordene a escrita coletiva do texto. Estimule


os alunos a estarem constantemente avaliando e revisando o texto. Depois
de escolhido o roteiro, ajude as crianças a dividirem-se em grupos, pelo nú-
mero de personagens, pois cada aluno deverá ter uma participação.
• Oriente a escrita da história junto com o grupo, a partir
do roteiro escolhido.
• Ao final, peça para que os alunos copiem o roteiro no Livro do Aluno.

231
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Expressar-se com autoria, a partir das linguagens artístico-estéticas.
• Caracterizar personagens.
• Elaborar roteiros para diferentes textos.
• Produzir imagens cênicas articuladas a textos verbais, constituindo
sentidos pretendidos.
• Revisar textos de diferentes gêneros, durante o processo de escrita.
• Planejar a escrita de textos de diferentes gêneros, antes do início da
escrita e durante o processo de escrita.

VAMOS FAZER TEATRO?

As atividades a seguir podem ser organizadas em etapas. Com o roteiro es-


crito, três etapas precisam ser vivenciadas:
1. Confecção dos bonecos
2. Oficinas para aprendizagem sobre como manipular os bonecos

1 - Confecção dos bonecos:


• Para que as crianças aprendam a confeccionar os bonecos, pode-se
pesquisar na internet e analisar as fotos que estão no Livro do Aluno.
• Cada boneco deve ser manipulado por três pessoas. Isso é o que
faz o trabalho ser rico, pois exige cooperação, respeito e muita
compreensão do gesto seu e do outro.
• Os bonecos podem ser muito elaborados ou bem simples. Podem ser feitos
com sucata, mas o importante é que ele tenha partes maleáveis – braços e
pernas que possam ter movimento, cabeça que, manipulada, imite gestos.
Os dois vídeos indicados a seguir podem ajudar a ensinar como pro-
duzir os bonecos. O primeiro apresenta bonecos feitos com papel. O
segundo, que já é mais elaborado, foi feito por profissionais.

232
• Manipulação Direta – Bertholdo Oppitz:
www.youtube.com/watch?v=lg7qGTfy7EI
• Boneco gira boneco – Festival Internacional de Teatro de Bonecos -
Ano II: www.youtube.com/watch?v=ZFTMSnlWtyg

2 - Oficinas para aprendizagem sobre como manipular os bonecos


• Com os bonecos prontos, passe a ajudar os alunos na manipulação.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Expressar-se com autoria, a partir das linguagens artístico-estéticas,
mais especificamente das artes visuais e do teatro.
• Caracterizar personagens.
• Elaborar roteiros para diferentes textos.
• Produzir imagens cênicas articuladas a textos verbais, constituindo
sentidos pretendidos.
• Produzir o boneco de manipulação.
• Montar apresentação de teatro com os bonecos de manipulação.

VAMOS ASSISTIR?

Após confeccionarem os bonecos, é importante ajudar as crianças a enten-


derem como se dá a manipulação. No Livro do Aluno colocamos uma única
sugestão para que elas vejam a manipulação dos bonecos. Aqui colocamos
mais um vídeo, agora mais técnico. Você pode avaliar se será ou não necessá-
rio compartilhá-lo com os alunos.
• Oficina de Manipulação Direta:
www.youtube.com/watch?v=KdvuTBLaElM
Outros vídeos podem ser assistidos:
• A Bruxinha - Cia. Truks: www.youtube.com/watch?v=duztpK8hHws

233
A apresentação a seguir conta etapas da chegada de uma boneca a Paris. É
um espetáculo de rua. Avalie se será necessário compartilhar com seus alunos.
Mas não deixe de mostrar os vídeos 2 e 3. Eles vão apreciar muito.
1. Royal de luxe companhia de teatro de rua, em Paris: http://t.ly/dgMAA
2. Day 1. The Giants. Little Girl Giant in Perth. Royal de Luxe. Perth,
Australia: www.youtube.com/watch?v=G7D5bEcW3kg
3. Grandmother Giantand Little Girl Giantat Clarence Dock Dancing
Hugging 2014 HD: www.youtube.com/watch?v=HPQLauT2kzE
Para esta seção vamos propiciar condições para que os alunos e alunas se
apropriem do seguinte objetivo:
• Praticar a escuta atenta, acompanhando vídeos.

VAMOS FAZER TEATRO?

A etapa seguinte, como já foi dito anteriormente, contempla planejamento da


apresentação, que pode ser subdividida em tarefas.

3 - Planejamento da apresentação:
• Definir data, local e convidados.
• Elaborar e fazer os convites aos convidados.
• Apresentar as produções artístico-estéticas.
• Avaliar cada etapa das atividades.
No planejamento da apresentação, a turma precisa conversar sobre o melhor
local e data para a apresentação, considerando o público a ser contemplado.
Em seguida, as crianças devem divulgar a apresentação para as pessoas
que serão o público do teatro. Podem fazer convites ou divulgar o evento por
meio de cartazes ou panfletos.
Por fim, as crianças devem ensaiar a apresentação e vivenciá-la na data
marcada. Toda a turma deve estar engajada nessa atividade.

234
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Organizar eventos, considerando finalidades, participantes, espaço.
• Avaliar constantemente suas produções.

VAMOS CONVERSAR?

Na seção “Vamos conversar?”, as crianças devem avaliar tudo o que foi vivenciado.
Para que a avaliação gere aprendizagens diversificadas, é preciso deixá-las falar livre-
mente, para que possam ressignificar o que aprenderam e ampliar conhecimentos.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Expressar-se com autoria.
• Avaliar toda a montagem e a organização de um evento.

PARA CASA

A atividade de casa proposta é uma atividade lúdica, de produção de um


boneco. É uma forma de fazer com que as brincadeiras extrapolem a sala de
aula e cheguem às casas das crianças. Peça que as crianças levem o boneco
para a sala de aula para mostrar aos colegas.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Expressar-se com autoria, a partir das linguagens artístico-estéticas,
mais especificamente das artes visuais e do teatro.
• Caracterizar personagens.
• Elaborar roteiros para diferentes textos.
• Praticar a escuta atenta em situações de apresentação da produção
dos colegas.
• Produzir um boneco de manipulação.

235
UNIDADE 8:
ESCREVENDO HISTÓRIAS PARA
CONTAR E HISTÓRIAS PARA
ENCENAR – TEXTOS DRAMÁTICOS
Tempo sugerido: 6 dias

VAMOS CONVERSAR?

Você pode começar a unidade socializando as experiências vivenciadas pe-


las crianças na confecção do boneco. Converse com elas sobre as dificulda-
des encontradas e as soluções que acharam para dar conta dos problemas.
Pergunte a cada uma delas o que sentiu ao ver o boneco pronto e sobre as
reações das pessoas ao vê-lo concluído. Peça para que reflitam sobre como
cada um de nós reage ao mostrar nossas produções e ideias.
Aproveite o momento também para solicitar a tarefa feita em casa: uma
apresentação de um boneco criado pelo aluno.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Apresentar resultados.
• Refletir sobre como reagimos à exposição de nossas ideias.
• Avaliar constantemente as produções.

236
VAMOS OUVIR E CONTAR HISTÓRIAS?

Nossa conversa nesta unidade trata do gostar de ouvir, de ver e de contar his-
tórias. Na realização de cada uma dessas ações, precisamos mobilizar vários
aspectos de nosso corpo: nossa inteligência, atenção, sentimentos. Do que
seus alunos gostam mais?
• Peça para que se lembrem de histórias de cinema ou TV, ou seja,
de histórias apresentadas em ações dramáticas. Peça para que eles,
inicialmente, se concentrem e organizem mentalmente o começo,
o meio e o fim. Dependendo do nível de conhecimento de escrita
de seus alunos, oriente-os a, rapidamente, elaborarem tópicos para
darem conta dessa tarefa.
• Deixe que todos contem as histórias em sala. Avalie com eles se
a história foi apresentada com as etapas necessárias, se ela ficou
compreensível, se os ouvintes sentiram que ela foi concluída, sem que
se precisasse avisar que acabou.
• Depois de as histórias estarem prontas, você pode estimular seus
alunos a se transformarem em contadores de histórias, mas não
obrigatoriamente com o uso dos adereços.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Expressar-se com autoria, a partir das linguagens artístico-estéticas,
mais especificamente do teatro.
• Elaborar roteiros para diferentes textos.
• Produzir imagens visuais e cênicas articuladas a textos verbais,
constituindo sentidos pretendidos.
• Praticar a escuta atenta em situações de observação das produções
dos colegas.

237
VAMOS ASSISTIR?

• Veja com os alunos o vídeo de uma contadora de histórias do antigo


programa Castelo Rá-tim-bum. Ela não tem adereços, mas se utiliza
de materiais diversos.
• Rá-Tim-Bum: Contadores de Histórias - A aranha, o grilo e o jacaré:
www.youtube.com/watch?v=xfv4U0V2PCk

Essa história também pode ser apresentada em Libras.


• A aranha, o grilo e o jacaré LIBRAS legendado:
www.youtube.com/watch?v=ifgkBKfI04o

É bem interessante também o que alunos universitários fizeram.


Acompanhe o vídeo e veja as possibilidades de um trabalho como esse no
Ciclo de Alfabetização.
• Alunos Contadores de Histórias: www.youtube.com/watch?v=ZRQ10k_EZ4k
• Pode ser encontrada também no endereço: www.alunoscontadores.com.br/

O principal objetivo de aprendizagem desta seção é:


• Praticar a escuta atenta, acompanhando vídeos.

VAMOS CONVERSAR?

Nesta seção, é interessante propor uma roda de conversa sobre os vídeos


que foram exibidos. Podem ser feitas questões de compreensão do que foi
assistido, até questões acerca do que os alunos gostaram ou não. No final, é
importante discutir sobre o papel da escrita em produção de vídeos. As crian-
ças precisam perceber que nessas atividades, via de regra, há textos escritos
que orientam as produções.

238
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Praticar a escuta atenta, acompanhando vídeos.
• Exercitar a linguagem oral, organizando o pensamento para falar.

VAMOS BRINCAR?

As atividades a seguir preparam as crianças para uma atividade de escrita. É


interessante que os alunos compreendam que há um investimento criador da
parte de quem escreve, que desenvolve técnica e expressividade. Mas inicie
brincando com as crianças.

Jogo mar e terra


• Divida o espaço (com giz ou fita crepe) em duas metades: uma será o
mar e a outra a terra.
• Peça ao grupo que comecem todos juntos em um dos espaços.
• Explique que, quando o facilitador gritar “MAR”, todos devem pular
ou correr para o mar, e quando gritar “TERRA”, todos devem ir para
o outro lado.
• Aqueles que pulam para o lado errado saem do jogo, que continua até
haver apenas uma pessoa.
• Variação. Ao invés de usar MAR e TERRA, você pode usar cores, nomes
de lugares ou palavras relacionadas a um tema determinado.
• Você pode também escrever as palavras Terra e Mar com giz ou
mesmo fita crepe para o início do jogo. Depois pode apagar. Pode
também colocar uma figura que retrate terra e outra que retrate mar
junto das palavras. Você pode gastar uns 5 minutos neste jogo.
• Objetivo: desenvolver foco

239
Imagem da frase
• Você vai indicar em quantos grupos a sala terá que ser dividida.
Grupos entre 3 a 7 pessoas.
• Distribua uma frase comum para cada grupo, como:
Tenha cuidado!
Obrigada!
Parabéns!
• Cada grupo tem 3 minutos para fazer uma imagem congelada de sua
frase, como uma fotografia.
• A imagem não pode ter nenhum movimento ou som.
• Observe as imagens uma a uma. O resto do grupo descreve o que
está vendo e tenta adivinhar qual é a frase.
• Você pode gastar aqui cerca de 15 minutos para este jogo.
Fontes: BOAL, AUGUSTO e MCCARTHY e GALVÃO, 2001, p.90

A ilha da fantasia
• Em pequenos grupos, uma pessoa (participante) explica a cena – uma
fantasia que ela gostaria de encenar. Por exemplo, encenar que é um
cantor famoso, ter uma casa própria, se formar...
• Um participante encena para o restante do grupo, até que eles achem
que essa é uma boa representação da sua fantasia. O grupo atua na
cena junto com o protagonista, fazendo o papel dele ou dela mesma.

Discussão: Como foi atuar em sua própria fantasia? Seu sonho foi realizado? A
representação foi como imaginou? Esse jogo leva em média 20 a 25 minutos.
(MCCARTHY e GALVÃO, 2001)

Ao final, sente em círculo com os alunos e reflita com eles sobre como
foram as produções e como eles se sentiram vivenciando os dois últimos
jogos dramáticos.

240
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Expressar-se com autoria, a partir das linguagens artístico-estéticas,
mais especificamente do teatro.
• Jogar, a partir das propostas em sala de aula.
• Vivenciar situações de brincadeiras e jogos teatrais e refletir sobre elas.
• Produzir imagens visuais cênicas articuladas a textos verbais,
constituindo sentidos pretendidos.
• Apresentar produções artístico-estéticas.
• Avaliar constantemente as produções.

VAMOS LER E ESCREVER?

Os alunos vão receber o comando para escreverem em folha de papel


ofício um pequeno roteiro com ações do tipo: andar, sentar, pegar revista,
ler. Pedimos que eles pensem em coisas simples que fazem no cotidiano.
Mas solicitamos que esse roteiro também venha cheio de algum sentimen-
to e que possibilite falas a quem vai representar. E salientamos: “Assim,
imagine o que o personagem está sentindo enquanto se movimenta e fala
em sua representação”.
• Receba os papéis escritos e misture-os. Você pode distribuir ou
cada aluno pode apanhar um dos papéis de outro aluno. Deve ler
atentamente em silêncio. Você pode ajudar e mesmo fazer com que o
colega que escreveu ajude quem está lendo.
• Depois de feita a leitura, peça para que todos se concentrem em
pensar maneiras de representar para o grupo o que leu.
• Passe para a apresentação dos alunos.

Terminada a participação de todos, não deixe de fazer uma avaliação. Para


os alunos, lançamos as questões: O que a pessoa apresentou foi exatamente
o que você pensou para a representação? Ela conseguiu demonstrar o senti-

241
mento que havia por trás das ações? Será que quem representou compreen-
deu o que você queria?

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Expressar-se com autoria, a partir das linguagens artístico-estéticas,
mais especificamente do teatro.
• Jogar, a partir das propostas em sala de aula.
• Elaborar roteiros para diferentes textos.
• Apresentar produções artístico-estéticas.
• Avaliar constantemente as produções.

Depois da atividade de escrita das descrições de ações, podem-se iniciar


reflexões mais sistemáticas sobre as características dos roteiros de teatro.
Para isso, pode-se começar com a leitura de um roteiro.
Dependendo do nível de leitura de seus alunos, peça para que todos leiam,
inicialmente, em silêncio. Em seguida, divida as falas para uma leitura em voz
alta. O texto pode ser lido por cada 5 por vez, ou seja, considerando o nú-
mero do personagens e mais uma pessoa que leia o que encontramos entre
os parênteses. Inicialmente isso pode ser feito por você e depois essa tarefa
pode passar para um aluno.

Escândalo na classe econômica


jANAÍNA RUSSEFF
Antes de discutir sobre a organização do gênero do texto, é importante
conversar sobre o conteúdo dele. É sempre bom refletir sobre os efeitos
que os textos causam, sobre os sentimentos e emoções que eles suscitam. A
discussão sobre a estrutura e o estilo também é importante, mas não deve se
sobrepor às reflexões sobre o que o texto nos diz.
Depois da discussão sobre o texto, pode-se passar para a reflexão sobre
seus aspectos composicionais e estilísticos.
São cinco personagens e uns poucos figurantes.

242
É interessante explicar que esse texto foi produzido a partir de processo
colaborativo em sala de aula.
• Levante, junto com os alunos, as características do texto de teatro.
Depois, arrume os alunos em duplas e peça para que trabalhem
verificando novamente a arrumação do texto da peça que leram. Vá
acompanhando os achados dos alunos. Eles poderão dizer:
1. Os personagens falam diretamente entre si.
2. Não se tem a figura de um narrador.
3. São escritos diálogos.
4. Entre os parênteses aparecem indicações de movimentação e de reações
que os personagens devem representar. Elas são chamadas de rubricas.
• A leitura do texto sobre rubricas e o texto teatral deve
ser feita coletivamente.

• Aproveite para discutir com os alunos as maneiras de indicar as ações


e os sentimentos que possam ocorrer em uma peça. Volte para a peça
que lemos e vá indicando com eles o que foi movimento em palco e o
que foi sentimento a ser representado.
Agora a orientação é organizar as crianças em dupla e levá-las a comparar
a escrita que fizeram no início da unidade e o roteiro que foi lido.
Peça para que os alunos escolham um dos roteiros vivenciados e, em du-
pla, refaçam a tarefa, agora acrescentando as rubricas.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Ler textos de diferentes gêneros, compreendendo que podem
provocar diversos sentidos, pois são polissêmicos.
• Elaborar roteiros para diferentes textos.
• Planejar a escrita de textos de diferentes gêneros, antes do início da
escrita e durante o processo de escrita.
• Revisar textos de diferentes gêneros, durante o processo de escrita.

243
PARA CASA

Proponha que as crianças levem o texto revisado para casa e leiam para al-
guém, Peça que elas tragam sugestões de como melhorar o texto. Converse
com elas sobre como devem receber as críticas, as correções, num movimento
de escuta, de análise, de avaliação em relação às indicações sobre seu texto.
Como vamos produzir um pequeno livro, solicite também que façam uma
ilustração de uma cena. Caso os alunos decidam que vão fazer mais esse
livro, peça para que indiquem em qual posição – retrato ou paisagem – todos
devem desenhar.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Expressar-se com autoria, a partir das linguagens artístico-estéticas,
mais especificamente das artes visuais e do teatro.
• Refletir sobre como reagimos à exposição de nossas ideias.
• Produzir imagens em desenho, realizando análise acerca dos efeitos de
sentido identificados.
• Produzir imagens visuais e cênicas articuladas a textos verbais,
constituindo sentidos pretendidos.
• Praticar a escuta atenta em situações de observação das produções
dos colegas.

VAMOS LER E ESCREVER?

Retome com os alunos os textos produzidos na unidade anterior e discuta so-


bre as sugestões que receberam das pessoas que os leram. Converse sobre a
importância de revisar os textos e de ouvir sugestões, mas alerte-os para o fato
de que nem sempre é preciso atender ao que é sugerido. Depois, dê um tempo
para que as crianças façam as alterações que julgarem importantes. Depois,
sugira que os textos e as ilustrações sejam agrupados para formar um livrinho.

244
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Refletir sobre como reagimos à exposição de nossas ideias.
• Revisar textos de diferentes gêneros.
• Avaliar constantemente as produções.

VAMOS PRODUZIR UM LIVRO?

Proponha às crianças que elas juntem os roteiros de teatro e as ilustrações


de cena que produziram e montem um livro, a ser entregue à biblioteca.
Combine com elas todas as etapas para a publicação: revisão, organização da
sequência, elaboração do sumário, elaboração da capa, ilustrações, estraté-
gias de divulgação e entrega à biblioteca.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Produzir um livro de roteiros de teatro.
• Organizar um evento.
• Avaliar constantemente as produções.

245
UNIDADE 9:
ESCREVENDO HISTÓRIAS PARA
CONTAR E HISTÓRIAS PARA
ENCENAR – TEXTOS DRAMÁTICOS
Tempo sugerido: 10 dias

VAMOS CONVERSAR?

Para iniciar a Unidade 9, é interessante retomar três formas de se participar


de teatro: escrevendo, encenando e assistindo. Essa conversa vai ficar muito
boa se as crianças socializarem o que cada uma sente ao vivenciar um espetá-
culo, seja de teatro, seja um filme na TV ou no cinema. Você pode acrescentar
também o circo, pois muitos espetáculos circenses também estabelecem uma
narrativa, não sendo só uma sucessão de acrobacias.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Refletir sobre a narrativa, o texto narrativo.
• Avaliar constantemente as produções.

VAMOS BRINCAR?

Antes de começar os jogos, repita com os alunos uma das caminhadas feitas an-
teriormente. Peça para que se concentrem, respirem profundamente, inspirando
pelo nariz e soltando o ar pela boca. Repita algum dos exercícios que eles gostaram
– caminhando a partir do ritmo das palmas ou andando de maneiras diferentes.

246
Chame a atenção deles para andarem ocupando todos os espaços da sala.
Depois, você vai orientar as seguintes atividades:

Imagem da hora
• cada um achará um espaço na sala para trabalhar.
• Explique que você falará uma hora do dia e todo mundo deve congelar
numa imagem do que eles usualmente estariam fazendo naquela
hora do dia (você irá diferenciar entre os dias, por exemplo: dias de
descanso e feriados).
• Peça a todos para tentarem e estimule para que, sem se moverem,
olhem as diferentes imagens em volta deles.
• Repita com diferentes horas do dia.
• Discuta com o grupo depois, em círculo, as semelhanças e diferenças.
Por exemplo, todos se levantam na mesma hora em dia de feriado?
• Essa atividade dura cerca de 15 minutos.
fontes: BOAL, AUGUSTO e MCCARTHY e GALVÃO, 2001, p.120

Imagens instantâneas
• decida um tema para trabalhar com o grupo.
• Os participantes ficam em um círculo, virados para o lado de fora.
• A facilitadora grita uma palavra-chave relacionada ao tema trabalhado,
conta até 3 e então bate palmas.
• Ao ouvirem as palmas, os participantes vão para o centro do círculo e
fazem imagens congeladas da palavra, usando seus próprios corpos.
Baseado em BOAL, AUGUSTO e MCCARTHY e GALVÃO, 2001, p.121

Com crianças, as temáticas podem ser relacionadas a sensações e a senti-


mentos mais diretos. Você pode gritar, por exemplo:
• Num dia de chuva;
• Que banho gostoso!
• Esse sorvete...

247
• Que discussão!!!
• Essa comida está estragada?
• Coitadinho do bichinho!

Minha frase favorita


Todos em círculo. Cada aluno, um de cada vez, deverá passar pela frente dos
colegas, olhando nos olhos de cada um deles. Ao final, depois de ter olhado
todos, deverá ir para o meio da roda e dizer sua frase, que será acompanhada
de um movimento. Todos batem palmas. Assim, um a um, anda no círculo e
diz sua frase favorita (ou que tenha escolhido para dizer no grupo).
Ao final das atividades, avalie-as com os alunos, perguntando como eles se
sentiram, se conseguiram se concentrar sem maiores problemas, se fizeram
de maneira adequada as representações.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Expressar-se com autoria, a partir das linguagens artístico-estéticas,
mais especificamente das artes visuais e do teatro.
• Jogar, a partir das propostas em sala de aula.
• Produzir imagens cênicas articuladas a textos verbais, constituindo
sentidos pretendidos.

VAMOS LER E ESCREVER?

Na Unidade 8, as crianças tiveram acesso a um roteiro de teatro e puderam


escrever um. Nesta unidade, tal conhecimento será aprofundado e ampliado.
A pesquisa sobre o significado das palavras é uma maneira de trazer o aluno
a refletir sobre quem escreve para o teatro e de compreender que uma peça
teatral é um gênero diferenciado.
Essa atividade pode ser feita com todo o grupo classe. Pode ser vivenciada
na biblioteca, onde os alunos podem ver dicionários, enciclopédias. Ou ainda

248
pode ser feita diante de um computador. O resultado pode ser escrito no
quadro, mas peça também que os alunos escrevam em folha de papel ofício,
pois será utilizado depois.
• Pode-se conversar com as crianças sobre a forma composicional de
uma peça de teatro, pois as partes que a compõem ajudam a montar a
apresentação da peça. Caso os alunos já leiam, peça para que leiam no
livro deles e discutam sobre as informações.
• O quadro da estrutura deve ser revisitado sempre que necessário,
durante a escrita.

Para sistematizar melhor as aprendizagens, podem-se convidar os alu-


nos a relerem a peça de Janaína Russeff, para delimitar a exposição, o con-
flito e o desenlace.
Dando continuidade à atividade, é hora de propor a escrita de uma peça, a
ser representada na culminância da sequência. Como toda a turma encenará a
peça, então só será produzida uma história. A escrita, então, poderá ser coletiva.
No Livro do Aluno são expostas algumas recomendações para essa fase
do trabalho.
Na atividade de escrita, é preciso fazer com que as crianças compreendam
que existe o começo, o meio e o fim.
Também é importante que as crianças entendam que as histórias têm um
narrador, mas que no texto dramático essa figura que conta a ação não existe,
pois são os personagens que vivem as ações.
Deixamos o texto a seguir para seu estudo:

O TEXTO TEATRAL E O NARRATIVO


Estudos Literários
Com exceção de certas representações, como a pantomima (representação
de uma história exclusivamente através de gestos, expressões faciais e mo-
vimentos), ou das improvisadas como a CommediaDell’arte, o teatro não é
uma arte totalmente autônoma. Precisa, como base, de textos literalmente

249
elaborados. O texto foi, tradicionalmente, o alicerce básico da arte dramáti-
ca na maioria das culturas, embora isso se tenha verificado de forma mais
acentuada no Ocidente. Estes textos literários formam, em seu conjunto,
a Literatura Dramática. As artes cênicas e a literatura dramática, que evoluíram
paralelamente, constituem uma unidade indissolúvel, que se materializa na
atuação, na representação, no palco.
Apesar da semelhança entre um texto teatral e um texto narrativo (conto, novela,
romance), há diferenças de fácil distinção, a saber:
• No texto narrativo, o narrador é o veículo dos acontecimentos, pois é
aquele que transmite a história. O texto teatral, entretanto, dispensa o
narrador. No teatro, a história não nos é contada, mas, sim, mostrada pelos
personagens vividos pelos atores, como se fosse de fato a própria realidade.
Essa é a vantagem do teatro: transforma a narração em ação; nada existe sem
a ação e a não ser por meio dela.
• Por outro lado, em virtude da falta de narrador, o diálogo constitui-se o
elemento determinante da ação dramática. Destituída do narrador, é a
forma natural dos personagens desenvolverem a ação.
• As rubricas (didascálias) são indicadoras de um texto teatral; orientam
os atores sobre o modo de proceder no palco. São frases ou palavras
que indicam o ambiente, a época, os costumes, os gestos, os objetos e
entonações de voz dos atores; são grafadas entre parênteses, com letras
minúsculas e, geralmente em itálico. Antes, porém, em letras maiúsculas,
vem o nome das personagens. Há as rubricas de interpretação e as de
movimento: PAULO: (desviando a conversa) - Está frio... (= de interpretação).
CARLOS: (batendo na porta) - Marcos! MARIA (segurando a mão de Tião) – Por
que, Tião? (= de movimento).
• O texto teatral nos informa somente o essencial a respeito do espaço. Ao
lê-lo, podemos imaginar qualquer espaço. No palco, não há a necessidade
de se colocar uma multidão em cena para indicar que o personagem está em
meio a ela. Som previamente gravado pode substituir as vozes da multidão;
assim como substituir ruídos de trens, carros, aviões etc.

250
• O texto narrativo é dividido em capítulos, enquanto o teatral é dividido em
atos, que podem ser subdivididos em cenas, quando a peça é muito longa.
• No teatro, o autor é relegado aos bastidores, onde permanece invisível e
em silêncio. Ele desaparece atrás do mundo que criou.
• Enquanto os textos narrativos e teatrais ficam documentados em livros, os
cenários e figurinos em fotografias e desenhos, a peça teatral é efêmera, só
se realiza integralmente enquanto dura o espetáculo.
Este texto foi elaborado com a ajuda de: Brook, Peter. O teatro e seu espaço.
Petrópolis: Vozes, 1970. / Magaldi, Sábato. Iniciação ao teatro. São Paulo: Ática,
1986. Ricardo Sérgio: www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/183022

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Expressar-se com autoria, a partir das linguagens artístico-estéticas,
mais especificamente do teatro.
• Refletir sobre a narrativa, o texto narrativo.
• Revisar textos de diferentes gêneros.
• Avaliar constantemente as produções.

VAMOS BRINCAR?

Essa atividade é a primeira parte de um jogo teatral mais elaborado, e é uma ten-
tativa de criação de uma história. A brincadeira deve durar cerca de 15 minutos.
1. Com os participantes sentados em círculo, uma pessoa (professor ou
aluno) começa a contar uma história, relacionando-a com um tema/
assunto que está sendo trabalhado na sala de aula. Ex. “Esta é a
história de .... que caiu na rua quando....”. Cada pessoa só deve falar um
enunciado. A pessoa do lado (direito ou esquerdo) vai dar continuidade à
narrativa, criando seu enunciado para ir complementando a história. Cada
pessoa vai elaborando a sua narrativa até o grupo finalizar a história.
Sugestão de atividade retirada na Revista Literatura e Arte, volume 2

251
Depois de “contada” a história pelo grupo, pergunte aos alunos se é possí-
vel classificar os personagens dessa narrativa, se houve um personagem prin-
cipal – protagonista. Podem-se lançar as perguntas: apareceram personagens
secundários? E figurantes? Na nossa história apareceu algum problema a ser
resolvido? Houve algum momento de maior impasse ou clímax do problema?
Como o conflito foi resolvido?
Lembramos que a história inventada nessa brincadeira é apenas exercício.
Não será escrita nem encenada.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Expressar-se com autoria, a partir das linguagens artístico-estéticas.
• Jogar, a partir das propostas em sala de aula.
• Caracterizar personagens.

VAMOS LER E ESCREVER?

Escrevendo nosso roteiro


Depois do jogo, pode-se avisar aos alunos que vamos passar a escrever uma
história coletiva. Na produção coletiva, é muito importante ter uma fase inicial
para combinar um plano geral do texto: tema, personagens, cenário, enredo.
Durante a escrita, deve-se combinar cada parte do texto, relendo sempre
o que já foi escrito, para dar continuidade, para garantir a coerência e a coe-
são do texto. A revisão final também é necessária.
Considerando que o texto é para ser encenado, será necessário escrever
de acordo com o gênero texto dramático. Dependendo de sua turma e do
quanto os alunos já escrevem, você pode inicialmente escrever no quadro
a história - começo, meio e fim. Se a trama for aceita por todos, você pode
deixar que os alunos façam em seus cadernos as rubricas, a partir do que
todos combinaram.

252
Considerando ainda que o texto será encenado, estudá-lo também faz
parte do trabalho.
Indicamos a seguinte leitura:
• Escrita Coletiva na Alfabetização: http://t.ly/BJKNM

Depois da montagem da história


• Classifique os personagens – protagonista(s), secundário(s), figurante(s);
• Verifique a estrutura do texto – exposição, conflito, desenlace;
• Houve clímax? Qual foi?

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Expressar-se com autoria, a partir das linguagens artístico-estéticas.
• Jogar, a partir das propostas em sala de aula.
• Refletir sobre a narrativa, o texto narrativo.
• Caracterizar personagens.
• Produzir contos coletivamente, contemplando a criação de
personagens.
• Avaliar constantemente as produções.

PARA CASA

A atividade de casa é o estudo do texto que será encenado. Oriente as


crianças a relerem com cuidado, estudando o texto, pois na próxima uni-
dade planejarão como será a apresentação. Pedimos ainda um estudo em
desenho de caracterização de um dos personagens da peça. Sendo possível,
divida a turma no sentido de que todos os personagens da peça sejam re-
presentados em desenho.

253
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Expressar-se com autoria, a partir das linguagens artístico-estéticas,
mais especificamente das artes visuais e do teatro.
• Caracterizar personagens.
• Produzir contos coletivamente, contemplando a criação de personagens.
• Produzir imagens visuais e cênicas articuladas a textos verbais,
constituindo sentidos pretendidos.
• Revisar textos de diferentes gêneros, durante o processo de escrita.
• Avaliar constantemente as produções.

VAMOS CONVERSAR?

O mais importante nessa conversa de avaliação é que o aluno reflita sobre a


participação dele no texto coletivo. Ele aderiu ao projeto de escrever coleti-
vamente? Cooperou? Ele acrescentou ideias e palavras? Ele ajudou a tornar a
história mais rica a partir de sua imaginação?
O aluno precisa compreender que sua postura em sala de aula faz diferen-
ça em seu aprendizado.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Avaliar a participação em produções coletivas.

254
UNIDADE 10:
MONTANDO NOSSA
PEÇA DE TEATRO
Tempo sugerido: 10 dias

VAMOS CONVERSAR?

Inicie essa conversa resgatando as atividades realizadas na Unidade 9 – a


construção de história na estrutura de um roteiro de teatro. As próximas
atividades se destinam a montar uma peça a partir do roteiro que os alunos
criaram. Caso eles ainda não queiram utilizar a história criada na unidade
anterior, volte a construir com eles outra. O importante é que eles montem
a peça a partir da criação deles.
Verificar as expectativas em relação ao trabalho será bom, principalmente
porque essa é uma atividade em grupo e nem sempre as crianças compreen-
dem o valor de dividir o trabalho com o outro.

O principal objetivo desta seção é:


• Verificar expectativas em relação ao trabalho.

255
VAMOS BRINCAR?

Oriente os seguintes jogos:

Quantas utilidades tem um balde


• Você vai precisar ter objetos de uso cotidiano, por exemplo: balde,
bola, relógio, cestinho de vime.
• Divida o grupo em duplas e distribua um objeto do dia a dia
para cada uma.
• Cada dupla tem 5 minutos para descobrir o maior número de
utilidades possíveis para o objeto que recebeu.
• Elas fazem isso se revezando e improvisando com seus objetos (por
exemplo: um balde como cadeira, como chapéu, um buraco no chão...).
• Ao final dos 5 minutos peça para algumas duplas mostrarem
o que fizeram.
(MCCARTHY e GALVÃO, 2001, p.93)

Diferentes maneiras de dizer oi!


• Em círculo, cada pessoa irá dizer a palavra “oi” de maneira diferente,
dependendo do sentido que queira expressar, variando a entonação, o
ritmo, a altura, o gesto.
• Quando a pessoa disser “oi” acompanhado de um gesto que seja
adequado à intenção expressa, o grupo irá repetir por duas vezes a
forma como a palavra foi apresentada, o que expressará a leitura feita
pelo grupo, do texto (verbal e corporal) produzido.
• Essa brincadeira propõe a vivência de muitas maneiras de dizer “oi”, mas
para nós essa atividade será: diferentes maneiras de chamar a mãe.
Sugestão de atividade retirada da Revista Literatura e Arte, volume 2

256
Catadores de maçã
• Coloque uma maçã ou 4 objetos do mesmo tipo – cadernos,
garrafinhas de guaraná - em cada canto da sala.
• Peça a um time de quatro participantes para ficar de pé em um círculo,
com suas costas voltadas para o centro e os braços dados pelos cotovelos.
• Explique que cada um deles terá que pegar uma das maçãs o mais
rápido possível.
• O restante do grupo observa o time.
(MCCARTHY e GALVÃO, 2001, p.104)

Na próxima seção indicaremos possibilidades para a avaliação dos jogos.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Jogar, a partir das propostas em sala de aula.
• Vivenciar situações de brincadeiras e jogos teatrais e refletir sobre elas.

VAMOS CONVERSAR?

Depois que os alunos vivenciarem os jogos, converse sobre as experiências.


Algumas perguntas podem ser feitas: Como resolveram os problemas? A pri-
meira pessoa ou time teve maior dificuldade que os outros?
Ao concluírem a avaliação do último jogo, reflita com os alunos sobre o que
queríamos com esses jogos. Eles chegaram à conclusão de que em todos pedi-
mos deles imaginação e resolução de problemas? No primeiro, essa relação é
bem forte. No segundo, desejamos fortemente a ligação entre o imaginar uma
situação e representá-la. Por exemplo, ao lembrar-me de como chamo minha
mãe, imagino diferentes situações e aí faço uso da memória para representar. No
terceiro, também precisamos da imaginação, mas sem o trabalho em grupo não
conseguimos dar conta da tarefa. Esses aspectos são necessários para a vivência
que teremos de enfrentar: a montagem de uma peça de teatro em grupo.

257
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Jogar, a partir das propostas em sala de aula.
• Refletir sobre a narrativa, o texto narrativo.

VAMOS FAZER TEATRO?

Nesse momento, as crianças começarão a organizar a apresentação teatral


que será vivenciada na culminância da sequência. Alguns textos podem ajudar
a orientar melhor essas atividades:
Para ampliação de seu estudo:
• Cenografia: www.youtube.com/watch?v=1-1ao0ixHZI
• Elementos do teatro - nos bastidores:
www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=197
• Desvendando o teatro: www.desvendandoteatro.com/componentes.htm

O planejamento para a realização de uma peça de teatro é muito impor-


tante. Pode-se conversar sobre todas as etapas a serem vivenciadas para essa
culminância da sequência:
• Estudo do roteiro de teatro
• Planejamento da apresentação
• Ensaio
• Divulgação
• Apresentação

Na etapa de planejamento, a turma precisa tomar algumas decisões:


1. Onde será a apresentação?
2. Quem serão as pessoas da plateia?
3. Quando será a apresentação?
4. Qual será a função de cada pessoa da sala?
5. Qual será o tipo de palco? Como será o cenário?

258
6. Como será produzido o figurino?
7. Como as pessoas serão convidadas?

Em relação a cada decisão, é importante envolver as crianças e ajudá-las a


registrar no Livro do Aluno.
Antes, no entanto, de tomar todas as decisões, é necessário realizar algu-
mas atividades para as crianças entenderem as tarefas envolvidas na produ-
ção de uma peça e os profissionais envolvidos.
Os conhecimentos sobre os diferentes profissionais envolvidos no teatro
ampliarão os saberes das crianças e ajudarão a valorizar mais esse tipo de
produção artística. Para isso, pode-se iniciar com uma socialização dos co-
nhecimentos prévios das crianças sobre quem são as pessoas que trabalham
no teatro. Depois, pode-se passar para a leitura da imagem. Ver a imagem
e fazer a relação da palavra com a atividade é uma tarefa que as crianças
apreciam bastante. Dê a elas um tempo para isso.
Uma das funções em uma peça de teatro é a de Diretor. Faça a leitura em
voz alta do texto que está no Livro do Aluno, para que as crianças conheçam
as tarefas de um Diretor.
Converse sobre quem do grupo assumirá essa missão. Será um ou um
grupo de diretores? Verifique a conveniência.
Para dar continuidade à tarefa, pode-se realizar a atividade de pesquisa.
Pode-se aproveitar a dica das profissões para pedir que os alunos escrevam o
que cada uma das funções requer.
Após a realização dessas atividades, pode-se passar para a discussão de
cada item do planejamento.
1. Onde será a apresentação?
2. Quem serão as pessoas da plateia?
Combine com as crianças onde a peça será encenada, considerando
para isso o público pretendido. O ideal é que a peça tenha um público
que motive as crianças a se dedicarem à atividade.

259
Na discussão, é importante considerar que algumas crianças podem
não querer representar, seja por timidez, seja por ter outros interesses.
Neste caso, pode-se deixar claro, desde o início, que serão necessárias
várias atividades e que nem todos precisam ser atores. Diga que algumas
pessoas podem ficar responsáveis pela música, pelo cenário, pela recep-
ção aos convidados, dentre outras tarefas. A ideia é que a atividade seja
um prazer para os alunos, nunca um constrangimento ou sofrimento.
3. Quando será a apresentação?
Para definir a data da apresentação, converse com as crianças sobre a dis-
ponibilidade do público pretendido e do tempo que será necessário para
realizar todas as tarefas que serão vivenciadas até chegar à apresentação.
4. Qual será a função de cada pessoa da sala?
Essa parte ficou dedicada à compreensão de que fazer teatro não é só en-
cenar. Existem muitos fazeres e saberes por trás do que se vê em um palco.
Em grupo, definam qual será a tarefa de cada um para chegar à apre-
sentação final: Quem será o Diretor? E os atores? Quem representará
cada personagem? Que outras funções existem no teatro? Quem de-
sempenhará cada uma?
Para que cada aluno pense sobre o que terá que fazer para a ativida-
de dar certo, pode-se realizar uma atividade envolvendo desenho. Para
isso, podem-se dividir os fazeres e profissões relacionadas ao teatro e
pedir que cada aluno desenhe uma dessas pessoas, para depois compor
um painel com os desenhos e as funções de cada uma delas. Você pode
ampliar essa lista.
5. Qual será o tipo de palco? Como será o cenário?
6. Como será produzido o figurino?
7. Como as pessoas serão convidadas?
As decisões sobre o tipo de palco, o cenário, o figurino e as maneiras
como as pessoas serão convidadas podem ser apenas algumas indica-
ções gerais, deixando certa margem de autonomia para as crianças que
ficarem responsáveis por essas funções.

260
Quanto ao palco, pode-se conversar se será do tipo arena ou cena italiana.
Em relação ao figurino, pode-se discutir, por exemplo, se todos vão usar
uma cor de roupa ou com lenços amarrados no pescoço ou cintura (só para
ter um elemento cênico), ou cada um decidirá por uma roupa diferente do
fardamento escolar ou se farão algum tipo de atividade de recolher roupas
emprestadas com os familiares e amigos.
Como foi dito anteriormente, é importante que as principais decisões se-
jam registradas no Livro do Aluno.
Após a etapa de planejamento, serão vivenciadas outras decisões. É im-
portante lembrar que a regra será:

TODOS DEVEM PARTICIPAR DAS DIFERENTES ATIVIDADES


DE CONSTRUÇÃO E DE INTERPRETAÇÃO DA PEÇA
ESCRITA PELO GRUPO.

Caso seja necessário, você pode ir registrando no quadro da sala ou em


um cartaz as decisões tomadas, além do registro nos Livros dos Alunos.
A partir desse momento, a dedicação de todos vai fazer a diferença. Caso
todos ajudem, em duas semanas uma apresentação escolar pode ficar pronta.
Caso você esteja em uma comunidade em que os pais participam, peça
que eles apoiem fazendo alguma atividade mais específica: uma parte do ce-
nário; maquiagem; uma roupa mais adequada que precisará de costura.
A etapa de divulgação é muito importante e deve ser feita com a colabo-
ração de todos. As crianças podem fazer cartazes, convites orais e escritos.
Para cada tipo de produção, podem-se utilizar linguagens diversas: texto ver-
bal, desenho, fotografia, dentre outros.
O ensaio também deve ser feito com a participação de todos, de modo
que os que não forem atuar como atores possam ver a atuação dos colegas
e dar opiniões. No entanto, deve-se salientar que o Diretor ou os Diretores
têm certa autonomia para conduzir isso.

261
Por fim, na apresentação, é bom destacar a importância que cada um teve
para se chegar à culminância do trabalho. Pode-se produzir um folder com
todos os nomes e suas funções.
O teatro é arte que precisa ser documentada com fotografias e vídeo. Sendo
possível, essa será uma boa lembrança para você, os alunos e a escola. Podem-
se envolver os pais das crianças nesta etapa e fazer um painel depois, para
deixar um tempo na escola. Isso valorizará muito o que as crianças fizeram.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Expressar-se com autoria, a partir das linguagens artístico-estéticas,
mais especificamente do teatro.
• Refletir sobre a narrativa, o texto narrativo.
• Identificar personagens em diferentes textos narrativos.
• Identificar o personagem principal de uma história.
• Caracterizar personagens.
• Produzir imagens (desenho ou montagem), realizando análise acerca
dos efeitos de sentido identificados.
• Produzir imagens visuais e cênicas articuladas a textos verbais,
constituindo sentidos pretendidos.
• Montar uma peça de teatro.

TAREFA DE CASA

A avaliação da apresentação é muito importante para as crianças. Para isso, po-


de-se entregar uma ficha de avaliação a elas, para que, em casa, peçam para que
os pais e outros convidados registrem a opinião deles em uma folha de papel.

262
O principal objetivo de aprendizagem desta seção é:
• Avaliar constantemente as produções.

VAMOS LER E ESCREVER?

Solicite que as crianças escrevam um texto, avaliando as experiências viven-


ciadas nesta sequência. Utilize o texto na atividade final de avaliação. Você
também pode usá-lo para fazer a avaliação de aprendizagem das crianças,
junto com o que você tiver registrado acerca da participação nas diferentes
etapas de sequência e das aprendizagens demonstradas por elas nas tarefas
de contação e escrita de histórias.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Expressar-se com autoria.
• Avaliar constantemente as produções.

VAMOS CONVERSAR?

Em sala, socialize com sua turma os comentários feitos pelos familiares e outros
convidados nas fichas trazidas pelas crianças. Saliente que a crítica faz parte do
trabalho com a arte, sendo um modo de ajudar as crianças a aprender a lidar
com a opinião dos outros, respeitá-la e usá-la para novas aprendizagens.

O principal objetivo de aprendizagem desta seção é:


• Avaliar constantemente as produções.

263
264
O QUE EU QUERO SER
QUANDO CRESCER?

265
SEQUÊNCIA:
O QUE EU QUERO SER
QUANDO CRESCER?
Tema: Profissões
Tempo: em torno de 33 dias (2 meses)
Etapa de escolaridade: pode ser desenvolvida pelas crianças do
1º ao 3º ano concomitantemente, tendo a culminância conjunta.
Culminância: Feira de profissões com lançamento de um catálogo
de profissões.

OBJETIVOS

• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.


• Conhecer e valorizar artistas e suas obras, reconhecendo que
desenvolvem atividades profissionais a serem respeitadas.
• Refletir sobre as relações de gênero e a atividade profissional,
reconhecendo que a mulher e o homem podem realizar diferentes
atividades profissionais e merecem ser reconhecidos igualmente por
tais atividades.
• Conhecer direitos trabalhistas.
• Reconhecer que pessoas com deficiência exercem atividades
profissionais e têm direito de ocupar cargos profissionais.
• Refletir sobre alguns direitos das crianças e combater a exploração
do trabalho infantil.
• Refletir sobre os direitos aos bens culturais, como os livros,
contemplando também o reconhecimento de que pessoas com
deficiência são igualmente detentoras desses direitos.

267
• Valorizar espaços de leitura, como bibliotecas, e realizar atividades de
seleção de obras a serem lidas.
• Vivenciar e valorizar situações de cantoria, dança e brincadeiras e
refletir sobre elas, resgatando elementos da cultura popular.
• Ler e produzir imagens (fotografia, desenho ou montagem), realizando
análise acerca dos efeitos de sentido identificados.
• Conhecer instrumentos de medição e outros materiais que envolvem
conceitos matemáticos relacionados com atividades profissionais.
• Escutar com atenção, em situações de conversa, exposição, entrevista,
discussão, instrução de brincadeiras, sendo capaz de compreender
o que é dito e analisar criticamente, respondendo sempre que sentir
disposição para isso.
• Produzir textos orais de diferentes gêneros: conversa, exposição,
entrevista, discussão, instruções de brincadeiras.
• Refletir sobre as características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais, dos gêneros orais mais formais (exposição, entrevista)
e planejar os textos.
• Comparar textos de tradição oral, identificando semelhanças e
diferenças e refletindo sobre como as brincadeiras populares se
modificam ao longo do tempo e de um lugar para outro.
• Ler, com fluência, textos variados: textos didáticos, verbetes,
biografias, notícias, reportagens, letras de músicas, apreendendo
sentidos gerais, localizando informações, elaborando inferências,
estabelecendo intertextualidade entre as obras.
• Refletir sobre características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais, de verbetes e biografias.
• Produzir verbetes, com coesão, coerência e correção linguística.
• Produzir painéis para discussão temática, inserindo textos verbais e imagens.

268
• Produzir textos de propaganda, tais como cartazes e convites.
• Revisar textos de diferentes gêneros, durante o processo de escrita e
após versão inicial.
• Planejar a escrita de textos de diferentes gêneros, antes do início da
escrita e durante o processo de escrita.
• Preencher questionário, cronograma e responder a questões,
mobilizando conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema de
Escrita Alfabética e a norma ortográfica.
• Organizar eventos, considerando finalidades, participantes e espaço.
• Registrar texto conhecido de memória ou ditado, mobilizando
conhecimentos sobre as correspondências grafofônicas
e a norma ortográfica.
• Registrar resultados de entrevistas e pesquisas, mobilizando
conhecimentos sobre as correspondências grafofônicas
e a norma ortográfica.

ESTRUTURA DA SEQUÊNCIA

O título desta sequência - “O que eu quero ser quando crescer?” - remete a


uma questão que culturalmente é comum aparecer em situações de interação
entre adultos e crianças. Não tem o propósito de induzir as crianças a esco-
lherem uma profissão, mas aborda um tema que está presente na vida delas
e que gera curiosidades.
Por meio de brincadeiras, canções, atividades de leitura e de escrita, as
crianças pesquisarão e socializarão conhecimentos sobre as atividades pro-
fissionais da nossa sociedade. Desse modo, em cada unidade, há atividades
voltadas para a aprendizagem do tema geral da sequência – profissão, com
o objetivo de que as crianças conheçam e valorizem as diferentes profissões,
mas também possam problematizar aspectos relativos aos direitos dos tra-
balhadores e das trabalhadoras, evidenciando injustiças quanto às atividades

269
profissionais exercidas por mulheres, à inclusão social de pessoas com defi-
ciência, à exploração do trabalho infantil.
Além dos conhecimentos sobre as profissões, outras aprendizagens são
pretendidas. Ouvir, falar, ler e escrever são objetos de aprendizagem, por
meio da produção e compreensão de textos orais e escritos de diferentes
gêneros: conversa, discussão, exposição temática, entrevista, canção, instru-
ções de brincadeiras, textos didáticos, biografia, verbete, notícia, reporta-
gem, cartaz, convite, questionário.
Alguns gêneros são objetos de um trabalho mais sistemático e reflexivo,
favorecendo não apenas a interação por meio deles, mas a reflexão sobre
como se constituem nas práticas sociais: entrevista, exposição temática, bio-
grafia e verbete.
Outras linguagens são ainda objetos de produção e compreensão, como
a fotografia, o desenho, a escultura, com o reconhecimento das atividades
profissionais daqueles que as produzem.
Há, ainda, em todas as unidades, atividades que favorecem aprendiza-
gens relativas ao funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética ou a sua
consolidação. Predominam, neste caso, os jogos, que além de promoverem
reflexões sobre esse sistema notacional, familiarizam as crianças com um vo-
cabulário relativo ao campo semântico do tema estudado. Todas as atividades
envolvem nomes de profissões.
Para contemplar todas as aprendizagens aqui expostas, a sequência está
organizada em dez unidades:

Unidade 1: Começando nosso projeto


Unidade 2: Conhecendo novas profissões
Unidade 3: Entrevistando pessoas da escola
Unidade 4: Profissões das pessoas do bairro
Unidade 5: Conhecendo profissões de pessoas célebres
Unidade 6: Todo mundo trabalha?
Unidade 7: O que são verbetes? Vamos produzir?

270
Unidade 8: Organizando um catálogo de profissões
Unidade 9: Organizando a feira de profissões
Unidade 10: Avaliando nosso trabalho

AVALIAÇÃO

A avaliação é uma dimensão muito importante do ensino. Nesta sequência, ela


é vivenciada de diferentes modos e com diferentes finalidades. Uma finalidade
recorrente é de diagnóstico de conhecimentos prévios da turma sobre o que se
intenciona ensinar. Neste sentido, por meio de conversa, ela aparece na Unidade
1, em que o foco é nos conhecimentos prévios das crianças sobre profissões
e sobre verbetes, que é o gênero priorizado na sequência. Também aparece
na Unidade 3, para apreender o que as crianças sabem sobre entrevista; e na
Unidade 5, sobre biografia. Nesses momentos, além de possibilitar um diagnós-
tico geral da turma sobre tais conhecimentos, também é possível fazer com que
haja uma socialização desses saberes, iniciando a apropriação de novos saberes.
Assim, a avaliação tanto ajuda as crianças a ativarem conhecimentos prévios im-
portantes para apoiarem as novas aprendizagens, quanto ajuda o professor ou a
professora a planejar melhor as atividades e as mediações em sala.
Outro tipo de avaliação que aparece é em relação à escrita das crianças.
O gênero verbete é produzido individualmente pelas crianças na Unidade 1,
após elas conversarem sobre o gênero e terem acesso a um exemplar desse
gênero, e depois é produzido novamente de modo individual na Unidade 10,
para que seja possível ao professor ou à professora comparar para avaliar os
conhecimentos e habilidades agregados no período de trabalho. Entre essas
duas produções, as crianças devem vivenciar outras produções, coletivamen-
te, em dupla, em grupo, para que as aprendizagens sejam efetivadas.
O eixo da oralidade também é contemplado na sequência. Há muita vi-
vência de conversas e discussões, que favorecem as aprendizagens, mas há
um trabalho mais sistemático com os gêneros entrevista e exposição oral. A
entrevista é introduzida na Unidade 3 e as crianças vivenciam uma situação de

271
produção do gênero. Elas avaliam, com o professor ou a professora, o que foi
vivenciado e, com base nessa avaliação, planejam duas novas entrevistas na
Unidade 4. Desse modo, é possível avaliar comparando a situação inicial com
as outras duas situações.
Na Unidade 6, as crianças são convidadas a produzir dois painéis. Nos dois
casos, sugere-se que seja realizada a avaliação, junto com as crianças, dos
painéis, considerando-se as finalidades e a adequação à exposição na feira.
Na Unidade 7, as crianças, juntamente com a professora ou o professor,
realizam uma atividade de sistematização de tudo o que foi produzido, e ava-
liação dos textos para verificar se querem inseri-los no catálogo. Sugere-se,
assim, que façam a revisão com base nessa avaliação.
Nas Unidades 8 e 9, quando as crianças planejam o catálogo, produzem e
promovem a feira, sugere-se que elas planejem todas as atividades necessárias,
produzam um cronograma e monitorem suas ações, avaliando continuamente
o que está sendo feito, de modo a replanejarem sempre que necessário.
Por fim, na Unidade 10, há a proposta de avaliação de tudo o que foi viven-
ciado pelo grupo, de modo a que os alunos possam destacar aspectos positi-
vos e negativos. Desse modo, aprendem a avaliar suas ações e monitorar seus
próprios processos de aprendizagem.
Como exposto anteriormente, a avaliação feita pelo professor ou pela
professora, dos conhecimentos e habilidades agregados sobre produção de
textos, pode ser realizada por meio da comparação de textos produzidos
individualmente pelas crianças na Unidade 1 e na Unidade 10. É muito im-
portante que o resultado dessa avaliação seja acompanhado da avaliação de
tudo o que foi vivenciado, e que seja compartilhado com as crianças e seus
familiares, promovendo condições de novas aprendizagens.

272
Cada unidade é composta de diferentes seções:

Unidades
Seções
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Vamos brincar? X X X X X X X X X X

Vamos cantar? X X

Vamos cantar
X X X X
e brincar?

Vamos conversar? X X X X X X X X X X

Vamos desenhar? X X

Vamos ler? X X X X X

Vamos ler
X X X X X X X X X X
e escrever?

Vamos realizar
X X
entrevistas?

Vamos assistir? X X X X

Vamos organizar
um catálogo X X
de profissões?

Vamos organizar
uma feira X X
de profissões?

Para casa X X X X X X X X X

273
UNIDADE 1:
COMEÇANDO NOSSO PROJETO
Tempo sugerido: 01 dia

VAMOS CONVERSAR?

Considerando a importância da mobilização de conhecimentos prévios dos


estudantes para a garantia da participação de todos e valorização do que
cada um pode contribuir para a vivência das atividades coletiva, pode-se ini-
ciar a sequência conversando com as crianças sobre o que é profissão, para
prepará-las para a temática da sequência e, ao mesmo tempo, avaliar os
conhecimentos prévios que elas têm, assim como promover a socialização
desses conhecimentos.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Escutar com atenção em situações de conversa.
• Produzir texto oral em situação de conversa.

VAMOS LER E ESCREVER?

Para valorizar a cultura popular, de modo articulado ao trabalho com a temática,


sugere-se uma cantoria com as crianças, da canção “Passa, passa, Gavião”. Para
isso, pode-se exibir para as crianças a música “Passa, passa Gavião”, ajudando-
-as a memorizar o texto. No Livro do Aluno o texto está reproduzido com
lacuna em uma estrofe, para que cada criança preencha com uma profissão.

274
Se as crianças não conseguirem escrever a palavra, diga para escreverem
do jeito que acharem que é e vá circulando pela classe, ajudando-as nesse
registro. Informe que elas também podem buscar ajuda de colegas da sala.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Vivenciar cantoria, dança e brincadeiras, resgatando elementos da
cultura popular.
• Ler letra de música, desenvolvendo a fluência de leitura.
• Escrever palavras, mobilizando conhecimentos sobre o funcionamento
do Sistema de Escrita Alfabética e a ortografia.

VAMOS CANTAR E BRINCAR?

Após as crianças preencherem as lacunas, deve-se brincar de roda com o


grupo. Na brincadeira, quando chegar a vez de cada criança, ela deverá falar
o nome da profissão que ela escreveu.
É importante explicar como é a brincadeira antes de iniciar. Cada crian-
ça deverá dizer uma profissão e criar um movimento que a represente.
As demais crianças devem repetir os movimentos criados pelos colegas.
Caso tenha na sala uma criança com deficiência visual, descreva os mo-
vimentos feitos pela criança que disse a profissão. Se tiver uma criança
surda, na ausência de um intérprete de Libras, mostre uma figura com o
nome correspondente a cada profissão, no momento em que a criança
disser o nome da profissão. Essa estratégia do uso de imagens também é
válida para crianças com deficiência intelectual e Transtorno do Espectro
Autista – TEA. Apesar de elas não serem surdas, o apoio visual poderá
ajudar na compreensão.
• A música pode ser acessada no link:
www.youtube.com/watch?v=8HgkmpkG4pQ

275
• Nesse endereço você pode ouvir crianças cantando a música:
www.beakauffmann.com/mpb_p/passa-passa-gaviao.html (Esse endereço
traz o acompanhamento da música, sem a letra.)

Cantar com as crianças é uma vivência muito importante, mas é preciso ter
certos cuidados. Caso você cante de maneira afinada, cante sempre com seus
alunos. Caso tenha alguma dificuldade, pode levar um CD ou exemplo da inter-
net. O ideal é que as crianças iniciem a cantoria, pois elas cantam em um registro
um pouco mais agudo que o dos adultos. O papel da professora ou do professor
é acompanhá-las a partir do tom que elas escolheram. No caso das crianças sur-
das que não usam recursos tecnológicos (aparelho auditivo ou implante coclear),
peça para elas colocarem uma das mãos sobre a caixa de som.
O ritmo dessa brincadeira cantada é quaternário e se torna mais rápido pela
letra da melodia, que subdivide os tempos da marcação regular. Assim, um bom
exercício é o de trabalhar com palmas a música em seu ritmo regular. Pode-se
usar também um tambor junto à criança surda. Depois passar a bater palmas a
partir da melodia, ou seja, a cada sílaba falada bate-se uma palma. Conseguido
isso, deve-se passar a pedir aos alunos que marquem o ritmo regular na batida
do pé e com palmas façam o ritmo da melodia. Veja a partitura a seguir e, se qui-
ser, mostre aos alunos, para que percebam que existem outros sistemas, além
do Sistema de Escrita Alfabética, mas não é preciso ensinar a ler a partitura.
• www.letras.com.br/cantigas-populares/la-na-ponte-da-alianca

No sul do País, a música é cantada a partir das profissões no plural. Veja no


Quintal da Cultura. Isso pode ser um bom exercício.
• www.youtube.com/watch?v=SMx2z5hjTf8

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Vivenciar e valorizar situações de cantoria, dança e brincadeiras,
resgatando elementos da cultura popular.

276
• Comparar textos de tradição oral, identificando semelhanças e
diferenças e refletindo sobre como as brincadeiras populares se
modificam ao longo do tempo e de um lugar para outro.

VAMOS CONVERSAR?

Ainda com o propósito de ativar e socializar os saberes das crianças, suge-


re-se nesse momento uma conversa com elas, sobre a profissão que elas
vão querer seguir quando crescerem e sobre as profissões de pessoas que
elas conhecem.
Nessa conversa, será possível saber sobre os conhecimentos prévios das
crianças em relação às profissões.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Escutar com atenção em situações de conversa.
• Produzir texto oral em situação de conversa.

VAMOS LER E ESCREVER?

Após a conversa, podem-se realizar as atividades de escrita de palavras do


Livro do Aluno. Primeiro, solicitar que os alunos escrevam a profissão que
querem seguir quando crescerem; depois, pedir que escrevam a profissão de
uma pessoa que mora com elas.
Se as crianças não conseguirem escrever as palavras, diga para escreverem
do jeito que acharem que é e vá circulando na classe, ajudando-as nesse regis-
tro. Informe que elas também podem buscar ajuda de colegas da sala.
Listar no quadro todas as profissões que forem citadas, separando de
um lado as que as crianças desejam seguir e do outro lado as profissões

277
exercidas pelas pessoas que moram com elas. À medida que for ano-
tando, pergunte se elas conhecem a profissão e peça para as próprias
crianças explicarem, favorecendo que elas usem a linguagem oral para
expor seus conhecimentos.
Procure mostrar que homens e mulheres desempenham variadas ativida-
des profissionais e merecem ser igualmente reconhecidos pelas atividades.
Reflita também sobre o fato de que as atividades profissionais devem ser
exercidas por jovens e adultos, e não por crianças. Quando necessário, ajude
as crianças a dar as explicações.

Obs.: Essa lista pode ser aproveitada para a realização de atividades


de reflexão sobre a escrita, com comparação das palavras quanto à
quantidade de sílabas, as letras ou sílabas iniciais, semelhanças sonoras,
dentre outras. Para as crianças surdas usuárias da língua de sinais, não
se indica refletir sobre as semelhanças sonoras. Explore as sílabas
destacando-as com cores diferentes, mas sem chamar a atenção para a
divisão silábica, já que elas têm dificuldade, devido ao déficit auditivo, de
fazer a correspondência fonema-grafema.

Pode-se, ainda nesta unidade, fazer a atividade de comparação de palavras quan-


to às semelhanças sonoras nos finais das palavras que estão no Livro do Aluno.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Escrever palavras, mobilizando conhecimentos sobre o funcionamento
do Sistema de Escrita Alfabética e a norma ortográfica.
• Comparar palavras quanto às semelhanças sonoras e gráficas:
quantidade de sílabas, letras e sílabas iniciais, dentre outras.

278
• Produzir texto oral para explicar conceitos.
• Refletir sobre as relações de gênero e a atividade profissional,
reconhecendo que a mulher e o homem podem realizar diferentes
atividades profissionais e merecem ser reconhecidos igualmente por
tais atividades.
• Refletir sobre alguns direitos das crianças e combater a exploração
do trabalho infantil.

PROPOSTA DE CULMINÂNCIA DA SEQUÊNCIA:


VAMOS ORGANIZAR UM CATÁLOGO DE PROFISSÕES?
VAMOS ORGANIZAR UMA FEIRA DE PROFISSÕES?

Considerando a importância da participação das crianças em toda a vivên-


cia da sequência, pode-se propor a elas uma pesquisa sobre as profissões
e organizar uma feira na escola, para que as pessoas possam saber um
pouquinho do que as pessoas do bairro fazem. Sugerir que produzam um
catálogo de profissões. Realizar as atividades propostas no Livro do Aluno
como forma de antecipar para as crianças quais serão as culminâncias da se-
quência. Durante o tempo em que a sequência estiver sendo desenvolvida,
procurar lembrar o que foi definido por elas no primeiro dia de atividade,
voltando aos registros do Livro do Aluno,
Nesta primeira unidade, além de objetivar apresentar a proposta de
trabalho para as crianças, motivando-as a realizar as atividades, o professor
ou a professora também poderá avaliar / diagnosticar os conhecimentos
das crianças sobre o gênero principal do trabalho – verbete, realizando
uma atividade de escrita que deverá ser arquivada, para ser comparada
com o texto que será produzido na última unidade da sequência. Para isso,
é importante dar um exemplo de um verbete e pedir que as crianças pro-
duzam outro verbete, tal como está proposto no Livro do Aluno.

279
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Escutar com atenção em situações de conversa, sendo capaz de
compreender o que é dito e analisar criticamente, deliberando
coletivamente e planejando ações.
• Refletir sobre as características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais do gênero oral exposição, e planejar os textos.
• Ler verbetes, apreendendo sentidos gerais, localizando informações,
elaborando inferências, estabelecendo intertextualidade entre as obras.
• Refletir sobre características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais de verbetes.
• Produzir verbetes, com coesão, coerência e correção linguística.
• Planejar a escrita de verbete, antes do início da escrita e durante o
processo de escrita.
• Preencher questionário, mobilizando conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.
• Organizar eventos, considerando finalidades, participantes e espaço.

VAMOS LER?

Nesta seção, sugere-se a realização da leitura deleite em voz alta, de um


texto que fale sobre profissões. Você pode escolher qualquer texto que con-
sidere adequado ao tema. O livro “A menina, o cofrinho e a vovó”, de Cora
Coralina, é um exemplo de obra interessante para introduzir esse tema. Veja
a resenha abaixo, extraída do Manual do PNLD – Obras Complementares.

Cora Coralina é uma poetisa goiana ainda pouco conhecida nas escolas
brasileiras. Assim como a avó, personagem da história contada na obra “A

280
menina, o cofrinho e a vovó”, ela iniciou uma nova profissão quando já era
vovó. E também como a personagem da história, sua profissão era feita de
arte, de criação, de sabores e cheiros de suas raízes, de sua gente. As crianças
certamente vão se deliciar com a prosa poética de Coralina e vão se sentir
estimuladas a pesquisar sobre a obra da senhora da casa velha da ponte, em
Goiás. (ACERVOS COMPLEMENTARES: Alfabetização e letramento nas dife-
rentes áreas do conhecimento, 2012, p. 139)

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Conhecer e valorizar artistas e suas obras, especificamente Cora Coralina,
reconhecendo-a como profissional do campo artístico.
• Escutar com atenção em situações leitura em voz alta de conto,
apreendendo sentidos gerais, localizando informações, elaborando
inferências, estabelecendo intertextualidade entre as obras.

VAMOS BRINCAR?

Brincar com as crianças é uma boa maneira de manter a motivação delas durante
as atividades. A brincadeira proposta nesta seção tem duas demandas para as
crianças. Inicialmente, elas precisam mobilizar conhecimentos sobre aspectos
sonoros das palavras, dizendo uma palavra que inicie com a mesma sílaba do
nome da profissão dita anteriormente; depois, precisam mobilizar conhecimen-
tos sobre as profissões, dizendo o nome de uma profissão. Para agilizar a brinca-
deira, pode-se sugerir que os jogadores que não se lembrarem de uma palavra
que se inicie com a mesma sílaba do nome da profissão dita ou que digam uma
palavra que não tem essa característica saiam do jogo, e também que os que
não se lembrarem do nome de uma profissão ou disserem uma profissão que já
tenha sido dita saiam da roda.

281
Obs.: No caso das crianças surdas, elas não mobilizarão conhecimentos
sobre aspectos sonoros das palavras, mas sim visuais.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Vivenciar e valorizar situações de cantoria, dança e brincadeiras,
resgatando elementos da cultura popular.
• Comparar palavras quanto às semelhanças sonoras e gráficas:
quantidade de sílabas, letras e sílabas iniciais, dentre outras.

PARA CASA

Como tarefa de casa, pode-se solicitar que as crianças conversem com qua-
tro pessoas que moram com elas ou nas suas ruas, perguntem quais são as
profissões que elas exercem e façam uma lista. Estimule-as a escrever como
souberem, para que tentem mobilizar conhecimentos sobre o sistema de
escrita. Quando trouxerem a lista de casa, tente ajudá-las a aproximarem
as suas escritas das escritas convencionais. Não recuse as contribuições das
crianças que estiverem em hipóteses muito iniciais. Escreva as palavras con-
vencionalmente a partir das informações orais que elas trouxerem.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Escutar com atenção em situações de conversa, sendo capaz de
compreender o que é dito e analisar criticamente, respondendo
sempre que sentir disposição para isso.
• Produzir texto oral do gênero conversa.
• Escrever palavras, mobilizando conhecimentos sobre o funcionamento
do Sistema de Escrita Alfabética e a norma ortográfica.

282
UNIDADE 2:
CONHECENDO MAIS PROFISSÕES
Tempo sugerido: 04 dias (um dia para cada obra)

VAMOS CANTAR E BRINCAR?

Nesta unidade, busca-se a ampliação dos conhecimentos das crianças sobre


profissões, mas também a vivência de diferentes modos de ler, escrever e
falar. Para começar, sugere-se a exibição da música “Lá na Ponte da Aliança”.
Ajude as crianças a memorizar o texto e depois brinque de roda com o grupo.
Para mostrar outra versão da música pode ser usado para apreciação o
vídeo do grupo:
• Quintal da Cultura - Fonte da Vinhaça - 12/02/12 - Lá na fonte da
Vinhaça: www.youtube.com/watch?v=ZDhTzXuGUNw

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Vivenciar e valorizar situações de cantoria, dança e brincadeiras,
resgatando elementos da cultura popular.

Obs.: Caso tenha na turma uma criança com deficiência visual, des-
creva os movimentos usados na música no trecho que diz: “... fazem
assim, assim, assim...”.

283
VAMOS LER?

Após a vivência da brincadeira, pode-se realizar a atividade do Livro do Aluno,


lendo o texto com as crianças, comparando-o ao texto “Passa, passa, gavião”.
Discutir com elas sobre as semelhanças, para que percebam que é a mesma
brincadeira e que em diferentes regiões do país aparecem com algumas dife-
renças. Conversar, mostrando que no texto “Lá na Ponte da Aliança” não são
citadas apenas profissões, enquanto que em “Passa, passa, gavião” há apenas
profissões. Na conversa, é importante também checar se todas as crianças
conhecem as profissões citadas e dar as informações necessárias para que
passem a conhecer todas elas.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Refletir sobre canções, resgatando elementos da cultura popular.
• Comparar textos de tradição oral, identificando semelhanças e
diferenças e refletindo sobre como as brincadeiras populares se
modificam ao longo do tempo e de um lugar para outro.
• Ler letras de música, apreendendo sentidos gerais, localizando
informações, elaborando inferências e estabelecendo intertextualidade
entre as obras.

VAMOS LER E ESCREVER?

Para sistematização de aprendizagens, pode-se retomar o cartaz que foi pro-


duzido na primeira unidade e acrescentar as profissões que as crianças lista-
ram na tarefa de casa anterior. Aproveite a situação para realizar reflexões
sobre a escrita das palavras que estiverem nas listas das crianças. No caso das
crianças que não tenham registrado, aceite as informações orais.

284
Continuando as atividades, podem-se convidar as crianças a visitarem a
biblioteca da escola (ou outro espaço de leitura, na escola ou fora dela), para
procurar livros que tratem de profissões. Juntamente com os alunos, separem
obras a serem lidas nos dias seguintes. É interessante que você já conheça
algumas obras que estejam na biblioteca e deixe-as em locais de fácil acesso,
para que as crianças as encontrem. Procure também se há obras em Braille e
deixe-as em local de fácil acesso, para que as crianças conheçam essa forma
de impressão e possam conversar sobre isso depois.

Obras sugeridas para a leitura nesta unidade, pertencentes aos acervos do


PNLD / Obras Complementares:
• Ossos do ofício - Texto e Imagem: Gilles Eduar
Será que o ofício de Nilo é apenas ser um roedor de ossos? Ou será que
o seu trabalho é deixar as pessoas felizes? Este simpático cachorrinho,
em Ossos do ofício, apresenta algumas profissões e suas atribuições. Ao
longo do livro, de forma divertida, Nilo nos ensina as atividades de cada
profissional. Depois de ver tantas profissões, Nilo quer saber qual é o
seu trabalho. (Alfabetização na perspectiva do letramento: obras com-
plementares para os anos 1 e 2 do ensino fundamental, 2010, p. 70.)
• Ocupados o tempo todo - Texto: Thalía Iglesias Chacón
O que você quer ser quando crescer? A obra Ocupados o tempo todo
nos ajuda a conhecer o mundo das profissões, por meio de fotogra-
fias e frases sobre o que cada profissional costuma fazer em seu local
de trabalho. São diversas as profissões constantes no livro: bombeiro,
médico, serralheiro, boia-fria, pescador, padeiro, feirante, açougueiro,
carpinteiro, professora, guarda de trânsito, soldado, operária, advo-
gada, secretária, faxineira, motorista, jogadora, cientista e cantora.
(Alfabetização na perspectiva do letramento: obras complementares
para os anos 1 e 2 do ensino fundamental, 2010, p. 100)
• O mundo do trabalho - Texto e Imagem: Pierre Fatumbiverger e
Maria da Penha B. Youssef

285
Você gosta de fotografia? Na obra O mundo do trabalho, vamos conhe-
cer algumas fotos que foram tiradas por um famoso fotógrafo, chamado
Pierre Verger. Ele registrou, com a sua câmera, cenas de trabalho em
países da África e no Brasil, como o trabalho das lavadeiras, dos vende-
dores ambulantes e dos carregadores. Com essa obra, vamos aprender
que a leitura não se restringe ao universo das palavras... (Alfabetização
na perspectiva do letramento: obras complementares para os anos 1 e
2 do ensino fundamental, 2010, p. 88)
• Como fazíamos sem... - Autora: Barbara Soalheiros; Imagens: Negreiros
Como as atividades do cotidiano, hoje consideradas simples, foram evo-
luindo ao longo do tempo na sociedade? Com a leitura da obra Como fa-
zíamos sem..., o leitor vai descobrindo como se vivia sem dinheiro, sem
água limpa, sem energia elétrica, sem remédios, escolas, sobrenome e
muitas outras coisas. São contadas as origens e situações de cada item
para explicar que muitos objetos, bens e serviços usados cotidianamen-
te foram resultantes de um longo processo de interação entre socie-
dade e natureza e do desenvolvimento tecnológico da sociedade em
diferentes partes do mundo. (ACERVOS COMPLEMENTARES: Alfabetização e
letramento nas diferentes áreas do conhecimento, 2012, p. 135)
• Ponto por ponto, costura pronta - Texto: Lúcia Pimentel Góes;
Imagem: Theo Siqueira
A obra apresenta o passo a passo das ações necessárias para a confecção da
blusa de Gerusa, e a cada parte que vai sendo acrescentada à história, repe-
te-se tudo de novo. Na história, aparecem figuras importantes que iniciam
o processo, como o agricultor que cultiva o algodão, o qual será utilizado
na produção da linha, e outras que vão sendo introduzidas. Através de uma
temática interessante e de um texto com ritmo próprio, o livro instiga o
leitor a acompanhar a progressão das ideias para que, enfim, se veja a blu-
sa de Gerusa pronta. (Alfabetização na perspectiva do letramento: obras
complementares para os anos 1 e 2 do ensino fundamental, 2010, p. 88)

286
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Escrever palavras, mobilizando conhecimentos sobre o funcionamento
do Sistema de Escrita Alfabética e a norma ortográfica.
• Comparar palavras quanto às semelhanças sonoras e gráficas:
quantidade de sílabas, letras e sílabas iniciais, dentre outras.
• Refletir sobre os direitos aos bens culturais, como os livros,
contemplando também o reconhecimento de que pessoas com
deficiência são igualmente detentoras desses direitos.
• Valorizar espaços de leitura, como bibliotecas, e realizar atividades de
seleção de obras a serem lidas.

VAMOS CONVERSAR?

Após a visita, pode-se conversar com as crianças sobre a visita à biblioteca,


para que elas possam socializar o que viram nesse espaço. É importante que
elas conheçam esse espaço e que sintam o desejo de frequentá-lo. Essa é uma
ótima oportunidade.
Aproveite a conversa para inserir também reflexões sobre o direito aos
livros e, no âmbito dessa discussão, sobre a acessibilidade para pessoas com
deficiência, em particular para as pessoas com deficiência visual.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar bibliotecas como espaços de acesso
ao livro e à leitura.
• Refletir sobre os direitos aos bens culturais, como os livros,
contemplando também o reconhecimento de que pessoas com
deficiência são igualmente detentoras desses direitos.
• Escutar com atenção em situações de conversa.
• Produzir texto oral em situação de conversa.

287
VAMOS LER E ESCREVER?

Nesta seção, sugere-se realizar atividades de leitura dos livros separados na


visita à biblioteca, explorando as imagens e os textos verbais, e conversando
a partir de questões que mobilizem diferentes estratégias de leitura.
Para que as crianças possam apreciar as leituras e aprofundá-las, é impor-
tante que seja feita a leitura de uma obra por dia.
Após a leitura de cada obra, pode-se pedir que as crianças, em duplas ou gru-
pos, respondam as questões que estão no Livro do Aluno. Caso tenha crianças
em sala que não sejam capazes de responder sozinhas, encontre estratégias para
que participem das atividades, seja fazendo a mediação mais individualizada, seja
organizando agrupamentos mistos, em que as crianças alfabéticas possam ajudar
as não alfabéticas. Se a maior parte do grupo for de crianças que não dominam
o sistema de escrita, realize a atividade em grande grupo, anotando as respostas
no quadro para que elas possam copiar. Lembre-se de anotar respostas curtas,
para não sobrecarregar os estudantes com atividades de cópia.
Acrescentar à lista anterior as profissões que ainda não estiverem lá (cada
dia, fazer um levantamento do que já está no cartaz e acrescentar outras
profissões que tenham aparecido na obra lida).

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Valorizar espaços de leitura, como bibliotecas, e realizar atividades de
seleção de obras a serem lidas.
• Ler imagens (fotografia, desenho ou montagem), realizando análise
acerca dos efeitos de sentido identificados.
• Ler, com fluência, textos variados, apreendendo sentidos gerais,
localizando informações, elaborando inferências, estabelecendo
intertextualidade entre as obras.
• Responder questões a partir de compreensão de textos, mobilizando
conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

288
VAMOS LER?

Para ampliar as capacidades de lidar com diferentes linguagens, aprofundando


conhecimentos sobre as profissões, pode-se realizar leitura de imagens com
as crianças, ajudando-as a interpretar o que estiverem vendo, salientando de-
talhes como cores, formatos, posições, dentre outros. Lembre-se de fazer a
áudio-descrição das imagens, caso tenha em sala uma criança com deficiência
visual. Podem ser feitas perguntas como:
• O que essas pessoas estão fazendo?
• Que profissão é essa?

Outras questões podem ser acrescentadas, focando três tipos principais


de perguntas:
Narrativa: O que vemos? Quais são as cores? Como é a ocupação do
espaço? Como foi feita?
Classificativa: Quem fez? Qual poderá ter sido a intenção?
Interpretativa: O que me parece quando vejo? O que sinto quando vejo?

Na conversa, é possível lembrar que em cada imagem aparece uma profis-


são, mas que por trás dela um outro profissional fez o registro – o artesão; o
escultor; o fotógrafo.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Conhecer e valorizar artistas e suas obras, reconhecendo que
desenvolvem atividades profissionais a serem respeitadas.
• Ler imagens (fotografia, desenho ou montagem), realizando análise
acerca dos efeitos de sentido identificados.

289
VAMOS DESENHAR?

Após a leitura de imagens, é interessante propor a produção de desenhos.


Para isso, pode-se entregar papel ofício a cada uma das crianças e pedir que
elas façam um desenho de uma pessoa exercendo a profissão de que mais
gostou, para organizarem um mural na escola. Combine com as crianças
onde o mural será colocado, refletindo sobre quem serão as pessoas que
terão acesso e o que os alunos querem mostrar no mural. Sugira que eles
coloquem detalhes na imagem, como: o trabalho a ser realizado de dia ou
à noite; dentro de um recinto ou ao ar livre. Você pode ir fazendo pergun-
tas, como: As cores que estão sendo colocadas ajudam na compreensão das
ideias? Será preciso mais algum acessório para deixar mais clara a profissão
que se está desenhando?

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Conhecer e valorizar artistas e suas obras, reconhecendo que
desenvolvem atividades profissionais a serem respeitadas.
• Ler e produzir imagens (fotografia, desenho ou montagem), realizando
análise acerca dos efeitos de sentido identificados.
• Produzir painéis para discussão temática, inserindo textos
verbais e imagens.

VAMOS BRINCAR?

Considerando a importância de um ensino lúdico, divertido, pode-se propor


uma nova vivência de brincadeiras. Pode-se sugerir às crianças que elas brin-
quem de dominó. No Livro do Aluno estão as peças do jogo que precisam ser
cortadas antes de começarem a brincar. As crianças que não são alfabéticas
podem receber ajuda para encontrar as peças que se encaixam no dominó.

290
Para isso, pode-se realizar a atividade em duplas ou, caso poucas crianças
não estejam escrevendo alfabeticamente, deixá-las em um mesmo grupo, que
você acompanhará mais intensamente. Ao utilizar esse jogo algumas vezes,
você perceberá que as crianças passarão a reconhecer as palavras globalmen-
te, o que pode ser bom para que usem tais palavras como referência para a
escrita de outras palavras.
Para o reconhecimento das palavras necessárias ao jogo, as crianças mo-
bilizarão seus conhecimentos sobre o Sistema de Escrita Alfabética. Podem,
para encontrar as palavras, comparar aquelas que estão nas peças em suas
mãos, que favorecem aprendizagens importantes sobre a notação escrita.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Vivenciar situações de brincadeiras, resgatando elementos
da cultura popular.
• Comparar palavras quanto às semelhanças sonoras e gráficas:
quantidade de sílabas, letras e sílabas iniciais, dentre outras.
• Ler palavras, produzindo conhecimentos sobre o funcionamento do
Sistema de Escrita Alfabética.

PARA CASA

Para continuidade das vivências sobre o tema estudado, pode-se indicar,


como tarefa de casa, que as crianças listem brincadeiras e músicas que falem
de profissões, a partir de conversa com familiares, vizinhos, amigos, pessoas
que trabalham na escola, mas é importante que você também leve sugestões.

Nos links abaixo há algumas sugestões de canções e brincadeiras:


• www.meloteca.com/cancoes-sobre-profissoes.htm

291
• www.kboing.com.br/helio-ziskind/na-casa-do-cozinheiro/
(Na Casa do cozinheiro – Hélio Ziskind
• www.youtube.com/watch?v=Xpr27nk0zNQ ("Boiadeiro", de Luiz Gonzaga)
• www.letras.mus.br/dominguinhos/1686601/ (Forró do sapateiro: Dominginhos)
• https://www.youtube.com/watch?v=Jvtdb1jkwmQ (FRETE (letra e vídeo)
com Renato Teixeira, vídeo Moacir Silveira)

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Conhecer brincadeiras e canções, a partir de atividades de pesquisa.
• Escrever palavras, mobilizando conhecimentos sobre o funcionamento
do Sistema de Escrita Alfabética e a norma ortográfica.

292
UNIDADE 3:
ENTREVISTANDO
PESSOAS DA ESCOLA
Tempo: 03 dias

VAMOS CANTAR E BRINCAR?

Para retomar a tarefa de casa, podem-se vivenciar cantorias e brincadeiras


envolvendo profissões, retomando a tarefa de casa sugerida na Unidade 2,
a partir das canções e brincadeiras pesquisadas pelas crianças junto a fami-
liares, vizinhos, amigos, pessoas que trabalham na escola. Caso as crianças
não tenham conseguido realizar a tarefa, é importante que você saiba alguma
brincadeira ou canção para utilizar.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Vivenciar e valorizar situações de cantoria, dança e brincadeiras,
resgatando elementos da cultura popular.

VAMOS LER E ESCREVER?

Após as crianças terem vivenciado as brincadeiras, organize a turma em du-


plas e oriente para cada dupla escolher alguma brincadeira em que exista
uma canção, para que possam registrar a letra da música no livro. Ajude as
crianças que ainda não dominam o Sistema de Escrita Alfabética.

293
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Registrar texto conhecido de memória ou ditado, mobilizando
conhecimentos sobre as correspondências grafofônicas.

VAMOS CONVERSAR?

A conversa é um gênero muito importante em qualquer esfera de interação.


Na escola não é diferente. Ela pode acontecer com diferentes propósitos,
inclusive para sistematização de saberes escolares. Com esse fim, sugere-se,
nesta seção, uma conversa com as crianças sobre o que é uma entrevista,
fazendo levantamento dos conhecimentos prévios, para, a partir dessa avalia-
ção, conduzir as atividades e mobilizar o que elas já sabem. Durante a conver-
sa, socialize com as crianças informações sobre em quais profissões existem
atividades com entrevistas, como as entrevistas médicas, entrevistas de pes-
quisas, entrevistas televisivas, entrevistas de jornal e revista, dentre outras.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Refletir sobre as características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais do gênero entrevista.
• Escutar com atenção em situações de conversa.
• Produzir texto oral em situação de conversa.

294
VAMOS ASSISTIR?

Como já foi discutido anteriormente, é muito importante que as crianças


vivenciem situações em que diferentes linguagens sejam utilizadas. Partindo
dessa constatação, sugere-se a exibição de uma entrevista na televisão,
nesta seção.
Para escolher o vídeo, é importante verificar se as informações são passa-
das com clareza e de modo adequado à faixa etária das crianças.
Sugestões de links:
• www.youtube.com/watch?v=WBYNAzoEqN0
• www.youtube.com/watch?v=AbjyJU96z8g
• www.youtube.com/watch?v=Q7fmERQvO94
• www.youtube.com/watch?v=rn2BupWOoLw
• www.youtube.com/watch?v=kvGngj0DouA

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Escutar com atenção em situações de entrevista, sendo capaz de
compreender o que é dito e analisar criticamente, respondendo
sempre que sentir disposição para isso.
• Refletir sobre as características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais do gênero oral entrevista.

VAMOS LER E ESCREVER?

Nesta seção, sugere-se que as crianças, em grupos, respondam as questões


que estão no Livro do Aluno, que abordam o conteúdo da entrevista. É im-
portante que uma das crianças tenha domínio do sistema de escrita, para
registrar o que for decidido pelo grupo.

295
Ainda com base na entrevista exibida, converse sobre as características
do gênero, construindo um cartaz coletivo com uma síntese do que é uma
entrevista, como ela é feita e recomendações para a realização de entrevistas.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Responder questões a partir de compreensão de textos, mobilizando
conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.
• Escutar com atenção em situações de entrevista, sendo capaz de
compreender o que é dito.
• Refletir sobre as características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais do gênero oral entrevista.

VAMOS REALIZAR ENTREVISTAS?

Nesta seção, sugere-se o planejamento, com as crianças, de uma atividade


em que elas façam entrevistas com pessoas da escola. A primeira etapa deve
ser a elaboração do roteiro da entrevista (fazer o roteiro junto com as crian-
ças, envolvendo perguntas de identificação dos entrevistados, profissões que
já exerceram na vida, a que exercem no momento, e questões para que ex-
pliquem as atividades da profissão que exercem).
Escolha as pessoas a serem entrevistadas na escola, contemplando homens
e mulheres em várias profissões, para salientar que ambos podem exercer va-
riadas atividades e devem ser igualmente reconhecidos pelas atividades. Insira
também uma pergunta sobre se crianças exercem tal atividade e se pessoas
com deficiência podem atuar nas profissões selecionadas.
Os alunos devem realizar as entrevistas (gravar no celular; caso não tenham
como gravar, devem registrar o que é dito por meio de desenho ou escrita).

296
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Refletir sobre as relações de gênero e a atividade profissional,
reconhecendo que a mulher e o homem podem realizar diferentes
atividades profissionais e merecem ser reconhecidos igualmente por
tais atividades.
• Conhecer direitos trabalhistas.
• Reconhecer que pessoas com deficiência exercem atividades
profissionais e têm direito de ocupar cargos profissionais.
• Escutar com atenção em situações de entrevista, sendo capaz de
compreender o que é dito e analisar criticamente, respondendo
sempre que sentir disposição para isso.
• Produzir texto oral do gênero entrevista.
• Refletir sobre as características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais do gênero oral entrevista e planejar os textos.
• Preencher questionário e responder questões mobilizando
conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

VAMOS BRINCAR?

Nesta seção, é proposta a socialização dos resultados das entrevistas no


grupo. Uma maneira interessante para as crianças é simular uma cena que te-
nham vivenciado ao realizarem as entrevistas. Para isso é importante estudar
a entrevista e ver quantos atores aparecem na cena – um entrevistador e um
entrevistado? Mais de um entrevistador ou entrevistado? Aparecem pessoas
gravando ou filmando? Aí é importante que os alunos delimitem o cenário –
serão colocados bancos ou cadeiras para os atores? Tudo vai ocorrer por trás
de uma caixa que simula uma televisão? Deixe que os alunos criem opções
para a apresentação da cena.

297
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Vivenciar situações de brincadeiras (jogo de enredo), resgatando
elementos da cultura popular.
• Produzir textos orais do gênero entrevista.
• Refletir sobre as características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais do gênero entrevista.

VAMOS CONVERSAR?

Depois da brincadeira, é importante conversar sobre o que foi vivenciado,


buscando generalizações para o que tenha ocorrido nas demais entrevistas.
As crianças podem avaliar as entrevistas que fizeram, identificando o que
foi produtivo e aspectos que poderiam ter sido melhores. Essa avaliação pode
ajudar a pensar a atividade de entrevista que ocorrerá na próxima unidade.
Acrescentar no cartaz as profissões que aparecerem na atividade de entrevistas.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Refletir sobre as características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais do gênero entrevista.
• Escutar com atenção em situações de conversa.
• Produzir texto oral em situação de conversa.

298
VAMOS BRINCAR?

Como um dos eixos de ensino da alfabetização é o Sistema de Escrita


Alfabética, diferentes atividades vêm sendo desenvolvidas para que as crian-
ças compreendam nosso sistema notacional. Nesta seção, é esse o foco do
trabalho. Sugere-se, portanto, uma brincadeira com o jogo de completar la-
cunas, que está no caderno do aluno. Você deve escrever no quadro palavras
que indiquem profissões, sempre faltando uma letra. Podem ser utilizadas as
mesmas palavras do dominó, mas as crianças não devem estar com as peças
do dominó visíveis, para que não possam copiar.

AGRICULTOR PEDREIRO
CABELEIREIRA FAXINEIRO
CANTORA POLICIAL
COSTUREIRA COZINHEIRO
COZINHEIRO PROFESSORA
DANÇARINA TELEFONISTA
DENTISTA ESCRITORA
DESENHISTA AGRICULTOR
ENFERMEIRO MÉDICA
ESCRITORA PALHAÇO
FAXINEIRO ENFERMEIRO
GARÇOM DANÇARINA
GARI JUIZ
JUIZ DESENHISTA
MAQUEIRO RECEPCIONISTA
MAQUINISTA VETERINÁRIO
MARCENEIRO DENTISTA
MÉDICA COSTUREIRA

299
MOTORISTA GARI
PALHAÇO MAQUEIRO
PEDREIRO VENDEDOR
PINTOR CABELEIREIRA
POLICIAL MAQUINISTA
PROFESSOR MOTORISTA
RECEPCIONISTA GARÇOM
TELEFONISTA PINTOR
VENDEDOR CANTORA
VETERINÁRIO MARCENEIRO

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Vivenciar situações de brincadeiras, resgatando elementos
da cultura popular.
• Completar palavras, mobilizando conhecimentos sobre as
correspondências grafofônicas.

PARA CASA

Incluir os familiares das crianças nas atividades escolares é muito importan-


te. As tarefas de casa podem contribuir para isso. Nesta unidade, sugere-se
orientar as crianças para que conversem com as pessoas com quem elas mo-
ram, sobre a entrevista realizada na escola. Sugira que elas contem em casa
o que aprenderam e perguntem se as pessoas conhecem trabalhadores de
escolas, o que essas pessoas fazem e se gostam da profissão.

300
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Escutar com atenção em situações de conversa, sendo capaz de
compreender o que é dito e analisar criticamente, respondendo
sempre que sentir disposição para isso.
• Produzir textos orais do gênero conversa.

301
UNIDADE 4:
PROFISSÕES DAS PESSOAS DO BAIRRO
Tempo sugerido: 03 dias

VAMOS CONVERSAR?

A retomada da tarefa de casa vem sendo uma estratégia constante proposta


nas sugestões de atividades. Nesta unidade, pode-se retomar com as crianças a
tarefa de casa, solicitando que elas socializem as conversas que tiveram em casa
quando falaram sobre a entrevista realizada na escola. Se alguma criança tiver
parente que trabalhe em escola, sugerir que ela faça uma entrevista com essa
pessoa e registre-a, para caso queira depois inserir no catálogo de profissões.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Refletir sobre as características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais do gênero entrevista.
• Escutar com atenção em situações de conversa.
• Produzir texto oral em situação de conversa.

VAMOS CANTAR E BRINCAR?

Para continuar valorizando as canções e brincadeiras populares, pode-se pro-


por às crianças que elas cantem a música “Senhor sapateiro”, mas, antes, é
importante cantar com elas. Se preferir, pode exibir a música disponível no
Youtube (www.youtube.com/watch?v=lmb12wK4X-A).

302
Para que elas cantem, você pode propor uma dramatização, distribuindo os
personagens da música entre as crianças: sapateiro, cozinheiro, jardineiro, freguês.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Vivenciar e valorizar situações de cantoria, dança e brincadeiras e
refletir sobre elas, resgatando elementos da cultura popular.

VAMOS CONVERSAR?

Após brincarem com a música, você pode conversar com os alunos sobre o
que sentiram ao brincar, sobre as profissões citadas e sobre o vídeo. Pode
perguntar se as crianças do vídeo são brasileiras e, a partir daí, fazer, com
eles, uma rápida pesquisa sobre a origem da canção.
A partir dessa conversa, você pode, também, introduzir reflexões sobre
variação linguística e sobre a necessidade de respeitarmos as diferentes for-
mas de falar e de se expressar das pessoas.
Se você quiser procurar outras canções com as crianças, pode acessar pela
internet o link a seguir:
• www.meloteca.com/cancoes-sobre-profissoes.htm

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Refletir sobre situações de cantoria, dança e brincadeiras, resgatando
elementos da cultura popular.
• Refletir sobre variação linguística, valorizando diferentes modos de falar.
• Praticar a escuta atenta em situações de conversa.
• Produzir texto oral em situação de conversa.

303
VAMOS LER E ESCREVER?

Para consolidar a aprendizagem das crianças sobre entrevistas, você pode


realizar outra atividade em que possa discutir a partir da exibição de uma
entrevista com algum profissional. Você pode definir com elas uma pessoa
sobre a qual vocês vão procurar saber mais. A definição pode ser por meio
de uma votação. Aproveite para ensinar a produzir um gráfico. Para isso, use
a atividade do caderno do aluno. Nos campos de baixo, escreva nomes de
cinco pessoas que serão votadas. A cada voto recebido, oriente que os alunos
pintem um quadrinho acima do nome da pessoa votada. No final, o nome que
tiver mais quadrinhos pintados é o que vai ser pesquisado. Não se esqueça de
criar, junto com a turma, um título para o gráfico.
Questões de interpretação do gráfico podem ser feitas e as respostas
registradas no Livro do Aluno. Quem teve mais votos? Qual é a diferença
entre a pessoa mais votada e a menos votada? Quantas crianças votaram em
“fulano”? Quantas votaram em “sicrano”? Quantas pessoas votaram ao todo?

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Responder questões a partir de compreensão de textos, mobilizando
conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.
• Escutar com atenção em situações de entrevista, sendo capaz de
compreender o que é dito.
• Refletir sobre as características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais do gênero oral entrevista.
• Produzir e ler gráficos de barra.

304
VAMOS ASSISTIR?

Após definir quem é a pessoa a ser pesquisada, procure com os estudantes


na internet alguma entrevista que a pessoa tenha dado. Assista à entrevista
com eles e depois converse sobre o que viram. Peça que eles anotem as
informações sobre a entrevista e conversem sobre o gênero, comparando
com a entrevista exibida anteriormente.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Escutar com atenção em situações de entrevista, sendo capaz de
compreender o que é dito e analisar criticamente.
• Refletir sobre as características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais do gênero oral entrevista.
• Preencher questionário e responder questões, mobilizando
conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

VAMOS REALIZAR ENTREVISTAS?

Planeje com as crianças uma nova entrevista. Defina com elas quem serão os
entrevistados, priorizando as pessoas do bairro. É importante que elas escolham
pessoas de quem gostem e que conversem sobre as profissões dessas pessoas.
No Livro do Aluno, os estudantes devem registrar o roteiro de perguntas.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Escutar com atenção em situações de entrevista, sendo capaz de
compreender o que é dito e analisar criticamente, respondendo
sempre que sentir disposição para isso.

305
• Produzir texto oral do gênero entrevista.
• Refletir sobre as características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais do gênero oral entrevista e planejar os textos.
• Preencher questionário e responder questões, mobilizando
conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

PARA CASA

A tarefa de casa nesta unidade é orientar as crianças para que realizem a


entrevista no seu bairro. Converse sobre a atividade, falando sobre a ne-
cessidade de que sejam claras na elaboração das perguntas, respeitem o en-
trevistado e garantam a eles o tempo para responder as questões. Oriente
também sobre as formas de registro das respostas.
Retome a conversa da unidade anterior, em que as crianças avaliaram as
entrevistas realizadas, para pensar em estratégias para superar as dificuldades.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Escutar com atenção em situações de entrevista, sendo capaz de
compreender o que é dito e analisar criticamente, respondendo
sempre que sentir disposição para isso.
• Produzir texto oral do gênero entrevista.
• Refletir sobre as características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais do gênero oral entrevista e planejar os textos.
• Registrar resultados de entrevistas e pesquisas, mobilizando
conhecimentos sobre as correspondências grafofônicas.

306
VAMOS CONVERSAR?

Após realizar as entrevistas, é importante conversar com as crianças. Dentre


outros temas, explore questões relativas a gênero e ao exercício profissional
de pessoas com deficiência. Você também pode sugerir uma pesquisa sobre
atividades exercidas por pessoas com deficiência, como a atividade de pintura
pelo grupo “PINTORES COM A BOCA E OS PÉS”.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Refletir sobre as relações de gênero e atividade profissional,
reconhecendo que a mulher e o homem podem realizar diferentes
atividades profissionais e merecem ser reconhecidos igualmente por
tais atividades.
• Conhecer direitos trabalhistas.
• Reconhecer que pessoas com deficiência exercem atividades
profissionais e têm direito de ocupar cargos profissionais.
• Escutar com atenção em situações de conversa
• Produzir texto oral em situação de conversa

VAMOS BRINCAR?

Brincar de mímica com as crianças, tendo como tema da brincadeira as pro-


fissões, é uma forma de continuar as vivências lúdicas, com foco nas aprendi-
zagens relativas a trabalho.
Você pode preparar as fichas de nomes com as crianças. Cada uma escreve
seu nome em uma ficha. Na hora em que cada aluno vai para o centro da roda,
peça para que todos façam silêncio. Estimule quem vai fazer a mímica a se con-
centrar e criar em sua mente o roteiro do movimento ou da ação a representar.

307
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Vivenciar situações de brincadeiras (jogo de enredo), resgatando
elementos da cultura popular.
• Escrever o próprio nome, mobilizando conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética e a norma ortográfica.

308
UNIDADE 5:
CONHECENDO PROFISSÕES
DE PESSOAS CÉLEBRES
Tempo sugerido: 04 dias (um dia para cada obra)

VAMOS BRINCAR?

Nesta seção, sugere-se a vivência com as crianças do jogo “Quebra-cabeça


das profissões”, que está exposto no Livro do Aluno.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Ordenar letras e sílabas para compor palavras, mobilizando
conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.
• Completar palavras, mobilizando conhecimentos sobre as
correspondências grafofônicas.

VAMOS CONVERSAR?

Nesta seção, sugere-se conversar com as crianças sobre as profissões que


apareceram no jogo, ajudando-as a entenderem o que fazem as pessoas
que as exercem e a perceberem que homens e mulheres podem ocupar as
mesmas profissões. Durante a conversa, procure inserir o tema da unidade,
que é biografia de pessoas célebres. Para isso, é importante mostrar para
os alunos que algumas profissões são mais suscetíveis de tornarem pessoas

309
conhecidas e, em outras, isso não é comum. Enfatize que todas as profissões
são importantes e que tornar as pessoas públicas é apenas uma característica
de algumas delas.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Refletir sobre as relações de gênero e a atividade profissional,
reconhecendo que a mulher e o homem podem realizar diferentes
atividades profissionais e merecem ser reconhecidos igualmente por
tais atividades.
• Escutar com atenção em situações de conversa.
• Produzir texto oral em situação de conversa.

VAMOS LER E ESCREVER?

Mais uma vez, com o propósito de diversificar as linguagens utilizadas para o (e


no) processo de aprendizagem, sugere-se um trabalho com imagens. Para tal,
pode-se realizar a atividade de leitura da imagem de uma obra de Zé Caboclo.
Antes, no entanto, é importante discutir sobre a biografia, ajudando as crianças
a se familiarizarem com o gênero. Nesse momento, também é importante ex-
plorar a imagem e motivar os alunos a pesquisar outras obras de Zé Caboclo.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Conhecer e valorizar artistas e suas obras, reconhecendo que
desenvolvem atividades profissionais a serem respeitadas.
• Ler imagens (fotografia, desenho ou montagem), realizando análise
acerca dos efeitos de sentido identificados.
• Ler biografias, apreendendo sentidos gerais, localizando informações,
elaborando inferências, estabelecendo intertextualidade entre as obras.

310
• Responder questões a partir de leitura de imagens, mobilizando
conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

VAMOS CONVERSAR?

Ao final da atividade relativa à obra de Zé Caboclo, converse sobre o que


é uma biografia e anuncie que a turma vai ler algumas biografias. Explore
os conhecimentos prévios das crianças sobre o gênero, a partir da leitura
coletiva de uma biografia. Pode-se perguntar se já viram algum texto pare-
cido com aquele e o que perceberam, sobretudo, em relação à finalidade e
ao tipo de informação que aparece. Antes, porém, é importante pesquisar
sobre as características de uma biografia e ler algumas biografias para se
familiarizar com elas.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Refletir sobre as características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais do gênero biografia.
• Escutar com atenção em situações de conversa.
• Produzir texto oral em situação de conversa.

VAMOS LER E ESCREVER?

Para ampliar os saberes e aprender a valorizar espaços de leitura, sugere-se


visitar a biblioteca e procurar biografias de pessoas célebres para identificar
suas profissões. É importante que você, professor ou professora, arrume o
espaço de modo a deixar em local de fácil acesso algumas biografias interes-
santes para leitura das crianças.

311
Em pequenos grupos, incentive os alunos a lerem biografias de pessoas
famosas, para saberem quais profissões exercem (ou exerciam). A leitura
pode ser feita em grupos que misturem crianças alfabéticas e não alfabéticas,
ou podem ser escolhidas quatro obras para serem lidas para o grande grupo.
Os alunos devem responder um questionário, com base na leitura dos textos,
mobilizando diferentes estratégias de leitura. Podem ser feitas perguntas como:
• Sobre quem o texto está falando?
• Qual profissão essa pessoa exerce/exercia?
• Por que essa pessoa escolheu essa profissão?
• Essa pessoa, quando era criança, gostava de quais atividades?

Obras sugeridas:
• Crianças famosas: Villa-Lobos - Texto: Nereide S. Santa Rosa
e Angelo Bonito
O livro apresenta a biografia da infância do compositor e músico Heitor
Villa-Lobos. O personagem é descrito como inteligente, esperto e
curioso, imitador de sons. Seu gosto musical foi formado na audiência
de concertos no Rio de Janeiro e também na cultura caipira de Minas
Gerais. Assim, Villa-Lobos passou a admirar variados gêneros musicais,
sendo reconhecido como um dos maiores compositores do Brasil.
(Brasil. Acervos complementares: as áreas do conhecimento nos dois
primeiros anos do Ensino Fundamental, 2009, p.82)
• Crianças famosas: Cartola - Texto: Edinha Diniz - Imagem:
Ângelo Bonito
Cartola reconstrói a trajetória daquele talentoso cantor e compositor
brasileiro. Além de alguns detalhes sobre sua infância e juventude, o
livro estabelece um contato com o universo social no qual o protago-
nista se desenvolveu e se relacionou, permitindo ao leitor conhecer os
elementos que contribuíram para a composição de sua obra artística
e para ampliar o seu nível de informação sobre as culturas populares
do Rio de Janeiro, na primeira metade do século XX. (Brasil. Acervos

312
complementares: as áreas do conhecimento nos dois primeiros anos
do Ensino Fundamental, 2009, p.72)
• Encontro com Tarsila - Texto: Cecília Aranha e Rosane Acedo -
Imagem: Dadí
Ao lermos Encontro com Tarsila, conhecemos muitos fatos interessantes
sobre a infância, juventude e maturidade de uma das mais importantes
pintoras brasileiras do século passado. Explorando fotografias do seu
álbum de retratos, imagens de diversas de suas pinturas e ilustrações
que completam o sentido da narrativa, o livro nos instiga com ques-
tionamentos e atividades que propiciam a leitura das obras da artista
em seus aspectos formais e simbólicos. (Brasil. Acervos complemen-
tares: as áreas do conhecimento nos dois primeiros anos do Ensino
Fundamental, 2009, p.81)
• Tarsila, menina pintora - Texto: Lúcia Fidalgo - Imagens:
Robson Araújo
Mostrando desde o pincel como primeiro brinquedo até a consagração
como grande pintora, o livro Tarsila, menina pintora descortina a vida da
pintora modernista Tarsila do Amaral. Fazendo referências a algumas
das suas mais importantes obras e a cartas e notas do diário da própria
artista, o livro também revela situações que inspiraram a produção de
seus quadros, como a busca pela identidade nacional e as temáticas
sociais. Assim, a obra introduz o leitor em contextos do cenário ar-
tístico brasileiro, como o Movimento Modernista e a Semana de Arte
Moderna de 1922. (Brasil. Acervos complementares: alfabetização e
letramento nas diferentes áreas do conhecimento, 2012, p. 89)
• Crianças famosas: Chiquinha Gonzaga - Texto: Edinha Diniz -
Imagens: Ângelo Bonito
Como era a vida das crianças que nasceram há mais de cem anos? A
obra Crianças famosas: Chiquinha Gonzaga apresenta cenas da infância da
conhecida maestrina e compositora carioca. Passeando por suas pági-
nas, aprendemos um pouco sobre a vida nos tempos em que lampiões

313
a gás iluminavam as noites, e as famílias andavam de carruagem. O livro
nos fala, também, sobre os primeiros contatos da personagem com a
música, ressaltando as influências dos familiares na trajetória da artista.
(Brasil. Acervos complementares: as áreas do conhecimento nos dois
primeiros anos do Ensino Fundamental, 2009, p.92)
• Encontro com Portinari - Texto: Rosane Acedo e Cecília Aranha -
Imagens: Marina Toledo
Do interior de São Paulo para o mundo. Foi assim a vida de Cândido
Portinari. Por causa de suas lindas telas, nós, brasileiros, ficamos co-
nhecidos em vários países e também pudemos nos conhecer melhor.
Na obra Encontro com Portinari, temos a oportunidade de saber mais
sobre a história desse grande pintor brasileiro e entender um pouco
as situações que o inspiraram. Podemos também conhecer algumas de
suas principais obras, que nos levam a refletir sobre temáticas sociais.
(Brasil. Acervos complementares: as áreas do conhecimento nos dois
primeiros anos do Ensino Fundamental, 2009, p.92)
• Encontro com Segall - Texto: Rosane Acedo e Cecília Aranha -
Imagens: Dadí
Quem foi Segall? Esse pintor enfrentou os horrores da guerra, mas,
mesmo assim, não perdeu a doçura e conseguiu enxergar o mundo co-
lorido, apesar da dor e do sofrimento. Lendo o livro Encontro com Segall,
o leitor pode viajar de volta no tempo, encontrar o artista criança em
seu país de origem (Lituânia) e embarcar com ele na sua trajetória até
o Brasil. Pode, também, acompanhar seu olhar e suas emoções através
das fotografias que ele gostava de tirar. (Brasil. Acervos complemen-
tares: as áreas do conhecimento nos dois primeiros anos do Ensino
Fundamental, 2009, p.104)
• Albert - Texto: Alberto Goldin - Imagens: Paolo Cardoni
A obra Albert apresenta ao leitor diversos aspectos interessantes acerca
da infância do grande físico Albert Einstein, enfatizando seu caráter ob-
servador da natureza e apreciador de violino. Além disso, comenta sobre

314
a relevância de algumas explicações fornecidas por ele, como é o caso da
relação espaço-tempo, limitada pela velocidade. Assim, a obra oportuniza
ao leitor conhecer um pouco mais da história de um grande cientista,
compreender como os pesquisadores trabalham e saber quais estudos
desenvolveram no campo do conhecimento científico, com o objetivo
de reforçar a ideia de ciência como atividade humana que acontece em
um contexto histórico. (Brasil. Acervos complementares: alfabetização e
letramento nas diferentes áreas do conhecimento, 2012, p. 84)
• Seurat e o arco-íris - Texto: Caulos - Imagens: Caulos
A obra Seurat e o arco-íris apresenta uma narrativa poética e histórica
das obras e do processo de criação do artista francês Geoges Seurat,
criador da técnica de pintura conhecida como pontilhismo. A partir do
diálogo entre texto e imagens, a obra propõe para o leitor um jogo
lúdico de observação, pela interação entre elementos da arte e da
ciência. O processo de contextualização da vida e obra do artista é es-
tabelecido com base em diferentes questionamentos, possibilitando ao
leitor estabelecer uma relação com a sua própria vida cotidiana. (Brasil.
Acervos complementares: alfabetização e letramento nas diferentes
áreas do conhecimento, 2012, p.108)

• Alberto: do sonho ao voo - Texto: José Roberto Luchetti -


Imagens: Angelo Abu
O livro Alberto: do sonho ao voo narra a trajetória do mais importante avia-
dor brasileiro – Santos Dumont –, descrevendo seus sonhos de menino,
a viagem a Paris, suas invenções e o voo histórico com o 14-Bis. Na obra,
o leitor encontra, ainda, um caderno biográfico, com fotos e informações
complementares, e uma linha do tempo, na qual se traça um paralelo entre
a vida de Santos Dumont, o surgimento de diferentes inovações artísticas
e tecnológicas, e aspectos importantes da história do Brasil e do mundo,
entre as décadas de 1870 e 1930. (Brasil. Acervos complementares: alfa-
betização e letramento nas diferentes áreas do conhecimento, 2012, p.133)

315
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Conhecer e valorizar artistas e suas obras, reconhecendo que
desenvolvem atividades profissionais a serem respeitadas.
• Valorizar espaços de leitura, como bibliotecas, e realizar atividades de
seleção de obras a serem lidas.
• Ler biografias, apreendendo sentidos gerais, localizando informações,
elaborando inferências, estabelecendo intertextualidade entre as obras.
• Preencher questionário e responder questões, mobilizando
conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.

PARA CASA

Para ampliar o acervo de obras conhecidas pelas crianças, separe os livros


que serão lidos em sala de aula (4 livros) e disponibilize os outros para em-
préstimo às crianças. Sugira que elas leiam em casa ou peçam para alguém
ler para elas. Essa é uma forma de estimular a leitura autônoma e ampliar o
repertório de obras conhecidas pelas crianças.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Conhecer e valorizar artistas e suas obras, reconhecendo que
desenvolvem atividades profissionais a serem respeitadas.
• Valorizar espaços de leitura, como bibliotecas, e realizar atividades de
seleção de obras a serem lidas.
• Ler, com fluência, textos variados, apreendendo sentidos gerais,
localizando informações, elaborando inferências, estabelecendo
intertextualidade entre as obras.

316
VAMOS CONVERSAR?

Durante esta unidade, pode-se propor que as crianças socializem os livros


que leram em casa. Essa é uma forma de estimular a formação de comuni-
dades de leitores e desenvolver a oralidade das crianças. Também propicia
mais conhecimentos sobre as profissões e desenvolvimento da capacidade
de leitura autônoma ou compartilhada. Cada dia, algumas crianças podem
socializar o que leram e podem levar outro livro, se quiserem.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Escutar com atenção em situações de conversa.
• Produzir texto oral em situação de conversa e reconto de textos lidos.

VAMOS BRINCAR?

Mais uma vez, com o propósito de apropriação do Sistema de Escrita


Alfabética, pode-se propor que as crianças façam a atividade de cruzadinha
que está no Livro do Aluno. Deixe que brinquem livremente e que possam
conversar durante a atividade.
No caso das crianças que não dominem o Sistema de Escrita Alfabética,
pode ser entregue uma lista com as palavras da cruzadinha listadas a seguir,
para que procurem e possam montar a cruzadinha. Neste caso, pode ser
interessante organizar as crianças em grupos, deixando aquelas que vão se
apoiar nas palavras em um mesmo grupo.
• Banco de palavras da cruzadinha: COSTUREIRA, SAPATEIRO,
REPÓRTER, TRADUTOR, SOLDADO, PADEIRO e DOMÉSTICA.
• Fazer com as crianças a atividade final do Livro do Aluno, procurando
profissões que atendam ao que é anunciado, lembrando que uma
mesma profissão pode estar em mais de uma categoria.

317
1. Profissões perigosas
Exemplos: mergulhador; veterinário de grandes animais (felinos, tou-
ros); técnicos em equipamentos de gás ou petróleo...
2. Profissões para quem gosta de trabalhar ao ar livre:
Exemplos: agricultor; nadador – salva-vidas; cientista ambiental...
3. Profissões para quem gosta de trabalhar com gente:
Exemplos: segurança; pedagogo/professor; fisioterapeuta; psicólogo...
4. Profissões que usam conhecimentos matemáticos:
Exemplos: cozinheiro/cozinheira; marceneiro; costureira/costureiro;
pedreiro; cobrador de ônibus...
5. Profissões relacionadas com o fazer arte:
Exemplos: pintor; escultor; gravurista; ilustrador; arquiteto; romancis-
ta; músico; ator; dançarino; cineasta...
• Acrescentar na lista as profissões que aparecerem nas biografias.
• Banco de palavras da cruzadinha: COSTUREIRA, SAPATEIRO,
REPÓRTER, TRADUTOR, SOLDADO, PADEIRO e DOMÉSTICA.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Vivenciar situações de brincadeiras e refletir sobre elas, resgatando
elementos da cultura popular.
• Comparar palavras quanto às semelhanças sonoras e gráficas:
quantidade de sílabas, letras e sílabas iniciais, dentre outras.
• Ordenar letras e sílabas para compor palavras, mobilizando
conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema de Escrita
Alfabética e a norma ortográfica.
• Completar palavras, mobilizando conhecimentos sobre as
correspondências grafofônicas.
• Ler palavras em listas, com ajuda do professor ou da professora,
produzindo conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema de
Escrita Alfabética.

318
VAMOS DESENHAR?

Para ampliar as reflexões sobre a relação entre os conhecimentos matemá-


ticos e as profissões, faça a atividade de desenhar algo de Matemática que
tenha a ver com o trabalho. Para a costureira, por exemplo, pode ser uma fita
métrica; para o cozinheiro, a balança (colheres e xícaras podem ser aceitas se
ficar claro que as crianças entendem que estes são instrumentos de medida
de massa, dessa profissão); para o marceneiro, a trena; para o pedreiro, a tre-
na ou um piso com cerâmicas geometricamente assentadas; para o cobrador
de ônibus, o dinheiro com o qual ele precisa fazer diversos cálculos.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Ler e produzir imagens (fotografia, desenho ou montagem), realizando
análise acerca dos efeitos de sentido identificados.
• Conhecer instrumentos de medição e outros materiais que envolvem
conceitos matemáticos relacionados com atividades profissionais.

319
UNIDADE 6:
TODO MUNDO TRABALHA?
Tempo sugerido: 03 dias

VAMOS CANTAR?

Nesta unidade, o principal objetivo é mostrar que o trabalho é um direito de


todos os adultos e problematizar o trabalho infantil. Desse modo, pode-se
iniciar com a cantoria da música “Criança não trabalha”. Antes de cantar com
as crianças, pode-se exibir o vídeo com a música sendo cantada pelo grupo
Palavra Cantada. É importante dizer para as crianças de quem é a música,
antes de mostrar o vídeo: www.youtube.com/watch?v=u9aa7FqMcRU
Após assistirem ao vídeo, a professora ou o professor pode cantar com as
crianças, acompanhando o texto registrado no Livro do Aluno.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Conhecer e valorizar artistas e suas obras, reconhecendo que
desenvolvem atividades profissionais a serem respeitadas.
• Refletir sobre alguns direitos das crianças e combater a exploração
do trabalho infantil.
• Vivenciar e valorizar situações de cantoria e refletir sobre elas,
resgatando elementos da cultura popular.
• Ler letras de músicas, apreendendo sentidos gerais, localizando
informações, elaborando inferências, estabelecendo intertextualidade
entre as obras.

320
VAMOS CONVERSAR?

A conversa sobre a canção pode enriquecer a discussão sobre trabalho em uma


perspectiva dos problemas sociais. O tema, portanto, é o trabalho infantil.
Durante a conversa, pode-se salientar que existem profissões legalizadas
para crianças. Pode-se exemplificar com as profissões de atores, músicos,
atletas, modelos, dentre outras. Esse pode ser um tema da conversa, com-
parando tais profissões a outras que são exercidas de modo ilegal, como as
de atividades agrícolas, empregados domésticos, lavadores de carro, dentre
outras. Um dos focos da conversa pode ser a exploração do trabalho infantil
e as condições de trabalho, problematizando que qualquer trabalho que invia-
bilize algum direito da criança ou seja realizado contra sua vontade pode se
constituir como exploração do trabalho infantil.
No final da conversa, chame a atenção dos alunos para o fato de que na
canção o que se pretende é mostrar que as crianças têm direito ao lazer, ao
cuidado, dentre outros.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Refletir sobre alguns direitos das crianças e combater a exploração
do trabalho infantil.
• Praticar a escuta atenta em situações de conversa.
• Produzir texto oral em situação de conversa.

VAMOS ASSISTIR?

Após a cantoria da música “Criança não trabalha”, pode-se mostrar o vídeo


“Mudar o mundo”, para ajudar a pensar sobre o tema. O link para o vídeo é:
www.youtube.com/watch?v=pJ5LjmO9FZ8

321
Pergunte aos alunos: O que o menino que viaja no trem vê? Como ele
reage? Que sentimentos ele mostra? O que ele faz depois que vê as cenas?
Lembre-se de fazer a áudio-descrição das imagens, caso tenha em sala uma
criança com deficiência visual.
Leve o aluno a perceber que o menino passa a dialogar com seu caderno de
artista. Através desse diálogo, o menino vai reconstruindo imagens, reorde-
nando ideias, elaborando soluções para as angústias, para o que o incomoda.

O que é Caderno de Artista?


Posted: Abril 6, 2011 in Caderno de Artista

Quem aqui nunca teve um diário?


Pois o caderno de artista é basicamente isto: um diário. Só que nesse diá-
rio, ao invés de anotarmos as coisas que aconteceram durante o nosso dia,
anotamos nossas ideias, traçamos alguns desenhos, colamos imagens de
referências, fazemos rascunhos, escrevemos algo que estamos sentindo, de-
monstramos nossas alegrias e angústias através de textos e imagens. Esse tal
caderno de artista facilita, e muito, o nosso processo de criação.
Há muito tempo artistas das mais diversas linguagens, fazem uso desses ca-
dernos. Grafiteiros, designers, escritores, atores, escultores, desenhistas,
pintores, poetas… O importante é registrar suas ideias, sejam elas de qual-
quer natureza.
Esses cadernos de artistas também podem ser chamados de livro de artista,
moleskine, sketchbook.
Faça uma busca no googleimages. São inúmeras as referências, os exemplos.
E então... vamos começar um caderno de artista??
fonte: https://arteroberta.wordpress.com/2011/04/06/o-que-e-caderno-de-artista

Será que seus alunos gostariam de fazer um caderno de artista e também


de pensar em mudar o mundo?

322
Caso queira fazer com eles um caderno de artista, basta usar algumas pou-
cas folhas de papel ofício dobradas ao meio. Esse caderno não deve ter pauta.
Você pode começar aqui os desenhos para montar o painel sugerido ao
final da unidade.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Conhecer e valorizar artistas e suas obras, reconhecendo que
desenvolvem atividades profissionais a serem respeitadas.
• Refletir sobre alguns direitos das crianças e combater a exploração
do trabalho infantil.
• Ler imagens (vídeo), realizando análise acerca dos efeitos
de sentido identificados.

VAMOS BRINCAR?

Para retomar a discussão sobre os direitos das crianças, você pode ressaltar
que o direito ao lazer é muito importante e que na canção “Crianças não
trabalham” aparecem muitas brincadeiras.
Para retomar a produção de gráficos, pode-se dar continuidade às ativida-
des escolhendo com as crianças uma brincadeira para brincar. Para isso, po-
de-se escolher, dentre as brincadeiras citadas na canção, cinco para compor
o gráfico e iniciar a votação.
Após a votação, deve-se brincar com as crianças. Caso elas não saibam
como é a brincadeira, pode-se convidar uma criança para explicar às demais.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Refletir sobre alguns direitos das crianças e combater a exploração
do trabalho infantil.

323
• Vivenciar e valorizar situações de cantoria, dança e brincadeiras e
refletir sobre elas, resgatando elementos da cultura popular.
• Produzir e ler gráficos de barra.
• Escutar com atenção em situações de conversa, sendo capaz de
compreender o que é dito e analisar criticamente, respondendo
sempre que sentir disposição para isso.
• Produzir textos orais do gênero conversa.

VAMOS LER E ESCREVER?

Para aprofundar a discussão sobre trabalho infantil, é importante discutir


sobre quais são os direitos das crianças, salientando que elas têm direito à
moradia, à educação, ao lazer. Você pode escolher um livro que trate desses
direitos e ler para as crianças, explorando os sentidos do texto.
Após discutir o texto encontrado no livro, é importante também intro-
duzir outros gêneros que abordam tal temática. Notícias e reportagens de
jornais podem ser levadas para a sala de aula.
Por fim, nesse momento da sequência, pode-se produzir com as crianças
um painel sobre os direitos das crianças, tentando combater o trabalho infantil.
Para isso, podem ser produzidos textos, colados textos do jornal, além de foto-
grafias, montagens e desenhos das crianças, que podem ser inseridos. Para ini-
ciar essa atividade, pode-se retomar com a turma o produto final da sequência,
que é a Feira de Profissões. Esse material pode ser incluído nessa feira. Para tal,
é importante que os estudantes planejem como será o painel e, depois de feito,
avaliem se o painel está adequado aos objetivos. Caso considerem importante,
podem fazer ajustes para que o painel expresse melhor o que querem na Feira.

Sugestões de livros que tratam dos direitos das crianças:


• Ser criança é... Estatuto da criança e do adolescente para
crianças - Autor(a): Fábio Sgroi - Imagens: Fábio Sgroi

324
Como o título indica, o livro Ser criança é... Estatuto da criança e do ado-
lescente para crianças apresenta aos leitores esse importante documento,
expondo, de forma sintética, divertida e problematizante, as questões fun-
damentais acerca dos direitos das crianças. Primeiro, o autor apresenta
situações de desrespeito vivenciadas por crianças brasileiras. Em seguida,
confronta essas experiências com o que preconiza o Estatuto. A obra traz,
também, informações práticas sobre como devem agir adultos e crianças,
em caso de violação de direitos. Como anexo, a obra traz, ainda, uma
versão resumida do ECA (Brasil. Acervos complementares: alfabetização
e letramento nas diferentes áreas do conhecimento, 2012. p. 103)
• De mãos dadas - Autor(a): Ingrid Biesemeyer Bellinghausen -
Imagens: Ingrid Biesemeyer Bellinghausen
A obra De mãos dadas é uma adaptação, em linguagem simples, dos dez
princípios da Declaração Universal dos Direitos da Criança. A autora abre
e fecha a obra lembrando aos leitores que os direitos expostos ainda não
são plenamente respeitados. Isso propicia a construção de boas sequências
didáticas que explorem o desenvolvimento do pensamento crítico e a capa-
cidade de observar a realidade para além da formalidade das leis. Merecem
destaque as ilustrações, nas quais se utiliza a técnica de colagem, fazendo
lembrar o caráter construído dos direitos e propiciando, assim, um interes-
sante diálogo com o texto verbal. (Brasil. Acervos complementares: alfabeti-
zação e letramento nas diferentes áreas do conhecimento, 2012. p. 71)

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Refletir sobre alguns direitos das crianças e combater a exploração
do trabalho infantil.
• Ler e produzir imagens (fotografia, desenho ou montagem), realizando
análise acerca dos efeitos de sentido identificados.
• Ler, com fluência, textos variados: textos didáticos, notícias,
reportagens, apreendendo sentidos gerais, localizando informações,

325
elaborando inferências, estabelecendo intertextualidade entre as obras.
• Produzir painéis para discussão temática, inserindo textos
verbais e imagens.

VAMOS LER?

Ainda no âmbito dos direitos, podem ser tratados aspectos relativos ao di-
reito ao trabalho, por segmentos sociais que têm sido alvos de preconceitos,
como as pessoas com deficiência. Neste caso, a conversa pode ser feita a
partir da leitura das imagens que constam no Livro do Aluno.
Além das imagens que estão no Livro, podem-se pesquisar outras imagens
e propor atividades complementares de pesquisa sobre o tema.
As imagens que estão no Livro foram retiradas de http://t.ly/jvxem

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Reconhecer que pessoas com deficiência exercem atividades
profissionais e têm direito de ocupar cargos profissionais.Conhecer
direitos trabalhistas.
• Ler imagens (fotografia, desenho ou montagem), realizando análise
acerca dos efeitos de sentido identificados.

PARA CASA

Na perspectiva de um currículo inclusivo, nesta sequência deve-se buscar que


as crianças percebam que as pessoas com deficiência têm direitos, que elas
exercem diferentes atividades na sociedade e que precisam ser respeitadas.
Como contribuição para essa aprendizagem, pode-se propor que as crianças
realizem alguma entrevista com um trabalhador ou uma trabalhadora que
tenha alguma deficiência. O principal objetivo é que as crianças percebam

326
que essas pessoas podem trabalhar, mas que muitas vezes enfrentam precon-
ceitos e falta de condições para o trabalho. É um momento, também, de elas
mobilizarem os conhecimentos que adquiriram sobre o gênero entrevista e
vivenciar a produção de situações com esse gênero.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Reconhecer que pessoas com deficiência exercem atividades
profissionais e têm direito de ocupar cargos profissionais.
• Conhecer direitos trabalhistas.
• Escutar com atenção em situações de entrevista, sendo capaz de
compreender o que é dito e analisar criticamente, respondendo
sempre que sentir disposição para isso.
• Produzir texto oral do gênero entrevista.
• Refletir sobre as características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais do gênero oral entrevista e planejar os textos.

VAMOS CONVERSAR?

Nesta seção, sugere-se retomar a atividade de casa, em que as crianças fo-


ram convidadas a entrevistar algum trabalhador ou alguma trabalhadora com
deficiência. Caso nenhuma criança tenha conseguido fazer a entrevista, a con-
versa pode girar em torno de uma entrevista escrita levada para a sala de aula.
Podem-se buscar na internet textos que possam ser usados para essa conversa.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Reconhecer que pessoas com deficiência exercem atividades
profissionais e têm direito de ocupar cargos profissionais.

327
• Conhecer direitos trabalhistas.
• Escutar com atenção em situações de conversa.
• Produzir texto oral em situação de conversa.

VAMOS LER E ESCREVER?

Outro painel a ser inserido na Feira das Profissões pode ser organizado pelas
crianças, com foco nos direitos dos trabalhadores. Neste caso, é importante
não se esquecer de discutir e estimular a inserção no painel das desigualdades
ainda presentes na nossa sociedade em relação ao trabalho realizado por
mulheres. Pesquisar e mostrar para os alunos que ainda há situações em que
homens e mulheres realizam as mesmas atividades e os homens têm remu-
neração superior.
Para a produção do painel, deve-se pesquisar sobre o tema. A leitura de
textos sobre os direitos trabalhistas é muito importante. Pode-se fazer a bus-
ca na internet e em jornais.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Refletir sobre as relações de gênero e a atividade profissional,
reconhecendo que a mulher e o homem podem realizar diferentes
atividades profissionais e merecem ser reconhecidos igualmente por
tais atividades.
• Ler, com fluência, textos variados, apreendendo sentidos gerais,
localizando informações, elaborando inferências, estabelecendo
intertextualidade entre as obras.
• Produzir painel para discussão temática, inserindo textos
verbais e imagens.

328
UNIDADE 7:
O QUE SÃO VERBETES?
VAMOS PRODUZIR?
Tempo sugerido: 04 dias

VAMOS CONVERSAR?

O principal objetivo desta unidade é familiarizar as crianças com o gênero


verbete, que será adotado na escrita dos textos que vão compor o catálogo
de profissões. Para iniciar a unidade, retome com as crianças a proposta de
produção de um catálogo de profissões, introduzindo o gênero verbete, que
é utilizado em situações em que são dadas informações sobre conceitos di-
versos. Ajude-as a reconhecer situações em que viram textos desse gênero,
seja na internet, em dicionários ou em enciclopédias. Tente apreender os
conhecimentos prévios das crianças sobre esse gênero.
Para enriquecer a conversa, leve exemplos de verbetes, que possam ser
mostrados aos alunos, para ilustrar o que for dito.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Refletir sobre características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais de verbetes.
• Escutar com atenção em situações de conversa.
• Produzir texto oral em situação de conversa.

329
VAMOS BRINCAR?

Para continuar a introdução do gênero verbete, vivencie com as crianças


uma brincadeira de adivinhação. Explique que você vai ler trechos de ver-
betes (e não verbetes completos), para que eles adivinhem de qual profissão
estão tratando.
Serão apresentados trechos de 10 verbetes:
1. Bombeiro ou bombeira
2. Detetive
3. Dono de casa ou dona de casa
4. Eletricista
5. Mecânico
6. Pedreiro
7. Porteiro
8. Salva-vidas
9. Babá
10. Camelô

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Vivenciar situações de brincadeiras, resgatando elementos
da cultura popular.
• Ler textos do gênero verbete, apreendendo sentidos gerais,
localizando informações, elaborando inferências, estabelecendo
intertextualidade entre as obras.

VAMOS LER E ESCREVER?

Após a brincadeira com os trechos de verbetes, vivencie uma atividade de


leitura de verbetes completos. Cada grupo deve ler verbetes acerca de uma

330
profissão (escolhida dentre as que aparecem na brincadeira) e sistematizar
informações a partir da leitura.
Para compor os grupos, cuide para que em todos eles tenha pelo menos
uma criança que domine o sistema de escrita e possa ler os verbetes e re-
gistrar o que for discutido pelas outras crianças. Caso não tenha quantidade
suficiente de crianças que tenham autonomia de leitura e escrita, faça a ativi-
dade coletivamente.
Passe nos grupos, ajudando as crianças a encontrar as informações sobre
as profissões pesquisadas.
No momento da socialização do que foi feito pelos grupos, verifique se
mais de um grupo escolheu a mesma profissão. Peça que os alunos leiam o
que registraram e ajude-os a comparar as respostas.
Por fim, ajude as crianças a sistematizar o que aprenderam sobre verbetes.
Registre com elas as características de um verbete e deixe o registro em
um local visível. Pode deixar que elas copiem o que sistematizaram para que
leiam quando precisarem.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Escutar com atenção em situações de exposição oral, sendo capaz
de compreender o que é dito e analisar criticamente, respondendo
sempre que sentir disposição para isso.
• Produzir textos orais de exposição de conceitos.
• Ler verbetes, apreendendo sentidos gerais, localizando informações,
elaborando inferências e estabelecendo intertextualidade entre as obras.
• Refletir sobre características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais de verbetes.
• Produzir verbetes, com coesão, coerência e correção linguística.

331
PARA CASA

Como atividade de casa, sugira que as crianças repitam a brincadeira “Qual


é a profissão?” em suas casas, de modo a dar continuidade às aprendizagens
que estão sendo realizadas na escola. Lembre a elas quais são as regras da
brincadeira, para que elas possam explicar em casa.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Vivenciar situações de brincadeiras, resgatando elementos
da cultura popular.
• Ler textos do gênero verbete, apreendendo sentidos gerais,
localizando informações, elaborando inferências e estabelecendo
intertextualidade entre as obras.
• Produzir textos orais do gênero instruções de brincadeiras.

VAMOS CONVERSAR?

Para retomar a tarefa de casa, pode-se conversar com as crianças sobre a


experiência de brincadeira em casa. Pode-se aproveitar para ver se surgiram
novas profissões durante a brincadeira em casa.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Refletir sobre situações de brincadeiras, resgatando elementos da
cultura popular.
• Escutar com atenção em situações de conversa.
• Produzir texto oral em situação de conversa.

332
VAMOS LER?

Dando continuidade à sistematização sobre as características dos verbetes,


realize atividades de comparação entre textos desse gênero, para que as
crianças percebam o que há em comum e as variações. Retome com elas as
características do gênero registradas anteriormente e analise novos verbetes
para verificar se possuem as mesmas características. Proponha que registrem
o que perceberam a partir da comparação.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Ler verbetes, apreendendo sentidos gerais, localizando informações,
elaborando inferências e estabelecendo intertextualidade entre as obras.
• Refletir sobre características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais de verbetes.
• Registrar resultados de pesquisas, mobilizando conhecimentos sobre
as correspondências grafofônicas e a norma ortográfica.

VAMOS LER E ESCREVER?

Considerando o acúmulo de discussão sobre o gênero, realize a produção


coletiva de um verbete. Medeie a atividade, ajudando as crianças a planejarem
o texto e a realizarem revisão em processo, ou seja, revisão durante o ato
de escrita. Para isso, discuta sobre o que será dito em cada trecho, releia os
trechos já registrados, para dar continuidade a cada parte do verbete.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Ler verbetes, apreendendo sentidos gerais, localizando

333
informações, elaborando inferências e estabelecendo
intertextualidade entre as obras.
• Refletir sobre características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais de verbetes.
• Produzir verbetes, com coesão, coerência e correção linguística.
• Revisar textos, durante o processo de escrita e após a versão inicial.
• Planejar a escrita de textos, antes do início da escrita e durante o
processo de escrita.

VAMOS LER?

Nesta seção, sugere-se realizar outra atividade de comparação de textos do


gênero verbete, para consolidação das aprendizagens acerca dos aspectos inte-
rativos, composicionais e estilísticos do gênero. Para fazer a comparação, pode-
se retomar o registro das características do gênero realizado anteriormente.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Ler verbetes, apreendendo sentidos gerais, localizando informações,
elaborando inferências e estabelecendo intertextualidade entre as obras.
• Refletir sobre características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais de verbetes.

VAMOS CONVERSAR?

Faça a leitura da imagem com os alunos. Nesse momento, para relacionar


as atividades às experiências deles, converse sobre as situações em que as

334
pessoas perguntam às crianças o que elas querem ser quando crescerem. É
importante salientar que as crianças não precisam decidir isso cedo, pois há
muito tempo para isso. No entanto, pode ser também um momento para
que elas socializem possíveis projeções da vida adulta e os desejos que já
possam estar surgindo.
Caso tenha tempo e acesso, e avalie que é adequado à idade de seus alu-
nos, você pode também ver com as crianças o Quintal da Cultura - Minha
profissão é... www.youtube.com/watch?v=VB0XXKvalHs

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Ler imagens (fotografia, desenho ou montagem), realizando análise
acerca dos efeitos de sentido identificados.
• Escutar com atenção em situações de conversa.
• Produzir texto oral em situação de conversa.

VAMOS LER E ESCREVER?

Durante esta unidade, foram produzidos vários verbetes. Uma atividade de


sistematização pode ser a de organizar o que foi feito, reler os textos, discutir
sobre o que os alunos acharam das atividades e escolher, com as crianças, os
textos de que elas mais gostaram. Essa atividade é importante porque propicia
a avaliação do que já foi feito e a avaliação dos próprios textos pelas crianças.
A partir da escolha das crianças, podem-se realizar algumas atividades de
revisão coletiva dos melhores textos, considerando a possibilidade de que tais
textos componham o catálogo de profissões que será produzido pelas crianças.
Durante as revisões, é importante considerar a finalidade dos textos, a
clareza, a organização, considerando a forma composicional e estilística do
gênero. Aspectos relativos à correção linguística também devem ser conside-

335
rados, como a ortografia, pontuação, concordância, paragrafação, estrutura-
ção dos períodos, dentre outros.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Refletir sobre características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais de verbetes.
• Produzir verbetes, com coesão, coerência e correção linguística.
• Revisar textos, após a versão inicial.

VAMOS DESENHAR?

Mais uma vez, a proposta de atividade envolve o trabalho com a linguagem


artística. Para tal, sugere-se que se proponha que as crianças desenhem uma
profissão. É importante avisar que farão uma brincadeira para que outras
pessoas descubram a profissão que está sendo representada e que, portanto,
elas não devem dizer para ninguém o que estão desenhando.
Entregue fichas em branco para que as crianças escrevam, de um lado, o
nome da profissão representada e do outro, o nome delas. Se houver crianças
que não dominam o sistema de escrita, entregue as fichas das chamadas para
que copiem seus nomes e, no caso da palavra que indica a profissão, passe nas
bancas ajudando-as a escrever, depois que elas tentarem escrever sozinhas.
É importante também dizer que alguns desenhos poderão ser inseridos no
catálogo de profissões que as crianças vão produzir.
Durante a atividade, circule entre as crianças, motivando-as.

336
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Produzir desenho, realizando análise acerca dos efeitos
de sentido identificados.
• Escrever palavras, mobilizando conhecimentos sobre o funcionamento
do Sistema de Escrita Alfabética e a norma ortográfica.

VAMOS BRINCAR?

Nesta seção, pode-se vivenciar com as crianças a brincadeira indicada no


Livro do Aluno. Lembrar-se de ler para eles as regras do jogo e discutir se
estão entendendo como jogar.
No final do jogo, recolher os desenhos, lembrando aos alunos que alguns
deles podem compor o catálogo de profissões que eles vão produzir.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Vivenciar situações de brincadeiras, resgatando elementos
da cultura popular.
• Ler imagens (desenho), realizando análise acerca dos efeitos de sentido
identificados.

337
UNIDADE 8:
ORGANIZANDO UM
CATÁLOGO DE PROFISSÕES
Tempo sugerido: 05 dias

VAMOS BRINCAR?

Para manter a ludicidade do trabalho é interessante iniciar a unidade reali-


zando uma brincadeira com as crianças. No Livro do Aluno há uma sugestão
de um jogo de formação de palavras, que contribui para a apropriação de
conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética.
Para contemplar diferentes níveis de conhecimento das crianças, pode-se
realizar o jogo contendo as imagens para as crianças que estejam em níveis
menos elaborados sobre o sistema notacional, e sem as imagens para as
crianças que estejam em níveis mais consolidados. Também pode ser variada
a quantidade de palavras a serem formadas. Para os alunos que estejam em
níveis mais iniciais, pode-se sugerir a formação de 3 ou 5 palavras. Para os
que já tenham compreendido o funcionamento do sistema, pode-se propor
a formação de 10 palavras.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Ordenar letras e sílabas para compor palavras, mobilizando
conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema de Escrita
Alfabética e a norma ortográfica.

338
VAMOS CONVERSAR?

Nesta unidade, as crianças vão produzir o catálogo de profissões. Então, é impor-


tante conversar com elas sobre o que já foi feito, pedir que digam o que já apren-
deram e o que ainda precisam aprender. Essa atividade de avaliação pelas crianças
pode ajuda-las a aprender a monitorar suas próprias aprendizagens. Depois, pode-
se anunciar que as próximas aulas serão destinadas à produção final do catálogo.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Escutar com atenção em situações de conversa.
• Produzir texto oral em situação de conversa.

VAMOS LER E ESCREVER?

Para que possam produzir um catálogo, é muito importante que os alunos


tenham contato com outros textos desse gênero. Nesta atividade, eles de-
vem explorar um catálogo e registrar o que perceberam no Livro do Aluno.
Caso haja na turma crianças que não tenham domínio do sistema de escrita,
pode-se organizar a turma de modo que em cada grupo uma criança tenha
autonomia para escrever. Caso não haja crianças suficientes, pode-se realizar
a atividade em grande grupo.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Ler textos de catálogos, apreendendo sentidos gerais, localizando
informações, elaborando inferências e estabelecendo intertextualidade
entre as obras.
• Refletir sobre características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais de textos inseridos em catálogos.

339
• Registrar resultados de pesquisas, mobilizando conhecimentos sobre
as correspondências grafofônicas e a norma ortográfica.

VAMOS CONVERSAR?

Para que as crianças possam entender as regularidades e variações entre os catá-


logos, é importante levar para a sala catálogos diversos, mostrando que entre eles
há semelhanças e diferenças. É crucial que alguns tenham semelhanças com o que
vai ser produzido, como os de saúde ou de outro tema que contenham verbetes.
Na atividade proposta, as crianças devem, em grupos, ler e analisar os materiais.
Cada grupo deverá analisar um catálogo e depois as crianças deverão compará-los.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Escutar com atenção em situações de conversa, sendo capaz de
compreender o que é dito e analisar criticamente, respondendo
sempre que sentir disposição para isso.
• Produzir textos orais em situação de conversas.
• Refletir sobre características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais de catálogos.
• Responder questões, mobilizando conhecimentos sobre o
funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética e a norma ortográfica.

VAMOS ORGANIZAR UM CATÁLOGO DE PROFISSÕES?

Após os alunos conhecerem como são os catálogos e já terem aprendido mui-


to sobre profissões, já é possível começar a organizar o catálogo de profissões.
Deve-se conversar e combinar tudo o que será feito. Assim, as crianças assumem
responsabilidades e aprendem a se organizar e monitorar suas próprias ações.

340
Para um bom planejamento, o registro é necessário. Então, pode-se pro-
por que as crianças registrem todas as decisões no Livro do Aluno. Para que
todas participem, deve-se acompanhar a escrita, auxiliando as crianças que
ainda não dominam o Sistema de Escrita Alfabética. Não se esqueça de expli-
citar que elas podem ajudar os colegas.
A primeira decisão é sobre o título. É muito importante retomar o título pro-
visório que os alunos atribuíram na primeira unidade desta sequência. A partir
disso, eles podem modificá-lo ou produzir um título diferente. Pode-se dizer que
até o final da atividade eles poderão trocar o título, caso julguem necessário.
A discussão sobre os leitores precisa ser feita, para guiar as crianças na
construção dos textos e para que elas possam ir avaliando se os textos são
adequados ao público atendido. Também ajudará a definir o suporte, o espa-
ço de circulação e os modos como os leitores terão acesso ao catálogo. Essa
definição tem relação com a finalidade do texto. Por exemplo, pode-se dis-
cutir se o catálogo poderá ajudar algumas pessoas a escolher suas profissões
ou a mudar de profissão. Também será necessário, a partir dessa definição,
decidir se o catálogo será impresso ou digital, ou se será das duas formas.
O local de divulgação é outra decisão necessária. Pode-se articular esse
produto ao produto seguinte, que será a Feira de Profissões. Pode-se sugerir
que os alunos façam o lançamento do catálogo nessa Feira.
Tendo discutido a finalidade, os destinatários e os modos de circulação,
pode-se passar às decisões quanto à forma composicional: a quantidade de
páginas, as partes que comporão o almanaque, a quantidade de profissões
contempladas. Em relação às partes que comporão o almanaque, pode-se
sugerir que retomem o que fizeram nas outras etapas da sequência e or-
ganizem o catálogo em quatro partes: (1) profissões de pessoas da escola,
(2) profissões de pessoas do bairro, (3) profissões de pessoas famosas, (4)
profissões que queremos ter quando crescermos.
Tendo decidido as partes do almanaque, pode-se discutir sobre os gêne-
ros que serão produzidos e a quantidade de textos em cada parte. Pode-se,
por exemplo, decidir que em cada parte sejam escolhidas 5 ou 6 profissões

341
e que na parte que diz respeito ao que eles querem ser quando crescerem,
devem-se contemplar todas as propostas, retirando apenas as que já tenham
aparecido em partes anteriores.
Após as decisões de estrutura mais geral, deve-se conversar sobre os
gêneros que serão produzidos. No caso dos verbetes, discutir quais tipos
de informações aparecerão. O cartaz de registro das características desse
gênero pode ser consultado. Quanto aos demais gêneros, pode-se verificar
se o que foi produzido anteriormente já serve ou se os alunos terão que
produzir novos textos.
As imagens também são muito importantes em um catálogo desse tipo,
sobretudo envolvendo o público infantil. Então, devem-se retomar os dese-
nhos que foram produzidos em outras unidades e produzir outras imagens,
a partir do que os alunos propuserem. Por exemplo, pode-se sugerir que
as fotos deles apareçam junto às profissões que estiverem na seção “O que
quero ser quando crescer”, caso eles decidam que elas devam aparecer.
A capa é outra parte a ser objeto de atenção e cuidado. Deverá ser ela-
borada a partir da contribuição de todos. Algumas coisas precisam estar
definidas: o título; a autoria. Não é aconselhável, em trabalho como esses,
estimular concurso ou eleições de produção individual. A colaboração é sem-
pre mais produtiva.
Alguns aspectos precisam ser discutidos:
• A fonte da letra da capa – claro que não precisa aqui de um rigor
técnico, mas verificar se serão usadas letras maiúsculas ou minúsculas,
em negrito, ou letras artísticas;
• As cores que serão usadas – fazer uma pesquisa com as crianças
enriqueceria muito.

Existem sites na internet que tratam do significado das cores, como o que
fica no endereço www.significados.com.br/cores-2/
Podem ser encontrados também muitos sites que discutem especificamen-
te as cores nas capas de livros. Mas, tendo acesso à internet, aproveite para

342
visitar o site do Adobe color. Ele vai mostrar possibilidades de harmonização
das cores a partir da harmonia das cores. Vale uma visita - Adobe color:
https://color.adobe.com/pt/create/color-wheel
A ideia da capa – que imagem o grupo quer passar – pode ser produzida
inicialmente em forma de rascunho – individualmente ou em duplas. Assim, a
atividade poderia seguir os tópicos:
A. todos podem fazem rascunhos;
B. a turma pode observar o número de vezes que certas ideias aparecem
nos rascunhos;
C. a turma pode decidir que aspectos não podem deixar de estar
na capa do catálogo;
D. todos definem a técnica que será executada: desenho; pintura;
colagem; fotografia, técnica mista.
E. Pode-se pedir que todos os alunos façam, cada um, a sua capa para
o catálogo, incorporando os elementos definidos pelo grande grupo.
Depois, com os resultados das produções, discutir sobre a relação entre
a percepção e a imaginação - como cada um percebeu a discussão em
sala e como efetivou o trabalho, destacando a compreensão de que fazer
arte é isto: colocar de forma objetiva o que temos na nossa subjetividade.
F. A partir daí, pode-se passar para a editoração, para a efetivação da
capa a partir do que já foi decidido com a turma. Podem-se dividir
tarefas: cada equipe fazer uma atividade, como fotografar, desenhar,
procurar o tipo de letra do título, pintar etc.

Para que tudo seja feito com cuidado e as aprendizagens se consolidem, sugeri-
mos que seja organizado um cronograma com as crianças, contendo as atividades
a serem feitas. Nesse cronograma, não se deve esquecer que será necessário:
• Leitura dos verbetes produzidos e escolha dos que podem
ser inseridos no almanaque
• Escrita de novos textos
• Digitação dos textos

343
• Revisão dos textos
• Produção das imagens
• Produção da capa
• Organização das partes do almanaque
• Impressão ou inserção na internet

Durante a vivência dos trabalhos, é muito importante que o cronograma


seja sempre retomado, para uma avaliação do que já foi feito e redefinição do
que ainda estiver por fazer. Desse modo, as crianças aprendem a monitorar
suas atividades e a avaliar os produtos de suas ações.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Ler e produzir imagens (fotografia, desenho ou montagem), realizando
análise acerca dos efeitos de sentido identificados.
• Escutar com atenção em situações de conversa e exposição,
sendo capaz de compreender o que é dito e analisar criticamente,
respondendo sempre que sentir disposição para isso.
• Produzir textos orais de diferentes gêneros: conversa, exposição,
discussão, instruções de brincadeiras.
• Ler, com fluência, textos variados: textos didáticos, verbetes, biografias,
notícias, reportagens, apreendendo sentidos gerais, localizando
informações, elaborando inferências e estabelecendo intertextualidade
entre as obras.
• Refletir sobre características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais de verbetes e biografias.
• Produzir verbetes, com coesão, coerência e correção linguística.
• Produzir textos de propaganda, tais como cartazes e convites.
• Revisar textos de diferentes gêneros, durante o processo de escrita e
após a versão inicial.

344
• Planejar a escrita de textos de diferentes gêneros, antes do início da
escrita e durante o processo de escrita.
• Preencher questionário e responder questões, mobilizando
conhecimentos sobre o funcionamento do Sistema de Escrita
Alfabética e a norma ortográfica.
• Registrar resultados de entrevistas e pesquisas, mobilizando conhecimentos
sobre as correspondências grafofônicas e a norma ortográfica.

PARA CASA

Como tarefa de casa, pode-se propor que as crianças conversem com seus
familiares e amigos sobre as atividades que serão vivenciadas para a produção
de um catálogo. Essa é uma maneira de fazer com que elas possam explicitar
os conhecimentos de que já se apropriaram e que possam socializar e tomar
consciência do que vai ser realizado, do planejamento feito. É um modo tam-
bém de envolver os familiares na sua vida escolar.
Selecione materiais que todos julguem importantes para o catálogo, como
por exemplo: uma imagem de revista, uma foto ou recorte de jornal, um
pedaço de folha colorida.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Ler e produzir imagens (fotografia, desenho ou montagem), realizando
análise acerca dos efeitos de sentido identificados.
• Escutar com atenção em situações de conversa, sendo capaz de
compreender o que é dito e analisar criticamente, respondendo
sempre que sentir disposição para isso.
• Produzir textos orais em situação de conversa.

345
UNIDADE 9:
ORGANIZANDO A FEIRA
DE PROFISSÕES
Tempo sugerido: 05 dias

VAMOS CANTAR?

Para introduzir as atividades de organização da Feira de Profissões, será ne-


cessário refletir sobre o que é uma feira, avaliando os conhecimentos prévios
das crianças.
No cotidiano dos alunos, o tipo de feira mais comum é a feira comercial de
venda de alimentos. Então, pode-se começar o trabalho mostrando a canção
“A Feira de Caruaru”, de Luiz Gonzaga, ativando os conhecimentos deles
sobre esse tipo de feira.
No Livro do Aluno, a letra da música está registrada. Pode-se aproveitar
para estimular as crianças a acompanharem a cantoria, lendo o texto. Outras
atividades podem ser feitas com a letra da música.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar artistas e suas obras, reconhecendo que
desenvolvem atividades profissionais a serem respeitadas.
• Vivenciar e valorizar situações de cantoria e refletir sobre elas,
resgatando elementos da cultura popular.
• Ler letras de músicas, apreendendo sentidos gerais, localizando
informações, elaborando inferências e estabelecendo intertextualidade
entre as obras.
• Organizar eventos, considerando finalidades, participantes, espaço etc.

346
VAMOS CONVERSAR?

Conversar sobre os conhecimentos que as crianças tenham sobre feiras pode


favorecer ótimas socializações de saberes que ajudem a introduzir a ideia de
que existem diferentes tipos de feiras. Falar sobre feiras de profissões é muito
importante. O professor ou a professora pode também levar materiais sobre
outras feiras de profissões.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Organizar eventos, considerando finalidades, participantes, espaço etc.
• Escutar com atenção em situações de conversa.
• Produzir texto oral em situação de conversa.

VAMOS ASSISTIR?

Para que as crianças possam organizar a participação na Feira de Profissões, é


importante que saibam o que é uma exposição oral e que planejem como farão
suas exposições. Para isso, pode-se realizar uma visita a alguma feira temática ou
buscar vídeos na internet, com exposições orais. Analisar com os alunos as ativi-
dades com esse gênero pode ajudá-los a planejar como farão as exposições deles.
Com base no que assistirem, podem-se sistematizar algumas característi-
cas do gênero exposição oral, como o fato de que o expositor trata de um
tema, fornecendo informações para as pessoas que estão ouvindo, que ele
organiza previamente o que vai dizer, que muitas vezes utiliza apoio de textos
escritos, como cartazes, slides. Pode-se também chamar a atenção para o
tempo utilizado, de modo que o texto seja sintético, mas tenha informações
suficientes, e que não ocorra fuga ao tema. Pode-se falar sobre o cuidado que
se deve ter com a linguagem, o nível de formalidade, dentre outros aspectos
que o professor ou a professora julgar importante.

347
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Refletir sobre variação linguística, valorizando diferentes modos de
falar e sabendo adequar aos objetivos pretendidos.
• Refletir sobre as características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais do gênero oral exposição, e planejar os textos.
• Registrar resultados de pesquisas, mobilizando conhecimentos sobre
as correspondências grafofônicas e a norma ortográfica.

VAMOS LER?

Ler imagens é muito importante nos dias atuais. Diferentes linguagens estão
presentes nas interações sociais. No Livro do Aluno, foram inseridas duas
imagens: uma pintura e uma fotografia. Pode-se refletir sobre os dois tipos de
imagens e sobre os efeitos e sensações de uma e de outra e das informações
presentes nas duas obras.
Chame a atenção das crianças para o enunciado: “Toda feira nos estimula
a olhar, observar, cheirar, sentir...” e, com base nele, motive-as a falar sobre o
que estão vendo, realizando a leitura das imagens.
• Para saber mais sobre o artista Edmar Fernandes, visite o site:
www.artemaior.com.br/anuario2014/perfil.do?codigo=537
• Para saber mais sobre a feira fotografada – FENEARTE, visite o site:
www.fenearte.pe.gov.br/

Para finalizar esta atividade, é interessante retomar a proposta inicial de


organização de uma feira e problematizar as diferenças entre a feira que será
organizada e as que eles viram nas imagens.

348
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Conhecer e valorizar artistas e suas obras, reconhecendo que
desenvolvem atividades profissionais a serem respeitadas.
• Ler imagens (fotografia e pintura), realizando análise acerca dos efeitos
de sentido identificados.
• Organizar eventos, considerando finalidades, participantes, espaço etc.

VAMOS LER E ESCREVER?

A atividade desta seção é de escrita de palavras e enunciados em listas. Tem


o objetivo de fazer as crianças começarem a pensar no que é necessário para
organizar a feira e, ao mesmo tempo, mobilizarem conhecimentos sobre o
Sistema de Escrita Alfabética. É interessante, nesta atividade, formar duplas
de crianças que tenham conhecimentos parecidos sobre o sistema notacional,
para fazê-las pensar sobre quantas e quais letras utilizar.
O apoio a essas crianças durante a atividade é importante, para que se
possam dar pistas, problematizar, dar informações que ajudem as crianças a
avançarem quanto aos conhecimentos sobre a base alfabética.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Organizar eventos, considerando finalidades, participantes, espaço etc.
• Escrever palavras, mobilizando conhecimentos sobre o funcionamento
do Sistema de Escrita Alfabética e a norma ortográfica.

VAMOS ORGANIZAR UMA FEIRA DE PROFISSÕES?

Para começar a organização da feira, é necessário planejar com as crianças.


O registro do planejamento ajudará a monitorar, junto com a turma, todas as
etapas do trabalho. Pode-se propor que os alunos registrem em seus livros as

349
principais decisões. O professor ou a professora deve acompanhar a escrita,
auxiliando as crianças que ainda não dominam o Sistema de Escrita Alfabética.
Um primeiro aspecto a ser enfocado é o objetivo da feira. É essa clareza
que possibilitará que as diferentes etapas do trabalho façam sentido para
as crianças.
O local da feira também precisa ser previamente definido, pois disso de-
pende a escolha das atividades que acontecerão durante a feira.
A decisão da data e do horário ajudará a definir o cronograma do trabalho.
Os convidados também precisam ser previamente determinados, pois
eles precisam ter as informações antecipadamente do que acontecerá e
se sentirem motivados a participar. Para isso, será necessário definir os
modos de convidar as pessoas. Podem-se produzir cartazes e convites de
divulgação da feira. Essa, portanto, é uma etapa importante a ser inserida
no cronograma.
A definição das atividades que acontecerão na feira também precisa ser feita
com antecedência, pois no cronograma precisa estar delimitado o que será fei-
to em relação a cada tipo de atividade. Por exemplo, se houver exposição sobre
as profissões, será preciso indicar se as profissões serão divididas entre os gru-
pos, se farão cartazes, se convidarão pessoas que exercem as profissões para
que elas falem para os convidados, dentre outras possibilidades. Desse modo,
o planejamento de como será cada uma das atividades a serem realizadas é
fundamental, para que tudo seja vivenciado com tranquilidade no dia da feira.
A ornamentação e a organização do espaço são outras atividades que
têm de ser bem planejadas. Desse planejamento dependerá a lista dos
materiais necessários. Para que os alunos consigam esses materiais, preci-
sam pensar nas estratégias. Por exemplo: se forem reutilizar embalagens,
precisarão coletar; se forem utilizar tintas ou papéis, precisarão solicitar à
Direção da escola. Podem decidir também pedir apoio de profissionais e
comerciantes do bairro.
Com base nas definições no momento do planejamento, as atividades de-
verão ser listadas para que seja feito um cronograma de trabalho.

350
O cronograma deverá ser seguido, de modo que não sejam deixadas para
a última hora ações importantes. Não se deve esquecer que será necessário:
A. Convidar as pessoas e divulgar a feira.
B. Fazer todos os encaminhamentos relativos a cada tipo de atividade
que será vivenciada no dia da feira.
C. Dividir as tarefas entre as pessoas da turma e avaliar com as crianças a
cada dia se conseguiram dar conta do que foi planejado. Verificar com
elas se precisam rever o cronograma ou mudar atividades planejadas.
D. Ensaiar com a turma o que deverão apresentar.
E. Organizar o espaço e ornamentar.

Durante toda a vivência das atividades, é importante retomar o cronogra-


ma para avaliar o que já foi feito e redefinir o planejamento e ajustes necessá-
rios. Desse modo, as crianças aprendem a se organizar, a cumprir prazos, a
planejar e monitorar suas ações.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Ler e produzir imagens (fotografia, desenho ou montagem), realizando
análise acerca dos efeitos de sentido identificados.
• Produzir textos orais do gênero exposição, entrevista, discussão,
instruções de brincadeiras.
• Refletir sobre as características sociodiscursivas, como tipos de
interlocutores, finalidades, suportes, temas tratados e estruturas
composicionais do gênero oral exposição, e planejar os textos.
• Produzir textos de propaganda, tais como cartazes e convites.
• Preencher questionário e cronograma, mobilizando conhecimentos sobre
o funcionamento do Sistema de Escrita Alfabética e a norma ortográfica.
• Organizar eventos, considerando finalidades, participantes, espaço etc.

351
PARA CASA

Para aproximar mais ainda os familiares das vivências escolares das crianças,
pode-se propor que as crianças conversem com seus familiares e amigos
sobre as atividades que serão vivenciadas para a organização da Feira de
Profissões. Essa é uma maneira de fazer com que elas possam explicitar os
conhecimentos de que já se apropriaram e que possam socializar e tomar
consciência do que vai ser realizado, do planejamento feito. É um modo
também de envolver os familiares na vida escolar das crianças.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Escutar com atenção, em situações de conversa, sendo capaz de
compreender o que é dito e analisar criticamente, respondendo
sempre que sentir disposição para isso.
• Produzir textos orais em situação de conversa.
• Organizar eventos, considerando finalidades, participantes, espaço etc.

VAMOS BRINCAR?

O jogo “Batalha das profissões” objetiva levar as crianças a dividir as pala-


vras em sílabas e comparar palavras quanto ao número de sílabas. O co-
nhecimento de que as palavras são formadas por sílabas faz parte do elenco
de conhecimentos necessários para a compreensão do funcionamento do
sistema de escrita. Saber decompor as palavras em sílabas e compará-las
ajuda as crianças a pensarem sobre as relações entre partes sonoras e
partes escritas das palavras, o que ajuda no processo de estabelecimento
de correspondências grafofônicas no momento da escrita. Vivenciar essa
brincadeira é importante, sobretudo, para crianças que ainda não tenham
dominado o Sistema de Escrita Alfabética. Mas a brincadeira pode ser feita
com todas as crianças, pois também ajuda a familiarizá-las com o vocabu-

352
lário relativo às profissões. Caso se deseje, também se pode deixar uma
parte da turma brincando com esse jogo e realizar outro tipo de atividade
com as crianças que já forem alfabéticas.

As imagens do jogo são as seguintes:

• Cantor • Jornalista
• Artesão • Juiz
• Atleta • Mecânico
• Ator • Médico
• Camelô • Pedreiro
• Costureiro • Professor
• Dançarino • Secretário
• Dentista • Veterinário
• Enfermeiro • Garçom
• Fotógrafo • Vendedor

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Comparar palavras quanto às semelhanças sonoras:
quantidade de sílabas.
• Vivenciar situações de brincadeiras, resgatando elementos
da cultura popular.

353
UNIDADE 10:
AVALIANDO NOSSO TRABALHO
Tempo sugerido: 01 dia

VAMOS BRINCAR?

A brincadeira “Baralho letra inicial” é muito interessante para as crianças


que estejam se apropriando do sistema de escrita, pois demanda que elas
comparem palavras quanto ao fonema inicial e identifiquem a letra inicial das
palavras, o que colabora para o estabelecimento de correspondências grafo-
fônicas. No caso das crianças que já dominem esses conhecimentos, elas es-
tarão se familiarizando com o vocabulário relativo às profissões. Mas, caso se
considere mais interessante, pode-se deixar que algumas crianças vivenciem
essa brincadeira e outras realizem outras atividades.
As cartas do baralho formam as seguintes trincas:

ADESTRADOR
A ADVOGADO
ASCENSORISTA
BABÁ
B BIBLIOTECÁRIO
BOMBEIRO
CABELEIREIRO
C CARPINTEIRO
CARTEIRO

354
DENTISTA
D DANÇARINO
DESENHISTA
ELETRICISTA
E EMBALADOR
ENCANADOR
FARMACÊUTICO
F FLORISTA
FOTÓGRAFO
JARDINEIRO
J JORNALEIRO
JORNALISTA
MOTORISTA
M MAQUIADOR
MECÂNICO
PADEIRO
P PEDREIRO
PROFESSOR
SAPATEIRO
S SECRETÁRIA
SORVETEIRO
TELEFONISTA
T TRATORISTA
TAPECEIRO
VENDEDOR
V VETERINÁRIO
VIGILANTE

355
Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:
• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Comparar palavras quanto às semelhanças sonoras e gráficas: fonemas
e letras iniciais.
• Vivenciar situações de brincadeiras, resgatando elementos
da cultura popular.

VAMOS CONVERSAR?

A conversa a ser realizada no último dia da sequência objetiva que os alunos


façam uma avaliação do trabalho feito, de modo que eles possam identificar
aspectos positivos e negativos. Essa avaliação ajuda as crianças a apren-
derem a monitorar suas próprias aprendizagens e ajuda o professor ou a
professora a entender quais ações favorecem mais ou menos as aprendiza-
gens, quais tipos motivam mais, quais tipos de mediação são mais efetivos
no processo pedagógico.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Escutar com atenção em situações de conversa.
• Produzir texto oral em situação de conversa.

VAMOS LER E ESCREVER?

A última atividade de escrita pode ser individual, para que sirva como instru-
mento de avaliação de escrita. Ela pode ser comparada à atividade escrita da
Unidade 1. Possibilitará reconhecer a progressão de aprendizagem das crianças.

Na avaliação dos textos, é importante considerar se eles atendem às fi-


nalidades previstas, se a forma composicional é adequada à finalidade, se

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atendem ao estilo do gênero, se houve crescimento em relação ao domínio
do sistema de notação ou ortografia, ou mesmo outros aspectos norma-
tivos da língua.
Caso as crianças não dominem o sistema de escrita, pode-se assumir a
função de escriba e avaliar aprendizagens relativas à textualidade, sem consi-
derar as aprendizagens do sistema notacional.

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Conhecer e valorizar as diferentes profissões.
• Produzir verbetes, com coesão, coerência e correção linguística.
• Planejar a escrita de textos de diferentes gêneros, antes do início da
escrita e durante o processo de escrita.
• Revisar textos, durante o processo de escrita e após a versão inicial.
• Produzir imagens (desenhos), realizando análise acerca dos efeitos de
sentido identificados.

VAMOS LER?

A atividade final de leitura da história em quadrinhos é um modo lúdico de


concluir a sequência. As crianças podem ser convidadas ainda a conversar so-
bre suas aprendizagens, retomando-se a informação de que elas terão muito
tempo para definir suas profissões, mas que o importante é ser feliz!
• Outras tirinhas engraçadas podem circular na sala:
www.tirinhasengracadas.com.br/p/melhores-tirinhas-mafalda.html

Os principais objetivos de aprendizagem desta seção são:


• Ler tirinhas, apreendendo sentidos gerais, localizando informações,
elaborando inferências e estabelecendo intertextualidade entre as obras.

357
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