0% acharam este documento útil (0 voto)
152 visualizações34 páginas

PALAVRAS DE VIDA ETERNA - Daniel David, Henrique e Josias (Grupo de Apresentação Nº 11)

Enviado por

Arthur Emim
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
152 visualizações34 páginas

PALAVRAS DE VIDA ETERNA - Daniel David, Henrique e Josias (Grupo de Apresentação Nº 11)

Enviado por

Arthur Emim
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 34

ASSOCIAÇÃO MISSIONÁRIA CAMPOS BRANCOS

ESCOLA DE MISSÕES TRANSCULTURAIS PAKAU ORO MON


RAMAL CAIACÁ S/N KM 40 PA 127 CEP 68.710-000 – MARACANÃ/PA
E-MAIL: [email protected] / INSTAGRAM: @PAKAUOROMON

DANIEL DAVID RODRIGUES DE SOUZA


HENRIQUE DOS SANTOS
JOSIAS DALMACIO SARAIVA

PALAVRAS DE VIDA ETERNA: O Evangelho segundo João transcrito,


comentado e ilustrado pelas crianças e adolescentes do Abrigo Casa na
Rocha.

MARACANÃ – PA
2024
DANIEL DAVID RODRIGUES DE SOUZA
HENRIQUE DOS SANTOS
JOSIAS DALMACIO SARAIVA

PALAVRAS DE VIDA ETERNA: O Evangelho segundo João transcrito,


comentado e ilustrado pelas crianças e adolescentes do Abrigo Casa na
Rocha.

Projeto de Intervenção Social do Curso Livre de


Missões Transculturais é apresentado à Escola de
Missões Transcultural Pakau Oro Mon para
avaliação final, sendo reconhecido como
missionário formado pela Associação Missionária
Campos Brancos.

Orientadora: Profª Julliana Ribeiro Lima

MARACANÃ – PA
2024
DANIEL DAVID RODRIGUES DE SOUZA
HENRIQUE DOS SANTOS
JOSIAS DALMACIO SARAIVA

PALAVRAS DE VIDA ETERNA: O Evangelho segundo João transcrito,


comentado e ilustrado pelas crianças e adolescentes do Abrigo Casa na
Rocha.

Projeto de Intervenção Social do Curso Livre de


Missões Transculturais é apresentado à Escola de
Missões Transcultural Pakau Oro Mon para
avaliação final, sendo reconhecido como
missionário formado pela Associação Missionária
Campos Brancos.

Orientadora: Profª Julliana Ribeiro Lima

Aprovado em:

_____________________________________________ Nota Geral:_________________


Missª Kelem Gaspar (Dirª EMPOM) 02 de novembro de 2024

_____________________________________________ Nota Geral:_________________


Prof. Julliana Lima (Profª e Orientª EMPOM) 02 de novembro de 2024

_____________________________________________ Nota Geral:_________________


Pr. Joelden R. Alves da Rocha (Profº EMPOM) 02 de novembro de 2024

_____________________________________________ Nota Geral:_________________


Miss. Rosa Leni Rocha Uchoa (Profº EMPOM) 02 de novembro de 2024

Média Geral Projeto de Intervenção:_______


Dedicamos este trabalho ao Senhor, juiz de
toda terra, este trabalho que é fruto de sua
Eterna Graça. A Ele a honra, a glória, o
louvor e a adoração para todos sempre.
Amém.
AGRADECIMENTOS

Expressamos nossa profunda gratidão à Missionária Kelem Gaspar, que, ao atender ao


chamado do Eterno com obediência, abriu caminhos para que outros também fossem chamados.
Somos fruto direto dessa fidelidade ao propósito divino.
Aos coordenadores Sângela Damascena e Gustavo Eloheka, nosso sincero
agradecimento por todo o apoio, carinho e orientação. Em especial ao Gustavo, por seus
conselhos que, embora inicialmente incompreendidos, revelaram-se de grande valor ao longo
dos nove meses de curso. Suas vidas foram e continuam sendo uma bênção grandiosa para nós.
Agradecemos aos nossos supervisores, Daniel de Jesus e Daniele Mourão, por enxergarem em
nós verdadeiros “campos missionários” e por investirem com amor incondicional em nossas
vidas, refletindo o amor de Cristo.
Nossa gratidão também à Bianca Mesquita e Cristina Melo, que nos apoiaram
fornecendo materiais valiosos para este trabalho. E aos missionários Ciriaco do Espírito Santo,
que, com paciência e dedicação, ensinaram as crianças nas oficinas de pintura.
Não podemos deixar de mencionar a Missionária Iracely Rodrigues e o Missionário
Rodrigo Siza, que foram fundamentais na composição dos hinos que cantamos durante os
estudos com as crianças e adolescentes do abrigo.
Por fim, agradecemos profundamente à nossa orientadora, professora Juliana Lima, e a
toda a equipe de coordenação, pelo apoio incondicional e atenção cuidadosa em cada etapa do
nosso projeto.
Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos e não
os estorveis de vir a mim, porque dos tais é o
Reino dos céus.
Mt 19.14
RESUMO

Este trabalho de intervenção busca oferecer suporte espiritual e emocional a crianças e


adolescentes em situação de vulnerabilidade no Abrigo Casa na Rocha, localizado no Projeto
Campos Brancos, em Maracanã (PA). Através de uma abordagem baseada no discipulado
cristão, o projeto utiliza o Evangelho de João como ferramenta central para o desenvolvimento
de estudos devocionais, focando no amor de Cristo, na divindade de Jesus e na vida eterna. As
atividades propostas são interativas e adaptadas às diferentes faixas etárias, com o objetivo de
proporcionar uma transformação espiritual e emocional, capacitando esses jovens a
enfrentarem os desafios diários com resiliência e esperança. Além disso, o projeto visa construir
uma identidade centrada em Deus e promover o fortalecimento da fé. Conclui-se que essa
intervenção não apenas preenche uma lacuna espiritual, mas também atua de forma preventiva,
oferecendo um ambiente de acolhimento e crescimento pessoal.

Palavras-chave: discipulado, evangelho de João, vulnerabilidade, transformação espiritual,


crianças e adolescentes, suporte emocional.
ABSTRACT

This intervention project aims to provide spiritual and emotional support to children and
adolescents in vulnerable situations at Casa na Rocha Shelter, located in the Campos Brancos
Project, Maracanã (PA). Through a Christian discipleship approach, the project uses the Gospel
of John as a central tool for developing devotional studies, focusing on Christ's love, the divinity
of Jesus, and eternal life. The proposed activities are interactive and tailored to different age
groups, with the goal of fostering spiritual and emotional transformation, equipping these young
people to face daily challenges with resilience and hope. Additionally, the project seeks to build
a God-centered identity and strengthen their faith. It is concluded that this intervention not only
fills a spiritual gap but also acts preventively, providing an environment of care and personal
growth.

Keywords: discipleship, Gospel of John, vulnerability, spiritual transformation, children and


adolescents, emotional support.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 9
2. REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................................... 11
2.1 O DISCIPULADO ................................................................................................... 11
2.2 OS DISCIPULADORES ......................................................................................... 12
2.3 O DISCIPULADO INFANTIL ............................................................................... 13
2. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO ............................................................................... 15
2.1 TEMA............................................................................................................................. 15
2.2 NATUREZA DO PROJETO ....................................................................................... 15
2.3 PROBLEMÁTICA ....................................................................................................... 15
2.4 HIPÓTESES .................................................................................................................. 15
2.5 INTERVENÇÃO........................................................................................................... 16
2.6 PÚBLICO-ALVO ......................................................................................................... 17
OBJETIVOS ........................................................................................................................... 18
3.1 OBJETIVOS GERAIS ............................................................................................ 18
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................................... 18
4. METODOLOGIA ............................................................................................................ 19
5. RECURSOS ..................................................................................................................... 21
5.1 RECURSOS HUMANOS ............................................................................................. 21
5.2 RECURSOS MATERIAIS........................................................................................... 21
6. ORÇAMENTO ................................................................................................................ 22
7. CRONOGRAMA ............................................................................................................. 23
8. RESULTADOS (RESULTADOS ESPERADOS ......................................................... 24
CONCLUSÃO......................................................................................................................... 26
REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 28
ANEXOS.................................................................................................................................. 29
INTRODUÇÃO

A educação e a evangelização das crianças são responsabilidades que devem ser tratadas
com zelo e compromisso, conforme o ensino bíblico e a realidade social de nosso tempo. As
Escrituras nos mostram que Jesus valorizava profundamente as crianças, instruindo Seus
discípulos a não impedirem que os pequeninos viessem a Ele conforme afirma o Evangelista
Marcos (BÍBLIA. Bíblia Sagrada.2016) Essa direção espiritual encontra paralelo na
necessidade urgente de garantir que cada criança tenha acesso não apenas ao Evangelho, mas
também à educação e à alfabetização, como parte do seu desenvolvimento integral.
Entretanto, como mostra uma pesquisa recente da APEC (Aliança Pró Evangelização
de Crianças, 2018), o alcance das crianças pelas igrejas evangélicas tem sido limitado. Quando
perguntados sobre a porcentagem de crianças que participam de atividades promovidas por
igrejas, 54% dos entrevistados afirmaram que apenas entre 0% a 25% das crianças de suas
cidades são alcançadas. Esses números refletem uma preocupante realidade: apesar de estar
cercada por crianças em suas vizinhanças, a Igreja tem falhado em evangelizá-las de forma
eficaz. Essa falta de visão e compromisso com a evangelização infantil impede que muitas
crianças conheçam o amor de Cristo.
Essa ineficiência na evangelização das crianças se deve, em parte, a uma compreensão
errada das palavras de Jesus em Marcos 10:14 (BÍBLIA SAGRADA,2016). Muitas vezes,
assume-se que, por serem crianças, elas já estão salvas, sem necessidade de evangelização. No
entanto, Jesus deixa claro que o Reino de Deus é daqueles que se aproximam com a humildade
e pureza de uma criança, o que inclui as próprias crianças, que precisam ser conduzidas ao
conhecimento do Evangelho. A rejeição dessa verdade tem limitado a ação missionária entre
os pequeninos.
As estatísticas da APEC (2018) comprovam que a infância é a fase mais receptiva ao
Evangelho. De acordo com os dados, 85% dos cristãos nascidos de novo aceitaram Cristo entre
os 4 e 14 anos, enquanto apenas 4% o fizeram após os 30 anos de idade. Esse fato reforça a
urgência de direcionarmos nossos esforços para evangelizar as crianças, reconhecendo que elas
estão mais abertas à mensagem de salvação do que os adultos, cujas vidas estão muitas vezes
enredadas pelas pressões e tentações do mundo.
Portanto, é imperativo que a Igreja adote estratégias revolucionárias para alcançar as
crianças ao seu redor. Programas como Escolas Bíblicas de Férias, Clubes Bíblicos, campanhas
evangelísticas e projetos como o "Bola que Fala" são apenas algumas das muitas ferramentas

9
disponíveis para este fim. Além disso, capacitar as crianças já salvas para que evangelizem seus
colegas pode ser uma das formas mais eficazes de promover o Evangelho entre os pequeninos.
A hora de agir é agora, para que possamos ver uma transformação real e duradoura nas
futuras gerações. Foi por este motivo que, direcionados por Deus e motivados pelo Seu Espírito
buscamos intervir em um público-alvo próximos de nós, pessoas que amamos e pelas quais
podemos fazer algo para contribuir em seu crescimento espiritual, moral e emocional.
O projeto "Palavras de Vida Eterna: O Evangelho segundo João manuscrito, comentado
e ilustrado pelas crianças e adolescentes do Abrigo Casa na Rocha" surge como uma resposta
significativa ao desafio espiritual e educacional enfrentado por jovens em situação de
vulnerabilidade. Ao focar na transcrição, interpretação e ilustração do Evangelho de João,
buscamos não apenas introduzir os participantes aos ensinamentos de Cristo, mas também
proporcionar um espaço seguro e criativo para que eles se conectem com a Palavra de Deus.
Este projeto não se limita à transmissão de conhecimento, mas propõe um engajamento ativo,
onde as crianças e adolescentes se tornam protagonistas em sua jornada de fé, desenvolvendo
habilidades de leitura e interpretação bíblica.
A natureza do projeto é essencialmente espiritual, visando alcançar e transformar vidas
por meio do conhecimento de Cristo e dos princípios bíblicos. A problemática enfrentada no
Abrigo Casa na Rocha evidencia a desconexão entre as práticas espirituais e o desenvolvimento
educacional, exacerbada pela dificuldade de leitura e compreensão das Escrituras,
especialmente entre os jovens que lidam com o semi-analfabetismo. Com a implementação de
atividades práticas, como a transcrição de passagens bíblicas e a composição de hinos,
almejamos não apenas promover a educação religiosa, mas também contribuir para o
desenvolvimento pessoal e social dos participantes, capacitando-os a construir relações
saudáveis e a estabelecer uma identidade sólida fundamentada em valores cristãos.

10
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 O DISCIPULADO

O discipulado infantil é um tema de grande relevância no contexto cristão,


especialmente quando se considera a formação espiritual e moral das crianças. A prática do
discipulado visa não apenas a transmissão de conhecimento, mas também a construção de
relacionamentos significativos que possibilitem o desenvolvimento de uma fé sólida e ativa.
Com base em diferentes fontes e experiências, é possível abordar a importância do discipulado
na infância, sua fundamentação bíblica e a necessidade de um ambiente educativo que favoreça
o crescimento espiritual das novas gerações.
O discipulado é um conceito que remonta às práticas do Antigo Testamento, onde o
ensino e a formação de novos líderes espirituais estavam intrinsecamente ligados ao ministério
profético. Claudionor Corrêa de Andrade (1996) define um discípulo como alguém que se
coloca sob a tutela de um mestre para aprender uma arte ou desenvolver-se nas lides de um
ministério bíblico. Essa definição é crucial para compreender a importância da transmissão de
valores e ensinamentos, principalmente em relação às crianças, que estão em fase de formação
de identidade e caráter. A prática do discipulado, portanto, não se limita a instruções teóricas,
mas envolve a imersão em uma vida de fé que se manifesta em ações, comportamentos e
relações.
A partir do Novo Testamento, Jesus nos deixou o exemplo perfeito de discipulado. Ele
não apenas ensinou a seus seguidores, mas também os chamou para viver em comunidade, a
fim de que aprendessem com Ele a partir de suas próprias experiências. A Grande Comissão,
encontrada em Mateus 28:19-20 (Bíblia Sagrada, 2016), sublinha a urgência do discipulado
como um mandamento divino, que nos convoca a fazer discípulos de todas as nações,
ensinando-os a obedecer a tudo que Ele nos ordenou. Este mandamento é uma chamada não
apenas para a conversão, mas para o ensino contínuo e o crescimento na fé, sendo o discipulado
um processo contínuo que deve se estender desde a infância até a vida adulta.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990), destaca que toda criança tem
direito à educação, que deve ser orientada para o pleno desenvolvimento de sua personalidade
e preparação para a cidadania. Nesse sentido, a educação não é apenas uma ferramenta para a
formação acadêmica, mas também um meio essencial para transmitir valores e princípios que
moldam o caráter e a espiritualidade das crianças. A educação cristã deve, portanto, estar
alinhada com o que a Palavra de Deus ensina, promovendo uma base sólida para a vida de fé.

11
Na prática do discipulado, o ensino bíblico deve ser intencional e contextualizado.
Charles Haddon Spurgeon enfatiza que as crianças precisam de uma instrução sólida em
doutrina e evangelho. O ministério infantil deve ir além do entretenimento e das atividades
lúdicas, buscando proporcionar experiências que levem as crianças a uma compreensão mais
profunda de quem Deus é e de Seu amor por elas. Essa instrução deve ser aplicada de maneira
que cada criança possa internalizar as verdades bíblicas, de forma que se tornem não apenas
informações, mas sim princípios que moldam sua vida diária.

2.2 OS DISCIPULADORES

É fundamental que os educadores se vejam como discipuladores, tendo uma visão clara
do impacto que suas ações e ensinamentos podem ter na vida espiritual dos pequenos. A
responsabilidade do educador vai além de transmitir conhecimento; envolve também ser um
exemplo vivo dos princípios que se deseja ensinar. A doutrina deve ser apresentada de maneira
que oriente os discípulos a entenderem quem Deus é e como viver para Sua glória. Portanto, é
essencial que os educadores sejam bem fundamentados nas verdades bíblicas, para que possam
guiar as crianças com clareza e convicção.
A relação entre educador e educando deve ser construída sobre confiança e respeito.
Para que as crianças se sintam seguras e motivadas a aprender, é necessário criar um ambiente
acolhedor e positivo, onde possam expressar suas dúvidas e curiosidades. Esse ambiente deve
encorajar a participação ativa, permitindo que as crianças explorem e experimentem a fé de
maneira prática. A formação de grupos pequenos, onde os educadores possam se relacionar de
maneira mais pessoal com as crianças, pode ser uma estratégia eficaz para aprofundar o
discipulado.
O ensino bíblico deve ser abordado de maneira acessível e pertinente à realidade das
crianças. É crucial que as verdades bíblicas sejam apresentadas de forma clara, utilizando uma
linguagem apropriada e exemplos que façam sentido no contexto da vida cotidiana. A Bíblia é
um recurso rico que oferece não apenas histórias, mas também princípios que orientam a vida.
A instrução deve ser criativa e interativa, promovendo o engajamento das crianças por meio de
atividades, jogos, encenações e discussões que estimulem a reflexão sobre o que estão
aprendendo.
A importância do relacionamento pessoal com Jesus também deve ser enfatizada. Joyce
Meyer (1994) destaca a necessidade de cultivar uma mente alerta e cheia de pensamentos bons,
através do estudo da Palavra de Deus e da oração. Isso implica que as crianças devem ser
12
incentivadas a estabelecer um relacionamento pessoal com Deus, aprendendo a orar e a buscar
a Sua orientação em suas vidas. Os educadores devem ser sensíveis às necessidades espirituais
de cada criança, promovendo um espaço onde elas possam crescer em sua fé.
O discipulado infantil é um processo que deve ser contínuo e adaptável. À medida que
as crianças crescem, suas necessidades e questionamentos também evoluem. Por isso, é
importante que o ministério infantil tenha uma estrutura que possibilite o acompanhamento do
desenvolvimento espiritual de cada criança. Isso pode ser feito através de uma programação
que inclua estudos bíblicos, momentos de oração e atividades de serviço comunitário,
permitindo que as crianças vivenciem a fé em ação.
O apóstolo Paulo, na epístola à Timóteo em I Timóteo 4.4 nos ensina que devemos
transmitir as verdades aprendidas a outras pessoas que também sejam dignas de confiança
(Bíblia Sagrada, 2016). Essa passagem enfatiza a importância de cultivar uma cadeia de
discipulado, onde as crianças discipuladas se tornem, no futuro, discipuladoras de outras
crianças. Este ciclo de ensino e aprendizado é vital para a perpetuação da fé e para o
fortalecimento da comunidade cristã.
Além disso, o amor e o respeito mútuo entre os discípulos são fundamentais para
testemunhar ao mundo a identidade de Cristo. Como afirma João 13:34-35, o amor é a marca
distintiva dos seguidores de Jesus. Portanto, o ministério infantil deve incentivar as crianças a
se relacionarem de maneira amorosa e respeitosa, aprendendo a ver o valor do outro como
criação de Deus (Bíblia Sagrada, 2016). Isso não apenas constrói uma comunidade saudável,
mas também ajuda as crianças a desenvolverem habilidades sociais que são essenciais para a
vida em sociedade.
Os desafios enfrentados no discipulado infantil são diversos e exigem atenção e cuidado.
Em um mundo cada vez mais digital e globalizado, as crianças estão expostas a uma infinidade
de influências que podem comprometer sua formação espiritual. É necessário que os educadores
e pais estejam atentos a essas influências, orientando as crianças a discernirem o que é bom e
aceitável diante de Deus.

2.3 O DISCIPULADO INFANTIL

Outro desafio significativo é a falta de envolvimento dos pais na educação espiritual


dos filhos. Muitas vezes, a responsabilidade pelo discipulado é delegada exclusivamente à
igreja, mas a realidade é que a família desempenha um papel crucial na formação da fé das
crianças. Portanto, é essencial que os pais sejam incentivados a participar ativamente do

13
processo de discipulado, integrando a fé na rotina familiar e modelando uma vida cristã
autêntica.
O discipulado infantil é um processo vital que envolve a educação, o amor e o
compromisso com a formação espiritual das crianças. A prática do discipulado deve ser
intencional e adaptável, considerando as necessidades e contextos de cada criança. É
fundamental que os educadores e líderes do ministério infantil se vejam como discipuladores,
dedicando-se a ensinar as verdades bíblicas de maneira clara e acessível, enquanto promovem
um ambiente seguro e acolhedor para o aprendizado.
A responsabilidade de discipular as crianças deve ser compartilhada entre a igreja e a
família, criando uma rede de apoio que fortaleça a vida espiritual das novas gerações. Ao
cultivar um relacionamento pessoal com Jesus e vivenciar a fé em comunidade, as crianças
estarão mais bem preparadas para enfrentar os desafios da vida e se tornarem seguidores
comprometidos de Cristo.
Em última análise, a prática do discipulado infantil é uma missão sagrada que busca não
apenas a conversão, mas a formação de discípulos que viverão para a glória de Deus, refletindo
Seu amor e verdade em todas as áreas de suas vidas. Como corpo de Cristo, é nossa
responsabilidade investir na próxima geração, garantindo que as verdades eternas da Palavra de
Deus sejam transmitidas e vividas em cada coração infantil.

14
2. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
2.1 TEMA

Palavras de Vida Eterna: O Evangelho segundo João manuscrito, comentado e ilustrado


pelas crianças e adolescentes do Abrigo Casa na Rocha. Ramal Caiacá. Maracanã/PA.

2.2 NATUREZA DO PROJETO

A natureza do projeto de intervenção é Espiritual pois visa primariamente o alcance de


crianças para que conheçam a Cristo e a partir disso contribuir para que desenvolvam vidas
saudáveis.

2.3 PROBLEMÁTICA

O Abrigo Casa na Rocha, localizado dentro dos espaços do Projeto Campos Brancos no
Maracanã/PA, enfrenta um desafio significativo na integração de práticas espirituais e
desenvolvimento educacional para suas crianças e adolescentes. A dificuldade em ler e entender
a Bíblia, agravada pelo semi-analfabetismo de muitos jovens, resulta em uma desconexão com
os princípios e valores espirituais que o abrigo busca transmitir. Esta situação não apenas
compromete a eficácia da missão espiritual, como também impacta níveis de desenvolvimento
pessoal e social desses jovens.
A falta de métodos e recursos educacionais adequados às suas necessidades específicas
pode perpetuar esse ciclo de desconexão, prejudicando tanto a assimilação de ensinamentos
bíblicos quanto ao progresso educacional formal. Sem uma abordagem adaptada e recursos
práticos, os jovens enfrentam desafios adicionais na formação de uma identidade sólida e na
interação.

2.4 HIPÓTESES

O abrigo Casa na Rocha, localizado dentro do projeto Campos Brancos na cidade de


Maracanã, Pará, acolhe crianças e adolescentes que enfrentam situações de extrema
vulnerabilidade. Muitos dos residentes vêm de lares disfuncionais, onde foram expostos a
abusos psicológicos, físicos e até sexuais. Essas experiências traumáticas resultam em sérias
dificuldades emocionais e comportamentais, que afetam profundamente a capacidade desses
jovens de confiar nos outros e de desenvolver relações saudáveis.Além disso, o analfabetismo
e a falta de educação formal adequada são problemas críticos enfrentados por esses jovens,
agravados pela ausência de figuras de referência que estejam genuinamente interessadas em
15
guiá-los e ensiná-los de maneira correta. Esse cenário de negligência educacional e emocional
contribui para uma lacuna significativa no conhecimento bíblico entre as crianças e
adolescentes do abrigo, conforme observado por missionários envolvidos no projeto. Para
muitos, a compreensão das Escrituras é insuficiente ou inexistente, o que impede que encontrem
no evangelho um caminho para a cura e o crescimento espiritual.

2.5 INTERVENÇÃO

No decorrer do projeto, iniciamos com a transcrição dos capítulos do Evangelho


segundo João de maneira manuscrita. Essa atividade envolveu todas as crianças e adolescentes,
permitindo que cada um contribuísse com a cópia de capítulos específicos. Além de aprofundar
o conhecimento do texto bíblico, essa experiência promoveu um senso de pertencimento e
engajamento com a Palavra de Deus.
Após a transcrição, seguimos para a composição de hinos inspirados nas passagens do
Evangelho. Em conjunto, desenvolvemos letras que refletiam os milagres e ensinamentos de
Jesus, incentivando a expressão musical e a adoração coletiva. A música se tornou uma forma
poderosa de aprofundar nossa conexão espiritual e de celebrar os aprendizados que estávamos
adquirindo.
Com essas bases estabelecidas, apresentamos nossa proposta para a coordenação do
Abrigo “A Casa na Rocha”. Nessa apresentação, explicamos a abordagem que utilizaríamos e
a metodologia de discipulado que planejávamos implementar. Após uma troca de ideias e
sugestões, definimos as datas dos encontros e garantimos o apoio da coordenação, que se
mostrou entusiasmada com a iniciativa.
Os encontros de discipulado foram organizados em um ciclo de sete, cada um focando
em um dos milagres de Jesus conforme descritos no Evangelho de João. No primeiro encontro,
introduzimos o público-alvo aos objetivos do projeto, compartilhando informações sobre João,
o apóstolo, e a importância de sua obra. Em seguida, discutimos cada um dos milagres,
promovendo a participação ativa dos jovens e incentivando a aplicação prática das lições.
Para finalizar o projeto, organizamos um jantar especial no último encontro. Essa
ocasião serviu não apenas como uma celebração dos aprendizados, mas também como uma
oportunidade para fortalecer os laços que haviam sido formados durante os encontros. A
atmosfera festiva refletiu a alegria e o comprometimento de todos ao longo do projeto.
Com base no sucesso desta experiência, já estamos em andamento com a continuidade
dos encontros, planejando expandir nosso trabalho para incluir outros livros da Bíblia. Estamos

16
estruturando um cronograma de estudos que abrange novas passagens e temas, sempre com o
objetivo de aprofundar ainda mais o conhecimento bíblico e a espiritualidade dos participantes.
Essa programação já começou a ser implementada, e estamos animados com as oportunidades
de crescimento e aprendizado que se aproximam.

2.6 PÚBLICO-ALVO

11 (Onze) Crianças e adolescentes entre 10 e 16 anos, do sexo masculino e feminino do


Abrigo Casa na Rocha do Projeto Campos Brancos, ramal Caiacá, Maracanã/PA.

17
3. OBJETIVOS
3.1 OBJETIVOS GERAIS

Desenvolver o público-alvo na vida espiritual e educacional visando enxertar nele os


principios e valores Bíblicos encontrados no Evangelho segundo João.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Apresentar Jesus ao público-alvo por meio da transcrição e da construção de um


material de um comentário Bíblico. para que tenham conhecimento suficiente para se
decidir por Cristo;
• Desenvolver a leitura e interpretação correta do texto bíblico;
• Aperfeiçoar a capacidade de criar ideias e pensamentos por conta própria.

18
4. METODOLOGIA

O presente trabalho foi desenvolvido por meio de uma pesquisa bibliográfica


abrangente, que envolveu a revisão detalhada de literatura relevante ao tema em questão. Essa
abordagem permitiu reunir e analisar uma ampla gama de informações e perspectivas,
utilizando como base diversas fontes, incluindo livros, periódicos, artigos e recursos
disponíveis na Internet. O objetivo central desta pesquisa foi construir uma compreensão sólida
e bem fundamentada sobre o tema abordado, a partir da análise de publicações científicas e
acadêmicas.
A metodologia utilizada para este estudo foi exploratória, o que significa que a pesquisa
teve como foco a investigação inicial e o levantamento de informações sobre o tema, buscando
identificar padrões, ideias e insights preliminares. Esse tipo de pesquisa é particularmente eficaz
para áreas pouco exploradas ou em que há necessidade de clarificação e entendimento mais
aprofundado, permitindo que as informações coletadas sejam organizadas de maneira clara e
sistemática.
Além disso, as fontes de pesquisa utilizadas foram tanto primárias quanto secundárias.
As fontes primárias incluem documentos originais e materiais que proporcionam dados diretos,
como a "Bíblia Sagrada" publicada pela Sociedade Bíblica do Brasil e o "Estatuto da Criança e
do Adolescente" do Governo Federal do Brasil. Estas fontes forneceram a base factual
necessária para a análise.
As fontes secundárias, por outro lado, consistem em livros e manuais que interpretam,
analisam e discutem os temas em questão, oferecendo perspectivas variadas e insights valiosos.
Entre as fontes secundárias utilizadas, destacam-se obras como "A Chamada, o Preço e a
Recompensa" de Kelem Gaspar, "Pastoreando o Coração da Criança" de Tedd Tripp,
"Pescadores de Crianças" de Charles Spurgeon, "Campo de Batalha da Mente para Crianças" e
"Campo de Batalha da Mente para Adolescentes" de Joyce Meyer, "As Cinco Linguagens do
Amor dos Adolescentes" de Gary Chapman, o "Comentário Expositivo do Livro de João" de
Hernandes Dias Lopes, o "Manual Bíblico MacArthur" de John MacArthur, e o "Manual
Bíblico Halley" de Henry H. Halley.
Essas fontes foram escolhidas por sua relevância e contribuição significativa para o
entendimento dos temas abordados, proporcionando uma base teórica rica e diversificada. A
combinação de fontes primárias e secundárias permitiu uma análise abrangente e profunda, que
não só descreve o que já foi pesquisado, mas também oferece novas perspectivas e
interpretações sobre o tema em estudo. Esse processo possibilitou a construção de um trabalho

19
robusto, que integra diferentes enfoques e contribuições científicas, resultando em uma
compreensão mais completa e detalhada do assunto.
É importante destacar que a maioria das fontes utilizadas neste trabalho foi aplicada
diretamente no discipulado, e não apenas no trabalho escrito.

20
5. RECURSOS
5.1 RECURSOS HUMANOS

PESSOAS QUANTIDADE
Violonista 1
Pintor de telas 1
Compositores de hinos 2
palestrantes de estudos 3
TOTAL 7

5.2 RECURSOS MATERIAIS


SETOR ITENS QUANTIDADE
Papelaria Caderno de 100 1
folhas
Pintura Telas de pintura 20

Instrumentos musicais Violão 1

Ferramentas e corda 1
equipamentos

21
6. ORÇAMENTO

RECURSOS MATERIAIS VALOR


Telas de pintura R$130,00

Caderno R$26,00

Lanches no primeiro encontro R$64,00

Lanches no segundo encontro R$55,00

Lanches no terceiro encontro R$69,80

Lanches no quarto encontro R$92,50

Lanches no quinto encontro R$42,00

TOTAL R$472,30

22
7. CRONOGRAMA

ATIVIDADES DATA

1. Pesquisa de Referencial 06/08 à 08/10


Teórico
2. Compra de Materiais 14/07

3. Capacitação dos envolvidos no 06/07 a 20/09


projeto
4. Implementação do Projeto 22/08 a 22/10

5. Análise de Resultados 14/06 a 14/11

23
8. RESULTADOS (RESULTADOS ESPERADOS

Ao longo da execução do projeto, observou-se um progresso significativo no


entendimento e assimilação do conteúdo bíblico por parte do público-alvo, composto por
crianças e adolescentes. No início, ao serem questionados sobre as histórias bíblicas abordadas,
eles demonstravam uma dificuldade em associar os relatos às suas respectivas referências. No
entanto, ao final do projeto, essa lacuna foi preenchida, evidenciando um avanço claro. Desde
os participantes mais novos até os mais velhos, todos foram capazes de identificar com precisão
as histórias bíblicas, compreendendo os detalhes e contextos que antes passavam
despercebidos.
Além disso, foi possível notar um impacto positivo nas habilidades de leitura e escrita
dos participantes. Durante o projeto, eles foram desafiados a copiar manualmente o Evangelho
de João, o que não só reforçou seu conhecimento bíblico, mas também aprimorou suas
habilidades de escrita. Paralelamente, a prática regular de leitura durante os devocionais
contribuiu para um progresso perceptível na fluência e compreensão de leitura, à medida que
precisaram ler os textos bíblicos em voz alta e refletir sobre seu significado.
Esses resultados demonstram o sucesso do projeto na promoção de um crescimento
tanto espiritual quanto educacional dos envolvidos, reafirmando a importância de integrar
práticas bíblicas com atividades pedagógicas para o desenvolvimento integral das crianças e
adolescentes.
Espera-se que, com a continuidade do projeto em formato devocional, sob a
coordenação do Abrigo "A Casa na Rocha", o desenvolvimento espiritual e educacional dos
participantes seja ainda mais profundo. A expectativa é de que as crianças e adolescentes
continuem a aprimorar seu entendimento das Escrituras, não apenas reconhecendo as histórias
bíblicas, mas também aplicando os ensinamentos em suas vidas diárias. O formato devocional
permitirá que eles mantenham um contato contínuo com a Palavra de Deus, o que deve
fortalecer sua fé e maturidade espiritual.
Além disso, acredita-se que esse trabalho contínuo estimulará ainda mais o
desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita, à medida que a prática regular de leitura
dos textos bíblicos e o incentivo à reflexão crítica permanecerão presentes. A coordenação do
abrigo tem como objetivo criar um ambiente onde cada criança e adolescente se sinta motivado
a crescer, tanto academicamente quanto espiritualmente, formando indivíduos mais conscientes
e comprometidos com seus valores cristãos.

24
Espera-se também que, com o tempo, os participantes passem a demonstrar maior
autonomia em sua caminhada espiritual, desenvolvendo a capacidade de conduzir seus próprios
momentos devocionais e se aprofundando na meditação e no estudo da Bíblia. Dessa forma, o
impacto do projeto não apenas será mantido, mas também ampliado, proporcionando um legado
duradouro na vida dos adolescentes e crianças envolvidos.

25
CONCLUSÃO

A conclusão do projeto "Palavras de Vida Eterna: O Evangelho segundo João


manuscrito, comentado e ilustrado pelas crianças e adolescentes do Abrigo Casa na Rocha"
sintetiza a importância da intervenção proposta, que une o desenvolvimento espiritual e
educacional em um contexto de vulnerabilidade. Por meio da transcrição do Evangelho de João,
da expressão artística e da musicalidade, foi possível criar um ambiente de aprendizado
significativo que promove a assimilação de valores bíblicos essenciais. As atividades
desenvolvidas não apenas facilitaram o acesso à Palavra de Deus, mas também permitiram que
as crianças e adolescentes se vissem como parte ativa desse processo de descoberta e adoração.
Além disso, a intervenção revelou a importância da metodologia exploratória adotada,
que se mostrou eficaz para abordar a complexidade dos desafios enfrentados pelas crianças e
adolescentes do abrigo. As dificuldades de leitura e interpretação da Bíblia foram abordadas de
maneira inclusiva, permitindo que os participantes se engajassem no aprendizado de forma
prática e criativa. A construção de um material de comentário bíblico, elaborada pelas próprias
crianças e adolescentes, proporcionou uma experiência de empoderamento e crescimento
pessoal, contribuindo para a formação de uma identidade sólida ancorada nos ensinamentos
cristãos.
Outro aspecto relevante foi a conscientização sobre a realidade do semi-analfabetismo
e suas implicações na vida espiritual e social dos jovens. Ao integrar práticas educacionais ao
processo de evangelização, o projeto buscou combater essa lacuna e possibilitar um
desenvolvimento integral. O envolvimento dos participantes em atividades lúdicas, como a
pintura e a música, não apenas facilitou a compreensão do evangelho, mas também promoveu
um espaço seguro para a expressão de emoções e experiências pessoais, contribuindo para a
saúde emocional e relacional dos jovens.
As relações interpessoais também desempenharam um papel crucial no sucesso da
intervenção. A presença de mentores e educadores comprometidos com o desenvolvimento dos
jovens foi fundamental para criar um ambiente de confiança e acolhimento. Essa rede de apoio
permitiu que as crianças e adolescentes se sentissem valorizados e compreendidos, ajudando a
superar as barreiras emocionais impostas por experiências traumáticas. A construção de laços
afetivos sólidos é uma parte essencial do processo de cura e transformação que se buscou
implementar no abrigo.

26
Por fim, é importante destacar que os resultados obtidos com este projeto vão além das
metas imediatas de aprendizado e evangelização. O desenvolvimento espiritual e educacional
das crianças e adolescentes do Abrigo Casa na Rocha estabelece as bases para um futuro mais
promissor, onde esses jovens poderão se tornar agentes de mudança em suas comunidades. O
projeto não só os apresenta ao evangelho de Cristo, mas também os capacita a viver e
compartilhar essa mensagem, impactando não apenas suas vidas, mas também a sociedade ao
seu redor. Portanto, as experiências vividas durante esta intervenção não apenas revelam a
importância de integrar educação e espiritualidade, mas também a necessidade de continuar
investindo em iniciativas que promovam a dignidade e o potencial das crianças e adolescentes
em situações de vulnerabilidade.

27
REFERÊNCIAS

AGÊNCIA BRASIL. Crianças em vulnerabilidade podem se desenvolver aquém do


esperado. Agência Brasil, 2023. Disponível em:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2023-10/criancas-em-vulnerabilidade-podem-
se-desenvolver-aquem-do-esperado. Acesso em: 17 set. 2024.

APEC. Estratégia revolucionária: investir na evangelização das crianças. APEC, 2024.


Disponível em: https://www.apec.com.br/site/reflexoes/estrategia-revolucionaria-investir-na-
evangelizacao-das-criancas/. Acesso em: 17 set. 2024.

BÍBLIA SAGRADA, versão NVT. 1. ed. Mundo Cristão, 2016.

MEYER, Joyce. Campo de batalha da mente para adolescentes. Editora Bello, 2009.

MEYER, Joyce. Campo de batalha da mente para crianças. Editora Bello, 2009.

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990.


Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91764/estatuto-da-crianca-e-do-
adolescente-lei-8069-90. Acesso em: 10 ago. 2024.

IBGE. Censo 2022: taxa de analfabetismo cai de 9,6% para 7,0% em 12 anos, mas
desigualdades persistem. IBGE, 2022. Disponível em:
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-
noticias/noticias/40098-censo-2022-taxa-de-analfabetismo-cai-de-9-6-para-7-0-em-12-anos-
mas-desigualdades-persistem . Acesso em: 22 ago. 2024.

LOPES, Hernandes Dias. João, as glórias do Filho de Deus. Editora Hagnos, 2019.

HALLEY, Henry Hampton. Manual bíblico de Halley. Editora Vida, 1924.

MACARTHUR, John. Manual bíblico MacArthur. Editora Thomas Nelson, 2015.

TRIPP, Tedd. Pastoreando o coração da criança. Editora Fiel, 1995.

GASPAR, Kelem. Pakau, o preço, o chamado e a recompensa. Editora CPAD, 2014.

SPURGEON, Charles Haddon. Pescadores de crianças. Editora Shedd, 2023.

28
ANEXOS

29
ANEXO 1 – REGISTRO EM FOTOS

Figura 1: Encontro com o público alvo

Figura 2: Execução da Dinâmica

30
Figura 3: Tocando e cantando as composições dos encontros

Figura 4: Dinâmica sobre o cego de nascença

31
Figura 5: Professores sendo homenageados pelas alunas do público-alvo

Figura 6: Crianças e adolescentesn do abrigo “A casa na Rocha”, professores e cuidadora

32
ANEXO 2 – LETRAS DAS MÚSICAS

1- O cego

Tantos anos de escuridão


Mas quando ele chegou
Eu pude ver
Tantos anos cativo em prisões
Mas quando ele chegou
Eu pude ser livre.

Eu era de um jeito, agora sou diferente


E o que aconteceu, foi Jesus
Eu nem pareço mais
o que um dia fui
É que ele mudou minha vida
O nome dele é Jesus

Não tenho vergonha de dizer


Que eu era cego
Mas olhem só pra mim
Eu posso ver
Eu andava em trevas e ele me encontrou
Me trouxe pra luz através da cruz
E agora contemplo o meu salvador!

Composição; Rodrigo Siza e Josias Saraiva.


Melodia: Josias Saraiva

2 - Caná da Galiléia

Lá em Caná da Galiléia Jesus transformou a água em vinho e o povo admirou.

Disse Jesus coloca água e enche vasilhas


E o povo viu o milagre do Messias.

Jesus é a videira que frutificará.


Jesus é o caminho, é a luz a brilhar.
Com ele ao nosso lado, não temos que temer.
É o nosso salvador sempre a nos proteger.

Composição: Missionária Iracely Rodrigues


Melodia: Missionária Iracely Rodrigues

33

Você também pode gostar