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Sermao 10 - Cristo Um Sumo Sacerdote Misericordioso R.M. MCheyne

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Conselho editorial: Pr.

Fernando Angelim
Pr. Jorge Rodríguez
Pr. Josué Meninel
Pr. Marcus Paixão
Editor: Pr. William Teixeira

O Estandarte de Cristo
Editora

Os Sermões de Robert Murray M’Cheyne


Sermão Nº 10: Cristo, um Sumo Sacerdote Misericordioso

Copyright © 2024 Editora O Estandarte de Cristo | Francisco Morato, SP, Brasil

1ª Edição em português: 2024.

Todos os direitos em língua portuguesa reservados por Editora O Estandarte de Cristo.


Proibida a reprodução por quaisquer meios, salvo em breves citações, com indicação da fonte.

Salvo indicação em contrário e leves modificações, as citações usadas nesta tradução são da
versão Nova Almeida Atualizada© | NAA — Copyright © 2017 Sociedade Bíblica do Brasil.

Tradução: William Teixeira


Revisão: Camila Rebeca Teixeira
Capista: Kaiky Reis

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

M'Cheyne, Robert Murray.


M478c Cristo, um Sumo Sacerdote Misericordioso [livro eletrônico]: sermão 10 / Robert Murray
M'Cheyne; tradução William Teixeira. – Francisco Morato, SP: O Estandarte de Cristo, 2024.
– (Sermões de R. M. M'Cheyne; v. 10)
Formato: Mobi
Requisitos de sistema: Adobe Digital Editions
Modo de acesso: World Wide Web
Título original: Christ a Merciful High Priest
ISBN 978-65-00-98692-1
1. Salvação (Teologia). 2. Jesus Cristo – Ensinamentos. I. Teixeira, William. II. Título.
CDD 234

Elaborado por Maurício Amormino Júnior – CRB6/2422


Sumário
Sermão Nº 10 | Cristo, um Sumo Sacerdote Misericordioso

I. A misericórdia soberana de Cristo demostrada no fato de ele se


tornar homem..................................................................................... 5

1. Não se surpreenda se Jesus passar por muitos ......................... 6

2. Se Cristo visitou a sua alma, dê a ele toda a glória .................. 6

3. Se Cristo está agora visitando sua alma, não brinque com ele . 7

II. Cristo foi feito como nós em todas as coisas .................................. 8

1. Ele passou por todos as fases de nossa vida, desde a infância


até a idade adulta ........................................................................ 9

2. Ele provou as dificuldades de muitas situações na vida ........... 9

3. Que provações ele teve de sua própria família! ...................... 10

4. Que provações ele enfrentou por causa de Satanás! ............... 10

5. Que provações ele recebeu da parte de Deus! ........................ 10

III. Cristo sofreu todas essas coisas para que ele pudesse ser um Sumo
Sacerdote misericordioso e fiel.......................................................... 11

1. Fazer expiação ...................................................................... 11

2. Socorrer aqueles que são tentados ......................................... 12

Quem Foi Robert Murray M’Cheyne ................................................ 15


Os Sermões de Robert Murray M’Cheyne

Cristo, um Sumo
Sacerdote Misericordioso
(Sermão Nº 10)

“Porque, na verdade, ele não assumiu a natureza dos anjos, mas


ele tomou a descendência de Abraão. Por isso, em todas as coi-
sas, convinha-lhe que fosse feito semelhante aos irmãos, para
que fosse um sumo sacerdote misericordioso e fiel em todas as
coisas que pertencessem a Deus, para operar a reconciliação por
causa dos pecados do povo. Porque naquilo que ele mesmo so-
freu sendo tentado, ele pode socorrer aos que são tentados.”
(Hebreus 2:16-18)

Doutrina — Cristo é um Sumo Sacerdote misericordioso.


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I. A misericórdia soberana de Cristo demostrada no


fato de ele se tornar homem.
O texto diz: “Porque, na verdade, ele não assumiu a natureza dos anjos,
mas ele tomou a descendência de Abraão”. Lemos sobre duas grandes rebe-
liões na história do universo — a rebelião dos anjos e a rebelião dos huma-
nos. Através de seus propósitos sábios, graciosos e infinitos, Deus planejou
e permitiu ambas as rebeliões, para que a partir desses males pudesse ex-
trair o bem.
A primeira rebelião ocorreu no próprio céu. O orgulho foi o pecado pelo
qual os anjos caíram e, portanto, é ele chamado de “a condenação do Diabo”
(1 Timóteo 3:6). Judas diz que tais anjos: “Não guardaram o seu principado,
mas deixaram a sua própria habitação” (v. 6) e Pedro diz que: “Deus não
perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os
entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo”. A pró-
xima queda ocorreu na Terra. Satanás o tentou e o homem caiu, ele creu no
Diabo em vez de crer em Deus e, assim, caiu sob a maldição: “Certamente
morrerá” (Gênesis 2:17).
Ambas essas famílias foram alvo do mesmo desagrado, da mesma con-
denação, pois ambas foram condenadas ao mesmo “fogo eterno”. Mas o glo-
rioso Filho de Deus resolveu, desde toda a eternidade, morrer por pecado-
res. Agora, por qual das duas ele morrerá?
Talvez os anjos no céu desejassem ardentemente que ele morresse por
seus anjos que haviam sido seus irmãos. A natureza angélica era mais ele-
vada do que a natureza humana. Os homens tinham caído mais profunda-
mente no pecado do que os anjos rebeldes. Será que ele não morrerá pelos
anjos? Ora, aqui está a resposta: “Na verdade, ele não assumiu a natureza
dos anjos, mas ele tomou a descendência de Abraão”. Aqui está a misericór-

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dia soberana passando por uma família e escolhendo a outra. Vamos nos
maravilhar e adorar a soberana misericórdia de Jesus.

1. Não se surpreenda se Jesus passar por muitos.


O Senhor Jesus tem cavalgado por nosso país de maneira notável, as-
sentado em seu cavalo branco e usando muitas coroas. Ele atirou muitas
flechas, atingiu muitos corações neste lugar e trouxe muitos a seus pés; mas
ele não passou por muitos? Não há muitos que foram entregues às concu-
piscências de seus próprios corações e vivido conforme aquilo que ele
mesmo acham ser correto?
Não se surpreenda. Esse foi exatamente a maneira de agir que Jesus
Cristo adotou quando veio a esta terra. Ele passou pelo portão do inferno.
Embora seu peito estivesse cheio de amor e graça, embora “Deus seja amor”,
ele não sentiu ser inconsistente passar pelos anjos caídos e vir morrer pelos
homens. Assim, embora Jesus ainda seja amor, ele pode salvar alguns e dei-
xar outros endurecidos. Como ele mesmo disse em Lucas 4:25-27:

Na verdade lhes digo que havia muitas viúvas em Israel no tempo


de Elias, quando o céu se fechou por três anos e seis meses, rei-
nando grande fome em toda a terra, e Elias não foi enviado a ne-
nhuma delas, a não ser a uma viúva de Sarepta de Sidom. Havia
também muitos leprosos em Israel nos dias do profeta Eliseu, e
nenhum deles foi purificado, a não ser Naamã, o sírio.

2. Se Cristo visitou a sua alma, dê a ele toda a glória.


“Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória” (Salmos
115:1). A única razão pela qual vocês são salvos é a compaixão soberana de
Jesus. Não é porque vocês sejam melhores que os outros, pois haviam mui-
tos que eram menos ímpios, de melhor caráter e mais atentos à Bíblia. Mui-
tos que foram deixados foram muito mais irrepreensíveis em suas vidas do

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que vocês. Não é porque vocês estiveram sob um ministério peculiar. Deus
tornou o mesmo ministério que os converteu um meio de endurecimento
para multidões. O que fez a diferença é a livre graça de Deus. Ame a Deus
para sempre, porque ele o escolheu por sua livre vontade. Adore Jesus, que
passou por milhões e morreu por você. Adore o Espírito Santo, que veio em
sua misericórdia soberana e o despertou. Isso será motivo de louvor por
toda a eternidade.

3. Se Cristo está agora visitando sua alma, não brinque com ele.
Existem algumas pessoas que, quando Cristo começa a bater à porta
de seus corações, adiam abrir a porta vez após vez. Tais pessoas brincam
com suas convicções de pecado. Elas dizem: Ainda sou jovem demais, deixe-
me experimentar um pouco mais do prazer do mundo. A juventude é o
tempo para se divertir, da próxima vez eu abro a porta para Jesus entrar em
minha vida”.
Outras pessoas dizem: “Eu estou muito ocupado; tenho que cuidar da
minha família; quando tiver um tempo mais conveniente, eu clamarei por
Cristo”. Ainda outras pessoas dizem: “Eu sou forte e saudável, espero viver
muitos anos; quando a doença chegar, então vou abrir a porta para Cristo
entrar em minha vida”.
Porém, vocês devem considerar que Cristo pode não voltar a bater no-
vamente. Ele está batendo agora: deixe-o entrar. Em outro dia, ele pode pas-
sar pela sua porta. Você não pode controlar as convicções de pecado para
que elas venham quando você quiser. Cristo é totalmente soberano no que
diz respeito a salvar suas almas. Sem dúvida, muitos de vocês já deixaram
passar o último chamado de Cristo. Muitos de vocês que já estiveram preo-
cupados não estão mais e vocês trazer essas preocupações espirituais de
volta. Não há dúvida de que há um momento na vida de cada pessoa
quando, se ela abrir a porta, será salva; mas se não abrir, ela perecerá. Pro-

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vavelmente, esse pode ser o momento para muitos de vocês. Cristo pode
estar dando as últimas batidas em sua porta hoje.

II. Cristo foi feito como nós em todas as coisas.


Cristo não apenas se tornou homem, mas foi necessário que ele fosse
feito como nós em todas as coisas. Ele sofreu sendo tentado.
Na minha última palestra, mostrei a vocês apenas dois pontos em que
ele era diferente de nós.
Em primeiro lugar, ele era Deus, além de ser homem. Na manjedoura
em Belém havia um bebê perfeito, mas também estava Yahwéh. Esse ser
misterioso que montou num jumentinho e chorou por Jerusalém era ho-
mem tanto quanto você e era tão Deus quanto o Pai o é. As lágrimas que ele
derramou eram lágrimas humanas, mas o amor de Yahwéh transbordava
sob seu manto. Aquele ser pálido que pendia trêmulo na cruz era de fato
homem; era sangue humano que fluía de suas feridas; mas ele era igual e
verdadeiramente Deus.
Em segundo lugar, ele não tinha pecado. Jesus Cristo foi o único em
forma humana do qual se pode dizer que era santo, inofensivo, imaculado e
separado dos pecadores. Ele era o único homem para quem Deus poderia
olhar e dizer: “Este é o meu Filho amado, em quem me agrado” (Mateus
3:17). Nós usamos cada membro de nosso corpo e cada faculdade de nossa
mente como servos do pecado. Cada membro do corpo de Cristo e cada fa-
culdade da mente dele foram usados apenas como servos da santidade. Sua
boca foi a única boca humana que pronunciou apenas palavras graciosas. Os
olhos de Cristo foram os únicos olhos humanos que nunca brilharam com
orgulho, inveja ou luxúria. A mão de Cristo foi a única mão humana que
nunca se moveu senão para fazer o bem. O coração de Cristo foi o único
coração humano que não era enganoso mais que todas as coisas e nem de-

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sesperadamente corrupto (Jeremias 17:9). Quando Satanás veio a Cristo,


não encontrou nada nele (Cf. João 14:30).
Ora, nessas duas coisas, era necessário que ele fosse diferente de seus
irmãos ou então Cristo não poderia ser o Salvador deles. Em todas as outras
coisas era necessário que ele fosse feito como nós. Não houve alguma parte
de nossa condição que ele não se humilhasse em condescender.

1. Ele passou por todos as fases de nossa vida, desde a infância até a
idade adulta.
Em primeiro lugar, ele foi um bebê e esteve exposto a todas as dores e
perigos da infância. “Vocês encontrarão uma criança envolta em faixas e
deitada em manjedoura” (Lucas 2:12). Em segundo lugar, ele suportou as
provações e dores da adolescência. Sem dúvida, muitos se admirariam ao
verem o menino santo na oficina da carpintaria em Nazaré. Ele cresceu em
sabedoria, em estatura e no favor de Deus e dos homens. Em terceiro lugar,
ele suportou as aflições e ansiedades da idade adulta, quando começou a ter
cerca de trinta anos.

2. Ele provou as dificuldades de muitas situações na vida.


Nos primeiros trinta anos de sua vida, é provável que ele comparti-
lhasse a ocupação humilde de José, o carpinteiro. Ele experimentou as pro-
vações de trabalhar para o seu pão diário. Então, ele passou a ser sustentado
pela bondade de outros. Certas mulheres que o seguiam ministravam a ele
com seus bens (Lucas 8:3). Ele não tinha onde reclinar a cabeça. Ele passou
muitas noites no Monte das Oliveiras ou nas colinas da Galileia.
Então, ele suportou as provações de um ministro do evangelho. Ele
pregava desde a manhã até a noite, contudo, tinha pouco êxito a ponto de
poder dizer: “Tenho trabalhado em vão; gastei as minhas forças por nada e
à toa” (Isaías 49:4). Quantas vezes ele se afligiu e se admirou devido à incre-
dulidade das pessoas: “Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei

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com vocês?” (Mateus 17:17). Quantas vezes ele os ofendeu com sua prega-
ção! “Muitos dos seus discípulos, tendo ouvido tais palavras, disseram: —
Duro é este discurso; quem pode suportá-lo? Diante disso, muitos dos seus
discípulos o abandonaram e já não andavam com ele” (João 6:60, 66). Quan-
tas vezes odiaram a Cristo por seu amor! “Em paga do meu amor, me hosti-
lizam; eu, porém, oro” (Salmo 109:4). Como seus próprios discípulos o en-
tristeceram com a sua falta de fé! “Homens de pequena fé, há tanto tempo
estou com vocês” (Mateus 8:26; João 14:9). Tome foi incrédulo, outros dis-
cípulos dormiram no jardim, depois o abandonaram e fugiram. Pedro negou
a Jesus e Judas o traiu!

3. Que provações ele teve de sua própria família!


Até mesmo seus próprios irmãos não creram nele, mas zombaram
dele. As pessoas de sua cidade tentaram lançá-lo de um precipício. Que dor
ele sofreu por causa de sua mãe, quando viu a espada perfurando o coração
amoroso dela! Isso o levou a dizer a João, “Eis aí sua mãe”, e a sua mãe, “Eis
aí seu filho” (João 19:26-27), mesmo em meio às suas agonias de morte.

4. Que provações ele enfrentou por causa de Satanás!


Os crentes reclamam de Satanás, mas foram tão atacados por ele como
Cristo. Que conflito terrível foi aquele que aconteceu durante quarenta dias
no deserto! Como Satanás incitou os terríveis fariseus, Herodes e Judas
para atormentá-lo! Que hora terrível foi aquela quando ele disse: “Esta, po-
rém, é a hora de vocês e a hora do poder das trevas” (Lucas 22:53). Que grito
terrível foi aquele, “Salva-me da boca do leão” (Salmo 22:21), quando ele
sentiu como se sua alma estivesse nas próprias mandíbulas de Satanás!

5. Que provações ele recebeu da parte de Deus!


Os crentes frequentemente gemem quando Deus oculta sua face deles.
Mas ah! Raramente eles provam sequer uma gota do que Cristo bebeu. Que

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agonia terrível foi aquela no Getsêmani, quando o sangue jorrou de Cristo


jorrou por seus poros! Quão terrível foi a contemplação da face irada de
Deus na cruz, quando ele clamou: “Deus meu, Deus meu” (Marcos 15:34).
Em todas essas coisas e em milhares de outras, Cristo foi feito seme-
lhante aos seus irmãos. Ele veio tornar-se o nosso substituto. Por toda a
eternidade, estudaremos esses sofrimentos.
(1.) Aprenda sobre o maravilhoso amor de Cristo, que o levou a deixar
a glória e se submeter a tal condição.
(2.) Aprenda a suportar sofrimentos alegremente. Você ainda não so-
freu como ele.

III. Cristo sofreu todas essas coisas para que ele pu-
desse ser um Sumo Sacerdote misericordioso e fiel.
A obra de Cristo como Sumo Sacerdote é apresentada aqui como con-
sistindo em duas coisas: Em primeiro lugar, fazer expiação por nossos pe-
cados. Em segundo lugar, socorrer seu povo sob tentações.

1. Fazer expiação.
Essa é a grande obra de Cristo como nosso Sumo Sacerdote. Para isso,
foi necessário que ele se tornasse homem e morresse. Se tivesse permane-
cido apenas como Deus no seio de seu Pai, Jesus poderia ter se compadecido
de nós, mas não poderia ter morrido por nós, nem tirado nossos pecados.
Então nós teríamos perecido. Cada sacerdote no Antigo Testamento era um
tipo de Jesus quando a isso, cada cordeiro sacrificado tipificava Jesus ofe-
recendo seu próprio corpo como sacrifício por nossos pecados.
Fixe seu olhar lá se quiser ser feliz. Aquelas poucas horas sombrias no
Calvário, quando o grande Sumo Sacerdote estava oferecendo seu sacrifício
maravilhoso iluminam a alma do crente por toda a eternidade. É somente

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isso que lhe concederá consolo na hora da morte. Não suas graças, nem seu
amor a Cristo ou nada que haja em você, mas apenas isto: Cristo morreu.
Ele me amou e se entregou por mim. Cristo de manifestou para remover o
pecado pela entrega de si mesmo.

2. Socorrer aqueles que são tentados.


Todos os crentes são um povo tentado. Todos os dias eles têm suas
provações, cada momento para eles é um tempo de necessidade. Os não
convertidos são pouco tentados, eles não enfrentam dificuldades ou são
afligidos como as outras pessoas. Eles não sentem as tentações surgindo em
seus corações e nem conhecem o poder de Satanás. Antes da conversão,
uma pessoa acredita tão pouco na existência do Diabo quanto acredita em
Cristo. Mas quando uma pessoa vem a Cristo, então ela se torna uma alma
tentada, “pobre e necessitado busca água, mas não a encontra” (Isaías
41:17).
O povo de Deus é tentado por ele mesmo. Deus tentou Abraão; não ao
pecado, pois Deus não pode ser tentado pelo mal, nem tenta a ninguém.
Contudo, Deus sempre prova seus filhos. Ele nunca concede a fé sem con-
duzir seu filho para uma situação na qual ela será provada. Às vezes, ele o
exalta, para ver se ele se tornará orgulhoso e esquecerá de Deus; outras ve-
zes, ele o humilha, para ver se ele murmurará contra Deus. Bem-aventurado
é a pessoa que suporta as tentações. Ainda outras vezes, Deus coloca seu
povo em uma situação difícil, na qual eles são provados para ver se crerão
somente nele ou confiarão na carne e no sangue.
O mundo tenta um filho de Deus. As pessoas do mundo observam as
quedas dos filhos de Deus. Nada as agrada mais do que ver um filho de Deus
cair em pecado. É algo que alivia a consciência deles pensar que todos são
igualmente maus. Uma hora os mundanos encaram os filhos de Deus com
uma face severa e outra hora sorriem para eles.

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O próprio coração deles é uma fonte de tentação. O próprio coração


dos crentes lhes diz: “Que mal há nisso? Esse não é um pecado pequeno?”
ou “Eu vou cometer esse pecado só mais uma vez e nunca mais voltarei a
cometê-lo” ou “Eu vou me arrepender depois e ser salvo”.
Satanás lança seus dardos inflamados. Ele busca amedronta-los, fastá-
los de Cristo, perturba-os na oração, enche a mente deles de blasfêmias e
incita o mundo contra eles.
Ah! crentes, vocês são um povo tentado. Vocês estão sempre pobres e
necessitados. É a intenção de Deus que seja assim, para lhes dar constantes
motivos para ir a Jesus. Alguns podem dizer que não é bom ser um crente,
mas, ah!, vejam a quem podemos recorrer: Temos um Sumo Sacerdote mi-
sericordioso e fiel. Ele sofreu ao ser tentado justamente para socorrer aque-
les que estão sendo tentados.
O sumo sacerdote do passado não apenas oferecia sacrifícios no altar,
mas seu trabalho não estava concluído quando o cordeiro era consumido
pelas chamas. Mas ele também deveria ser um pai para Israel. Ele carregava
todos os seus nomes gravados sobre o coração e então adentrava ao véu e
orava por eles. Finalmente, ele saía e abençoava o povo, dizendo: “O Senhor
os abençoe e os guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre vocês
e tenha misericórdia de vocês; o Senhor sobre vocês levante o seu rosto e
lhes dê a paz” (Números 6:24-26).
O mesmo acontece com o nosso Senhor Jesus. Seu trabalho não foi
concluído no Calvário. Aquele que morreu por nossos pecados vive para orar
por nós, para nos auxiliar em momentos de necessidade. Ele ainda é homem
mesmo agora que está assentado à direita de Deus. Ele ainda é Deus e, por-
tanto, por causa de sua divindade, está presente aqui hoje tanto quanto
qualquer um de nós. Ele conhece todas as suas tristezas, provações e difi-
culdades; cada suspiro por mais leve que seja é percebido pelo se coração

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humano à destra de Deus. Seu coração humano é o mesmo ontem, hoje e


para sempre. Ele intercede por você, pensa em você e planeja sua libertação.
Queridos irmãos tentados! Vão ousadamente ao trono da graça, a fim
de receberem misericórdia e acharem graça para ajuda em momento opor-
tuno (Hebreus 4:16).
Você está enlutado pela perda de alguém a quem amava? Vá e conte
isso a Jesus, derrame suas tristezas aos pés dele. Ele conhece todas elas e
sente por você em todas elas. Cristo é um Sumo Sacerdote misericordioso.
Ele também é fiel e jamais lhe desamparará na hora da necessidade. Ele é
capaz de socorrê-lo com sua palavra, com seu Espírito e com sua providên-
cia. Ele lhe deu todo o consolo que você recebeu por meio de seus amigos. E
ele também pode consolá-los sem seus amigos. Ele tirou o riacho para que
você possa ir até a fonte.
Você está sofrendo no corpo? Vá até esse Sumo Sacerdote. Ele está in-
timamente familiarizado com todas as suas doenças, ele sentiu essa mesma
dor. Lembre-se de como, quando trouxeram a ele alguém que era surdo e
tinha dificuldade de falar, ele olhou para céu, suspirou e disse: “Efatá!”. Ele
suspirou por compaixão da miséria dela. Assim, ele suspira por você. Cristo
é capaz de livrá-lo dessa doença, ou de lhe dar paciência para suportá-la, ou
de lhe aprimorar por meio dela.
Você está sendo fortemente tentado na alma, foi colocado em circuns-
tâncias difíceis e não sabe o que fazer? Olhe para cima, ele é capaz de so-
corrê-lo. Se Cristo estivesse na Terra, você não teria ido a ele? Você não teria
se ajoelhado e dito: Senhor, ajude-me? Faz alguma diferença ele estar assen-
tado à direita de Deus? Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre.

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Quem Foi

Robert Murray M’Cheyne

R
obert Murray M’Cheyne 1 (1813-1843) foi amplamente conside-
rado como um dos mais santos e capazes jovens ministros de sua
época. Ao ingressar na Universidade de Edimburgo em 1827, ele
ganhou prêmios em todas as classes que frequentava. Em 1831, começou
seus estudos de teologia com Thomas Chalmers no Edinburgh Divinity Hall.
A morte de seu irmão mais velho David, em julho de 1831, causou-lhe uma
profunda impressão espiritual. Sua leitura do livro, Sum of Saving Knowledge
[A suma do conhecimento salvífico], por Dickson, o levou a um novo relaci-
onamento de aceitação para com Deus.
Em julho de 1835, M'Cheyne foi licenciado pelo Presbitério de Annan,
e em novembro tornou-se assistente de John Bonar, em Larbert e Duni-
pace. Em novembro de 1836, foi ordenado ao novo ofício de Saint Peter,
Dundee, uma paróquia em grande parte industrial, o que não ajudou sua
saúde fragilizada. Os dons de M'Cheyne como pregador e como homem pi-
edoso lhe trouxeram uma popularidade crescente. Os tempos de comunhão
em São Pedro tornaram-se especialmente notáveis pela sensação da pre-
sença e do poder de Deus.
No final de 1838, M'Cheyne foi aconselhado a fazer uma longa pausa
de seu trabalho paroquial em Dundee para cuidar de sua saúde. Durante
este tempo foi sugerido a ele, por Robert S. Candlish, que considerasse ir a

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Dados biográficos retirados de Ian Hamilton, Dictionary of Scottish Church His-
tory and Theology.
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Israel para fazer um inquérito pessoal em nome da Missão da Igreja em Is-


rael. Então, junto com Alexander Keith e Andrew Bonar, M'Cheyne partiu
para Israel (Palestina). Os detalhes de sua visita foram registrados e poste-
riormente publicados na “Narrativa de uma Missão de Inquérito aos Judeus
da Igreja da Escócia”, em 1819. Isso fez muito para estimular o interesse nas
missões cristãs para os judeus e conduziu a um trabalho pioneiro entre os
judeus em partes da Europa, especialmente na Hungria.
Ele voltou a Saint Peter para descobrir que o trabalho tinha florescido
em sua ausência sob o ministério de William Chalmers Burns. M'Cheyne
exerceu um ministério notavelmente frutífero em Dundee, enquanto havia
uma demanda constante para que ele ministrasse em outros lugares.
M'Cheyne esteve em viagem entre 12 de abril e 6 de novembro de
1839. Ao retornar, deu prosseguimento ao seu trabalho em Dundee com
energia renovada. No outono de 1842, ele visitou o norte da Inglaterra em
uma missão evangélica e fez viagens semelhantes para Londres e Aberde-
enshire. Pregou ao seu próprio povo no dia 12 de março e dois dias depois
foi tomado pela febre de tifo, que havia contraído durante a visita, e morreu
no dia 25 de março de 1843.
O querido M’Cheyne é lembrado por seu amor a Cristo e às almas, por
sua piedade fervorosa, disciplina espiritual, pregação evangelística e fideli-
dade ministerial. Todas essas características exalam em seus preciosos ser-
mões.
O desejo de nosso coração é que a trombeta que soou por Dundee, na
Escócia, há quase duzentos anos atrás com toque suave e impetuoso, toque
outra vez, mas agora no Brasil, que a suavidade dela console os santos; e o
seu estrugir impetuoso desperte os mortos de seu sono terrível, e os sosse-
gados em Sião sejam alertados pelo som certo, solene e urgente do Evange-
lho de nosso Senhor Jesus Cristo.

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Quanto a você querido leitor, que o Senhor lhe conceda sua graça livre
a soberana, para que você se lembre destas palavras na glória e na bem-
aventurança eterna, no céu, ao lado de nosso amado Senhor e Salvador Je-
sus Cristo; e não no inferno, na companhia de Satanás e seus demônios, e
não em tormentos eternos. Para concluir, citamos as palavras do nosso pre-
gador escocês:

Pode ser verdadeiramente dito para todo pecador que lerá estas
palavras, que você foi agora chamado, advertido, convidado a es-
capar da ira vindoura e para lançar-se a Cristo, que está posto di-
ante de você. Se você não obteve o suficiente para salvar-se, você
obteve o suficiente para condenar-lhe.

William Teixeira
19 de janeiro de 2023.

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A editora O Estandarte de Cristo nasceu em 2013
com o propósito de publicar traduções de autores
bíblicos fiéis, para a glória de Deus. Fizemos as pri-
meiras publicações no dia 2 de dezembro de 2013
(publicação de 4 eBooks). De lá para cá já são mais
de 10 anos e centenas de traduções de autores bí-
blicos fiéis, sobre diversos temas da fé cristã.

Somos uma editora de fé cristã batista reformada e


confessional. Estamos firmemente comprometidos
com as verdades bíblicas fielmente expostas na
Confissão de Fé Batista de 1689.

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