Professor: Euber Lucas Ribeiro
Disciplina: Filosofia Data: ____/_____/23
Centro
Educacional Aluno(a): Turma: 3001
Cecília
Meireles
Introdução
No século XX, a confiança na razão e no poder da ciência e em seus métodos é
duramente questionado pelos teóricos da Escola de Frankfurt.
Elaboraram suas críticas á modernidade inspirados especialmente na teoria de
Marx e na psicanálise, seus principais temas de reflexão foram: autoridade,
autoritarismo, totalitários e o papel da cultura e da ciência.
Principais Características
Os teóricos da Escola de Frankfurt foram capazes de compartilhar seus
pressupostos teóricos e desenvolver uma postura crítica. Essa postura esteve
oposta ao determinismo comum às teorias positivistas.
Foram inspirados por pensadores como Kant, Hegel, Marx, Freud, Weber e
Lukács, Os “frankfurtianos” também ficaram marcados pela influência marxista.
Contudo, consideraram alguns fatores sociais que o próprio Marx não analisou.
Sua análise recai sobre a “superestrutura”. Ou seja, os mecanismos que
determinam a personalidade, a família e a autoridade, analisadas no contexto da
estética e da cultura de massa. Para os estudiosos, as técnicas de dominação
seriam ditadas pela Indústria Cultural, principal responsável pela massificação do
conhecimento, da arte e da cultura.
Os assuntos mais recorrentes e que dominaram os estudos da Escola de Frankfurt
são:
1 - As novas configurações da razão libertadora;
2 - A emancipação do ser humano pela arte e o prazer;
3 - A ciência e a técnica enquanto ideologia.
Escola de Frankfurt e a Teoria Crítica
A ênfase no componente “crítico” e “dialético” da teoria frankfurtiana são aspectos
fundamentais para elaboração de um arcabouço teórico.
Assim, ela é capaz de realizar a autocrítica como forma de rejeição de toda
pretensão absoluta.
Compreendida enquanto uma autoconsciência social crítica, a “teoria crítica”
busca a mudança e emancipação do ser humano por meio do esclarecimento.
Para tanto, rompe com o dogmatismo da “teoria tradicional”, positivista e
cientificista, da qual o principal atributo é a razão instrumental.
Portanto, a teoria crítica busca situar-se ela mesma fora das estruturas filosóficas
limitadoras.
Ao mesmo tempo, ela cria um sistema autorreflexivo que explica os meios de
dominação e aponta os modos de superá-lo. O intuito é alcançar uma sociedade
racional, humana e naturalmente livre.
Essa “autorreflexão” é garantida pelo método de análise dialética, meio pelo qual
podemos descobrir a verdade ao confrontar ideias e teorias
Escola de Frankfurt e a indústria cultural
Foi no bojo da Escola de Frankfurt que surgiu o conceito de indústria cultural,
mais especificamente no livro Dialética do esclarecimento, escrito pelos
filósofos da primeira geração Theodor Adorno e Max Horkheimer. Para eles,
uma das maneiras de dominação capitalista se daria pela cultura. Adorno e
Horkheimer entenderam que havia dois tipos de cultura autêntica: a cultura erudita
e a cultura popular.
A cultura erudita é aquela produzida por uma elite intelectual, mais refinada e
menos intuitiva. Essa cultura teria um valor estético maior, visto que é mais
elaborada. A cultura erudita seria o escape para que a intelectualidade se
desenvolvesse plenamente, e, na visão dos autores, ela deveria ser ampliada.
A cultura popular é uma forma autêntica de fazer-se arte e cultura vinculadas às
culturas tradicionais dos povos. Ela é autêntica, mas composta por menor
refinamento técnico e intelectual, sendo mais intuitiva.
Por último, tem-se a cultura de massa. Diferente dos outros dois tipos, esta é
inautêntica. Fruto de uma fusão de elementos da cultura erudita e da popular e da
possibilidade de alta reprodutibilidade técnica, a cultura de massa seria
um recurso capitalista para vender uma forma inferior de arte que, ao mesmo
tempo, manteria a população sob controle. A indústria cultural se limitaria a levar o
entretenimento como se fosse arte ao consumidor, que se sentiria satisfeito
ao deparar-se com elementos aparentemente agradáveis e de fácil consumo.
Os principais pensadores frankfurtianos foram:
Max Horkheimer (1895-1973)
Theodor W. Adorno (1903-1969)
Herbert Marcuse (1898-1979)
Friedrich Pollock (1894-1970)
Erich Fromm (1900-1980)
O maior colaborador foi Walter Benjamin (1892-1940), enquanto o
principal membro da segunda geração foi Jürgen Habermas (1929).
Questões
1) Qual alternativa não e uma crítica feita pela Escola de Frankfurt à razão ocidental?
2) conhecimentos sobre a reprodutibilidade técnica, segundo Walter Benjamin?
3) conhecimentos sobre a crise da razão e do indivíduo na contemporaneidade, em Horkheimer,
quais afirmações podemos fazer?