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IV Regulamentação Da Atividade

CAM Renovação

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CAM

Certificação de Aptidão de Motoristas

Regulamentação da Atividade
Manual

Índice
....................................................................................................................................................... 1
1. Conhecer a regulamentação relativa ao transporte de mercadorias ................................. 3
1.1 Regulamentação Nacional e Internacional ............................................................................. 3
Regulamentação Internacional ..................................................................................................... 3
Regulamento Nacional ................................................................................................................ 12
1.2 Títulos para o exercício da atividade de transporte........................................................ 14
1.3 Obrigações dos contratos-modelo de transporte de mercadorias ................................. 17
1.4 Redação dos documentos que constituem o contrato de transporte ............................ 21
1.5 Autorizações de Transporte Internacional ...................................................................... 22
1.6 Obrigações da Convenção relativa ao contrato de transporte internacional de
mercadorias por estrada (CMR) .................................................................................................. 23
1.7 Redação da Declaração de expedição ............................................................................. 25
1.8 Passagem da Fronteiras .................................................................................................. 26
1.9 Transitários ...................................................................................................................... 30
1.10 Documentos especiais de acompanhamento da mercadoria ......................................... 32
ANEXO I ....................................................................................................................................... 34
Convenção relativa ao contrato de transporte internacional de mercadorias por estrada
(CMR) .......................................................................................................................................... 34
ANEXO II ...................................................................................................................................... 53
Decreto – Lei nº 257/2007.......................................................................................................... 53
Anexo III ...................................................................................................................................... 71
Lei nº 27/2010............................................................................................................................. 71
Anexo .......................................................................................................................................... 83
( a que se refere o nº 4 do artigo 5º e o nº 2 do artigo 6º) ....................................................... 83
Parte A ........................................................................................................................................ 83
Controlos na estrada .................................................................................................................. 83
Parte B......................................................................................................................................... 84
Controlos nas instalações da empresa ...................................................................................... 84
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1. Conhecer a regulamentação relativa ao transporte de mercadorias

1.1 Regulamentação Nacional e Internacional

Regulamentação Internacional
O Regulamento 1071/2009 esclarece regras comuns no que se refere aos requisitos para
acesso á atividade de transportador rodoviário e o seu exercício, aplicando-se a todas as
empresas estabelecidas na Comunidade que exercem a atividade de transportador
rodoviário.

Não é aplicável:
▪ Às empresas que exerçam a atividade de transportador rodoviário de mercadorias
exclusivamente por meio de veículos a motor ou de conjuntos de veículos cujo peso em
carga admissível não exceda 3,5 toneladas. Todavia, os Estados-Membros podem reduzir
este limite para a totalidade ou parte das categorias de transportes rodoviárias;
▪ Às empresas que efetuem exclusivamente serviços de transporte rodoviário de
passageiros com fins não comerceiam, ou cuja atividade principal não seja a de
transportador rodoviário de passageiros;
▪ Às empresas que exerçam a atividade de transportador rodoviário exclusivamente por
meio de veículos a motor cuja velocidade máxima autorizada não exceda 40 Km/h.

Entende-se por:
▪ Atividade de transportador rodoviário de mercadorias, a atividade das empresas que
efetuam transportes de mercadorias por conta de outrem por meio de veículos a motor
ou de conjuntos de veículos;
▪ Atividade de transportador rodoviário de passageiros, a atividade das empresas que
efetuam transportes de passageiros, oferecidos ao público ou a certas categorias de
utentes contra um preço pago pela pessoa transportada ou pelo organizador do
transporte, por meio de veículos automóveis que, pelo seu tipo de construção e
equipamento, sejam aptos para o transporte de mais de nove pessoas, incluído o
condutor, e se encontrarem afetos a essa utilização;
▪ Atividade de transportador rodoviário, a atividade de transportador rodoviário de
passageiros ou de transportador rodoviário de mercadorias;
▪ Empresas, uma pessoa singular, uma pessoa coletiva, com ou sem fins lucrativos, ou um
organismo depende de uma autoridade pública, quer seja dotado de personalidade
jurídica própria quer dependa de uma autoridade dotada dessa personalidade, que
efetue o transporte de passageiros, ou uma pessoa singular ou coletiva que efetue o
transporte de mercadorias com fins comerciais;
▪ Gestor de Transporte, uma pessoa singular empregada por uma empresa ou, se a
empresa for uma pessoa singular, a própria pessoa ou, no caso de estar prevista essa
possibilidade, outra pessoa singular designada por contrato por essa empresa, que dirige
de forma efetiva e permanente a atividade de transportes da empresa.
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▪ Autorização de exercício da atividade de transporte rodoviário, uma decisão


administrativa que autoriza uma empresa que preenche os requisitos previstos no
presente regulamento a exercer a atividade de transportador rodoviário.
▪ Autoridade competente, a autoridade de um Estado-Membro, a nível nacional, regional
ou local, que para autorizar o exercício da atividade de transportador rodoviário, verifica-
se se a empresa preenche os requisitos previstos no presente regulamento, e que está
habilitada a conceder, suspender ou retirar a autorização de exercício da atividade de
transportador rodoviário;
▪ Estado-Membro de estabelecimento, o Estado-Membro em que uma empresa está
estabelecida, quer o seu gestor de transportes provenha ou não de outro País.

As empresas que exercem a atividade de transportador rodoviário devem:


▪ Dispor de um estabelecimento efetivo e estável num Estado-Membro;
▪ Ser idóneas;
▪ Ter a capacidade financeira apropriada;
▪ Ter a capacidade profissional exigida.

Os Estados-Membros podem impor requisitos suplementares, que podem ser


proporcionados e não discriminados, a preencher pelas empresas para serem autorizadas
a exercer a atividade de transportador rodoviário.
As empresas que exercem a atividade de transportador rodoviário devem designar pelo
menos uma pessoa singular, o gestor de transportes e que:
▪ Dirija efetiva e permanentemente a atividade de transportes da empresa;
▪ Tenha um vínculo genuíno com a empresa, como por exemplo ser empregado,
administrador, proprietário ou acionista, ou administra-la, ou, se a empresa for uma
pessoa singular, ser a própria pessoa;
▪ Resida na Comunidade.

Se uma empresa não preencher o requisito de capacidade profissional a autoridade


competente pode autoriza-la a exercer a atividade de transportador rodoviário, sem um
gestor de transportes, desde que:
▪ A empresa designe uma pessoa singular residente na Comunidade que preencha
os requisitos estabelecidos, e que esteja habilitada por contrato a desempenhar as
funções de gestor de transportes por conta da empresa;
▪ O contrato que vincula a empresa e a pessoa especifique as funções a
desempenhar de forma efetiva e permanente por essa pessoa e indique as suas
responsabilidades enquanto gestor de transportes. As funções a especificar devem
compreender, nomeadamente, as relacionadas com a gestão da manutenção e
reparação dos veículos, a verificação dos contratos e dos documentos de transporte, a
contabilidade básica, a distribuição dos carregamentos ou dos serviços pelos motoristas
e pelos veículos, a verificação dos procedimentos de segurança.
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▪ A pessoa possa gerir, na qualidade de gestor de transportes, as atividades de


transporte de quatro empresas distintas, no máximo, efetuadas com uma frota total
máxima combinada de 50 veículos. Os Estados-Membros podem reduzir o número de
empresas e /ou a frota total de veículos que essa pessoa pode gerir;
▪ A pessoa efetue as tarefas específicas exclusivamente no interesse da empresa e
as suas responsabilidades sejam exercidas independentemente de quaisquer empresas
para as quais a empresa realiza operações de transporte.

Os Estados-Membros podem decidir que um gestor de transportes designado possa


apenas ser designado em relação a um número limitado de empresas ou a uma frota de
veículos.
A empresa deve:
▪ Dispor de um estabelecimento, localizado nesse Estado-Membro, com instalações
onde conserva os principais documentos da empresa, nomeadamente os documentos
contabilísticos, os documentos de gestão da pessoa, os documentos que contenham
dados relativos aos tempos de condução e repouso, e qualquer outro documento a que
a autoridade competente deva ter acesso para verificar o preenchimento dos requisitos
previstos no presente regulamento.
▪ Os Estados-Membros podem exigir que os estabelecimentos localizados no seu
território também tenham outros documentos á disposição nas suas instalações a
qualquer momento.
▪ Uma vez concedida em conformidade com a legislação desse Estado-Membro,
detidos em propriedade plena ou detidos, por exeplo9, em virtude de um contrato de
aluguer com opção de compra ou de um contrato de aluguer ou de locação financeira.
▪ Efetuar efetiva e permanentemente, com os equipamentos administrativos
necessários, as suas operações relativas aos veículos, e com os equipamentos e serviços
técnicos adequados, num centro de exploração localizado nesse Estado-Membro
indique.

Para determinarem se uma empresa, dos seus gestores de transportes e de quaisquer


outras pessoas pertinentes que o Estado-Membro indique. Todas as referências no
presente artigo a condenações, sanções ou infrações incluem as condenações, sanções
ou infrações da própria empresa, dos seus gestores de transportes e de quais queres
outras pessoas pertinentes que o estado-Membro indique.

Para preencher o requisito previsto de capacidade financeira, a empresa deve cumprir


em qualquer momento as suas obrigações financeiras no decurso do exercício
contabilístico anual. Para esse efeito, a empresa deve desmontar, com base nas contas
anuais, depois de certificadas por um auditor ou por outra pessoa devidamente
acreditada, que dispões anualmente de um capital e de reservar de valor que totalizem
pelo menos 9 000 €, no caso de ser utilizado um único veículo, e 5 000 € por cada veículo
adicional utilizado.
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Para preencher o requisito de capacidade profissional, a pessoa ou as pessoas em casa


devem possuir os conhecimentos correspondentes ao nível previsto na Parte I, desde
Regulamento, nas matérias neles enumerados. Esses conhecimentos devem ser
demonstrados mediante um exame escrito obrigatório que, se o Estado-Membro assim
o decidir, pode ser completado com um exame oral. Os exames devem ser organizados
de acordo com o disposto na Parte II do anexo I deste regulamento. Para esse efeito, os
Estados-Membros que corresponde á sua residência habitual ou no Estado-Membro em
que trabalham.

Por residência habitual, entende-se o local onde a pessoa vive habitualmente, ou seja,
pelo menos, 185 dias em cada ano civil, em consequência de vínculos pessoais
indicadores da existência de uma relação estreita entre a pessoa e o local onde vive.
Todavia, a resistência normal de uma pessoa cujos vínculos profissionais se situem num
lugar diferente do lugar onde possui os seus vínculos pessoais e que, por esse fato, vivia
alternadamente em lugares distintos situados em dois ou mais Estados-Membros,
considera-se como estando situada no lugar dos seus vínculos pessoais, desde que aí se
desloque regularmente. Esta última condição não é exigida, nas situações em que a
pessoa em causa viva num Estado-Membro para cumprir uma missão de duração
determinada. A frequência de uma universidade ou de uma escola não implica a mudança
da residência normal.

Os Estados-Membros podem decidir dispensar de exame as pessoas que comprovem ter


dirigido de forma contínua uma empresa de transportes rodoviários de mercadorias ou
de passageiros num ou mais Estado-Membro designa uma ou várias autoridades
competentes encarregadas de assegurar a correta aplicação do presente regulamento.
Essas autoridades competentes devem estar habilidades a:
▪ Analisar os pedidos apresentados pelas empresas;
▪ Autorizar o exercício da atividade de transportador rodoviário e suspender ou
retirar as autorizações;
▪ Declarar uma pessoa singular inapta para dirigir, na qualidade de gestor de
transportes, a atividade de transportes de uma empesa;
▪ Proceder os controlos necessários para verificar se as empresas preenchem os
requisitos.

As autoridades competentes publicam todas as condições estabelecidas no presente


regulamento, quaisquer outras disposições nacionais, os procedimentos que os
candidatos interessados devem seguir e as notas explicativas correspondentes.
Sempre que um gestor de transportes deixe de ser considerado idóneo a autoridade
competente declara-o inapto para dirigir as atividades de transporte de uma empresa.
Enquanto não for aplicada uma medida de reabilitação nos termos das disposições legais
nacionais aplicáveis, o certificado de capacidade profissional do gestor de transportes
declarado inapto deixa de ser valido em todos os Estados-Membros.
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Cada Estado-Membro deve manter um registo eletrónico nacional das empresas de


transporte rodoviário autorizadas a exercer a atividade de transportador rodoviário por
uma autoridade competente por ele designada. O tratamento dos dados contidos nesse
registo eletrónico nacional deve ser acessível a todas as autoridades competentes do
Estado-Membro em causa.
O Regulamento 1072/2009 estabelece regras comuns para o acesso ao mercado do
transporte internacional rodoviário de mercadorias por conta de outrem em trajetos
efetuados no território da Comunidade.

No caso de transportes com origem num Estado-Membro e com destino a um país


terceiro, e vice-versa, o presente regulamento é aplicável ao trajeto efetuado no
território dos Estados-Membros atravessado em trânsito. Não é aplicável ao trajeto
efetuado do Estado-Membro de carga ou de descarga, enquanto não tiver sido celebrado
o necessário acordo entre a Comunidade e o país terceiro em causa.
Este regulamento é aplicável aos transportes nacionais rodoviários de mercadorias
efetuados a título temporário por transportadores não residentes.

Os seguintes tipos de transportes e de deslocações sem carga relacionadas com esses


transportes não necessitam de licença comunitária e estão dispensados de autorização
de transporte:
▪ Transportes postais efetuados em regime de serviço universal;
▪ Transportes de veículos danificados ou avariados;
▪ Transportes de mercadorias em veículos cujo peso total em carga autorizada,
incluindo a dos reboques, não exceda 3,5 toneladas;
▪ Transportes de mercadorias em veículos, desde que sejam preenchidas as
seguintes condições:
✓ As mercadorias transportadas pertencerem á empresa ou por ela terem sido
vendidas, compradas, dadas ou tomadas de aluguer, produzidas, extraídas,
transformadas ou reparadas, o transporte servir para encaminhar as mercadorias da ou
para a empresa ou para as deslocar, quer no interior da empresa, quer no seu exterior,
para satisfazer necessidades próprias desta, os veículos a motor utilizados nestes
transportes serem conduzidos por pessoal próprio da empresa ou por pessoal ao serviço
da empresa nos termos de uma obrigação contratual, os veículos que transportem
mercadorias pertencem á empresa ou terem sido por ela comprados a credito ou
alugados, desde que, neste último caso, preencham as condições previstas na
Diretiva2006/1/CE do Parlamento Europeu e do Concelho, de 18 de Janeiro de 2006,
relativa á utilização de veículos de aluguer sem condutor no transporte rodoviário de
mercadorias o transporte constituir meramente uma atividade acessória do conjunto das
atividades da empresa;
▪ Transportes de medicamentos, aparelhos e equipamento médicos, bem como de
outros artigos necessários em caso de socorro urgente, nomeadamente no caso de
catástrofes naturais.
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Entende-se por:
Veículo: um veículo a motor matriculado num Estado-Membro ou um conjunto de
veículos acoplados, dos quais pelo menos o veículo a motor está matriculado num
Estado-Membro, destinados exclusivamente ao transporte de mercadorias;
Transportes internacionais:
▪ As deslocações uma carga de um veículo cujos pontos de partida e de chegada se
situam em dois Estados-Membros diferentes, com ou sem trânsito por um ou vários
Estados-Membros ou países terceiros;
▪ As deslocações em carga de um veículo com origem num Estado-Membro com
destino a um país terceiro, e vice-versa, com ou sem transito por um ou vários Estados-
Membros ou países terceiros;
▪ As deslocações em carga de um veículo entre países terceiros, atravessando em
trânsito o território de um ou mais Estados-Membros;
▪ As deslocações sem carga relacionadas com os transportes acima indicados.
Estados-Membros de acolhimento: um Estado-Membro em que opera um transportador,
distinto do Estado-Membro de estabelecimento do Transportador;
Transportador não residente: uma empresa de transporte rodoviário de mercadorias que
opera num Estado-Membro de acolhimento;
Motorista: qualquer pessoa que conduza o veículo, mesmo por um curto período, ou que
siga num veículo no âmbito das suas funções para assegurar a sua condução, caso seja
necessário;
Operações de capotagem: transportes nacionais por conta de outrem efetuados a título
temporário num Estado-Membro de acolhimento, de acordo com o presente
regulamento;
Infração grave á legislação comunitária no domínio do transporte rodoviário: uma
infração que pode acarretar a perda da idoneidade e/ou a retirada temporária ou
definitiva de uma licença comunitária.

Os transportes internacionais são efetuados a coberto de uma licença comunitária, em


conjugação com um certificado de motorista caso o motorista seja nacional de um país
terceiro.
A licença comunitária é emitida por um Estado-Membro, nos termos do presente
regulamento, aos transportadores rodoviários de mercadorias por conta de outrem que:
▪ Estejam estabelecidos nesse Estado-Membro nos termos da legislação
comunitária e da legislação desse Estado-Membro;
▪ Estejam autorizados a efetuar no Estado-Membro de estabelecimento, nos
termos da legislação comunitária e da legislação desse Estado-Membro em matéria de
acesso á atividade de transportador, transportes rodoviários internacionais de
mercadorias.

A licença comunitária é emitida pelas autoridades competentes do Estado-Membro de


estabelecimento por períodos renováveis que não podem exceder dez anos.
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O Estado-Membro de estabelecimento entrega ao titular o original da licença


comunitária, que deve ser conservado pelo transportador, e o número de cópias
certificadas correspondente ao número de veículos de que o titular da licença
comunitária dispõe, quer em propriedade plena quer a outro título, por exemplo em
virtude de um contrato de compra a prestações, de aluguer ou de locação financeira.

A licença comunitária é emitida em nome do transportador e não é transmissível. Cada


um dos veículos do transportador deve ter a bordo uma cópia certificado da licença
comunitária, que deve ser apresentada sempre que for solicitada pelos agentes
responsáveis pelo controlo.

No caso de um conjunto de veículos acoplado, a cópia certificada da licença deve


acompanhar o veículo trator. Esta cópia deve abranger o conjunto dos veículos
acoplados, mesmo que o reboque ou semirreboque não seja matriculado ou autorizado
a circular em nome do titular da licença ou esteja matriculado ou autorizado a circular
noutro Estado-Membro.

O certificado de motorista é emitido por um Estado-Membro, nos termos do presente


regulamento, a qualquer transportador que:
▪ Seja Titular de uma licença comunitária;
▪ No referido Estado-Membro, empregue legalmente um motorista que não seja
nacional
nem residente de longa duração, na aceção da Diretiva 2003/109/CE do Concelho, de 25
de Novembro de 20036, relativa ao estatuto dos nacionais de países terceiros residentes
de longa duração, de um Estado-Membro, ou utilize legalmente os serviços de um
motorista que não seja nacional nem residente de longa duração, na aceção da mesma
diretiva, de um Estado-Membro, e que esteja ao serviço desse transportador de acordo
com as condições de trabalho e formação profissional de motoristas fixadas nesse mesmo
Estado-Membro : em disposições legais, regulamentares ou administrativas, e se for caso
disso, em convenções coletivas, de acordo comas regras aplicáveis nesse Estado-
Membro.

O certificado de motorista deve ostentar o carimbo da autoridade emissora, bem como


uma assinatura e um número de série. O número de série do certificado de motorista
pode ser inscrito no registo eletrónico nacional das empresas de transporte rodoviário
enquanto parte integrante dos dados do transporte que disponibiliza o certificado ao
motorista nele identificado.

O certificado de motorista é propriedade do transporte, que o deve entregar ao


motorista nele identificado quando este tenha de conduzir um veículo a coberto de uma
licença comunitária de que o transportador seja titular. O transportador deve conservar
nas suas instalações uma cópia certificada do certificado de motorista emitida pelas
autoridades competentes do Estado-Membro de estabelecimento do transportador. O
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certificado de motorista deve ser apresentado sempre que for solicitado pelos agentes
responsáveis pelo controlo.

O certificado de motorista é emitido por um período a fixar pelo Estado-Membro emissor,


não devendo a sua validade exceder cinco anos. Os certificados de motorista emitidos
antes da data de aplicação do presente regulamento permanecem válidos até ao termo
do seu prazo de validade.

O certificado de motorista é valido apenas enquanto as condições em que for emitido


estiverem preenchidas. Os Estados-Membros tomam as medidas adequadas para
assegurar que os certificados sejam devolvidos pelo transportador á autoridade emissora
logo que essas condições deixem de estar preenchidas.

Os transportadores rodoviários de mercadorias por conta de outrem que sejam titulares


de uma licença comunitária e cujos motoristas, quando nacionais de país terceiro, sejam
titulares de certificados de motorista, ficam autorizados, nas condições fixadas no
presente capítulo, a efetuar operações de cabotagem.

Uma vez efetuada a entrega das mercadorias transportadas á chegada de um transporte


internacional com origem num Estado-Membro ou de um país terceiro e com destino ao
Estado-Membro de acolhimento, os transportes ficam autorizados a efetuar, com o
mesmo veículo ou, tratando-se de um conjunto de veículos acoplados, com o veículo
trator desse mesmo conjunto, o máximo de três operações de cabotagem na sequência
no referido transporte internacional. A última operação de descarga no quadro de uma
operação de cabotagem, antes da saída do Estado-Membro de acolhimento, deve ter
lugar no prazo de sete dias a contar da última operação de descarga realizada no Estado-
Membro de acolhimento no quadro de transporte internacional com destino a este
último.

No prazo indicado no parágrafo anterior, os transportes rodoviários podem efetuar uma


parte ou a totalidade das operações de cabotagem autorizadas nos termos do referido
parágrafo em qualquer Estado-Membro, na condição de se limitarem a uma operação de
cabotagem por Estado-Membro no prazo de três dias a contar da entrada sem carga no
território desse Estado-Membro.

Os serviços nacionais de transporte rodoviário de mercadorias efetuados no Estado-


Membro de acolhimento por um transportador puderem apresentar provas claras da
realização do transporte internacional com destino a este último e de cada uma das
operações consecutivas de cabotagem efetuadas.

As provas referidas no primeiro parágrafo deem incluir, relativamente a cada operação,


os dados seguintes:
▪ Nome, endereço e assinatura do expedidor;
▪ Nome, endereço e assinatura do transportador;
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▪ Nome e endereço do destinatário, bem como a sua assinatura e a data da entrega


efetiva das mercadorias;
▪ Local e data do destinatário, bem como a sua assinatura e a data de entrega da
efetiva das mercadorias;
▪ Descrição comum da natureza das mercadorias e do método de embalagem, caso
se trate de mercadorias perigosa, a sua descrição geralmente reconhecida, bem como o
número de volumes e as suas marcações e números especiais;
▪ Peso bruto das mercadorias ou quantidade expressa de uma forma;
▪ Matrícula do veículo trator e do reboque.

A realização de operações de cabotagem está sujeita, salvo disposição em contrário da


legislação comunitária, às disposições legislativas, regulamentares e administrativas em
vigor no Estado-Membro de acolhimento no que se refere:
▪ Às condições do contrato de transporte;
▪ Aos pesos e dimensões dos veículos rodoviários;
▪ Aos requisitos relativos ao transporte de determinadas categorias,
nomeadamente mercadorias perigosas, géneros percetíveis e animais vivos;
▪ Ao tempo de condução e aos períodos de repouso;
▪ Ao imposto sobre o valor acrescentado (IVA) aplicável aos serviços de transporte.

Em caso de perturbação grave do mercado de transportes nacionais numa zona


geográfica determinada devido á atividade de cabotagem ou por ela agravada, os
Estados-Membros podem pedir á comissão que tome medidas de salvaguarda,
fornecendo-lhe as informações necessárias e notificando-a das medidas que tencionam
tomar em relação aos transportes residentes.

Entende-se por:
Perturbação grave do mercado de transportes nacionais numa zona geográfica
determinada: o seguimento, nesse mercado, de problemas específicos do mesmo, que
possam originar um excelente grave, suscetível de persistir, da oferta em relação á
procura, implicando uma ameaça para o equilibro financeiro e a sobrevivência de um
número significativo de transportadores.
Zona geográfica: uma zona que englobe uma parte ou a totalidade do território de um
Estado-Membro ou se estenda a uma parte ou á totalidade do território de outros
Estados-Membros.
Os Estados-Membros asseguram que as infrações graves á legislação comunitária no
domínio do transporte rodoviário cometidas por transportadores estabelecidos no
respetivo território, que tenham conduzido á aplicação de uma sanção por um estado-
Membro, bem como eventual retirada temporária ou definitiva da licença comunitária
ou de uma cópia certificada deste, sejam inscritas no registo eletrónico nacional das
empresas de transporte rodoviário. Os dados inscritos no registo relacionado com a
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retirada temporária ou definitiva de uma licença comunitária devem permanecer na base


de dados por um período de dois anos contar do termo do período de retirada, em caso
de retirada temporária, ou da data da retirada, em caso de retirada definitiva.

Regulamento Nacional
O Decreto-lei nº 257/2007, alterado pelo Decreto-lei nº 136/2009, regulamenta a
atividade de transporte rodoviário de mercadorias por conta de outrem, nacional ou
internacional, por meio de veículos de peso bruto igual ou superior a 250 kg. Esta
atividade só pode ser exerci8da por sociedades comerciais ou cooperativas, licenciadas
pelo IMTT.

A referida licença, consubstancia-se num alvará ou licença comunitária, a qual é


intransmissível, sendo emitida por um prazo não superior a cinco anos, renovável por
igual período, mediante comprovação de que se mantêm os requisitos de acesso e de
exercício de atividade.
Ao IMTT compete organizar registo de todas as empresas que realizem transportes de
mercadoria por conta de outrem.

Não estão abrangidos pelo regime de licenciamento da atividade:


▪ Os transportes de produtos ou mercadorias, diretamente ligados á gestão agrícola
ou dela provenientes efetuados por meio de reboques atrelados aos respetivos tratores
agrícolas;
▪ Os transportes de envios postais realizados no âmbito atividade de prestador de
serviços postais;
▪ A circulação de veículos aos quais estejam ligados, de forma permanente e
exclusiva, equipamentos ou máquinas.

Os veículos utilizados no transporte rodoviário de mercadorias por conta de outrem estão


sujeitos a licença a emitir pelo IMTT, quer sejam da propriedade do transportador, objeto
de contrato de locação financeira ou contrato de aluguer sem condutor.
A idade média da frota de automóveis da empresa não pode exceder 10 anos, sendo
determinada a idade de cada veículo pela data da primeira matrícula.
Os veículos automóveis licenciados para o transporte de mercadorias por conta de
outrem devem ostentar distintivos de identificação.

Estão sujeitos a autorização, a emitir pelo IMTT, os transportes de carater excecional


realizados por veículos afetos ao transporte por conta própria cujo peso bruto exceda
2500 Kg em que, cumulativamente:
▪ As mercadorias e os veículos não pertencem ao mesmo proprietário;
▪ O transporte seja efetuado sem fins lucrativos por coletividade de utilidade
pública ou outras agremiações filantrópicas, desportivas ou recreativas;
▪ As mercadorias transportadas estejam relacionadas com os fins das entidades que
efetuam o transporte;
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▪ Os veículos utilizados sejam da propriedade da entidade que realiza o transporte,


de algum dos seus associados ou cedidos a título gratuito por outras entidades.

Os transportes internacionais e os transportes de cabotagem a realizar5 por transportes


não residentes sediados fora do território da União Europeia estão sujeitos a autorização
a emitir pelo IMTT, a qual é condicionada pelo princípio da reciprocidade.

Os transportes especiais dependem de uma autorização especial de trânsito,


nomeadamente o trânsito na via pública de veículos matriculados nos termos do art.177
do Código da estrada:
▪ Com pesos e ou dimensões que excedam os limites regulamentares;
▪ Que transportem objetos indivisíveis que excedam os limites da respetiva caixa
ou a altura de 4 m;
▪ Cujo peso bruto ou pesos por eixo, em virtude do transporte de objetos
indivisíveis, excedam os limites regulamentares.

O trânsito de veículos ou conjuntos de veículos está sujeito a autorização anual sempre


que estes transportem objetos indivisíveis cujas dimensões excedam os limites das
respetivas caixas de carga ou a altura de 4 m a contar do solo.
Os veículos excecionais estão sujeitos a autorização anual quando não ultrapassem as
dimensões máximas fixadas para este tipo de autorização, ainda que dos respetivos
documentos de identificação conste a exigência de autorização caso a caso.

O transito de veículos esta sujeito a autorização ocasional sempre que:


▪ As dimensões do veículo ou do conjunto excedam os limites máximos permitidos
para a emissão de autorização anual, quando se trate de veículo excecional;
▪ As dimensões totais e ou o peso bruto do veículo ou do conjunto excedam os
limites máximos permitidos para a emissão de autorização anual.

Para veículos ou conjuntos de veículos sujeitos a autorização ocasional, podem ser


emitidas autorizações de curta duração (até 6 meses) quando:
▪ Os objetos indivisíveis transportados tenham as mesmas características;
▪ Os objetos indivisíveis tenham dimensões e peso iguais ou inferiores aos que
constam da autorização;
▪ O transporte se realize no mesmo itinerário, em qualquer4 dos sentidos;
▪ O veículo ou conjunto que realiza o transporte seja o mesmo.
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Sugere-se a consulta integral do DL257/2007 – (anexo II)

A Lei n.º 10/90 estabeleceu a Lei de Bases do Sistema de Transporte Terrestre.


Considera-se transportes públicos, ou por conta de outrem os efetuados por empresas
habilitada a explorar a atividade de prestação de serviços de transportes, com ou sem
carater de regularidade, e destinados a satisfazer, mediante renumeração, as
necessidades dos utentes, e por transportes particulares, ou por conta própria, os
efetuados por pessoas singulares ou coletivas para viabilizar a satisfação das suas
necessidades ou complementares o exercido da sua atividade especifica ou principal.
Quanto ao objeto da deslocação, distinguem-se os transportes de pessoas, ou de
passageiros, dos de mercadorias, ou de carga, e dos mistos.

Quanto ao âmbito espacial da deslocação, consideram-se:


▪ Transportes internacionais, os que, implicando atravessamento de fronteiras, se
desenvolvam parcialmente em território português;
▪ Transportes internos, os que se desenvolvem exclusivamente em território
nacional, dentro dos quais se consideram as seguintes subcategorias:
✓ Transportes interurbanos, os que visam satisfazer as necessidades de deslocação
entre diferentes municípios não integrados numa região metropolitana de transportes;
✓ Transportes regionais, os transportes interurbanos que se realizam no interior
de uma dada região, designadamente de uma região autónoma;
✓ Transportes locais, os que visam satisfazer as necessidades de deslocação no
meio urbano, como tal se entendendo o que é abrangido pelos limites de uma área de
transportes urbanos ou pelos de uma área urbana de uma região metropolitana de
transportes.

1.2 Títulos para o exercício da atividade de transporte

Os transportes internacionais são efetuados a coberto de uma licença comunitária, em


conjugação com um certificado de motorista caso o motorista seja nacional de um país
terceiro.
A licença comunitária é emitida por um Estado-Membro, nos termos do presente
regulamento, aos transportadores rodoviários de mercadorias por conta de outrem que:
▪ Estejam estabelecidos a efetuar no Estado-Membro nos termos da legislação
comunitária e da legislação desse Estado-Membro;
▪ Estejam autorizados a efetuar no Estado-Membro de estabelecimento, os termos
da legislação comunitária e da legislação desse Estado-Membro em matéria de acesso á
atividade de transportador, transportes rodoviários internacionais de mercadorias.

A licença comunitária é emitida pelas autoridades competentes do Estado-Membro de


estabelecimento por períodos renováveis que não podem exceder dez anos.
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O certificado de motorista é emitido por um Estado-membro, nos termos do presente


regulamento a qualquer transportador que:
▪ Seja titular de uma licença comunitária;
▪ No referido Estado-Membro, empregue legalmente um motorista que não seja
nacional nem residente de longa duração, na aceção da Diretiva 2003/109/CE do
Concelho, de 25 de Novembro de 2003, relativa ao estatuto dos nacionais de países
terceiros residentes de longa duração, de um Estado-Membro, ou utilize legalmente os
serviços de um motorista que não seja nacional nem residente de longa duração, na
aceção da mesma diretiva, de um Estado-Membro, e que esteja ao serviço desse
transportador de acordo comas condições de trabalho e formação profissionais de
motoristas fixadas nesse mesmo Estado-Membro:
▪ Em disposições legais, regulamentares ou administrativas, se for caso disso, em
convenções coletivas, de acordo com as regras aplicáveis nesse Estado-Membro.

Os transportes rodoviários de mercadoria por conta de outrem que sejam titulares de


uma licença comunitária e cujos motoristas, quando nacionais de país terceiro, sejam
titulares de certificados de motorista, ficam autorizados, nas condições fixadas no
presente capítulo, a efetuar operações de cabotagem.
A atividade de transporte rodoviário de mercadorias por conta de outrem, nacional ou
internacional, por meio de veículos de peso bruto igual ou superior a 2500 kg só pode ser
exercida por sociedades comerciais ou cooperativas, licenciadas pelo IMTT.

A referida licença consubstancia num alvará ou licença comunitária, a qual é


intransmissível, sendo a emitida por um prazo não superior a cinco anos, renovável por
igual período, mediante comprovação de que se mantêm os requisitos de acesso e de
exercício de atividade.
Estão sujeitos a autorização, a emitir pelo IMTT, os transportes de carater excecional
realizados por veículos afetos ao transporte por conta própria cujo peso bruto exceda
2500 kg em que, cumulativamente:
▪ As mercadorias e os veículos não pertençam ao mesmo proprietário;
▪ O transporte seja efetuado sem fins lucrativos por coletividades de utilidade
pública ou outras agremiações filantrópicas, desportivas ou recreativas;
▪ As mercadorias transportadas estejam relacionadas com os fins das entidades que
efetuam o transporte;
▪ Os veículos utilizados sejam da propriedade da entidade que realiza o transporte,
de algum dos seus associados ou cedidos a título gratuito por outras entidades.
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Os transportes internacionais e os transportes de cabotagem a realizar por


transportadores não residentes sediados fora do território da união Europeia estão
sujeitos a autorização a emitir pelo IMTT, a qual é condicionada pelo princípio da
reciprocidade.
Os transportes internacionais a realizar por transportadoras residentes, entre o território
português e o território de país não membros da União Europeia, com quem o Estado
Português haja celebrado um acordo bilateral ou multilateral sobre transportes
rodoviários estão sujeitos a autorização a emitir pelo IMTT dentro dos limites
quantitativos resultantes desses acordos ou convenções.

São autorizados os transportes de cabotagem efetuados por transportadores da União


Europeia e do espaço económico europeu desde que sejam efetuados na sequência de
um transporte internacional com o mesmo veículo ou, tratando-se de um conjunto de
veículos acoplados, com o veículo trator desse mesmo conjunto, e não excedam três
operações de cabotagem, durante um prazo de sete dias a contar da data de descarga
das mercadorias objeto do transporte internacional.

Os transportes especiais dependem de uma autorização especial de trânsito,


nomeadamente o trânsito na via pública de veículos ou conjuntos matriculados nos
termos do artigo 177 do Código da Estrada:
▪ Com pesos e ou dimensões que excedam os limites regulamentares;
▪ Que transportem objetos indivisíveis que excedam os limites da respetiva caixa
ou a altura de 4 m;
▪ Cujo peso bruto ou pesos por eixo, em virtude do transporte de objetos
indivisíveis, excedam os limites regulamentares.

O trânsito de veículos ou conjuntos de veículos esta sujeito a autorização anual sempre


que estes transportem objetos indivisíveis cujas dimensões excedam os limites das
respetivas caixas de carga ou a altura de 4 m a contar do solo.

Os veículos excecionais estão sujeitos a autorização anual quando não ultrapassarem as


dimensões fixados para este tipo de autorização, ainda que dos respetivos documentos
de identificação conste a exigência de autorização caso a caso.

O trânsito de máquinas matriculadas está sujeito a autorização anual sempre que o


respetivo peso bruto seja igual ou inferior a 60 t e excedam qualquer das seguintes
dimensões:
▪ Em comprimento, 20 m;
▪ Em largura, 3m;
▪ Em altura, 4,60 m a contar do solo.
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O trânsito de máquinas agrícolas, florestais e industriais não matriculadas esta sujeito a


autorização anual, salvo se excederam o peso bruto de 40 t ou qualquer das dimensões
fixadas no número anterior.

O transito de veículos está sujeito a autorização anual, sempre que:


▪ As dimensões do veículo ou do conjunto excedam os limites máximos permitidos
aram emissão de autorização anual, quando se trate de veículo excecional;
▪ As dimensões totais e ou o peso bruto do veículo ou do conjunto excedam os
limites máximos permitidos para a emissão de autorização anual;
▪ As dimensões totais e ou o peso bruto do veículo ou do conjunto excedam os
limites máximos permitidos para emissão de autorização anual.

Para os veículos ou conjuntos de veículos sujeitos a autorização ocasional, podem ser


emitidas autorização ocasional podem ser emitidas autorizações de curta duração (até 6
meses) quando:
▪ Os objetos invisíveis transportados tenham as mesmas características;
▪ Os objetos indivisíveis tenham dimensões e peso iguais ou inferiores aos que
constam da autorização;
▪ O transporte se realize no mesmo itinerário, em qualquer dos sentidos;
▪ O veículo ou conjunto que realiza o transporte seja o mesmo.

1.3 Obrigações dos contratos-modelo de transporte de mercadorias

O Decreto-Lei n.º 239/2003, alterado pelo Decreto-lei 145/2008, estabelece o regime


jurídico do contrato de transporte rodoviário nacional de mercadorias.
O contrato de transporte rodoviário nacional de mercadorias é o celebrado entre
transportador e expedidor nos termos do qual o primeiro se obriga a deslocar
mercadorias, por meio de veículos rodoviários, entre locais situados no território nacional
e a entrega-las ao destinatário.
Transportador é a empresa regularmente constituída para o transporte público ou por
conta de outrem de mercadorias e expedidor é o proprietário, possuidor ou mero
detentor das mercadorias.
Quando, ao abrigo de um único contrato, as mercadorias sejam transportadas em parte
por meio rodoviário e em parte por meio aéreo, ferroviário, marítimo ou fluvial, aplica-
se á parte rodoviária o regime jurídico constante desde diploma.
A guia de transporte faz prova da celebração, termos e condições do contrato de
transporte. A falta, irregularidade ou perda da guia não prejudicam a existência nem a
validade do contrato de transporte.
Quando a mercadoria a transportar for carregada em mais de um veículo ou se trate de
diversas espécies de mercadorias ou de lotes distintos, o expedidor ou o transportador
podem exigir que sejam preenchidas tantas guias quantos os veículos a utilizar ou
quantas as espécies ou lotes de mercadorias.
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A Guia de transportes deve ser emitida em triplicado, assinada pelo expedidor e pelo
transportador ou aceite por forma escrita, por meio de carta, telegrama, telefax ou
outros meios informáticos equivalentes, e conter os seguintes elementos:
▪ Lugar e data em que é preenchida;
▪ Nome e endereço do transportador, do expedidor e do destinatário;
▪ Lugar e data do carregamento da mercadoria e local previsto para a entrega;
▪ Denominação corrente da mercadoria e tipo de embalagem e, quando se trate de
mercadorias perigosas ou de outras que careçam de precauções especiais, a sua
denominação dos termos da legislação especial aplicável;
▪ Peso bruto da mercadoria, número de volumes ou quantidade expressa de outro
modo.

Quando for caso disso, a guia deve conter também as seguintes indicações:
▪ Prazo para a realização do transporte;
▪ Declaração de valor da mercadoria;
▪ Declaração de interesse especial na entrega;
▪ Entrega mediante reembolso.

As partes podem ainda inscrever na guia de transporte outras menções, nomeadamente


o preço e outras despesas relativas ao transporte, lista de documentos entregues a
transportador e instruções do expedidor ou do destinatário.
O expedidor pode exigir que o transportador verifique o peso bruto da mercadoria ou a
sua quantidade expressa de outro modo, bem como o número ou o conteúdo dos
volumes, devendo mencionar na guia de transporte o resultado da verificação.
Salvo convenção em contrário, o expedidor pode, durante a execução do contrato, fazer
suspender o transporte modificar o lugar previsto para a entrega da mercadoria ou
designar destinatário diferente do indicado na guia de transporte.
O expedidor pode, mediante o pagamento de um suplemento de preço a convencionar,
declarar na guia de transporte o valor da mercadoria.
O expedidor pode, mediante o pagamento de um suplemento de preço a convencionar,
declarar na guia de transporte o valor do interesse especial na entrega da mercadoria,
para o caso de perda, avaria ou incumprimento do prazo convencionado.
Sempre que da guia de transporte conste a cláusula de entrega mediante reembolso e a
mercadoria seja entregue ao destinatário sem cobrança, o transportador fica obrigado a
indemnizar o expedidor até esse valor, sem prejuízo do direito de regresso.

O transporte pode formular reservas se, no momento da receção da mercadoria,


constatar que esta ou a embalagem apresentam defeito aparente, bem como quando
não tiver meios razoáveis de verificar a exatidão das indicações constantes da guia de
transporte.
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Sempre que o transportador cumpra o contrato de transporte por meio de terceiros


mantem para com o expedidor a sua originária qualidade e assume par com terceiro a
qualidade de expedidor.

Se ao abrigo de um único contrato o transporte for executado por transportadores


rodoviários sucessivos, o contrato produz efeitos relativamente ao segundo e a cada um
dos seguintes transportadores a partir do momento da aceitação da mercadoria e da guia
de transporte. O transportador que aceitara mercadoria do transportador. O
transportador que aceitar a mercadoria do transporte e, se entender necessário,
formular reservas.
O cumprimento da prestação do transporte ocorre com a entrega da mercadoria do
destinatário. Em caso de vício aparente da mercadoria ou defeito da embalagem, o
destinatário deve, no momento da aceitação, formular reservas que indiquem a natureza
da perda ou avaria. Em caso de vício não aparente, o destinatário dispões de oito dias a
contar da data da aceitação da mercadoria para formular reservas escritas devidamente
fundamentadas e para as comunicar ao transportador.

Se o destinatário receber a mercadoria sem verificar o seu estado contraditoriamente


com o transportador, ou sem formular as reservas a que se referem os números
anteriores, presume-se, salvo prova em contrário, que as mercadorias se encontravam
em boas condições. Para efeitos de verificação da mercadoria, o transportador e o
destinatário devem conceder reciprocamente as facilidades consideradas razoáveis.
No caso de impossibilidade de cumprimento do contrato de transporte nas condições
acordadas, o transportador deve pedir instruções ao expedidor ou, se tal estiver
convencionado, ao destinatário.
Caso o transportador não possa obter em tempo útil as instruções a que se refere o
número anterior e não seja possível a devolução das mercadorias ao expedidor, deve
tomar as medidas mais adequadas á sua conservação. Tratando-se de mercadorias
perecíveis, o transportador pode vendê-las, devendo o produto da venda ser posta á
disposição do expedidor, sem prejuízo do número seguinte.

O transportador tem direito ao reembolso das despesas causadas pelo pedido de


instruções ou pela sua execução, bem como das ocasionadas pela devolução, pelas
medidas de conservação ou venda das mercadorias, a não ser que estas despesas sejam
consequência de falta do transportador.
Presume-se que não é possível a devolução da mercadoria ao expedidor quando o tempo
necessário para o efeito puder provocar uma depreciação na mercadoria de, pelo menos,
30 % do respetivo valor, se este estiver determinado, ou do valor calculado nos termos
do artigo 23.º
O transportador goza do direito de retenção sobre as mercadorias transportadas como
garantia de pagamento de créditos vencidos de que seja titular relativamente a serviços
de transportes prestados.
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Sempre que exercer o direito de retenção, o transportador deve notificar o destinatário


e o expedidor, se um e outro foram pessoas diversas, dentro dos três dias imediatos á
data prevista para entrega da mercadoria. No exercício do direito de retenção, o
transportador deve propor a competente ação judicial dentro dos 20 dias subsequentes
á notificação referida no número anterior. As despesas com a conservação das
mercadorias, efetuadas no exercício do direito de retenção, ficam a cargo do devedor.
O transportador goza de privilégio pelos créditos resultantes do contrato de transporte
sobre as mercadorias transportadas. Este privilégio cessa com a entrega das mercadorias
ao destinatário. Sendo muitos os transportadores, os últimos exercerão o direito por
todos os outros.

Responsabilidades do expedidor
O expedidor responde por todas as despesas e prejuízos resultantes da inexatidão ou
insuficiência das indicações contidas na guia de transporte relativas ás mercadorias e ao
destinatário, bem como pelas despesas de verificação da mercadoria.
O expedidor responde pelos danos causados por defeito da mercadoria ou da
embalagem, salvo se o transportador, não tiver formulado as devidas reservas.

Quando o contrato tiver por objeto o transporte de mercadorias perigosas, ou outras que
careçam de precauções especiais nos termos de legislação aplicável, o expedidor deve
assinalar com exatidão a sua natureza, sendo responsável por todas as desp0esas e
prejuízo, em caso de omissão.

Responsabilidade do transportador
O transportador é responsável pela perda total ou parcial das mercadorias ou pela avaria
que se produzir entre o momento do carregamento e o da entrega, assim como pela
demora na entrega.
O transportador responde, como se fossem cometidos por ele próprio, pelos atos e
omissões dos seus empregados, agentes, representantes ou outras pessoas a quem
recorra para a execução do contacto. A responsabilidade do transportador fica excluída,
se a perda, avaria ou demora se dever á natureza ou vício próprio da mercadoria, a culpa
do expedidor ou do destinatário, a caso fortuito ou de força maior.

A responsabilidade do transformador fica ainda excluída quando a perda ou avaria


resultar dos riscos inerentes a qualquer dos seguintes fatos:
▪ Falta ou defeito da embalagem relativamente +as mercadorias que, pela sua
natureza, estão sujeitas a perdas ou avarias quando não estão devidamente embaladas.
▪ Manutenção, carga, arrumação ou descarga da mercadoria pelo expedidor ou
pelo destinatário ou por pessoas que atuem por conta destes.
▪ Insuficiência ou imperfeição das marcas ou dos símbolos dos volumes.
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O transportador não pode invocar defeitos do veículo que utiliza no transporte para
excluir a sua responsabilidade.
Há demora na entrega quando a mercadoria não for entregue ao destinatário no prazo
convencionado ou, não havendo prazo, nos sete dias seguintes á aceitação da mercadoria
pelo transportador. Quando a mercadoria não for entregue nos sete dias seguintes ao
termo prazo convencionado ou, não havendo prazo, nos 15 dias seguintes á aceitação da
mercadoria pelo transportador, considera-se que há perda total.
O valor da indeminização devida por perda ou avaria não pode ultrapassar 10 euros por
quilograma de peso bruto de mercadoria em falta. A indeminização por demora na
entrega não pode ser superior ao preço do transporte e só é devida quando o interessado
demonstrar que dela resultou prejuízo, salvo quando exista declaração de interesse
especial na entrega, caso em que pode ainda ser exigida indeminização por lucros
cessantes de que seja apresentada prova.
Sempre que a perda, avaria ou demora resultem de atuação dolosa do transportador,
este não pode prevalecer-se das disposições que excluem ou limitam a sua
responsabilidade.

Responsabilidade solidaria dos transportes sucessivos


No transporte sucessivo, verificando-se a ocorrência de danos e não podendo
determinar-se o transporte responsável por aqueles, todos os transportes são
solidariamente responsáveis pelas indeminizações que sejam devidas. Na situação
prevista no número anterior e em caso de insolvência de um ou mis transportadores, a
parte da indeminização que lhes for imputável será suportada pelos demais, na
proporção das suas remunerações.
Em caso de perda total ou parcial, ou depreciação, quando não esteja determinado o
valor da mercadoria, este é calculado segundo o preço corrente no mercado relevante
para mercadorias da mesma natureza e qualidade.
O direito á indeminização por danos decorrentes de responsabilidade do transportador
prescreve no prazo de um ano. O prazo referido no número anterior conta-se a partir da
entrega da mercadoria ao destinatário ou da sua devolução ao expedidor ou, em caso de
perda total, do 30.º dia posterior á aceitação da mercadoria pelo transportador.

1.4 Redação dos documentos que constituem o contrato de transporte

A guia de transporte faz prova da celebração, termos e condições do contrato de


transporte. A falta, irregularidade ou perda da guia não prejudicam a existência nem a
validade do contrato de transporte.
A guia de transporte deve ser emitida em triplicado, assinada pelo expedidor e pelo
transportador ou aceite por forma escrita, por meio de carta, telegrama, telefax ou
outros meios informáticos equivalentes, e conter os seguintes elementos:
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▪ Lugar e data em que é preenchida;


▪ Nome e endereço do transportador, do expedidor e do destinatário;
▪ Lugar e data do carregamento da mercadoria e local previsto para a entrega;
▪ Denominação corrente da mercadoria e tipo de embalagem, quando se trate de
mercadorias perigosas ou de outras que careçam de preocupações especiais, a sua
denominação nos termos da legislação especial aplicável;
▪ Peso bruto da mercadoria, número de volumes ou quantidade expressa de outro
modo

Quando for caso disso, a guia deve conter também as seguintes indicações:
▪ Prazo para a realização do transporte;
▪ Declaração de valor da mercadoria;
▪ Declaração de interesse especial na entrega;
▪ Entrega mediante reembolso.

As partes podem ainda inscrever na guia de transporte de outras menções,


nomeadamente o preço e outras despesas relativas ao transporte, lista de documentos
entregues ao transportador e instruções do expedidor ou do destinatário.

1.5 Autorizações de Transporte Internacional

Os Transportes internacionais são efetuados a coberto de uma licença comunitária, em


conjugação com um certificado de motorista caso o motorista seja nacional de um país
terceiro.
A licença comunitária é emitida por um Estado-Membro, nos termos do presente
regulamento aos transportadores rodoviários de mercadorias por conta de outrem:
▪ Estejam estabelecidos nesse Estado-Membro de estabelecimento, nos termos da
legislação comunitária e da legislação desse Estado-Membro;
▪ Estejam autorizados a efetuar no Estado-Membro de estabelecimento, nos
termos da legislação comunitária e da legislação desse Estado-Membro em matéria de
acesso á atividade de transportador, transportes rodoviários internacionais de
mercadorias.

A licença comunitária é emitida pelas autoridades competentes do Estado-Membro de


estabelecimento por períodos renováveis que não podem exercer dez anos.
O certificado de motorista é emitido por um Estado-Membro, nos termos do presente
regulamento, a qualquer transportador que:
▪ Seja titular de uma licença comunitária;
▪ No referido Estado-Membro, empregue legalmente um motorista que não seja
nacional nem residente de longa duração, na aceção da Diretiva 2003/109/CE do
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concelho, de 25 de Novembro de 2003, relativa ao estatuto dos nacionais de países


terceiros residentes de longa duração, de um Estado-Membro, ou utilize legalmente os
serviços de um motorista que não seja nacional nem residente de longa duração, na
aceção da mesma diretiva, de um Estado-Membro, e que esteja Ao serviço desse
trabalhador de acordo com as condições de trabalho e formação profissional de
motoristas fixadas nesse mesmo Estado-Membro:
▪ Em disposições legais, regulamentares ou administrativas, e se for caso disso, em
convenções coletivas, de acordo com as regras aplicáveis nesse Estado-Membro.

Os transportadores rodoviários de mercadorias por conta de outrem que sejam titulares


de uma licença comunitária e cujos motoristas, quando nacionais de país terceiro, sejam
titulares de certificados de motorista, ficam autorizados, nas condições fixadas no
presente capítulo, a efetuar operações de cabotagem.
As Autorizações bilaterais, são válidas entre os dois países, em função de acordos que
Portugal tenha concluído com certos países não comunitários.

As autorizações CEMT são multilaterais, permitindo livremente o transporte de


mercadoria dentro do território de todos os países que fazem parte da Conferencia
Europeia dos Ministros de Transportes. No intuito de melhorar o meio ambiente, a CEMT
estipulou regras de distribuição destas autorizações pelos países membros, em função
do desempenho ambiental.
Podem requerer autorizações bilaterais ou CEMT, necessárias para realizar transportes
internacionais de mercadorias de ou para países não-comunitários, as empresas titulares
de licença comunitária emitida pelo IMTT.

No caso das autorizações CEMT, os veículos a utilizar no transporte devem ser, pelo
menos, EURO 1. Contudo, a partir de 1 de janeiro de 2009, só os veículos de categorias
de categorias EURO 3, 4, e 5 podem realizar transportes a coberto destas autorizações.
Semestralmente, os transportes deverão remeter ao IMTT os impressos descritivos ás
viagens realizadas.

1.6 Obrigações da Convenção relativa ao contrato de transporte internacional de


mercadorias por estrada (CMR)

A convenção CMR (Cargo Movement Requirement), relativa ao contrato de transporte


Internacional de Mercadorias por Estrada, regulamenta o transporte de bens de todos os
tipos por veículos pesados de mercadorias. É aplicável quando o local de carga dos bens
e o local de descarga dos bens se encontram em países diferentes, sendo pelo menos um
dos países signatários da CMR.
A convenção é aplicável independentemente do domínio ou nacionalidade das partes. A
convenção é valida em todos os Estados-Membros da União Europeia e em alguns outros
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países. Caso uma determinada situação não esteja suficientemente regulada pela CMR,
aplica-se o direito nacional nas partes omissas.
Esta convenção teve como principal objetivo regular de maneira uniforme as condições
do contrato de transporte internacional de mercadorias por estrada, em particular no
que diz respeito aos documentos utilizados para este transporte e á responsabilidade do
transportador.
A Convenção não se aplica:
▪ Aos transportes efetuados ao abrigo de convenção postais internacionais;
▪ Aos transportes funerários;
▪ Aos transportes de mobiliários por mudança de domicílio.

O contrato de transporte estabelece-se por meio de uma declaração de expedição. A


declaração de expedição estabelece-se em três exemplares originais assinados pelo
expedidor e pelo transportador. O primeiro exemplar é entregue ao expedidor, o
segundo acompanha a mercadoria e o terceiro fica em poder do transportador.
Quando a mercadoria a transportar é carregada em veículos diferentes, ou quando se
trata de diversas espécies de mercadorias ou de lotes distintos, o expedidor ou do
transportador têm o direito de exigir que sejam preenchidas tantas declarações de
expedição quantos os veículos a utilizar ou quantas as espécies ou lotes de mercadorias.

A declaração de expedição deve conter as seguintes indicações:


▪ Lugar e data em que é preenchida;
▪ Nome e endereço do expedidor;
▪ Nome e endereço do transportador;
▪ Lugar e data do carregamento da mercadoria e lugar previsto de entrega;
▪ Nome e endereço do destinatário;
▪ Denominação corrente da natureza da mercadoria e modo de embalagem e,
quando se trate de mercadorias perigosas, na sua denominação geralmente aceite;
▪ Número de volumes, marcas especiais e números;
▪ Peso Bruto da mercadoria ou quantidade expressa de outro modo;
▪ Despesas relativas ao transporte (preço do transporte, despesas acessórias,
direitos aduaneiros e outras despesas que venham a surgir a partir da conclusão do
contrato até
à entrega);
▪ Instruções exigidas param as formalidades aduaneiras e outras;
▪ Indicação de que o transporte fica sujeito ao regime estabelecido por esta
convenção, a despeito de qualquer cláusula em contrário.

Quando seja caso disso, a declaração de expedição deve conter também as seguintes
indicações:
▪ Proibição de trasbordo;
▪ Despesas que o expedidor a seu cargo;
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▪ Valor da quantia a receber no momento da entrega da mercadoria;


▪ Valor declarado da mercadoria e quantia que representa o interesse especial na
entrega;
▪ Instruções do expedidor ao transportador no que se refere ao seguro da
mercadoria;
▪ Prazo combinado, dentro do qual deve efetuar-se o transporte;
▪ Lista dos documentos entregues ao transportador.

Ao tomar conta da mercadoria, o transportador tem o dever de verificar a exatidão das


indicações da declaração de expedição acerta do número, bem como o estado aparente
da mercadoria e da sua embalagem.

Sugere-se a consulta integral da convenção CMR – (anexo I)

1.7 Redação da Declaração de expedição

A declaração de expedição estabelece-se em três exemplares originais assinalados pelo


expedidor e pelo transportador, podendo estas assinaturas ser impressas ou substituídas
pelas chancelas do expedidor e do transportador, se a legislação do país onde se
preenche a declaração de expedição o permite.
O primeiro exemplar é entregue ao expedidor, o segundo acompanha a mercadoria e o
terceiro fica em poder do transportador.
Quando a mercadoria a transportar é carregada em veículos diferentes, ou quando se
trata de diversas espécies de mercadorias ou de lotes distintos, o expedidor ou o
transportador tem o direito de exigir que sejam preenchidas tantas declarações de
expedição quantos os veículos a utilizar ou quantas as espécies ou lotes de mercadorias.

A declaração de expedição deve conter as indicações seguintes:


▪ Lugar e data em que é preenchida;
▪ Nome e endereço do expedidor;
▪ Nome e endereço do transportador;
▪ Lugar e data do carregamento da mercadoria e lugar previsto de entrega;
▪ Nome e endereço do destinatário;
▪ Denominação corrente da natureza da mercadoria e modo de embalagem e,
quando se trate de mercadorias perigosas, sua denominação geralmente aceite;
▪ Número de volumes, marcas especiais e números;
▪ Peso bruto da mercadoria ou quantidade expressa de outro modo;
▪ Despesas relativas ao transporte (preço do transporte, despesas acessórias,
direitos aduaneiros e outras despesas que venham a surgir a partir da conclusão do
contrato ate á entrega);
▪ Instruções exigidas param as formalidades aduaneiras e outras;
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▪ Indicação de que o transporte fica sujeito ao regime estabelecido por esta


convenção, a despeito de qualquer cláusula em contrário.

Quando seja caso disso, a declaração de expedição deve conter também as seguintes
indicações:
▪ Proibição de transbordo;
▪ Despesas que o expedidor toma a seu cargo;
▪ Valor da quantia a receber no momento da entrega da mercadoria;
▪ Valor declarado da mercadoria e quantia que representa o interesse especial na
entrega;
▪ Instruções do expedidor ao transportador no que se refere ao seguro da
mercadoria;
▪ Prazo combinado, dentro do qual deve efetuar-se o transporte;
▪ Lista dos documentos entregues ao transportador.

As partes podem mencionar na declaração de expedição qualquer outra indicação que


considerem útil.

1.8 Passagem da Fronteiras

O acordo de Schengen é uma convenção entre países europeus sobre uma política de
livre circulação de pessoas no espaço geográfico da Europa. São 24 nações da União
Europeia (Bulgária, Roménia e Chipre aguardam a implementação) e mais outros quatro
países europeus membros da EFTA (Islândia, Noruega e Suíça; Liechtenstein aguarda
implementação).
O espaço Schengen permite a livre circulação de pessoas dentro dos países signatários,
sem a necessidade apresentação de passaporte nas fronteiras. Porem é necessário ser
portador de um documento legal como, por exemplo, o bilhete de identidade. Além do
mais, o espaço Schengen não se relaciona com a livre circulação de mercadorias
(embargos) cuja entidade mediadora é a União Europeia e os outros membros fora do
bloco económico.
Uma típica fronteira Schengen sem nenhum posto de controlo. Na foto, fronteira entre
Áustria e Alemanha.

Para as pessoas, o impacto mais visível da existência do Espaço Schengen é o fato de


terem deixado de exibir o passaporte quando atravessam as fronteiras entre os Estados
Membros de Schengen. Tal não significa, porem, que viajar no Espaço Schengen seja o
mesmo que viajar dentro de um determinado Estado Membro no que diz respeito á posse
de um documento de viagem ou de identidade. A lei de cada Estado Membro determina
se uma pessoa precisa ou não de ter consigo esses documentos.
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Os nacionais dos Estados Membros da União têm o direito de se deslocar para todos os
outros países da EU sem terem de cumprir quaisquer formalidades especiais. Basta serem
portadores de um passaporte ou bilhete de identidade válido. O seu direito de viajar só
pode ser restringido por motivos de ordem pública, segurança pública ou saúde pública.
Deste modo, o seu direito de viajar não depende das circunstâncias pessoais: quer seja
por razoes profissionais ou privadas, têm o direito de viajar para qualquer parte da União
Europeia.
Se é cidadão comunitário, já não tem de mostrar o seu passaporte ao cruzar as fronteiras
entre os Estados membros de Schengen. Contudo, os Estados-Membros de Schengen
mantiveram o direito, com base nas respetivas legislações nacionais, de proceder a
controlos de identidade nos seus territórios, no exercício das suas funções de polícia
judiciária. A legislação nacional define se o cidadão deve fazer se acompanhar por um
bilhete de identidade ou passaporte válido.

Qualquer cidadão na posso de um visto Schengen pode entrar num país e viajar
livremente em todo o Espaço Schengen, já que deixou de haver controlos nas fronteiras
internas.
Se pretender visitar apenas um Estado Membro signatário de Schengen, deve pedir o
visto na Embaixada ou Consulado desse Estado Membro. Se pretender visitar diversos
países do Espaço Schengen, deve pedir o visto na Embaixada ou Consulado do país que
constitui o seu destino principal. Se pretender visitar diversos países do Espaço Schengen
mas não tiver um destino principal, deve pedir o visto na Embaixada ou consulado do país
no qual entrar em primeiro lugar.
Se alguns dos membros da sua família forem nacionais de um país terceiro, deve pedir os
vistos de entrada necessários.

Transporte internacional – TIR


Em novembro de 1975, a comissão Económica para a Europa das Nações Unidas,
promoveu a convenção TIR (Customs Convention on the International Transporto of
Goods), que rapidamente se tornou a mais bem-sucedida convenção de transportes
internacionais.
Até esta data assinaram eta convenção 68 países, incluindo a Europa, norte de Africa, e
médio Oriente.
Até hoje a convenção sofreu 28 emendas, adaptando-se às novas realidades e
necessidades.

Vantagens
O objetivo da convenção é facilitar o movimento de mercadorias, harmonizando os
procedimentos de controlo alfandegário, mantendo-se a segurança e garantias.
Para o efeito, regras não devem ser demasiado facilitadoras, nem demasiado complexas
para os agentes transportadores. É fundamental encontra o equilíbrio entre as exigências
alfandegárias e dos operadores do transporte.
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Tradicionalmente quando uma mercadoria atravessava fronteiras rodoviárias, as


autoridades alfandegárias em cada Estado aplicavam as normas e procedimentos
nacionais, os quais variavam de estado para Estado, mas que frequentemente envolviam
a inspeção da carga em cada fronteira e a imposição de procedimentos de segurança.
Estas medidas aplicadas em cada país em trânsito levavam a consideráveis despesas e
atrasos e interferência no trânsito internacional.
No sentido de se reduzir estas dificuldades dos transportes e, ao mesmo tempo, oferecer
u sistema internacional de controlo que substituísse os tradicionais procedimentos
nacionais, foi criado o sistema TIR.

No que respeita ao controlo alfandegário, o sistema TIR tem claras vantagens para as
administrações alfandegárias, uma vez que reduz as habituais exigências transitárias. Ao
mesmo tempo o sistema TIR evita a necessidade (dispensada em instalações e mão de
obra) da inspeção física nos países transitários, pela simples verificação de selos e das
condições externas do compartimento de carga ou contentor.
Também dispensa a necessidade de garantias nacionais e sistemas nacionais de
documentação.
O transporte internacional passa a necessitar de u único documento de trânsito, a
caderneta TIR, que reduz o risco de se apresentar incorreta ou insuficiente aos serviços
alfandegários.
Em caso de dúvida, a autoridade alfandegária tem o direito a inspecionar as mercadorias
seladas, e se necessário interromper o transporte TIR e/ou adotar as medidas necessárias
de acordo com a legislação nacional. Estas situações deverão ocorrer apenas a título
excecional.

Desta forma, as autoridades conseguem reduzir procedimentos administrativos e dirigir


os seus escassos recursos humanos para medidas especiais de acordo baseadas na
análise de risco e denúncias.
As vantagens para as transportadoras são óbvias. As mercadorias podem atravessar
fronteiras com interferência, mínima das autoridades alfandegárias. Desta forma há um
encorajamento ao transporte internacional. A redução do tempo de espera nas fronteiras
reflete-se numa redução dos custos.
A convenção TIR também, fornece através da sua corrente internacional, acesso simples
às necessárias garantias, sem as quais o transporte não é possível.
Desta forma, os importadores e exploradores passam a dispor de mais escolha para o
movimento da sua mercadoria.

Princípios
A fim de garantir que a mercadoria circula com o mínimo de interferências e garantir a
segurança para as autoridades alfandegárias, a convenção TIR contém cinco requisitos
básicos:
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1. As mercadorias têm de ser transportadas em veículos seguros ou em contentores,


garantindo-se que não é possível o acesso á mercadoria após a selagem, ou sendo o caso,
seja facilmente detetável;
2. Ao longo da viagem, as taxas em risco devem ser cobertas por garantias válidas
internacionalmente;
3. As mercadorias devem ser acompanhadas por um documento (cadernetas TIR)
internacionalmente aceite, aberta no país de origem e servindo de documento de
controlo alfandegários nos países de origem, transito e destino.
4. As Medidas de controlo alfandegário têm de ser aceites em todos os países de
trânsito e destino;
5. Acesso aos procedimentos TIR limitado ás associações nacionais e utilizadores das
cadernetas TIR, de forma a salvaguardar o sistema de atividade fraudulentas.

Este sistema tem provado ser um sistema de trânsito alfandegário eficiente e tem vindo
a desempenhar um papel importantíssimo na simplificação das trocas de mercadorias,
primeiro na Europa, mas mais recentemente nas áreas vizinhas.

A caderneta TIR
A Caderneta TIR pode ser emitida no país onde o titular está sedeado/reside ou no país
de partida.
A Caderneta TIR é impressa em francês, á exceção da página 1 (capa) onde a informação
é impressa também em inglês.
A Caderna TIR é válida até a conclusão do transporte TIR na alfândega de destino.
No caso de transportes em “comboio de viaturas” ou em dois contentores numa visita,
basta apresentar uma única Caderneta TIR.
Cada caderneta TIR pode envolver várias alfândegas na partida e n o destino, ate ao limite
de quatro. A caderneta apenas poderá ser apresentada na alfândega de destino, caso
todas as alfândegas de partida a tenham aceitado.
Existem várias alfândegas de partida quando o veículo recolhe mercadoria em mais de
um país ao longo da sua viagem. Existem várias alfândegas de destino quando p veículo
descarrega mercadoria em mais de um país ao longo da sua viagem.
Quando existe apenas uma alfândega de partida e uma alfândega de destino, a caderneta
TIR tem de possuir, pelo menos, 2 folhas para o país de origem, 2 folhas para o país de
destino e 2 folhas por cada país em trânsito. Por cada alfândega extra de partida, será
acrescentado 2 folhas extra.
A caderneta TIR tem de ser apresentada juntamente com o veículo, combinação de
veículos ou de contentores em cada alfândega de partida, de trânsito e de destino. Na
última alfandega, o responsável deverá assinar e datar a caderneta.

Não é permitido apagar ou escrever por cima de informação existente na caderneta. As


correções são feitas cortando a informação incorreta e acrescentando a nova
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informação, se necessário. As correções devem ser rubricadas pela pessoa que as


efetuou.
Quando a legislação nacional não imponha registo dos reboques e semirreboques, deve
apresentar-se o nº do condutor em vez do nº de chassis.

O manifesto é preenchido na língua do país de partida, expecto se as autoridades


alfandegárias autorizarem outra. As entidades alfandegárias dos países de trânsito
podem exigir a tradução da informação.
A informação do manifesto deve ser escrita à máquina ou de forma que seja facilmente
legível em todas as folhas. Folhas ilegíveis não serão aceites pelas autoridades
alfandegárias. Podem ser acrescentadas folhas separadas ao manifesto que contenham
a informação necessária.
Quando a caderneta contem informação relativa a vários veículos ou contentores, a
informação tem de ser separada em conformidade.
Caso existem várias alfândegas de partida ou de chegada, deve separa-se a informação
respeitante a cada serviço alfandegário.
Todos os vouchers têm de ser assinados e datados pelo portador da caderneta ou seu
agente.

1.9 Transitários

Nos portos e fronteiras terrestres não há só formalidades para as mercadorias que saem
ou entram nesse país. As mercadorias que passam nesses pontos e não procedem, ou se
destinam, a esse país também têm formalidades.
Essas formalidades são chamadas de trânsito. Esse trânsito pode verificar-se
atravessando o país. Portanto por via terrestre, ou unicamente estacionando nem porto
ou aeroporto. Fundamentalmente o “trânsito” é uma entrada nem país sem pagar
direitos para a sua rápida saída para o estrangeiro.
Antigamente esse “trânsito” fazia-se, duma maneira geral, caucionando os direitos d
entrada dessa mercadoria, caução que era cancelada quando ela saía.

Quando as empresas ferroviárias fizeram combinações, ou acordos de tarifas, de forma


a evitar reexpedições, podendo utilizar-se um único contrato de transporte para todo o
percurso iniciou-se esta modalidade entre países limítrofes.
Quando se pretendeu estender esta modalidade a um outro país começaram a surgir as
dificuldades para a travessia do país que estava de permeio. Então o expedidor tinha que
socorrer-se de alguém que, na fronteira de entrada nesse país a ser atravessado, se
ocupasse desses formalidades e prestasse a caução dos direitos. No ponto de saída desse
país outra formalidade havia a cumprir. Como se resolveu este problema?
Pois bem as empresas ferroviárias dos diversos países fizeram uma convenção
internacional, reconhecida pelos seus respetivos países, que não só as ligava perante o
expedidor, por um único contrato de transporte, mas também eram que, com
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determinadas medidas de segurança e garantias, asseguravam o seguimento das


remessas sem retenção.
Passou a fazer-se, mais tarde, o atravessamento dos países, no tráfego ferroviário, ao
abrigo de uma convenção internacional – TIF – baseada numa outra convenção relativa
ao transporte de mercadorias por caminho-de-ferro – CIM.

Mais tarde, por estrada, o trânsito processava-se da mesma forma com caução dos
direitos. Posteriormente esse trânsito na Europa fez-se também ao abrigo de Convenções
Internacionais:
▪ T.I.R. – convenção relativa ao transporte internacional de mercadorias a coberto
de “Caderneta TIR”;
▪ Convenção aduaneira sobre a importação temporária de veículos rodoviários
comercial;
▪ Convenção relativa ao contrato de transportes internacionais de mercadorias por
estrada – CMR.

A Atividade Transitaria
A atuação dos transitários como consultores, coordenadores e/ou promotores de
transportes internacionais reveste-se de uma alta importância, principalmente nas
circunstâncias atuais em que a crescente diversidade dos meios e modalidades de
transporte e das formalidades e operações inerentes á movimentação internacional de
mercadorias se torna cada vez maior.

Na verdade os estudos teóricos que possam aconselhar determinadas opções têm de ser
confirmadas e corrigidas pelas experiências vividas em abundantes casos anteriores e
assegurados coma disponibilidade de adequados meios de ação – humanos, materiais e
de organização – que realisticamente conduzam á solução mais conveniente para o
Exportador ou Importador português, dentro do contexto da Economia Nacional, em que,
necessariamente, tem que se inserir.

Alias, a adesão de Portugal á EU implica existência de estruturas e Know How ao nível dos
restantes membros daquela união.
Daí que as funções desempenhadas pelos Transitários sejam imprescindíveis ao Comercio
Internacional, e efetivamente se traduzam nem precioso apoio, não apenas aos
Transportadores, Seguradores, Entidades Portuárias e Aduaneiras dos diversos países,
mas também, e principalmente, aos Importadores, Exploradores e Agentes Comerciais
que pretendam projetar para alem das fronteiras o exercício ou o objeto das suas
atividades.
E não é por mero acaso que os países em que o número de Transitários, relativamente ás
outras especialidades profissionais, é proporcionalmente maior são justamente aqueles
em que são mais desenvolvidas, mais agressivas e mais eficientes as atividades ligadas ao
Comercio Internacional.
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A atividade do Transitário reveste-se da maior importância e complexidade, não apenas


como serviço especializado e autónomo, mas como poderoso suporte e insubstituível
estímulo dos ramos da Economia do país direta ou indiretamente dependentes ou
relacionados com o Comercio Internacional.

A atividade transitária é uma função legal como mandatários previstos no Código


Comercial, sendo considerada uma missão de confiança. Além disso esta função
encontra-se também regulamentada pelas Condições Gerais de Prestação destes
Serviços da Associação Portuguesa dos Agentes Transitários (APTA) e pela Federação
Internacional (FIATA).
É nesta regulamentação que vamos encontrar o conceito de Transitário – por outras
palavras:
Transitário é a entidade a quem são confiadas, por um terceiro, mercadorias para se
ocupar da receção, da manutenção, do armazenamento, da reexpedição, do contrato de
frete para expedição, seja na exportação, seja na importação, (segundo o caso) e, perante
o qual terceiro, que é o Cliente, o Transitário responde pela boa conservação da
mercadoria por todo o tempo em que tem a mercadoria á sua guarda ou sob sua gestão.

1.10 Documentos especiais de acompanhamento da mercadoria

A Guia de Transporte é o documento legal emitido pelo transportador para acompanhar


a mercadoria durante o transporte em território português.
A guia de Transportes assume no nosso ordenamento jurídico uma dupla função
CONTRATUAL (expressa as condições do contrato de transporte celebrado entre
Transportador e Expedidor,) e FISCALIZADORA (Fiscalizadora – permite facilitar a
atividade de fiscalização quanto ao cumprimento das regras de acesso e organização de
mercado).
Documentos sobre Transporte Internacional
Os principais documentos utilizados no transporte rodoviário internacional (intra e
extracomunitário) são:
▪ Declaração de Expedição;
▪ Carta de Porte Rodoviário CMR/TIR, ou
▪ CMR (“Convention Relative au Contrat de Transport International de Marchandise
par Route”) – é o documento comprovativo do contrato de transporte rodoviário entre o
transportador e a empresa e regula o transporte internacional rodoviário entre dois
países desde que, pelo menos um deles tenha ratificado a Convenção CMR. Evidência as
instruções fornecidas ao transportador e tem que acompanhar o envio da mercadoria.

Nas relações entre os transitários e os seus clientes utilizam-se os seguintes documentos:


▪ FBL (“Forwarder Bill of Lading”) ou Conhecimento Particular do Transitário – é o
documento que comprova o contrato de transporte entre o transitário e o seu cliente
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relativamente para tráfegos de “grupagem” que utilizam mais de um modo de


transporte.
▪ FCR (“Forwarder Certifique of Receipt”) ou Certificado de Recção do Transitário –
é o documento emitido pelo transitário a pedido do seu cliente que atesta que o primeiro
recebeu do segundo uma determinada mercadoria destinada a envio internacional e que,
simultaneamente, recebeu ordens irrevogáveis desde para a fazer chegar a um
destinatário identificado nesse documento ou de a ter á disposição desse destinatário. É
um documento muito importante, na medida em que permite a seu detentor (a empresa)
negociar o “crédito documentário “aberto num banco pelo destinatário da mercadoria a
seu favor.
▪ FCT (“Forwarder Certificate of Transport”) ou Certificado de Transporte do
Transitário– é o documento de transporte emitido pelo transitário ao seu cliente, no que
concerne a cargas de “grupagem” que utilizem um só modo de transporte. É emitido
antes de o transitário celebrar o contrato de transporte da unidade completa com o
transporte da unidade completa com o transporte efetivo da mercadoria.

Existe uma Convenção de Transporte Multimodal (“United Nations Convention on


International Multimodal Transport Of Good”), de 24 de Maio de 1980, que prevê uma
responsabilidade única para toda a cadeia de transporte, através do recurso a um só
documento a utilizar em todos os “modos”. Contudo, esta Convenção ainda não está em
vigor no ordenamento jurídico internacional pois carece das necessárias ratificações.
Assim, continua a ser aplicada a regra de cada “modo” de transporte, quer a nível de
documentos necessários, quer no que respeita á responsabilidade inerente.
Na medida em que hoje, naturalmente, não existem transportes “unimodais”, sendo o
recurso a vários “modos” (transporte combinado) muito utilizado, já existe um conjunto
de regras uniformes e consensualmente aceites a nível internacional aplicáveis a esta
situação para suprir a lacuna da falta de Convenção e embora sem a sua força vinculativa.
Estas regras foram aprovadas pela Câmara de Comercio Internacional (CCI), representada
em Portugal pela Delegação Portugal da CCI e pela Associação Comercial de Lisboa.

O Documento a utilizar nestes casos, chamado “FIATA FDL” ou “Conhecimento de


Embarque Multimodal”, regula o transporte internacional em regime “multimodal”
organizado sob a responsabilidade de transitários que pertençam á FIATA (federação
Internacional de Transitários), cujo membro português é a APAT – Associação de
Transitários de Portugal e cujas coordenadas constam dos contactos úteis deste
documento.

A Associação dos Transitários de Portugal recomenda moderação na emissão deste


documento por envolver um substancial acréscimo de responsabilidades para as quais,
nem sempre os transitários dispõem de seguros adequados.
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Outros Documentos
Naturalmente que outros documentos poderão ser necessários:
▪ Apólice de Frete – Contrato de transporte marítimo no âmbito de um regime de
contratação livre cuja finalidade é o transporte de grandes volumes de mercadoria em
navios completos.
▪ Apólice de Seguro – Contrato de Seguro mediante o qual, a empresa seguradora
se obriga, contra cobrança de um premio, a indemnizar um dano sofrido pelo segurado
ou a satisfazer um capital, renda ou outras prestações convencionadas.

De referir, neste contexto, que se o exportador solicitar ao transitário que este se


encarregue de contratar os seguros marítimos, terrestres e aéreos dos produtos, esse
serviço será prestado, eventualmente até em condições mais vantajosas do que se o
exportador recorrer a uma companhia de seguros, por si próprio. De facto, muitos
transitários dispõem de “apólices flutuantes”, o que, frequentemente, lhes permite a
obtenção de condições mais favoráveis junto destas entidades.

ANEXO I

Convenção relativa ao contrato de transporte internacional de mercadorias por estrada


(CMR)
(assinada em 19 de maio de 1956, entrou em vigor em 21 de Dezembro de 1969 – Aviso
da Direção Geral dos Negócios Económicos, DG nº 129º, 2º Serie de 03.06.1970 – e foi
objeto de alteração através do Protocolo de Emenda, aprovado pelo Decreto nº 28/88,
de 6 de Setembro)

Preâmbulo

As Partes Contratantes, sendo reconhecido a utilidade de regular de maneira uniforme


as condições do contrato de transporte internacional de mercadorias por estrada, em
particular no que diz respeito aos documentos utilizados para este transporte e á
responsabilidade do transportador, convencionaram o seguinte:

CAPÍTULO I
(Âmbito de Aplicação)
Artigo 1º
1. A presente convenção aplica-se a todos os contratos de transporte de
mercadorias por estrada a título oneroso por meio de veículos, quando o lugar do
carregamento da mercadoria e o lugar da entrega previsto, tais como são indicados no
contrato, estão situados em dois países diferentes, sendo um destes, pelo menos, país
contratante e independentemente do domicílio e nacionalidade das partes.
2. Para a aplicação da presente Convenção, devem entender-se por “veículos” os
automóveis, os veículos articulados, os reboques e semirreboques, tais como estão
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definidos pelo artigo 4 da Convenção da circulação rodoviária de 19 de Setembro de


1949.
3. A presente Convenção também se aplica quando os transportes abrangidos pelo
seu âmbito de aplicação são efetuados por Estados ou por Instituições ou organizações
governamentais.
4. A presente Convenção não se aplica:
a) Aos transportes efetuados ao abrigo de convenções postais internacionais
b) Aos transportes funerários
c) Aos transportes de mobiliário por mudança de domicílio
5. As Partes Contratantes comprometem-se a não fazer nenhuma modificação á
presente Convenção, por meio de acordos particulares estabelecidos entre duas ou mais
delas, salvo para a tornar inaplicável ao seu tráfego fronteiriço ou para autorizar a
utilização, nos transportes efetuados inteiramente dentro do seu território, da
declaração de expedição representativa da mercadoria.

Artigo 2º

1. Se o veículo que contém as mercadorias for transportado, em parte do percurso,


por mar, caminho-de-ferro, via navegável interior ou pelo ar e as mercadorias, salvo se
forem aplicáveis as disposições do artigo 14, dele não forem descarregadas, a presente
Convenção aplicar-se-á, no entanto, ao conjunto do transporte. Todavia, na medida em
que se provar que qualquer perda, avaria ou demora de entrega da mercadoria, que
tenha ocorrido durante o transporte por qualquer via que não seja a estrada, não foi
causada por qualquer ato ou omissão do transportador rodoviário, e provem de fato que
só pode dar-se durante e em virtude do transporte não rodoviário, a responsabilidade do
transportador rodoviário será determinada, não pela presente Convenção, mas sim pela
forma como a responsabilidade do transportador não rodoviário teria sido determinada
se tivesse firmado um contacto de transporte entre o expedidor e o transportador não
rodoviário apenas para o transporte de mercadoria em conformidade com as disposições
imperativas da lei relativa ao transporte de mercadoria por outra via de transporte que
não seja a estrada. Contudo, na falta de tais disposições, a responsabilidade do
transportador rodoviário será determinada pela presente Convenção.
2. Se o transportador rodoviário for ao mesmo tempo o transportador não
rodoviário, a sua responsabilidade será também determinada pelo parágrafo 1, como se
a sua função de transportador rodoviário e a de transportador não rodoviário fossem
exercidas por duas pessoas diferentes.
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CAPÍTULO II
(Pessoas pelas quais o transportador é responsável)
Artigo 3º
Para a aplicação de presente Convenção estabelece-se por meio de uma declaração de
expedição. A falta, irregularidade ou perda da declaração de expedição não prejudicam
nem a existência nem a validade do contrato de transporte, que continua sujeito ás
disposições da presente Convenção.

Artigo 5º
1. A declaração de expedição estabelece-se em três exemplares originais assinados pelo
expedidor e pelo transportador, podendo estas assinaturas ser impressas ou substituídas
pelas chancelas do expedidor e do transportador, se a legislação do país onde se
preenche a declaração de expedição o permite. O primeiro exemplar é entregue ao
expedidor, o segundo acompanha a mercadoria e o terceiro fica em poder do
transportador.
2. Quando a mercadoria a transportador é carregada em veículos diferentes, ou quando
se trata de diversas espécies de mercadorias ou de lotes distintos, o expedidor ou o
transportador têm o direito de exigir que sejam preenchidas tantas declarações de
expedição quantos os veículos a utilizar ou quantas as espécies ou lotes de mercadorias.

Artigo 6º
1. A declaração de expedição deve conter as indicações seguintes:
a) Lugar e data em que é preenchida;
b) Nome e endereço do expedidor;
c) Nome e endereço do transportador;
d) Lugar e data do carregamento da mercadoria e lugar previsto de entrega;
e) Nome e endereço do destinatário;
f) Denominação corrente da natureza da mercadoria e modo de embalagem e ,
quando se trate de mercadorias perigosas, sua denominação geralmente aceite;
g) Número de volumes, marcas especiais e números;
h) Peso bruto da mercadoria ou quantidade expressa de outro modo;
i) Despesas relativas ao transporte (preço do transporte, despesas acessórias,
direitos aduaneiros e outras despesas que venham a surgir a partir da conclusão do
contrato até á entrega);
j) Instruções exigidas, para as formalidades aduaneiras e outras;
k) Indicação de que o transporte fica sujeito ao regime estabelecido por esta
Convenção, a despeito de qualquer cláusula em contrário
2. Quando seja caso disso, a declaração de expedição deve conter também as
seguintes indicações:
a) Proibição de transbordo
b) Despesas que o expedidor toma a seu cargo
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c) Valor da quantia a receber no momento da entrega da mercadoria


d) Valor declarado da mercadoria e quantia que representa o interesse especial na
entrega
e) Instruções do expedidor ao transportador no que se refere ao seguro da
mercadoria
f) Prazo combinado, dentro do qual deve efetuar-se o transporte
g) Lista dos documentos entregues ao transportador

3. As partes podem mencionar na declaração9 de expedição qualquer outra


indicação que considerem útil.

Artigo 7º
1. O expedidor responde por todas as despesas, perdas e danos que o transportador
sofra em virtude da inexatidão ou insuficiência:
a) Das indicações mencionadas o artigo 6, paragrafo 1, b),d),e),f),g),h) e j)
b) Das indicações mencionadas no artigo 6, paragrafo 2,
c) De qualquer outra indicação ou instruções que dê para o preenchimento da
declaração de expedição ou para incluir nesta
2. Se o transportador, a pedido do expedidor, inscrever na declaração de expedição
as indicações mencionadas no parágrafo 1 do presente artigo, considerar-se-á, até prova
em contrário, que atua em nome do expedidor
3. Se a declaração de expedição não contiver a menção prevista no artigo 6,
paragrafo 1, k), o transportador será responsável por todas as despesas, perdas e danos
sofridos pela pessoa que tem direito á mercadoria em virtude desta omissão.

Artigo 8º
1. Ao tomar conta da mercadoria, o transportador tem o dever de verificar
a) A exatidão das indicações da declaração de expedição acerca do número de
volumes, marcas e números
b) O estado aparente da mercadoria e da sua embalagem
2. Se o transportador não tiver meios razoáveis de verificar a exatidão das indicações
mencionadas no parágrafo 1, a), do presente artigo, inscreverá na declaração de
expedição reservas que devem ser fundamentadas. Do mesmo modo, deverá
fundamentar todas as reservas não obrigam o expedidor se este as não tiver aceitado
expressamente na declaração de expedição.
3. O expedidor tem o direito de exigir que o transportador verifique o peso bruto da
mercadoria ou sua quantidade expressa de outro modo. Pode também exigir a verificação
do conteúdo dos volumes. O transportador pode reclamar o pagamento das despesas de
verificação. O resultado das verificações será mencionado na declaração de expedição.
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Artigo 9º
1. A declaração de expedição, até prova em contrário, faz fé das condições do
contrato e da receção da mercadoria pelo transportador;
2. Na falta de indicações de reserva motivadas do transportador na declaração de
expedição, presume-se que a mercadoria e embalagem estavam em bom estado
aparente no momento em que o transportador as tomou a seu cargo, e que o número
de volumes, as marcas e os números estavam em conformidade com as indicações da
declaração de expedição.

Artigo 10º

O expedidor é responsável para com o transportador por danos a pessoas, material ou


outras mercadorias, assim como por despesas originadas por defeito da embalagem da
mercadoria, a não ser que o transportador, sendo o defeito aparente ou tendo
conhecimento dele no momento em que se tornou contra da mercadoria, não tenha feito
reservas a seu respeito.

Artigo 11º

1. Para o cumprimento das formalidades aduaneiras e outras a observar ate á


entrega da mercadoria, o expedidor deve juntar á declaração de expedição, ou pôr á
disposição do transportador, os documentos necessários e prestar-lhe todas as
informações pedidas.
2. O transporte não tem obrigação para com o transportador por todos os danos que
resultem da falta, insuficiência ou irregularidade desses documentos e informações, salvo
no caso de falta do transportador.
3. O transportador é responsável como se fosse agente pelas consequências da perda ou
da utilização inexata dos documentos mencionados na declaração de expedição e que a
acompanhem ou lhe sejam entregues, no entanto, a indeminização a que fica obrigado
não será superior á que seria devida no caso de perda da mercadoria.

Artigo 12º

1. O expedidor tem o direito de dispor da mercadoria, em especial pedindo ao


transportador que suspenda o transporte desta, de modificar o lugar previsto para a
entrega e de entregar a mercadoria a um destinatário diferente do indicado na
declaração de expedição.
2. Este direito cessa quando o segundo exemplar da declaração de expedição é entregue
ao destinatário ou este faz valer o direito previsto no artigo 13º, paragrafo 1, a partir
desse momento o transportador tem de conformar-se com as ordens do destinatário.
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3. O direito de disposição pertence, todavia, ao destinatário a partir do preenchimento


da declaração de expedição se o expedidor inscrever tal indicação na referida nota.
4. Se o destinatário, no exercício do seu direito de disposição, ordenar a entrega da
mercadoria a outra pessoa, esta não poderá designar outros destinatários.
5. O exercício do direito de disposição fica sujeito às seguintes condições:
a) O expedidor ou no caso mencionado no parágrafo 3 do presente artigo, o
destinatário que quiser exercer este direito, tem de apresentar o primeiro exemplar da
declaração de expedição, no qual devem estar inscritas as novas instruções dadas ao
transportador e de indemnizar o transportador pelas despesas e pelo prejuízo causado
pela execução destas instruções
b) Esta execução deve ser possível no momento em que as instruções chegam á
pessoa que deve excuta-las, e não deve dificultar a exploração normal da empresa do
transportador, nem prejudicar os expedidores ou destinatários d outras remessas
c) As instruções nunca devem provocar a divisão da remessa
6. Quando o transportador, em virtude das disposições indicadas no parágrafo 5, b,
do presente artigo, não puder executar as instruções que receber, deve avisar
imediatamente disso a pessoa que deu essas instruções.
7. O transportador que não executar as instruções datas nas condições previstas no
presente artigo, ou que se tenha conformado com essas instruções sem ter exigido a
apresentação do primeiro exemplar da declaração de expedição, será responsável
perante o interessado pelo prejuízo causado por esse fato.

Artigo 13º

1. Depois da chegada da mercadoria ao lugar previsto para a entrega, o destinatário


tem o direito de pedir que o segundo exemplar da declaração da expedição e a
mercadoria lhe sejam entregues, tudo contra o documento de receção. Se verifica perda
da mercadoria, ou se esta não chegou até ao termo do prazo previsto no artigoº 19, o
destinatário fica autorizado a fazer valer em seu próprio nome, para com o transportador,
os direitos que resultam do contrato de transporte.
2. O destinatário que usa dos direitos que lhe são conferidos nos termos do
parágrafo 1 do presente artigo é obrigado a pagar o valor dos créditos resultantes da
declaração da expedição. Em caso de contestação a este respeito, o transportador só é
obrigado a efetuar a entrega da mercadoria se o destinatário lhe prestar uma caução.

Artigo 14º

1. Se for qualquer motivo a execução do contrato nas condições previstas na


declaração de expedição e ou se torna impossível antes da chegada da mercadoria ao
lugar previsto para a entrega, o transportador tem de pedir instruções á pessoa que tem
o direito de dispor da mercadoria em conformidade com o artigo 12º.
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2. No entanto, se as circunstâncias permitirem a execução do transporte em


condições diferentes das previstas na declaração de expedição e se o transportador não
pode obter a tempo as instruções da pessoa que tem o direito de dispor da mercadoria
em conformidade com o artigo 12, tomará as medidas que se lhe afigurarem melhores
para o interesse da pessoa que tem o direito de dispor da mercadoria.

Artigo 15º

1. Quando houver impedimentos á entrega, depois da chegada da mercadoria ao


lugar de destino, o transportador pedirá instrução ao expedidor. Se o destinatário recusar
a mercadoria, o expedidor terá o direito de dispor desta sem ter de apresentar o primeiro
exemplar da declaração de expedição.
2. Mesmo que tenha recusado a mercadoria, o destinatário pode sempre pedir a
entrega desta, enquanto o transportador não tiver recebido instruções em contrário do
expedidor.
3. Se o impedimento á entrega surgir depois de o destinatário ter dado ordem de
entregar a mercadoria á outra pessoa, em conformidade com o direito que lhe cabe em
virtude do artigo 12, parágrafo 3, o destinatário substitui o expedidor e a referida outra
substitui o destinatário para a aplicação dos parágrafos 1 e 2 acima.

Artigo 16º

1. O transportador tem direito ao reembolso das despesas que lhe causar o pedido
de instruções ou a execução destas, a não ser estas despesas sejam consequência da
falta.
2. Nos casos previstos no artigo 14º, paragrafo 1, e no artigo 15º, o transportador
pode descarregar imediatamente a mercadoria por conta do interessado, depois da
descarga, o transporte considera-se terminado. O transportador passa então a ter a
mercadoria á sua guarda. Pode, o entanto, confiar a mercadoria a um terceiro e então só
é responsável pela escolha judiciosa desse terceiro. A mercadoria continua onerada com
os créditos resultantes da declaração de expedição e de todas as outras despesas.
3. O transportador pode promover a venda da mercadoria sem esperar instruções
do interessado, quando a natureza deteriorável ou o estado da mercadoria o justifiquem
ou quando as despesas de guarda estão desproporcionadas com o valor da mercadoria.
Nos outros casos, pode também promover a venda quando não tenha recebido do
interessado, em prazo razoável, instruções em contrário cuja execução possa ser
equitativamente exigida.
4. Se a mercadoria tiver sido vendida segundo este artigo, o produto da venda deve
ser posto á disposição do interessado, depois de deduzida as despesas que onerem a
mercadoria. Se estas despesas forem superiores ao produto da venda, o transportador
tem direito á diferença.
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5. A maneira de proceder em caso de venda é determinada pela lei ou pelos usos do


lugar onde se encontrar a mercadoria.

CAPITÚLO IV
(Responsabilidade do Transportador)
Artigo 17º

1. O transportador é responsável pela perda total ou parcial, ou avaria que se


produzir entre o momento do carregamento da mercadoria e o da entrega, assim como
pela demora na entrega.
2. O transportador fica desobrigado desta responsabilidade se a perda, avaria ou
demora teve por causa de uma falta do interessado, uma ordem deste que não resulte
de falta do transportador, um vício próprio da mercadoria, ou circunstâncias que o
transportador não podia evitar e a cujas consequências não podia obviar.
3. O transportador não pode alegar, para se desobrigar da sua responsabilidade,
nem defeitos do veículo de que se serve para efetuar o transporte, nem faltas da pessoa
a quem alugou o veículo ou dos agentes desta.
4. Tendo em conta o artigo 18º, parágrafos 2 a 5, o transportador fica isento da sua
responsabilidade quando a perda ou avaria resultar dos riscos particulares inerentes a
um ou mais dos fatos seguintes:
a) Uso de veículos abertos e não cobertos com encerado, quando este uso foi
ajustado de maneira expressa e mencionado na declaração de expedição
b) Falta ou defeito da embalagem quando ás mercadorias que, pela sua natureza,
estão sujeitas a perdas ou avarias quando não estão embaladas ou são mal embaladas
c) Manutenção, carga, arrumação ou descarga da mercadoria pelo expedidor ou
pelo destinatário ou por pessoas que atuem por conta do expedidor ou do destinatário.
d) Natureza de certas mercadorias, sujeitas, por causa inerentes a essa própria
natureza, quer a perda total ou parcial, quer a avaria especialmente por fratura,
ferrugem, deterioração interna e espontânea, secagem, derramamento, quebra normal
ou ação de bicharia e dos roedores
e) Insuficiência ou imperfeição das marcas ou dos números dos volumes
f) Transporte de animais vivos.
5. Se o transportador, por virtude do presente artigo, não responder por alguns dos
fatores que causaram o estrago, a sua responsabilidade só fica envolvida na proporção
em que tiveram contribuído para o estrago os fatores pelos quais responde em virtude
do presente artigo.

Artigo 18º

1. Compete ao transportador fazer prova de que a perda, avaria ou demora teve por
causa um dos fatos previstos no artigo 17º, parágrafo 2.
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2. Quando o transportador provar que a perda ou avaria, tendo em conta as


circunstâncias de facto, resultou de um ou mais dos riscos particulares previstos no artigo
17º, parágrafo 4, haverá presunção de que aquela resultou destes. O interessado poderá,
no entanto, provar que o prejuízo não teve por causa total ou parcial um desses riscos.
3. A presunção acima referida não é aplicável no caso previsto no artigo 17º,
paragrafo 4, a), se houver falta de uma importância anormal ou perda de volume.
4. Se o transporte for efetuado por meio de um veículo equipado de maneira a
subtrair as mercadorias á influência do calor, frio, variações de temperatura ou humidade
do ar, o transportador não poderá invocar o benefício do artigo 17º, paragrafo 4, d), a
não ser que apresente prova de que, tendo em conta as circunstancias, foram tomadas
todas as medidas que lhe competiam quando á escolha, manutenção e uso daqueles
equipamentos e que acatou as instruções especiais que lhe tiverem sido dadas.
5. O transportador só poderá invocar o benefício do artigo 17º, parágrafo 4, f), se
apresentar prova de que, tendo em conta as circunstancias, foram tomadas todas as
medidas que normalmente lhe competiam e acatou as instruções especiais que lhe
possam sido dadas.

Artigo 19º
Há demora na entrega quando a mercadoria não foi entregue no prazo convencionado,
ou, se não foi convencionado prazo, quando a duração efetiva do transporte, tendo em
conta as circunstancias, e em especial, no caso de um carregamento parcial, o tempo
necessário para juntar um carregamento completo em condições normais, ultrapassar o
tempo que é razoável atribuir a transportes diligentes.

Artigo 20º
1. O interessado, sem ter de apresentar outras provas, poderá considerar a
mercadoria como perdida quando esta não tiver sido entregue dentro dos 30 dias
seguintes ao termo do prazo convencionado, ou, se não foi confecionado prazo, dentro
dos 60 dias seguintes á entrega da mercadoria ao cuidado do transportador.
2. O interessado, ao receber o pagamento da indeminização pela mercadoria
perdida, poderá pedir por escrito que seja avisado imediatamente se a mercadoria
aparecer no decurso do ano seguinte ao pagamento da indeminização. Ser-lhe-á acusada
por escrito a receção desse pedido.
3. Dentro dos 30 dias seguintes á receção desse aviso, o interessado poderá exigir
que a mercadoria lhe seja entregue contra o pagamento dos créditos resultantes da
declaração de expedição e contra a restituição da indeminização que recebeu, sendo
eventualmente deduzidas as despesas incluídas nessa indeminização, e com reserva de
todos os direitos a indeminização por demora na entrega prevista no artigo 23, e, se for
caso disso, no artigo 26.
4. Na falta quer do pedido previsto no parágrafo 2, quer de instruções dadas no
prazo de 30 dias previsto no parágrafo 3, ou ainda no caso de a mercadoria só aparecer
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depois de mais de um ano apos o pagamento da indeminização, o transportador disporá


dela em conformidade com a lei do lugar onde se encontra a mercadoria.

Artigo 21º
Se a mercadoria for entregue ao destinatário sem cobrança do reembolso que deveria
ter sido percebido pelo transportador em virtude das disposições do contrato de
transporte, o transportador tem de indemnizar o expedidor até ao valor do reembolso,
salvo se proceder contra o destinatário.

Artigo 22º
1. Se o expedidor entregar ao transportador, mercadorias perigosas, assinar-lhe-á a
natureza exata do perigo que estas apresentam e indicar-lhe-á eventualmente as
precauções a tomar. No caso de este aviso não ser mencionado na declaração de
expedição, competirá ao expedidor ou ao destinatário apresentar prova, por quaisquer
outros meios, de que o transportador teve conhecimento da natureza exata do perigo
que apresentava o transporte das referidas mercadorias.
2. As mercadorias perigosas, de cujo perigo o transportador não tenha tido
conhecimento nas condições previstas no parágrafo 1 do presente artigo, podem ser
descarregadas, destruídas ou tornadas inofensivas pelo transportador, em qualquer
momento e lugar, sem nenhuma indeminização, o expedidor, alem disso, será
responsável por todas as despesas e prejuízos resultantes de terem sido entregues para
transporte ou do seu transporte.

Artigo 23º
1. Quando for debitada ao transportador uma indemnização por perda total ou
parcial da mercadoria, em virtude das disposições de presente Convenção, essa
indeminização será calculada segundo o valor da mercadoria no lugar e época em que for
aceite para transporte.
2. O valor da mercadoria será determinado pela cotação na bolsa, ou, na falta desta,
pelo preço corrente no mercado, ou, na falta de ambas, pelo valor usual das mercadorias
da mesma natureza e qualidade.
3. (na redação dada pelo Protocolo de Emenda) A indeminização não poderá, porém,
ultrapassar 8,33 unidades de conta por quilograma de peso bruto em falta.
4. Além disso, serão reembolsados o preço do transporte, os direitos aduaneiros e
as outras despesas provenientes do transporte da mercadoria, na totalidade no caso de
perda total e em proporção no caso de perda parcial, não serão devidas outras
indeminizações de perdas e danos.
5. No caso de demora, se o interessado provar que disso resultou prejuízo, o
transportador terá de pagar por esse prejuízo uma indeminização que não poderá
ultrapassar o preço do transporte.
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6. Só poderão exigir-se indeminizações mais elevadas no caso de declaração do valor


da mercadoria ou de declaração de juro especial na entrega, em conformidade com os
artigos 24 e 26.
7. (nº aditado pelo Protocolo de Emenda) A unidade de conta referida na presente
Convenção é o direito de saque especial, tal como definido pelo Fundo Monetário
Internacional. O Montante a que se refere o nº 3 do presente artigo é convertido na
moeda nacional do Estado onde se situe o tribunal encarregado da resolução do litígio
com base no valor dessa moeda a data do julgamento ou numa data adotada de comum
acordo pelas partes. O valor, em direito de saque especial, da moeda nacional de um
Estado que seja membro do Fundo Monetário Internacional esteja á data a aplicar nas
suas próprias operações e transações. O valor, em direito de saque especial, da moeda
nacional de um Estado que não seja membro do Fundo Monetário Internacional é
calculado da forma determinada por esse mesmo Estado.
8. (nº aditado pelo Protocolo de Emenda) Todavia, um Estado que não seja membro
do Fundo Monetário Internacional e cuja legislação não permita que sejam aplicadas as
disposições do nº 7 do ressente artigo poderá, no momento da ratificação do Protocolo
á CMR ou em qualquer momento ulterior, declarar que fixa em 25 unidades monetárias
o limite da responsabilidade prevista no nº 3 do presente artigo, e aplicável no seu
território. A unidade monetária referida no presente número corresponde a 10/31 grama
de outras ao título de 0,900 de finura. A conversão em moeda nacional do montante
indicado no presente número efetuar-se-á em conformidade com a legislação do Estado
em questão.
9. (nº aditado pelo Protocolo de Emenda) O Cálculo referido no último período do nº
7, bem como a convenção referida no nº 8 do presente artigo, deverão ser efetuados de
modo a expressarem em moeda nacional do Estado, tanto quando possível, o mesmo
valor real que o expresso e unidades de conta do nº 3 do presente artigo. Aquando do
deposito de qualquer instrumento nos termos do artigo 3º do Protocolo á CMR e sempre
que ocorra uma modificação nos seus métodos de calculo ou no valor da sua moeda
nacional relativamente á unidade de conta ou á unidade monetária, os Estados deverão
comunicar ao Secretário-geral da Organização das Nações Unidas no seu método de
cálculo, em conformidade com o nº 7 do presente artigo, ou os resultados da convenção,
em conformidade com o nº 8 do presente artigo, consoante os casos.

Artigo 24º
O expedidor poderá mencionar na declaração de expedição, contra pagamento de um
suplemento de preço a convencionar, um valor da mercadoria que exceda o limite
mencionado no parágrafo 3 do artigo 23º, e nesse caso o valor declarado substitui esse
limite.
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Artigo 25º
1. Em caso de avaria, o transportador paga o valor da depreciação calculada segundo
o valor da mercadoria determinado em conformidade com o artigo 23º, parágrafos 1, 2
e 4.
2. No entanto, a indeminização não poderá ultrapassar:
a) O valor que atingira no caso de perda total, se toda a expedição se depreciou com
a avaria
b) O valor que atingiria no caso de perda depreciada, se apenas parte da expedição
se depreciou co a avaria.

Artigo 26º
1. O expedidor pode fixar, mencionando-o na declaração de expedição e contra
pagamento de um suplemento de preço a convencionar, o valor de um juro especial na
entrega para o caso de perda ou avaria e para o de ultrapassagem do prazo
convencionado.
2. Se houver declaração de juro da especial na entrega, pode ser exigida,
independentemente das indeminizações previstas nos artigos 23º, 24º e 25º e até ao
valor do juro declarado, uma indeminização igual ao dano suplementar de que seja
apresentada prova.

Artigo 27º
1. O interessado pode pedir os juros da indeminização. Estes juros, calculados á taxa
de 5 por cento ao, ano contam-se desde o dia em que a reclamação for dirigida por escrito
ao transportador, ou, se não houve reclamação, desde o dia em que a declaração for
dirigida por escrito ao transportador, ou, se não houve reclamação, desde o dia em que
a reclamação for dirigida por escrito ao transportador, ou, se não houve reclamação,
desde o dia em que intentou ação judicial.
2. Quando os elementos que servem de base para o cálculo da indeminização não
são expressos na moeda do país onde é exigido o pagamento, a conversão é feito pela
cotação é feita pela cotação do dia e lugar do pagamento da indeminização.

Artigo 28º
1. Quando, segundo a lei aplicável, a perda, a avaria ou demora ocorridas durante
um transporte sujeito á presente Convenção possa dar lugar a uma reclamação
extracontratual, o transportador poderá aproveitar-se das disposições da presente
Convenção que excluem a sua responsabilidade ou que determinam ou limitam as
indeminizações devidas.
2. Quando a responsabilidade extracontratual, por perda, avaria ou demora, de uma
das pessoas pelas quais o transportador responde nos termos do artigo 3º é posta em
causa, essa pessoa poderá também aproveitar-se das disposições da presente Convenção
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que excluem a responsabilidade do transportador ou que determinam ou limitam as


indeminizações devidas.

Artigo 29º
1. O transportador não tem o direito de aproveitar-se das disposições do presente
capítulo que excluem ou limitam a sua responsabilidade ou que transferem o encargo da
prova se o dano provier de dolo seu ou de falta que lhe seja imputável e que, segundo a
lei da jurisdição que julgar o caso, seja considerada equivalente ao dolo.
2. Sucede o mesmo se o dolo ou a falta for ato dos agentes do transportador ou de
quaisquer outras pessoas cujos serviços aquele recorre para a execução do transporte,
quando esses agentes ou essas outras pessoas atuarem no exercício das suas funções.
Neste caso, esses agentes ou essas outras pessoas também não tem o direito de
aproveitar-se, quando á sua responsabilidade pessoal, das disposições do presente
capitulo indicadas no paragrafo 1.

CAPÍTULO V
(Reclamações e Ações)
Artigo 30º
1. Se o destinatário receber a mercadoria sem verificar contraditoriamente o seu
estado com o transportador, ou sem ter formulado reservas a este que indiquem a
natureza geral da perda ou avaria, o mais tarde no momento da entrega se tratar de
perdas ou avarias aparentes, ou dentro de sete dias a contar da entrega, não incluindo
domingos e dias feriados, quando se tratar de perdas ou avarias não aparentes, presumir-
se-á, até prova em contrario, que a mercadoria foi recebida no estado descrito na
declaração de expedição. As reservas indicadas acima devem ser feitas por escrito
quando se tratar de perdas ou avarias não aparentes.
2. Quando o estado da mercadoria foi verificado contraditoriamente pelo
destinatário e pelo transportador, a prova em contrário do resultado desta verificação só
poderá fazer-se se tratar de perdas ou avarias não aparentes e se o destinatário tiver
apresentado ao transportador reservas por escrito dentro dos sete dias, domingos e dias
feriados não incluídos, a contar dessa verificação.
3. Uma demora na entrega só pode dar origem a indeminização se tiver formulado
uma reserva por escrito no prazo de 21 dias, a contar da colocação da mercadoria á
disposição do destinatário.
4. A data da entrega, ou, segundo o caso, a da verificação ou da colocação da
mercadoria á disposição, não é contada nos prazos previstos no presente artigo.
5. O transportador e o destinatário darão um ao outro, reciprocamente, todas as
felicidades razoáveis para as observações e verificações necessárias.
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Artigo 31º
1. Para todos os litígios provocados pelos transportes sujeitos á presente
Convenção, o autor poderá recorrer, além das jurisdições dos países contratantes
designados de comum acordo pelas partes, para a jurisdição do país no território do qual:
a) O réu tiver a sua residência habitual, a sua residência habitual, a sua sede principal
ou sucursal ou agência por intermédio da qual se estabeleceu o contrato de transporte
b) Estiver situado o lugar do carregamento da mercadoria ou o lugar do
carregamento da mercadoria ou o lugar previsto para a entrega, e só poderá recorrer a
estas jurisdições.
2. Quando num litígio previsto no parágrafo 1 do presente artigo estiver em
instância uma ação numa jurisdição comete nos termos desse parágrafo, ou quando tal
jurisdição pronunciar sentença em tal litígio, não poderá ser intentada mais nenhuma
ação pela mesma causa entre as mesmas partes, a não ser que a decisão da jurisdição
perante a qual foi intentada a primeira ação não possa ser executada no país onde é
intentada a nova ação.
3. Quando num litígio previsto no parágrafo 1 do presente artigo uma sentença
pronunciada por uma jurisdição de um país contratante se tornou executória nesse país,
torna-se também executória em cada um dos países contratantes imediatamente após o
cumprimento das formalidades prescritas para esse efeito no país interessado. Essas
formalidades não podem comportar-se nenhuma revisão do caso.
4. As disposições do parágrafo 3 do presente artigo aplicam-se às sentenças
contraditórias, às sentenças omissas e às transações em perdas e danos que venham a
ser impostas além das despesas contra um queixoso em virtude da rejeição total ou
parcial da sua queixa.
5. Não pode ser exigida caução a nacionais de países contratantes, com domicílio ou
estabelecimento num destes países, para garantir o pagamento das despesas causadas
por ações judiciais originadas pelos transportes sujeitos á presente Convenção.

Artigo 32º
1. As ações que podem ser originadas pelos transportes sujeitos á presente
Convenção prescreve no prazo de um ano. No entanto, a prescrição é de três anos no
caso de dolo, ou de falta que a lei da jurisdição a que se recorreu considere equivalente
ao dolo. O prazo de prescrição é contado:
a) A partir do dia em que a mercadoria foi entregue, no caso de perda parcial, avaria
ou demora
b) No caso de perda total, a partir do 30º dia após a expiração do prazo
convencionado, ou, se não tiver sido convencionado prazo, a partir do 60º dia após a
entrega da mercadoria ao cuidado do transportador
c) Em todos os outros casos, a partir do termo de um prazo de três meses, a contar
da conclusão do contrato de transporte
O dia indicado acima como ponto de partida da prescrição não é compreendido no prazo.
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2. Uma reclamação escrita suspende a prescrição até a dia em que o transportador


rejeitar a reclamação por escrito e restituir os documentos que a esta se juntaram. No
caso de aceitação parcial da reclamação, a prescrição só retoma o seu curso para a parte
da reclamação que continuar litigiosa. A prova da receção da reclamação ou da resposta
e restituição dos documentos compete á parte que invoca este fato. As reclamações
ulteriores com a mesma finalidade não suspendem a prescrição.
3. Salvas as disposições do parágrafo 2 acima, a suspensão da prescrição regulas e
pela lei da jurisdição a que se recorreu. O mesmo acontece quanto á interrupção da
prescrição.
4. A ação que prescreveu não pode mais ser exercida, mesmo sob a forma de
reconvenção ou exceção.

Artigo 33º
O controlo de transporte pode conter uma cláusula que atribua competência a um
tribunal arbitral, desde que assa cláusula estipule que o tribunal arbitral aplicará a
presente Convenção.

CAPÍTULO VI
(disposições relativas ao transporte efetuado por transportadores sucessivos)
Artigo 34º
Se um transporte regulado por um contrato único for executado por transportadores
rodoviários sucessivos, cada um destes assume a responsabilidade da execução do
transporte total, e o segundo e cada um doa seguintes transportadores, ao aceitarem a
mercadoria e a declaração de expedição, tornam-se partes no contrato nas condições da
declaração de expedição.

Artigo 35º

1. O transportador que aceitar a mercadoria do transportador procedente dar-lhe-


á recibo datado e assinado. Deverá indicar o seu nome e morada no segundo exemplar
da declaração de expedição. Se for caso disso, indicará neste exemplar, assim como no
recibo, reservas análogas às previstas no artigo 8º, parágrafo 2.
2. As disposições do artigo 9º aplicam-se às relações entre transportadores
sucessivos.

Artigo 36º
A não ser que se trate de reconvenção ou de exceção posta em relação a um pedido
fundado no mesmo contrato de transporte, a ação de responsabilidade por perda, avaria
ou demora só pode ser posta contra o primeiro transportador, o último transportador
que executava a parte do transporte na qual se produziu o fato que causou a perda, avaria
ou demora, ação pode ser posta simultaneamente contra vários destes t5ransportadores.
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Artigo 37º
O transportador que tiver pago uma indeminização segundo as disposições da presente
Convenção terá o direito de intentar recurso quanto ao principal, juros e despesas contra
os transportadores que participaram na execução do contrato de transporte, em
conformidade com as disposições seguintes:
a) O transportador que causou o dano é o único que deve suportar a indeminização,
quer ele próprio a tenha pago, quer tenha sido paga por outro transportador
b) Quando o dano foi causado por dois ou mais transportes, cada um deve pagar
uma quantia proporcional á sua parte de responsabilidade e se for impossível a avaliação
das partes de responsabilidade, cada um é responsável proporcionalmente á parte de
renumeração do transporte que lhe competir
c) Se não puderem determinar-se os transportadores aos quais deve atribuir-se a
responsabilidade, o encargo da indeminização será distribuído por todos os
transportadores, na proporção fixada em b).

Artigo 38º
Se um dos transportadores for insolvente, a parte que lhe cabe e não foi paga será
distribuída por todos os outros transportadores, proporcionalmente às suas
remunerações.

Artigo 39º
1. O transportador contra o qual tiver sido posto um dos recursos previstos nos
artigos 37º e 38º não poderá contestar o fundamento do pagamento efetuado pelo
transportador que intentar o recurso, quando a indeminização tiver sido fixada por
decisão judicial, desde que tenha sido devidamente informado do processo e tenha sido
possibilidade de nele intervir.
2. O transportador que quiser intentar o seu recurso poderá apresenta-lo no tribunal
competente do país no qual um dos transportadores interessados tiver residência
habitual, sede principal ou sucursal ou agência por intermedio da qual foi efetuado o
contrato de transporte. O recurso poderá ser intentado numa só a mesma instância
contra todos os transportadores interessados.
3. As disposições do artigo 31º, parágrafos 3 e 4, aplicar-se ás sentenças
pronunciadas nos recursos previstos nos artigos 37º e 38º.
4. As disposições do artigo 32º são aplicáveis aos recursos entre transportadores.
No entanto prazo de prescrição é contado que a partir do dia de uma decisão judicial
definitiva que fixe a indeminização a pagar em virtude em virtude das disposições da
presente Convenção, quer, no caso de não ter havido tal decisão, a partir do pagamento
efetivo.
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Artigo 40º
Os transportadores poderão convencionar entre si disposições diferentes das dos artigos
37º e 38º.

CAPÍTULO VII
(Nulidade das estipulações contrárias á Convenção)
Artigo 41º
1. Salvas as disposições do artigo 40º, é nula e sem efeito qualquer estipulação que,
direta ou indiretamente, modifique as disposições da presente Convenção. A nulidade de
tais estipulações não implica a nulidade das outras disposições do contrato.
2. Em especial, seria nula qualquer cláusula pela qual o transportador se atribuísse
o benefício do seguro da mercadoria ou qualquer outra análoga, assim como qualquer
cláusula que transfira o encargo da prova.

CAPÍTULO VIII
(Disposições Finais)
Artigo 42º
1. A presente Convenção fica patente á assinatura ou adesão dos países membros
da Comissão Económica para a Europa e dos países admitidos na Comissão a título
consultivo, em conformidade com o parágrafo 8 do mandato desta Comissão.
2. Os países que podem tomar parte dessa Comissão, poderão tornar-se partes
Contratantes da presente Convenção, aderindo a esta depois da sua entrada em vigor.
3. A Convenção estará patente á assinatura até 31 de agosto de 1956, inclusive.
Depois desta data, ficará patente á adesão.
4. A presente Convenção será ratificada.
5. A ratificação ou a adesão efetuar-se-á pelo depósito de um instrumento junto
do Secretário-geral da Organizada das Nações Unidas.

Artigo 43º
1. A presente Convenção entrará em vigor no 90º dia depois de cinco países
mencionadas no parágrafo 1 do artigo 42º terem depositado os seus instrumentos de
ratificação ou adesão.
2. Para cada país que a ratificar ou a ela aderir, depois de cinco países terem
depositado os seus instrumentos de ratificação ou adesão do referido país.

Artigo 44º
1. Qualquer Parte Contratante poderá denunciar a presente Convenção por
notificação dirigida ao Secretário-geral da Organização das Nações Unidas.
2. A denúncia produz efeito dez meses depois da data em que o Secretário-Geral
dela tiver recebido notificação.
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Artigo 45º
Se depois da entrada em vigor da presente Convenção o número das Partes
Contratantes dicar reduzido a menos de cinco, em consequência de denuncias, a
presente Convenção deixará de estar em vigor a partir da data em que produzir efeito a
última dessas denúncias.

Artigo 46º
1. Qualquer país, ao seu depositar o seu instrumento de ratificação ou adesão ou
qualquer outro momento ulterior, poderá declarar, por notificação ao secretário-geral
da Organização das Nações Unidas, que a presente Convenção se aplica á totalidade ou
á parte dos territórios que representa no plano internacional. A convenção será
aplicável ao território ou territórios mencionados na notificação a partir do 90º dia
depois da receção desta notificação pelo Secretário-geral, ou, se nesse dia a Convenção
ainda não tiver entrado em vigor, a contar da data da sua entrada em vigor.
2. Qualquer país que tenha feito, em conformidade com o parágrafo pertencente,
uma declaração com o efeito de ornar a presente Convenção aplicável a um território
que represente no plano internacional, poderá em conformidade com o artigo 44º,
denunciar a Convenção no que diz respeito ao referido território.

Artigo 47º
Qualquer litígio entre duas ou mais Partes Contractuantes acerca da interpretação ou
aplicação da presente Convenção, que as Partes não possam resolver por meio da
negociação ou outro modo de solução, poderá ser submetido á decisão do Tribunal
Internacional de Justiça, a pedido de qualquer das Partes Contratantes interessadas.

Artigo 48º

1. Qualquer Parte Contratante, no momento de assinar ou ratificar a presente


Convenção ou de a esta aderir, poderá declarar que não se considera ligada pelo artigo
47º da Convecção. As outras Partes Contratantes não ficarão ligadas pelo artigo 47º para
com qualquer Parte Contratante que tenha formulado tal reserva.
2. Qualquer Parte Contratante que tenha formulado uma reserva em conformidade
com o parágrafo em qualquer momento retirar essa reserva por meio de notificação
dirigida ao Secretário-geral da Organização das Nações Unidas.
3. Não se admitirá nenhuma outra reserva á presente Convenção.

Artigo 49º
1. Depois de a presente Convenção ter estado em vigor durante três anos, qualquer
Parte Contratante, por meio de notificação dirigida ao Secretário-geral da organização
das Nações Unidas, poderá pedir a convocação de uma conferência de revisão se, no
prazo de quatro meses, a contar da comunicação enviada, pelo menos um quarto das
Partes Contratantes lhe comunicar o seu assentimento a esse pedido.
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2. Se for convocada uma conferência em conformidade co9m o parágrafo


precedente, o Secretário-geral avisará do fato todas as Partes Contratantes a ordem do
dia provisoria da conferência e o texto dessas propostas, pelo menos três meses antes da
data de abertura da conferência.
3. O Secretário-Geral convidará para qualquer conferência, convocada em
conformidade com o presente artigo, todos os países indicados no parágrafo 1 do artigo
42º e todos os países que se tiverem tornado Partes Contratantes pela aplicação do
parágrafo 2 do artigo 42º.

Artigo 50º
Além das notificações previstas no artigo 49º, o Secretário-geral da Organização das
Nações Unidas comunicará aos países indicados no parágrafo 1 do artigo 42º e aos
países que tiverem tornado partes Contratantes pela aplicação do parágrafo 2 do artigo
42º
a) As ratificações e adesões em virtude do artigo 42º
b) As datas em que a presente Convenção entrar em vigor em conformidade com o
artigo 43º
c) As denúncias em virtude do artigo 44º
d) A ab-rogação da presente Convenção em conformidade com o artigo 45º
e) As notificações recebidas em conformidade com o artigo 46º
f) As declarações e notificações recebidas em conformidade com os parágrafos 1 e
2 do artigo 48º

Artigo 51º
Depois de 31 de agosto de 1956, o original da presente Convenção será depositado junto
do Secretário-geral da organização das Nações Unidas, que dele transmitirá cópias
devidamente certificadas a cada um dos países indicados nos parágrafos 1 e 2 do artigo
42º
Em fé do que os abaixo assinados, para isso devidamente autorizados, assinaram a
presente Convenção. Feito em Genebra, ao dezanove de maio de mil novecentos e
cinquenta e seis, num só exemplar, nas línguas inglesa e francesa, ambos os textos
fazendo fé.
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ANEXO II

Decreto – Lei nº 257/2007


(com a redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei 136/2009)
O regime jurídico da atividade de transporte rodoviário de mercadoria.

Decreto – lei nº 257/2007


(alterado pelo DL 136/2009)

O regime jurídico da atividade transporte rodoviário de mercadorias, adotado no direito


interno em consonância com as Diretivas nº 96/26/CE, do Concelho, de 29 de Abril, e
98/76/CE, do concelho, de 1 de Outubro, em virtude desde 1999, veio demonstrar, pela
experiência adquirida com a sua aplicação, a necessidade de introduzir alguns
ajustamentos.
Constatou-se ser aconselhável proceder a alterações ao regime de acesso á atividade,
bem como ao regime de organização do mercado do transporte rodoviário de
mercadorias, as quais promovam a melhoria das condições de prestação de serviços e
melhorem a capacidade competitiva das empresas operando nesse mercado.
Considerando que se tem verificado uma tendência de crescimento de empresas que,
com recurso exclusivos a veículos ligeiros de mercadorias, efetuam transportes públicos
ou por conta de outrem, sem que tenham de se sujeitar a quaisquer condições de acesso
á atividade ou de mercado, o que subverte as condições de concorrência, mostra-se
aconselhável que estes transportes sejam submetidos a regras idênticas às aplicáveis aos
restantes transportes já submetidos a licenciamento. Ficam, no entanto, excluídos deste
regime os transportes efetuados em veículos de mercadorias de peso bruto inferior a
2500 kg, pela irrelevância da sua capacidade de carga.
No que se refere ao acesso á atividade, foram adequadas as regras relativas ao requisito
de capacidade profissional, de forma a garantir que cada empresa seja efetivamente
gerida pelo titular do certificado de capacidade profissional e, ao mesmo tempo,
fomentar a obtenção ou consolidação de melhores e mais atualizadas competências
técnicas. Neste sentido, foi condicionada a validade do certificado de capacidade do
responsável da empresa a uma avaliação da sua gestão com boas práticas, que terá em
conta o número de infrações á regulamentação relevante para o setor, incluindo matérias
relacionadas com a própria atividade do transporte rodoviário de mercadorias, segurança
rodoviária, ou proteção do ambiente.
Procurando contribuir de uma forma mais ativa para a proteção do ambiente, são
estabelecidas regras condicionantes do licenciamento de veículos que tenderão a
promover a renovação das frotas automóveis, e consequentemente, o abatimento dos
veiculo9s mais antigos, ou seja, os mais poluentes.
Formulou-se um regime sancionatório mais ajustado e dissuasor, designadamente no
que respeita á aplicação de sanção acessória por excesso de carga, que passa a poder ser
aplicada quer a transportadores por conta de outrem quer por conta própria. Foi também
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introduzida a punição, ate aqui inexistente, pela falta de certificação de motorista, exigido
aos motoristas nacionais de países terceiros pelo Regulamento (CE) nº 484/2002, do
Parlamento Europeu e do Concelho, que alterou o Regulamento (CEE) nº 881/92,
também o Parlamento Europeu e do Concelho.
Assim:
No uso da autorização legislativa concedida pela Lei nº 1/2007, de 11 de janeiro, e os
termos das alíneas a) e b) do nº 1 do artigo 198º da Constituição, o Governo de creta o
seguinte:
Capítulo I
Disposições gerais
Artigo 1º
Âmbito
1 – O presente decreto – lei aplica-se ao transporte rodoviário de mercadorias efetuado
por meio de veículos automóveis ou conjuntos de veículos de mercadorias, co peso bruto
igual ou superior a 2500 kg.
2 – Não estão abrangidos pelo regime de licenciamento na atividade a que se refere o
presente decreto-lei:
a) Os transportes de produtos ou mercadorias diretamente ligadas á gestão agrícola
ou dela proveniente efetuados por meio de reboques atrelados aos respetivos tratores
agrícolas
b) Os transportes de envios postais realizados no âmbito da atividade de prestador
de serviços postais;
c) A circulação de veículos aos quais estejam ligados, de forma permanente e
exclusiva, equipamentos ou máquinas.

Artigo 2º
Definições
Para efeitos do disposto no presente decreto-lei e legislação complementar, considera-
se:
a) «Transporte rodoviário de mercadorias» a atividade de natureza logística e
operacional que envolve a deslocação física de mercadorias em veículos automóveis ou
conjuntos de veículos, podendo envolver ainda operações de manuseamento dessas
mercadorias, designadamente grupagem, triagem, receção, armazenamento e
distribuição
b) «Transporte por conta de outrem ou público» o transporte de mercadoria
realizado mediante contrato, que não se enquadre nas condições definidas na alínea
seguinte;
c) «Transporte por conta própria ou particular» o transporte realizado por pessoas
singulares ou coletivas em que se verifiquem cumulativamente as seguintes condições:
1- As mercadorias transportadas sejam da sua propriedade, ou tenham sido
vendidas, compradas, dadas ou tomadas de aluguer, produzidas, extraídas,
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transformadas ou reparadas pela entidade que realiza o transporte e que este constitua
uma atividade acessória no conjunto das suas atividades
2- Os veículos utilizados sejam da sua propriedade, objeto de contrato de locação
financeira ou alugados em regime de aluguer sem condutor
3- Os veículos sejam, em qualquer caso, conduzidos pelo proprietário ou locatário
ou por pessoal ao seu serviço
d) «Mercadorias» toda a espécie de produtos ou objetos, com ou sem valor
comercial, que possam ser transportados em veículos automóveis ou conjuntos de
veículos
e) «Transporte nacional» o transporte que se efetua totalmente em território
nacional
f) «Transporte internacional» o transporte que implica o atravessamento de
fronteiras e se desenvolve parcialmente em território nacional.
g) «Transporte combinado» o transporte de mercadorias em que, na parte inicial
ou final do trajeto, se utiliza o modo rodoviário e, na outra parte, o modo ferroviário, o
modo aéreo, a via fluvial ou a via marítima
h) «Transportador residente» qualquer empresa estabelecida em território nacional
habilitada a exercer a atividade transportadora
i) «Transportador não residente» qualquer empresa estabelecida num país
estrangeiro habilitada a exercer a atividade nos termos da regulamentação desse país
j) «Cabotagem» a realização de transporte nacional por transportadores não
residentes
k) «Transportes especiais» os transportes que, designadamente pela natureza ou
dimensão das mercadorias transportadas, devem obedecer a condições técnicas ou a
medidas de segurança especiais
l) «Transportes equiparado a transportes por conta própria» os que integrem um
transporte combinado e se desenvolvam nos percursos rodoviários iniciais ou terminais,
desde que seja cumprida a condição prevista na subalínea i) e alínea c) e o veiculo trator
seja propriedade da empresa expedidora, objeto de contrato de locação financeira ou de
aluguer sem condutor e seja conduzido pelo proprietário, locatário ou pessoal ao seu
serviço, mesmo que o reboque esteja matriculado ou tenha sido alugado pela empresa
destinatária, ou vice-versa, no caso dos percursos rodoviários terminais
m) «Transportes em regime de carga completa» os transportes por conta de outrem
em que o veiculo é utilizado no conjunto da sua capacidade de carga por um único
expedidor
n) «Transporte em regime de carga fracionada» os transportes por conta de outrem
em que o veículo é utilizado por fração da sua capacidade de carga por vários expedidores
o) «Guia de Transporte» o documento descritivo dos elementos essenciais da
operação de transporte e que estabelece as condições de realização do contrato entre o
transportador e o expedidor
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p) «Expedidor» a pessoa que contrata com o transportador a deslocação das


mercadorias.

Capítulo II
Acesso á atividade
Artigo 3º
Licenciamento da Atividade

1 – A atividade de transporte rodoviário de mercadorias por conta de outrem, nacional


ou internacional, por meio de veículos de peso bruto igual ou superior a 2500 kg, só pode
ser exercida por sociedades comerciais ou cooperativas, licenciadas pelo Instituído da
Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I.P. (IMTT).
2 – A licença a que se refere o número anterior consubstancia-se num alvará ou licença
comunitária, a qual é intransmissível, sendo emitida por um prazo não superior a cinco
anos, renovável por igual período, mediante comprovação de que se mantem os
requisitos de acesso e de exercício de atividade.
3 - O IMTT procede ao registo, nos termos da lei em vigor, de todas as empresas que
realizem transportes de mercadorias por conta de outrem.
Artigo 4º

Requisitos de acesso e exercício da atividade


1 – São requisitos de acesso e exercício da atividade a idoneidade, a capacidade técnica
e profissional e a capacidade financeira
2 – É ainda requisito de exercício da atividade que a empresa tenha a sua situação
contributiva regularizada perante a administração fiscal e a segurança social

Artigo 5º
Idoneidade
1 – A idoneidade é aferida pela inexistência de impedimentos legais, nomeadamente a
condenação por determinados ilícitos praticados pelos administradores, diretores ou
gerente
2 – São considerados idóneas as pessoas relativamente às quais não se verifique algum
dos seguintes impedimentos:
a) Proibição legal para o exercício do comércio
b) Condenação com pena de prisão efetiva igual ou superior a 2 anos, transitada em
julgado, por crime contra o património, por tráfico de estupefacientes, por
branqueamentos de capitais, for fraude fiscal ou aduaneira
c) Condenação, com transito em julgado, na medida de segurança de interdição do
exercício da profissão de transportador, independentemente da natureza do crime
d) Condenação, com transito em julgado, por infrações grave às regulamentações
sobre os tempos de condução e de repouso ou á regulamentação sobre a segurança
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rodoviária, nos casos em que tenha sido decretada a interligação do exercício da


profissão de transportador
e) Condenação, com transito em julgado, por infrações cometidas às normas
relativas ao regime das prestações de natureza retributiva ou às condições de higiene e
segurança no trabalho, á proteção do ambiente e á responsabilidade profissional, nos
casos em que tenha sido decretada a interdição do exercício da profissão de
transportadores.
3 – Para efeitos do presente decreto – lei, quando seja decreta a sanção acessória de
interdição do exercício da atividade, os administradores, diretores ou gerentes em
funções á data da infração que originou a sanção acessória deixam de preencher o
requisito de idoneidade durante o período de interdição fixada na decisão condenatória.

Artigo 6º
Capacidade profissional
1 – a capacidade profissional deve ser preenchida por pessoa que, sendo titular do
certificado de capacidade profissional a que se refere o artigo 7º, detenha poderes para
obrigar a empresa, isolada ou conjuntamente, e a dirija em permanência e efetividade.
2 – Para efeitos do cumprimento do requisito de capacidade profissional, a pessoa que
assegura este requisito deve fazer prova da sua inscrição na segurança social, na
qualidade de quadro de direção da empresa.
3 – A mesma pessoa não pode assegurar o requisito de capacidade profissional a mais de
uma empresa, salvo se pelo 50% do capital social de casa uma das empresas por ela
dirigidas pertencer ao mesmo sócio, pessoa singular ou coletiva.

Artigo 7º
Certificado de capacidade profissional
1 – o certificado de capacidade profissional para transportes rodoviários de mercadorias,
nacionais ou internacionais, consoante o caso, é emitido pelo IMTT a pessoas que:
a) Tenham frequentado ação de formação sobre as matérias referidas na lista
constante do anexo I ao presente decreto-lei e que faz dela parte integrante e obtenham
aprovação em exame, realizado de acordo com as regras constantes do anexo II ao
presente decreto-lei e que dele faz parte integrante
b) Comprovem curricularmente ter, pelo menos, cinco anos de experiência prática
ao nível de direção numa empresa licenciada para transportes rodoviárias de
mercadorias, nacionais ou internacionais, e obtenham aprovação em exame específico
de controlo.
2 – As pessoas diplomadas com curso do ensino superior ou com curso reconhecido
oficialmente, que implique bom conhecimento de alguma ou algumas matérias referidas
na lista de anexo I, podem ser dispensadas da formação e do exame relativamente a essa
ou a essas matérias.
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3 – Os titulares de certificado de capacidade profissional, a que se refere o artigo 6º do


Decreto-lei nº 3/2001, de 10 de Janeiro, ficam abrangidos pela dispensa a que se refere
o numero anterior, relativamente às matérias de avaliação comuns.
4 - O IMTT reconhece os certificados de capacidade profissional para transportes
rodoviários de mercadorias, emitidos pelas entidades competentes de outros Estados
membros da União Europeia, nos termos da Diretiva nº 96/26/CE, do Concelho, de 1 de
Outubro
5 – A validade do certificado profissional do responsável da empresa, por período
superior a cinco anos, fica dependente do exercício da profissão com boas práticas, tendo
em conta as infrações ás normas relativas á atividade transportadora, á regulamentação
social de transportes, á segurança rodoviária e á proteção do ambiente, bem como a
formação profissional.
6 - A comprovação da frequência da formação e as condições de realização de exames, a
que se referem as alíneas a) e b) do nº 1, assim como as condições de validade do
certificado profissional, por um período superior a cinco, são definidas por portaria do
membro do Governo responsável pelos transportes.

Artigo 8º
Capacidade técnica
A capacidade técnica consiste na existência de meios técnicos e humanos á dimensão das
empresas transportadoras, de acordo com os critérios a definir por portaria.

Artigo 9º
Capacidade financeira
1 – a capacidade financeira consiste na posse de recursos financeiros necessários para
garantir o inicio da atividade e a boa gestão da empresa.
2 – Para efeitos de início de atividade, as empresas devem dispor de um capital social
mínimo de 125 000€ ou de 50 000€, no caso de exercício da atividade exclusivamente
por meio de veículos ligeiros.
3 – Durante o exercício da atividade, o montante de capital e reservas não pode ser
inferior a 9000€ pelo primeiro veículo automóvel licenciado e 5000€ ou 1500€ por cada
veículo automóvel adicional, consoante se trate de veículo pesado ou ligeiro.
4 – A comprovação do disposto nos números anteriores é feita por certidão do registo
comercial da qual conste o capital social e por duplicado ou cópia autenticada do último
balanço apresentado para efeitos de imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas
(IRC) ou por garantia Bancária
5 – A certidão do registo comercial pode ser fornecida mediante a disponibilidade do
código de acesso á certidão permanente de registo comercial, ou, em alternativa,
mediante a entrega da certidão em papel.
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Artigo 10º
Cumprimento das obrigações fiscais
A comprovação da situação contributiva da empresa perante a administração fiscal e a
segurança social é exigível no momento da renovação do alvará e no licenciamento de
veículos.

Artigo 11º
Dever de informação
1 – Os requisitos de acesso e exercício da atividade são de verificação permanente,
devendo as empresas comprovar o seu cumprimento sempre que lhes seja solicitado.
2 – As empresas têm o dever de comunicar ao IMTT as alterações ao pacto social,
designadamente modificações na administração, direção ou gerência, bem como
mudanças de sede, no prazo de 30 dias a contar da data da sua ocorrência.

Artigo 12º
Falta superveniente de requisitos
1 – A falta superveniente de qualquer um doa requisitos de idoneidade, capacidade
profissional e capacidade financeira deve ser suprida no prazo de um ano a contar da
data da sua ocorrência.
2 – Para efeitos de suprimento do requisito de capacidade financeira de exercício da
atividade pode ser concedido o prazo adicional de um ano, desde que a situação
económica da empresa o justifique e mediante a apresentação de um plano financeiro.

Artigo 13º
Renovação e caducidade do alvará ou licença comunitária
1 – Os pedidos de renovação de alvará ou da licença comunitária devem ser requeridos
no IMTT com a antecedência mínima de 60 dias relativamente ao termo do respetivo
prazo de validade
2 – A licença para o exercício da atividade, alvará ou licença comunitária caduca:
a) Decorridos os prazos a que se refere o artigo anterior em que a falta seja suprida
b) Se durante um ano a contar da data da emissão do alvará ou licença comunitária
a empresa não tiver licenciado nenhum veículo automóvel
3 – Com a caducidade da licença para o exercício da atividade caducam todas a s licenças
dos veículos automóveis ou copias certificadas da licença comunitária que tenham sido
emitidas á mresa.
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Capítulo III
Acesso e organização do mercado
Artigo 14º
Licenciamento de veículos automóveis
1 – Os veículos automóveis afetos ao transporte rodoviário de mercadorias por conta de
outrem estão sujeitos a licença a emitir pelo IMTT, quer sejam da propriedade do
transportador, objeto de contrato de locação financeira, ou contrato de aluguer sem
condutor
2 – Até que a soma dos pesos brutos dos veículos da empresa 40 t, os veículos automóveis
a licenciar após a obtenção do alvará ou da licença comunitária, a que se refere o nº2 do
artigo 3º, devem necessariamente se novos, considerando-se que satisfazem esta
condição os veículos que não tenham mais de um ano de fabrico contado a partir da data
de primeira matrícula
3 – São condições de emissão de licença que a idade média da frota de automóveis da
empresa não exceda 10 anos, sendo determinada a idades de cada veículo pela data da
primeira matrícula
4 – As licenças dos veículos caducam no caso de transmissão da propriedade ou da posse
de veículo e sempre que se verifique a caducidade do alvará ou da licença comunitária.

Artigo 15º
Identificação de veículos
Os veículos automóveis licenciados para o transporte rodoviário de mercadorias por
conta de outrem devem ostentar distintivos de identificação.

Artigo 16º
Transportes de carácter excecional
Estão sujeitos a autorização, a emitir pelo IMTT, os transportes de carater excecional
realizados por veículos afetos ao transporte por conta própria, cujo peso bruto execeda
2500 kg, em que, cumulativamente:
a) As mercadorias e os veículos não pertençam ao mesmo proprietário
b) O transporte seja efetuado sem fins lucrativos por coletividade de utilidade
pública ou outras agremiações filantrópicas, desportivas ou recreativas
c) As mercadorias transportadas estejam relacionadas com os fins das entidades que
efetuam o transporte
d) Os veículos utilizados sejam da propriedade da entidade que realiza o transporte,
de algum dos seus associados ou cedidos a título gratuito por outras entidades

Artigo 17º
Transportes internacionais e de cabotagem
1 – Os transportes internacionais e os transportes de cabotagem a realizar por
transportadores não residentes sediados fora do território da União Europeia estão
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sujeitos a autorização a emitir pelo IMTT, a qual é condicionada pelo princípio da


reciprocidade
2 – Os transportes internacionais a realizar por transportadores residentes, entre o
território português e o território de países não membros da União Europeia, com quem
o Estado Português haja celebrado um acordo bilateral ou multilateral sobre transportes
rodoviários, estão sujeitos a autorização a emitir pelo IMTT dentro dos limites
quantitativos resultantes desses acordos ou convenções.
3 – Não estão abrangidos pelo regime de autorização previsto neste artigo os transportes
que, por convenção multilateral ou por acordo bilateral, tenham sido liberalizados.
4 – No caso de transportes realizados por meio de conjuntos de veículos, a autorização
só é exigida ao veículo automóvel.
Artigo 18º
Transportes especiais
Os transportes especiais são objeto de regulamentação específica.

Artigo 19º
Guia de transporte
1 – os transportes rodoviários de mercadorias por conta de outrem são descritivos numa
guia de transporte, que deve acompanhar as mercadorias transportadas
2 – a guia de transportes deve conter os elementos que vieram a ser definidos por
despacho do presidente do concelho diretivo do IMTT

Artigo 20º
Documentos que devem estar a bordo do veículo
Durante a realização dos transportes a que se refere o presente decreto-lei, devem estar
a bordo do veículo a ser apresentados á entidade fiscalizadora sempre que solicitado a
copia certificada da licença comunitária bem como as licenças e as autorizações previstas
nos artigos 14º 16º e 17º, e, no caso de transporte internacional em que o veículo é
conduzido por um motorista nacional de pais terceiro, o respetivo certificado.

Capítulo IV
Fiscalização e regime sancionatório
Artigo 21º
Fiscalização
1 – A fiscalização do cumprimento do disposto no presente decreto-lei compete ás
seguintes entidades:
a) Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I.P.
b) Guarda Nacional Republicana
c) Polícia de Segurança Pública
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2 – As entidades referidas no número anterior podem proceder, junto das pessoas


singulares ou coletivas que efetuem transporte rodoviário de mercadorias, a todas as
investigações e verificações necessárias para o exercício da sua competência fiscalizadora
3 – Os funcionários do IMTT com competência a área da fiscalização e no exercício de
funções, desde que devidamente credenciados, têm livrem acesso aos locais destinados
ao exercício da atividade das empresas.

Artigo 22º
Contra – ordenações
1 – As infrações ao disposto no presente decreto-lei constituem contra- ordenações, nos
termos dos artigos 23º e 34º.
2 – A tentativa e a negligência são puníveis, sendo os limites máximos e mínimo da coima
reduzidos para metade.
Artigo 23º
Realização de transporte por entidade não licenciada
1 – a realização de transportes rodoviárias de mercadorias por conta de outrem, por meio
de veículos automóveis com peso bruto igual ou superior a 2500 kg, por entidade que
não seja titular do alvará a que se refere o artigo 3º, é punível com coima de 1250€ a
3740€ ou de 5000€ a 15 000€, consoante se trate de pessoa singular ou coletiva
2 – Os transportes por conta de outrem internacional e de cabotagem referidos nos
Regulamentos CEE nº 881/92, do Parlamento Europeu e do Concelho, de 26 de Março, e
3118/93 do Concelho, de 25 de Outubro, quando efetuados sem a cópia certificada da
licença comunitária, considera-se realizado por entidade não licenciada, sendo aplicáveis
as coimas previstas no número anterior.

Artigo 24º
Falta de certificação de motorista nacional de pais terceiro
A realização de transporte internacionais a coberto de uma licença comunitária, em que
o veiculo seja conduzido por motorista nacional de u pais terceiro, sem o certificado
exigido pelo artigo 3º do Regulamento (CEE) nº 881/92, do Parlamento Europeu e do
Concelho, de 26 de Março, com a redação que lhe foi dada pelo Regulamento (CE) nº
484/2002, do Parlamento Europeu e do Concelho, de 19 de Março, é punível com coima
de 750€ a 2250€.

Artigo 25º
Transporte efetuados por entidade diversa do titular do alvará ou licença comunitária
1 – A realização de transportes por entidade diversa do titular do alvará ou da licença
comunitária a que se refere o artigo 3º é punível:
a) Relativamente ao titular do alvará ou da licença comunitária, com a coima de
1250€ a 3740€ e de 5000€ a 15 000€, consoante se trate de pessoa singular ou coletiva
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b) Relativamente á pessoa que efetua o transporte, com a coima de 500€ a 1500€ e


de 1500€ a 4500€, consoante se trate de pessoa singular ou coletiva
2 – São considerados como efetuados por entidade diversa do titular do alvará os
transportes em que se verifique alguma das seguintes situações:
a) Prestação do serviço de transporte com faturação ou recibo em regime de
atividade liberal
b) Existência de contrato para utilização do veículo entre a empresa titular do alvará
e um terceiro.

Artigo 26º
Falta de comunicação
A falta de comunicação prevista no nº 2 do artigo 11º é punível com coima de 250€ a
750€
Artigo 27º
Realização de transportes em veículos sem licença
A realização de transportes rodoviários de mercadorias por conta de outrem, por meio
de veículo automóvel sem a licença a que se refere o artigo 14º, é punível com coima de
750€ a 2250€

Artigo 28º
Falta de distintivos
1 – a realização de transportes sem os distintivos a que se refere o artigo 15º, ou quando
estes estejam colocados em veículo automóvel não licenciado, é punível com coima de
100€ a 300€.
2 - A ostentação dos distintivos do transporte por conta de outrem em veículo não
licenciados para o efeito é punível com coima de 1250€ a 3740€.

Artigo 29º
Transportes sem autorização
1 – A realização de transportes de carater excecional a que refere o artigo 16º, sem
autorização. É punível com coima de 1250€ a 3740€ ou de 3500 a 10 500, consoante se
trate de pessoa singular ou coletiva.
2 – a realização de transportes internacionais ou de cabotagem sem as autorizações a
qye se refere o artigo 17º é punível com coima de 1000€ a 3000€

Artigo 30º
Falta ou vícios da guia de transporte
1 – A falta da guia de transporte é punível com coima de 250€ a 750€
2 - O preenchimento incorreto ou incompleto da guia de transporte, da responsabilidade
do expedidor ou do transportador, consoante a respetiva obrigação de preenchimento,
é punível com coima de 100€ a 300€.
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Artigo 31º
Excesso de carga
1 – A realização de transportes com excesso de carga é punível com coima de 500€ a
1500, sem prejuízo do disposto nos números seguintes
2 - Sempre que o excesso de carga seja igual ou superior a 25% do peso bruto do veículo,
a infração é punível com coima de 1250€ a 3740€
3 – no caso de infração a que se refere o número anterior, a entidade fiscalizadora pode
ordenar a imobilização do veículo ate que a carga em excesso seja transferida, podendo
ainda ordenar a deslocação e acompanhar o veiculo ate local apropriado para a descarga
m recaindo sobre o infrator o ónus com as operações de descarga ou transbordo da
mercadoria.
4 – Sempre que excesso de carga se verifique no decurso de um transporte em regime
de carga completa, a infração é imputável ao expedidor e ao transportador, em
comparticipação
5 – Nenhum condutor se pode escusar a levar o veículo á pesagem nas balanças ao
serviço das entidades, fiscalizadoras, que se encontrem num raio de 5 km do local onde
se verifique a intervenção das mesmas, sendo punível tal conduto com a coima referida
no nº 2 deste artigo, sem prejuízo da responsabilidade criminal a que houver lugar.

Artigo 32º
Falta de apresentação de documentos
A não apresentação dos documentos a que se refere o artigo 20º, no ato de fiscalização
é punível com as coimas previstas, caso a caso, no presente decreto-lei, salvo se o
documento em falta for apresentado no prazo de oito dias á autoridade indicada pelo
agente de fiscalização, caso em que a coima é de 50€ a 150€.

Artigo 33º
Imputabilidade das infrações
Sem prejuízo do disposto no artigo 25º, no nº2 do artigo 30º, e no nº 4 do artigo 31º, as
infrações ao disposto no presente decreto-lei são da responsabilidade da pessoa singular
ou coletiva que efetua o transporte.

Artigo 34º
Sanções acessórias
1 – Com a aplicação da coima por infração ao nº 2 do artigo 31º pode ser decretada a
sanção acessória de suspensão da licença ou de apreensão do certificado de matricula do
veiculo automóvel, consoante se trate de transporte por conta de outrem ou transporte
por conta própria, se o transportador tiver praticado três infrações da mesma natureza,
com decisão definitiva, e estas tiverem ocorrido no decurso dos dois anos anteriores á
data da prática da infração que está a ser decidida.
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2 – Com a aplicação da coima pela infração prevista na alínea a) do nº 1 do artigo 25º


pode ser decretada a sanção acessória de interdição do exercício da atividade, desde que
tenha havido anterior condenação pela prática da mesma infração
3 – A interdição do exercício da atividade, suspensão da licença do veículo ou a apreensão
do certificado de matrícula, previstas nos números anteriores, têm a duração máxima de
dois anos
4 - A aplicação da sanção acessória de interdição do exercício da atividade implica
necessariamente a suspensão e consequentemente o depósito no IMTT das licenças de
que a empresa infratora seja titular
5 – Durante o período de duração da sanção acessória, aplicada nos termos do nº 1, a
licença ou o certificado de matrícula ficam depositados no IMTT.

Artigo 35º
Infratores não domiciliários em Portugal
1 – Se o infrator não for domiciliado em Portugal e não pretender efetuar o pagamento
voluntario, deve proceder ao deposito de quantia igual ao valor máximo da coima
prevista para a contraordenação praticada.
2 – O pagamento voluntario ou o deposito referidos no número anterior devem ser
efetuados no ato da verificação da conta – ordenação, destinando-se o deposito a
garantir o pagamento da coima em que o infrator possa vir a ser condenado, bem como
das despesas legais a que houver lugar.
3 – Se o infrator declarar que pretende pagar a coima ou efetuar o deposito e não puder
faze-lo no ato da verificação da contraordenação, deve ser aprendida a documentação
do veículo ate á efetivação do pagamento ou do deposito.
4 – No caso previsto no número anterior devem ser emitidas guias de substituição dos
documentos apreendidos com validade até ao 1º dia útil posterior ao dia da infração.
5 – A falta de pagamento ou do depósito nos termos dos números anteriores implica a
apreensão do veículo, que se mantém ate ao pagamento ou depósito ou á decisão
absolutória.
6 - O veículo apreendido responde nos mesmos termos que o depósito pelo pagamento
das quantias devidas.
Artigo 36º
Imobilização do veículo
1 – Sempre que da imobilização de um veículo resultem danos para as mercadorias
transportadas ou para o próprio veículo, cabe á pessoa singular ou coletiva que realiza o
transporte a responsabilidade por esses dados, sem prejuízo do direito de regresso.
2 – São igualmente da responsabilidade da pessoa que realiza o transporte os encargos
que resultem da transferência para outro veículo no caso de excesso de carga, sem
prejuízo do direito de regresso.
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Artigo 37º
Processamento das contraordenações
1 - O processamento das contraordenações previstas neste decretam – lei compete ao
IMTT
2 – A aplicação das coimas é da competência do presidente do concelho diretivo do IMTT
3 – O IMTT organiza o registo das infrações cometidas nos termos da legislação em vigor

Artigo 38º
Produto das coimas

O produto das coimas é distribuído da seguinte forma:


a) 20 % Para o IMTT, constituindo receita própria
b) 20 % Para a entidade fiscalizadora
c) 60 % Para o Estado
Capítulo V
Disposições finais e transitórias
Artigo 39º
Modelos das autorizações e distintivos
Os modelos dos alvarás, licenças, autorizações e distintivos referidos no presente
decreto-lei, que não estejam previstos em regulamentação comunitária ou decorram de
acordos bilaterais ou convenções multilaterais, são definidos e aprovados por despacho
do presente do conselho diretivo do IMTT.

Artigo 40º
Afetação de receitas

Constituem receita própria do IMTT os montantes que venham a ser fixados por
despacho conjunto dos Ministros de Estado e das Finanças e das Obras Publicas,
Transportes e Comunicações, para as inscrições no exame a que se refere o artigo 7º e
para a emissão de certificados, dos alvarás, licenças, certificados, autorizações e
distintivos referidos no presente decreto-lei.

Artigo 41º
Disposições finais e transitórias

1 – As pessoas singulares ou coletivas que á data de entrada em vigor do presente


decreto-lei efetuem transportes de mercadorias por conta de outrem exclusivamente por
meio de veículos ligeiros, com peso bruto igual ou superior a 2500kg, dispõem no prazo
de 18 meses para se conformarem com os requisitos exigidos para o licenciamento da
atividade, a contar da data de entrada em vigor do presente decreto-lei.
2 – Durante o período a que se refere o número anterior, os veículos ligeiros de
mercadorias não carecem da licença prevista no artigo 14º para a realização de
transportes de mercadorias por conta de outrem.
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3 – As empresas que, á data de entrada em vigor do presente decreto-lei, sejam titulares


de alvará emitido pelo IMTT para a atividades de transporte ou para a atividade
transitaria podem licenciar veículos ligeiros para transportes de mercadorias, não
carecendo de alvará a que se refere o artigo 3º
4 – O alvará para o transporte de mercadorias em veículos ligeiros, a que se refere o
artigo 4º, pode ser concedido com dispensa do requisito de capacidade profissional às
sociedades ou cooperativas que, preenchendo as restantes condições de licenciamento,
o que requeiram nos primeiros seis meses após a data de entrada em vigor do presente
decreto-lei.

Artigo 42º
Entrada em vigor

1 – O presente decreto-lei entra em vigor 30 dias após a sua publicação, sem prejuízo do
disposto no número seguinte
2 – As empresas titulares de alvará para transportes rodoviário de mercadorias á data de
entrada em vigor do presente decreto-lei só ficam sujeitas ao disposto no nº 2 do artigo
9º, no que respeita á capacidade financeira de acesso á atividade, a partir de 1 de janeiro
de 2008.

Artigo 43º
Norma revogatória

1 – É revogado o Decreto-lei nº 38/99, de 6 de fevereiro


2 – Enquanto não for publicada a regulamentação a que se refere o presente decreto-lei,
mantem-se em vigor a Portaria nº 1099/99, de 21 de Dezembro, que regula os exames
para obtenção do certificado de capacidade profissional, bem como os despachos nº 21
994, de 19 de Outubro de 1999, e 14 576/2000, de 30 de Junho de 2000, relativos á guia
de transporte e aos dísticos.
Anexo I
Lista das matérias referidas no artigo 7º
Os conhecimentos a tomar em consideração para a comprovação da capacidade
profissional devem incidir, pelo menos, nas matérias mencionadas na lista. Os
transportadores rodoviários candidatos devem possuir o nível de conhecimento e
aptidões práticas necessários para dirigir uma empresa de transportes. O nível mínimo
de conhecimentos, a seguir indicado, não pode ser inferir ao nível 3 da estrutura dos
níveis de formação previsto no anexo á Decisão nº 85/368/CEE, isto é, uma formação
adquirida com a escolaridade obrigatória complementada por formação profissional ou
formação técnica complementar, ou por formação técnica escolar ou de outro tipo de
nível secundário.
As meterias sobre as quais incide essa formação e a graduação indicativa do nível de
conhecimentos exigíveis constam da lista seguinte, com referência, nomeadamente, aos
temas que o candidato deve conhecer ou ser capaz de interpretar, negociar ou avaliar.
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A) Elementos de direito civil


1) Conhecer os principais contratos corretamente utilizados nas atividades de
transporte rodoviário, bem como os direitos e obrigações deles decorrentes
2) Ser capaz de negociar um contrato de transporte juridicamente válido,
nomeadamente no que respeita às condições de transporte
3) Ser capaz de negociar um contrato de transporte juridicamente válido,
nomeadamente no que respeita às condições de transporte
4) Conhecer as regras e obrigações decorrentes da Convenção CMR relativa ao
contrato de transporte internacional rodoviário de mercadorias
B) Elementos de direito comercial
1) Conhecer as condições e formalidades necessárias para exercer o comércio e as
obrigações gerais dos comerciantes (registo, livros comerciais, etc.), bem como as
consequências da falência
2) Possuir conhecimentos suficientes sobre sociedades comerciais, formas e regras
de constituição e funcionamento
C) Elementos de direito social
1) Conhecer o papel e o funcionamento das diferentes instituições sociais que
intervém no setor do transporte rodoviário (sindicatos, comissões de trabalhadores,
delegados do pessoal, inspeção do trabalho, etc.)
2) Conhecer as obrigações das entidades patronais em matéria de segurança social
3) Conhecer as regras aplicáveis aos contratos de trabalho relativos ás diferentes
categorias de trabalhadores das empresas de transporte rodoviário (forma dos contratos,
obrigações das partes, condições e tempo de trabalho, ferias pagas, remuneração,
rescisão do contrato, etc.)
4) Conhecer as disposições do Regulamento (CE) nº 561/2006, do Parlamento
europeu e do Concelho, de 15 de março, e do regulamento (CEE) nº 3821/85, bem como
as respetivas medidas práticas de aplicação.
D) Elementos de direito fiscal:
1) Ao IVA aplicável aos serviços de transporte
2) Ao imposto de circulação dos veículos
3) Aos impostos sobre certos veículos utilizados para o transporte rodoviário de
mercadorias, bem como ás portagens e direitos de utilização cobrados pela utilização de
certas infraestruturas
4) Aos impostos sobre rendimento
E) Gestão comercial e financeira da empresa:
1) Conhecer as disposições legais e praticas relativas á utilização de cheques, letras,
promissórias, cartões de crédito, e outros meios ou métodos de pagamento
2) Conhecer as formas de crédito (bancário, documentário, fianças, hipotecas,
locação financeira, aluguer, faturação, etc)
3) Saber o que é o balanço, modo como se apresenta e capacidade de o interpretar
4) Ser capaz de ler e interpretar uma conta de ganhos e perdas
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5) Ser capaz de analisar a situação financeira e rentabilidade da empresa,


nomeadamente com base nos coeficientes financeiros
6) Ser capaz de preparar um orçamento
7) Conhecer as diferenças componentes dos seus preços de custo (custos fixos,
custos variáveis, fundos de exploração, amortizações, etc.) e ser capaz de calcular por
veículo, ao quilómetro, á viagem ou á tonelada
8) Ser capaz de elaborar um organigrama e organizar planos (relativos a todo o
pessoal das empresas, planos de trabalho, etc.,)
9) Conhecer os princípios de estudos de mercado (marketing), promoção de venda
dos serviços de transportes, elaborações de ficheiros de clientes, publicidade, relações
publicas, etc.
10) Conhecer os diferentes tipos de seguros próprios dos transportadores rodoviários
(seguros de responsabilidade), bem como garantias, e as obrigações daí decorrentes
11) Conhecer as aplicações telemáticas no domínio do transporte rodoviário
12) Ser capaz de aplicar regras relativas á faturação dos serviços de transporte
rodoviário de mercadorias e conhecer o significado e os efeitos dos incoterms
13) Conhecer as diferenças categorias de auxiliares de transporte, o seu papel, as
suas funções e o seu eventual estatuto.
F) Acesso á atividade e ao mercador:
1) Conhecer a regulamentação sobre transportes rodoviários por conta de outrem,
para a locação de veículos industriais, para a subcontratração, nomeadamente as regras
relativas á organização oficial da profissão, ao acesso á mesma, às autorizações para os
transportes rodoviários intracomunitários e extracomunitários, ao controlo e às sanções
2) Conhecer a regulamentação relativa ao estabelecimento de uma empresa de
transporte rodoviário
3) Conhecer os diferentes documentos exigidos para a execução dos serviços de
transporte rodoviário e relativos ao veículo, ao motorista ou á mercadoria
4) Conhecer as regras relativas á organização do mercado dos transportes
rodoviários de mercadorias, ao tratamento administrativo da carga e á logística
5) Conhecer as formalidades de passagem das fronteiras, o papel e o âmbito dos
documentos T e das cadernetas TIR, bem como as obrigações e responsabilidades que a
sua utilização implica.
G) Normas técnicas e de exploração
1) Conhecer as regras relativas aos pesos e às dimensões dos veículos nos estados
Membros bem como os procedimentos relativos aos transportes excecionais que
constituem derrogações a essas regras
2) Ser capaz de escolher em função das necessidades da empresa os veículos
3) Conhecer as formalidades relativas á receção, matrícula e controlo técnico dos
veículos
4) Ser capaz de estudar as medidas a tomar contra a poluição do ar pelas emissões
dos veículos a motor e contra o ruído
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5) Ser capaz de elaborar planos de manutenção periódica dos veículos e do seu


equipamento
6) Conhecer os diferentes tipos de dispositivos de movimentação e de carregamento
(plataformas traseiras, contentores, paletas, etc.), procedimentos e instruções relativos
ás operações de carga e descarga das mercadorias (distribuição da carga, empilhamento,
estiva fixação, etc.)
7) Conhecer técnicas do transporte combinado (rodoferroviário ou ro-ro)
8) Ser capaz de pôr em prática os procedimentos destinados a dar cumprimento às
regras relativas ao transporte de mercadorias perigosas e de resíduos, procedimentos
destinados a dar cumprimento às regras decorrentes das Diretivas nº 94/95/CE, e
96/35/CE e do Regulamento (CEE) nº 259/93
9) Ser capaz de aplicar os procedimentos destinados a dar cumprimento,
nomeadamente, às regras decorrentes do acordo relativo aos transportes internacionais
de produtos alimentares perecíveis e aos equipamentos especializados a utilizar nestes
transportes (ATP)
10) Ser capaz de aplicar os procedimentos destinados a dar cumprimenta á
regulamentação relativa ao transporte de animais vivos.

H) Segurança Rodoviária:

1) Conhecer as qualificações exigidas aos condutores (carta de condução,


certificados médios, atestados de capacidade
2) Ser capaz de realizar ações ara se certificar de que os condutores respeitam as
regras, as proibições e restrições de circulação em vigor nos diferentes Estados Membros
(limites de velocidade, prioridades, paragem e estacionamento, utilização das luzes,
senilização,)
3) Ser capaz de elaborar instruções destinadas aos condutores respeitantes á
verificação das normas de segurança relativas ao estado do material de transporte, do
equipamento e da carga e á condução preventiva
4) Ser capaz de instaurar procedimentos de conduta em caso de acidente e de
aplicar os procedimentos adequados para evitar a repetição de acidentes e infrações
graves.

Anexo II
Organização do exame para obtenção de capacidade profissional
1 – o exame para obtenção de capacidade profissional é constituído por um exame
escrito obrigatório, que poderá ser completado por um exame oral para verificar se os
candidatos a transportadores rodoviários possuem o nível de conhecimento exigidos nas
matérias indicadas no anexo I.
2 – O exame escrito obrigatório é constituído pelas duas provas seguintes
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2.1 – Perguntas de escolha múltipla com quatro respostas possíveis, perguntas de


resposta direta, ou uma combinação dos dois sistemas
2.2 Exercícios escritos/análise de casos. A duração mínima de cada uma das duas
provas é de duas horas.
3 – No caso de ser organizado um exame oral, a participação nesse exame fica
subordinada a aprovação nas provas escritas
4 – a atribuição de pontos a cada prova fica subordinada aos seguintes critérios:
4.1. – se o exame incluir uma prova oral, a cada uma das três provas não poderá ser
atribuída menos de 25% do total dos pontos do exame, nem mais de 40%
4.2. Se for organizado apenas um exame escrito, a cada prova não poderá ser
atribuído menos de 40% de total dos pontos do exame, nem mais de 60%
5 – No conjunto das provas, os candidatos devem obter, pelo menos, uma média de 60%
do total dos pontos do exame. A pontuação obtida em cada prova não pode ser inferior
a 50 % dos pontos atribuídos á mesma, podendo, contudo, ser reduzida a 40% numa
única prova
Anexo III
Lei nº 27/2010

Estabelece o regime de sancionatório aplicável á violação das normas respeitantes aos


tempos de condução, pausas e tempos de repouso e ao controlo da utilização dos
tacógrafos.

Lei nº 27/2010
De 30 de Agosto
Estabelece o regime sancionatório aplicável á violação das normas respeitantes aos
tempos de condução, pausas e tempos de repouso e ao controlo da utilização de
tacógrafos, na atividade de transporte rodoviário, transpondo a Diretiva nº 2006/22/CE,
do Parlamento Europeu e do Concelho, de 15 de Março, alterada pelas Diretivas nº
2009/4/CE, da Comissão, de 23 de Janeiro, e 2009/5/CE, da Comissão, de 30 de Janeiro.
A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161º da
Constituição, o seguinte:

Capítulo I
Disposições gerais
Artigo 1º
Objeto
1 – A presente lei transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva 2006/22/CE, do
parlamento Europeu e do Concelho, de 15 de Março, alterada pelas Diretivas nº
2009/4/CE, da Comissão, de 23 de Janeiro, e 2009/5/CE, da Comissão, de 30 de Janeiro,
na parte respeitante a:
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a) Regime sancionatório da violação, no território nacional, das disposições sociais


constantes do Regulamento (CE) nº 561/2006, no Parlamento Europeu e do Concelho,
de 15 de março
b) Controlo, no território nacional, da instalação e utilização de tacógrafos de
acordo com o Regulamento (CE) nº 3821/85, do concelho, de 20 de dezembro, e da
aplicação das disposições sociais constantes do regulamento referido na alínea anterior
2 – A presente lei regula, ainda, o regime sancionatório da violação das disposições
sociais constantes do Acordo Europeu Relativo ao Trabalho das Tripulações dos Veículos
que efetuem transportes internacionais rodoviários (AETR)
3 – O regime estabelecido no capítulo III é também aplicável a infrações cometidas no
território de outro Estado que sejam detetadas em território nacional, desde que não
tenham dado lugar á aplicação de uma sanção.

Capítulo II
Aplicação e controlo das disposições sociais comunitárias no domínio dos transportes
rodoviários e do AETR
Secção I
Aplicação das disposições socias comunitárias e do AETR
Artigo 2º
Aplicação da regulamentação nacional
1 – Em caso de transporte efetuado inteiramente em território português, o condutor ao
serviço de empresa neste estabelecida está sujeito á regulamentação coletiva de trabalho
aplicável que preveja tempos máximos de condução menos elevados ou pausas ou
períodos de repouso mais elevados do que os estabelecidos na regulamentação
comunitária ou no AETR

2 – Na situação prevista no número anterior, o incumprimento de normas aplicáveis da


regulamentação nacional que corresponda simultaneamente a infração ao disposto em
norma dos artigos 19º a 21º é sancionado nos termos da presente lei.

Artigo 3º

Registo manual por condutor de veículo matriculado em país terceiro

O condutor de veículo pesado matriculado em estado que não seja membro da União
Europeia nem Parte Contratante do ARTR, não equipado com tacógrafo conforme á
legislação comunitária ou ao AETR, deve registar manualmente em folha diária de modelo
análogo á utilizada nos termos desse Acordo, o seguinte:

a) Os tempos de condução
b) Os tempos de outras atividades profissionais além da condução
c) As pausas e os tempos de repouso.
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Seção II
Controlo da aplicação das disposições sociais comunitárias e do AETR
Artigo 4º
Modalidade de controlo

1 – Os controlos da aplicação das disposições sociais comunitárias e do AETR são


realizados na estrada e nas instalações das empresas

2 – Os controlos devem incidir sobre, pelo menos 3 % dos dias de trabalho dos condutores
abrangidos pelos regulamentos referidos no artigo 1º

3 – Dos dias de trabalho controlados, um mínimo de 30% deve corresponder a controlos


na estrada e mínimo de 50% deve corresponder a controlos nas instalações das empresas

4 – Os controlos efetuados nas instalações das autoridades competentes, com base em


dados solicitados às empresas, equivalem a controlos efetuados nas instalações destas.

Artigo 5º
Controlo na estrada
1 – Os controlos na estrada devem ocorrer em diferentes locais e a qualquer hora,
abrangendo uma parte da rede rodoviária com a extensão necessária, com vista a
prevenir que as entidades controladas evitem os locais de controlo

2 – Os controlos são efetuados através de rotação aleatória que tenha em vista um


equilíbrio geográfico adequado, sendo instalados pontos de controlo em números
suficiente nas estradas ou na sua proximidade, nomeadamente em estações e locais
seguros nas autoestradas.

3– Os controlos na estrada são realizados em simultâneo com as autoridades de controlo


transfronteiriças, pelo menos seis vezes por ano, mediante coordenação nos termos da
alínea a) do artigo 10º

4 – Os controlos incidem sobre todos ou parte dos elementos referidos na parte A do


anexo á presente lei, de que faz parte integrante

5 – Sem prejuízo do disposto no nº3 do artigo 7, os controlos são realizados sem


discriminação, nomeadamente, em razão:

a) Do país de matrícula do veículo


b) Do país de residência do condutor
c) Do país de estabelecimento da empresa
d) Da origem e destino da viagem
e) Do tipo de tacógrafo, analógico ou digital

6 – Os agentes encarregados da fiscalização devem dispor de:


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a) Uma lista dos principais elementos a controlar, nos termos da parte A do anexo á
presente lei
b) Um equipamento normalizado de controlo que permita descarregar dados da
unidade do veículo e do cartão de condutor a partir do tacógrafo digital, ler e analisar
dados ou transmiti-los a uma base central para análise, e controlar as folhas do tacógrafo

7 – Sempre que o controlo efetuado na estrada a condutor de veículo registado noutro


Estado membro indicie infração para cuja prova sejam necessários outros elementos
além dos transportados no veículo, é solicitada a informação em falta ao organismo
referido no artigo 10º, o qual providência junto do organismo congénere do Estado
membro em causa a obtenção da informação pertinente.

Artigo 6º
Controlos nas instalações das empresas

1 – Os controlos nas instalações das empresas são programados por cada uma das
autoridades encarregadas dessa fiscalização, tento em conta os diferentes tipos de
transporte e de empresas, e têm lugar sempre que sejam detetadas nos controlos de
estrada infrações graves ou muito graves aos regulamentos referidos ao artigo 1º
2 – Os controlos nas instalações das empresas incidem sobre os elementos referidos no
anexo á presente lei
3 – Os agentes encarregados da fiscalização devem dispor de:
a) Uma lista dos principais elementos a controlar, de acordo com o disposto no
anexo a presente lei
b) Um equipamento normalizado referido na alínea b) do nº 6 do artigo anterior
c) Um equipamento específico, dotado de software que permita verificar e
confirmar a assinatura digital associada aos dados e estabelecer o perfil de velocidade do
veículo previamente á inspeção do tacógrafo
4 – Os agentes encarregados da fiscalização têm em conta, durante todas as fases do
processo de controlo e fiscalização, todas as informações respeitantes às atividades da
empresa noutros Estados membros que tenham sido prestadas pelos organismos de
ligação das autoridades competentes aplica-se o disposto nos números anteriores.
5 – Aos controlos efetuados nas instalações das autoridades competentes aplica-se o
disposto nos números anteriores.

Artigo 7º
Sistema de classificação de riscos
1 – Aos membros do Governo responsáveis pelas áreas a que pertencem as autoridades
encarregadas da fiscalização estabelecem, por portaria conjunta, um sistema de
classificação de riscos
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2 – O sistema referido no número e a gravidade das infrações previstas na presente lei,


cometidas pelas empresas, e de acordo com a regulamentação comunitária sobre a
matéria.
3 - O rigor e a frequência do controlo dependem do grau de risco em que as empresas
sejam classificadas.

Artigo 8
Conservação dos documentos

A empresa deve conservar, pelo menos durante um ano, os documentos, os registos dos
resultados e outros dados relevantes relativos aos controlos efetuados nas suas
instalações ou na estrada, fornecidos por agentes encarregados da fiscalização.

Artigo 9º
Fiscalização

A fiscalização do cumprimento das disposições sociais comunitárias no domínio dos


transportes rodoviários e do AETR é assegurada, no âmbito das respetivas atribuições,
pelas seguintes entidades:
a) Autoridade para as Condições do Trabalho
b) Guarda Nacional Republicana
c) Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I.P. (IMTT,I.P.)
d) Polícia de Segurança Pública

Artigo 10º
Organismo de coordenação e legação
1 – Compete ao IMTT, I.P., enquanto organismo de coordenação e ligação:
a) Assegurar a coordenação das ações efetuados ao abrigo nº 3 do artigo 5º, com os
organismos congéneres dos outros estados membros
b) Transmitir á Comissão Europeia os elementos estatísticos bienais, nos termos dos
nº 1 e 2 do artigo 17º do Regulamento (CE) nº 561/2006, do Parlamento Europeu e do
Concelho, de 15 de Março
c) Assegurar a disposição de informação nos termos do artigo 11º
2 – O IMTT, I.P., disponibiliza aos organismos de coordenação e ligação dos outros
Estados Membros as informações referidas no nº 3 do artigo 19º do regulamento (CEE)
nº 3821/85, do Concelho, de 20 de Dezembro, e no nº 2 do artigo 22º do Regulamento
(CE) nº 561/2006, do Parlamento Europeu e do Concelho, de 15 de Março, pelo menos
de seis em seis meses e em caso de pedido especifico.
3 – O IMTT, I.P., promove, pelo menos uma vez por ano, em conjunto com os organismos
de coordenação e ligação dos outros Estados membros:
a) Pogramas de formação sobre melhores prática para os agentes encarregados da
fiscalização
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b) Intercâmbio entre o seu pessoal e o dos organismos de coordenação e ligação dos


outros Estados membros

Artigo 11º
Recolha e divulgação de dados estatísticos
1 – As entidades reesposáveis pela fiscalização recolhem, organizam e remetem
anualmente ao IMTT,I.P., em formato digital, os dados respeitantes a essa atividade,
designadamente os seguintes:
a) No que respeita ao controlo na estrada
1) O tipo de via pública, nomeadamente autoestrada, estrada nacional ou estrada
secundária, em que foi realizado o controlo
2) O país de matrícula do veículo controlado
3) O tipo de tacógrafo, analógico ou digital utilizado
b) No que respeita ao controlo nas instalações das empresas:
1) O tipo de atividade de transporte, nomeadamente internacional ou nacional, de
passageiros ou de carga, por conta própria ou por conta de outrem
2) A dimensão da frota da empresa
3) O tipo de tacógrafo, analógico ou digital utilizado
2 – O IMTT, I.P., publica os dados estatísticos recolhidos de acordo com o número
anterior e transmite-os á Comissão Europeia, de dois em dois anos.

Capítulo III
Responsabilidade contraordenacional
Seção I
Regime geral
Artigo 12º
Regime geral da responsabilidade contraordenacional
1 – O regime dos artigos 548º a 565º do Código do Trabalho é aplicável às
contraordenações previstas na presente lei, com as adaptações previstas no artigo 14º
2 – O regime do procedimento das contra ordenações laborais e de segurança social é
aplicável +as contra ordenações previstas na presente lei

Artigo 13º
Responsabilidade pelas contra ordenações
1 – A empresa é responsável por qualquer infração cometida pelo condutor, ainda que
fora do território nacional
2 – A responsabilidade da empresa é excluída se esta demonstrar que organizou o
trabalho de modo a que o condutor possa cumprir o disposto no Regulamento (CEE) nº
3821/85, do Concelho, de 20 de Dezembro, e no capítulo II e do Regulamento (CE) nº
561/2096, do Parlamento Europeu e do Concelho, de 15 de Março
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3 – O condutor é responsável pela infração na situação a que se refere o número anterior


ou quando esteja em causa a violação do disposto no artigo 22º
4 – A responsabilidade de outros intervenientes na atividade de transporte,
nomeadamente expedidores, transitários ou operadores turísticos, pela prática da
infração é punida a título de comparticipação, nos termos do regime geral das contra –
ordenações.

Artigo 14º
Valores das coimas
1 – A cada escalão de gravidade das contra ordenações laborais corresponde uma coima
variável em função do grau da culpa do infrator, salvo o disposto no artigo 555º do Código
do trabalho
2 – Os limites mínimos e máximo das coimas correspondentes a contra ordenações leve
são os seguintes:
a) De 2 UC a 9 UC em caso de negligência
b) De 6 UC a 15 UC em caso de dolo
3 – Os limites mínimos e máximo das coimas correspondentes a contra ordenação grave
são os seguintes:
a) De 6 UC a 40 UC em caso de negligência
b) De 13 UC a 95 UC em caso de dolo
4 – Os limites mínimos e máximo das coimas correspondentes a contra ordenações muito
grave são os seguintes:
a) De 20 UC a 300 UC em caso de negligência
b) De 45 UC a 600 UC em caso de dolo
5 – A sigla UC corresponde á unidade de conta processual, definida nos termos do
Regulamento das Custas Processuais
6 – Em caso de transporte de mercadorias perigosas ou de transporte pesado de
passageiros, os limites mínimos e máximos da coima aplicável são agravados em 30 %

Artigo 15º
Destino das coimas
1 – O produto das coimas aplicadas reverte para as seguintes entidades:
a) 50 % Para a Autoridade para as Condições do Trabalho
b) 25 % Para o Fundo de Acidentes de Trabalho
c) 15 % Para a entidade autuante
d) 10 % Para o IMTT, I.P.
2 – No caso em que a Autoridade para as Condições do Trabalho seja a entidade autuante,
o valor a que se refere a alínea c) do número anterior reverte para o Fundo de Acidentes
de Trabalho.
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Artigo 16º
Apreensão de folhas de registo
As folhas de registo de tacógrafo ou de livrete individual de controlo que indiciem a
existência de qualquer infração prevista na presente lei devem ser apreendidas pelo
autuante e juntas ao auto de notícia correspondente.

Seção II
Contra ordenações em especial
Artigo 17º
Idade mínima
Constitui contra ordenação, grave o exercício da atividade de condutor ou de ajudante
de condutor por quem não tenha completado a idade mínima prevista na
regulamentação comunitária aplicável ou no AETR
a) Leve, sendo inferior a dez horas
b) Grave, sendo igual ou superior a dez horas e inferiores a onze horas
c) Muito grave, sendo igual ou superior a onze horas
2 – O tempo diário de condução alargado que exceda o previsto na regulamentação
comunitária aplicável ou no AETR constitui contra ordenação classificada como:
a) Leve, sendo inferior a onze horas
b) Grave, sendo igual ou superior a onze horas e inferir a doze horas
c) Muito grave, sendo igual ou superior a doze horas
3 – O tempo semanal de condução que exceda o previsto na regulamentação comunitária
aplicável ou no AETR constitui contra ordenação classificada como:
a) Leve, sendo inferior a 60 horas
b) Grave, sendo igual ou superior a 60 horas e inferior a 70 horas
c) Muito grave, sendo igual ou superior a 70 horas
4 – O tempo de condução total acumulado, que exceda o previsto na regulamentação
comunitária aplicável ou no AETR, constitui contra ordenações classificada como:
a) Leve, sendo inferior a 100 horas
b) Grave, sendo igual ou superior a 100 horas e inferiores a 112 horas e 30 minutos
c) Muito grave, sendo igual ou superior a 112 horas a 30 minutos

Artigo 19º
Tempo de condução ininterrupta
1 – O período de condução ininterrupta que exceda o previsto na regulamentação
comunitária aplicável ou no AETR constitui contra ordenação classificada como:
a) Leve, sendo inferior a cinco horas
b) Grave, sendo igual ou superior a cinco horas e inferior a seis horas
c) Muito grave, sendo igual ou superior a seis horas
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2 – O incumprimento da pausa de modo a que esta seja inferir aos limites mínimos de
duração previstos na regulamentação comunitária aplicável ou no AETR constitui contra
ordenação classificada como:
a) Leve, sendo a diferença ate 10 %
b) Grave, sendo a diferença igual ou superior a 10 % e inferior a 30 %
c) Muito grave, sendo a diferença igual ou superior a 30 %

Artigo 20º
Períodos de repouso

1 – O período de repouso diário regular inferior ao previsto na regulamentação


comunitária aplicável ou no AERT constitui contraordenação classificada como:
a) Leve, sendo igual ou superior a dez horas e inferior a onze horas
b) Grave, sendo igual ou superior a oito horas e trinta minutos e inferior a dez horas
c) Muito grave, sendo inferior a oito horas e trinta minutos
2 – O período de repouso diário reduzido inferior ao previsto na regulamentação
comunitária aplicável ou no AETR constitui contraordenação classificada como:
a) Leve, sendo igual ou superior a oito horas e inferior a nove horas
b) Grave, sendo igual ou superior a sete horas e inferior a oito horas
c) Muito grave, sendo inferior a sete horas
3 – Caso o período de repouso diário regular seja gozado em dois períodos e um ou ambos
sejam inferiores ao previsto na regulamentação comunitária aplicável ou no AETR
constitui contraordenação classificada como:
a) Leve, sendo a duração em falta inferior a uma hora
b) Grave, sendo a duração em falta igual ou superior a uma hora e inferior a duas
horas
c) Muito grave, sendo a duração em falta igual ou superior a duas horas
4 – O disposto no nº 2 é aplicável caso o período de repouso diário do condutor de veículo
com tribulação múltipla que se deve seguir ao termo de um período de repouso diário ou
semanal for inferior ao previsto na regulamentação comunitária aplicável ou no AETR
5 – O período de repouso semanal regular inferior ao previsto na regulamentação
comunitária aplicável ou no AETR constitui contraordenação classificada como:
a) Leve, sendo igual ou superior a 42 horas e inferior a 45 horas
b) Grave, sendo igual ou superior a 36 horas e inferior a 42 horas
c) Muito grave, sendo inferior a 36 horas
6 – o período de repouso semanal reduzido inferior ao previsto na regulamentação
comunitária aplicável ou no AETR constitui contra ordenação classificada como:
a) Leve, sendo igual ou superior a vinte e duas horas e inferior a vinte e quatro horas
b) Grave, sendo igual ou superior a vinte e duas horas e inferior a vinte e quatro
horas
c) Muito grave, sendo inferior a vinte horas
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Artigo 21º
Horário e escala de serviço

o incumprimento das regras relativas ao horário e á escala de serviço previstas na


regulamentação comunitária aplicável constitui contraordenação grave.

Artigo 22º
Dever de informação
O incumprimento, por parte do condutor, do dever de fornecer a cada uma das empresas
de transporte para as quais execute trabalho de condução ou outra atividade elementos
relativos a tempo de condução, duração do trabalho semanal, pausas, tempo de
condução ininterrupta e períodos de repouso constitui contraordenação grave.

Artigo 23º
Prémios ou outras prestações complementares ou acessórias
A atribuição de prémios ou outras prestações complementares ou acessórias da
retribuição em função das distâncias percorridas ou do volume das mercadorias
transportadas, por modo a comprometer a segurança rodoviária ou estimular o
incumprimento da regulamentação aplicável, constitui contraordenação muito grave.

Artigo 24º
Veículo de transporte regular de passageiros não equipado com tacógrafo

No caso de veículo de transporte regular de passageiros que não esteja equipado com
tacógrafo por não estar obrigado á sua utilização, a falta do horário e da escala de serviço
para cada condutor, nos termos da regulamentação comunitária, constitui conta
ordenação grave.

Artigo 25º
Apresentação de dados a agente encarregado da fiscalização
1 – Constitui contraordenação muito grave a não apresentação, quando solicitada por
agente encarregado da fiscalização:
a) De folhas de registo e impressões, bem como de dados descarregados do cartão
do condutor
b) De cartão de condutor, das folhas de registo utilizadas e de qualquer registo
manual e impressão efetuados, que o condutor esteja obrigado a apresentar
c) De escala de serviço com o conteúdo e pela forma previstos na regulamentação
comunitária aplicável
2 - Constitui contraordenação grave o acontecimento incorreto do dispositivo de
comutação.
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Artigo 26º
Integridade e conservação de dados
1 – Constitui contraordenação muito grave:
a) A não conservação das folhas de registo pela empresa de transporte durante pelo
menos um ano a partir da data de registo
b) As impressões incorretamente efetuadas por cartão danificado ou em mau estado
de funcionamento ou que não esteja na posse do condutor pelo menos um ano a partir
da data do registo
c) A não conservação da escala de serviço com o conteúdo e pela forma previstos
na regulamentação comunitária aplicável, durante um ano após o termo do período
abrangido
2 - Constitui contraordenação grave o incumprimento por parte do condutor do dever de
conservar ou apresentar á autoridade autuante os documentos comprovativos da
instauração de processos ou de sanções que lhe tenham sido aplicadas, no prazo de um
ano a contar da pratica de infração
3 - Sem prejuízo do disposto na presente lei, a instalação, utilização de tacógrafos e a
transferência e conservação de dados desse mesmo aparelho são realizadas de acordo
com o disposto no Decreto-lei nº 169/2009, de 31 de Julho.

Artigo 27º
Entrega de elementos de registo ao condutor
Constitui contraordenação leve:
a) A não entrega ao condutor de cópia de folhas de registo e de impressões, bem
como dos dados descarregados do cartão do condutor, nos 10 dias posteriores ao pedido
b) A não entrega ao condutor de veículo de transporte regular de passageiros não
equipado com aparelho de controlo de um extrato da escala de serviço, nos 10 dias
posteriores ao pedido.

Artigo 28º
Imobilização do veículo em caso de infração
1 – Sempre que o condutor se encontre em infração às disposições relativas aos tempos
máximos de condução ou aos períodos mínimos de repouso ou de pausa, o autuante
deve impedi-lo de continuar a conduzir, procedendo simultaneamente á imobilização do
veículo.
2 – Na situação prevista no número anterior, a imobilização do veículo não se aplica
quando for assegurada a substituição do condutor
3 – Na situação prevista no nº 1 a imobilização do veículo cessa imediatamente após ter
sido efetuado ou garantido o pagamento da coima e o impedimento do condutor cessa
logo que seja cumprido o período de repouso ou de pausa exigido.
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4 – o controlo do cumprimento da interrupção da condução ou do repouso, durante a


imobilização compete á entidades policiais, através da apreensão temporária dos
documentos da viatura e do condutor.

Artigo 29º
Pagamento voluntário de coima ou prestação de caução

1 – O responsável pelo pagamento da coima pode efetuar imediatamente o pagamento


voluntario da mesma, pelo valor mínimo previsto para o caso de negligência.
2 – O responsável pelo pagamento da coima que não efetue imediatamente o pagamento
voluntario da mesma deve proceder ao depósito de uma caução
3 – A caução é prestada pelo valor mínimo da coima estabelecida para o caso de dolo,
acrescido de 10 % para despesas processuais, incidindo esta percentagem apenas sobre
o montante da coima correspondente á infração mais grave em caso de concurso de
infrações.
4 - O pagamento voluntaria e a prestação da caução são efetuados em numerário ou
outro meio de pagamento legalmente admitido.
5 – O pagamento voluntario e a prestação da caução deve ser efetuado no ato de
verificação da contraordenação, destinando-se a caução a garantir o pagamento da
coima em que o infrator possa ser condenado, bem como das despesas legais a que
houver lugar.
6 – Se o responsável pela infração não apresentar defesa dentro do prazo legal, o valor
da caução converte-se em pagamento da coima em que for condenado~
7 – A falta do pagamento voluntário da coima e da prestação da caução implica a
apreensão provisoria de documentos, nos termos do nº 4 e 5 do artigo 173º do código
da estrada
8 – Se, no ato de verificação da contraordenação, o responsável pretender pagar a coima
ou depositar caução mas não o puder fazer, ser-lhe-á concedido um prazo para o efeito,
procedendo-se á apreensão provisoria de documentos, de acordo com o numero
anterior, ate ao pagamento da coima ou á prestação da caução.

Capítulo IV
Disposições transitórias e finais
Artigo 30º
Registo de dados
1 – O IMTT, I.P., mantém um registo atualizado da atividade desenvolvida, com base nos
dados recolhidos pelas entidades com competência fiscalizadora, incluindo os relativos
aos procedimentos e sanções aplicadas em cada caso.
2 – A autoridade para as condições de trabalho comunica ao IMTT, I.P., através de
webservices, os dados da atividade desenvolvida, relativos aos procedimentos e sanções
aplicadas em cada caso.
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3 – O registo é de utilização comum pelas entidades com competência fiscalizadora, para


efeitos de instrução de processos contra ornamentais relativos a infrações ao disposto
nos regulamentos e no AETR referidos no artigo 1º, devendo ser celebrados protocolos
definidos os procedimentos para a sua utilização.
4 – Á recolha, registo e tratamento dos elementos necessários pelas entidades com
competência fiscalizadora e para a instrução dos processos e aplicação das coimas é
aplicável p regime do registo nacional de transportador rodoviário e das atividades
auxiliares ou complementares do setor dos transportes, com as adaptações necessárias,
e a legislação sobre proteção de dados pessoais.

Artigo 31º
Regiões autónomas
Os atos e procedimentos necessários á execução da presente lei nas Regiões Autónomas
dos Açores e da Madeira competem às entidades das respetivas administrações regionais
com atribuições e competências nas matérias em causa.

Artigo 32º
Norma revogatória
É revogado o Decreto-lei nº 272/89, de 19 de Agosto, alterado pela lei nº 114/99, de 3
de Agosto. Aprovada em 22 de Julho de 2010.

Anexo
( a que se refere o nº 4 do artigo 5º e o nº 2 do artigo 6º)
Parte A
Controlos na estrada

Os controlos na estrada incidem, nomeadamente, sobre os seguintes elementos:


1. Os tempos de condução diária e semanal, as pausas e os períodos de descanso
diários e semanais. A verificação incide sobre: as folhas de registo dos dias precedentes,
conservados no veículo por força do nº 7 do artigo 15º do Regulamento (CEE) nº 3821/85,
do Conselho, de 20 de dezembro, ou do nº 4 do artigo 11º do AETR, e os dados relativos
ao mesmo período, armazenados do cartão do condutor ou memória do equipamento
de registo, ou registados em folhas impressas.
2. Os excessos, relativamente á velocidade autorizada para o veículo, no que
respeita ao período referido no número anterior. São considerados como tal: para os
veículos da categoria N3, os períodos superiores a um minuto durante os quais o veículo
circule a mais de 90 km/h, para os veículos da categoria M3, os períodos superiores a um
minuto durante os quais o veículo circule a mais de 105 km/h. Integram a categoria N3
os veículos destinados a transporte de mercadorias com peso bruto superior a 12 t e a
categoria M3 os veículos destinados a transporte de passageiros com mais de oito lugares
sentados, alem do lugar do condutor, e peso bruto superior a 5 t.
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3. Quando se justifique, as velocidades instantâneas registadas pelo aparelho de


controlo durante as últimas vinte e quatro horas de utilização do veículo.

Parte B
Controlos nas instalações da empresa
Para além dos elementos referidos na parte A, os controlos nas instalações da empresa
incidam sobre os seguintes elementos:
1. Os períodos semanais de descanso e os tempos de condução entre esses períodos
2. A limitação dos tempos de condução num período de duas semanas consecutivas
3. As folhas de registo, os dados da unidade instalada no veículo e do cartão de
condutor e as respetivas folham impressas.

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