Irn1âs Don1inicanas de Sta.
Catarina de Sena
NOVENA
NOVE MODOS
DE 0RAR
Uma proposta das Irmas Dominicanas de
Santa Catarina de Sena
COMO DOMINGOS
Nossa oraçao, busca ardente do rosto de Deus, vivida
pela multiplicidade de rostos encontrados no cotidiano
e interpelada pelas situaçoes, prolonga no tempo a
intercessao de Domingos, a quem lhe foi dada uma
graça especial de oraçao pelos pecadores, pelos
pobres, os aflitos.
Constituiçëes no. 48
- - - - - - -.SÂO OOMINGOS
lt
1
1.
rNDICE
34 lN RODUÇÂO u 14 D•A S:
Ctv i.... l\ 000 0 ORAR
s 6 DIA 1: 1s 16 Dt A 6 :
r 11 E.I RO MODO OE DRAR lu MO 0 D RAR
7· 8 DtA 2 : i1 la DIA 7 :
û üO MODO DE ORAR MODO 0 ORAR
9c 10 DI A 3 : t9 20 DIA 8 :
1i.: ~ MODO D 0 AR VI J ~ MODO DE ORA (
1112 Dl A 4 : 21 . 22 DI A 9 :
~ui"\ TO MODO D ORAR r u u 1 000 DE ORAR
--
1 -
INTRODUÇÂO
, .
0 QUE SÂO OS MODOS DE ORAR DE
SÂO DOMINGOS?
É. uma narraçao, sur1gida nos,finaiis.do s,éc. Xlllll,
ue
iq1 e r11.t a o.s. nov1e m ()dos. as a.Ut udie s
r1
postu ras ciorpora Ïfs, 1 gestos, reX{priess~es 1e
pal!avras de S. Domën1gos 1em seus momentos de
oraçii.(). Es,t a narraçâo v1em acom pan hacla ciom
ffu s.traçôes....
0 QUE NOS PERMITEM CONHECER SOBRE SÂO DOMINGOS?
Mostram-n1o s Oomin1gos, 1
envia.do durante o di;a, transbor1dante pelo 1d1es,ejo de Deus 1
e de
noitie, a sua cança.().
lambém nos mos.tram o s,eu ·carâtie r, sua 1e x,peri:ênora die Deus 1e no proféUoo. De fato,
a narraçii:0 1em r1epetç3:0 mecantca para atcan·ç ar. a p.a.rur do 5o. mooo, menofona a
devoçâo, 0movëmento 1qrue surine re xpl&oitamente 1oomo traços,1d entro, assim oomo 0
1 1
= fara.o os, proféUcos.. E.st en de-se aqu i a tgu mas fào rëmas 1e g rüos, 1q;ue fazJem parte do
prof1etis.mo, 1q ue se 1ex.,pr1e ssa na pas,sa.gem por sua 1ex.,pertên·c ia de oraçâo. ond e sem
1
1 1 1
a
rupturas vai ~a oraçâo açüo; 1est ao sem1nie presentes, na transformaçao 1e aouidade
q;ue nos irmaos {o.s, pecadoriesJ os pobres, provoca na On1em a seus,frad e-s, os
1 1
· jovens.co) da vida a,postoctca e a.o govie rno 1 da vi'da 1diii.ri~.
A qlueres 1q;ue 0 .oonheoeram sao unânëmes 1em man ~sfes,tar f&SO.
1
Seus 1oont1emporân1eos. s,e sentiram surprieemlldos ·oom 1es.t a 1grande 1expertên oh1,
atraidos. por sua oraçaoJa ponto ide 1q;ue Jon:l.a.o 1da S.axrêmfil, seu suœs.sor , em 1e spr1eita
f,ao 1dËr1e ta: nourante 0 dit(l-f testemunhos de 1oomo a oraçü.o impunsronava. nin1gué.m maiis
afâv1ell 100m OS frades OU iem sua Vida 100tidiana 1e, 1em 1es,peciial rél;QS 1oomp:anheËros;;
nËn1guém mails,aregre. Pera.s 1gram:les. d1eo~oos para sË1e para a nojfte, nënguém ma~s.
persevie rante na Ord1em, .oomo por 1 e x1
emplo, o 1
envio "das vigirra.s 1e oraçôes por todos
de dOf& 1 em dO~S.n •do peq;ueno 1grupo die modo.Sc.. Eintr1egava Odia. a ~eus, frad 1eSJIQ1Ue 100m
tanto 1 e sfor1çio os tin ha proximos.l a noü1e a Deus, oonv1encirdo i0omo 1es,tava de que o
oons·eouido r1eun ir a sua prëmeËra 1oomunrdad1e.
S·enhor havra 1
~rirnis IJ)om inOC:anas d'.e St a. Cat arina d~e Sena
.
' ........
L
0 QUE NOS CONTRIBUEM PARA HOJE?
Permitem-nos reconhecer o va lor do geste e das posiçêies corporais na oraçao
pessoa l e comunitaria, para poder expressar corn a postura corpora l, corn as
maos e corn a direçao do olhar, o que brota de nosso interior em oraçao.
Recordam-nos plasticamente as atitudes e pa lavras do orante na Biblia, das
quais Domingos se a lmentava em sua experiência pessoa l.
Convidam-nos a dar à oraçao, o lugar fundamenta l que deve ter na vida de
todo disd pulo de Jesus e a recria-lo diariamente corn a novidade do E;pirito
Santo.
COMO REZAR ESTA NOVENA?
Para cada dia sao apresentadas a imageme
a descriçao do modo de orar, junte aos
textos da Pa lavra de Deus, nos quais
Domingos se inspirava, seja pe la pJstura,
pa lavras ou atitudes que e las expressavam.
Em a lguns casas, faz-se referência as
indicaçêies que Domingos dava a seus
frades para a oraçao.
Par ultimo, sao dadas a lgumas orientaçêies
que podem ajudar a entrar na experiência e
a levar-te um convite para continua-la ao
longe do dia.
~~
' ~-. lrmas Dominicanas de Sta. Catarina de Sena
1o. D 1A
'?ldo "'" t!ÛfJ•o ile tpte
e.tdtd4 . . 9G.s4
.Mt&J.•
DESCRIÇÂO DO MODO
'lnclinava-se diante do altar, como se Cristo, nele
representado estivesse ali real e pessoalmente e, nao
apenas de maneira simbolica. (... )
Ensinava os frades para que fizessem assim! sempre
que passassem diante do crucifixo, que se rebaixou
por nossa causa até o extremo, nos visse inclinado
ante sua majestade."
12 MO D O D E ORAR
L
n·t1
PALAVRA DE DEUS
''A oraçào daquele que se humilha perfurarâ as nuvens. ·• fSI 35, 21)
''Sempre te foi grata a sup/ica dos humildes e dos pacificos... (Jdt 9, 16)
'Por sua humifdade obtiveram o que pediam a cananeia."(cf. Mt 15, 21-28)
e o fi/ho prôdigo (cf. Le 15, 18-24)
" Nao sou digno de que entreis em m inha morada. "(Mt 8,8)
"Humilha mais, Senhor, meu espirito; pois diante de Ti, Senhor, me prostrei
sempre. "(SI 108, 107)
1 PARA ENTRAR NA EXPERIÊNCIA
Dedica tempo para observar a imagem e trata de perceber o que xpressam as
maos. os olhos. a postura co~ooral.
Repita lentamente a frase biblica que acornpanha a imagern, ou algurnaas das
que citamos acirna.
Abra-te corn hurnildade ao Deus misericordioso, que quer entrar ern tuaa rnorada.
Seo desejas, expressa corn o teu corpo e tuas palavras. esta disposiç3o.
Suplica corn humildade o dom da rnisericordia e, faca chegar ao Senhor, as
sûplicas de teus irrnaos e irmas. as necessidades daquele·s que jâ nao se
animam a pedir e a confiar, o grito da terra, a nossa Casa cornum.
Se é urn rnornento de oraçao comunitâria, estas sûplicas podem ser feitas ern voz
alta .. Leva neste dia o desalio de rnanter a atitude de confiarnça e de atravessar as
nuvens corn o teu coracao para apresentar a Deus, as necessidades do
rnundo. 1dO.
lrrnas Dorninicanas de sta. Catarina de Sena
2o. D 1A
"Oh, Deus! Tende
compaixao deste
11
pecador.
DESCRIÇAO DO MODO
0 bem-aventurado Domingos, também orava, corn frequência
estendendo-se no solo par inteiro, apoiado sobre o rosto. Sentia-se arre-
pendido em seu coiraçao (... ) e chorava e gemia corn força."
"E exortava os jove11s frades corn estas palavras: Se nao podeis chorar
par vossos pecados, que acaso nao tenhais, sao muitos os pecadores,
pelas quais cabe pedir miseric6rdia e caridade. Par eles gemeram os
profetas e os ap6stolos; par eles Jesus chorou amargamente ao vê-los
(cf. Le 19, 41) e o santo Oavi chorava do mesmo modo, dizendo: Vi os
infiéis e, senti desgosto, porque nao observavam a vossa
promessa." (SI 119, 158)
o D1
DO
0
Levantando- e do so:lo iscipr nava-se com
uma corren e de ferro."
MO 0
L
"Dos profundezas
Q Ti grito,
Sent.or''
PALAVRA DE DEUS
-rua disciplina me adestrou para o combate. • (Salmo 18, 3SJ
"Das profundezas a TI grlto Senhor. ., (SI 129)
PARA ENTRAR NA EXPERIÊNCIA
Dedica tempo para observar a imagern e. trata de perceber o que expressa esse cor-
po , que experimenta a dor_ Trata-se de uma pratica que deixou de ser utilizada.
porque ha outros meios de se viver a empatia corn a dor dos demais e, expressar a
dor pela proprio pecado _ No entanto na época de Domingos era algo habituai_
Busca perceber a atitude interior, que o move a dividir a dor de Jesus em sua paixâo.
a dor dos crucificados de hoje. a dor pelas injutiças e pela violência _
Repita lentamente. a frase bîblica que acompanha a imagem_ ou algumas das citadas
. .
mais ac1ma _
Abra o teu coraçâo à dor da humanidade e da Casa comum.
Se desejares. expressa corn o corpo e palavras , esta disposiçao.
Grita a Deus, do fundo da dor das vîtimas dos delitos mais cruéis , coma o trâfico de
pessoas, os abusas sexuais . a tortura, s guerras. Suplica para o mundo. a reconci-
liaçâo e a paz_
Estas petiçôes podem ser feitas em voz alta, se o momento é de oraçao comunitâria .
Neste dia, leva o desafio de te inforrnar sobre a realidade de violência e injustiça, da
quai nao saibas muito. para poder te solidalizar corn ela e, apresentar ao Senhor a
a tua oracao.
~
lrmas Dominicanas de Sta_ Catarina de Sena
"Senhor, se queres
podes me limpar.11
DESCRIÇÂO DO MODO
Diante do altar no Capîtulo fixava o olhar no crucifixo e, o contemplava corn
1 1
suma atençâo, dobrando os joelhos, repetidamente, até cem vezes, inclusive
quando acabavam as completas até à meia-noite (. .. ).
Entao, invadia-lhe uma imensa confiança na miseric6rdia de Deus, par si
proprio, par todos os pecadores e para a salvaguarda dos frades noviços,os
quais enviava de um lugar para outra. para pregarem às aimas.
Algumas vezes, nâo podia conter a sua voz e, os frades o ouviam dizer: "A Ti,
Senhor, estou clamando, nao me guardes silêncio, porque se Tu nâo me
escutas, serei coma os que descem à fessa (SI 28, 1) e, outras expressoes
semelhantes da diivina Escritura. Porém, outras vezes falava em seu co-
raçâo sem que fosse possivel, em absoluto, perceber a sua voz. (...)
Acendia-se em um imenso desejo, coma o sedentoque se aproxi- 0
.ma da fonte ou o P-eregrino que chega à sua pâtria.
~~--,_~~
lrmas Dominicanas de sta. Catarina de Sena
~~~~~~~ ---~~
4!! MODO DE ORAR
L
. ,--.
"Senhor se ......... c
lpodes me
limpar"
PALAVRA DE DEUS
"Senhor, se queres, podes me limpar" (Mc 1, 40)
"Senhor, nâo leves em conta, este pecado." (At 7, 59)
"A Ti, Senhor, estou clamando, nâo me guardes silêncio." (SI 28)
PARA ENTRAR NA EXPERIÊNCIA
Dedica tempo para observar a imagem e imagina os seus moviment os repetidos,
ajoelhando e levantando.
Repita lentamente a frase biblica que acompanha a imagem, ou algumas das
citadas mais acima.
De1xa-te mvad1r pela cont 1ança na m1ser1c6rdia de Deus, por seu amor, que
t ransforma o mundo nas inf init as possibilidades de vida e de esperança, que ha ao .
redor e , que o Espirit o sustent a corn o seu sopro dia a dia.
Se o desejas, ex pressa esta disposiçêio corn o teu corpo e tuas palavras.
0 Pai misericordioso, escuta a tua voz, inclina o teu coraçêio para receber Sua
miseric6rdia, levanta o teu ser para ser testemunha de Sua luz no mundo. Deixa
que esse movimento de receber e dar, de contemplar e anunciar, se torne parte de
teu ser. Contempla a Deus, como ao Pai que espera de longe, a volta do filho
pr6digo , perceba a Sua compaixêio e alegria.
Dominaos rezava oor si or6orio. oelos oecadores. oor seus irmêios frades. Clama a
Deus por tuas necessidades e pelas que pedem oraçêio, pelas que perderam a fé,
...,que estêio submersas na a nqus·tia.
· •Desafio: de compartilhar uma mensagem de esperança, ciment ada na
miseric6rdia de Deus.
Irmêis Dominicanas de S ta. Catarina de Sena
S9 DIA
11
Tirarêio âgua dos
fontes
da salvaçélo com ,
alegrio . 11
DESCRIÇÀO DO MODO
Algumas vezes, quando morava no convento. o santo pai Domingos, se pu-
nha de pé, diante do ahar, corn o corpo erguido sobre os pés, sem nenhum
apoio ou escora corn as maos em reverência e devoçao, como se estivesse
lendo diante de Deus. Notava-se, entao, pela boca que sussurava palavras
divinas e, como se as dissesse docemente a si mesmo (..• ).
Ern outras ocasiôes, enlaçava as màos e as mantinha apertadas corn força,
diante dos olhos, recolhendo-se sobre si rnesmo, ou levantava-as até os
1
ornbros, como o sacerdote faz, quando celebra a Missa, como se quisesse fi-
xar seus ouvidos em algo para perceber rnelhor o que o outro lhe diz. Tinhas
que ter visto a sua devoçào, enquanto rezava assirn, quieto e erguido. Terias,.
sem dûvida, tornado-o por urn profeta, que por rnomentos falava corn um
anjo ou corn Deus. Escuta-os . ou refletia em silêncio sobre o que lhe havia
sido revelado.
Inclusive, viajava, quando podia, tirava um tempo furtivamente para rezar
e, de pé, nesse instante se elevava corn toda a mente ao céu. Logo podias
ouvi-lo pronunciar palavras corn suavidade e corn ternura, algumas extraidas
da medula e conteûdo da Sagrada Escritura.
..
.
s~ M O DO Df OR.AR
"Tirario clgua du
fontes da safwafio
COlft
a..-:..
ca-,. .-.Il iitt.
•
PALAVRA DE DEUS
(Lc 4, 1fi,)
'"Jesus se le·v antou para le·r"' 1
'"Levantou-Se Fi neias e orou e a pra·g a foi detida."' Sal 11061, 3'0)
1 1
nTirarào âgua das font1es da salvaçào, 1c om alegria.ni {ls 12, 3)
'"Assim sera a palavra 1q ue sai da minha boca, nào voltara a mim, v azia, mas
cumprira a minha vontade. '" (ls 55, 11)
PARA ENTRAR NA EXPERIÊNCIA
Oedka tie mpo para observar a imagem, segure-a em suas màos 'e contempla os
movimentos que nos narra o t exto. R1e·pita l·e ntam·e nte· a frase bibli·ca 1que
1
aoompanha a ima·g em, ou algumas das dtadas acima. A postura 1e r1g uida nos
fala de permaneoer, estar atento, firm·e , disponiv et As mà·o s 1ex.pr1essam uma
1
1escut a 1q ue se da ~om todo o nosso se·r. Elas 1criam 1e spaço para receber a Pala -
vra , geram intimida.d e no encontro, abr1em-Se para dar lugar a outr1o:s. Deixa
1
1q ue teu 1c oraçào se abra 1 c om um livro na presença de Deus, deixa -0 v er o 1q ue
1
ocultas ao:s demais, ou a ti mesmo, abra-t1e à transpariência. Seo desejas,
1e xpr1essa esta disposi·ç ào 1o om o teu corpo e tuas palavras.
0 Deus da misericbrdia se alegra 1o om a tua pr esença, com o teu 1c oraçào
1 1
aberto à sua Palav ra 'e 1q uer te pr,e sentear ~om a agua da vida em abundància.
Permaneça de pé 1e m sua pr1 e sença, corn 1o onfiança, ate·nçao e aberttura.
Ani ma-te· a ser um inter,cessor, a estar de pé por a.queles 1q ue nào tiê m foriça
para faziê-lo, a estar aberto por aqueles que fecham o coraçao ao amor e à
1 1 1
r1econcilia·ç ào, a ser transpar,e nt,e, por todos os 1q ue semeiam escuridao 'e
1c orrupçao. Apr1ese·nta-Lhe todas as situa·ç ôes de 1q ue· necessitam, de mao s
1
abertas 1que aoolham a miseri oôrdia. L1e·v a o desafio d e· 1conv·e rter algum mo-
mento de espera 1em momento d e 1escuta, recolhim·e nto 1e inter,c,essào.
1
lrmàs Oominicanas de Sta. Catarina de Sena
69 DIA
"Estendo as minhas rnGos
para Ti. a minha Te deseja.
como terra sem agua. Il
DESCRIÇÂO DO MODO
"Certa vez, o santo pai Domingos, foi visto orando corn as mâos e os braços
abertos e estendidos corn força à sernelhança de cruz, quanto lhe era possivel,
mantendo-se de pe' . Deste modo orou, quando Deus par sua oraçao reanimou
o jovem Napoleao, na Sacristia de S. Sixto de Roma e, se elevou do solo, na
jgreja, enquanto celebrava a Missa, segundo nos contou a piedosa e santa s6ror
.Cedlia, que estava presente e o viu corn urna multidao de pessoas ( ... }.
Também rezou da mesma maneira, quando em Tolosa, livrou peregrinos
ingleses do perigo de se afogarem no rio.
Esta forma nao era frequente no santo varâo de Deus, Oomingos, salvo quando
inspirado por Deus, compreendia que algo grandiose e surpreendente ia
acontecer em virtude da oraçâo.
PALAVRA DE DEUS
Elias reanima o fi/ho da viuva. (1 Re 17, 21)
Oraçiio de Jesus na cruz. (Le 23, 46)
·o proprio Cristo fes oraçiio e suplicas corn gritos e /{!grimas a quem podia sa/va-Io da
morle e, foi ouvido por sua atitude reverente. (Heb 5, 7)
. "Senhor, . Deus da minha salvaçiio, de dia Te chamo e de noite grito diante de Ti. A Ti,
Senhor, c/amei todo o dia, estendo as minhas m iios para Ti.• ((SI 88, 2, 10)
"Senhor, escuta a minha oraç?o, presta ouvidos à minha suplica, escuta-me em tua
verdade e em tua justiça. (SI 143, 1.6-7)
PARA ENTRAR NA EXPERIÊNCIA
Dedica tempo para obseivar a imagem, segure-a em seus braços, suas macs, seu
olhar. Repita lentamente a frase bîblica que acom panha a imagem, ou algumas das
citadas mais acima.
Hâ situacëes de morte que nos unem a Jesus crUJcificado. A li nos encontramos vulnerâ-
veis e de.s protegidos diante da violência e da morte que nos golpeia. À s vezes, essa
experiência é a de muitas pessoas que nos rodeiam . Outras vezes, a sentimos longe e,
preferimos nao nos aproximarmos . É também a ex periência de tantes cantos de nosso
planeta, devastaqdos pela ambiçaoque explora e destréi.
Dessas situaçëes , hoje rezamos corn nossa vida desdobrada e frâgil.
Se o desejares, expressa esta disposiç§o corn o teu corpo e tuas palavras .
Unido a Jesus em sua paixao, suplica ao Senhor pela vida, salvaçao, saude, cura das
feridas, restauraçao dos vînculos rompidos,amizade social e fraternidade universal.
Se é um momento de oraçao comunitâria, estas petiçëes podem ser feitas em voz alta .
Neste dias, leva o desafio de contemplar detidamente, a Jesus crucificado para aprender
corn seus braços estendidos
lrm§s Dominicanas de Santa Catarina de Sena
·o .
7 . D 1A
11
. 0 levantar de minhas maos
""
como sacriflcio vesper.tino"
DESCRIÇÂO DO MODO
Cern frequência era visto elevando-se para o céu, coma flecha aguda lan-
çaja direta para o ato por um arco em tensao, corn aE maos levantada$
cxom força par cima da cabeça, entrelaçadas entre si, ou um pouco aber-
tas para receber algo de cima. Cree-se entâo, que lhe aumentava a gra;a.
1
E que no meio do arrebatamento, supricava a Deus, o~ dons do Espirito
Santo, em favor da Ordem que acabava de fundar e o~ saborosos frutos
para praticar as bem-aventuranças. (V1t 5, 3-10), para si e para os frades
(...). Depois desta oraçao , em suas maneiras de corrigir, governar ou
praticar se portava coma um profeta_
7!! M ·O CO OIE ·O · RAR
"O .ls vutr tk mi41ha L
miios - - rifi-
eie v •
PALAVRA DE DEUS
"Converteu a minha boca em uma espada afiada, escondeu-me o
amparo de sua mao, t ransformou-me em flecha pungente." ( Is 49, 3)
"Escuta a voz de minha suplica, quando me dirijo a Ti e, estendo as
maos para o teu Santo Templo." ( SI 28, 2)
"E agora, bendizei ao Senhor todos os seus servos, de noite dirigi
vossas maos para o lugar santoe, bendizei ao Senhor." ( SI 134, 1-2)
"A Ti, Senhor, clamei, escuta-me, atende a minha voz quando Te cha-
mo; o levantar de minhas maos, como sacriffcio vespertino." { SI 141, 12)
PARA ENTRAR NA EXPERIÊNCIA
Dedica tempo observando a imagem, segure - a em seus braços, suas mâos, seu
olhar.
Repita devagar a frase bîblica que acompanha a imagem ou algumas das citadas
mais acima . O desafio da oraçâo é atravessar as nuvens, chegar ao céu . Sâo
maneiras de expressar distância que experirmenta ante o Mistério. Domingos se
faz de flecha, deixa ser lançado para encurttar distâncias.
Anima- te a aceitar a distância que experimentas, os limites das palavras e irma-
gens para entrar neste diâlogo de amor. O tempo de pandemia nos ofereceu mi -
lhares de experiências novas de distância. E nos fez buscar criativamente novas
formas para nos aproximarmos . Levantar as mâos, é nos esticarmos para nos
fazermos pr ôximos, mesmo conhecendo nossa pequenez.
Estenda tel!J ser para dizer a Deus, o quanta desejas a Sua presença e proximi -
dade . Se o desejas, expressa esta disposiçâo corn teu corpo e tuas palavras . Se
nos orientamos e nos dirigimos para Deus, encurtamos as distâncias separand :9-
Lnossos irmâos( as ) . Expressa os teus desejos de proximidade corn o Senhor e, em
to.d o movimento arrasta todos os que vivem longe, a ausência, a solidâo, o
°"\duelo . Se é um momento de oraçâo comunitâria ( ... ) Desafio : aproximaF- .-11111
te die alguém que vive em solidâo ; levar as suas necessidades a DeGs .
ç-
'. Irmâs Dom in ica n as de Sta . Catarin a de Sen a
8° D I A
11
Esçu1-arei o que da
o Sent.or"
DESCRIÇAO DE MODO
11
0 santo pai Domingos t inha tambêm outro belo modo de orar, devoto e
harmoni oso. Justo depois das horas canônicas ou da açao de graças que se da em
comum, depois do almoço, o sébrio e delicado pai, levado pelo espîrito de de-
voçao que lh e haviam provocado as divinas palavras cantadas no coro ou depois da
reparaçâo, retirava-se a um lugar afastado, em sua cela ou outro lugar para Ier ou
orar, entretendo-se consigo mesmo e, estando corn Deus.
Sentava-se tranquilo e abria um livro. Feito o sinal protetor da cruz, começava a
Ier. Sua mente se acendia docemente, como se ouvisse o Senhor que lh e fa lava
(... ) Pelos gestos de sua cabeça, dir-se- ia que discutia mentalmente corn um
companheiro. Pois de imediato, era vistoimpaciente, como que escutando tran-
qu ilo; discutin do e debatendo, rindo e chorando por sua vez; fixando o olhar e
baixando-o, de novo falando baixo e , batendo no peito (... ), o varâo de Deus
tinha esse costume orofêtico de oassar sem solucâo de continuidade da le itura
à oraçâo e , da meditaçao acontemplaçao.
Quando lia sozinh o, desta maneira, fazia reverências ao livro, inclinava-se a e le e,
às vezes o beijava, sobretudo se fosse um cédigo evangélico, li a as palavras que
Cristo pronunciou corn sua pr6pria boca. Às vezes, escondia o rosto e o virava
ao outre fado; cobria o rosto corn as maos, ou o cobria lige iramente corn o
escapulario.
/ 8 !! MODO DE ORAR
_J L
''Ouvirei o que
clizo~
PALAVRA DE DEUS
"Ouvirei o que o Senhor Deus me fala, po is falarâ de paz para o seu povo,
para os seus santos e para os que se convertem de coraçao." (SI 85, 9)
Moisés, pene trando no deserto, conte mplando a sarsa ardente e, prostrando-se
diante do Senhor que lhe falava. ( Ex 3, l s
"Ouvire i o que diz o Senhor." {SI 84, 9)
PARA ENTRAR NA EXPERIÊNCIA
Dedica te mpo, observando a imagem, sua postura, suas maos, seu o lhar.
Repita le ntame nte a frase bîb lica que a acompanha, ou algumas das citadas mais
acima.
Nestes te mpos, vamos caindo na dispersao e, cada vez mais, se torna mais d ifîcil a
leitura pausada, a concentraçao, a escuta. E, no e ntanto, como é importante cultivar, -
cuidar ou recuperar o gosto para passar te mpo corn o Senhor, escutâ-Lo, estar corn
Ele !
Procura fazer silê ncio para poder abrir-te à escuta; coloca-te num lugar t ranquilo.
Dedica te mpo para Ier algum te xto bîblico que te ajude a te e ncontrar corn a
miosericérdia de De us. Abra-te à escuta do que o Senhor que ira te dizer.
Seo desejar, repita alguma frase. Se for um mome nto de oraçao comunitâria, podem
ser compartilhadas as ressonâncias.
Nest e dia, le va o desafio de ded icar te mpo à escuta do Se nhorna leitura de Sua
Palavra.
lrmas Oominicanas de Sta. Ca tarina de Sena
9 2 DI A
•
•
DESCRIÇAO DO MODO
Este modo o praticava, quando viajava de uma parte a outra , de maneira especial,
quando coicindia num lugar solitârio. Desfrutava corn suas meditaçéies na contempla-
çao. Para isso, às vezes se afastava do companheiro, adfiantando-se a ele, ou, corn
mais frequência, seguindo-o de longe. E guardanâo distância, orava e caminhava,
acendendo em sua meditaçao como o fogo.
Os frades se convenceram de que, neste modo de oraçao, o santo alcançou a inteli-
gência plena da Sagrada Escritura. e a entranha das palavras divinas, uma surpreen-
dente autoridade para pregar corn ardor e, na familiaridade secreta corn o Espirito
Santo para conhecer as coisas ocultas.
~
' ...
~·
9 1! MI ODO DE O R. A R.
,,
PALAVRA DE DEUS
' Vou tevâ-la a um lugar solitârio e fatarei ao coraçao. • (Os 2, 14)
'Acaso nao ardiam nossos coraçoes, enquanto nos falava no caminho?;' (Le 24, 32)
PARA ENTRAR NA EXPERIÊNCIA
Dedica tempo para observar a imagem, as diferenças corn os modos
anteriores.
Repita lentamente a frase biblica que a acompanha ou algumas das citadas
mais acima. Esta é a oraçao do caminho, a que pode nos acompanhar a todo
momento em nossa vida. Trata-se de buscar a interioridade no meio do
movimento, d'e reco-nhecer o Senhor, coma o companheiro de caminho, o
peregrino dos caminhos da histôria.
Jesus caminha a teu lado, estâ hoje aqui contigo_Acolha a sua presença e a
sua companhia em tua vida cotidiana.
Seo desejas, expressa esta disposiçao corn o teu cortpo e tuas palavras.
Dialoga corn Ele, desfruta de sua presença, alégra-te, vendo-0 compartilhar
tuas tarefas, teus espaças, entrando em teu mundo de relaçoes.
Se for um momento de oraçao comunitâria, pode-se compartilhar em que
momentos ou situaçèies descobrimos a presença de Deus em nossas vidas.
Neste dia de trabalho, leva o desafi o de dialogar corn Jesus que caminha a
leu lado, em diferentes momentos de tua jornada.
-
lrmas DomiJJiç.aruis.de Sta. catarina de Sena
2 0 2 1
)