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INTRA-Instituto Tributário de Ensino A Distância-Material Do Curso (Direito Tributário)

iNT TRIBUTARIO

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Wander Gomes
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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Instituto Tributário de Ensino à Distância

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DIREITO TRIBUTÁRIO SISTEMA TRIBUTÁRIO de tributos, multas e reparações de guerras. O
NACIONAL nosso objeto de estudo, analisa especificamente
as receitas derivadas, ficando a cargo do Direito
Siga as instruções abaixo para navegar no Administrativo as receitas originárias.
ambiente virtual do INTRA e obter êxito no No Estado Liberal, por volta dos séculos XVIII e
curso. XIX, a regra era a não intervenção do Estado na
Após a inscrição, o usuário tem 30 dias para economia, de tal modo que os tributos deveriam
concluir o curso. ser neutros, ou seja, apenas uma forma de
Para fazer a avaliação, digite seu e-mail e senha obtenção de meios materiais para as atividades
na área do usuário (IDENTIFICAÇÃO), clique em típicas do Estado. No final do século XIX o Estado
ENTRAR, depois clique em MINHA CONTA, em passa a intervir n domínio econômico e social,
seguida MINHAS INSCRIÇÕES e, por fim, clique buscando o Bem-Estar Social. A partir desta
no ícone AVALIAÇÃO. intervenção, o Estado tem ao seu dispor a figura
O usuário deverá responder a avaliação, dos TRIBUTOS.
existente na última página deste material, e Diante de tudo que foi explanado acima, passa a
transcrever as respostas para o gabarito existir em nosso Estado o Sistema Tributário
existente no site. Uma vez confirmada às Nacional que é regido pelo disposto na Emenda
respostas, a avaliação não será mais Constitucional n. 18, de 1º de dezembro de
disponibilizada. 1965, em leis complementares, resoluções do
Para emitir o CERTIFICADO, o usuário precisa Senado Federal e, nos limites das respectivas
obter pontuação igual ou superior a 6,00 na competências, em leis federais, estaduais e
avaliação e pagar a taxa de administração no municipais, que estaremos analisando as suas
valor de R$ 30,00. Digite seu e-mail e senha, na características gerais.
área do usuário, clique em ENTRAR, depois
clique em MINHA CONTA, depois em MINHAS 1. TRIBUTOS
INSCRIÇÕES e, por fim, clique no ícone
CERTIFICADO. Após confirmado o pagamento da Tributo é toda prestação pecuniária
taxa administrativa, o arquivo CERTIFICADO compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
será visualizado no formato PDF, para que você possa exprimir, que não constitua sanção de ato
possa salvar ou imprimir. Não enviamos ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
certificado via correio. atividade administrativa plenamente vinculada.
Observação: Os tributos são impostos, taxas e contribuições
Depois de feita a avaliação, o usuário recebe um de melhoria.
e-mail informando o seu percentual de acerto. Inúmeras doutrinas apresentam definições
sobre Tributos, porem faz-se necessário dizer
Boa sorte! que tal definição tem sede legal no artigo 3 do
Código Tributário Nacional, a definição acima foi
A finalidade precípua do Estado é o bem comum extraída de tal artigo. Passamos então a explicar
da comunidade e para atingir a execução desta é termo a termo cada expressão desta definição.
necessário obter recursos financeiros, o que o Prestação pecuniária em moeda ou cujo valor
faz basicamente de duas formas, através das nela se possa exprimir: para cumprir a obrigação
receitas originárias ou das receitas derivadas. de contribuinte, é necessário efetuar o
Receitas Originárias são todas aquelas que se pagamento do tributo em dinheiro.
originam do patrimônio do Estado, através de Compulsório: quando houver a ocorrência do
aluguéis de seus patrimônios e receitas de fato gerador, aquele que o praticou será
empresas públicas e sociedades de economia obrigado, independentemente de sua vontade, a
mista, por exemplo. Receitas Derivadas pagar o tributo.
originam-se do patrimônio do particular, através
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Instituído em lei: a criação ou instituição de um só podendo cobrar os tributos da forma que
tributo depende de ser veiculada por meio de esta o dispuser.
lei, não se admitindo a criação de tributo por
outros meios que não sejam lei. Invoca-se aqui o  A natureza jurídica específica do tributo
Princípio da Legalidade, contemplado pelos é determinada pelo fato gerador da
artigos 5°, II e 150, I da Constituição Federal de respectiva obrigação, e segundo o art. 4°
1988. Não se pode deixar de dizer que no direito do Código Tributário Nacional serão
a toda regra, há exceção, assim existem irrelevantes para qualificá-la:
impostos que para se instituídos nem sempre
obedecem o principio da legalidade, veja: A denominação e demais características formais
adotadas pela lei;
Não se respeita o principio em comento se o A destinação legal do produto da sua
poder executivo desejar alterar as alíquotas dos arrecadação.
seguintes tributos: (artigo 153, parágrafo 1° A natureza jurídica dos tributos é determinada
da CF/88): pelo fato gerador; e a análise do fato gerador
deve ser feito considerando a classificação dos
 Imposto de Importação -II; tributos como vinculado e não vinculados.
 Imposto de Exportação - IE; Assim, Tributos Vinculados são aqueles que têm
 Imposto Sobre Produtos Industrializados fato gerador ligado a alguma atividade estatal
- IPI; específica que beneficia diretamente o
 Imposto Sobre Operações de Crédito, contribuinte. Enquadram-se neste caso as taxas
Câmbio e Seguros, ou Relativas a Títulos e as contribuições de melhoria. E Tributos não
e Valores Mobiliários – IOF vinculados têm como fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal
Não constitui sanção a ato ilícito: o que se aplica específica, relativa ao contribuinte. São os
quando há a ocorrência de ato ilícito é a pena, impostos em geral.
penalidade, a multa. E exatamente neste ponto
que reside à diferença entre tributo e multa. O 2. DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
tributo visa arrecadar e intervir em situações
sociais e econômicas. Tributo NÃO É castigo! A A atribuição constitucional de competência
cobrança do tributo ocorre porque o fato tributária compreende a competência legislativa
definido em lei, como fato gerador, aconteceu. plena, ressalvadas as limitações contidas na
O fato gerador que dá ensejo a cobrança do Constituição Federal, nas Constituições dos
tributo não pode ser um ato/fato de caráter Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal
ilícito. Ou seja, o legislador elegeu uma situação e dos Municípios, e observado o disposto nesta
que uma vez praticada pelo sujeito, no mundo Lei. Ou seja, é a permissão dada pela
concreto, estará sujeito a incidência da norma Constituição Federal aos Entes Federativos
tributária e por essa razão irá nascer à obrigação (Estados, DF e Municípios) para que eles possam
de pagar o tributo. CRIAR, INSTITUIR E MAJORAR TRIBUTOS.
Cobrado mediante atividade administrativa Somente os entes federativos apresentam
plenamente vinculada: é plenamente vinculado competência tributária, pois os tributos só
a cobrança de um tributo porque somente a lei podem ser instituídos por meio de lei.
pode estabelecer a única solução possível diante
de determinada situação, não cabendo a a) Característica da competência tributaria
administração analisar se há conveniência e/ou
oportunidade para cobrar o tributo desejado. É indelegável, ou seja, o ente federativo não
Esta a administração vinculada a “Lei Tributária”, pode transferir a sua competência tributária
para nenhum outro ente, porém pode o ente
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federativo delegar as funções administrativas de pela União quanto pelos Estados, Distrito
arrecadar, fiscalizar tributos, e/ou de executar Federal e Municípios, respeitadas as
leis serviços, atos ou decisões administrativas competências materiais outorgadas pela
em matéria tributária, com respaldo legal no art. Constituição para cada ente político. Vejamos o
7° do Código Tributário. art. 145 da CF/88:
Assim dizemos que, COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA “A União, os Estados, o Distrito Federal e os
(criar, instituir e majorar) é INDELEGÁVEL; mas a Municípios poderão instituir os seguintes
CAPACIDADE TRIBUTÁRIA (arrecadar, fiscalizar tributos:
tributos e executar leis) é DELEGÁVEL.
A atribuição compreende as garantias e os I. Impostos;
privilégios processuais que competem à pessoa II. Taxas, em razão do exercício do poder
jurídica de direito público que a conferir. de polícia ou pela utilização, efetiva ou
A atribuição pode ser revogada, a qualquer potencial, de serviços públicos
tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de específicos e divisíveis, prestados ao
direito público que a tenha conferido. contribuinte ou postos a sua disposição;
Não constitui delegação de competência o contribuição de melhoria, decorrente de
cometimento, a pessoas de direito privado, do obras públicas.”
encargo ou da função de arrecadar tributos.
Outra característica é a FACULTATIVIDADE, que  Competência Privativa (arts. 153, 155
permite aos entes federativos escolher entre e 156 da CF/88) – Ocorre quando a
instituir ou não os tributos e estas características Constituição Federal determina
pode ser notada no artigo 145 da Constituição previamente o rol dos impostos de
quando o legislador utilizou a palavra “poderão” competência de um determinado ente
e não “deverão”. tributante. Refere-se à instituição de
É INCADUCÁVEL o direito do ente federativo em impostos. Cada ente político possui uma
instituir o tributo, podendo ser exercido a competência privativa sobre
qualquer tempo que achar necessário. Como determinado conteúdo econômico
exemplo em nosso ordenamento jurídico temos (propriedade, renda, consumo,
o Imposto sobre Grandes Fortunas – IGF, que patrimônio, etc.).
até o presente momento não foi instituído, mas  Competência especial (arts. 148, 149 e
que pode a qualquer momento, a critério da 149­A da CF/88)– Refere-se à instituição
União ser instituído. das contribuições especiais e do
A INALTERABILIDADE da competência tributária empréstimo compulsório.
assegura que esta não será mudada, alterada  Competência
por lei infraconstitucional. residual (art.154, I, e art.195, §4° da
É IRRENUNCIÁVEL a competência tributária, não CF/88): – é exclusiva da União para a
podendo o ente federativo jamais renunciar sua instituição de novos impostos (art. 154,
competência em favor de outro ente, porém ele I, CF) e novas contribuições sociais (art.
pode apenas deixar de exercê-la. 195, § 4º, CF), desde que essa criação
atenda às seguintes condições:
b) Modalidades da competência tributária instituição por lei complementar; não
cumulatividade, fato gerador e base de
Competência Comum ou Compartilhada cálculo diferente dos impostos já
(Art.145, I e II da CF/88) – Existe, quando dois ou discriminados na Constituição.
mais entes federados tem a competência para  Competência extraordinária
instituir, criar ou majorar determinados tributos. (art. 154, II, e art. 76, CTN) – Na
Diz respeito às taxas e contribuições de iminência ou no caso de guerra, a União
melhoria, as quais podem ser instituídas tanto poderá instituir o Imposto
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Extraordinário de Guerra, sobre princípios e as imunidades. Dentre essas
conteúdos econômicos compreendidos restrições à capacidade tributária estatal
ou não em sua competência tributária, podemos citar alguns princípios que se
os quais serão suprimidos, destacam, tais como: Legalidade (art. 150, I);
gradativamente, cessadas as causas de Isonomia (art. 150, II); Irretroatividade (art. 150,
sua criação. III, “a”); Anterioridade (art. 150, IV); Liberdade
 Competência Cumulativa ou Múltipla de Tráfego (art. 150, V); Imunidades (art. 150,
(art.147, da CF/88) - é o poder da União VI), dentre outras. Importante se faz a leitura
de instituir nos Territórios Federais os dos artigos 150 e 151 da Constituição Federal
impostos estaduais e, ainda, se os para ficar claro o assunto.
Territórios não forem divididos em
Municípios, 4. DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
os impostos municipais. Também, o
Distrito Federal tem o poder de instituir Obrigação Tributária é a relação jurídica por
os impostos municipais, já que não força do qual o Estado pode exigir de um
pode ser dividido em municípios (art.32, particular uma prestação positiva ou negativa
caput, CF). Esta competência é assim nas condições definidas pela lei tributária.
denominada, eis que determinado ente
político Então:
(territórios) institui certo imposto que, a Lei + Fato Gerador = Obrigação Tributária
princípio, é de competência alheia.
Segundo os art. 113 do CTN a obrigação
3. LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO tributária pode ser principal ou acessória.
PODER DE TRIBUTAR A obrigação principal surge com a ocorrência do
fato gerador, tem por objeto o pagamento de
A União, os Estados, o Distrito Federal e os tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se
Municípios, são pessoas jurídicas de direito juntamente com o crédito dela decorrente.
público que possuem competência tributária A obrigação acessória decorre da legislação
dada a estes entes pela Constituição Federal, tributária e tem por objeto as prestações,
porém ao mesmo tempo em que outorga a cada positivas ou negativas, nela previstas no
uma dessas entidades a competência para interesse da arrecadação ou da fiscalização dos
criarem impostos, limita-lhes o poder de tributos.
tributar, através de seus artigos 150 a 152. Não Obs.: A obrigação acessória, pelo simples fato da
sendo o poder de tributar destes entes absoluto. sua inobservância, converte-se em obrigação
Estes limites impostos pela Constituição ao principal relativamente à penalidade pecuniária.
poder de exação do Estado tem a função de
diminuir o ônus da imposição tributária, com a 5. DO FATO GERADOR
finalidade de evitar que o Estado levado pela
visão de poder ganhar, facilmente, aquilo que os O fato gerador da obrigação principal é a
contribuintes conseguem com dificuldade, se situação definida em lei como necessária e
exceda no exercício desse poder. suficiente à sua ocorrência.
Os limites ao exercício da competência tributária O fato gerador da obrigação acessória é
podem ser de dois tipos: os limites genéricos e qualquer situação que, na forma da legislação
os limites específicos. Os limites genéricos são aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato
os limites trazidos pela Constituição Federal e que não configure obrigação principal.
pelos Atos de Disposição Transitória – ADCT. Os Obs.: A autoridade administrativa poderá
limites específicos são aqueles encontrados nos desconsiderar atos ou negócios jurídicos
artigos 145, §1°, 150, 151 e 153 da CF/88, são os praticados com a finalidade de dissimular a
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ocorrência do fato gerador do tributo ou a II. Responsável, quando, sem revestir a
natureza dos elementos constitutivos da condição de contribuinte, sua obrigação
obrigação tributária, observados os decorra de disposição expressa de lei.
procedimentos a serem estabelecidos em lei Sujeito passivo da obrigação acessória é
ordinária. a pessoa obrigada às prestações que
constituam o seu objeto.
6. CAPACIDADE TRIBUTÁRIA Salvo disposições em contrário, as convenções
particulares, relativas à responsabilidade pelo
Capacidade tributária é a aptidão para figurar no pagamento de tributos, não podem ser opostas
pólo ativo (direito de cobrar) ou passivo (dever à Fazenda Pública, para modificar a definição
de pagar) de obrigações tributárias. Difere-se da legal do sujeito passivo das obrigações
competência tributária, que nada mais é do que tributárias correspondentes.
a aptidão para criar tributos em abstrato.
A capacidade tributária passiva independe: 8. DA SOLIDARIEDADE

I. Da capacidade civil das pessoas naturais; São solidariamente obrigadas:


II. De achar-se a pessoa natural sujeita a
medidas que importem privação ou I. As pessoas que tenham interesse
limitação do exercício de atividades comum na situação que constitua o fato
civis, comerciais ou profissionais, ou da gerador da obrigação principal;
administração direta de seus bens ou II. As pessoas expressamente designadas
negócios; por lei.
III. De estar à pessoa jurídica regularmente III. Parágrafo único. A solidariedade referida
constituída, bastando que configure neste artigo não comporta benefício de
uma unidade econômica ou profissional. ordem.

7. DOS SUJEITOS DA RELAÇÃO Salvo disposição de lei em contrário, são os


TRIBUTÁRIA seguintes os efeitos da solidariedade:

Os sujeitos da relação tributária podem ser I. O pagamento efetuado por um dos


sujeitos ativo ou passivo. Será Sujeito ativo da obrigados aproveita aos demais;
obrigação a pessoa jurídica de direito público (O II. A isenção ou remissão de crédito
Estado), titular da competência para exigir o seu exonera todos os obrigados, salvo se
cumprimento. Salvo disposição em contrário, a outorgada pessoalmente a um deles,
pessoa jurídica de direito público, que se subsistindo, nesse caso, a solidariedade
constituir pelo desmembramento territorial de quanto aos demais pelo saldo;
outra, subroga-se nos direitos desta, cuja III. A interrupção da prescrição, em favor ou
legislação tributária aplicará até que entre em contra um dos obrigados, favorece ou
vigor a sua própria. prejudica aos demais.

Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa 9. DO DOMICILIO TRIBUTÁRIO


obrigada ao pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou
O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: responsável, de domicílio tributário, na forma da
legislação aplicável, considera-se como tal:
I. Contribuinte, quando tenha relação I. Quanto às pessoas naturais, a sua
pessoal e direta com a situação que residência habitual, ou, sendo esta
constitua o respectivo fato gerador;
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incerta ou desconhecida, o centro Obs.: No caso de arrematação em hasta pública,
habitual de sua atividade; a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.
II. Quanto às pessoas jurídicas de direito
privado ou às firmas individuais, o lugar São pessoalmente responsáveis:
da sua sede, ou, em relação aos atos ou
fatos que derem origem à obrigação, o I. O adquirente ou remitente, pelos
de cada estabelecimento; tributos relativos aos bens adquiridos ou
III. Quanto às pessoas jurídicas de direito remidos;
público, qualquer de suas repartições no II. O sucessor a qualquer título e o cônjuge
território da entidade tributante. meeiro, pelos tributos devidos pelo de
cujus até a data da partilha ou
Quando não couber a aplicação das regras adjudicação, limitada esta
fixadas no CTN, considerar-se-á como domicílio responsabilidade ao montante do
tributário do contribuinte ou responsável o lugar quinhão do legado ou da meação;
da situação dos bens ou da ocorrência dos atos III. O espólio, pelos tributos devidos pelo de
ou fatos que deram origem à obrigação. cujus até a data da abertura da
A autoridade administrativa pode recusar o sucessão.
domicílio eleito, quando impossibilite ou
dificulte a arrecadação ou a fiscalização do A pessoa jurídica de direito privado que resultar
tributo, aplicando-se então a regra anterior. de fusão, transformação ou incorporação de
outra ou em outra é responsável pelos tributos
10. DA RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas
de direito privado fusionadas, transformadas ou
A lei pode atribuir de modo expresso a incorporadas.
responsabilidade pelo crédito tributário a
terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da  Responsabilidade de Terceiros
respectiva obrigação, excluindo a
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo- Nos casos de impossibilidade de exigência do
a a este em caráter supletivo do cumprimento cumprimento da obrigação principal pelo
total ou parcial da referida obrigação. contribuinte, respondem solidariamente com
este nos atos em que intervierem ou pelas
 Responsabilidade dos Sucessores omissões de que forem responsáveis:
I. Os pais, pelos tributos devidos por seus
Aplica-se, também, por igual aos créditos filhos menores;
tributários definitivamente constituídos ou em II. Os tutores e curadores, pelos tributos
curso de constituição à data dos atos nela devidos por seus tutelados ou
referidos, e aos constituídos posteriormente aos curatelados;
mesmos atos, desde que relativos a obrigações III. Os administradores de bens de terceiros,
tributárias surgidas até a referida data. pelos tributos devidos por estes;
Os créditos tributários relativos a impostos cujo IV. O inventariante, pelos tributos devidos
fato gerador seja a propriedade, o domínio útil pelo espólio;
ou a posse de bens imóveis, e bem assim os V. O síndico e o comissário, pelos tributos
relativos a taxas pela prestação de serviços devidos pela massa falida ou pelo
referentes a tais bens, ou a contribuições de concordatário;
melhoria, subrogam-se na pessoa dos VI. Os tabeliães, escrivães e demais
respectivos adquirentes, salvo quando conste do serventuários de ofício, pelos tributos
título a prova de sua quitação. devidos sobre os atos praticados por

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eles, ou perante eles, em razão do seu b) Dos mandatários, prepostos ou
ofício; empregados, contra seus mandantes,
VII. Os sócios, no caso de liquidação de preponentes ou empregadores;
sociedade de pessoas. c) Dos diretores, gerentes ou
VIII. Parágrafo único. O disposto neste artigo representantes de pessoas jurídicas de
só se aplica, em matéria de penalidades, direito privado, contra estas.
às de caráter moratório.
A responsabilidade é excluída pela denúncia
São pessoalmente responsáveis pelos créditos espontânea da infração, acompanhada, se for o
correspondentes a obrigações tributárias caso, do pagamento do tributo devido e dos
resultantes de atos praticados com excesso de juros de mora, ou do depósito da importância
poderes ou infração de lei, contrato social ou arbitrada pela autoridade administrativa,
estatutos: quando o montante do tributo dependa de
apuração.
I. As pessoas referidas no artigo anterior; Não se considera espontânea a denúncia
II. Os mandatários, prepostos e apresentada após o início de qualquer
empregados; procedimento administrativo ou medida de
III. Os diretores, gerentes ou fiscalização, relacionados com a infração.
representantes de pessoas jurídicas de
direito privado. 11. CRÉDITO TRIBUTÁRIO

 Responsabilidade por Infrações O crédito tributário decorre da obrigação


principal e tem a mesma natureza desta. As
Salvo disposição de lei em contrário, a circunstâncias que modificam o crédito
responsabilidade por infrações da legislação tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as
tributária independe da intenção do agente ou garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou
do responsável e da efetividade, natureza e que excluem sua exigibilidade não afetam a
extensão dos efeitos do ato. obrigação tributária que lhe deu origem.
O crédito tributário regularmente constituído
 A responsabilidade é pessoal ao agente somente se modifica ou extingue, ou tem sua
exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos
I. Quanto às infrações conceituadas por lei previstos no CTN, fora dos quais não podem ser
como crimes ou contravenções, salvo dispensadas, sob pena de responsabilidade
quando praticadas no exercício regular funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as
de administração, mandato, função, respectivas garantias.
cargo ou emprego, ou no cumprimento
de ordem expressa emitida por quem de 12. CONSTITUIÇÃO DE CRÉDITO
direito; TRIBUTÁRIO LANÇAMENTO
II. Quanto às infrações em cuja definição o
dolo específico do agente seja Compete privativamente à autoridade
elementar; administrativa constituir o crédito tributário
III. Quanto às infrações que decorram pelo lançamento, assim entendido o
direta e exclusivamente de dolo procedimento administrativo tendente a
específico verificar a ocorrência do fato gerador da
obrigação correspondente, determinar a
a) Das pessoas referidas no artigo 134, do matéria tributável, calcular o montante do
CTN, contra aquelas por quem tributo devido, identificar o sujeito passivo e,
respondem;
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sendo caso, propor a aplicação da penalidade V. Quando se comprove omissão ou
cabível. inexatidão, por parte da pessoa
A atividade administrativa de lançamento é legalmente obrigada, no exercício da
vinculada e obrigatória, sob pena de atividade a que se refere o artigo
responsabilidade funcional. seguinte;
VI. Quando se comprove ação ou omissão
O lançamento reporta-se à data da ocorrência do sujeito passivo, ou de terceiro
do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei legalmente obrigado, que dê lugar à
então vigente, ainda que posteriormente aplicação de penalidade pecuniária;
modificada ou revogada. VII. Quando se comprove que o sujeito
O lançamento regularmente notificado ao passivo, ou terceiro em benefício
sujeito passivo só pode ser alterado em virtude daquele, agiu com dolo, fraude ou
de: simulação;
I. Impugnação do sujeito passivo; VIII. Quando deva ser apreciado fato não
II. Recurso de ofício; conhecido ou não provado por ocasião
III. Iniciativa de ofício da autoridade do lançamento anterior;
administrativa, nos casos previstos no IX. Quando se comprove que, no
artigo 149, do CTN. lançamento anterior, ocorreu fraude ou
falta funcional da autoridade que o
13. MODALIDADES DE LANÇAMENTO efetuou, ou omissão, pela mesma
autoridade, de ato ou formalidade
O lançamento é efetuado com base na especial. A revisão do lançamento só
declaração do sujeito passivo ou de terceiro, pode ser iniciada enquanto não extinto
quando um ou outro, na forma da legislação o direito da Fazenda Pública.
tributária, presta à autoridade administrativa
informações sobre matéria de fato, No lançamento de ofício, não há qualquer
indispensáveis à sua efetivação. participação do sujeito passivo. É a autorizada
O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela administrativa que, sozinha, verifica a ocorrência
autoridade administrativa nos seguintes casos: do fato gerador da obrigação tributária,
identifica o sujeito passivo, calcula o montante
I. quando a lei assim o determine; devido e propõe a aplicação da penalidade
II. Quando a declaração não seja prestada, cabível, se for o caso. Ex.: IPTU
por quem de direito, no prazo e na
forma da legislação tributária; O lançamento por declaração á aquele efetuado
III. Quando a pessoa legalmente obrigada, pelo Fisco com base nas informações prestadas
embora tenha prestado declaração nos pelo contribuinte. Ex.: II, IE e o ITR.
termos do inciso anterior, deixe de
atender, no prazo e na forma da O lançamento por homologação, que ocorre
legislação tributária, a pedido de quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
esclarecimento formulado pela sujeito passivo o dever de antecipar o
autoridade administrativa, recuse-se a pagamento sem prévio exame da autoridade
prestá-lo ou não o preste administrativa, opera-se pelo ato em que a
satisfatoriamente, a juízo daquela referida autoridade, tomando conhecimento da
autoridade; atividade assim exercida pelo obrigado,
IV. Quando se comprove falsidade, erro ou expressamente a homologa (ratifica, confirma
omissão quanto a qualquer elemento ou referenda). Pelo CTN, é sempre a autoridade
definido na legislação tributária como administrativa que efetua o lançamento.
sendo de declaração obrigatória;
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14. SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO correspondente, neste caso e dentro do prazo
não alcançado pela prescrição a Fazenda
Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: Pública, mediante novo lançamento, deverá
constituir novo crédito.
I. Moratória;
II. O depósito do seu montante integral; Assim, extingue-se o crédito tributário:
III. As reclamações e os recursos, nos
termos das leis reguladoras do processo I. O pagamento;
tributário administrativo; II. A compensação;
IV. A concessão de medida liminar em III. A transação;
mandado de segurança. IV. Remissão;
V. A concessão de medida liminar ou de V. A prescrição e a decadência;
tutela antecipada, em outras espécies VI. A conversão de depósito em renda
de ação judicial; VII. o pagamento antecipado e a
VI. O parcelamento. homologação do lançamento nos
termos do disposto no artigo 150 e seus
Algumas ressalvas devem ser feitas a respeito da §§ 1º e 4º; VIII - a consignação em
figura da suspensão. Faz-se necessário dizer que pagamento, nos termos do disposto no
o que se suspende não é o Crédito Tributário, § 2º do artigo 164;
mas sim a sua exigibilidade e recai apenas sobre VIII. A decisão administrativa irreformável,
a obrigação principal, tem natureza temporária assim entendida a definitiva na órbita
e pode ocorrer antes ou depois de constituído o administrativa, que não mais possa ser
Crédito Tributário. objeto de ação anulatória;
Moratória, significa prorrogar o prazo para IX. A decisão judicial passada em julgado.
pagamento do Crédito Tributário. X. A dação em pagamento em bens
O depósito do seu montante integral não é imóveis, na forma e condições
pagamento e sim uma garantia. Poderá se estabelecidas em lei.
converter naquele. Pode ser feito no curso do
procedimento administrativo, ou no processo O pagamento é a forma ordinária e usual de
judicial. extinção do crédito tributário.
Segundo o art. 368 do CC, Se duas pessoas
 Extinção do Crédito Tributário forem ao mesmo tempo credor e devedor uma
Modalidades de Extinção da outra, as duas obrigações extinguem-se, até
onde se compensarem. É como um encontro de
A extinção do crédito tributário é matéria contas.
compreendida na reserva legal. A extinção do
crédito tributário significa o seu A Transação significa um acordo, concessões
desaparecimento do mundo jurídico, ou seja, é a mútuas.
liquidação total no mundo fático e jurídico. A remissão significa perdoar débitos.
Extinto o crédito, dele não mais se cogita, a não A prescrição e a decadência existem para que
ser para o fim de efetuar a restituição do que nenhum direito perdure eternamente.
tenha sido pago indevidamente. Os direitos O prazo decadencial no direito tributário é de
obrigacionais se extinguem pela entrega do cinco (cinco) anos.
Crédito Tributário, ou seja, o pagamento do A ação para cobrança do credito tributário
tributo ou da penalidade pecuniária. É válido prescreve em cinco anos contados da data de
dizer que pode ocorrer, em certos casos, a sua constituição definitiva.
extinção do crédito tributário sem que se
verifique a extinção da obrigação tributaria
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15. EXCLUSÃO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO  Anistia

Excluem o crédito tributário:  Diz respeito a infrações


 Dispensa o pagamento de penalidades
I. A isenção; decorrentes de infrações já cometidas
II. A anistia.  Sua Lei concessiva é posterior à
A exclusão do crédito tributário não dispensa o ocorrência das infrações
cumprimento das obrigações acessórias
dependentes da obrigação principal cujo crédito A palavra anistia, em grego, quer dizer amnestia,
seja excluído, ou dela conseqüente. que significa esquecimento, ou seja, o perdão da
infração cometida pelo particular.
 Isenção A anistia pode ser concedida:

 Visa Tributos I. Em caráter geral;


 Dispensa o pagamento de tributos cujas II. Limitadamente.
obrigações vão nascer
 Sua Lei concessiva é anterior à Ela não se aplica a atos praticados com dolo,
ocorrência do fato gerador fraude ou simulação, crimes e contravenções
penais ou conluio, salvo disposição de lei em
A isenção, ainda quando prevista em contrato, é contrário.
sempre decorrente de lei que especifique as A anistia, quando não concedida em caráter
condições e requisitos exigidos para a sua geral, é efetivada, em cada caso, por despacho
concessão, os tributos a que se aplica e, sendo da autoridade administrativa, em requerimento
caso, o prazo de sua duração. com a qual o interessado faça prova do
A isenção pode ser restrita a determinada região preenchimento das condições e do
do território da entidade tributante, em função cumprimento dos requisitos previstos em lei
de condições a ela peculiares. para sua concessão.
Salvo disposição de lei em contrário, a isenção O despacho, aqui citado, não gera direito
não é extensiva: adquirido, aplicando-se, quando cabível, o
disposto no artigo 155, do CTN.
I. Às taxas e às contribuições de melhoria;
II. Aos tributos instituídos posteriormente 16. GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO
à sua concessão. TRIBUTÁRIO

A isenção, salvo se concedida por prazo certo e Respondem pelo crédito tributário todos os
em função de determinadas condições, pode ser bens e rendas do sujeito passivo, excetuados
revogada ou modificada por lei, a qualquer unicamente os bens e rendas que a lei declarar
tempo, observado o disposto no inciso III do art. como absolutamente impenhoráveis.
104, do CTN. O CPC, no seu art. 649, descreve os bens
A isenção, quando não concedida em caráter absolutamente impenhoráveis.
geral, é efetivada, em cada caso, por despacho Em virtude do Princípio da Supremacia em que o
da autoridade administrativa, em requerimento interesse público sobrepõe-se ao particular, a
com o qual o interessado faça prova do ordem de preferência do crédito tributário
preenchimento das condições e do apresenta-se na forma abaixo:
cumprimento dos requisitos previstos em lei ou
contrato para concessão.  Créditos Trabalhistas
 Créditos Tributários

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 Encargos da Massa (Custas Judiciais) O concurso de preferência somente se verifica
Dívidas da Massa, realizadas pelo entre pessoas jurídicas de direito público, na
síndico. seguinte ordem:
 Créditos com direito real de garantia I. União;
(penhor hipoteca) II. Estados, Distrito Federal e
 Créditos com privilégio especial III. Territórios, conjuntamente e pró rata;
(aluguéis) IV. Municípios, conjuntamente e pró rata.
 Créditos com privilégio geral
(debêntures) 17. ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
 Outros créditos FISCALIZAÇÃO

Presume-se fraudulenta a alienação ou A legislação tributária, observado o disposto no


oneração de bens ou rendas, ou seu começo, CTN, regulará, em caráter geral, ou
por sujeito passivo em débito para com a especificamente em função da natureza do
Fazenda Pública, por crédito tributário tributo de que se tratar, a competência e os
regularmente inscrito como dívida ativa. poderes das autoridades administrativas em
O que falamos acima não se aplica na hipótese matéria de fiscalização da sua aplicação.
de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou A legislação a que se refere este artigo aplica-se
rendas suficientes ao total pagamento da dívida às pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes
inscrita. ou não, inclusive às que gozem de imunidade
Na hipótese de o devedor tributário, tributária ou de isenção de caráter pessoal.
devidamente citado, não pagar nem apresentar Mediante intimação escrita, são obrigados a
bens à penhora no prazo legal e não forem prestar à autoridade administrativa todas as
encontrados bens penhoráveis, o juiz informações de que disponham com relação aos
determinará a indisponibilidade de seus bens e bens, negócios ou atividades de terceiros:
direitos, comunicando a decisão,
preferencialmente por meio eletrônico, aos I. Os tabeliães, escrivães e demais
órgãos e entidades que promovem registros de serventuários de ofício;
transferência de bens, especialmente ao registro II. Os bancos, casas bancárias, Caixas
público de imóveis e às autoridades supervisoras Econômicas e demais instituições
do mercado bancário e do mercado de capitais, financeiras;
a fim de que, no âmbito de suas atribuições, III. As empresas de administração de bens;
façam cumprir a ordem judicial. IV. Os corretores, leiloeiros e despachantes
oficiais;
 Preferências V. Os inventariantes;
VI. Os síndicos, comissários e liquidatários;
Já falamos anterior que o crédito tributário VII. Quaisquer outras entidades ou pessoas
prefere a qualquer outro, seja qual for sua que a lei designe, em razão de seu
natureza ou o tempo de sua constituição, cargo, ofício, função, ministério,
ressalvados os créditos decorrentes da atividade ou profissão. Sem prejuízo do
legislação do trabalho ou do acidente de disposto na legislação criminal, é vedada
trabalho. a divulgação, por parte da Fazenda
A cobrança judicial do crédito tributário não é Pública ou de seus servidores, de
sujeita a concurso de credores ou habilitação em informação obtida em razão do ofício
falência, recuperação judicial, concordata, sobre a situação econômica ou
inventário ou arrolamento. financeira do sujeito passivo ou de
terceiros e sobre a natureza e o estado
de seus negócios ou atividades.
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Excetuam-se, neste caso, além dos casos tributária, ainda que não se configure fato
previstos no art. 199, do CTN, os seguintes: definido em lei como crime ou contravenção.

I. Requisição de autoridade judiciária no 18. DÍVIDA ATIVA


interesse da justiça;
II. Solicitações de autoridade Constitui dívida ativa tributária a proveniente de
administrativa no interesse da crédito dessa natureza, regularmente inscrita na
Administração Pública, desde que seja repartição administrativa competente, depois de
comprovada a instauração regular de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela
processo administrativo, no órgão ou na lei ou por decisão final proferida em processo
entidade respectiva, com o objetivo de regular. A dívida regularmente inscrita goza da
investigar o sujeito passivo a que se presunção de certeza e liquidez e tem o efeito
refere à informação, por prática de de prova pré-constituída.
infração administrativa.
19. CERTIDÕES NEGATIVAS
O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito
da Administração Pública, será realizado A lei poderá exigir que a prova da quitação de
mediante processo regularmente instaurado, e a determinado tributo, quando exigível, seja feita
entrega será feita pessoalmente à autoridade por certidão negativa, expedida à vista de
solicitante, mediante recibo, que formalize a requerimento do interessado, que contenha
transferência e assegure a preservação do sigilo. todas as informações necessárias à identificação
Não é vedada a divulgação de informações de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de
relativas a: negócio ou atividade e indique o período a que
se refere o pedido. O disposto neste capítulo
I. Representações fiscais para fins penais; não exclui a responsabilidade criminal e
II. Inscrições na Dívida Ativa da Fazenda funcional que no caso couber.
Pública;
III. Parcelamento ou moratória. A Fazenda 20. DOS TRIBUTOS EM ESPÉCIE
Pública da União e as dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios O art. 5° do Código Tributário Nacional e o art.
prestar-se-ão mutuamente assistência 145 da CF prevêem três espécies tributárias:
para a fiscalização dos tributos
respectivos e permuta de informações, 1- Impostos
na forma estabelecida, em caráter geral 2- Taxas
ou específico, por lei ou convênio. 3- Contribuição de Melhoria

A Fazenda Pública da União, na forma Entretanto, o art. 148 da CF/88 faz menção a
estabelecida em tratados, acordos ou convênios, mais duas espécies tributárias, o Empréstimo
poderá permutar informações com Estados Compulsório e o artigo 149 da CF/88 referem-se
estrangeiros no interesse da arrecadação e da às contribuições.
fiscalização de tributos. Assim, podemos dizer que perante o nosso
As autoridades administrativas federais poderão sistema tributário são tributos:
requisitar o auxílio da força pública federal,
estadual ou municipal, e reciprocamente,  Impostos;
quando vítimas de embaraço ou desacato no  Taxas;
exercício de suas funções, ou quando necessário  Contribuições de Melhoria;
à efetivação dê medida prevista na legislação  Contribuições Sociais;
 Empréstimos Compulsórios
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 Impostos É instituído em decorrência de obras públicas
realizada, tendo como base de cálculo a
Imposto é um tributo de caráter genérico que valorização do imóvel, tendo como limite total a
independe de atuação específica do Estado em despesa realizada e como limite individual o
relação ao contribuinte. Nesse sentido dispões o acréscimo de valor que da obra resultar para
art. 16 do CTN: “Art. 16. Imposto é o tributo cuja cada imóvel beneficiado, segundo os termos do
obrigação tem por fato gerador uma situação art. 81 do CTN.
independente de qualquer atividade estatal
específica, relativa ao contribuinte.”  Contribuições Sociais

 Taxas São classificadas como tributos especiais ou para


fiscais, destinam-se a coleta de recursos para
Este é um tributo relacionado a algum serviço certas e determinadas áreas de interesse do
público posto a disposição de uma dada poder público, seja na Administração Direta ou
comunidade, independente de se ter sido usado Indireta, ou ainda na atividade de entes que
ou não aquele serviço. A taxa também pode colaboram com a Administração. Temos como
estar relacionada com o poder de policia, que exemplo deste tributo as contribuições para a
abrange licenciamentos e fiscalizações em geral. seguridade social, as contribuições para órgãos
O art. 77 do CTN dispõe o seguinte: profissionais, tais como OAB, CREMEC e etc.,
dentre tantas outras.
“As taxas cobradas pela União, pelos Estados,
pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no  Empréstimo Compulsório
âmbito de suas respectivas atribuições, têm
como fato gerador o exercício regular do poder É um tributo restituível que poderá ser criado
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, para custear despesas extraordinárias
de serviço público específico e divisível, decorrentes de calamidade pública ou guerra
prestado ao contribuinte ou posto à sua externa iminente ou declarada, ou ainda para
disposição. financiar investimento de caráter urgente e de
relevante interesse nacional, tendo sua previsão
Parágrafo único. “A taxa não pode ter base de legal no artigo 15, II do CTN, veja:
cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em “Somente a União, nos seguintes casos
função do capital das empresas”. excepcionais, pode instituir empréstimos
compulsórios:
 Distinção entre Taxa e Tarifa
I. Guerra externa, ou sua iminência;
A Taxa é compulsória, remunera serviços II. Calamidade pública que exija auxílio
públicos fundamentais, prestados diretamente federal impossível de atender com os
pelo Estado. recursos orçamentários disponíveis;
Tarifa (ou preço público) é facultativa, remunera III. Conjuntura que exija a absorção
serviços prestados indiretamente pelo Estado, temporária de poder aquisitivo.
como por exemplo, os cartórios. Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o
prazo do empréstimo e as condições de seu
 Contribuição de Melhoria resgate, observando, no que for aplicável, o
disposto nesta Lei. ”
Este tributo pode ser cobrado tanto pela União,
Estados, DF e Municípios, no âmbito de suas
respectivas atribuições. É um tributo vinculado.
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21. DOS IMPOSTOS DOS ENTES condições de livre concorrência, para
TRIBUTANTES entrega no porto ou lugar de entrada do
produto no País;
 Impostos da União III. quando se trate de produto apreendido
ou abandonado, levado a leilão, o preço
Os impostos deste ente federativo estão da arrematação.”
expressos no art. 153 da CF/88 e são:
Imposto de importação de produtos Tem como contribuintes:
estrangeiros; O importador, assim considerado qualquer
Imposto de exportação de produtos nacionais pessoa que promova a entrada de mercadoria
ou nacionalizado; estrangeira no território aduaneiro;
Imposto de renda e proventos de qualquer O destinatário de remessa postal internacional
natureza; indicado pelos respectivo remetente;
Imposto sobre produtos industrializados; E o adquirente de mercadoria entrepostada.
Imposto sobre operações de crédito, câmbio e Em regra, o II será lançado por homologação,
seguro ou relativas a títulos ou valores pois são de competência do importador o
mobiliários; calculo do montante do imposto devido e seu
Imposto sobre propriedade territorial rural; recolhimento antecipado. A única exceção é
Imposto sobre grandes fortunas. quando for incidente sobre bagagem, que será
Imposto de importação de produtos lançado por declaração.
estrangeiros – II Poderá na importação haver cumulação de
Este tributo tem caráter extrafiscal, uma vez que impostos, já que se pode incidir o II, IPI, e ICMS.
seu objetivo não é arrecadar recursos para os
cofres públicos, mas sim, ser um modo de  Imposto de exportação de produtos
controlar as importações. nacionais ou nacionalizado – IE
Este tributo obedece ao principio da legalidade,
porém admite-se exceção no caso de alteração Tem função predominante de tributo extrafiscal,
da alíquota pelo executivo, através de Decreto já que é um instrumento regulador do comercio
ou Portaria Ministerial. Não se sujeita ao exterior. Assim como o II, o IE sujeita-se ao
principio da anterioridade, nem o da noventena. principio da legalidade, com a mesma exceção
Seu Fato Gerador, que está definido no art. 19 que se dá ao II e não se aplica neste imposto os
do CTN é à entrada de produtos estrangeiros em princípios da anterioridade, nem da noventena.
território nacional. Atente-se que o ato/fato que O Fato Gerador deste imposto é à saída de
esta sendo regulamentado não é o simples produtos nacionais ou nacionalizados do nosso
comprar de produtos estrangeiros, mas sim, território nacional ou a data do registro da
fazê-la entrar em território nacional. A sua base exportação no Sistema Integrado de Comercio
de cálculo será tudo aquilo que estiver Exterior – SISCOMEX.
disciplinado no art. 20 do CTN, que diz: Tem por base de calculo:

“A base de cálculo do imposto é: I. Quando a alíquota seja especifica, a


unidade de medida adotada pela lei
I. quando a alíquota seja específica, a tributária;
unidade de medida adotada pela lei II. Quando a alíquota seja ad valorem, o
tributária; preço normal que o produto, ou seu
II. quando a alíquota seja ad valorem, o similar, alcançaria, ao tempo da
preço normal que o produto, ou seu exportação, em uma venda em
similar, alcançaria, ao tempo da condições de livre concorrência.
importação, em uma venda em
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Cabe aqui abrir um parênteses e explicar melhor Não se sujeita ao principio da noventena nem da
o que seria alíquota especifica ou ad valorem. A anterioridade, mas obedece ao principio da
primeira é alíquota com valor fixo, legalidade, com exceção no caso de se poder
predeterminado. Já alíquota ad valorem é a alterar a alíquota através de um decreto pelo
alíquota calculada proporcional ao valor do bem. poder executivo.
Será contribuinte deste imposto, qualquer Tem como fato gerador:
pessoa que promova a saída de mercadorias do
território aduaneiro. I. O seu desembaraço aduaneiro, quando
Seu lançamento ocorrerá por homologação. de procedência estrangeira;
Sobre a cumulação de impostos, não incide IPI II. A sua saída dos estabelecimentos a que
sobre os produtos industrializados destinados ao se refere o parágrafo único do artigo 51
exterior nem ICMS. do CTN;
III. A sua arrematação, quando apreendido
 Imposto de renda e proventos de ou abandonado e levado a leilão.
qualquer natureza- IR
Sua base de calculo será:
Este imposto tem função predominantemente
fiscal. I. No caso do inciso I do artigo 46 do CTN o
Está sujeito aos princípios da legalidade e da preço normal, como definido no
anterioridade, porém não se sujeita ao principio inciso II do artigo 20, acrescido do
da noventena. montante:
Tem como fato gerador a aquisição da
disponibilidade econômica ou jurídica: a) Do imposto sobre a importação;
b) Das taxas exigidas para entrada do
I. De renda, assim entendendo o produto produto no País;
do capital, do trabalho ou da c) Dos encargos cambiais efetivamente
combinação de ambos; pagos pelo importador ou dele exigíveis;
II. De proventos de qualquer natureza,
assim entendidos os acréscimos II. No caso do inciso II do artigo 46 do CTN:
patrimoniais não compreendidos no
inciso anterior. a) O valor da operação de que decorrer a
saída da mercadoria;
Sua base de cálculo será o montante real, b) Na falta do valor a que se refere à alínea
arbitrado ou presumido, da renda ou dos anterior, o preço corrente da
proventos tributáveis. mercadoria, ou sua similar, no mercado
O contribuinte será aquele que auferir renda atacadista da praça do remetente;
e/ou proventos de qualquer natureza, conforme
art.45 e 43 do CTN. III. No caso do inciso III 46 do CTN, o preço
O Lançamento deste imposto ocorre por da arrematação.
homologação.
O contribuinte será:
 Imposto sobre produtos
industrializados – IPI I. O importador ou quem a lei a ele
equiparar;
Tem função predominantemente extrafiscal, II. O industrial ou quem a lei a ele
apesar de existir divergências entre as doutrinas, equiparar;
adota-se majoritariamente esta posição. III. O comerciante de produtos sujeitos ao
imposto, que os forneça aos
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contribuintes definidos no inciso transmissão, pagamento ou resgate
anterior; destes, na forma da lei aplicável.
IV. O arrematante de produtos apreendidos
ou abandonados, levados a leilão. Sua base de calculo será:

Seu lançamento ocorre por homologação. I. Quanto às operações de crédito, o


Este imposto tem como diferencial dos demais montante da obrigação,
impostos a sua seletividade e a não compreendendo o principal e os juros;
cumulatividade, ambas de observância II. Quanto às operações de câmbio, o
obrigatória. Assim no que concerne a cumulação respectivo montante em moeda
de impostos não se pode incidir IPI nos produtos nacional, recebido, entregue ou posto à
destinados ao exterior, mas pode ser cobrado disposição;
em conjunto com o ICMS e com II. III. Quanto às operações de seguro, o
montante do prêmio;
 Imposto sobre operações de crédito, IV. Quanto às operações relativas a títulos e
câmbio e seguro ou relativas a títulos valores mobiliários:
ou valores mobiliários – IOF
a. Na emissão, o valor nominal
Este imposto tem função predominantemente mais o ágio, se houver;
fiscal. b. Na transmissão, o preço ou o
Não se sujeita ao principio da noventena nem da valor nominal, ou o valor da
anterioridade, mas obedece ao principio da cotação em Bolsa, como
legalidade, com exceção no caso de se poder determinar a lei;
alterar a alíquota através de um decreto pelo c. No pagamento ou resgate, o
poder executivo. preço.
Tem como fato gerador:
Terá como contribuintes qualquer
I. Quanto às operações de crédito, a sua pessoa/sujeito das partes tributadas.
efetivação pela entrega total ou parcial Seu lançamento ocorre por homologação.
do montante ou do valor que constitua No caso do ouro como meio de pagamento,
o objeto da obrigação, ou sua colocação incidirá além deste imposto que estamos
à disposição do interessado; estudando, a incidência do IOF, somente.
II. Quanto às operações de câmbio, a sua Já no caso do ouro utilizado como mercadoria,
efetivação pela entrega de moeda além do IOF, incidirá também ICMS, IPI, II e IE.
nacional ou estrangeira, ou de
documento que a represente, ou sua  Imposto sobre propriedade territorial
colocação à disposição do interessado rural – ITR
em montante equivalente à moeda
estrangeira ou nacional entregue ou Tem função predominantemente extrafiscal, já
posta à disposição por este; que visa desestimular a manutenção de
III. Quanto às operações de seguro, a sua propriedades improdutivas.
efetivação pela emissão da apólice ou Sujeita-se tanto ao principio da legalidade sem
do documento equivalente, ou qualquer exceção, como aos princípios da
recebimento do prêmio, na forma da lei anterioridade e da noventena.
aplicável; Tem como fato gerador a propriedade, o
IV. Quanto às operações relativas a títulos e domínio útil ou a posse de imóvel por natureza,
valores mobiliários, a emissão, como definido em lei civil, localizada fora da
zona urbana do Município.
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Sua base de calculo será o valor fundiário/real Se sujeita tanto ao principio da legalidade, no
do bem imóvel, excluindo-se os valores das todo, sem exceção; como aos princípios da
construções, instalações e benfeitorias, bem anterioridade e da noventena.
como os das plantações em geral. Tem como fato Gerador a transmissão de
Será contribuinte o proprietário do imóvel, o quaisquer bens ou direitos, seja por causa
titular de seu domínio útil, ou seu possuidor a mortis ou doação.
qualquer titulo. Será contribuinte deste imposto qualquer das
Este imposto será lançado por homologação. partes na operação tributada; no caso de ser
Tem como característica a sua progressividade, transmissão causa mortis, poderá ser o herdeiro
assim como ocorre no IPTU, que significa, em ou o legatário; no caso da transmissão ocorrer
termos populares, o aumento da alíquota por doação, poderá ser o doador ou o donatário,
conforme aumento da área do imóvel. a depender da legislação estadual.
O lançamento deste imposto ocorre por
 Imposto sobre grandes fortunas – IGF declaração.

Apesar da Constituição Federal de 1988 atribuir  ICMS - operações relativas à circulação


ser de competência da União instituir tal de mercadorias e sobre prestações de
imposto, até hoje este ente federativo não criou serviços de transporte interestadual e
tal tributo, o que não impede de a qualquer intermunicipal e de comunicação, ainda
momento ser criado, já que a competência que as operações e as prestações se
tributaria é incaducável. iniciem no exterior.
Os grandes críticos entendem que tal tributos
não foi instituído porque as grandes fortunas Tem função predominantemente fiscal, por ter
pertenceriam em grande parte àqueles que se possuir natureza eminentemente arrecadatória.
encontram no parlamento. Admite exceção aos princípios da legalidade e da
anterioridade, e obedece no todo o principio da
 IMPOSTOS DOS ESTADOS E DF noventena. No caso da incidência monofásica
sobre combustíveis definidos em lei
Segundo o artigo 155 da CF/88, compete aos complementar, a alíquota será fixada por
Estados e ao Distrito Federal instituir impostos convenio, cabe exceção ao principio da
sobre: legalidade e da anterioridade.
Seu fato gerador será:
 ITCMD - transmissão causa mortis e
doação, de quaisquer bens ou direitos; I. Operações relativas à circulação de
 ICMS - operações relativas à circulação mercadorias, inclusive o fornecimento
de mercadorias e sobre prestações de de alimentação e bebidas em bares,
serviços de transporte interestadual e restaurantes e estabelecimentos
intermunicipal e de comunicação, ainda similares;
que as operações e as prestações se II. Prestações de serviços de transporte
iniciem no exterior; interestadual e intermunicipal, por
 IPVA - propriedade de veículos qualquer via, de pessoas, bens,
automotores. mercadorias ou valores;
III. Prestações onerosas de serviços de
 ITCMD - transmissão causa mortis e comunicação, por qualquer meio,
doação, de quaisquer bens ou direitos. inclusive a geração, a emissão, a
recepção, a transmissão, a
Tem função predominantemente fiscal, por ter retransmissão, a repetição e a
possuir natureza eminentemente arrecadatória.
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ampliação de comunicação de qualquer IV. Operações com ouro, quando definido
natureza; em lei como ativo financeiro ou
IV. Fornecimento de mercadorias com instrumento cambial;
prestação de serviços não V. Operações relativas a mercadorias que
compreendidos na competência tenham sido ou que se destinem a ser
tributária dos Municípios; utilizadas na prestação, pelo próprio
V. Fornecimento de mercadorias com autor da saída, de serviço de qualquer
prestação de serviços sujeitos ao natureza definido em lei complementar
imposto sobre serviços, de competência como sujeito ao imposto sobre serviços,
dos Municípios, quando a lei de competência dos Municípios,
complementar aplicável expressamente ressalvadas as hipóteses previstas na
o sujeitar à incidência do imposto mesma lei complementar;
estadual. VI. Operações de qualquer natureza de que
VI. A entrada de mercadoria importada do decorra a transferência de propriedade
exterior, por pessoa física ou jurídica, de estabelecimento industrial, comercial
ainda quando se tratar de bem ou de outra espécie;
destinado a consumo ou ativo VII. Operações decorrentes de alienação
permanente do estabelecimento; fiduciária em garantia, inclusive a
VII. O serviço prestado no exterior ou cuja operação efetuada pelo credor em
prestação se tenha iniciado no exterior; decorrência do inadimplemento do
VIII. A entrada, no território do Estado devedor;
destinatário, de petróleo, inclusive VIII. Operações de arrendamento mercantil,
lubrificantes e combustíveis líquidos e não compreendida a venda do bem
gasosos dele derivados, e de energia arrendado ao arrendatário;
elétrica, quando não destinados à IX. Operações de qualquer natureza de que
comercialização ou à industrialização, decorra a transferência de bens móveis
decorrentes de operações salvados de sinistro para companhias
interestaduais, cabendo o imposto ao seguradoras.
Estado onde estiver localizado o
adquirente. Equipara-se às operações de que trata o item II a
saída de mercadoria realizada com o fim
Porém, o imposto não incide sobre: específico de exportação para o exterior,
destinada a:
I. Operações com livros, jornais, periódicos
e o papel destinado a sua impressão; a) Empresa comercial exportadora,
II. Operações e prestações que destinem inclusive tradings ou outro
ao exterior mercadorias, inclusive estabelecimento da mesma empresa;
produtos primários e produtos b) Armazém alfandegado ou entreposto
industrializados semi-elaborados, ou aduaneiro.
serviços;
III. Operações interestaduais relativas à O Contribuinte será qualquer pessoa, física ou
energia elétrica e petróleo, inclusive jurídica, que realize, com habitualidade ou em
lubrificantes e combustíveis líquidos e volume que caracterize intuito comercial,
gasosos dele derivados, quando operações de circulação de mercadoria ou
destinados à industrialização ou à prestações de serviços de transporte
comercialização; interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no exterior.
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É também contribuinte a pessoa física ou frisar que este somente incide sobre veículos
jurídica que, mesmo sem habitualidade: terrestres.
Será contribuinte todo aquele que for
I. Importe mercadorias do exterior, ainda proprietário de veículos automotores.
que as destine a consumo ou ao ativo Seu lançamento ocorrerá de oficio.
permanente do estabelecimento;
II. Seja destinatária de serviço prestado no  IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS
exterior ou cuja prestação se tenha
iniciado no exterior, De acordo com o art.156 da CF/88 é de
III. Adquira em licitação de mercadorias competência dos Municípios instituir impostos
apreendidas ou abandonadas; sobre:
IV. Adquira lubrificantes e combustíveis  IPTU - propriedade predial e territorial
líquidos e gasosos derivados de petróleo urbana;
e energia elétrica oriundos de outro  ITBI - transmissão "inter vivos", a
Estado, quando não destinados à qualquer título, por ato oneroso, de
comercialização ou à industrialização. bens imóveis, por natureza ou acessão
física, e de direitos reais sobre imóveis,
O imposto é não-cumulativo, compensando-se exceto os de garantia, bem como cessão
o que for devido em cada operação relativa à de direitos a sua aquisição;
circulação de mercadorias ou prestação de  ISS - serviços de qualquer natureza, não
serviços de transporte interestadual e compreendidos no art. 155, II, da C.F.,
intermunicipal e de comunicação com o definidos em lei complementar.
montante cobrado nas anteriores pelo mesmo
ou por outro Estado. Porém este imposto pode  IPTU - propriedade predial e territorial
ser cobrado em conjunto com o II e IPI. E ainda, urbana;
se a mercadoria for fornecida junto com uma
prestação de serviços pode incidir Tem função predominantemente fiscal, por
conjuntamente o ICMS e ISS, desde que o possuir natureza eminentemente arrecadatória.
serviço esteja previsto na Lei Complementar de Obrigatoriamente deve obedecer aos princípios
n°116 de 2003, com ressalva de cobrança do da legalidade, da anterioridade e da noventena,
ICMS. Seu lançamento deverá ocorrer por com uma ressalva a este ultimo quando se tratar
homologação. de alteração a base de calculo, conforme
preleciona o art.150,§1° da CF/88.
 IPVA - propriedade de veículos Tem como fato gerador a propriedade, o
automotores. domínio útil ou a posse de bem imóvel por
natureza ou por acessão física, como definido
Tem função predominantemente fiscal, por em lei civil, localizado na zona urbana do
possuir natureza eminentemente arrecadatória. Município.
Obrigatoriamente deve obedecer aos princípios Sua base de calculo será o valor venal/ real do
da legalidade, da anterioridade e da noventena, imóvel. Será contribuinte o proprietário do
com uma ressalva a este ultimo quando se tratar imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu
de alteração a base de calculo, conforme possuidor a qualquer titulo.
preleciona o art.150,§1° da CF/88. O lançamento deste ocorrerá de oficio.
Tem como fato gerador a propriedade de
veiculo automotor, sendo sua base de cálculo o
valor do veiculo, levando-se em consideração o
seu ano de fabricação, marca e modelo. Vale

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 ITBI - transmissão "inter vivos", a possuidor, a qualquer título, dos bens
qualquer título, por ato oneroso, de produtores de renda ou dos proventos
bens imóveis, por natureza ou acessão tributáveis.
física, e de direitos reais sobre imóveis, A base de cálculo será o preço do serviço.
exceto os de garantia, bem como Seu lançamento ocorrerá por homologação.
cessão de direitos a sua aquisição; Importante salientar que no caso de serviços
prestados em conjunto com mercadoria, é
Tem função predominantemente fiscal. possível a cobrança conjunta do ISS e ICMS se o
Sujeita-se, sem exceção aos princípios da serviço estiver previsto na LC 116/2003, com
legalidade, da anterioridade e da noventena. ressalva de cobrança do ICMS.
Tem como fato gerador:
22. REPARTIÇÃO DAS RECEITAS
I. A transmissão, a qualquer título, da TRIBUTÁRIAS
propriedade ou do domínio útil de bens
imóveis por natureza ou por acessão A repartição de receitas decorre diretamente do
física, como definidos na lei civil; principio federação (da autonomia dos entes).
II. A transmissão, a qualquer título, de Ocorre a competência tributária própria e a
direitos reais sobre imóveis, exceto os participação dos entes menores na receita
direitos reais de garantia; arrecadada pelos entes maiores. A repartição de
III. A cessão de direitos relativos às receitas pode ocorrer de forma Direta, prevista
transmissões referidas nos incisos I e II. nos artigos. 153, § 5º, 157 e 158 da CF/88, que
ocorre quando o ente beneficiário pela
Será contribuinte deste imposto qualquer das repartição da receita recebe-a diretamente sem
partes na operação tributada, como dispuser a qualquer intermediário e sem que esta receita
lei do município. faça, antes da repartição, parte de qualquer
fundo constitucional, como por exemplo, no
O lançamento deste tributo ocorrerá por caso da receita arrecadada decorrente do IPVA
declaração. pelos Estados, em que a Constituição Federal
atribui aos Municípios metade do IPVA. Pode
 ISS – Imposto sobre Serviços de ocorrer ainda a repartição de forma indireta,
Qualquer Natureza prevista no art. 159 da CF/88, que se dá quando
os recursos a serem repartidos são destinados a
Tem função predominantemente fiscal, por um fundo de participação cujas receitas serão
possuir natureza eminentemente arrecadatória. divididas entre os beneficiários seguindo os
Tem como fato gerador a aquisição da critérios legais e constitucionais previamente
disponibilidade econômica ou jurídica: definidos. É o caso da quota do fundo de
participação dos municípios a que o Município
I. De renda, assim entendido o produto do tem direito.
capital, do trabalho ou da combinação Entretanto, existem alguns impostos cujas
de ambos; Receitas não podem ser repartidas:
II. De proventos de qualquer natureza,
assim entendidos os acréscimos a) Todos os impostos arrecadados pelos
patrimoniais não compreendidos no Municípios e pelo Distrito Federal.
inciso anterior. b) O imposto estadual sobre transmissão
causa mortis e doações – ITCD.
O contribuinte do imposto é o titular da c) Os impostos federais sobre importação,
disponibilidade a que se refere o artigo 43, sem exportação, grandes fortunas e os
prejuízo de atribuir a lei essa condição ao extraordinários de guerra.
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DIREITO TRIBUTÁRIO c) O imposto sobre transmissão causa
mortis e doação, de quaisquer bens ou
AVALIAÇÃO direitos e o imposto sobre a transmissão
inter vivos, a qualquer título, por ato
Atenção! oneroso, de bens imóveis, por natureza
ou acessão física, e de direitos reais
Ao realizar avaliação, se faz necessário o sobre imóveis, exceto os de garantia,
preenchimento do gabarito em nossa página bem como cessão de direito a sua
para que possamos avaliar seu rendimento. Para aquisição.
emitir o certificado, o usuário precisa obter d) O imposto sobre produtos
pontuação igual ou superior a 6,00 na avaliação industrializados e o imposto sobre
e pagar a taxa de administração no valor de R$ operações relativas à circulação de
30,00. mercadorias e sobre prestação de
serviços de transporte interestadual e
Clique no link abaixo e siga as instruções. intermunicipal e de comunicação.

http://www.intra-ead.com.br/conta-do-usuario.php 4) Não é forma de exclusão do crédito


tributário:
Clique no botão Entrar na área do usuário, digite
seu e-mail e senha. Uma vez logado clique no I. A isenção
botão Minha Conta, depois na aba Inscrições e, II. A anistia
por fim, clique no ícone . III. A concessão de medida liminar em
mandado de segurança
1) A natureza jurídica específica do tributo
é determinada pela (o): a) As opções I e II
b) As opções I e III
a) Lei; c) As opções II e III
b) Base de cálculo; d) A opção III
c) Decreto;
d) Fato gerador. 5) Suspendem a exigibilidade do crédito
tributário:
2) Os impostos diferem das taxas porque
eles: I. Moratória;
II. O depósito do seu montante integral;
a) São tributos de competência privativa; III. As reclamações e os recursos, nos
b) São tributos vinculados; termos das leis reguladoras do processo
c) Têm como fatos geradores prestações tributário administrativo;
de serviços públicos; IV. A concessão de medida liminar em
d) São de competência comum. mandado de segurança;
V. A anistia.
3) São não-cumulativos:
a) Apenas a opção V está incorreta
a) O imposto sobre a renda e proventos de b) As opções IV e V estão incorretas
qualquer natureza e o imposto sobre c) As opções I e III estão incorretas
grandes fortunas; d) As opções III e IV estão incorretas
b) O imposto sobre a propriedade
territorial rural e o imposto sobre a
propriedade predial e territorial urbana;
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6) O Lançamento é efetuado e revisto de c) ISS - serviços de qualquer natureza, não
ofício pela autoridade administrativa compreendidos no art. 155, II, da C.F,
nos seguintes casos: definidos em lei complementar
d) IPVA - propriedade de veículos
I. Quando a lei assim o determine; automotores
II. Quando a declaração não seja prestada,
por quem de direito, no prazo e na 9) Assinale a alternativa incorreta:
forma da legislação tributária;
III. Quando a pessoa legalmente obrigada, a) Tributos Vinculados são aqueles que têm
embora tenha prestado declaração nos fato gerador ligado a alguma atividade
termos do inciso anterior, deixe de estatal específica que beneficia
atender, no prazo e na forma da diretamente o contribuinte;
legislação tributária, a pedido de b) Os Tributos são Impostos, Taxas e
esclarecimento formulado pela Contribuições de Melhoria;
autoridade administrativa, recuse-se a c) A contribuição de melhoria pode ser
prestá-lo ou não o preste cobrada pela União, pelos Estados, pelo
satisfatoriamente, a juízo daquela Distrito Federal ou pelos Municípios, no
autoridade; âmbito de suas respectivas atribuições;
IV. Quando se comprove falsidade, erro ou d) O ITR é Imposto de competência dos
omissão quanto a qualquer elemento Estados.
definido na legislação tributária como
sendo de declaração obrigatória. 10) Considerados os temas competência trib
utária e capacidade tributária ativa, mar
a) Nenhuma opção está correta que com V a assertiva verdadeira e com
b) Todas as opções estão corretas F a falsa, assinalando ao final a opção co
c) Apenas a opção II está correta rrespondente.
d) As opções I e IV estão corretas
( ) A competência tributária é delegável.
7) Não é forma de extinção do crédito ( ) A capacidade tributária ativa é indelegável.
tributário: ( ) A União é quem detém a competência
tributária no que toca às contribuições sociais
a) O Pagamento para o financiamento da Seguridade Social.
b) A Compensação ( ) Lei complementar pode delegar a qualquer
c) A Transação pessoa jurídica de direito público a
d) A Anistia competência tributária.

8) Não compete aos municípios instituir a) V, F, V, V


impostos sobre: b) F, V, F, V
c) F, F, V, F
a) IPTU - propriedade predial e territorial d) V, V, V, F
urbana
b) ITBI - transmissão "inter vivos", a
qualquer título, por ato oneroso, de
bens imóveis, por natureza ou acessão
física, e de direitos reais sobre imóveis,
exceto os de garantia, bem como cessão
de direitos a sua aquisição

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REFERÊNCIAS

1- Código Tributário Nacional. Disponível


em: http://www.planalto.gov.br

2- Constituição Federal de 1988. Disponível


em: http://www.planalto.gov.br

3- Código Civil. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br

4- Código de Processo Civil. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br

5- CAMPOS, Ozéias J. Dos embargos na


execução fiscal: IPI, ICMS, IPTU, ISS, ITR,
taxas: Teoria, legislação, jurisprudência;
2ª ed; SP; Lawbook; 2000.

6- CARRAZZA, Roque Antonio de. ICMS; 9ª


ed; SP; Malheiros, 2002.

7- CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de


Direito Tributário; 15ª ed; SP; Saraiva;
2003.

8- CASSONE, Vittorio. Direito Tributário:


fundamentos constitucionais da
tributação, classificação dos tributos,
interpretação da legislação tributaria,
doutrina, prática e jurisprudência; 15ª
ed; SP; Atlas; 2003.

9- CHIESA, Clélio. ICMS – Sistema


Constitucional Tributário/Algumas
inconstitucionalidades da LC 87/96; SP;
Ltr, 1997.

10- COELHO, Sacha Calmon Navarro. Curso


de Direito Tributário; 6ª ed; RJ; Forense;
2003.

11- OLIVEIRA, José Jayme de Macedo.


Tributos Estaduais: ICMS, ITD, IPVA:
taxas e contribuições de melhoria:
processo administrativo tributário:
comentários, doutrina, jurisprudência;
Rj; Destaque; 2001.
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