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Direito Internacional Privado - Matéria (2021 - 2022)

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19/10/2021

Direito Internacional Privado

- Sumário:
- Apresentação do professor e breves considerações da disciplina.
- Noção e Objecto do DIP
- Situações Jurídicas Internas e Internacionais
- Situações Jurídicas absolutamente internacionais e relativamente
internacionais.

- Referências Bibliográficas: Nótulas de Direito Internacional


Privado - Maria João Mimoso e Sandra Sousa; Mateus Jaime Chitonga –
Direito Internacional Privado 2ª Edição de 2017.

 Noção e Objecto do DIP


- Princípio da igualdade. Chama-se quando cidadão de mesma
nacionalidade encontram-se num conflito jurídico-privada, então
a lei da aplicada será a do ordenamento jurídico destes mesmos
dado o princípio da igualdade.
- Princípio da soberania dos Estados(este sendo a excepção da
aplicaçao da lei no espaço)
- Princípio da não Transatividade. Em situações de conflito
jurídico-privada onde os intervenientes são de nacionalidades
diferentes, é necessário termos em conta que a Lei de um
ordenamento jurídico diferente não pode transpor, nem se
transferir para um outro Ordenamento Jurídico.
- O art.25º e 31º do CC. Abordam sobre a Lei Pessoal, seu
âmbito e determinação, onde verificamos que a lei pessoal é a da
nacionalidade do indivíduo e se aplica a mesma em caso dos
estados do indivíduo, a capacidade e as relações de família e
sucessões por morte.
O DIP pode ser definido como o conjunto de normas jurídicas que
estuda a relação jurídico privada de carácter internacional. Deste
modo, vale dizer que o DIP é regulado pelo direito interno, uma
vez que não existe um direito universal, o que acontece é que
cada ordenamento jurídico regula de maneira especial cada
situação de conflito jurídico privada de carácter internacional, ou
seja, relações pluriconectadas onde estão presente dois ou mais
ordenamentos jurídicos.
Vale ainda dizer que as normas do DIP não são de aplicação
imediata, uma vez que é necessário que se aprecie os
ordenamentos jurídicos patentes no conflito.
Tem como objecto ou objectivo é identificar o problema, sujeitos
e ordenamentos jurídicos e depois aplicar a lei a resolver aquele
conflitos.

 Situações jurídicas absolutamente internacionais

- Elementos de conexão: A nacionalidade(ordenamento jurídico),


o local de celebração do contrato e o local de residência.
É a partir destes elementos que determinamos se a situação é
absolutamente ou relativamente internacionais.

09/11/2021

SUMÁRIO:
 Natureza do Direito Internacional Privado
As regras de DIP, no nosso Código Civil, encontram-se previstas
no capítulo III, titulo I, Livro I. Estas normas são normas sobre
normas, sobre a criação, interpretação e aplicação de outras
normas, constituindo um direito sobre direito. São também
designadas por normas de aplicação ou normas de segundo grau.
Merecem destaques as normas sobre conflitos de lei no tempo
(artigos 12.º e 13.º) e espaço (artigos 15.º, ss.), que traçam limites
no campo de aplicações das leis. As normas de conflitos são
normas de conexão pois atendem a localização dos factos.
O DIP refere-se ao âmbito de aplicabilidade do direito privado,
tendo por base interesses particulares. Há quem o considere
Direito público e até de cariz Constitucional, defendendo que as
suas normas são normas sobre a criação de direito.
Será direito privado, pois regula situações privadas da vida
internacional, os seus fins relacionam-se com os fins do direito
material privado e por fim são variadíssimas as afinidades entre o
DIP e os institutos de direito material com que opera. Lima
Pinheiro refere que o DIP é predominantemente privado, mas que
em determinadas áreas há uma espécie de transição entre direito
público e privado.

 DIP e Direito Transitório ou Intertemporal


Estamos perante direito sobre direito ou direito de segundo grau
em ambos os casos. Comecemos por analisar o objecto de cada
um. O objecto do DIP são conflitos de leis no espaço, ou seja,
vigoram em simultâneo, em Estados diversos, sistemas jurídicos
destintos. As relações que pretendem regular, no momento da sua
constituição, desenvolvimento ou extinção, encontram-se em
contacto com várias legislações nacionais. Relaciona-se com a
dinâmica da relação jurídica.
O direito intertemporal tem por objecto conflitos de normas
jurídicas no tempo, ou seja, resolve problemas resultantes de duas
normas ou complexos normativos diferentes, na mesma ordem
jurídica. Estas normas ao tomar o lugar de outras vão
inevitavelmente interferir como situação jurídica preexistentes.
Prende-se com as dinâmicas das leis.
No direito intertemporal vigora o princípio da não retroactividade,
que como vimos, refere que a qualquer facto se aplica, em
princípio, a lei do tempo da sua verificação. A este, corresponde,
no DIP, o princípio da não transactividade, defendendo que a
qualquer facto apenas será aplicável uma lei que com ele esteja
em contacto.
Existe, porém, um problema comum a estas duas realidades: o da
determinação dos limites de aplicabilidade das normas jurídicas,
respectivamente, no tempo e no espaço. Ambos os direitos vão
apurar a qual dos sistemas pertencerá a espécie jurídica
considerada. Por outro lado, denota-se também um objectivo
comum, a garantia da estabilidade e continuidade das situações
jurídicas interindividual, bem como a tutela da confiança e
expectativas dos interessados.
Sendo irrefutável o “paralelismo” dos princípios subjacentes a
estes direitos de conflitos, parece viável a construção de uma
teoria geral do Direito dos conflitos de leis. No entanto,
evidencia-se uma diferença crucial entre os ramos em causa,
assente no facto do Direito intertemporal não possuir normas
correspondentes as normas especiais de DIP.
Os apologistas da analogia, bem como os seus opositores
estabelecem um paralelismo entre a aplicação da lei nova e
aplicação da lex fori, e aplicação da lei antiga e aplicação da lei
estrangeira. Sublinha-se que esta correspondência é miudamente
quebrada.

 Sucessão de regras de conflito do foro


Perante uma dada situação cumpre resolver, primeiramente, o
problema da aplicabilidade no espaço da regra de conflitos, e só,
seguidamente, a respectiva aplicabilidade no tempo. Face a uma
questão de DIP transitório deveremos ter sempre em consideração
o factor espaço, enquanto numa questão transitória material
considere tão só um factor tempo.
Quando regras de conflito do foro se sucederem terá
aplicabilidade a nova regra de conflitos, dado não podermos
aplicar regras de conflitos revogada e, como tal, não possuindo
conexão com a situação a regular. Na realidade se a situação não
apresentar qualquer conexão com o ordenamento do foro, e dado
tratar-se de uma relação privada internacional aplicar-se-á a nova
regra de conflitos, porque a lei material por ela designada será
umas das leis conectadas com a relação. Quer isto dizer que
perante direitos estrangeiros em conflito a diferença entre a antiga
e a nova regra consistirá no facto de para uma o direito aplicável
ser o ordenamento X e para outra ser ordenamento Y, não fazendo
sentido questionarmos a constituição relacionarmos da relação
jurídica antes de determinadas datas.
A alteração da regra de conflitos não implica a alteração do
círculo de leis eficazes, apenas uma alteração no critério de
escolha de uma dessas leis. A esfera de aplicabilidade das regras
de conflitos no tempo e no espaço é limitada.
As regras de conflitos são normas que se destinam a resolver um
concurso de leis aplicáveis, mas a sua função limita-se a servir de
critério de escolha entre leis em contacto com uma dada situação
da vida.
Nos casos em que a regra de conflitos opera como regula agendi,
dentro da esfera de eficácia do ordenamento a que pertence,
aplica-se a lei nova, mesmo aos casos que foram constituindo
anteriormente, quando as relações tinham sido constituídas num
país estrangeiro e nunca tinha tido conexão apreciável com o
direito do Estado local. Já no caso da relação se ter constituído no
Estado do foro não pode deixar de aplicar-se a lei antiga sob pena
de retroactividade.

 Sucessão de leis no ordenamento jurídico aplicável


Ao aplicar o direito estrangeiro decorrente da regra de conflitos
pode o legislador deparar-se com um problema de sucessão de
leis no seio do ordenamento aplicável – conflitos transitórios do
direito estrangeiro aplicável. Perante uma sucessão de normas
matérias aplicáveis compete à lex causae indicar os critérios de
adopção de uma ou outra das leis, de modo a conseguirmos
aplicar o direito estrangeiro como o que seria aplicado pelo juiz
da lex causae. Ressalvam-se duas situações. A primeira, respeita
aos casos em que o direito transitório da lex causae adopta uma
solução oposta ao sentido da atribuição de competência ao direito
estrangeiro. A segunda, ressalva relaciona-se com o facto do
direito intertemporal poder apresentar-se incompatível com a
ordem pública internacional do Estado do foro.
Relativamente ao conflito transitório de regras conflituais
estrangeiras, a sua aplicação no tempo decorre do ordenamento
em que se inserem, repetindo-se as ressalvas acima mencionadas.

 Conflito móvel
Como se refere Ferrer Correia este problema “é suscitado por uma
mudança na concretização no factor de conexão e consiste em
determinar a influência que poderão exercer em situações
jurídicas já existentes as mutações verificadas nas circunstâncias
de facto ou de direito em que se funda a determinação da lei
aplicável”. Esta questão resolver-se-á atendendo a cada norma de
conflitos singular e aos motivos que fundamentaram a escolha de
determinado elemento de conexão. O conflito móvel é um
conflito de aplicação de leis no espaço. Temos uma determinada
relação jurídica que se movimenta entre espaço, nos quais
imperam diferentes soberanias e sistema de direito privado.
Teremos de optar entre duas leis, sendo que as duas são vigentes
em Estado diferentes. Este conflito supõe que estejamos perante
uma conexão variável. Os factores de conexão são constantes,
como acontece na situação dos móveis, ou variáveis como
acontece com a nacionalidade, etc..
Os conflitos móveis no âmbito pessoal resolvem-se através da
aplicação da actual lei às novas relações, bem como a mudança de
lei não afectará os efeitos correspondentes atribuídos a uma dada
situação constituída em conformidade com a lei antiga. No que se
refere aos conflitos móveis no âmbito real deveremos atender aos
interesses gerais do comércio jurídico. Há uma preferência pela
lei da situação actual da coisa.

 Conflitos internacionais e conflitos internos


Reportando-nos ao aparecimento do problema dos conflitos de
leis, e situando-nos na idade Média, sabemos que aqueles que
tiveram lugar entre os diferentes estatutos das cidades do Norte da
Itália. Posteriormente surgiram conflitos nas províncias francesas
e holandesas. Actualmente ainda se verificam entre o Estado
federado dos EUA (conflitos internos), o mesmo sucedendo no
Canadá e em estado unitário como o Reino Unido e Espanha onde
subsiste o direito civil comum e o direito foral.
Os sistemas jurídicos referenciados vigoram em parcelas
territoriais não coincidentes com o elemento territorial do Estado.
Os critérios de resolução dos conflitos aí sugeridos são, em
grande medida, idênticos aos do DIP. Salientamos que o estatuto
pessoal não poderá ser regulado pela lei nacional, dado existir
apenas uma nacionalidade (correspondente a todo o elemento
territorial), pelo que o elemento de conexão será o domicílio. As
normas de direito interlocal são únicas para todo o território.
Para além dos conflitos internos mencionados existem outros, os
interpessoais, que se verificam, quando da vigência num dado
Estado, de leis que regem diferentes categorias de pessoas.
O Estado Angolano é um Estado de legislação unitária pelo que
nenhum deste problema se coloca.

 DIP e Direito Privado Uniforme


O direito privado uniforme é direito material, enquanto o DIP
existe em razão da diversidade de leis materiais. A comunidade
internacional encontra-se dividida em Estado soberano,
correspondendo a cada um grosso modo sistema jurídico
destintos. No que respeita a finalidades de cada um, o DIP visa a
resolução de conflitos de leis e o Direito Privado Uniforme a
supressão dos conflitos.
A unificação do direito privado é possível, em determinados
sectores, nomeadamente no direito mercantil, mas incompleta
noutros, em razão da não coincidência do tratamento jurídico
material de certas questões e da pouca abertura dos Estados
relativamente às matérias de estatuto pessoal. A acrescentar ainda
o facto de haverem Estado fora de tal unificação. Pelo que se
justifica a existência dessa disciplina.
Como exemplo da unificação referida temos a Conferência de
Genebra de 1930, da qual saíram duas convenções, uma a lei
uniforme sobre letras e livranças e outra para resolver conflito
nesse domínio.

16/11/2021

Sumário:
 FONTES DO DIPRI
 PRINCÍPIOS DO DIPRI

- FONTES DO DIPRI
Apesar de não existir um Direito Uniforme e Universal que possa ser
aplicado diretamente em sede de conflito de lei no espaço, para o DIPRI a
Lei também é uma fonte de Direito do DIPRI.
A doutrina também é fonte do DIPRI
A Jurisprudência também aparece como fonte do DIPRI.
É notório que as mesmas fontes do Direito Interno de cada Estado são as
mesmas do Direito Internacional Privado.

 PRINCÍPIOS DO DIPRI
- Princípio da Liberdade Contratual
OBS.: estudar incumprimento, cumprimento defeituoso e violão.

Em razão a liberdade contratual, bem como as conexões entre


ordenamentos jurídicos distintos é que dá origem aos possíveis conflitos
existentes entre jurisdições que interessam ao DIPRI.
- Princípio da não transitividade
Este Princípio determina que uma norma interna de ordenamento jurídico
distintos, não transita e não se aplica em outro Ordenamento Jurídico. Este
princípio, assemelha-se com o princípio da territorialidade.

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