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Nota de Aula 2 - Fontes Do Direito Internacional Público PDF

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DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO

UNIDADE 02. Fontes do Direito Internacional Público

02.1 - Estatuto da Corte Internacional de Justiça - Corte de Haia

Estatuto da Corte Internacional de Justiça - Art. 38 –


1. A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as
controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará:
a) as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam
regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
b) o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o
direito;
c) os princípios gerais de direito, reconhecidos pelas nações civilizadas;
d) sob ressalva da disposição do art. 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos
juristas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a
determinação das regras de direito.
2. A presente disposição não prejudicará a faculdade da Corte de decidir uma
questão ex aequo et bono, se as partes com isto concordarem.

- Francisco Rezek:

1 TEIXEIRA, Carla Noura.


DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO

02.1.1 – Costume Internacional


- O principal problema do costume é a sua prova.

- O costume internacional é definido como prova de uma prática geral aceita como
sendo direito, do qual decorrem dois elementos:

02.1.1.1 Elementos:

a) Elemento material ou objetivo;

b) Elemento subjetivo (opinio juris).

02.1.1.2 A prova dos costumes.

a) Atos estatais;

b) No plano internacional.

Obs.: O principal problema do costume é a sua prova.

Obs.: Não há hierarquia entre costume e tratado, podendo um derrogar o outro.

02.1.2 – Princípios Gerais de Direito

→ Carta da Organização das Nações Unidas (arts. 1º e 2º);

→ Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados de 1969 (art. 53);

→ Princípios reconhecidos:

a) proibição do uso ou ameaça de força;

b) solução pacífica das controvérsias;

c) não intervenção nos assuntos internos dos Estados;

d) dever de cooperação internacional;

e) igualdade de direitos entre Estados soberanos e autodeterminação dos povos;

f) força vinculante dos tratados ou pacta sunt servanda;


DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO

g) boa-fé no cumprimento das obrigações internacionais.

h) não agressão;

i) desarmamento;

j) proibição da propaganda de guerra;

k) prevalência dos direitos humanos;

l) coexistência pacífica;

m) segurança jurídica.

02.1.3 – Doutrina e jurisprudência como fontes no direito internacional

Obs.: o Estatuto da CIJ é expresso ao negar o efeito de precedente vinculante aos seus
julgados, indicando que seus efeitos vinculantes se limitam ao caso julgado.2

02.1.4 - Equidade como fonte do direito internacional

A Equidade é reconhecida como fonte auxiliar de Direito Internacional Público.


Contudo, o art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça é expresso ao condicionar a
aplicabilidade da Equidade ao consentimento expresso das partes.3

“A Equidade é reconhecida como fonte auxiliar de Direito Internacional Público.


Contudo, o art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça é expresso ao
condicionar a aplicabilidade da Equidade ao consentimento expresso das partes.”
(Napoleão Casado)

02.1.5 - Jus cogens

Com fundamento no art. 53 da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, o


jus cogens é caracterizado como normas imperativas ou inderrogáveis de Direito Internacional,
reconhecidas e compartilhadas pela Sociedade Internacional.4

2 Napoleão Casado.
3 Napoleão Casado.
4 Napoleão Casado.
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO

→ art. 53 da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados:

Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados - Artigo 53


Tratado em Conflito com uma Norma Imperativa de Direito Internacional Geral (jus
cogens)
É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma norma
imperativa de Direito Internacional geral. Para os fins da presente Convenção, uma
norma imperativa de Direito Internacional geral é uma norma aceita e reconhecida
pela comunidade internacional dos Estados como um todo, como norma da qual
nenhuma derrogação é permitida e que só pode ser modificada por norma ulterior
de Direito Internacional geral da mesma natureza.

02.1.6 - Atos Unilaterais e Decisões de Organismos Internacionais

02.1.6.1 – Atos Unilaterais

Obs.: O art. 38 do Estatuto da Corte de Haia não menciona os atos unilaterais entre as possíveis
fontes do Direito Internacional.5

02.1.6.2 – Decisões de Organismos Internacionais

As Decisões tomadas por Organizações Internacionais, as quais produzem efeito


vinculante para os seus Estados-membros, criando, para estes, direitos e obrigações.6

As decisões dos organismos internacionais podem assumir diferentes


nomenclaturas, como: resoluções, recomendações, declarações, diretrizes etc.7

Obs.: O art. 38 do Estatuto da Corte de Haia não menciona as decisões de organismos


internacionais entre as possíveis fontes do Direito Internacional.8

5 Napoleão Casado.
6 Napoleão Casado.
7 Napoleão Casado.
8 Napoleão Casado.
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO

02.2 – Tratados Internacionais

02.2.1 – Conceito, terminologia e convenções aplicáveis aos Tratados Internacionais

Artigo 2
Expressões Empregadas
1. Para os fins da presente Convenção:
a)“tratado” significa um acordo internacional concluído por escrito entre
Estados e regido pelo Direito Internacional, quer conste de um instrumento
único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua
denominação específica;
b)“ratificação”, “aceitação”, “aprovação” e “adesão” significam, conforme o caso, o
ato internacional assim denominado pelo qual um Estado estabelece no plano
internacional o seu consentimento em obrigar-se por um tratado;
c)“plenos poderes” significa um documento expedido pela autoridade competente
de um Estado e pelo qual são designadas uma ou várias pessoas para representar
o Estado na negociação, adoção ou autenticação do texto de um tratado, para
manifestar o consentimento do Estado em obrigar-se por um tratado ou para
praticar qualquer outro ato relativo a um tratado;
d)“reserva” significa uma declaração unilateral, qualquer que seja a sua redação ou
denominação, feita por um Estado ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um
tratado, ou a ele aderir, com o objetivo de excluir ou modificar o efeito jurídico de
certas disposições do tratado em sua aplicação a esse Estado;
e)“Estado negociador” significa um Estado que participou na elaboração e na
adoção do texto do tratado;
f)“Estado contratante” significa um Estado que consentiu em se obrigar pelo tratado,
tenha ou não o tratado entrado em vigor;
g)“parte” significa um Estado que consentiu em se obrigar pelo tratado e em relação
ao qual este esteja em vigor;
h)“terceiro Estado” significa um Estado que não é parte no tratado;
i)“organização internacional” significa uma organização intergovernamental.
2. As disposições do parágrafo 1 relativas às expressões empregadas na presente
Convenção não prejudicam o emprego dessas expressões, nem os significados que
lhes possam ser dados na legislação interna de qualquer Estado.

- Francisco Rezek: tratado internacional é todo acordo formal concluído entre


sujeitos de Direito Internacional Público e destinado a produzir efeitos jurídicos.

- Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados de 1969, aplicável aos tratados
entre Estados (art. 1º da Convenção – Âmbito da presente Convenção) // Convenção de Viena
sobre o Direito dos Tratados entre Estados e organizações Internacionais ou entre Organizações
Internacionais de 1986 (Art. 1º – Âmbito da presente Convenção):
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO

A presente Convenção aplica-se:

a) a tratados entre um ou mais Estados e uma ou mais organizações internacionais,


e

b) a tratados entre organizações internacionais.

- Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados de 1969 // Decreto n. 7.030, de 14


de dezembro de 2009.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,


inciso IV, da Constituição, e Considerando que o Congresso Nacional aprovou, por
meio do Decreto Legislativo n. 496, de 17 de julho de 2009, a Convenção de Viena
sobre o Direito dos Tratados, concluída em 23 de maio de 1969, com reserva aos
Artigos 25 e 66;
Considerando que o Governo brasileiro depositou o instrumento de ratificação da
referida Convenção junto ao Secretário-Geral das Nações Unidas em 25 de
setembro de 2009;
DECRETA:
Art.1º A Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados, concluída em 23 de
maio de 1969, com reserva aos Artigos 25 e 66, apensa por cópia ao presente
Decreto, será executada e cumprida tão inteiramente como nela se contém.
Art. 2º São sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que
possam resultar em revisão da referida Convenção ou que acarretem encargos ou
compromissos gravosos ao patrimônio nacional, nos termos do art. 49, inciso I, da
Constituição.
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 14 de
dezembro de 2009; 188º da Independência e 121º da República.

Quanto à terminologia, a denominação dos tratados é irrelevante para que possam


alcançar suas finalidades. Sendo assim, assumem as seguintes denominações: tratados,
acordos, convenções, ajustes, pactos, ligas, estatuto, protocolo, ou outras formas.9

A própria Constituição Federal brasileira de 1988 utiliza invariavelmente e sem


distinções as expressões “tratados”, “tratados internacionais”, “acordos firmados pela União”,
“atos internacionais” (vide arts. 5º, § 2º; 49, I; 84, VIII; 102, III, b; 105, III, a; 178, caput, da CF).10

CF - Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
(...)

9 TEIXEIRA, Carla Noura.


10 TEIXEIRA, Carla Noura.
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO

§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros


decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

(...)

CF - Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:


I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que
acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;

(...)

CF - Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:


(...)
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo
do Congresso Nacional;

(...)

CF - Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda


da Constituição, cabendo-lhe:
(...)
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou
última instância, quando a decisão recorrida:
(...)
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;

(...)

CF - Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:


(...)
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última
instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados,
do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;

(...)

CF - Art. 178. A lei disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático
e terrestre, devendo, quanto à ordenação do transporte internacional,
observar os acordos firmados pela União, atendido o princípio da
reciprocidade.

(...)
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO

02.2.2 – Estrutura dos Tratados Internacionais

I) Título.

II) Preâmbulo.

III) Considerandos.

IV) Dispositivo/Cláusulas.

V) Fecho.

VI) Assinatura.

02.2.3 – Idioma dos Tratados Internacionais

02.2.4 – Classificação dos Tratados Internacionais

- Critérios formais:

I) Quanto ao número de partes.

II) Quanto ao procedimento:

(i) Tratados em sentido estrito;

ou

(ii) Acordo de forma simplificada.

- Aspecto material:

I) Quanto à natureza das normas:

(i) contratuais;

(ii) Tratados normativos.

II) Quanto à execução no tempo:


DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO

(i) transitórios;

ou

(ii) permanentes.

III) Quanto à possibilidade de adesão:

(i) abertos;

(ii) fechados.

Classificações formais11:
Quanto ao número Bilateral. Entre dois Estados ou entre um Estado e uma
de partes. Organização Internacional.
Multilateral. Entre mais de dois sujeitos de direito
internacional.
Quanto ao Tratados em Procedimento formal, com dupla expressão de
procedimento. sentido estrito. consentimento.
Acordos Procedimento informal, com expressão única de
simplificados. consentimento e vigência imediata.

Classificações Materiais12:
Quanto à natureza Contratual. Interesses desiguais, mas convergentes. Normas
das normas. específicas para determinada relação.
Normativo. Interesses uniformes. Normas gerais.
Quanto à execução Transitório. Aplicáveis a uma relação jurídica definida, sendo
no tempo. executados em um determinado momento, ainda que tal
ato produza efeitos futuros.
Permanente. Sua aplicação se prolonga no tempo, sendo aplicáveis a
um número indeterminado de relações jurídicas.
Quanto à Aberto. Permite adesão posterior.
possibilidade de
adesão.
Fechado. Não permite adesão posterior.

11 Napoleão Casado.
12 Napoleão Casado.
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO

02.2.5 – A produção dos Tratados Internacionais

- Elaboração e expressão do consentimento.

02.2.5.1 – A produção dos Tratados Internacionais: a fase de elaboração

- art. 7º da Convenção de Viena de 1969 // pessoas que podem representar o


Estado para fins de tratados:

(i) os Chefes de Estado;

(ii) os Chefes de Governo e os Ministros das Relações Exteriores;

(iii) os Chefes de Missão Diplomática e os representantes acreditados de um


Estado junto a Conferências e a Organizações Internacionais.

Negociação.

Assinatura.

Guido Soares: “a assinatura é momento relevante para os tratados internacionais,


pois assinala a sua conclusão. Assinatura, adoção, conclusão ou firma são, do ponto de vista
jurídico, sinônimos perfeitos e significam o término da fase anterior das negociações e o
momento em que o tratado internacional tem seu texto acabado, não mais se permitindo sua
modificação, bem como indicam os Estados que se encontram originalmente obrigados pelo
tratado internacional e que participaram de sua feitura.”

02.2.5.2 – A produção dos efeitos dos Tratados Internacionais: monistas e dualistas

- os monistas e os dualistas.

CF - Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:


DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO

I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que


acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;
(...)

O Brasil, no que se refere à vigência dos tratados, é um país dualista.

02.2.5.3 – A produção dos efeitos dos Tratados Internacionais: fase de expressão do


consentimento

Francisco Rezek: duas categorias de acordos executivos que poderiam ser


concluídos sem a intervenção do nosso Congresso e sem ofensas à Constituição:

(i) o acordo executivo;

(ii) acordos executivos de diplomacia ordinária.

O Congresso só resolve definitivamente quando rejeita o tratado.

Ratificação.

Adesão ou acessão.

Reserva.

02.2.6 – A Incorporação dos Tratados Internacionais ao direito interno


DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO

→ Tratados versando sobre Direitos Humanos

CF - Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
(...)
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos
dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais.

→ Tratados de extradição.

→ Os tratados em matéria tributária.

CTN - Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam


a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha.

02.2.4 – Vícios do consentimento nos Tratados Internacionais

- Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados de 1969 estabeleceu várias


causas e respectivas consequências na ocorrência de erro, dolo, corrupção do agente
negociador, coação sobre o negociador e sobre o Estado, conforme o quadro a seguir13:

Causas do Vício de Consentimento Efeitos


Erro – Art. 48 da Convenção de Viena de 1969 Anulabilidade da cláusula (por meio de
arguição pelo Estado prejudicado).
Dolo – Art. 49 da Convenção de Viena de Anulabilidade da cláusula (por meio de
1969 arguição pelo Estado prejudicado).
Corrupção – Art. 50 da Convenção de Viena Anulabilidade da cláusula (por meio de
de 1969 arguição pelo Estado prejudicado).
Coação sobre o negociador – Art. 51 da Nulidade de pleno direito.
Convenção de Viena de 1969
Coação sobre o Estado – Art. 52 da Nulidade de pleno direito.
Convenção de Viena de 1969

13 TEIXEIRA, Carla Noura.


DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO

02.2.4.1 – Vícios do consentimento nos Tratados Internacionais: Nulidade do tratado

02.2.5 – Vigência dos Tratados Internacionais

Ao abordar a vigência dos tratados internacionais, devemos distinguir a vigência


interna segundo a ordem jurídica nacional, da vigência abordada pela Convenção de Viena de
1969 sobre Direito dos Tratados que observa o início dos efeitos do tratado internacional na
ordem jurídica internacional.14

Vigência em consonância ao texto do Um tratado entra em vigor na forma e na data


tratado – art. 24 da Convenção de previstas no tratado ou acordadas pelos
Viena de 1969 Estados negociadores.

02.2.6 – Extinção dos Tratados Internacionais

- Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados, art. 62.

→ Condição resolutória.

→ Denúncia ou consentimento mútuo.

→ Caducidade.

→ Execução integral.

→ Guerra ou ruptura das relações diplomáticas ou consulares.

→ Inexecução continuada por uma das partes.

14 Napoleão Casado.
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO

A Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados de 1969 prevê as seguintes


hipóteses:15

Convenção Forma de extinção Manifestação


de Viena
Art. 54, a Em conformidade com as disposições do Extinção predeterminada no
tratado. tratado pela vontade comum.
Art. 54, b A qualquer momento, pelo consentimento de Extinção superveniente pela
todas as partes, após consulta com os outros vontade comum.
Estados contratantes.
Art. 55 Redução das partes num tratado multilateral Não é forma automática de
aquém do número necessário para sua extinção do tratado, este deve
entrada em vigor. prever um número mínimo de
partes sem o qual haverá
extinção do pacto.
Art. 59 Poderá ser extinto um tratado se todas as Ocorrerá por vontade comum
suas partes concluírem um tratado posterior das partes desde que o tratado
sobre o mesmo assunto. posterior assim estabeleça.
Art. 56 Denúncia: é ato unilateral de manifestação A hipótese de denúncia ou
de vontade de deixar de ser parte no tratado retirada deve estar expressa no
internacional. A parte denunciante deverá tratado. Resulta da vontade
notificar com pelo menos 12 meses de unilateral.
antecedência a sua intenção de denunciar o
tratado.

15 TEIXEIRA, Carla Noura.

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