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Visitacao Capelania Evangelica Hospitala

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Visitação para

Salvação!
“Jesus era absolutamente honesto, profundamente compassivo,
altamente sensível e espiritualmente maduro”.
Aconselhamento Cristão - Collys, G. R.

Quando pensamos em visitação, geralmente vem a nossa mente a


figura de duas ou mais pessoas alegremente conversando sobre coisas
rotineiras, sobre o dia a dia.

A visitação específica exercida pelo capelão – e não somente por


ele, mas por todo cristão esclarecido – deve ser prioritariamente a respeito
da salvação do “visitado”. Caso esta pessoa que está sendo visitada já esteja
vivendo com Cristo, deve então transformar-se em uma visitação orientada
para a edificação da mesma. Em suma, a certeza da salvação está no
coração individual da pessoa, não na do “visitante”. Mesmo assim, essa
será a prioridade, independente da situação.

Dificilmente saberemos se Cristo é o “Salvador” da vida que


visitamos, bem como o “Senhor” daquela vida. Muitos infelizmente
possuem Cristo como Salvador, mas numa visão equivocada, parece não tê-
lo como Senhor. Como se isso fosse possível.

O objetivo das linhas a seguir é compartilhar uma breve visão de


como deveria ser a visitação prática. Devido a grande gama de pessoas
entre nós, das mais variadas religiões e experiências com Deus, tentei de
forma objetiva resumir a função do “capelão” na visitação sem me ater a
pormenores. A ideia é que este material seja como uma conversa
introdutória para incentiva-lo a procurar aplicar em sua vida diária, “quer
tempo, quer fora de tempo” falar do amor de Cristo e de Sua obra vicária
para o mundo. Não temos a intenção, nem o tempo necessário para poder
detalhar esse assunto que é maravilhosamente amplo, mas nosso intuito é
que você não pare por aqui. Que Deus te abençoe e te use poderosamente!
2

1 - PARA QUE CRISTO VEIO?


(A) CRISTO VEIO PARA SALVAR.
“pois o SENHOR, vosso Deus, é quem vai convosco a pelejar por
vós contra os vossos inimigos, para vos salvar”. (Deuteronômio 20:4)

“Porque o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido”.


(Mateus 18:11)

“Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido”.


(Lucas 19:10)

“Ora, Moisés cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus os


queria salvar por intermédio dele; eles, porém, não compreenderam”.
(Atos 7:25)

“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a


excelência do poder seja de Deus, e não de nós.”
(2 Coríntios 4:7)

Você precisa entender que Deus quer usar VOCÊ (Coloque seu
nome aqui: _________________________________________) para ser
instrumento de salvação na vida de outras pessoas. Conhecidas e
desconhecidas, ricas e pobres, formadas e sem acesso a cultura, etc.

Isso não se faz por força, nem por violência.

É preciso entender isso, caso contrário, você estará visitando para


sorrir, ver, entender, consolar, conversar, para entreter, estar perto, enfim,
qualquer outra coisa, até mesmo para orar, menos para a o chamado
fundamental de Cristo em sua vida. Proclamar o Evangelho da Salvação.
(Romanos 15:20; 1Coríntios 1:17; 9:16; Efésios 3:8)

(B) CRISTO VEIO PARA QUEBRAR PARADIGMAS.


Muitos inventam desculpas para não estar presente em certos locais,
ou para não falar de salvação de vida eterna, da obra de Cristo nestes
locais. Claro que a Bíblia afirma que não devemos estar em lugares que
denigrem nosso testemunho. Dificilmente - ou extraordinariamente -
alguém nos dias de hoje entrará em um prostíbulo para falar de Cristo. Ou
entrará em um bar para evangelizar alguém que ali esteja bebendo, etc.
3

Mesmo assim Cristo nos mostra que independente do local onde estejamos
(hospitais, escolas, unidade prisional, etc.) devemos falar sobre salvação.

“E sucedeu que, estando ele em casa, à mesa, muitos publicanos e


pecadores vieram e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos”.
(Mateus 9:10)

Devemos estar prontos a falar sobre salvação com todos e para


todos. Independente da condição da pessoa.

(C) CRISTO NOMEIA SEUS DISCÍPULOS PARA QUE ESSA


PRÁTICA SE PERPETUE.

Você pode dizer: “Ahh, isso não depende de mim”. E você está
corretíssimo. Isso não depende de você, depende de Deus. Mas Deus é
maravilhoso a ponto de destinar essa tarefa a você e não aos anjos.

2 - PARA O QUE FUI ENVIADO?


Vejamos:

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.”


(Mc. 16:15)

Porque não quero, irmãos, que ignoreis que, muitas vezes, me propus ir
ter convosco (no que tenho sido, até agora, impedido), para conseguir
igualmente entre vós algum fruto, como também entre os outros gentios.
Pois sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a
ignorantes; por isso, quanto está em mim, estou pronto a anunciar o
evangelho também a vós outros, em Roma.
4

Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a


salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;
visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está
escrito: O justo viverá por fé.
(Rm. 1:13-17)
Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão
naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?
E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão
formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!
(Rm. 10:14-15)

Sendo assim, como devedores, precisamos visitar e lhes falar da salvação


que há em Cristo Jesus. Mas como fazer isso?

2.1 – Como falar de Salvação?


“Ser forte é MANTER a fé. Ser corajoso é PRATICAR a fé!”

Você precisa simplesmente dizer o que a Bíblia diz sobre o que


você vive. Em resumo, você, um pecador justificado, agora fala do Deus
maravilhoso e de Sua Palavra que te salvou e oferece essa salvação para o
próximo.

Entre os diversos modos de falar sobre salvação, podemos enfatizar


quatro formas básicas:

 OUVINDO (João 4)

 ANUNCIANDO (At 4:20)

 SUBJETIVAMENTE (At 8:30)

 RESPONDENDO (1Pe 3:15)

Ouvindo – O caso registrado por João no capítulo quatro de seu


Evangelho nos mostra essa lição.
5

O Dr. William Hendriksen em seu comentário do Evangelho de


João diz:
“Jesus... deixou a Judéia em direção a Galiléia. Ele tinha de
passar por Samaria. Ele chegou a Sicar, localizada nessa
província, e sentou-se, cansado e sedento, junto à fonte ou poço
de Jacó. Ali, envolveu-se numa conversa com uma mulher
samaritana de vida imoral. O Senhor pediu-lhe que lhe desse de
beber; falou com ela acerca da água viva que ele mesmo era
capaz de suprir; contou-lhe que esta água viva, não somente
tiraria a sede, mas impedi ria que ela tivesse sede de novo;
revelou-lhe os segredos da vida imoral que ela levava; mostrou-
lhe o caráter da verdadeira adoração, e, final mente, lhe disse ser
ele o Messias. O coração da mulher rebelou-se contra a
revelação de sua vida pecaminosa, e tentou mudar de assunto. A
primeira impressão é que a mulher está no controle da situação,
dando a ideia de que o Senhor estava se deixando desviar de seu
objetivo. No entanto, mesmo sem entender, essa mulher estava
sendo conduzida na direção estabelecida pelo próprio Senhor.
Será que essa mulher, ao tentar evadir-se do assunto real, não é,
em sua natureza, um símbolo do pecador? O exemplo de Cristo,
ao dirigir-se a ela, é um exemplo que devemos seguir, ao
ministrarmos aos perdidos?” (William Hendriksen, pg 228)

Devemos primeiramente analisar a situação:

 Onde estamos? (Hospital, escola, presídio)


 O que faremos? (É hora de ouvir? De falar?)
 Como faremos? (Exponho a Bíblia, conto um testemunho?)

Ouvir a pessoa que estamos visitando é 80% de sucesso nos 20%


que verbalizaremos, quer por ação, quer por palavras.

ORAR OUVIR FALAR

100% 80% 20%


1Ts. 5:17 Tg. 1:19 2Tm. 4:2
6

Se você conseguir lembrar desse importante detalhe no processo da


evangelização, com certeza terá um êxito maior em suas visitas.

Anunciando – Precisamos anunciar, mas como fazer isso de maneira


eficaz?

 Tenha em mente que você é apenas instrumento.


Jo. 1:19-26

Como uma placa você está anunciando


sobre o verdadeiro caminho (Jo. 14:6)
que todo ser humano precisa para ser
feliz.
Lembre-se: Você aponta o caminho,
você não é o caminho, você aponta a
solução, você não é a solução.
O grande detalhe é que Deus já sabe que
você está visitando esta pessoa para lhe falar do amor dEle. Você com
certeza já orou! Você orou certo? Lembre-se do gráfico anterior.
Agora vamos verificar algumas passagens importantes para que
você anuncie o Evangelho corretamente:

1. Todos pecaram! – Romanos 3:23


2. O resultado do pecado é a morte – Romanos 6:23
3. Deus enviou Seu filho para nos salvar – João 3:16
4. É necessário arrependimento – Atos 3:19
5. É necessária conversão – Romanos 10:9
------------
6. É necessário entender – Efésios 2:5,8
7. É necessário continuar – 2 Pedro 3:18
8. É necessário desenvolver – Filipenses 2:12
9. É necessário frutificar – João 15:8,16
10. É necessário imitar – João 1:43,45
7

Se você seguir até o item de número 5, você conseguirá explicar


resumidamente o plano da salvação e levar uma pessoa a Cristo, pela Graça
de Deus.

Lembre-se isso não basta, persevere e cumpra os “10 passos” se


possível, acompanhe, discipule, integre, receba, acolha esta vida.
Responsabilize-se por ela! Você vai ver como faz diferença uma visitação
seguida de acompanhamento em amor.

Agora falaremos de um método mais simples, onde você pode


também inserir esses passos de forma dinâmica e descontraída.

Subjetivamente – Pode acontecer, pela vontade soberana do


Senhor que não somente na visitação você evangelize. Você pode falar
sobre salvação nas suas conversa rotineiras, por exemplo: Nós cristãos
temos um vocabulário todo especial. Se usado da maneira correta, resultará
em bênçãos e glória ao Senhor, se usado de maneira leviana, resultará em
escândalo.

Neste parágrafo você pode notar que propositalmente, usei alguns


termos. Escândalo, bênçãos, glória.

Em seu trabalho você pode dizer a um amigo: “Glorias a Deus, que


bom que você conseguiu essa promoção no trabalho! Parabéns”. Ou ainda
em outra situação na copa: “Jesus querido, como este café está gelado”.
São maneiras simples de dizer que você é diferente.

Esse comportamento resultará em perguntas sobre sua crença e sobre


sua vida com Deus e é sobre isso que falaremos agora.

Respondendo – Nem todos querem saber por que carregamos um


livro preto debaixo do braço, ou então porque estamos todos os domingos
no templo. Eles querem o segredo do seu sorriso em meio às dificuldades,
eles querem saber como você consegue ter fé em meio aos dias caóticos
como vivemos. Por isso Pedro diz que devemos estar prontos, para
responder a todos que nos perguntam a RAZÃO da nossa fé.

Que resposta você daria?


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Muito cuidado! Aqui mora o perigo. Um pastor amigo meu, que esta
no UK (Reino Unido) há quase 10 anos, me contou que quando chegou lá
para assumir o campo como missionário na época, o pastor local o chamou
e pediu para que desse seu testemunho de vida. Ele então começou a falar e
logo em seguida foi interrompido bruscamente! O pastor local então lhe
disse: “Não queremos saber o que o senhor fazia antes de conhecer a
JESUS. Queremos saber o que JESUS fez em sua vida e como você vive
com Ele hoje!”

Muitos valorizam demais as desgraças que o diabo fez com nossas


vidas. Outros embrenham-se nos labores teológicos procurando respostas
sistemáticas para os mistérios de Deus. Meu conselho é que você fale,
sempre, de Jesus e este crucificado! (1Co. 2.2)

3 – ALGUMAS MANEIRAS DE TORNAR AGRADÁVEL A


VISITA DO CAPELÃO EVANGÉLICO AO HOSPITAL.

Sugestões a serem consideradas ao visitar alguém no hospital.

· A permanência no hospital pode ser uma experiência de isolamento


e desumanização. A privacidade e a modéstia são considerações
importantes que precisam ser respeitadas. Lembre-se de que durante toda a
hospitalização, o quarto do paciente é o seu local de dormir. Este espaço
deve ser tratado com o mesmo respeito que a sua casa. Não hesite em
perguntar se não estiver certa do que é apropriado ou do que pode perturbar
o paciente. Não sente na cama, MESMO QUE VOCÊ SEJA
CONVIDADO A ISSO! Tenha cuidado para não interferir com qualquer
tratamento ou exigências de isolamento Lembrem-se de que uma infecção
que você nem notou pode ser fatal ao paciente que tiver imunodeficiência.

· Seja amável com a equipe do hospital e respeite as normas


estabelecidas. Sorria é grátis!

· Faça com que a sua visita ajude o paciente de modo significativo


para ele no momento. Peça sugestões se tiver dúvidas. A simples
disposição de passar tempo com alguém hospitalizado é um dom precioso.
A duração de sua visita deve ser apropriada à situação do paciente.
Não demore demais. Várias visitas podem ser menos cansativas para
alguém que está muito doente.
9

As visitas mais demoradas ajudam a passar o tempo para os


pacientes ativos confinados ao leito ou ao quarto numa hospitalização
prolongada.

· Se possível pergunte ao paciente ou família qual a melhor hora para


uma visita. Você talvez possa fazer companhia a ele num horário em que os
membros da família não tenham condições de fazê-lo. Desse modo estará
ministrando tanto ao paciente como aos que cuidam dele.

· Presença silenciosa e ouvir em silêncio são maneiras poderosas de


apoiar alguém que está doente. Procure observar seus sinais de fadiga ou
desconforto.

· Manter contato com a família e os amigos é importante para os


hospitalizados. Quando, porém, você está doente e sofrendo, a menor tarefa
é um sacrifício - por mais que deseje o contrário.

· SE POSSÍVEL leve o paciente para uma visita fora do hospital. Sol


e ar fresco podem ser terapêuticos. Isso ajudará os doentes a longo tempo a
manterem contato com a natureza e o mundo fora do hospital. (Lembre-se
que essa possibilidade não é decisão sua e sim do médico e depois da
família, não faça nada sozinho).

· Empenhe-se para que o paciente receba boas notícias diariamente.


Se necessário, leia para ele todos os dias. Tome cuidado para anotar itens
que possam ser de particular interesse do paciente ou algo que ele queira
acompanhar. Tome tempo para discutir pontos de interesse do paciente.
Você está dando a ele uma oportunidade de interagir com o mundo fora de
sua cama do hospital. Estão também reforçando a sua individualidade e
propósitos, coisas que se perdem facilmente durante uma hospitalização
prolongada.

· Use de “parcimônia”. Seja cauteloso. Uma visita que faz o paciente


dizer: “Puxa você já vai?” é melhor do que uma visita que faz o paciente
orar fervorosamente, quebrantado com lágrimas em seus olhos: “Obrigado
Senhor, eu não via a hora de ficar livre desse crente. Misericórdia Senhor
eu prometo nunca mais fazer nada de errado, mas não deixa mais ele(a)
encontrar o meu quarto de novo...” Pense nisso, como você gostaria de ser
lembrado na próxima vez em que visitar o paciente?
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4. NORMAS PRÁTICAS PARA A VISITAÇÃO HOSPITALAR.

· Não entre em qualquer quarto ou apartamento sem antes bater


cuidadosamente na porta.

· Verifique se há qualquer sinal expresso de: "proibido visitas"

· Respeite sempre o horário pré-estabelecido para sua atuação.

· Observe se à luz está acesa e a porta do quarto fechada. Em caso de


positivo, espere que o paciente seja atendido pela enfermeira ou médico,
antes de você entrar.

· TOME CUIDADO COM QUALQUER APARELHAGEM EM


VOLTA DA CAMA. EVITE ESBARRAR NA CAMA OU SENTAR-SE
NELA.

· Avalie a situação logo ao entrar, a fim de poder agir objetivamente


quanto ao tipo e duração da visita. (Se o paciente está disposto, indisposto).

· Procure se colocar numa posição ao nível visual do paciente, para


que ele possa conversar com você sem se esforçar. Em quartos onde há
mais enfermos, cumprimente os outros, mas se concentre naquele com
quem você deseja conversar. Ao mesmo tempo não despreze ninguém.

· Fale num tom de voz normal. Não cochiche com outras pessoas no
quarto. Também não é conveniente gritar na hora da oração.

· Se a pessoa ainda não o conhece, apresente-se com clareza.

· Deixe com o doente a iniciativa do aperto de mão e faça-o com


clareza. SEMPRE HIGIENIZE AS MÃOS, APÓS CADA VISITA.

· Dê prioridade ao atendimento dos médicos e enfermeiras, assim


como no horário das refeições, saia do quarto. NÃO COMA COM O
PACIENTE! E AINDA MAIS, NÃO COMA A COMIDA DELE!

· Ao contemplar alguém sofrendo, lembre-se de que as reações


emocionais negativas podem ser detectadas pelo doente e seus familiares.
Sem afetações, procure descobrir o que seu tom de voz e sua expressão
facial e seus gestos estão comunicando.
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· Concentre-se em atender às necessidades daquela pessoa diante de


você. Não adianta falar do outro nem de si mesmo.

· Não queira forçar o doente a se sentir alegre, nem o desanime. Aja


com naturalidade, pois se você se sentir à vontade ele terá maior
probabilidade de ficar à vontade.

· Não dê a impressão de estar com pressa, nem se demore até cansar


o doente. Encontre a duração exata para cada situação. Discernimento!

· Não tente movimentar um doente, na cama ou fora dela. Chame a


enfermeira se ele o desejar.

· Fique sabendo que os efeitos da dor e dos remédios podem alterar o


comportamento ou a receptividade do paciente de um momento para outro.

· SE VOCÊ MESMO ESTÁ DOENTE, NÃO FAÇA VISITAS.

· Utilize os recursos da religião sem constrangimentos, mas com


inteligência. Não fira a sensibilidade de um ateu, agnóstico ou comungante
de outra religião. Discernimento!

5. AJUDANDO ATRAVÉS DA ARTE DE ESCUTAR.

Escutar é uma arte que pode ser desenvolvida. Os princípios abaixo


relacionados se colocados em prática, ajudarão você a crescer na arte de
escutar e, consequentemente na habilidade de ajudar a outras pessoas.

5.1. Analise Sua Atitude Íntima.

Quais os seus sentimentos em relação à pessoa com quem você está


visitando e conversando? Você tem algum preconceito em relação a ela?
Sua condição física é repugnante? Há hospitalidade entre vocês?

Tudo isto vai afetar o significado do que você ouvirá dela.


As palavras perdem seu sentido quando nossas emoções não nos permitem
escutar com objetividade. Precisamos desenvolver uma atitude de
aceitação da pessoa, do que ela diz, sem julgá-la ou condená-la. Não
estamos defendendo qualquer posição, mas tentando ouvir os verdadeiros
sentimentos de quem fala.
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Por outro lado, não devemos insistir para que o entrevistado defenda
seu ponto de vista, ou utilize determinado vocabulário ou estilo de
linguagem. Não devemos expressar julgamento para não tolher a fluência
de seus sentimentos.

5. 2. Preste Bastante Atenção

Repare o tom de voz. Que estado emocional ele revela? Uma voz
baixa, um fala monótona, pode indicar depressão emocional. Falar
rapidamente, de forma agitada, pode se uma depressão extrema. Falar
depressa e em voz alta pode indicar o efeito de drogas. Você poderá dizer: -
"Pela sua voz, tenho a impressão de que você está muito..." Se a pessoa
chora enquanto fala, permita-lhe este privilégio.

5.3. Desenvolva A Capacidade De Avaliar As Emoções.

Na linguagem comum, há palavras que expressam emoções diversas:


convicção, perturbação, irritação, alegria, felicidade. O tom de voz em que
elas são proferidas lhes dão um significado maior que o dicionário não
pode definir. Cabe a nós avaliar este conteúdo emocional da comunicação.

5.4. Reflita As Emoções Que Você Está Percebendo.

É preciso fornecer ao entrevistado uma "retro visão" das emoções


que ele está transmitindo. A pessoa ficará satisfeita se você revelar que
entendeu qual o problema dela. Isto não é apenas repetir o que a pessoa já
disse, literalmente, mas refletir seus sentimentos com nossas próprias
palavras.

5.5. Seja Educado

· Não domine a conversa.

· Quando falamos muito a pessoa se confunde.

· Não discuta nem revele hostilidade ou ressentimento.

· Não tente manipular as pessoas, nem as enganar.

· Não negocie sua fé, ao mesmo tempo seja: “...prudente como as


serpentes e simples como as pombas”.
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5.6. Evite A Passividade E A Timidez Exagerada.

· Não há necessidade de concordar com tudo o que a pessoa diz.


Apenas seja educado quando houver a necessidade de discordar.

· É mais importante entender o que ela diz do que criar uma


impressão favorável.

· Não é necessário que a pessoa fique totalmente despreocupada. A


solução dos problemas vem por meio das tensões. Não tente resolver tudo.

· Não seja passivo como uma esponja. Demonstre interesses na


participação do diálogo. Esteja preparado para responder.

· Não se prenda aos detalhes da conversa. Identifique as informações


básicas para compreender o interlocutor.

5.7. Normas Para Escutar:

· Escutar é um processo. Não é discursar. Você precisa identificar-se


com a pessoa que fala.

· Demonstre compaixão e aceitação, ainda que suas convicções


pessoais sejam diferentes.

· Às vezes a pessoa está apresentando um problema que lhe parece


insolúvel. Aceite seu estado de confusão e ajude-a observar os diferentes
aspectos do problema: sua origem, quem está envolvido nele, possível
soluções etc.

· Demonstre amizade e interesse. O problema é grande. Leve a carga


com a pessoa até que ela possa levá-la sozinha. Mas não leve sozinho.

· Às vezes, a pessoa tenta diminuir o problema. Isto pode revelar


falta de confiança em sua ajuda ou ausência de auto estima. Às vezes, o
problema não nos parece sério, mas devemos reconhecer que ele é sério
para a pessoa que está sofrendo com ele.

· Procure dividir o problema em várias partes para falar sobre eles


separadamente.

· Dê oportunidade para a pessoa esclarecer sua posição. Isto facilitará


a compreensão dos problemas e como solucioná-los.
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· Se descobrir contradições na conversa, revele-as à pessoa. Isto a


ajudará a se sentir menos confusa e ansiosa.

· Pergunte se ela já enfrentou um problema semelhante no passado.


Ela vai recordar que tem habilidade para superar a situação como já
aconteceu. Apenas não entre em um turbilhão de antigos problemas.

· Discuta as várias alternativas para resolver o problema. Evite


conselhos estereotipados. Anime a pessoa a restabelecer relações com
pessoas de importância em sua vida (parente, amigos, pastor).

· Evite fazer perguntas com respostas predeterminadas. São mais


válidas as perguntas que despertam o sentido do relacionamento.

· Dê ênfase ao tempo presente e objetivo da visitação. Veja se tem


possibilidade de ajudar essa pessoa nessa circunstância, ou encaminhe-a a
outra pessoa.

· Não se deve alimentar esperanças infundadas. Evite dizer: "Não se


preocupe, está tudo bem".

· Termine a conversa apresentando objetivamente o que deverá ser


feito. Deixe a pessoa tomar a decisão adequada e assumir a
responsabilidade.

· Admita suas capacidades e limitações, você é humano e finito.


Deixe Deus agir onde você é suficiente.

Pr. Jeferson A. Pereira


Bacharel em Teologia
Pastor de Jovens e Adolescentes da Igreja Presbiteriana do Brasil
Central de Presidente Prudente.
Capelão pela UCEBRAS – União dos Capelães Evangélicos do
Brasil.

Contato:

[email protected]
www.jefersonpereira.com.br

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