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Marcio Pina Miranilde Português

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ
CAMPUS CASTANHAL

Português Instrumental

Professores: Márcio Roberto Pina

Miranilde Oliveira

Castanhal

2019
1. EXIGÊNCIAS PARA ESCREVER UM TEXTO CIENTÍFICO

Atualmente, os pesquisadores escrevem muito mais, desde um recadinho para a secretária que trabalha
na residência, mensagens no Instagram, WhatsApp, Snapchar, Twitter, e-mail, post em blog, até textos mais
complexos como, por exemplo, o científico.
No científico, o pesquisador precisa saber:
1) Uli1i72r relações de causa e efeito;
2) Comparar, classificar e confrontar;
3) Formular uma proposição e defendê-la (tese);
4) Definir, ordenar, sintetizar, explicar e comentar;
5) Ser original, entre outros.

Algumas exigências para escrever texto científico


"Quem não se comunica, se trumbica". Nessa famosa frase de Chacrinha, apresentador de televisão,
está latente a ideia de texto. Ou seja, texto é uma unidade linguística que comunica. Segundo Chacrinha, quem
não se comunica, se dá mal, entra pelo cano, trumbica-se. Comunicar, portanto, transmitir informação é uma
das exigências de quem pretende escrever texto científico, que ainda requer outras condições, como clareza,
precisão, concisão e simplicidade.
Referente à redação do trabalho científico, as etapas a seguir, parecem-me fundamentais: adequação ao
Tema de pesquisa, formulação do Problema central ou do Objetivo do estudo e reescrita, um dos âmbitos da
revisão.
A adequação ao Tema de pesquisa é importante, porque garante eficácia ao texto científico e evita que
o pesquisador:
( Perca-se no capítulo da Revisão da literatura, por tratar de subtemas desnecessários ao Problema
Central.
1 Concentre-se demais em alguns subtemas e trate outros de fbrma superficial, tanto na revisão da
Literatura quanto na discussão.
1 Interfira de maneira involuntária na articulação dos diferentes capítulos. Qualquer trabalho científico,
do pôster ao artigo científico, deve estar plenamente relacionado ao Tema e, por sua vez, ao problema
central.
1 Seja dominado por divagações inúteis no capítulo da análise ou Discussão.
1 Redija Análise ou Discussão impenetrável.
1 Escreva de modo previsível (lugar-comum, clichê, chavão, estereótipo).

Não há como negar que a leitura de certos artigos científicos possa ser um pouco previsível. Contudo, a
redação científica expressa nos capítulos da Introdução, Revisão da literatura e da Discussão pode ser mais
atraente, romper com a previsibilidade e equilibrar novas informações com o conhecimento sedimentado. O
texto literário pode partir do clichê para surpreender o leitor, o que não é possível no texto científico.
Assim, quanto mais o pesquisador estiver familiarizado com o Tema de pesquisa, mais facilmente
trabalha. Os subtemas derivados do Problema Central são identificados com rapidez, a estruturação do Sumário
é desenvolvida sem obstáculos e as demais etapas fluem com naturalidade.
A formulação do problema central ou do Objetivo do estudo está vinculado ao Tema da pesquisa, e
juntos formam relação que guia o pesquisador durante todo o trabalho.
Quanto à reescrita, aprende-se muito a escrever ao reescrever. Todavia, muitos pesquisadores não têm
paciência para reler e verificar se o que foi escrito está claro. Aqueles se propuserem a essa tarefa simples vão
melhorar o texto e se aperfeiçoar com mais rapidez.
Deve-se ter em mente que o leitor de texto científico é esclarecido e muito especializado.

Pesquisa científica

2
Aplicar técnicas de redação científica para planejar e redigir tese e artigo científico reflete processo de
pesquisa científica que foi bem conduzido.
Um dos propósitos da publicação científica é contribuir para o avanço da ciência por meio da divulgação de
resultados. Portanto, treinar os pesquisadores e oferecer técnicas de redação científica deve ser uma das
finalidades dos programas de pós-graduação lato e stricto sensu.
Receber treinamento em técnicas de redação científica deveria ser um dos pilares do processo de
aprendizado e de formação acadêmica dos mestres e doutores. Louis-Claude de Saint-Martin (1743 1803) -

ensina sobre o "novo homem", que deve reformular-se exteriormente e, de maneira especial, interiormente,
onde habita o seu verdadeiro "Eu".
A redação científica é ferramenta importante à manifestação de habilidades acerca de conhecimentos
adquiridos numa área cio saber.

2. BLOQUEIOS: VAMOS SUPERÁ-LOS?


Não se pode negar que alguns editores "deixam escapar" artigos com certas infrações que poderiam ser
evitadas. Entretanto, não é desculpa para o pesquisador alegar que seus bloqueios decorrem da repetição das
mesmas ideias em "todos os artigos" sobre aquele Tema e que desse modo não encontra motivação para
escrever. Ora, o discurso pode indicar imaturidade.
A falta de critérios para a exclusão de artigos repetidos pode ser indício de falta de capacidade de análise.
Conforme a profundidade dos conhecimentos, o pesquisador conduz cada decisão à melhor escolha. Portanto,
artigos sem quaisquer novos fatos e que apenas repisam o que está bem documentado, devem ser evitados.
Quem sabe, sejam bloqueios efêmeros e provocados pela tarefa de redigir tese ou artigo científico. O
pesquisador do nosso tempo, isto é, o novo pesquisador, está muito mais preparado, seja para a seleção de
artigo científico, seja de capítulo de livro.
Assim, ao selecionar os artigos numa base de dados bibliográficos para depois produzir texto científico,
toma os cuidados necessários para não "se fechar em seu mundo" nem para "consumir e produzir para si
mesmo". Busca reescrever com muito zelo para toniar o texto cada vez mais claro. Está convicto da importância
da formatação, mas sabe que ela representa apenas o invólucro, uma vez que é o conteúdo que determina se o
texto é ou não eficaz.

Como superar os bloqueios com o Tema


A escolha do Tema de pesquisa deveria começar com as seguintes questões:
1) Do que faço na vida acadêmica e profissional, quais as três ou quatro atividades mais importantes para a
minha vida?
2) Dessas, qual me dá mais prazer em executar?
3) Quais as virtudes, habilidades, talentos ou valores que as outras pessoas veem ou conhecem em mim, e
que podem me ajudar na escolha de um Tema que não cause frustração ao longo do estudo?

Se desde o momento inicial, o pesquisador procurar olhar para dentro de si, poderá descobrir certas
inclinações. Possivelmente, motivação, bom-humor, bem como empatia e criatividade brilharão com muito
mais intensidade e a preparação do estudo terá sentido, pois estimula a força positiva.
Ao empregar os recursos latentes em seu âmago, é certo que o pesquisador terá mais facilidade em
trabalhar com o Tema, pois se ocupa (IC algo que lhe traz satisfação.
Da escolha do Tema até a defesa do trabalho perante a banca examinadora, ocorre grande desenvolvimento
humano que pode ser bem aproveitado quando são despertadas algumas habilidades inatas.
O estudo proposto pelo pesquisador representa quem ele é. Desse modo, não é de se estranhar que ele
mude de opinião e até vá dormir com algumas ideias e acorde com outras. Ainda que hoje a moral esteja um
pouco frouxa, não é motivo para o pesquisador imaginar pouco, criar pouco, ler pouco, pensar pouco.
Mahatma Gandhi, o mais completo educador do século XX, disse: "Seja você a mudança que quer ver no
mundo".

3
E os bloqueios...
A falta de ideias é desculpa muito frequente para não escrever, porém, a evasiva que ganha de todas, é a
falta de tempo.
O naturalista inglês Charles Darwin tinha graves problemas de saúde, não podia trabalhar mais de duas
horas por dia. Apesar disso, deixou pesquisas fabulosas para a humanidade.
Marie Curie, nome adotado pela polonesa Maria Sklodowska, depois de se casar com Pierre Curie, cm
1895, em Paris, foi a primeira mulher a ganhar o prêmio Nobel e a única até hoje a ganhá-lo por duas vezes. O
primeiro foi em 1903, pelas descobertas na área de radioatividade e dividido com seu marido, e Henri
Becquerel. O segundo em 1911, em química, pela descoberta do rádio e do polônio. Talvez, o que poucas
pessoas saibam, é que ela teve formação científica com seu pai e trabalhou alguns anos como governanta para
custear os estudos, pois a família perdera a fortuiia e as propriedades, afora ter enfrentado o preconceito que a
impedia de estudar por ser mulher, imposto pelas autoridades russas à Polônia.
Se por uni lado, é de pouco resultado e de certo modo simplista, pensar que as ideias surgem de mø(lO
artificial e mecânico, 10r outro elas não aparecem sem que nada seja feito para alcançá-las. Caso os métodos
artificiais e mecânicos fossem infalíveis e exigissem pouco trabalho e esforço por parte do interessado, bastaria,
depois de conseguir as ideias, usar as mais coniventes para o início e guardar as solucionadoras para o fim.
Entretanto, a proposta não parece razoável.
Mudar hábitos é muito difícil. Exige constante vigília dos Pensamentos e intensa disciplina interior.
É provável que os bloqueios, em parte, surjam daí. Ou ainda de quadros depressivos e ansiosos. Seja
como for, os bloqueios impedem ótimos pesquisadores de publicarem artigos, de chegarem a banca
examinadora com a tese, e de evoluírem.
Nesse sentido, as técnicas de redação têm importância sem igual. Funcionam como chaves, e quando
bem aplicadas abrem as portas para o sucesso.

Principais bl.qa.l.s
Sem dúvida, a falta de vontade, as ideias pré-concebidas, a resistência às técnicas Inovadoras e a escassa
reflexão sobre as novas abordagens que estejam em oposição às crenças arraigadas por anos, constituem alguns
dos bloqueios mais comuns.
Acrescenta-se que a má gestão do tempo, a falta de prática, desorganização mental ou rigidez mental
também são bloqueios significativos.

3. TÉCNICAS PARA COMEÇAR A REDIGIR


José Oiticica escreveu que "a língua tem uma disciplina que importa respeitar". Do mesmo modo, o
texto científico também tem uma disciplina que importa respeitar. No que se refere ao início do estudo, que
não deve ser pelo Método, é fundamental separar a etapa de Começar o trabalho da etapa de Começar a
redigir.
Começar o trabalho é começar a "pensar" o trabalho, o que denomino de "etapa invisível". Começar a
redigir é selecionar, organizar e desenvolver as ideias em cada uma das etapas do estudo.

Começar a
redigir

Y
Momentos diferentes

Lógica nas técnicas para começar o trabalho e começar a redigir

4
Diversas regras e princípios regem, de modo implícito ou explícito, o desenvolvimento, tanto cia
"Técnica para começar o trabalho" quanto da "Técnica para começar a redigir."
Na "Técnica para começar o trabalho" está implícita a preparação do Problema central ou de um ou
mais Objetivo do estudo. Por sua vez, na "Técnica para redigir o trabalho" o pesquisador deve preparar todas as
etapas com foco na resolução cio Problema central ou Objetivo cio estudo, isto é, de maneira explícita, expresso
formalmente, de modo claro, desenvolvido, explicado. Para tanto, vale- se de argumentos lógicos e abstratos, de
encadeamento e progressão das ideias e de distanciamento para evitar contradições, informações irrelevantes e
divagações entre determinadas afirmações que costumam ser encontradas ao se comparar a Introdução e a
Discussão, por exemplo.
Em ciência interessa a evidência e também a lógica dos argumentos propostos. Da mesma maneira que
é necessária relação de sentidos entre as partes de um parágrafo, entre os parágrafos e também entre os
capítulos, é essencial a sucessão lógica de raciocínio antes de "Começar o trabalho", como também antes de
"Começar a redigir" para formarem sequência lógica, tanto de forma quanto de conteúdo.

Técnicas para começar o trabalho

1 começar:om trabalho

São atividades de começar o trabalho e de refletir sobre ele: planejar cada uma das etapas, apresentar
um Assunto, delimitar o Tema, formular o Problema central, encontrar os descritores corretos, propor o
Objetivo do estudo, pois contribuem para o desenvolvimento etc. Deve-se atribuir um título provisório, logo no
início.
Nesta etapa, ainda deve-se considerar as intenções do pesquisador: publicar artigo, preparar projeto,
redigir tese, entre outras.

Assunto e tema da pesquisa


Tema de pesquisa é a delimitação da extensão do assunto e a fixação de limites (tempo, espaço,
abrangência, público, entre outros). Não se pode, por um lado, abranger toda a literatura sobre o Assunto (que
é ampla) nem por outro, apresentar somente parte dela. Daí a necessidade de delimitar o campo de atuação na
perspectiva temporal, espacial, ambiental, social, etc. delimitar os campos possíveis, de acordo com a
necessidade do estudo e a área em que está inserido.
Diferenciar Assunto de Tema é saber firndamental que interfere no andamento do estudo. Para
trabalhar com determmaclo tema de pesquisa é necessário que o pesquisador analise se:
) Gosta do tema: interesse pessoal, intelectual ou profissional?
> Está qualificado para realizir o estudo? Já leu o suficiente para não "inventar soluções"?
> Dispõe de tempo necessário?
> Tem condições de abstrair?
> A literatura sobre o tema é suficiente, acessível e conflável?
> Domina conhecimentos elementares.
Antes de problematizar o Tema ou contextualizá-lo, ou seja, formular o Problema central, é necessário
delimitar a extensão do Assunto (Tema). A delimitação do Assunto (Tema) evita suspensão, desvio, corte e

Exemplo
Amplo
Asswi*o da peiud*a
Obesidade na adolescência
Tema da pesquisa
} Geral
abrangente

Identificação de hábitos alimentares e desenvoMmento


deprog,rjma edi4catÂlo destinado à adolescentes de Delimitado e circunscrito a uma área
escola do ensino médio do zona leste do cidade de São Pau/o.

5
interrupção às informações necessárias e suficientes para o leitor entender o artigo, dissertação ou tese, em
especial entre as seções do Objetivo do estudo, Revisão da literatura, Método e Resultados.

Descritores e bases de dados bibliográficos


A identificação e seleção dos descritores são realizadas com base no Problema central, como também a
triagem e as etapas de inclusão e posterior exclusão de artigos nas bases de dados bibliográficos.

Breve Revisão da literatura


Na etapa "Começar o trabalho", a breve Revisão da literatura serve para o pesquisador informar-se e
atualizar-se sobre o Tema, como também para a formulação do Problema central.

Problema Central (Ideia de pesquisa, Problema de pesquisa ou ideia central)


É uma lacuna no conhecimento que pouco ou nada se sabe, mas que merece ser estudada.
O fato de se estudar Ideias de pesquisa (Problema Central) com soluções plenamente satisfatórias e já
bem documentadas na literatura não diminui o estudo, desde que se tenha ampla visão da atividade intelectual e
a validade interna esteja garantida. Nos trabalhos "maiores" deve-se desenvolver subtemas ou subproblemas;
levar em conta o leitor de artigos, que é público especializado, esclarecido e inteligente.
De modo geral, a Pesquisa bibliográfica é estudo baseado apenas na literatura e fundamental para
qualquer outro trabalho, da preparação do pôster para apresentar em congresso ao artigo científico. Entretanto,
o artigo de revisão sistemática, uma das modalidades de Pesquisa Bibliográfica, é a "bola da vez".
Vantagens na preparação do Problema Central:
». Compreender a leitura de artigos científicos e capítulos de livros (essencial).
) Selecionar e organizar artigos científicos com o mesmo Problema central a ser resolvido e com
o mesmo Método que o pesquisador pretende utilizar.
> Esses artigos serão empregados na redação da Introdução (com ou sem Revisão da literatura),
Revisão da literatura e, em especial, na Discussão ou Análise. Também devem ser selecionados
outros artigos científicos sobre o mesmo Tema, porém, com Método diferente para serem
usados na Discussão.
» Posicionamento baseado na seleção das fontes e em outras informações sobre o Método. A
busca nas bases de dados para verificar se o estudo que o pesquisador busca trabalhar já foi
realizado auxilia na preparação dos procedimentos, identificação de instrumento validado,
quando for o caso, entre outros recursos necessários. Logo, evita-se que o pesquisador cometa
equívocos, como, por exemplo, realizar os experimentos, ou seja, começar pelo Método, para
só depois examinar a literatura.

Pergunta de Pesquisa
A pergunta da pesquisa é apresentada logo após a contextualização do Problema Central
(problematização do Tema). Consiste cm expor, numa questão clara e pertinente, o Problema central.
O problema central não pode ser reduzido apenas a uma questão. Ele não é pergunta de questionário
nem de formulário.
Em alguns estudos, a pergunta de pesquisa é formulada como se fosse o Problema central, o que não
pode ocorrer. Essa atitude pode prejudicar:
a) O controle e retenção de informações durante a leitura;
b) O aprofuiidamento dos conhecimentos disponíveis no texto, captação do que for de interesse para
o desenvolvimento do Problema central e de subtemas;
c) A credibilidade do trabalho, pois a validade interna não diz respeito apenas ao Método.

Exemplo
PerMa da pesquisa
Como desenvolver programa educativo para a redução da obesidade, por meio da identificação de hábitos alimentares, direcionado
para adolescentes em escolas públicas de ensino médio?
Observações cuidado para não considerar que qualquer pergunta, por si só, constitua Pergunta de pesquisa ou Problema central 6
(Ideia de pesquisa).
Durante o estudo, é provável que ocorra a retificação do Problema central e também alterações na
Hipótese, em especial, quando o pesquisador avança na leitura e entendimento da literatura científica. E
comum, nesse ponto, o pesquisador se deparar com aspectos dantes não percebidos e modificar a Hipótese, o
Problema central e o Objetivo do estudo, conforme o trabalho. Não há motivo para não redirecionar o rumo
do trabalho.

Objetivo
O Objetivo do estudo é diferente do Objetivo do pesquisador, entre outros Objetivos. O Objetivo do
estudo deve ser redigido de modo a elucidar o que será realizado na pesquisa ou o que será alcançado com ela.
É imprescindível estar relacionado ao Método e aos Resultados, e necessariamente à Conclusão.
Sem dúvida, a falta de concisão, precisão e de clareza na redação do Objetivo não significam apenas
desarticulação das ideias na preparação desta etapa tão importante, mas obstáculos intermináveis no corpo do
trabalho. Também apontam para trabalho mais operário do que intelectual. O objetivo deve ter:
Clareza: evitar termos ambíguos, frases longas ou as que são curtas em exagero também chamadas de
telegráficas.
Precisão: expressar uma ideia com a palavra ou expressão mais adequada.
Concisão: evitar palavras desnecessárias e excesso de termos técnicos.
Como o Método deve ser adequado ao Objetivo, o último pode ser.
Exploratório: verbo identificar.
Descritivo: verbo descrever ou determinar.
Explicativo: verbo verificar.

Sumáno provisório
No que tange à organização do conteúdo, preparar um Sumário provisório é importante para
desenvolver qualquer trabalho e tem função de ordenar cada um dos itens quem compõem o estudo. A redação
de qualquer texto precisa de organização das ideias para garantir a compreensão do leitor. No texto científico,
clareza, precisão e concisão são essenciais.
Quanto à enumeração das principais divisões, a elaboração de Sumário, mesmo que seja provisório,
auxilia no planejamento do estudo que se reflete em estruturação organizada. Cada um dos tópicos orienta o
leitor para pensar sobre o aprofundamento na solução do Problema central ou do Objetivo do estudo.
Trabalhar com Sumario provisório facilita o processo, propicia rápida autoavaliação do rendimento do
pesquisador e da evolução do estudo.

Título provisório
É importante ter em mente que, talvez o Título mais adequado para o estudo não possa ser atribuído
no início do trabalho. Por isso, quando possível deve-se atribuir Título provisório. Para preparar um título
provisório mais adequado, pode-se basear no Tema de pesquisa, contudo, para a elaboração do Título
definitivo o pesquisador tem à disposição diferentes recursos.
,

TÉCNICAS PARA COMEÇAR A REDIGIR O TRABALHO

2 Começar a redigir o trabalho

O ponto inicial da redação do trabalho depende do estudo. Não é regra, mas "Começar a redigir" pela
Revisão da literatura, desde que a técnica de "Começar o trabalho" tenha sido cumprida lia íntegra, facilita
futuros processos e contribui para o sucesso.

7
Técnicas para começar a redigir o trabalho
Cumprir as etapas
Cumprir as etapas
D de "Começar o A
r de "Começar o
trabalho"
s t trabalho"
s
e Revisão da literatura
r o Método
t Método
a O E Resultados
Ç Resultados r
a Discussão
o g
Discussão
e n Conclusão
Conclusão a
1 1 EIntrodução
e Introdução
s
e Resumo (Abstract)
Resumo (Abstract)
Título definitivo
Título definitivo

Durante a redação do trabalho, deve-se:


a) Adequar o estudo ao problema central para não prejudicar o Objetivo do estudo, Revisão da literatura,
Método, Resultados e Discussão,ou análise.
b) Manter o fio condutor durante toda a redação e buscar respostas para o problema central, o que é
essencial.

Na redação de qualquer estudo científico o pesquisador (leve utilizar raciocínio lógico para:
> Manter o fio con(lutor durante todo o estudo, ou seja, buscar respostas para o Problema central
ou Objetivo.
> Ser coerente na sequência das ideias.
> Selecionar e organizar argumentos na Discussão ou análise.
Desenvolver o suficiente: a) as ideias centrais; b) a sequência das principais seções.
Apresentar as ideias de modo impessoal. Para tanto, é preciso se distanciar para não transmitir
pessoalidade nem emotividade, mas objetividade, o que nem sempre é fácil de conseguir.
Atender aos propósitos do público-alvo.
> Refletir de modo consciente, moderado, prudente e fundamentado em literatura pertinente ao
estudo.
O adequado emprego das técnicas para "Começar o trabalho" e "Começar a redigir o trabalho" evita a
transformação do estudo científico em vulgar amontoado de boas ideias, apesar de o Método estar bem
ajustado.

Técnicas para utilizar antes de começar a escrever


É necessário ter em mente que o propósito de qualquer texto científico é o de transmitir informação.
Dessa maneira, deve-se considerar os seguintes critérios:
12 Quem lerá e utilizará as informações?
22 Quais as intenções do estudante ou do pesquisador?

8
Escrever dissertação e tese no formato de artigo ou tradicional apenas para receber titulação?
Apresentar projeto? Publicar artigo científico? Quer se tornar pesquisador? É pesquisador experiente e busca
aperfeiçoamento e atualização?
Com base nas respostas, foca-se:
Na profundidade ou superflcialidade
A que pode ou iião ocorrer no desenvolvimento da literatura, aplicação do Método, apresentação dos
Resultados, Discussão...
De acordo com a titulação desejada ou com os interesses pessoais, é necessário que o pesquisador
desenvolva certos recursos, expresse determinados conhecimentos teóricos, o que nem sempre ocorre. Não
apenas conhecimentos práticos e relacionados ao Método.
Desse modo, textos que tratam do Problema central de modo superficial expõem ideias vaga, mantêm
as aparências, são produzidos por pesquisadores com pouca experiência com produção textual e, muitas vezes,
sem gosto pelos temas científicos. Em certos casos, textos com tais características têm vagas nuances de
objetividade e imparcialidade, como também tendem a ser desprovidos de cuidados simples.

No leitor
No conjunto das informações que permitam ao leitor entender o texto por completo, isto é, nem
informações demais que o cansem nem de menos que prejudiquem a compreensão.
Para tanto, as informações (levem:
> Expressar o pensamento com clareza.
> Estar organizadas de maneira concatenada e de modo progressivo.
> Estruturar o raciocínio de modo lógico e consistente.
O texto científico não pode ter sempre a máxima quantidade de informação. A nota prévia ou nota
preliminar, por exemplo, trata-se de artigo em que o propósito é a divulgação de trabalhos em
andamento. Entretanto, no escrito científico é preciso adaptar a inlbrmação para atender as
necessidades do público-alvo, as expectativas geradas pelo texto e pelo autor.

4. TÉCNICAS PARA APERFEIÇOAR A REDAÇÃO CIENTÍFICA

'4 Cuidado com as palavras-ônibus


Naturalmente, não há nada contra as palavras que seguem, pois podem ser usadas sem restrições. O
propósito é tão somente chamar a atenção dos pesquisadores para a interferência provocada por tais palavras,
tanto para planejar quanto para executar e redigir o estudo.
De tão usadas, as palavras-õnibus do texto científico tornaram-se lugares comuns, clichêm em ciências.
São termos surrados e repisados. Para Albert Einstein "A mente que se abre para uma nova ideia jamais volta
ao tamanho original". Argumentos, ideias, Títulos, Objetivos de estudo e Método embasados nessas palavras
soam mal.
Eis algumas palavras-ônibus do texto científico: avaliação, efeito, comportamento, efetividade, impacto,
patologia, expressão, metodologias, fatores, entre outras...

NL Atenção para ~verbos


Alguns verbos, por terem diversos sentidos, são empregados em inúmeras situações.
> Verbo DAR
Exemplos:
A esposa deu umjntar à âmília do marido. (oJreccu)
Por hojc1í deu, não vou mais ler artigos. (basta)
> Verbo FAZER
Exemplos:
Pedro kz sua casa com as própris mãos. (construiu)

9
Ela fez nutrição na USP. (cursou)

it Atribuições de ações humanas a seres irracionais, abstratos ou inanimados (coisas ou objetos)


No texto científico, ao se atribuir certas qualidades, características ou ações a seres irracionais, abstratos
ou inanimados, cria-se outra realidade, o que pode distorcer os fatos, comprometer a clareza ou falsear o
discurso, como nos seguintes exemplos:
A literatura revisada realça o uso...
Este projeto alua no âmbito
Evite
Os capítulos desta tese buscam expressar...
O processo mostra o quão dilicil é..
Utilize
Nos capítulos desta tese descreve-se...
No processo, épossível verificar o quão dilicil é..

Concordância
Lxenplos:
Evitar: Picrethe ETAL. (2016) desenvolveu...
Pieredie e colaboradores desenvolveu

Preferir: Pierethe ETAL (2016) desenvolveram...


Pieret/,e e colaboradores desenvolveram

. Repetição de palavras
Exemplos:
Evitar:
Neste estudo, 24 ratas Wistv- adultas e virgens foram distribuídas em dois grupos. O estudo foi
realizado em um modelo experimental com ratas. Após anestesia geral, as ratas do grupo de controle foram
submetidas à laparotomia. Depois de pesadas, as ratas foram submetidas à eutanásia, removeu-se os rins das
ratas.
Preferir:
Neste estudo experimental, foram distribuídas 24 ratas Witar, adultas e rvens, em dois grupos. Após
anestesia geral, os animais do grupo de controle foram submetidas à laparotomia e, depois de pesados,
submetidos à eutanásia, na qual remo veram-se os rins.

Juízo de valor no texto científico


Exemplos:
Evitar:
As análises foram exaustivamente estudadas pelo grupo.
A prevenção de Iraumas evita consequências catastróficas provenientes de lesões gra víssimas.
Preferir:
As análises Ibram estudadas pelo grupo.
A prevenção de traumas evita consequências impon'antes provenientes de lesões graves.
Para evitar juízos de valor, o pesquisador deve manter certo distanciamento do texto. Sabemos que não
existe neutralidade científica, contudo, deve-se utilizar todos os recursos para garantir credibilidade. Por
exemplo, ter certo cuidado no uso de adjetivos ou expressões que qualifiquem ou emitam julgamentos.
A análise imparcial requer mais esforços para não denunciar valor ideológico ou meras opiniões, desde
a fase da observação. Nos artigos científicos, as seções: Discussão, Resultados e Método, nessa ordem, são as
que mais denotam a presença de termos com juízos de valor.

10
Vocabulário
No texto científico, tanto o vocabulário específico da área de atuação do pesquisador quanto o
vocabulário variado decorrente de leituras diversas e de cultura geral, qualificam o pesquisador, pois o
diferencia dos demais. O uso da palavra adequada torna possível atribuir mais força, clareza e precisão à
mensagem que se quer transmitir.

Frases longas
A falta de pontuação, as conexões com gerúndios, entre outros defeitos, podem comprometer o
entendimento. Às vezes, frases longas são produzidas por pesquisadores que optam por redigir como se fala,
todavia, esse vício costuma prejudicar a organização do pensamento, o que torna o texto menos claro e
inteligível.

Organização das ideias


No texto científico, não há lugar para oposição entre as orações, parágrafos ou capítulos. A organização das
ideias também contribui para a credibilidade e evita informações conflitantes. Desse modo, o texto é reflexo
natural da organização das ideias, ou seja, de pensamento ordenado e lógico.
Dica procure organizar as ideias d modo mais simples possível, sem desviar, confundir ou antecipar a
exposição no texto. Evite acúmulo de informações, reveja os conceitos de coordenação e de subordinação,
como também os de pontuação, porque auxiliam na organização do pensamento.

ÁL Fontes não confiáveis


Para amenizar os riscos na redação científica, utilizem descritores, busquem artigos científicos nas bases de
dados bibliográficos e façam paráfrases, depois de consumirem artigos apenas dessas fontes, que são confiáveis.
Quando submeterem artigos, observem se o periódico está indexado, e procurem pelo Qualis ou fator de
impacto. Verifiquem também se a revista científica que receberá o manuscrito tem revisão por pares.

iik Autores foram citados, porém a informação não está de acordo com o que se encontrava na publicação,
seja de artigo, seja de livro
Na citação textual (direta) ou na paráfrase (indireta), tanto no sistema numérico do estilo Vancouver ou (Ia
ABNT como no sistema autor-data da ABNT, uma vez que o modelo Vancouver não prevê o sistema autor-
data, diversas impropriedades e inconsistências têm sido verificadas, tais como:
a) Autores são citados com informações pelas quais não apresentaram, visto que não há concordância da
citação com a informação original;
b) Referências não encontradas;
c) Uso de autores não adequados ao conhecimento proposto, ou seja, apoia-se em certos autores para
legitimar informações não pertinentes;
d) Experiências infundadas;
e) Erro de conhecimento ao se basear em premissas falsas.
Quando se emprega citação (direta ou indireta) de modo a não fundamentar, demonstrar, sustentar a
alegação proposta, compromete-se o estudo e perde-se muito daquilo que pode ser mensurável.
Cada vez mais pesquisadores conscienciosos, editores de revistas nacionais e internacionais, professores
orientadores, entre outros, têm refletido sobre o dilema. A citação não é isolada do estudo, faz parte da
pesquisa científica, que, quando baseada no método científico, é mais confiável do que as meras "opiniões",
ainda que sob o véu de "citações extraídas" de artigos científicos.
Assim, deve-se concentrar tanto na criação da ideia e no seu desenvolvimento como na conexão com a
veracidade, fidedignidade e validade das citações que apoiam o pensamento, pois todos os aspectos citados
anteriormente são essenciais a qualquer trabalho: do pôster para apresentar em congresso ao artigo para ser
publicado em revistas de maior relevância científica.

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5. COMO ESCREVER ARTIGO CIENTÍFICO PARA SER PUBLICADO

Escolha do periódico
O artigo escrito para ser publicado é diferente do artigo "ideal". Pode-se dizer que há um "Jogo" C O
pesquisador iniciante precisa aprender a "jogar".
É importante, antes de começar a redigir o manuscrito, escolher o periódico para o qual será submetido
o artigo. Alguns cometem o erro de terminar um manuscrito para só depois discutirem sobre a escolha.
De modo geral, são critérios para selecionar um periódico para submissão do manuscrito: abrangência
do Tema de interesse, público que o produtor do manuscrito pretende atingir, meios de divulgação (acesso livre
ou pago), fator de impacto, prestígio, características dos artigos publicados, acesso ao editor, idioma, indexação
do periódico em bases de dados bibliográficos, prazo de publicação, processo de peer review (revisão por
pares), periodicidade, pagamento para publicar, entre outros.
Também na fase de escolha do periódico deve-se consultar os últimos números do periódico de
interesse para averiguar se foram publicados artigos sobre o tema. Se a resposta for sim, selecione outro
periódico.
Autores de manuscritos com informações pouco relevantes ou publicadas anteriormente e sem
novidades na área, certamente escolherão periódicos de hierarquia não elevada.
Seja como for, a escolha inadequada do periódico é um dos principais motivos para a rejeição de
manuscritos.
Um artigo ainda pode rejeitado por incompatibilidade do escopo ou do campo de atuação do periódico
com o conteúdo do relato.
Desse modo, a leitura e compreensão das orientações aos autores, instruções aos autores ou termos
análogos informam os autores sobre alguns procedimentos (la política editorial, cobertura, posição ideológica,
perfil do periódico, entre outros.
A triagem inicial dos artigos submetidos aos periódicos, peer review e (re) formulação de diferentes
critérios são cada vez mais frequentes.
Depois de escolher o periódico e preparar o manuscrito, a submissão, a resposta do editor, a
publicação e a divulgação (citação em outros trabalhos, ou seja, constar na lista de Referências e também servir
de apoio para outrem) exigem do pesquisador certa paciência. A distinção de cada uma dessas etapas permite
controlar e melhor analisar o material de trabalho.

Submissão do artigo
Apesar de não constituir regra, depois de análise prévia por parte da revista em que são eliminados os
artigos considerados inadequados, os artigos que sobrevivem ao exame costumam ser enviados pelo editor do
periódico para a revisão por pares.
É evidente que não é possível expor certos critérios adotados para o procedimento de seleção do
manuscrito. Todavia, relevância científica e originalidade são fundamentais para influenciar positivamente.

Resposta do editor do periódico


Os artigos que receberem pareceres favoráveis para publicação podem ser aceitos sem correções, com
correções importantes, ou meramente com correções de normalização e formatação.
Receber resposta do editor por carta ou e-mail, com aceite do manuscrito tal qual foi submetido é o
desejo de todos os pesquisadores. Quem recebe essa felicidade tem a mesma alegria de um estudante ao
conseguir um estágio na área de formação desejada.

Para aumentar as possibilidades de o artigo ser aceito

Para aumentar as possibilidades do artigo ser aceito, evite submetê-lo se contiver.


> O mesmo tema de outros artigos fartamente publicados sem acrescentar conhecimentos novos.

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> Tom pomposo, agressivo ou de superioridade.
Redação deficiente, por exemplo, parágrafos extensos, trechos confusos, contradições, linguagem
circular, divagação, lugar-comum, clichê, chavão, estereótipo, "achismo", repetições estéreis, "queísmo".
> Desvios quanto à sequência lógica Objetivo, Método, Resultados, Discussão, Conclusão.
> Indiferença com o leitor, ou seja, escreveu para "si mesmo", "se fechou em seu mundo". Nesses casos,
apenas o autor entendo o que escreveu.
> Falta de clareza por causa de ambiguidades e incoerências ou por excessivo esmero, ou seja,
rebuscamento.
Relação de causa e efeito sem explicação. O pior é quando o pesquisador não consegue identificar os
eventuais casos ou se nega a reconhecê-los.
» Porquês sem explicações, ainda que implícitos. O uso não moderado de adjetivos, pronomes
demonstrativos, advérbios.
> Apresentar ideias e argumentos baseados em artigos selecionados sobre o Assunto, não sobre o
Problema central ou Objetivo.
> Muitas citações dos próprios trabalhos do autor (pode parecer narcisismo ou exibicionismo).
Nos artigos mais extensos, não desenvolveu subtemas ou subproblemas. Artigos aceitos e publicados
com tais desvios tem apenas servido de exemplo para "o que não fazer" ou entram para a seção "não
tente repetir isso em casa, os resultados podem ser danosos".

À5 vezes, a'guns dos desvios indicados provêm dos seguintes pensamentos:

> Desqualificar ou negar a importância de desenvolver habilidades e competências para o entendimento,


retenção e controle de informações durante a leitura.
> Rejeitar o valor de se atualizar e de obter mais conhecimentos em redação científica.
> Não levar em conta o leitor de artigos científicos, que é público especializado, esclarecido e muito
inteligente.
> Julgar que todos os periódicos científicos aceitam artigos com base no QI "Quem Indica", não
conforme o talento, conhecimento, relevância e profundidade das informações transmitidas.

Os principais segredos
1) As exigências variam com o tempo. Conforme o manuscrito há detalhes a serem examinados,
observação que também cabe ao periódico a que será submetido.
Uma vez que o propósito do pesquisador é ter seu manuscrito publicado, devem-se analisar com
atenção as orientações para os autores, normas para publicação ou submissão de artigos no site do periódico de
interesse. Ainda deve-se verificar se o manuscrito esta adequado ao perfil do periódico, entre outras
informações.
Caso o pesquisador não atender as normas, o manuscrito poderá ser desconsiderado para publicação
ou gerar má vontade da equipe de triagem inicial.
Se o periódico de interesse oferecer checklist nas instruções aos autores, deve-se conferir se todos os
itens estão em conformidade, ou seja, foram atendidos.
Nas instruções aos autores os editores podem solicitar ainda a quantidade de palavras ou de caracteres.
É importante verificar se a contagem requer somente o texto, sem as Referencias, Abstract (resumo figuras,
quadros, tabelas ou outras ilustrações). Em alguns casos pede-se também a contagem de palavras ou de
caracteres do abstract, mas essa contagem é geralmente realizida em separado.

2) A estrutura e o conteúdo para cada modalidade de artigo são diferentes. Eles tem estruturas e
conteúdos específicos e variam conforme a área do conhecimento e as exigências do periódico.
Para o artigo original (original article, scienlific article, research article) empregar a estrutura
Iiitroductioii, Method, Resuli and Discussion (IMRa1)).

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> Os outros artigos mais conhecidos são:
> Revisão (review) e inclui os artigos de revisão sistemática (systematic review) com ou sem metanálise
(meta-analyse).
> Atualização (update article).
> Relato de caso (case report).
> Caso clínico (clinic case).
> Ponto de vista (point of view).
> Editorial (editorial).
» Comunicação breve (short communication).
> Carta ao editor (letter to the editor).

3) As exigências do periódico e a relevância no meio cientifico podem determinar a profundidade.


a)Descubra padrões de conteúdo exigidos pelo periódico. Também observe a organização interna dos
artigos publicados em edições anteriores, o estilo de prestigio, o formato preferido.
b)Se desejar, antes de submeter o artigo ao periódico verifique o fator de impacto. Entretanto, quanto
mais alto, mais prestigio e importância tem o periódico na comunidade cientifica. É provável que seja
exigido mais para o manuscrito ser aceito e os critérios também sejam mais rígidos, porque o foco dos
editores é aumentar o fator de impacto do periódico.
Fator de impacto é um indicador que consiste no numero de vezes que os artigos científicos, publicados
no periódico nos dois últimos anos foram citados por outros autores de artigos científicos no ano
seguinte, dividido pelo numero de artigos publicados no período de dois anos.
Os periódicos mais conhecidos são classificados conforme o fator de impacto, que calculado pelo
Institute Jorjournal Citation Repo#s(JCR).
mdccc h ou Ih-index foi criado em 2005 com a finalidade de medir a produtividade do pesquisador, OU
seja, tanto pode refletir a capacidade atual de produção individual do pesquisador quanto futura. Para o
calcula é utilizada a relação do numero de trabalhos publicados e as suas citações.
cm outras palavras, enquanto o fator de impacto e o Qualis "avaliam" o prestigio dos periódicos
cientiicos, o índice h "avalia" também a produtividade do pesquisador.
c)No Brasil, existe o Qualis, sistema de avaliação da qualidade dos periódicos científicos e de outras
modalidades de produção intelectual, desenvolvido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nivel Superior (CAPES). Para verificar a capacitação do periódico, consulte:
htpps://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/veiculoepubljcacaoqualjs/ljstaconsultager
alperiodicos.jsf

4) INTRODUÇÃO E DISCUSSÃO.
a)INTRODUÇÃO. Apresenta o Problema central (Ideia de pesquisa) e inclui Revisão da literatura
pertinente e atualizada, contudo, sem ignorar os trabalhos pioneiros. É evidente que muitos foram
publicados há mais de cinco anos. É preferível só incluir artigos científicos de periódicos indexados.
Livros nacionais e outras publicações nacionais podem ter locali7ções comprometidas se a
publicação for dirigida à revista internacional.
É 110 último parágrafo da Introdução que costuma ser redigido o Objetivo do estudo, como
sugerem diversos editores.
b)DISCUSSÃO. Não basta redigi-Ia a qualquer custo nem tentar forçar a adequação ao trabalho
quando o pesquisador cometeu um dos seguintes equívocos:
1)Discussão que se limita a repetir os Resultados;
2)Discussão que extrapola os limites do estudo;
3)Discussão muito longa ou muito curta;

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