0% acharam este documento útil (0 voto)
25 visualizações48 páginas

Cartilha CORECON RN

Orientação da Corregedoria

Enviado por

anyfrancistjpb
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
25 visualizações48 páginas

Cartilha CORECON RN

Orientação da Corregedoria

Enviado por

anyfrancistjpb
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 48

DICAS

ECONÔMICAS
DINHEIRO: SABENDO
USAR NÃO VAI FALTAR
CARTILHA DICAS ECONÔMICAS – Quanto Vale o nosso DINHEIRO!
Publicação do CORECON-RN
Edição número 1
Ano: Julho/2014

CONSELHO REGIONAL DE ECONOMIA DO RIO GRANDE DO NORTE (CORECON-RN)


Rua Princesa Isabel, 815, Cidade Alta
CEP: 59025-400
Telefone: (84) 3201-1005
Site : www.corecon-rn.org.br Email: [email protected]
Twitter: @ corecon_rn Facebook: www.facebook.com/coreconrn.conselhodeeconomia

PRESIDENTE:
Roberto Máximo de Lima

VICE-PRESIDENTE:
Maria do Socorro Araújo de M. Dantas

GERENTE EXECUTIVA:
Maria Maíza de Paiva Costa

CONSELHEIROS EFETIVOS: Airton Soares Costa, Antonio de Lisboa Batista, Celso Arnaldo
de Medeiros, Leovigildo Cavalcanti de A. Neto, Maria do Socorro Araújo de M. Dantas, Pedro
Segundo de Mendonça, Raimundo Inácio da Silva Filho, Roberto Máximo de Lima, Rosangela
dos Santos Alves Pequeno.
CONSELHEIROS SUPLENTES: Augusto Carlos Avelino T. de Carvalho, Francisco de Assis R. da
Silva, Fabíola Andréa Leite de Paula, Gilsenberg Gurgel Pinheiro, Leide Maria Pimenta Fagundes,
Luiz José de O. Bezerra, Marinete Dantas, Maria Aparecida J. de Farias, Paulo Eduardo Soares
da Silva.

EQUIPE RESPONSÁVEL: Conselheiros: Celso Arnaldo de Medeiros, Gilsenberg Gurgel Pinheiro,


Roberto Máximo de Lima e Maria do Socorro Araújo de M. Dantas.

Assessoria Pedagógica:
Prof. Dra. Rita Diana de Freitas Gurgel

Jornalista Responsável:
Bárbara Holanda (MTb RN 1104JP)

Projeto Gráfico
Maria do Socorro Oliveira (DRT/RN 165)

Ilustrações
José Brito e Silva (DRT/RN166)

2
APRESENTAÇÃO

Esta cartilha não pretende ser apenas mais um compêndio de di-


cas econômicas. A exemplo de outros Conselhos Regionais de Economia
e, tomando como base o trabalho realizado pelo CORECON-CE, no qual
procedemos uma revisão, atualização e algumas alterações, apresenta-
mos um material de linguagem acessível a qualquer pessoa que o consul-
tar, oferecendo orientações simples e práticas sobre educação financeira.
Interagindo em um mercado livre e dinâmico, capaz de produzir
e oferecer bens e serviços à sociedade, empresas e indivíduos ofertam
e procuram esses bens e serviços para satisfação de suas necessidades.
Para esse mercado funcionar faz-se necessária a existência de renda, e
como esse é um recurso escasso e limitado, e as facilidades de crédito e
financiamento, a cada dia maiores, muitas pessoas são levadas a gastar
mais do que realmente podem, entrando assim, em um processo de en-
dividamento e inadimplência, por vezes, bastante difícil de administrar.
Para evitar situações dessa natureza, as pessoas precisam fazer
escolhas, sempre atentos às necessidades que devem ser atendidas de
imediato e outras que podem esperar, fazendo um planejamento cons-
ciente de seus gastos, bem como do que podem poupar para melhorar
sua qualidade de vida ou para garantir eventuais imprevistos.
Este trabalho objetiva, portanto, oferecer às pessoas conhecimentos
básicos de economia e planejamento, orientando-as na elaboração de um
orçamento pessoal e familiar, de acordo com suas condições financeiras.

ROBERTO MÁXIMO DE LIMA


Presidente do CORECON-RN

3
1

PLANEJE SEU
ORÇAMENTO
FAMILIAR
4
Para manter suas finanças equilibradas e viver sem preocupações
financeiras, não há outra saída senão planejar. O planejamento financeiro
é uma necessidade não só para empresas e governos, mas também para
todas as famílias.

O principal instrumento para fazer esse planejamento financei-


ro é o orçamento doméstico. É dessa forma que podemos planejar um
equilíbrio entre o que ganhamos e o que gastamos, ou como dizem os
economistas, entre receitas e despesas.

Além de fazer tudo em família, o orçamento doméstico deve ser


feito mensalmente para que se tenha a percepção no curto prazo das
receitas e despesas, de modo a identificar as despesas consideradas
supérfluas.

O orçamento garante a melhoria na qualidade de vida atual e fu-


tura, mas precisa ser acima de tudo um compromisso. É necessário que
todos se comprometam em não ultrapassar os limites de segurança, ou
seja, só gastar o que se tem certeza de que pode pagar.

ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO DOMÉSTICO


1O PASSO – Receitas
Relacione tudo aquilo que
você e sua família ganham no mês
(renda familiar). Nessa soma en-
tram salários, aposentadoria, pen-
sões, horas extras, alugueis ou ou-
tros rendimentos financeiros.

O que acontece com o dinheiro?


posto de Renda, INSS e outros, se
É importante lembrar que houver). O resultado dessa soma
a soma deve ser dos valores líqui- é o valor que a família não poderá
dos, ou seja, o salário total (bruto) ultrapassar, de maneira alguma, no
menos os descontos legais (Im- final do mês.

5
TABELA 1
RENDA FAMILIAR
RECEITAS DATA DE RECEBIMENTO VALOR LÍQUIDO RECEBIDO
Salário líquido 1
Salário líquido 2
Outras rendas
TOTAL (A) = R$

2O PASSO – Despesas

Anote também todos os tes pagos de todas as contas do


gastos da família. Tudo aquilo último mês, incluindo as faturas
que se gasta dentro do mês deve de cartão de crédito, os extratos
ser registrado (de preferência bancários, recibos, notas fiscais,
diariamente). Tome cuidado para notas de supermercados e outros
não esquecer nenhum gasto (re- comprovantes de despesas.
gistre também as pequenas des-
pesas), sempre levando em con- Essa fase de prepara-
ta os valores dos compromissos ção do planejamento exige mui-
já assumidos para os próximos ta paciência e honestidade. Não
meses (anotando as prestações e adianta se enganar e anotar va-
o vencimento de cada uma de- lores abaixo do que realmente
las) e com base na experiência são gastos. Com todas as despe-
dos gastos feitos pela família nos sas anotadas, some tudo! Assim
meses anteriores. você terá a previsão de gastos
para o próximo mês, e uma no-
Esse é o momento mais ção mais clara dos seus hábitos
trabalhoso, porém, decisivo. Vai e de sua família para identificar
ser preciso reunir os comprovan- onde podem economizar.

>> Fazendo seu orçamento você vai descobrir de onde


vem e para onde está indo o seu dinheiro.

6
TABELA 2
DESPESAS FAMILIAR
DESPESAS DATA DE PAGAMENTO VALOR A SER PAGO

MORADIA

Aluguel/prestação da casa
Condomínio
IPTU
Conta de energia
Conta de água
Conta de gás
Telefone fixo
Celular
Empregados
Internet
Manutenção
ALIMENTAÇÃO
Supermercado
Feira
Padaria
Refeições fora de casa
TRANSPORTE
Prestação do Carro
Combustível
Estacionamento
IPVA + seguro obrigatório
Seguro
Passagens de ônibus
Oficina
SAÚDE
Plano de saúde
Medicamentos
Seguro de vida
Academia
Outros

7
EDUCAÇÃO
Escola/faculdade
Cursos
Material Escolar
Uniformes
Mesadas
Outros

CUIDADOS PESSOAIS
Higiene pessoal
Cabeleireiro
Cosméticos
Roupas
Calçados
Presentes
Outros

LAZER
Show/eventos
Cinema
Teatro
Restaurantes e bares
Passeios
Viagens
Outros

DESPESAS FINANCEIRAS

Imposto de Renda
Anuidade do Cartão de Cré-
dito
Juros do cheque especial
Tarifa bancária
Multas
Doações
Outros

TOTAL (B) = R$

8
3O PASSO – Avaliação

Nessa etapa, você irá com- rabéns. Vocês conseguiram pagar


parar o valor total das despesas todas as contas do mês e ainda
com a renda familiar do mês e cal- sobrou dinheiro. Se o resultado for
cular o saldo (superávit ou déficit): zero, você conseguiu honrar todos
os compromissos assumidos. Se o
Receitas Total A resultado tiver sido negativo (defi-
- Despesas - Total B citário), cuidado! É o momento de
= Resultado = Total C rever toda a situação financeira fa-
Final miliar, cortar gastos, renegociar dí-
vidas, reduzir despesas, adiar com-
O resultado (TOTAL C) é o indicador pras desnecessárias, etc.. Com uma
da sua real situação financeira. Se leve redução nas despesas dá para,
tiver dado um valor positivo (supe- nos próximos meses, sobrar algu-
ravitário), a sua família está de pa- ma coisa para poupar para o futuro.

>> Adote como princípio gastar habitualmente menos do que


você ganha

Um bom planejamento fi- Há também aqueles gastos


nanceiro deve impor limites a certos que podem ser perfeitamente pla-
gastos e é preciso ter disciplina para nejados, como a compra de roupas
seguir estes limites. Alguns gastos e calçados, a saída com os amigos
não são controláveis, como aluguel, após o trabalho e o lazer de finais
impostos, escola e plano de saúde. de semana. Com estes, estabeleça
Outros podem ser otimizados, como limites mensais e seja fiel!
alimentação e produtos de cuidado
pessoal, substituindo marcas muito A título de ilustração, es-
caras por equivalentes e mais em tabeleça uma meta de R$ 200,00
conta, e levar a sério a prática de mensais para renovação do guar-
fazer pesquisas de preços. da-roupa. Se não gastar tudo este

9
mês, sobrará mais para o mês se- Essa nova tabela de des-
guinte. Portanto, estabeleça um va- pesas, ajustadas às receitas, será
lor mínimo mensal para essas des- o Orçamento Doméstico, que vai
pesas. Evite o impulso de gastar a precisar ser cumprido para valer
mais por antecedência. Uma dica é daí para frente todos os meses,
esperar as liquidações para atender com acompanhamento e ajustes,
suas necessidades. de forma que o orçamento fique
positivo (gastos menores que a
Após decidir as suas res- renda).
trições de compras, use a Tabe-
la 2 para fazer uma previsão dos O Planejamento financeiro
valores que poderão ser gastos no nos oportuniza gastar somente o
mês seguinte, sempre prestando necessário, e, se possível, com a
atenção na Tabela 1(Tabela da ren- sobra fazer um investimento, seja
da familiar). O importante é esta- na poupança, letras do tesouro,
belecer um teto para seus gastos compras de um bem de consumo
totais, com muito rigor. durável, etc.

>> DICA: Não é nada fácil conseguir cortar despesas, mas


às vezes é preciso ser radical. Para facilitar esse processo,
é importante definir objetivos, sonhos, estabelecer um va-
lor necessário e uma data para atingir essas metas. Assim,
quando você pensar no que está deixando de consumir
naquele momento, estará lembrando também do que po-
derá comprar ou realizar no futuro.

4O PASSO – Manutenção

De nada adianta fazer um pri-lo seja cotidiano e de todos os


orçamento e deixá-lo na gaveta. É integrantes da família. Afinal, per-
preciso que, mês a mês, ele seja sistência é fundamental para se
revisto e que o esforço para cum- obter resultados!
10
Para que o orçamento re- primeiro mês, tendo sempre como
sulte, de fato, em benefícios, o objetivo não gastar toda a renda da
ideal é refazer as contas a cada família para que sobre um pouqui-
mês, repetindo o que foi feito no nho no final mês.

>> Pesquisas recentes apontam que o orçamento de uma


família brasileira padrão tem suas despesas distribuídas da
seguinte forma:

30% para Moradia 15% para Transportes


25% para Alimentação 8% para Educação e Cultura
12% para Saúde e Higiene Pes- 5% para Lazer
soal 5% para Gastos Diversos

Claro que essa é uma média de todas as famílias brasileiras e que em


cada família os percentuais podem variar bastante. O importante é estabelecer
as prioridades e fazer com que tudo aconteça como foi planejado.

IMPREVISTOS – são um problema para quem não tem re-


serva e ainda se equilibra no limite do cheque especial. Eles po-
dem ocorrer, por exemplo, quando se necessita com urgência
dos serviços de um mecânico, pedreiro, farmácia, entre outros.
Como eles sempre acontecem, o bom é estar preparado.

11
Situações que podem afetar o seu equilíbrio
Perda de emprego – Pode trazer inúmeras dificuldades financeiras. Para
tentar amenizar os problemas ao ficar desempregado, recomenda-se que o in-
divíduo tenha uma reserva financeira equivalente a três meses de salário, pelo
menos, guardado como poupança. Caso existam dívidas, procure o credor
para negociá-las e adequar seu orçamento a essa nova realidade.

Divórcio – A vida financeira, que era conjunta, também se separa. Assim


deve haver um acordo entre as partes e, com muita cautela, a divisão dos
compromissos financeiros, respeitando a nova realidade econômica de cada
um.

+ Dicas
Reduzindo as despesas você poderá iniciar
ou aumentar a poupança. Geralmente são
hábitos simples de se adquirir e podem
parecer à primeira vista que não são efi-
cientes, mas que se somados, poderão
proporcionar uma redução considerável nas
despesas mensais.

1. Compre à vista – Essa é a melhor opção, pois além de não


pagar juros, ainda é possível negociar para conseguir descontos.
Também tem a vantagem de não comprometer o orçamento futuro
com prestações. Se não tiver o valor total do produto, poupe antes
de comprar. Se não der, então pesquise as taxas de juros dos finan-
ciamentos e escolha a menor.

2. Pesquise preços – O preço dos produtos no varejo pode


variar muito conforme o estabelecimento. Pesquise na internet, nos
catálogos e nas lojas antes de comprar. Compre onde for mais ba-
rato. Isso vale inclusive para aquelas despesas mensais básicas de
supermercado.

12
3. Controle o impulso de comprar – Quando cair o preço
do produto que você quer, é uma boa oportunidade para comprar.
Porém, evite sair comprando por impulso mais do que precisa. É
importante também reduzir a quantidade de cartões de crédito, car-
regando-os com você somente quando necessário.

4. Bom e Barato – Esqueça a ideia de que sempre o mais caro


é melhor. Hoje em dia a maioria dos fabricantes se preocupa em
oferecer produtos de qualidade, com preços mais acessíveis para
conquistar o consumidor.

5. Gastos desnecessários – Corte ou reduza gastos em exces-


so com serviços ou bens não essenciais, por exemplo, manicure,
doméstica, jantares e festas recorrentes.

6. Lazer é importante – para a


qualidade de vida, mas nem
sempre é preciso gastar muito
para isso. Aproveite a natureza
e faça caminhadas ou passeie
de bicicleta, troque livros, CDs
e filmes, aproveite descontos
nos cinemas, teatros, bares,
restaurantes e viagens.

7. Datas comemorativas – Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia


dos Namorados, Dia das Crianças, Páscoa e Natal. Nessas datas,
você já sabe que vai gastar mais, então quando aparecer uma boa
oportunidade antecipe sua compra.

8. Pesquise prestadores de serviços – As empresas pres-


tadoras de serviços nas áreas de telefonia, TV a cabo, internet,
seguro, bancos, financeiras, entre outras estão sempre buscando
conquistar mercado, por isso, frequentemente oferecem pacotes
que podem ser mais vantajosos em relação ao que você paga.

13
9. Luz e água – Água e energia são essenciais no cotidiano de
todos, no entanto, não há necessidade de desperdícios. Veja como
economizar:

• Regule as torneiras e descargas;


• Feche as torneiras enquanto escova os dentes, lava a roupa ou
a louça;
• Procure não tomar banhos demorados;
• Evite utilização de mangueiras para regar plantas e para lavar
os carros;
• Apague luzes que não estão em uso e aproveite a luz natural;
• Tire os eletrônicos da tomada quando não estiverem em uso.

10. Viagens – O planejamento detalhado de uma viagem propor-


cionará que ela seja tranquila e sem gastos em excesso. Pesquisar
bons hoteis com preços acessíveis, conhecer as rotas de atrações
turísticas com ônibus, metrô ou trem e ter pré-determinado o valor
disponível para compras deve evitar dores de cabeça no retorno
para casa.

11. Analise a taxa de juros – Fazer compra parcelada com


juros sai caro e é sempre um risco. Não olhe apenas a prestação,
mas o valor do produto final. Muitas vezes, com o preço total pago
daria para comprar até três do mesmo produto. Isso quer dizer que
você vai trabalhar muito mais para comprar a mesma coisa. Só
parcele ou tome emprestado se você realmente precisar.

12. Valorize moedas e o troco – Pequenas despesas pesam


muito no orçamento, portanto, se uma pessoa economizar R$ 1,00
por dia, durante 66 anos de sua vida e colocar este dinheiro na
poupança, terá acumulado em torno de R$ 284.000,00 ao final
desse período. Já é uma boa aposentadoria!

14
13. Supermercado – Vá ao
supermercado com uma lis-
ta com todos os produtos que
você precisa comprar e não fuja
dessa lista. Outra dica é evitar ir
às compras com fome. Com o
estômago vazio, o consumidor
fica mais suscetível ao impulso
de comprar alimentos necessá-
rios naquele momento para ma-
tar a fome, mas desnecessários
em casa. Fique atento às ofer-
tas, principalmente as famosas
“pague dois, leve três”. É sem- que estão perto de vencer. Nes-
pre importante confirmar se o se caso, é importante o compra-
valor unitário do produto não é dor ver se realmente vai consu-
o mesmo na suposta promoção mir a mercadoria antes do prazo
e na compra avulsa. É importan- limite. Uma dica antiga, porém
te também não comprar alguma muitas vezes esquecida pelos
coisa apenas porque está em consumidores, é comparar os
oferta, mas, sim, por necessida- preços em diferentes lugares. E
de. Outro aspecto fundamental nunca leve crianças ao super-
sobre as ofertas é ficar atento mercado, pois elas influenciam
à data de vencimento dos pro- a compra de produtos desne-
dutos. Alguns estabelecimentos cessários e os seus gastos po-
diminuem o preço de alimentos dem aumentar em até 30%.

>> Além de todas essas medidas, é importante você observar


e reavaliar seus costumes e comportamento. Analise quantas
vezes por mês você sai para jantar ou almoçar fora; no super-
mercado, tente experimentar marcas mais baratas; e se tiver
TV a cabo, tente negociar com sua operadora um pacote mais
barato, pelo menos até você reestruturar suas finanças.

15
2

EDUQUE SEU
(SUA) FILHO(A)
16
Os pais são os maiores exemplos para os filhos e é dando o
bom exemplo que se pode educar da melhor maneira uma criança ou um
adolescente. Um pai que gasta mais do que ganha, que vive excedendo o
limite do cheque especial, ocasiona um desequilíbrio financeiro, trazendo
também problemas de ordem familiar.

>> A relação que temos com o dinheiro é reflexo da orienta-


ção que recebemos sobre ele na infância

E por que se preocupar com a educação financeira dos(as) fi-


lhos(as)?

São muitas as razões. Com os avanços da medicina e o aumento


da expectativa de vida, as novas gerações viverão mais tempo na fase
da velhice e, para não depender dos outros, especialmente do governo,
é preciso ter uma aposentadoria que lhes garanta o mínimo para a so-
brevivência. O Brasil, após 20 anos de inflação, vive uma fase de relativa
estabilidade econômica, que exige do brasileiro uma educação financeira
que o ajude a planejar e garantir seu futuro. A pessoa que se descuida,
chega aos 60, 65 anos e começa a passar dificuldades porque não plane-
jou uma previdência, o que pode gerar uma série de conflitos na família
e problemas psicológicos.

>> Relação saudável com o dinheiro começa em casa

O ideal é que os pais falem de dinheiro com os(as) filhos(as) com


tranquilidade, sem brigas e imposições, sempre deixando que exponham
seus pontos de vistas sobre o dinheiro. O objetivo deve ser o de criar
uma mentalidade saudável em relação ao dinheiro, com a consciência da
importância de poupar e de planejar gastos. É um trabalho que deve ser
feito numa perspectiva de longo prazo, com muita prática e persistência.

O contato com o dinheiro é importante. Se os pais tiverem condi-


ções de dar uma mesada e deixarem que as crianças se virem sozinhas,
17
elas crescerão mais seguros em relação ao dinheiro. Com a mesada,
eles aprendem desde cedo a tomar decisões e fazer escolhas financeiras,
mesmo que em pequena escala.

É importante estimular os(as) filhos(as) a participarem do orça-


mento doméstico, incentivando-os a dar sugestões sobre maneiras de
reduzir despesas. O que a educação financeira pretende é orientar sobre
a melhor maneira de gastar dinheiro. Ao mostrar ao seu filho que o di-
nheiro que ele deixa de gastar com roupas caras poderá ser acumulado
e se transformar numa viagem, um passeio ou um aparelho eletrônico,
ele(ela) irá aprender o sentido de poupar.

Uma boa dica também é chamar os(as) filhos(as) para organiza-


rem juntos as férias da família, por exemplo. Num ambiente de assem-
bleia familiar, cada um fica com um papel. Um filho coleta informações
dos preços dos hoteis, outro pesquisa passagens e por aí vai. Depois de
levantar todas as despesas, envolva-os na etapa de equacionar os custos.
Ao envolvê-los(as) numa situação que é um projeto da família, eles (elas)
se sentirão estimulados a participar e debater sobre o assunto dinheiro.

Outra dica é contratar uma previdência privada complementar in-


fantil, com o objetivo de proporcionar renda futura para pagamentos de
estudos (universidades, MBA, pós graduação, etc.).

18
Diferentemente dos adultos, as crianças só conseguem entender
o conceito de poupança e meta se elas forem estabelecidas para o curto
prazo. Para uma criança de seis anos, por exemplo, poupar para comprar
um carro aos 18 é impensável. O prazo é muito longo. Ela deve poupar
para comprar um brinquedo, uma bicicleta.

É fundamental aprender o sentido de poupar não só para ter se-


gurança, estabilidade, mas também para ser uma pessoa disciplinada e
que se autorespeite. Acima de tudo, a educação financeira deve ensinar
que a responsabilidade social e a ética precisam estar sempre presentes
no ganho e uso do dinheiro.
19
3

FUJA DAS DÍVIDAS


Ter as finanças organiza- frentes à gastança. Nessa fase, a
das e gastar com cautela são ati- palavra de ordem é economizar!
tudes que certamente irão livrar Mais uma vez, use a planilha do
você e sua família do pesadelo orçamento familiar para se ade-
das dívidas. No entanto, se você quar ao seu planejamento (orga-
perdeu o controle e a sua situa- nizar suas receitas e despesas e
ção financeira não está equilibra- saber para onde está indo o seu
da, há algumas medidas que po- dinheiro e o que pode ser corta-
dem ajudar a reduzir os possíveis do). O principal corte em despe-
danos da inadimplência. sas inúteis que uma família pode
fazer é nos gastos com juros. Sa-
A primeira delas é cortar be-se que em torno de ¼ da ren-
despesas não essenciais e iniciar da familiar pode ser gasta com
um ataque simultâneo em várias juros.
20
É importante também não esforço e aí, a partir do terceiro
alimentar dívidas. Assuma a situ- não conseguirá mais pagar. Dessa
ação para você e sua família. Não forma você não estará resolvendo
abra exceções! o problema e sim adiando.

Quem está com as presta- Peça descontos nos juros


ções em atraso e não consegue se for quitar a dívida à vista. Elabo-
resolver o problema, nem com o re um plano radical de enxugamen-
corte de despesas, pode tentar to de gastos, na maior intensidade
negociar sua dívida com os cre- possível, para que a dívida seja
dores. Nesse caso, defina suas amortizada de uma vez. Quanto
prioridades e estabeleça um pla- mais intenso for o corte de gastos,
no para quitar o que deve. Nessa menor será o tempo que você fica-
negociação você pode alongar o rá nessa situação.
prazo, revisar os juros e refinan-
ciar empréstimo, se for o caso. Muitas instituições fazem
Veja quais são as dívidas que co- campanhas de renegociação com
bram juros mais altos e aquelas os clientes inadimplentes, inclusi-
que já estão vencidas, priorizan- ve oferecendo descontos, normal-
do o pagamento das dívidas mais mente a partir de outubro, ou seja,
caras. Nesses casos, algumas nos meses que antecedem o Natal
instituições financeiras oferecem – o melhor período para as ven-
opção de portabilidade da dívida das no varejo. Fique atento a essas
(comprar a dívida) e oferecer ta- propostas e veja se não está tro-
xas de juros menores. cando seis por meia dúzia.

Calcule antes de entrar em Se você não conseguir um


contato com os credores o valor da acordo com seu credor, peça ajuda
parcela que cabe no seu orçamento à Defensoria Pública. No final desta
e faça o negócio de acordo com o Cartilha, você encontra o endereço
que você poderá pagar. Se não, as da Defensoria em Natal.
chances de se enrolar de novo são
enormes. Provavelmente você vai Uma atitude que também
conseguir pagar o primeiro mês, pode contribuir para o fim das dí-
vai pagar o segundo com muito vidas é aumentar a renda da famí-
21
lia, o que muitas vezes é bem difí- para sair das dívidas, coloque na
cil. Pedir um aumento salarial, fazer cabeça outra dica importante: endi-
hora extra, vender docinhos para os vidado pode sim e deve ter sonho
vizinhos, fazer serviços domésticos de consumo. Parece estranho, mas
remunerados, etc. podem ajudá-lo a não é não. Tão importante quanto
sair do sufoco. Mas lembre-se que pagar dívida é realizar sonhos, desde
depois de quitadas as dívidas, os ga- que esses não atrapalhem sua esta-
nhos extras devem servir para uma bilidade financeira e não provoquem
poupança ou um investimento no fu- endividamento. Lembre-se sempre
turo e não para voltar a aumentar o que desequilíbrio financeiro é ape-
seu consumo. nas uma fase. Se ajudar, pense nisso
como um ritual de passagem para
Entendido o passo a passo uma situação financeira equilibrada.

>> Não deixe as dívidas se acumularem porque os juros


ficam cada vez maiores! Se você não consegue sair do
cheque especial, vá logo ao banco negociar um crédito
parcelado, os juros podem ser até 70% menores. Se você
pagou só o mínimo da fatura do cartão de crédito, cuida-
do! Procure a administradora e negocie um parcelamento
com juros menores, ou faça um empréstimo consignado.

22
Dicas
PARA EVITAR A
ARMADILHA DO
ENDIVIDAMENTO

OBJETIVOS E METAS

• O primeiro passo é conscientizar-se de que dinheiro não é elásti-


co, por isso é importante saber o que é mais importante consumir
e guardar uma parte;
• Trace objetivos e metas de curto, médio e longo prazos;
• Não compre por impulso e não confunda necessidade de consu-
mo com desejo de comprar;
• Aprenda a economizar nas pequenas coisas;
• Nunca gaste contando com ganhos futuros ainda não confirma-
dos;
• Priorize as despesas básicas e reserve parte do salário para
situações de emergência;
• Não faça novos empréstimos para quitar dívidas atuais, a menos
que os juros sejam mais vantajosos;
• Não avance no limite do cheque especial – já que as taxas de
juros são bastante elevadas. É bom não esquecer que esse limite
não é um salário a mais;
• Pague sempre o valor total da fatura do cartão de crédito, pois
pagamentos inferiores acarretam a cobrança de juros elevados;
• Evite fazer financiamentos ou empréstimos de longo prazo (os
juros são muito altos e corroem o seu dinheiro);
• Antes de financiar, leia, entenda e avalie o compromisso que irá
assumir. Informe-se sobre o Custo Efetivo Total (CEF) do
empréstimo e compare com o de outras lojas;
• Decida sobre novas dívidas juntamente com sua família.

23
Antes de comprar, pare e conte até 10!
Um bom exercício para você fazer antes de comprar é contar até
10 (ou até 20 se for preciso) e durante esses poucos segundos, pergunte
a si mesmo: “Isso é uma prioridade para mim? Eu preciso mesmo desse
produto? Será que estou comprando isso só para satisfazer a minha vai-
dade e deixar alguém com inveja? Por que preciso? Eu tenho dinheiro?
Tem que ser agora?”

Se você entender que não precisa realmente daquele produto,


então se trata de um produto supérfluo. Os gastos supérfluos são aqueles
desnecessários e que atrapalham as chances de se ter uma poupança e,
dependendo do caso, colocam a pessoa em situação constrangedora,
como a de ter um cheque devolvido por falta de fundos ou ainda, ter o
nome incluído no banco de dados dos Serviços de Proteção ao Crédito.

Por isso, antes de comprar analise a relação custo-benefício que


aquele produto vai proporcionar. Vale a pena comprar um produto que
custa mais do que um modelo similar só porque tem um detalhe novo?
24
Justifica-se pagar o triplo por um celular ou por um determinado equi-
pamento, quando existem outros mais baratos, só porque eles têm uma
série de funções que provavelmente você nunca vai usar?

Pense bem, antes de comprar.


Limpando um “nome sujo”

Quando alguém tem uma dívida com uma empresa (credora), esta
pode informar ao Serasa (encarregada da centralização de serviços dos
Bancos) ou ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) sobre a pendência.
Mas antes de ficar com o “nome sujo”, o cliente precisa receber uma
carta ou notificação da empresa informando que, por causa da dívida, seu
nome poderá entrar para a lista de inadimplentes. Assim que recebe uma
solicitação da empresa, o Serasa ou o SPC enviam uma correspondência
para o(a) devedor(a), informando que seu nome foi incluído no cadastro
de inadimplentes.

Depois que o consumidor regulariza sua situação, a empresa cre-


dora tem cinco dias úteis para informar ao Serasa ou ao SPC (ou às duas
entidades, se for esse o caso), que a dívida foi quitada, o que implicará na
retirada do seu nome da lista. Isso é válido mesmo para os casos em que
a pessoa renegocia a dívida para pagá-la de forma parcelada.

O(a) próprio(a) cidadão(ã) inadimplente pode regularizar suas pen-


dências sem precisar contratar serviços de terceiros e quitar suas dívidas
diretamente com os credores.

>> ATENÇÃO! Não existem “fórmulas mágicas” para tirar


o nome de cadastros de restrição ao crédito como SPC ou
Serasa. Portanto, se você viu algum anúncio na internet ou
jornal informando que faz esta exclusão “em alguns dias e
sem pagar as dívidas” é golpe. Você poderá perder o seu
dinheiro!

25
O artigo 206, § 5º do Novo Código Civil, estabelece o prazo de 5
anos para que o credor possa cobrar a dívida. Após este prazo a dívida
estará prescrita (não poderá mais ser cobrada na Justiça ou constar de
cadastros restritivos, como SPC e Serasa). O artigo 43, § 1º do Código
de Defesa do Consumidor também prevê o prazo máximo de 5 anos para
que o nome de alguém possa ficar cadastrado nestes órgãos (este prazo
conta da data em que a dívida deveria ter sido paga mas não foi e não
da data do cadastro). Portanto, completados os 5 anos a dívida deve ser
excluída dos cadastros imediatamente.

DICAS PARA REGULARIZAR PENDÊNCIAS

Cheques sem Fundo – O consumidor entra para o Cadastro de Emi-


tentes de Cheque sem Fundo (CCF) se tiver o mesmo cheque devolvido
duas vezes pelo banco. Depois da segunda devolução, o banco pede ao
Banco Central a inclusão do nome do cliente no CCF.

O primeiro passo nesse caso é procurar o banco e solicitar infor-


mações sobre o número, valor e data do cheque. Em seguida, verifique
nos canhotos para quem foi emitido. Procure a pessoa ou a empresa para
quem foi passado o cheque, pague a dívida e recupere-o. Feito isso, junto
26
com o credor ou a empresa, deve ser preparado um recibo do pagamen-
to. Ele é a garantia de que a dívida foi paga. No documento, deve constar
a data em que foi feito o pagamento, seu valor, número do cheque, nome,
RG, CPF e assinatura do credor.

Com o cheque resgatado e o recibo em mão, o cliente também


deve ir até seu banco e pagar as taxas pendentes com a instituição (os
bancos podem cobrar tarifas pela devolução de cada cheque, pela inclu-
são e exclusão do CCF).

Mais uma vez, deve-se exigir um recibo do banco pelo pagamen-


to. Feito isso, há um prazo de cinco dias úteis para que o banco peça ao
Serasa ou ao SPC que o nome do cliente seja retirado do cadastro.

Carnê de loja atrasado, cartão de crédito, empréstimo de financeira


– Conforme já foi mencionado, após pagar ou renegociar a dívida, a em-
presa ou instituição financeira tem cinco dias úteis para solicitar ao SPC
ou ao Serasa que tire o nome da pessoa da lista de inadimplentes.

>> É importante exigir um recibo de que a dívida foi acertada.

Na renegociação, é cobrada uma multa de 2% em relação ao total


da dívida e juros de 1% por mês de atraso. Quando o consumidor tiver
qualquer dúvida sobre a cobrança ou sentir que ela é abusiva, deve pro-
curar o Procon.

27
Título protestado – Os cheques e as notas promissórias (documento
que tem aparência de cheque, mas não é de banco, firmado entre devedor e
credor) são títulos que podem ser protestados. Nesse caso, quando recebe
o protesto, o Cartório envia uma carta para a pessoa, informando que ela
tem 48 horas para regularizar sua dívida. Se o consumidor não paga, o Car-
tório pode solicitar ao Serasa ou ao SPC que inclua seu nome no cadastro
de inadimplentes.

O primeiro passo nesse caso é ir até o Cartório para consultar


quem registrou o protesto. Depois, deve-se procurar a pessoa (credor) ou
a empresa que está com o cheque ou a nota promissória e pagar a dívida.
Exija o recibo! Nele deve constar a data em que foi paga a dívida, seu va-
lor, o número do cheque (se for o caso), nome, RG, CPF e assinatura do
credor. Não esqueça de reconhecer a firma da pessoa ou empresa.

Com o recibo, o cheque ou a nota promissória em mãos, o con-


sumidor deve ir até o Cartório e pagar uma taxa (que é proporcional à sua
dívida) para retirar o protesto. O Cartório tem cinco dias úteis para informar
ao SPC ou ao Serasa e solicitar a retirada do nome da lista de inadimplen-
tes.

Ação judicial – Nesse caso, a pessoa (credor) ou a empresa que tem


direito a receber entra na Justiça para cobrar a dívida. O devedor é notifica-
do pelos correios ou por Oficial de Justiça sobre a ação. Para suspender o
processo, o devedor deve procurar o credor ou a empresa para renegociar
o pagamento da dívida.

Nesse caso, é necessário contratar um advogado para elaborar um


documento (petição) em que o credor confirma que a dívida foi paga ou
renegociada. Dessa forma, o processo pode ser suspenso. Mesmo assim,
o nome não sai do cadastro do SPC ou do Serasa enquanto o prazo que
o credor tem para cobrar a dívida não termina (cada dívida tem um prazo
especificado por lei para ser cobrada). Se o prazo para cobrança da dívida
for de quatro anos, mesmo suspendido o processo, o nome continuará
“sujo” por esse período.

>> IMPORTANTE! Nunca recorra a um agiota para pagar


uma dívida, assumindo outra de valor muito maior. Isso
significa se endividar ainda mais!

28
4

POUPE E INVISTA
A importância de poupar

O dinheiro não poupado pode faltar quando precisarmos. Por


isso, quem tem planos para o futuro, que dependam de dinheiro para
serem alcançados, pode optar por uma entre duas principais alternativas:
ou conta com a ajuda da sorte ou economiza no presente para utilizar no
futuro – em outras palavras: poupa!
29
Além de garantir tranquilidade financeira, poupar possibilita a re-
alização de sonhos. Com hábitos de poupança e investindo adequada-
mente, uma pessoa pode aumentar seu patrimônio pessoal e familiar,
aumentando as chances de alcançar seus objetivos.

>> Regra de ouro do poupador: Não gaste mais do que


ganha! Ninguém é capaz de poupar atolado em dívidas. A
dica é estar sempre de olho no orçamento e separar uma
parte do salário para a poupança.

Entenda que poupar não é deixar de comprar o que necessita,


mas apenas adiar gastos que podem esperar e garantir seu consumo
no futuro. Você faz isso guardando uma parte de sua renda mensal. As
pessoas poupam por diversos motivos, como para garantir um futuro
mais tranquilo (ter estabilidade financeira), investir na sua educação ou
na de seus filhos e comprar bens diversos, como casa, carro ou viagens,
acumular riqueza, abrir um negócio próprio, entre outros.

Saiba que:

Poupar é acumular valores no presente para utilizá-los no futuro,


o que geralmente envolve mudança de hábitos, pois requer uma
redução nos gastos pessoais e familiares.

Reduzir despesas pode significar desde simples cuidados para evi-


tar o desperdício até o esforço, por vezes árduo, no sentido de
conter gastos.

Além disso, poupar exige a avaliação objetiva das despesas, a de-


finição de metas e, principalmente, muita persistência, a fim de
permanecer economizando pelo tempo necessário até que sejam
alcançados os objetivos que motivaram a poupança.

30
Roteiro básico para quem decide começar a poupar:
1º passo – Trace objetivos – É muito importante criar objetivos,
ou seja, definir quanto será poupado por mês e para que. Isso ajuda
a não desistir no meio do caminho. Isso vale tanto para objetivos de
curto prazo, dois anos por exemplo, ou de longo prazo, 20 anos. A
seguir, uma tabela com exemplos que podem ajudá-lo a visualizar
melhor como definir seus objetivos:

Objetivo/sonho Valor necessário para Tempo da


atingir o objetivo poupança
CASA R$ 120.000,00 25 anos
CURSO R$ 10.000,00 5 anos
VIAGEM R$ 5.000,00 3 anos
APOSENTADORIA R$ 150.000,00 30 anos

2º passo – Seja coerente no valor – Avalie o orçamento para


conseguir guardar o necessário. Separe uma quantia que não pese
tanto no orçamento, algo como 10% ou 15% de sua renda, pois se
você for muito ambicioso pode se privar de alguns bens que lhe tra-
gam satisfação, gerando frustrações.

3º passo – Não gaste o dinheiro poupado – Sua poupança


não deve ser usada a cada nova oportunidade de consumo que surgir
porque do contrário você nunca atingirá os objetivos que traçou.

4º passo – Invista – Não guarde dinheiro debaixo de seu col-


chão! Existem diversas modalidades de aplicação financeira: além
da poupança, pode-se investir em títulos de renda fixa ou fundos de
renda fixa, dentre outras, e qualquer uma delas paga juros. Procure
um Economista de sua confiança e analise qual a melhor opção para
você. Os juros compostos podem multiplicar seu dinheiro poupado
no longo prazo.

31
Exemplo: Digamos que você poupe R$ 200,00 por mês e aplique
na poupança que paga 6% de juros ao ano (0,5% ao mês). Em 20
anos, você teria um total de R$ 92.870,22 dos quais R$ 44.870,22
seriam juros, ou seja, os juros são quase a metade do valor acu-
mulado.

Nada muda para depósitos feitos até 3 de maio de 2012. Nesse


caso, a poupança continua rendendo 0,5% ao mês (ou 6,17% ao
ano), mais a variação da TR (Taxa Referencial). Para depósitos
feitos a partir de 4 de maio e contas abertas a partir dessa data,
sempre que a Selic (taxa básica de juros) ficar em 8,5% ao ano
ou abaixo disso, o rendimento da poupança passa a ser de 70%
da Selic mais a TR.

Investir é diferente de poupar


Você se organizou e conseguiu poupar uma parte do seu salário no
fim do mês e agora? Bom, agora é hora de fazer o bolo crescer. E a melhor
forma é indo atrás dos investimentos que vão ajudar na busca dos seus
sonhos.

>> Guardando dinheiro embaixo do colchão, no cofre ou pa-


rado na conta corrente você não faz o dinheiro render!

Investir é empregar o dinheiro poupado em aplicações mais rentá-


veis. O investimento é tão importante quanto a poupança, pois todo o es-
forço de cortar gastos pode ser desperdiçado quando o dinheiro poupado
é mal investido.

Para decidir qual o melhor investimento, você deve observar três-


pontos principais:

Liquidez – Quando dizemos que um bem ou investimento tem alta liqui-


32
dez, queremos dizer que é fácil convertê-lo em dinheiro.

Segurança – Estamos nos referindo ao quanto aceitamos ou queremos


ficar expostos ao risco do investimento. Investir significa assumir riscos
em troca de rentabilidade.

Rentabilidade – É o retorno que se espera de uma determinada aplica-


ção (investimento).

>> Um investimento que garanta ao mesmo tempo elevada


rentabilidade, alta liquidez e segurança, não existe. Isso sig-
nifica que ao escolher onde investir seu dinheiro você terá
que dar prioridade a um desses fatores, abrindo mão, pelo
menos em parte, dos outros. Investir é sempre uma questão
de prioridades!

Por isso, na hora de investir é importante estar consciente dos ris-


cos do mercado e procurar a ajuda de um especialista. Não siga somente
a opinião de parentes e amigos. Cada caso é um caso e há sempre uma
forma de investimento mais apropriada para cada perfil de investidor.

Perfis de investidor:

1 Conservador 2 Moderado 3 Agressivo


É aquele que não Leva em conta a O foco é sempre na
consegue viver segurança, mas maior rentabilidade,
bem com riscos. corre um certo risco por isso, suporta bem
A segurança é o porque quer um os riscos dos investi-
ponto decisivo na maior retorno para mentos sabendo que
hora de fazer uma os investimentos; em troca pode ter um
aplicação; retorno maior a longo
prazo.
33
Seja lá qual for o seu perfil, no mundo dos investimentos o mais
importante é estar muito bem informado. Procure acompanhar de perto o
que acontece no país e no mundo em matéria de economia. Leia jornais,
pesquise na internet, converse com especialistas e procure conhecer os
produtos de investimento. Informação é a mais importante ferramenta
dos investidores bem sucedidos.

Escolhendo um investimento

• A quantia que será aplicada;


Há várias
• Por quanto tempo poderá dispor
opções de investimento,
do dinheiro?
mas antes de aplicar
• Quanto risco está disposto a as-
é importante
sumir em face do que pretende ga-
estabelecer:
nhar.

34
Em regra, quanto maior o retorno (rentabilidade) do seu inves-
timento, maior será o risco da aplicação, ou seja, há a possibilidade de
a aplicação não valorizar o esperado e, em alguns casos, até de perder
parte do principal investido (a quantia aplicada).

Risco Retorno
Alto Muito acima da média
Médio Acima da média
Baixo Igual ou menor que a inflação

>> Atenção! Antes de efetuar sua aplicação, é importante


que você conheça muito bem as características do investi-
mento, verificando se ele atende ao nível de risco, retorno
e tempo de aplicação definidos em seu planejamento.

Além disso, procure saber também quais os tributos (impostos,-


contribuições, etc.) e outros encargos que serão cobrados, pois todos
estes fatores exercerão influência nos ganhos (rentabilidade).

Não se esqueça de verificar também a solidez da instituição ou do


administrador do investimento e, principalmente, verificar o registro da
instituição escolhida na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A con-
sulta pode ser feita no site www.cvm.gov.br. Clique no link “Participantes
do Mercado” e procure lá a sua instituição.

Por fim, tenha em mente que, para cada objetivo você pode es-
colher um conjunto de investimentos diferentes de acordo com o que
pretende, o prazo e o valor envolvido. Ao optar por maneiras diferentes
de investir, você faz outra coisa muito importante que é a diversificação
dos investimentos.
35
5

UTILIZE BEM
O CRÉDITO
A oferta de crédito no país cresceu muito nos últimos anos e
cada vez mais o brasileiro toma dinheiro emprestado para fazer suas
compras parceladas ou pagar dívidas. A partir de 2011 a inflação passou
a convergir para a meta planejada pelo Banco Central e a taxa Selic pas-
sou para 7,25% ao ano fazendo com que o dinheiro ficasse mais barato,
requerendo assim mais prudência do consumidor.

>> Taxa Selic é a taxa básica de juros estipulada pelo Banco


Central

36
Perigos do crédito
O crédito deve ser contra- crédito, tem também a anuidade.
tado com muito cuidado, afinal Se o consumidor tem uma conta
no Brasil as taxas de juros ainda em banco, e usa o cheque espe-
continuam sendo as mais altas cial, tem as tarifas bancárias e as
do mundo. O consumidor precisa outras taxas cobradas pelo banco.
estar consciente de que além dos Se for o caso de um empréstimo
juros vai pagar também o impos- imobiliário há outros custos por-
to sobre operações financeiras ao que esse é um crédito elevado. E
governo. No caso do cartão de por aí vai.

>> Fique ligado! Antes de buscar crédito você pode con-


ferir as taxas de juros praticadas por todas as instituições
financeiras no endereço do Banco Central na internet (www.
bc.gov.br). Lembre-se de que todo crédito tem sempre um
custo.

Os especialistas aconse- totais. Lembre-se de que é possí-


lham a quem pensa em pedir di- vel aparecer um imprevisto e você
nheiro emprestado avaliar bem poderá ter de tomar um outro
antes de fazer a compra. É im- empréstimo. O risco de você con-
portante que você analise se essa tratar vários empréstimos é en-
compra é mesmo necessária, se o trar em uma situação irreversível
produto que você quer comprar é de super endividamento e depois
realmente essencial, compare ta- você poderá não conseguir pagar
rifas e calcule os custos efetivos esses empréstimos.

>> Importante! Quando estiver pensando em entrar numa


dívida, pense também em como sairá dela. Analise seu or-
çamento e certifique-se de que a dívida cabe nele.

37
Modalidades de crédito

Cheque especial – É forne- pelo brasileiro pela facilidade de


cido pelo banco na forma de um acesso, já que é um crédito pré
limite de crédito que fica dispo- -aprovado e fica sempre à dispo-
nível na conta corrente e no final sição do cliente em sua conta. Ou
do mês o banco debita os juros e seja, é só chegar e sacar. Quem
impostos de acordo com o valor resiste? Mas, cuidado! É uma das
e o tempo que você usou o crédi- modalidades com taxas de juros
to disponível. É bastante utilizado mais elevadas.

Cuidados:

• O cheque especial deve ser usado de forma eventual, ou seja,


quando você tem uma emergência, uma despesa inesperada.
• Mantenha o saldo de sua conta corrente sob rigoroso con-
trole, observe os débitos de tarifas, débitos automáticos etc.
• O cheque especial deve ser encarado como a última alterna-
tiva no caso de necessidade de crédito.
• No caso de estar fazendo uma compra, pense em outras
alternativas.

Cartão de crédito – A lógica do organizar as contas. Houve inclu-


cartão de crédito é basicamente a sive significativa redução nos juros
mesma do cheque especial. Crédi- cobrados nos cartões de crédito,
to fácil e juros altos. Com o cartão mas os cuidados precisam ser re-
você compra hoje e só paga no dia dobrados pra não fazer dívidas di-
do vencimento. É uma maneira útil fíceis de pagar, tendo em vista que,
e versátil de fazer compras e pa- mesmo com a redução, as taxas de
gamentos e, claro, pode ajudar a juros continuam muito elevadas.
38
Resgate seu investimento e pague à vista;
Questione sobre o pagamento parcelado sem juros, no cartão de
crédito ou cheque pré-datado;
Questione sobre o financiamento, mesmo com juros;
Adie sua compra.

O cartão de crédito cria a usado de forma errada e por isso


falsa impressão de que sua renda ele se torna um dos principais vi-
é maior na medida em que quase lões do orçamento. Dados do Ban-
sempre você pode parcelar suas co Central mostram que uma em
compras. O perigo está exatamente cada quatro pessoas que usam o
aí. Ao parcelar, você imagina: “vou cartão de crédito está “rolando” a
pagar em várias prestações e não dívida. Essas pessoas provavelmen-
vou nem sentir”. O problema é que, te devem ter optado por pagar o
na prática, você está comprome- mínimo da fatura ou menos que o
tendo a sua renda futura e se não valor total de cada mês. O problema
tomar cuidado e não tiver um bom de utilizar o rotativo do cartão ao
controle das compras parceladas, pagar apenas o valor mínimo é que
muito provavelmente não consegui- o saldo devedor tende a crescer de
rá pagar o valor total da fatura. forma muito rápida.

A grande questão do cartão Uma pessoa que entrou no


é justamente o crédito que ele ofe- rotativo do cartão precisa tomar,
rece e a forma como se usa esse basicamente, duas medidas para
crédito. Na maioria das vezes, é sair da dívida:
39
1. Refinanciar essa dívida para ter prazos mais longos e juros mais
baixos, pegando, por exemplo, um empréstimo pessoal ou algum cré-
dito consignado, que têm taxas de juros menores;

2. Organizar as suas finanças pessoais, atacando as causas que a


levaram a se endividar. Ou seja, precisa preparar um orçamento do-
méstico e entender como estão as suas despesas e ver se elas cabem
no seu bolso.

>> Usar um crédito para manter um padrão de vida que não


se pode bancar é caminho certo para a ruína financeira.

Também ficou definido diferenciado, associado a pro-


que só serão permitidos dois gramas de benefícios e recom-
tipos de cartão: o básico e o pensas.

Crédito Direto ao Consumidor (CDC)

Muito conhecido como cre- Nessa modalidade de cré-


diário, é uma alternativa oferecida dito, a dica é pesquisar taxas em
pela própria loja, pelo próprio esta- diferentes estabelecimentos, pois
belecimento comercial. É um finan- a diferença entre as taxas é muito
ciamento para a compra de bens grande. Procure as menores taxas
duráveis ou serviços. O consumi- como procura pelos menores pre-
dor que contrata esse tipo de crédi- ços. Compare as condições dos
to passa a desfrutar imediatamente diversos prazos possíveis, não ape-
de um bem que será pago com sua nas o valor da prestação, também o
renda futura. A principal vantagem valor dos juros pagos. É importante
é que é de fácil obtenção e é flexí- também ler o contrato com bastan-
vel em prazos. te atenção antes de assiná-lo.
40
Crédito Pessoal – É uma opção de taxas de juros menores que as
para quem se endividou no Cheque cobradas por bancos ou financei-
Especial ou no Cartão de Crédito. É ras. Além disso, o IOF é zero, as
possível solicitar esse crédito para tarifas também são bem menores
pagar as dívidas anteriores assu- ou inexistentes. Neste caso, inclu-
mindo uma nova dívida com juros sive, sendo cooperado, também é
menores e parcelas fixas. “sócio” da cooperativa, o que sig-
nifica que estará pagando juros que
Essa modalidade de crédito reverterão em benefício dos coope-
também pode ser solicitada em fi- rados.
nanceiras que oferecem opções fá-
ceis e rápidas, o que significa pedir Crédito Consignado – Nessa
poucos documentos e garantias, modalidade, as parcelas do em-
mas isso tem um preço e pode até préstimo são descontadas direta-
ser maior que o do cheque espe- mente do seu salário ou aposenta-
cial. Por isso, informe-se sobre as doria. As taxas de juros geralmente
taxas antes de contratar esse crédi- são mais baixas, mas também vale
to. a pena pesquisar antes em vários
bancos e comparar. Lembre-se que
As pessoas que tem acesso a partir do mês seguinte, durante
a cooperativas de crédito dispõem o prazo do empréstimo, o salário
41
ou aposentadoria virá menor, em empresa em que trabalha, a área
até 30% em relação ao mês ante- responsável, em geral a de Recur-
rior, por outro lado, as despesas sos Humanos (RH) ou Gestão de
mensais continuarão as mesmas. Pessoas. No caso dos aposenta-
dos, procurar um dos bancos cre-
O primeiro passo para se habilitar denciados pelo Ministério da Pre-
a este empréstimo é procurar, na vidência.

>> Analise detalhadamente seu orçamento e veja se a


prestação do empréstimo não vai comprometer outras
despesas essenciais. Seja prudente!

ATENÇÃO! A facilidade para tomar esse tipo de empréstimo é muito


grande, particularmente para os aposentados. Evite tomar o empréstimo
para fazer favores a familiares ou a terceiros. Lembre-se de que é com
seu salário/pensão ou aposentadoria que você vai pagar sua alimentação,
sua saúde, enfim, seu futuro.

Financiamento de carro
Comece avaliando seu or- como combustível, manutenção,
çamento mensal e veja se o va- pneus, estacionamento, etc. Ter
lor da parcela cabe no seu bolso. um carro exige condições financei-
Comprometer-se com a dívida de ras de mantê-lo.
um carro que não se consegue
pagar pode ter um grave impacto Na hora de financiar, pro-
sobre suas finanças. Lembre-se de cure pesquisar as taxas oferecidas
que além das parcelas do financia- pelos bancos e não deixe de com-
mento, você também terá de pa- parar o custo efetivo total (CET),
gar seguro, IPVA, licenciamento, que é a soma de todas as taxas e
seguro obrigatório, entre outros. juros que o consumidor vai pagar
Há também as despesas variáveis, no financiamento. Um financiamen-
42
to com propaganda de juros meno- acaba pagando essa comissão é
res do que a maioria pode ter ou- o consumidor. Fuja dos financia-
tros custos embutidos que o torna mentos longos, com mais de 48
mais caro. Por isso, o CET deve ser meses, pois a partir desse tempo
informado por todos os bancos, já a manutenção do veículo encarece
que é uma determinação do Banco bastante e o total de juros pagos
Central e facilita a comparação en- também vai mais que dobrar o va-
tre bancos. lor do veículo.

Também não aceite a pri- Fuja das promoções do


meira opção de financeira suge- tipo “troca com troco”, pois o va-
rida pelo vendedor da loja, sob lor que a agência irá avaliar o seu
alegação de alguma vantagem. carro nessa opção será sempre
Existem empresas que comissio- menor do que o valor de mercado.
nam o vendedor para que ele ven- Tenha paciência e venda você mes-
da um financiamento, mas quem mo o seu carro, antes de comprar

43
o novo veículo. Financiamento não comprometa mais do que 10% de
tem mistério, quanto menos finan- sua renda com a parcela do finan-
ciar, menos juros vai pagar. Não ciamento.

Financiamento da casa própria

Para realizar o sonho da to imobiliário, pesquise e simule o


casa própria, a palavra mais impor- valor da prestação e o valor final
tante é: planejamento. O primeiro do imóvel. Não esqueça de avaliar
passo na direção desse sonho é e comparar os juros. As taxas de
iniciar uma poupança, que servirá juros são menores nos financia-
de entrada na compra da casa. Se mentos cuja fonte de recursos é o
você for muito paciente, o ideal é FGTS.
poupar por mais tempo e utilizar
essa poupança para a aquisição à Lembre-se de que ao optar
vista. Mesmo que exija um perío- por um financiamento, suas parce-
do mais longo, essa é sem dúvida las devem enquadrar-se em seu or-
nenhuma, a melhor alternativa. çamento mensal, evitando que este
valor seja incompatível com suas
O mercado oferece uma disponibilidades. O ideal é que o
grande variedade de financiamen- financiamento não comprometa
tos, de acordo com a renda fami- mais que 30% da renda mensal
liar, o prazo e o valor desejado. da família. Considere também que
Você tem a opção de financiar um imóvel, seja ele casa ou apar-
parcial ou totalmente um imóvel, tamento, envolve além das parce-
desde que esteja dentro das exi- las do financiamento, gastos como
gências solicitadas. Antes de optar condomínios, impostos, guardas e
por qualquer modalidade de crédi- jardineiros, em muitos casos.

>> A compra do imóvel financiado é um comprometimen-


to para sempre, por isso é preciso ter muito cuidado. Você
não pode comprar um imóvel como compra um sapato.

44
Microcrédito – É a concessão de um pequeno negócio (costureira,
empréstimo de baixo valor a em- pipoqueiro, artesão, etc.) e quer
preendedores individuais (formali- ampliar ou melhorar esse negó-
zados ou não) e a microempresas cio. Ele deve ser usado para que
sem acesso ao sistema financeiro o empreendedor não misture as
tradicional, principalmente por não contas de casa com as contas do
terem como oferecer garantias. É negócio. Isso é muito importan-
um crédito destinado à produção te!
(capital de giro e investimento) e é
concedido com o uso de metodo- NOVIDADE:
logia específica. O programa será operacionalizado
inicialmente pelo Banco do Nor-
Isso significa dizer que deste (BNB), a Caixa Econômica
esse tipo de crédito não é para Federal (CEF) e o Banco da Amazô-
pagar suas dívidas ou comprar nia (Basa). Para mais informações
algum produto ou serviço para procure uma agência desses ban-
você ou sua família, ou seja, cos ou consulte os sites do Banco
para financiar consumo. O mi- do Nordeste (www.bnb.gov.br) ou
cro crédito serve para quem tem da Caixa (www.caixa.gov.br).
45
6

FISCALIZE
SEU BANCO
Cobranças indevidas, débitos não autorizados, mau atendimento,
esclarecimentos incorretos ou incompletos, descumprimento de prazos.
Não é a toa que os bancos são alvo de milhares de reclamações nos ór-
gãos de defesa do consumidor. Mas, qualquer cidadão pode (e deve) se
defender dos abusos. Nesses casos, é importante procurar o Procon, mas
também não deixar de procurar o Banco Central, que é o órgão regulador,
atentando para o comparativo entre bancos e tarifas bancárias do setor e
pode, a partir das denúncias e reclamações dos consumidores, aperfeiçoar
os instrumentos de regulação.

O Banco Central, responsável pela supervisão do Sistema Finan-


ceiro Nacional, não tabela o valor das tarifas bancárias. Entretanto, um
conjunto de regras foi estabelecido para disciplinar a cobrança de tarifas.
Veja no site do Banco Central quais as tarifas que os bancos podem ou não
cobrar. Lá você encontra também a tabela de tarifas das instituições finan-
46
ceiras. Do lado esquerdo da tela do computador, siga o seguinte caminho:
Perfis > Cidadão > Bancos > Tarifas > Valor de tarifas bancárias> Tarifas
Bancárias.

>> Atenção! As instituições são obrigadas a divulgar as


tarifas que cobram, em local e formato visível ao públi-
co, nas suas dependências e nas respectivas páginas na
internet.

Serviço:
Banco Central do Brasil (Superintendência Regional)
Av. Rio Branco, 510, Cidade Alta, 59025-900
Telefone: (84) 3216-4650
Na internet: www.bc.gov.br

Cheque
O cheque é uma ordem de pagamento à vista, mas o seu uso mais
comum é para compras a prazo e para o pagamento de prestações. O cheque
pré-datado é uma invenção informal do comércio, uma maneira mais fácil e
rápida de se fazer crediário, já que prevê sua compensação numa data futura.
Mas exige cuidados especiais por parte de quem emite. Pela Lei do Cheque
(Lei no 7.357/85), qualquer cheque pode ser descontado no momento de sua
apresentação ao banco, já que é considerado um pagamento à vista.

Atenção! Caso o cheque pré-datado seja depositado antes da data progra-


mada, você poderá recorrer ao Juizado Especial Cível para fazer valer seus
direitos. Lembre-se de que, nesse caso, a culpa não é do banco, mas de
quem depositou o cheque.

Cartão magnético (cartão de saque/débito)


Na substituição do cartão magnético só haverá cobrança de tarifa se esta for
pedida pelo consumidor por motivo de perda, roubo, danificação ou outro
motivo independente da vontade do fornecedor (de acordo com a Resolução
3.919/10, do CMN/BC).
47
ORGÃOS DE DEFESA DO CONSUMIDOR
NO RIO GRANDE DO NORTE

Em Natal SPC: Serviço de Proteção ao Crédito


PROCON Estadual Palácio de Cidadania Rua Ceará Mirim, 322. Tirol
Av. Tavares de Lira, 109, Ribeira, 59.012-050 Atendimento das 7:00 às 18:00h.
Telefone: (84) 3232-6773/6775/4224 Telefone: (84) 4006- 0707
[email protected]
SERASA: Centralização dos Serviços Bancários S/A
PROCON do Legislativo Av Prudente Morais, 507. SL 1301
Rua Jundiaí, 481, Tirol, das 8h às 12h. TEL: (84) 4005-7300
Telefone: (84) 3232-2675 e 3232-2706
Agências e Órgãos Reguladores
PROCON Municipal de Natal Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel
Rua Seridó, 355, Petrópolis (www.anatel.gov.br)
Telefones: (84)3232-9050,3232-9051,3232-2451 Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel
PROCON [email protected] (www.aneel.gov.br)
Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS (pla-
DECON - Delegacia Especializada em Defesa do Con- nos de saúde) (www.ans.gov.br)
sumidor Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qua-
Av. Coronel Estevam S/N, vizinho a 3° DP, Alecrim, lidade Industrial - Inmetro
59030-000 - Telefone: (84) 3232-5607 (www.inmetro.gov.br)
Banco Central do Brasil
BC – Banco Central do Brasil (Superintendência Re- (www.bcb.gov.br)
gional) Agência Nacional de Vigilância Sanitária -
Av. Rio Branco, 510, Cidade Alta, 59025-900 Anvisa (portal.anvisa.gov.br)
Telefone: (84) 3216-4650 Agência Nacional de Aviação Civil - Anac
(www.anac.gov.br)
Em Mossoró Câmara Municipal de Natal
PROCON MUNICIPAL DE MOSSORÓ (www.cmnat.rn.gov.br)
Rua Pedro Álvares Cabral, 01 ( CENTRO ADMINIS-
TRATIVO), Aeroporto, 59.607-140 Orientações
Telefone: (84) 3315-5049 Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor
(www.idec.org.br)
Em Apodi Portal do Consumidor
PROCON-RN CENTRAL DO CIDADÃO - APODI (www.portaldoconsumidor.gov.br)
Rua Marechal Floriano, S/N, Centro, 59.700-000 Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor
Telefone: (84) 3333-2494 [email protected] (www.brasilcon.org.br)
Pro Teste – Associação de Consumidores, sem fins
Juizados especiais lucrativos para a defesa dos direitos do consumidor
Em todas as cidades do interior norte-riograndense (www.proteste.org.br)
existem os Juizados Especiais, antigos Juizados de
Pequenas Causas, onde os cidadãos podem ingressar Fontes dos textos/conteúdo da cartilha:
com demandas no valor de até 40 (quarenta) salários Dicas Econômicas – Dinheiro: Sabendo usar, não vai
mínimos (R$ 28.960,00 pelo salário mínimo atual de faltar! Cartilha do CORECON/CE
R$ 724,00). Nas ações que não ultrapassem 20 salá- Entenda de Economia. Dicas para o Consumo Cons-
rios mínimos não é obrigatória a presença de advo- ciente, Cartilha do CORECON-PR
gado. Independentemente do valor da causa, poderá Sobrou Dinheiro Lições de Economia Doméstica, de
o interessado ingressar direto na Justiça Comum, por Luis Carlos Ewald
meio de advogado. Em nossa Capital, há várias unida- Dinheiro - Os segredos de quem tem, de Gustavo
des dos Juizados Especiais, localizados em diversos Cerbasi
bairros. Para mais informações: (84) 3616-6600 ou Saiba como Evitar a Inadimplência e Garantir seu Fu-
através do site: www.tjrn.jus.br turo, Cartilha do Serasa
www.economiadomestica.com.br
Instituições que podem ajudar a renego- www.tveducacaofinanceira.com.br
ciar dívidas www.maisdinheiro.com.br
www.expomoney.com.br
Em Natal: www.bovespa.com.br
Defensoria Pública do Estado RN www.comdinheiro.com.br
Av. Tavares de Lira, 102/104, Ribeira, 59.012-200 http://economia.ig.com.br/financas/
Telefone: (84) 3232-7451/6455 www.financaspraticas.com.br
E-mail: [email protected] http://economia.uol.com.br

Você também pode gostar