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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
1- Personalidade
Conceito de personalidade: temperamento (herdado) mais
caráter (adquirido) das pessoas.
A personalidade é pessoal e não muda ao longo da vida,
acompanha o modo de ser da pessoa e seu conceito é
egossintônica a pessoa sempre foi assim e não tem critica a
respeito do seu jeito.
O Transtorno de personalidade tanto psiquiatra e psicólogo
tratam. Como os transtornos ocorre ao longo do tempo o
tratamento principal é psicoterapia e exige tratamento
medicamentoso é complementar.
Interação dinâmico entre caráter e temperamento
Equação etiológica freudiana
Os elementos constitutivos (herdados) eventos de vida/
estressores estão associados aos primeiros anos de vida
como individuo é constituído e com ele lida com o meio
Temperamento x caráter
Temperamento
Definido como as tendencias emocionais e de
aprendizados herdadas (base para a aquisição de traços e
comportamentos automáticos, conteúdo emocional),
observáveis precocemente e que são relativamente
estáveis durante a vida do indivíduo.
As quatro dimensões (esquiva, exploratória, dependente e
persistente) têm se mostrado universais nas diferentes
culturas, grupos étnicos e sistema políticos...
Abrange a memória procedural, que é regulada pelo
sistema corticoestriatolimbico, primariamente as áreas
corticais sensoriais, amigdalas, o caudado o putâmen.
Caráter
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Em contraste com o temperamento, que é principalmente
herdado, o caráter é “menos herdado” e é
moderadamente influenciado pelo aprendizado
social, pela cultura, e eventos casuais da vida, único
ao indivíduo.
Abrange funções cognitivas maiores regulada pelo
hipocampo e neocórtex (abstração e interpretação
simbólica, lógicas analítica e indutiva)
Estas funções são críticas para o processamento cognitivo
das percepções sensoriais e dos afetos regulados pelo
temperamento, levando ao desenvolvimento de
conceitos sobre self (o eu) e mundo externo -- como
eu me vejo diante do mundo.
Personalidade = temperamento + caráter
Temperamento: mais propenso à intervenção
farmacológica e algumas técnicas psicoterápicas,
especialmente as comportamentais;
Caráter melhora a adaptação do temperamento por
modular a percepção e a resposta emocionais.
Psicofármacos raramente induzem a modificação do
caráter, sendo mais adequada a intervenção
psicoterápica
Associação de intervenção psicoterápica e farmacológica
pode trazer maior benefício.
2- Transtorno de Personalidade
O que trataria um paciente de forma farmacológica no
transtorno de personalidade? Um paciente muito agressivo
deve ser tradado de forma imediata agressividade,
impulsividade ou quadro de tristeza, mas o principal a longo
prazo é psicoterapia.
O transtorno de personalidade é difícil de diagnosticar pôr
a várias manifestações de sintomatologia, geralmente o
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paciente chega com muitos medicamentos e receitado
vários medicamentos, mas não consegue tratar.
Transtorno de personalidade: é um padrão persistente interna
e comportamento que se desvia acentuadamente das
expectativas da cultura do indivíduo; Por que, os transtornos
de personalidade seja adaptativo igual um soldado psicopata
em ambiente de guerra, já o transtorno de personalidade em
culturas como o Japão a pessoa não distorce tanto sua conduta
dentro do transtorno se comparado em culturas mais soltas
como no Brasil, desse modo paciente teria um manifestação
ou desvio do transtorno maior.
A manifestação corre em vários sentidos do indivíduo
(difuso) e não muda ao passar do tempo (inflexível):
egossintônico (o indivíduo não percebe seu problema, mas
o meio que ele está inserido).
Desvio acentuadamente das expectativas culturas da
cultura do individuo
Começa na adolescência ou no início da fase adulta:
alguns manuais recomendam o diagnóstico depois dos 18
anos, pois algumas características da adolescência podem
se confundir com transtorno de personalidade e são
características especificas da doença.
É estável ao longo do tempo e leva a sofrimento ou
prejuízo com as relações das demais pessoas a sua volta.
Os transtornos de personalidades são classificados em três
grupos, com base em semelhanças descritivas;
Grupo A Grupo B Grupo C
Transtorno: Transtorno: Transtorno:
1. Paranoide 1. Antissocial 1. Evitativa
2. Esquizoides 2. Borderline 2. Dependente
3. Esquizotípicas 3. Histriônica 3. Obsessivo-compulsiv
4. Narcisista Sintomas
Sintomas Sintomas Ansiosos ou medrosos
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Esquisitos e excêntricos
Dramático, emotivos e
Erráticos Neuroses
Psicóticos Patologias fronteiriças
Aos transtornos podem ser associado as fases instintuais do
Freud segundo a tabela a seguir. Pode haver as patologias
mais primitivas são aquelas que surgem mais cedo no bebê
ligadas a fase oral ligada ao autismo e simbiose.
Só para tentar compreender os agrupamentos grupos (A, B, C)
com o que é mal adaptativo a partir dos anos inicias com falha
do ambiente a partir do temperamento do bebê.
Grupo A (Psicóticos) falhas precoces na fase;
o Fases instituais: oral
o Separação individuação: autismo, simbiose
o Crises psicossociais: confiança e desconfiança
O grupo B (doenças fronteiriças)
o fases instintuais: anal
o separação individuação: diferenciação,
reaproximação
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o crises psicossociais: autonomia x dúvida/vergonha
O grupo C (Neurose)
o fases instintuais: fálica
o separação individuação: constância objetal, complexo
de édipo
o crises psicossociais: iniciativa x culpa
É frequentemente as pessoas apresentarem transtornos da
personalidade de grupos diferentes concomitantemente;
Modelo categorial x dimensional
o Psicopatologia categorial: transtorno individualizáveis,
com fronteiras bem delimitadas.
o Psicopatologia dimensional: como pertencentes á um
espectro hipoteticamente mais adequado à realidade
clínica.
No modelo categorial os transtornos são individualizados com
fronteiras bem delimitadas. Já modelo transtorno dimensional
ele serve para dar dois diagnostico como um indivíduo ser
borderline e histérico em algum momento, facilita o
diagnóstico na prática clínica.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE SEGUNDO MANUAL DE
DIAGNOSTICO - CSM - 5
A. Um padrão persistente de experiência interna e
comportamento que se desvia acentuadamente das
expectativas da cultura do indivíduo. Esse padrão manifesta-se
em duas (ou mais) das seguintes áreas:
1. Cognição (i.e., formas de perceber e interpretar a si
mesmo, outras pessoas e eventos).
2. Afetividade (i.e., variação, intensidade, labilidade e
adequação da resposta emocional).
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3. Funcionamento interpessoal.
4. Controle de impulsos.
B. O padrão persistente é inflexível e abrange uma faixa ampla
de situações pessoais e sociais.
C. O padrão persistente provoca sofrimento clinicamente
significativo e prejuízo no funcionamento social, profissional ou
em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
D. O padrão é estável e de longa duração, e seu surgimento
ocorre pelo menos a partir da adolescência ou do início da fase
adulta.
E. O padrão persistente não é mais bem explicado como uma
manifestação ou consequência de outro transtorno mental.
F. O padrão persistente não é atribuível aos efeitos
fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso,
medicamento) ou a outra condição médica (p. ex.,
traumatismo craniencefálico).-
Obs: se tiver dois critérios pelo menos A e B já considera um
tipo de transtorno, e deve ter um tipo de sofrimento envolvido
para o diagnóstico. Em E e F deve descartar outros critérios de
padrão de personalidades devido a outras condições médicas
como traumatismo, efeito de substâncias como drogas ou
experiência de guerra. Os transtornos aqui descritos estão
envolvidos alterações nas fases iniciais de vida.
Traços x transtornos
Traços de personalidade são padrões persistentes de
percepção, de relacionamento com e de pensamento sobres o
ambiente e si mesmo que são exibidos sem uma ampla gama
de contextos sociais e pessoais. Os traços de personalidades
constituem transtornos da personalidade somente quando são
inflexíveis e mal adaptativos e causam prejuízo
funcional ou sofrimento subjetivos significativos.
Diagnóstico
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Embora uma única entrevista com o individuo seja algumas
vezes que suficiente para fazer o diagnóstico, é
frequentemente necessário realizar mais de uma entrevista
e espaça-las ao longo do tempo - avaliação longitudinal
A avaliação pode ainda ser complicada pelo fato de que as
características que definem um transtorno de
personalidade podem ser consideradas problemáticas pelo
indivíduo (i.e, os traços são frequências egossintônicos).
Para ajudar o superar essa dificuldade, informações
suplementares oferecidas por outros informantes podem
ser úteis pelos familiares.
Desenvolvimento e Curso: adolescência e início da vida
adulta? É a partir daqui que ocorre algo que está errado, mas
não pode fechar diagnóstico, pela condição da vida de ter
características de manha da adolescência que se assemelham
ao sintomas de transtorno.
Questões Diagnósticas relativas ao gênero: determinados
transtornos mais verificados em homens ou mulheres.
Algumas questões adaptativas da fase de desenvolvimento
estão relacionadas como são conduzidos pela educação
diferente do menino e da menina.
o Mulher: Borderline e histriônicos
o Homem: antissocial e narcisista
Questões diagnósticas relativa à cultura
Diagnóstico diferencial: comorbidades e personalidade pré
mórbida (como era o indivíduo antes da doença).
Transtorno da Personalidade Paranóide 301.0 (F60.0)
A. Um padrão desconfiança e suspeita difusa dos outros, de
medo que suas motivações são interpretadas como
malévolas, que surge no inicio da vida adulta e está
presente em vários contextos, conforme indicado por
quatro (ou mais) dos seguintes:
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1. Suspeita, sem embasamento suficiente, de estar sendo
explorado, maltratado, enganado por outros.
2. Preocupa-se com dúvidas injustificadas acerca da
lealdade ou da confiabilidade de amigos e sócios
3. Reluta em confiar nos outros devido a medo infundado
de que as informações serão usadas maldosamente
contra si.
4. Percebe significados ocultos humilhantes ou
ameaçadores em comentários ou eventos benignos
5. Guarda rancores de forma persistente (i.e., não perdoa
insultos, injúrias ou desprezo).
6. Perece ataques a seu caráter ou reputação que não são
percebidos pelos outros e reagem com raiva ou contra-
ataca rapidamente.
7. Tem suspeitas recorrentes e injustificadas a cerca de
fidelidade do cônjuge ou parceiro sexual.
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de
esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressivo com
sintomas psicóticos ou outro transtorno psicótico e não á
atribuível aos efeitos fisiológicos de outra condição médica.
NOTA: se os critérios são atendidos antes do surgimento de
esquizofrenia, acrescentar “pré-mórbido”, isto é “transtorno de
personalidade paranoide “pré-mórbido”.
Transtorno de Personalidade Esquizoide 301.20 (F60.1)
A. Um padrão difuso de distanciamento em relações
sociais e uma faixa restrita de expressão de emoções em
contexto interpessoais que surgem no inicio da vida adulta e
estão presentes em vários contextos, conforme indicado por
quatro (ou mais) dos seguintes;
1. Não deseja nem desfrutar de relações íntimas, inclusive
ser parte de uma família.
2. Quase sempre opta por atividades solitárias
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3. Manifesta pouco ou nenhum interesse em ter
experiências sexuais com outra pessoa
4. Tem prazer em poucas atividades, as vezes nenhuma
5. Não tem amigos próximos ou confidentes que não
sejam os familiares de primeiro grau.
6. Mostra-se indiferentes ao elogio ou à critica de outros
7. Demonstra frieza emocional, distanciamento ou
embotamento afetivo.
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso da
esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressivo com
sintomas psicóticos, outro transtorno psicótico ou transtorno
de espectro autista e não é atribuível aos efeitos
psicológicos de outras condições médica.
NOTA: Se os critérios são atendidos antes do surgimento de
esquizofrenia, acrescentar “pré-mórbido”, isto é, “transtorno
de personalidade esquizoide “pré-mórbido”.
Obs: parecido com espectro altista, mas deve avaliar de há
algum tipo de sofrimento ai considera um tipo de transtorno,
mas o individuo consegue se adaptar com o tempo. O que
transtorno esquizoide tem origem alteração psíquica
relacionado ao desenvolvimento dos anos iniciais, em quanto,
a esquizofrenia tem origem pela disfunção orgânica/biológicas.
Transtorno de Personalidade Esquizotípica 301.22 (F21)
A. Um padrão difuso de déficits sociais e interpessoais
marcado por desconforto agudo e capacidade reduzida para
relacionamento íntimos, além de distorções cognitivas ou
perceptivas e comportamento excêntrica, que surge no
inicio da vida adulta e está presente em vários contextos,
conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:
1. Ideias de referência (excluindo delírios de referência -
remete algo que se refere a ele).
2. Crenças estranhas ou pensamento mágico que
influenciam o comportamento e são inconsistentes
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como as normas subculturais (p.ex., superstições,
crença em clarividência, telepatia ou “sexto sentido”;
em crianças e adolescentes, fantasias ou preocupações
bizarras).
3. Experiência experiências perceptivas incomuns,
incluindo ilusões corporais.
4. Pensamento e discurso estranhos (p. ex., vagom
circunstancial, metafórico, excessivamente elaborado
ou estereotipado).
5. Desconfiança ou ideação paranoide
6. Afeto inadequado ou constrito.
7. Comportamento ou aparência estranha, excêntrica ou
peculiar.
8. Ausência de amigos próximos ou confidentes que não
sejam parente de primeiro grau.
9. Ansiedade social excessiva que não diminui com o
convívio e que tende a estar associada mais a temores
paranoide do que a julgamentos negativos sobre si
mesmo.
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de
esquizofrenia, transtorno bipolar ou depressivo com
sintomas psicóticos, outro transtorno psicótico ou transtorno
de espectro autista.
Nota: Se os critérios são atendidos antes do surgimento de
esquizofrenia, acresentar “pré-mórbido”, isto é, “transtorno de
personalidade esuizotipica (pré-mórbido)”.
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE GRUPO:
CARACTERISITCAS GERAIS
Mecanismo de defesa mais primitivos (negação, projeção)
Prevalência de 3 a 5% dependendo da amostra estudada-
maior na população geral que em pacientes em tratamento
psiquiátrico
Mais frequente em homens do que mulheres
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Diagnóstico diferencial de Esquizofrenia, Tr esquizoafetivo
e Tr. Delirante (Paranóide e Eszquizotípica) e espectro
autista (Esquizóide).
Curso crônico pouca mudança ao longo da vida.