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A Importância Das Ações em Saúde Bucal No Âmbito Escolar: Autores: Rebeca Tomazeli Souza Rossi Katiéli Fagundes Gonçalves

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A IMPORTÂNCIA DAS AÇÕES EM SAÚDE BUCAL NO ÂMBITO ESCOLAR

The importance of oral health actions in school

Autores:
Rebeca Tomazeli Souza Rossi
Acadêmico de odontologia da universidade Unifasipe

Katiéli Fagundes Gonçalves


Mestre professora da universidade Unifasipe

Trabalho realizado na instituição UNIFASIPE

Endereço para correspondência:


Avenida das Palmeiras, 2318, Jardim Imperial-Sinop
Telefone: +5521984010964
E-mail: [email protected]

RESUMO

Educação e saúde são indispensáveis para existência do ser humano, estando


elas conectadas, já que educação é a base para uma vida saudável. Assim, o
objetivo dessa pesquisa é demonstrar a importância da participação do
cirurgião-dentista em atividades de promoção, prevenção e curativas no âmbito
escolar com foco na melhoria da saúde dos escolares. Para tal foi realizada
uma revisão bibliográfica, a partir dos descritores “promoção”, “prevenção”,
“escola”, “saúde bucal”, “educação em saúde”, “atividades curativas” e
“odontologia”, contemplando materiais em português e inglês publicados no

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período de 2015 a 2021. Devido aos altos índices de doenças bucais


apresentados no Brasil durante o final dos anos 90, foram realizadas várias
mudanças nas Políticas Públicas de Saúde Bucal. O Programa Saúde na
Escola veio com foco de criar vínculo entre saúde e educação, com a inclusão
da equipe de saúde bucal na escola, envolvendo durante todo o processo os
escolares, os profissionais da educação, as famílias e membros da
comunidade local. Um grande desafio para as instituições de ensino é realizar
a integração entre os setores de saúde e educação, a fim de desenvolver uma
rotina didática para realização das atividades de promoção, prevenção e
curativas nas escolas. A execução dos programas educativos/preventivos pode
ser realizada com diversos métodos, como escovação supervisionada,
aplicação tópica de flúor, palestras, cartazes, teatros, panfletos entre outros.
Nas atividades de promoção a saúde no ambiente escolar ocorre o aumento do
conhecimento também para os familiares e comunidade modificando hábitos,
contribuindo para a diminuição de costumes negativos de saúde. Por fim as
ações de promoção e prevenção de saúde nas escolas contribuem para o
ganho de hábitos saudáveis que vão acompanhar os estudantes durante toda
vida.

Palavras-chave: Educação. Promoção de Saúde. Saúde Bucal.

ABSTRACT

Health and education are indispensable for human existence, being are
connected, as education is the basis for a healthy life. Thus, the objective this
research is demonstrate the importance of dentist in promotion, prevention and
curative activities at school setting with focus in the health students’
improvement. For this was realize a bibliographic review, by these keywords
“Health Promotion”, “Prevention”, “School”, “Oral Health”, “Health Education”,
“Curative Activities” and “Dental”, contemplate works in Portuguese and English
published in the period the 2016 to 2021. Due to high level of oral diseases
presented in Brazil during the last 90’, were realize a several changes in the
Public Politics of Oral Health. The Health in School Program come with focus in
create tie between health and education, with the inclusion to oral health team
in the schools, engage during all process the students, professionals, families
and the members of local communities. A big challenge for de education
institutions is realizing the integration between the health and educational
sectors, in order to development a didactic routine for realization to promotion,
prevention and curatives activities in the schools. The educative program’s
execution can be realized with several methods, as supervised grooming, fluor

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topical application, lectures, theatric, flyers among others. In the health


promotions activities happen too the increase in the family and community
knowledge, contributing for change habits, as a decrease of oral negative
customs. This away, the health promotion and prevents actions in the schools
contribute for create of healthy habits, that will take accompany students for all
life.

Keywords: Education. Health Promotion. Oral Health.

INTRODUÇÃO

Educação e saúde são indispensáveis para existência do ser humano, estando


elas conectadas, já que a educação é a base para uma vida saudável¹. Assim,
a melhor fase para ser realizada a orientação em saúde bucal é nos primeiros
anos de vida, pois neste período a criança aprende facilmente e age de forma
receptiva². É de conhecimento que a saúde bucal representa um papel
essencial na manutenção da saúde, não apenas pelas desordens orais, como
também pela relação com má nutrição, infecções, erupções dentarias tardias
entre outras, que representam um efeito negativo direto na vida de escolares³.
Um importante avanço aconteceu nesta área com a criação do Programa Brasil
Sorridente (PBS) em 2003, que possui normas e diretrizes que visam à
ampliação e à qualificação do atendimento em saúde bucal na Atenção Básica,
instigando a realização de atividades de promoção e prevenção à saúde
permitindo melhor cuidado com os usuários do Sistema Único de Saúde
(SUS)². Os programas educativos/preventivos podem ser executados por
diversos métodos, como escovação supervisionada, aplicação tópica de flúor,
palestras, cartazes, teatros, panfletos entre outros². Dessa forma a educação
com atividades lúdicas é uma ferramenta relevante para o aprendizado, já que,
por meio da exploração a criança amplia seus pensamentos e
comportamentos4. A presença da equipe de saúde bucal na escola incluindo
durante todo o procedimento os próprios escolares, os profissionais da
educação, as famílias e membros da comunidade local, inclusive na elaboração
de ações de promoção da saúde bucal, incrementa a gestão participativa das
ações do Programa Saúde na Escola (PSE), que é necessária para o
reconhecimento de necessidades e desenvolvimento de atividades coletivas de
forma sustentável 5. O Brasil já esteve entre os países com as maiores taxa de
doenças orais, mas apesar do decréscimo obtido por meio de diversas ações,
ainda se verifica que grande parte da população apresenta cárie ou algum tipo
de doença periodontal. Assim atividades em saúde bucal nas escolas precisam

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ser mantidas para que continuem contribuindo para o ganho de conhecimento


sobre o assunto, influenciando nas atitudes de higiene bucal 3,6. Um grande
desafio para as instituições de ensino é realizar a integração entre os setores
de saúde e educação, a fim de desenvolver uma rotina didática para realização
das atividades de promoção, prevenção e curativas nas escolas². Para isso
deve ser realizado um acordo entre as secretarias de saúde e educação com
intuito de desenvolver ações de promoção de educação permanente e
continuada para os professores, pais e estudantes 7. De acordo com a
legislação brasileira as ações de promoção da saúde têm que acontecer por
meio da educação, do desenvolvimento de novos estilos de vida e da melhora
intelectual do indivíduo, levando-o a apontar que o melhor lugar para aprender
e reforçar conceitos e bons hábitos de saúde é nas escolas3. Portanto, os
objetivos da pesquisa são demonstrar a importância da participação do
cirurgião-dentista em atividades de promoção, prevenção e curativas no âmbito
escolar com foco na melhoria da saúde dos escolares, compreender o papel do
cirurgião-dentista como facilitador nas ações de saúde, identificar ações
preventivas e curativas realizadas em ambiente escolar com foco na saúde
bucal e elucidar sobre a promoção de saúde bucal e a importância da
intersetorialidade. Para tal foi realizado uma revisão bibliográfica de literatura
sobre a educação em saúde bucal nas escolas. A busca foi realizada pelas
bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Literatura Latino-americana
e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e The Scientific Electronic Library
Online (SciELO). Tendo como descritores os seguintes termos: “promoção”,
“prevenção”, “escola”, “saúde bucal”, “educação em saúde” e “odontologia”,
contemplando materiais em português e inglês publicados no período de 2016
a 2021.

REVISÃO DE LITERATURA

Política Nacional de Saúde Bucal

No fim dos anos 90 o Brasil levava o apelido de “país dos banguelas” pelo alto
índice de edentulismo na população adulta, cerca de 72%, e pela grave
condição da saúde bucal nos escolares de 12 anos referente a cárie dentária,
com um índice de dentes cariados, perdidos e obturados (CPO-D) de 6,7 7,8.
Para melhora destes problemas em 2003 foi lançado o PBS, com objetivo de
assegurar as ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal
dos brasileiros, demonstrando que esta é essencial para a saúde geral e para a
qualidade de vida da população2,9.

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Os principais meios de atuação do Programa Brasil Sorridente se deram


através da reorganização da Atenção Básica em Saúde Bucal, destacando a
implementação das equipes de Saúde Bucal (eSB) na Estratégia Saúde da
Família (ESF), a ampliação e qualificação da atenção especializada com
implantação de Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) e dos
Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias (LRPD) e a possibilidade da
adição de flúor nas estações de tratamento de águas de abastecimento
público. Além de atuar em ações intraministeriais e interministeriais, como as
de promoção a saúde bucal nas escolas 9.

Estudos mostram que a implantação destas medidas foram bem sucedidas,


pois a partir disto ocorreu a redução das taxas de doenças orais e o aumento
do número de adultos dentados no país, sendo reconhecido que a inclusão da
saúde bucal na atenção primária e a manutenção da fluoretação das águas de
abastecimento público foram importantes estratégias na redução da cárie,
porém ainda existe no país muitas pessoas que não conseguem alcançar
esses benefícios 8,10 .

Com intuito de melhorar ainda mais a saúde das crianças e jovens no Brasil,
em 2007 foi instituído o PSE com o objetivo de permitir o desenvolvimento
completo dos estudantes e apoiar o processo de formação dos profissionais de
saúde e educação de forma permanente e continuada. Relacionando de
maneira profunda a saúde e a educação, com a inserção de ações de saúde
bucal nas escolas, que devem promover, prevenir e educar no que se refere
aos agravos relacionados à cavidade oral1,9.

Visto que a escola se enquadra como um ambiente favorável para realizações


destas atividades, por ser o local onde acontecem as atividades educativas
relacionadas à construção do conhecimento crítico, estimulam a autonomia e o
exercício dos direitos e deveres, facilitando na adoção de medidas preventivas,
como hábitos de alimentação saudável e higiene oral 2,7. Nesse contexto os
temas relacionados à saúde bucal devem ser abordados com foco na
promoção e atenção à saúde e prevenção de doenças e agravos, e também
levando o estudante ao desenvolvimento da cidadania e dos direitos humanos,
por meio de um aprendizado do cuidado consigo mesmo, com o próximo e com
o ambiente5.

Para isso é necessário que as práticas de avaliação das condições de saúde


bucal estejam associadas as ações de educação, saúde e conhecimento dos
determinantes sociais que contribuem e os que prejudicam a saúde bucal no

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território comum entre escola e unidade de saúde para que sejam efetivas na
produção de uma saúde integral 9.

Condição da Saúde Bucal dos Escolares no Brasil

A avaliação da saúde bucal busca reconhecer quais são os fatores de riscos


que as crianças e adolescentes podem estar suscetíveis no seu dia a dia,
sendo no ambiente escolar ou fora dele, como a alimentação, principalmente
sobre o consumo de açúcar, a qualidade de vida na comunidade, condições
dos hábitos de higiene, entre outros, para assim realizar o desenvolvimento de
estratégias para o enfrentamento tanto individuais quanto coletivas, por meio
de um trabalho intersetorial com a presença de profissionais da educação e
saúde 5.

Para conseguir melhor analisar a condição da saúde dos escolares no Brasil foi
realizado o desenvolvimento da Pesquisa Nacional de Saúde nas Escolas
(PeNSE), que acontece trienalmente desde 2009, e investiga quais os fatores
de risco e proteção à saúde dos escolares brasileiros de escolas públicas e
privadas, os resultados dessa pesquisa podem ser usados para elaboração de
Políticas Nacionais de Saúde Bucal (PNSB) para prevenção de vários
comportamentos que indicam risco a saúde dos escolares 11,12.

O PeNSE se dá por uma análise amostral, feita pelo Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística (IBGE), conveniado ao Ministério da Saúde (MS) e com
suporte do Ministério da Educação (ME) 13. A partir dos dados do PeNSE foi
realizado a criação do Escore de Promoção de Saúde no Ambiente Escolar
(EPSAE), com intuito de identificar os ambientes escolares com melhores
condições de promoção da saúde, para se considerar quais as características
das escolas que estão extremamente ligadas à promoção de saúde bucal,
proporcionando o planejamento e a avaliação de ações características 11.

É analisado pelo EPSAE (Quadro 1) variáveis divididas em dois grupos, o de


estrutura e o de processo, sendo esses itens analisados com escore 0 (zero),
quando não há o item, e 1 (um) quando este é presente, exceto para os
indicadores vistos como negativos, onde a pontuação se apresenta invertida 14.

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Quadro 1 – Variáveis analisados no Escore de Promoção de Saúde no Ambiente Escolar

Fonte: Adaptado de Horta, Anderson, Pinto, Horta Andreazzi 14

Nos dados coletados destes estudos notou-se uma desigualdade


socioeconômica referente ao desenvolvimento humano relacionados aos
ambientes escolares com potencial de promoção da saúde bucal, é
recomendado que ocorra uma ampliação das PNSB no país, com intuito de
melhorar os ambientes escolares, colaborando de forma geral para a promoção
da saúde bucal, com atitudes institucionais estratégicas que julgam as
diversidades socioeconômicas das regiões, diminuindo as desigualdades
encontradas 11,12,14.

Outra forma de se avaliar a saúde bucal dos escolares no Brasil é através dos
levantamentos epidemiológicos que são realizados pelo Ministério da Saúde,
por meio do SB Brasil, que é realizado a cada 10 anos, porém não foi realizado
no ano de 2020 devido a pandemia do COVID-19, sendo assim os últimos
registros são do ano de 2010, onde destaca-se um crescimento relevante nas
porcentagens de crianças livres de cárie aos 12 anos, indo de 31% em 2003,
para 44% em 2010, além do aumento do número de crianças que começaram
a receber atendimento odontológico com o PBS15, 16. Encontrasse na
literatura que a condição da saúde bucal e o desempenho escolar estão
relacionados, visto que foi observado que escolares que apresentam saúde
bucal e geral prejudicadas, tem uma maior predisposição a terem um
desempenho escolar pior em relação aos estudantes com boa saúde17.

É necessário estruturar os dados coletados sobre a saúde bucal dos escolares


e os fatores de risco no ambiente escolar para viabilizar o desenvolvimento de
políticas e práticas de promoção da saúde bucal, determinando objetivos e
metas, assim como a avaliação de sua eficácia ao longo do processo, visto que
quando os escolares apresentam cárie dentária, podem em razão da dor, que

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gera limitação no sono e na alimentação, ter alterações negativas na sua


qualidade de vida e consequentemente no seu desempenho escolar 5,17.

Em um estudo no município de Estação-RS, o menor índice de cárie nos


escolares talvez não esteja relacionado apenas a existência da fluoretação das
águas de abastecimento público, mas também ao acesso e uso do sistema
público e privado de saúde bucal, a execução frequente de campanhas de
saúde bucal e, principalmente, a participação do cirurgião-dentista todo mês
nas escolas do município, o que serve de exemplo para os pais 15.

Também deve-se lembrar dos escolares adolescentes, pois durante esta fase
da vida ocorrem várias mudanças nos hábitos de saúde, em decorrência das
alterações biológicas, cognitivas, emocionais e sociais, levando a ocorrência de
novos comportamentos e experiências². O que gera um aumento dos riscos de
doenças bucais, devido a vários fatores como o aumento no consumo de
açúcar nesta idade e pela desatenção com os cuidados de saúde bucal típicos
dessa fase6, apresentando, segundo o SB Brasil 2010, o índice médio de CPO-
D de 4,25 dentes com experiencia de carie dentaria, assim como 28,4% dos
adolescentes apresentavam cálculo dentário, e também foi relatado que 65,1%
referiram ter necessidade de tratamento odontológico 18.

Com base nesses dados pode-se notar que a condição da saúde bucal dos
escolares no país está em uma crescente de melhora devido aos vários
programas propostos nas PNSB. Como é visto por exemplo na Região Centro-
Oeste com uma grande diminuição no índice de CPO-D em crianças de 12
anos, que em 2003 foi o mais alto do país, sendo 3,16, a 2,14 na pesquisa de
2010, este número é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
como nível baixo de cárie dentária19.

Integrações do Trabalho entre Equipe de Saúde, Escolar e Familiares

Os pais e os professores são vistos como as figuras mais indicadas para


incentivar hábitos saudáveis às crianças, pois eles têm uma grande influência
durante seu aprendizado 7. Com isso também os professores devem possuir
conhecimento apropriado sobre saúde bucal para que possam transmiti-los às
crianças, visto que sua incompreensão destes assuntos pode influenciar de
forma negativa seus alunos20. Sendo assim, é importante a realização de
atividades capacitadoras com eles, estas atividades podem ocorrer através do
PSE ou por outros projetos realizados pela rede de saúde dos municípios,
projetos de extensão de universidades, entre outros 21.

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O entendimento dos escolares sobre a importância da saúde bucal também


esteve relacionado ao conhecimento dos pais sobre o assunto, mostrando que
quanto antes este ter o acesso a hábitos corretos de saúde bucal, será mais
fácil de os desenvolverem, sendo assim, escolares que tem convivência com
adultos com este conhecimento são suscetíveis a terem hábitos mais
saudáveis relacionados à saúde bucal 15.

Assim a escola, em parceria com a família, tem importante participação no


desenvolvimento próprio da criança, por esta passar um longo período de
tempo do seu dia-dia neste ambiente, se tornando um lugar importante na sua
aprendizagem de forma geral 7. Nas atividades de promoção a saúde no
ambiente escolar ocorre o aumento do conhecimento também para os
familiares e comunidade modificando hábitos, como a diminuição de costumes
negativos de saúde, redução de faltas escolares, comunicando sobre a
utilização dos serviços de saúde pública, entre outras coisas 2,7.

O conceito de promoção da saúde pode realmente caracterizar um avanço no


modo como os profissionais e gestores do setor organizam suas ações
programáticas, serviços e definem suas rotinas, reorientam as relações dentro
e fora desses espaços e passam a necessitar de outros indicadores que
informam sobre os resultados dessas ações e serviços¹.

Com isso o PSE veio para facilitar a intersetorialidade entre saúde e educação
de várias maneiras, tendo como componentes para atingir seus objetivos a
avaliação das condições de saúde dos escolares, atividades de promoção e
prevenção de saúde, educação permanente e capacitação dos profissionais da
educação e saúde, monitoramento da saúde dos estudantes e o
monitoramento e avaliação do programa5, 22.

Sendo através do PSE realizadas ações com intuito de gerar a continuidade


das ações em promoção da saúde bucal durante todo ano letivo, por meio da
realização da capacitação dos funcionários da equipe escolar, elaboração de
atividades criativas, como peças de teatro e pequenas apresentações, o
encorajamento a visitas frequentes ao dentista conforme a precisão de cada
estudante, entre outras5.

Pelo ponto de vista da equipe de saúde, o dever da equipe escolar pode


ocorrer desde o reconhecimento da condição de saúde do escolar, como dor
de dente, sangramento, mau hálito, dente quebrado, entre outros, ajudando no
desenvolvimento de ações que levam a diminuição dos aspectos negativos
referentes a saúde bucal e aumentando o conhecimento dos estudantes a

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partir das práticas rotineiras, destacando a importância do desenvolvimento de


escolhas mais saudáveis. Materiais sobre orientações de saúde são publicados
para auxiliar a equipe escolar a introduzir práticas educativas que levam os
estudantes a adquirirem consciência sobre a promoção, proteção e
recuperação de saúde 3,5.

Os profissionais da educação são vistos como colaboradores dos cirurgiões-


dentistas nas ações de educação em saúde, pois eles são facilitadores da
propagação de conhecimento aos estudantes, auxiliando a fortalecer os
assuntos sobre saúde bucal frequentemente com objetivo de garantir a
aquisição de novos hábitos de vida7.

É recomendado pelo PSE o trabalho intersetorial, que também deve ser


interdisciplinar, incluindo a equipe de saúde bucal, os outros integrantes das
equipes de Atenção Básica (eAB), juntamente com os profissionais da
educação, demonstrando um benefício a comunidade escolar de receber
atenção total da saúde por ação conjunta, complementar e integrada, referente
as necessidades dessa população5.

A execução das atividades de prevenção e promoção de saúde bucal no


ambiente escolar tem como principal propósito diminuir os efeitos da cárie,
doença periodontal e, portanto, aperfeiçoar as condições de higiene bucal da
criança, da família, e também dos professores. Os projetos em educação
continuada apresentam resultados positivos, por mais que a educação em
saúde seja responsabilidade dos profissionais da saúde, a participação das
escolas junto a essas instituições é fundamental 2,7.

Para que ocorra a continuação das ações em saúde no dia a dia dos
estudantes é necessário que toda equipe de educação, saúde, familiares e o
próprio escolar saibam quais são os objetivos que se desejam ser alcançados e
que estes sejam integrados no planejamento, desenvolvimento, avaliação e
nos cuidados realizados, isso é importante para melhor reconhecimento dos
problemas e dos fatores de risco 5,7.

Mesmo a escola tendo uma função muito importante como fonte de informação
de saúde, alguns professores podem não estar preparados para trazer os
conteúdos sobre saúde bucal com segurança em sala de aula, mostrando a
necessidade da incorporação de educação em saúde bucal na formação
destes profissionais, assim como também desenvolver projetos com intuito de
oferecer uma educação permanente para mantê-los atualizados sobre os
assuntos referente a saúde bucal7, 20.

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Com isso os professores necessitam dispor do conhecimento apropriado sobre


saúde bucal para que possam dissemina-lo para as crianças, para não as
influenciar negativamente com desconhecimentos sobre o assunto. Estes
devem ter conhecimento também sobre traumatismo dentário e sobre como
agir após o ocorrido, já que esta é uma das maiores ocorrências odontológicas
que pode acontecer no dia a dia do profissional no âmbito escolar, acometendo
cerca de 20,5% das crianças de 12 anos 18,19.

Assim quando se fala de educação em saúde bucal, compete ao professor


realizar o papel de união entre o cirurgião-dentista e o aluno, pela relação mais
forte que há entre ele e os escolares, já aos dentistas pertence a função de
capacitar os educadores, pois estes possuem conhecimento técnico e científico
sobre o assunto 7.

Ações de Educação em Saúde Bucal no Âmbito Escolar

Nos dias de hoje, a escola passou de um lugar onde se aprendia apenas


matemática, biologia e línguas, para um local onde também há a disseminação
de informações sobre prevenção de acidentes, hábitos de higiene, hábitos para
uma vida saudável entre outros temas pertinentes, acolhendo o aluno de forma
completa 23. As ações de saúde no ambiente escolar consideram o estudante
de maneira integral e multidisciplinar, levando em conta o seu contexto familiar,
comunitário, social e ambiental 2.

É demonstrado na literatura que os programas de promoção em saúde no


ambiente escolar quando ocorrem por um tempo prolongado e tem maior
participação da comunidade escolar, assim como os que abordam saúde
mental, alimentação saudável e atividades físicas, demonstram maiores
evidências de efeitos positivos 11.

Os hábitos de higiene dos adolescentes também foram influenciados devido as


atividades realizadas nas escolas, evidenciando que os programas de saúde
bucal na escola podem contribuir, juntamente com a aquisição de
conhecimento, para a mudança de hábitos 6. Mostrando que a escola pode
exercer função de criadora de atitudes mais saudáveis, devido a sua função de
ampla cobertura2.

Tendo essas ações tem um papel relevante para aquisição de maiores


conhecimentos sobre saúde bucal, colaborando para o entendimento do
escolar, com objetivo de demostrar o processo saúde-doença, englobando

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quais os fatores de riscos e meios da proteção de saúde bucal, permitindo que


aconteça a troca dos hábitos errados por hábitos saudáveis 2,3.

Em um estudo realizado com adolescentes foi visto que os programas de


promoção a saúde bucal realizados nas escolas influenciam altamente nos
hábitos de cuidado bucal dos estudantes, onde 97% dos adolescentes
demonstram compreender a importância destas atividades, demonstrando
como estes programas podem colaborar para o ganho de conhecimento e com
a mudança de hábitos 6.

As atividades de promoção da saúde envolvem a educação em saúde, higiene


bucal supervisionada e a aplicação tópica de flúor, sendo que, apenas a última
é realizada exclusivamente pelo profissional de saúde bucal. O preparo da
equipe escolar, a execução de atividades criativas como a produção de peças
de teatro e pequenas apresentações sobre a temática, do mesmo modo que o
estímulo a visitas habituais ao dentista, dependendo da necessidade de cada
estudante, são ideias que constituem o projeto de cuidado da saúde bucal na
escola5.

Realizar atividades educativas de saúde no ambiente escolar pode gerar vários


desafios como aprender a ensinar, elaborar atividades apropriadas a fase do
escolar e ampliar a sua criatividade são alguns deles 24. As ações educacionais
devem ser singularizadas, fundamentado por teorias comportamentais, que
consideram não só os aspectos próprios de cada um, mas também o ambiente
sociocultural e os relacionamentos interpessoais dos escolares 25. Autores
complementam que é mais importante a qualidade das atividades do que os
métodos pedagógicos utilizados 13,25.

Inicialmente os programas de educação em saúde devem iniciar com a


avaliação da condição de saúde dos pacientes, realizando normalmente o
exame clínico dos pacientes, para isso deve-se ter um ambiente preparado, e
em casos de pacientes menores de 18 anos, antes da avaliação é importante
ter a autorização do responsável através da assinatura de um termo de
consentimento. E a partir daí pode ser elaborado as atividades que serão
desenvolvidas na escola e também o plano terapêutico para os alunos que
necessitarem 5.

O método utilizado para realizar a atividade está muito relacionada a faixa


etária do grupo que irá participar dela. Em pesquisa sobre quais atividades
preferidas de educação em saúde com alunos entre quatro a seis anos, foi
visto que os teatros, atividades com músicas e a exibição de desenhos

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animados foram as que mais se destacaram, já com crianças de sete a dez


anos é preferível a realização de teatros, gincanas, palestra e história em
quadrinho 24.

Já em pesquisa com adolescentes foi visto que a maioria deles afirmaram que
palestras e bate-papos seriam a melhor forma de realizar as atividades
educativas. Sendo que entre as ações que são realizadas nas escolas, a mais
recordada por eles foi a escovação, certamente por ser aplicada mais vezes e
sempre relembrada pelos profissionais de saúde bucal 6.

Um modo diferente de realizar uma ação de saúde nas escolas é realizar uma
feira de saúde, com salas temáticas sobre vários assuntos relacionados a
saúde, entre eles pode se destacar saúde bucal e higiene pessoal. De acordo
com autor Barboza et al.4 essa atividade foi muito aceita pelos estudantes e
também gerou uma parceria intersetorial interessante, conseguindo assim
alcançar o objetivo determinado por eles.

O uso de atividades lúdicas traz resultados positivos na aprendizagem dos


escolares, pois são vistos como uma maneira das crianças aprenderem
brincando, melhorando a memória e recebimento dos ensinamentos, e
possibilitando também o contato da criança com o ambiente, incluindo elas na
atividade para assim entenderem a importância, e conseguir aplicar os
conhecimentos passados maneira satisfatória 24,26.

Como o uso de jogos e brincadeiras que em razão de vários fatores vão


adiante além de apenas o “brincar”, fazendo com que o escolar entenda de
maneira simples o conhecimento que está sendo apresentado para ele, tendo
assim os jogos atualmente um grande potencial pedagógico27.

Dessa forma deve-se reconhecer a importância das atividades em que se


incluem o estudante ou professor de forma ativa, pois faz com que se
estabeleça um diálogo entre estes e o interlocutor, o que os influencia a
desenvolver e aperfeiçoar hábitos positivos. Esta pratica de educação dialógica
não busca apenas passar os conhecimentos, mas também gerar a autonomia e
responsabilidade ao escolar28.

Ações de Saúde Bucal com Foco na Prevenção, Promoção e Cura


realizadas no Ambiente Escolar

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As ações de prevenção, promoção e de recuperação da saúde bucal no âmbito


escolar proporcionam uma vida mais saudável aos escolares, devido à além
dos estímulos aos cuidados com a saúde bucal e desenvolvimento de hábitos,
mas também as atividades curadoras. Estas ações se dão por meio das
escovações, aplicação tópica de flúor e a técnica de Tratamento Restaurador
Atraumática (TRA), que é uma técnica que diminui o desconforto provocado
pelo aparecimento de lesões cariosas cavitadas, restaurando os elementos,
restabelecendo sua função, já que estes poderiam ser perdidos devido a
evolução da lesão 29.

De acordo com a necessidade vista a partir dos resultados encontrados na


avaliação da saúde bucal dos educandos será definida a periodicidade das
ações de aplicação tópica de flúor e escovação supervisionada, uma vez que a
escovação supervisionada realizada por profissionais da saúde, também
chamada de escovação supervisionada direta, deve acontecer no mínimo duas
vezes ao ano, e executada pelos por educadores, escovação supervisionada
indireta, pode acontecer quantas vezes forem necessárias no decorrer do ano
escolar 5.

A orientação da realização da escovação supervisionada indireta influencia na


criação do hábito da prática correta da escovação dental pelos próprios
escolares, retirando todo biofilme e utilizando das técnicas passadas
anteriormente pela equipe de saúde bucal. Os escolares mais novos
geralmente apresentam maior dificuldade na realização dessa atividade,
principalmente nas primeiras vezes que esta é realizada 26.

Sobre uso da aplicação tópica de flúor existem evidências que o uso dele leva
a diminuição da ocorrência de cárie dentária nos escolares, sendo que partir
dos dados coletados na avaliação inicial se estabelece sua periodicidade,
variando entre duas a três vezes ao ano 30. Assim quando há orientações
sobre saúde bucal aliada as ações preventivas, causam uma diminuição
significativa na doença cárie, sangramento gengival e acúmulo de biofilme ,31.
Quando a cárie já está em um estágio avançado, a realização da técnica de
ART é uma opção possível de ser feita em tratamento coletivo, já que é um
método que tem um bom custo/benefício e uma boa aceitação pelos
profissionais, apesar de necessitar de capacitação técnica para sua execução
efetiva e integral no controle da doença cárie 29.

A técnica conta com menor número de etapas operatórias, o que permite a


remoção de biomassa infectada em um número maior de elementos dentais em
uma única sessão, fato que aliado a menor sensibilidade pós-operatória,

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ausência de dor ou desconforto, a torna bem aceita por parte dos pacientes. O
sucesso da técnica do ART está relacionado com a correta manipulação e
utilização do cimento de ionômero de vidro por profissionais habilidosos, e por
estar associada com os programas de prevenção 31.

Os métodos empregados para as atividades em educação em saúde têm efeito


relevante para melhora da higiene bucal dos escolares, o que pode levar a uma
maior conservação da restauração no meio bucal, concluindo o ciclo
restaurador e como resultado impedindo o surgimento de outras complicações
dentárias, como lesão pulpar, perigo de fratura, ou também de extração
dentária29.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A importância da participação do cirurgião-dentista nas ações de promoção,


prevenção e curativas no ambiente escolar foi reafirmada, pois através destas
ocorre o aumento do conhecimento dos escolares, dos demais membros da
equipe e familiares sobre os cuidados com a saúde bucal.

As ações podem ser desenvolvidas por meio de diversos métodos, ponderando


as necessidades e a faixa etária do grupo escolar como através de palestras,
jogos, tratamentos restauradores, aplicação de flúor e escovação
supervisionada. O que proporciona um meio para integração dos cirurgiões-
dentistas, alunos e escola.

Vale destacar que mesmo com a introdução do PSE ainda é necessário


incentivo para que as ações possam ser realizadas de uma forma mais
equânime nas escolas brasileiras, afinal o ganho de hábitos saudáveis vai
acompanhar os estudantes durante toda sua vida.

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