DI - Ebook - Cor, Forma e Composição de Ambientes (2022)
DI - Ebook - Cor, Forma e Composição de Ambientes (2022)
de ambientes
Karlla Simonett
Curso Técnico em
Design de Interiores
1
Cor, forma e composição de
ambientes
Karlla Simonett
Curso Técnico em
Design de Interiores
Educação a Distância
Recife
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Professora Autora Catalogação e Normalização
Karlla Simonett Barreto Pinto Soares Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129)
Revisão Diagramação
Karlla Simonett Barreto Pinto Soares Jailson Miranda
Referências ................................................................................................................................. 43
Bons estudos!
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1.Competência 01 | Analisar e perceber as formas, cores e composições
dentro de um espaço ambientado
Estudante, nessa primeira competência, iniciam-se os estudos sobre os conceitos da
Percepção Visual e o Estudo da Forma pela Teoria de Gestalt. Por meio desses conceitos, serão
abordadas a importância de entender o mundo que nos cerca através dos nossos sentidos e
sensibilidade, e como essas experiências vão contribuir no desenvolvimento de um projeto de
interiores.
Agora que você já escutou o podcast, vamos iniciar com a definição de percepção através
da ótica de várias ciências.
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nossas características pessoais, o que nos permite integrar todas essas informações para avaliar e
interpretar o mundo.
Na figura 1, pode-se perceber que cada personagem enxerga o número pela sua ótica, de
um lado o personagem enxerga o número 6 e o outro personagem pela sua posição enxerga o número
9, o que reforça a definição de percepção no sentido da capacidade de entender algo, pelas
experiências e conhecimentos.
Existem vários tipos de percepção: percepção visual, auditiva, olfativa, tátil, gustativa,
sensorial e extrassensorial, relacionadas aos nossos sentidos.
Mas algumas percepções foram fundamentais para sobrevivência dos seres humanos,
sendo destacadas a percepção auditiva e a visual. Contudo, podemos descrever os principais tipos de
percepção, como:
Percepção visual: é a interpretação de certos estímulos visuais, onde a pessoa em questão
obtém algum tipo de informação através dos seus olhos;
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Percepção extrassensorial: é o ato de obter um certo tipo de conhecimento por meios
que não são considerados "normais" ou que não são reconhecidos pela ciência. Alguns exemplos de
percepção extrassensorial são: telepatia (quando há transferência de conteúdos ou pensamentos
entre duas pessoas), clarividência (ver claramente objetos ou eventos mesmo à distância).
Na figura 2, são observados os cinco órgãos do corpo humano que são responsáveis pelos
principais sentidos, como ouvido, olhos, boca, nariz e mãos, e que por meio deles, são causadas
diversas percepções.
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• Organização: Para disseminar rapidamente grande quantidade de informação, tais
como eventos acontecendo, o cérebro de uma pessoa organiza os eventos por
componentes familiares. Ligar componentes familiarizados com experiências
passadas ajuda a pessoa a entender o que está acontecendo;
• Interpretação: Uma vez que os principais componentes de um evento são
reconhecidos, os indivíduos aplicam seus próprios preconceitos a eles através da
interpretação, por vezes, referida como avaliação. Relacionando as experiências
passadas, crenças, valores e muito mais, uma pessoa pode decidir qual é o significado
do evento e como reagir, se necessário;
• Memória: Para lembrar um evento ou momento percebido, ele deve ser armazenado
na memória. Indivíduos usam essas associações previamente formadas com crenças
e experiências pessoais para se lembrar de eventos e suas avaliações pessoais deles;
• Recordação: Recordar o evento percebido mais tarde, irá recuperar os detalhes mais
importantes do mesmo. Lacunas podem precisar ser preenchidas pelo pensamento
através da nova situação. Recordação persistente melhora a precisão desta etapa.
Essas etapas são feitas muitas vezes durante o dia e com vários tipos de estímulos
sensoriais, quando escutamos uma música, esse som é captado pelos ouvidos que carregam essa
informação até o cérebro. Os tipos de sons são identificados e comparados a outros tipos de sons que
foram ouvidos no passado, essa seleção ocorre na etapa da organização, em seguida, vem a etapa da
interpretação que envolve decisões sobre o que as pessoas gostam do que estão escutando e se vão
continuar ouvindo. Todos esses processos são feitos em segundos e podem ser repetidos várias vezes
durante um dia.
Agora que você entendeu as fases da percepção e sua importância, vamos para uma
pausa na leitura e entender mais sobre o conteúdo através da videoaula.
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Estudante, agora convido você para assistir a primeira videoaula da Disciplina
de Cor, forma e composição de ambientes. Você irá entender como é
fundamental estimular as nossas percepções para compreender melhor o que
iremos projetar nos espaços.
Após assistir ao vídeo, pense como seria viver em ambiente que não foi
projetado pensando em seu gosto e estilo. Seria chato, não é? Vamos agora
seguir com o conteúdo!
Perceber algo significa ter a capacidade de receber informações através dos sentidos e
depois interpretar essas informações. Logo, quando se fala em percepção visual, se entende a
capacidade dos olhos de interpretar as informações que recebem. A percepção visual é um processo
que se inicia pelos olhos ,com estímulos registrados e através da visão. Esse comportamento óptico
funciona de maneira semelhante em todos os seres humanos.
A percepção visual atua no dia a dia constantemente, e a visão ajuda o ser humano a
obter informações sobre seu ambiente sem que seja necessária uma interação física, por exemplo:
podemos perceber que algo não possui um bom cheiro apenas vendo o seu estado físico como uma
fruta estragada ou uma roupa suja, ainda nesse sentido, podemos identificar se algo está quente ou
frio sem precisar tocar no objeto como um cubo de gelo ou um papel pegando fogo. Tudo isso ocorre
porque no córtex cerebral há uma parte dedicada apenas a fazer o processamento visual.
Mas, como o olho funciona? A princípio, a luz chega na córnea através da íris, é nela que
a pupila controla a intensidade de luz que se recebe nos olhos. Com essa passagem da luz, a imagem
chega no cristalino que focaliza a imagem na retina. Já na retina existem diversas células que reagem
transformando as ondas luminosas em impulsos elétricos. Nesse momento, o nervo ótico conduz
esses impulsos elétricos até o cérebro, onde ocorre a entendimento da imagem. Nesse caminho da
imagem dos olhos até o cérebro, a imagem chega invertida na retina. É no cérebro que ocorre o
correto posicionamento, como pode ser observado todo esse caminho na figura 3:
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Figura 3: Como funciona o olho e a formação das imagens.
Fonte: https://www.draandreia.com.br/?page_id=167
Descrição: a figura mostra o desenho de uma lâmpada, da estrutura do olho e do cérebro.
Estudante!
ES,
A publicidade utiliza bastante a Percepção Visual para atrair seus
consumidores, entenda melhor assistindo ao vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=NWJxsVr6BU0
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espaços mais otimizados, confortáveis e satisfatórios. Às vezes, essas qualidades não residem no
objeto ou estrutura do edifício, mas na percepção do usuário do espaço.
No ambiente decorado, os aspectos como som, aroma, textura, cor, conforto térmico e
outros atributos, são essenciais para desenvolver as habilidades perceptivas do indivíduo. Em
estabelecimentos comerciais é fundamental o uso desses elementos para influenciar a percepção e
atrair os clientes. Um restaurante pode não ter uma comida muito boa, mas possuir um ambiente
agradável, e isso pode influenciar na percepção sensorial positiva do usuário em relação a esse
estabelecimento.
O conhecimento do ambiente tem início com a experiência sensorial, essa experiência é
o primeiro estágio no processo perceptivo, para posteriormente despertar a atenção, a emoção e a
memória. Os espaços são percebidos de diferentes formas pelas pessoas, cada um percebe e
interpreta o lugar de maneira diferenciada, mesmo havendo as mesmas condições ambientais, isso
se dá pelo fato de termos experiências e memórias diferentes. Uma loja de vestuário infantil pode
utilizar de recursos como essências para despertar uma sensação olfativa e criar uma identidade para
loja ou uma música agradável, mas os clientes vão interpretar o espaço de maneira diferente de
acordo com suas experiências vivenciadas e guardadas em sua memória.
A experiência sensorial conduz a percepção, muitas vezes é preciso mais do que olhar
para compreender um espaço e a emoção que ele nos imprime. É importante ver com os órgãos dos
outros sentidos com os ouvidos, nariz, estômago ou a pele. Tudo que nos chama mais atenção é mais
fácil de perceber.
É importante lembrar que toda informação movida de emoção é facilmente guardada na
memória e isso pode influenciar na interpretação dos elementos percebidos. O resultado de uma
percepção é o prazer ou não de um estímulo que dá origem às emoções. Logo, um ambiente se tornar
agradável é fruto da positividade da percepção desse espaço através dos nossos sentidos e da
interpretação por exemplo de uma música ou um cheiro resgatado de uma memória afetiva.
Cabe aos profissionais da decoração criar espaços ambientados que estimulem essas
emoções e tragam mais prazer e conforto, e que valorizem e despertem a percepção das pessoas.
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1.5 A Teoria de Gestalt
O princípio da Gestalt foi desenvolvido no início do século XX por dois famosos teóricos:
Wolfgang Köhler e Kurt Koffka. Eles observaram que a mente humana tem um comportamento bem
padronizado ao perceber as formas vistas nos objetos, nas pessoas, nos cenários e em tudo o que
enxergamos.
A análise dos padrões do comportamento visual do ser humano e o estudo da percepção
humana em relação às formas, dá origem a Gestalt, esses estudos formaram a base para a criação de
suas leis. Essa ciência afirma que o estímulo visual que recebemos no cérebro não chega de forma
isolada, mas com vários sinais complexos que juntam as características iguais e assim, geram todas
as partes do que foi visto.
A Gestalt afirma que percebemos os objetos em sua totalidade e apenas depois nos
atentamos aos detalhes. Esse conceito é visto em algumas ações que são praticadas em nossa rotina
como por exemplo, ver desenhos gerados nas nuvens ou enxergar formas nas constelações.
É importante ressaltar que é através das aplicações dos conceitos da Gestalt que se consegue
transmitir informações e influenciar o comportamento das pessoas.
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2.Competência 02| Conceituar e conhecer as harmonias básicas e efeitos
psicológicos das cores para o projeto de interiores
Estudante, na primeira competência, foi estudado o conceito da percepção e
entendimento da percepção visual, importante para aplicação no projeto de interiores.
Com a Teoria de Gestalt foi aprofundado os estudos da percepção humana, e com isso, a
capacidade de estimular os sentidos aplicados ao projeto, possibilitando criar espaços convidativos e
funcionais.
Neste momento, você vai estudar as qualidades e características das cores que permitem
muitas possibilidades e efeitos na hora de compor um ambiente. Entender a cor e seu uso no espaço
é fundamental para o projeto de interiores.
Então, antes de começar a leitura do e-book, escute o podcast sobre o estudo das cores
e sua importância na decoração de interiores.
Estudante, convido você a ouvir o podcast que vai orientar você sobre a
importância do uso das cores na decoração.
Para entender as cores, é preciso antes falar de luz. A cor é fortemente influenciada pela
luz, concluindo assim, que sem luz não a cor.
Imagine você no ambiente de sua residência, totalmente às escuras. Você conseguiria
enxergar os objetos ou móveis? Acredito que não!
Desde cedo, o homem reconheceu que a luz era muito importante para perceber tudo
que o rodeava: o azul do céu, o verde das plantas, o rosa das flores ou o pôr do sol, como você pode
observar na figura 4:
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Figura 4: Paisagem vista do pôr do sol.
Fonte: https://pt.aliexpress.com/item/32767243590.html
Descrição: a figura apresenta uma cena de montanhas com uma vasta área de flores, coma visão do céu e do sol.
Durante a história, as cores foram bastante utilizadas para distinguir nações em guerra,
mas os primeiros registros feitos pelo homem de sua utilização, data da idade da pedra com as
pinturas rupestres, onde as imagens eram reproduzidas nas cavernas com tintas naturais extraídas
da natureza.
Com o passar do tempo vários estudos e testes relacionados a função entre a luz e a
origem das cores foram realizados. Pesquisadores em seu tempo, procuravam entender como as
cores se formavam. Todos esses estudos tinham uma grande importância, pois buscavam resposta
questões sobre o surgimento das cores, sobre o funcionamento da visão, como se interpreta todo
esse processo no cérebro e até a aplicação das cores na prática.
Leonardo Da Vinci, com seus estudos e pinturas, considerava que a cor era uma
propriedade da luz e não dos objetos, essas suas observações foram registradas no livro Tratado da
Pintura e da Paisagem: Sombra e Luz.
Já o cientista alemão Goethe, contribuiu com suas teorias, principalmente na área da
Psicologia e na percepção das cores. E nas suas publicações são vistas as buscas de entender os
fenômenos da cor e os impactos com seu uso, destacando-se suas publicações: o livro Teoria das
Cores e Contribuições para a Óptica.
Diferente das pesquisas anteriores, o físico inglês Isaac Newton, estudou o fenômeno da
difração, com um prisma de vidro exposto a luz, ele viu a decomposição da luz solar em várias cores,
quando a mesma atravessa o prisma. Seus estudos foram importantes para o entendimento da
influência da luz do sol na formação das cores.
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Newton percebeu que a luz ao atravessar o prisma gerava várias cores que iam do tom
violeta ao vermelho, e denominou essa faixa de luz de espectro. Ele observou ainda que cada cor
seguia em uma direção, pois cada uma apresentava um comprimento de onda e velocidade
diferentes. Essa reflexão pode ser observada na figura 5:
A luz que vem do Sol, é a luz branca que vemos e a mesma é composta das radiações de
comprimentos de onda. Cada cor apresenta um comprimento de onda, que ao passar pelos nossos
olhos viram impulsos elétricos que possibilitam o cérebro entender a cor.
Na decomposição da luz através do prisma tem-se a visão das cores, quando se olha na
direção de onde vem o laranja, se enxerga o laranja, se colocar os olhos na direção do azul, se vê o
azul, e assim as demais cores.
A cor é interpretada no cérebro através da percepção dos raios luminosos pelos olhos. É
um fenômeno físico onde cada cor possui um comprimento de onda. O espectro visualizado por
Newton é formado pela união das cores vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta. Na
figura 6, pode-se constatar que a luz é um componente do espectro eletromagnético, e as ondas
nesse espectro visível ao olho compõe as cores do arco-íris.
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Figura 6: Espectro eletromagnético.
Fonte: https://www.infoescola.com/fisica/espectro-eletromagnetico/
Descrição: a figura mostra um retângulo com as cores do arco-íris, em cima e embaixo, alguns dados numéricos.
O círculo cromático tem origem a partir das experiências de Newton, o mesmo contém
12 diferentes cores, onde podem ser visualizadas as cores primárias, secundárias e terciárias que
geram o espectro visível.
Na figura 7, é visto que, no meio do círculo fica um triângulo central formado pelas cores
primárias, e partir delas são geradas as demais cores, que são as secundárias e as terciárias.
Importante destacar que o círculo cromático é bastante utilizado por diversos profissionais para
composição de cores e harmonias influenciando as áreas da moda, artes plásticas, bem como, na
decoração.
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Descrição: círculo com 12 cores e seus nomes e uma figura no centro dividida em 6 partes, cada uma com uma cor.
As cores primárias foram bastantes utilizadas no movimento modernista holandês De
Stijl, na composição de objetos, ícones desse período como a cadeira Red and Blue, de Gerrit Rietvel,
e na pintura de Mondrian, apresentadas na figura 8.
As cores secundárias são formadas pela mistura de duas cores primárias, logo, temos da
mistura do amarelo com o azul, a cor verde; do amarelo com o vermelho, a cor laranja; e do azul com
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o vermelho, a cor lilás. As cores secundárias são o verde, laranja e o lilás. E na decoração são bastante
utilizadas com escalas cinzas, gerando ambientes bem harmônicos como vistos na figura 10.
Já as cores terciárias são formadas a partir da combinação de uma cor primária com uma
cor secundária e são elas:
• Vermelho-arroxeado (vermelho + roxo);
• Amarelo-esverdeado (amarelo + verde);
• Amarelo-alaranjado (amarelo + laranja);
• Vermelho-alaranjado (vermelho + laranja);
• Azul-esverdeado (azul + verde);
• Azul-arroxeado (azul + roxo).
Sabe-se atualmente, que a presença ou a ausência da luz resulta nas cores branca e preta,
respectivamente. A reflexão da luz nas sete cores é o que forma a cor branca, mas quando não tem
a reflexão das cores se obtém a cor preta, definida pela ausência de luz. A incidência da luz solar em
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um objeto branco ocorre o processo de reflexão da luz, já em uma superfície preta, a luz será
absorvida, não resultando em reflexão. Esses processos podem ser vistos na figura 11:
Figura 11: Reflexão das cores sobre um fundo na cor branca e um na cor preta.
Fonte: https://pt.khanacademy.org/science/9-ano/materia-e-energia-as-ondas/as-cores/a/cor-luz-e-cor-pigmento
Descrição: a figura exibe setas apontadas em um retângulo branco e um retângulo preto.
Toda cor possui três componentes que são o matiz, o tom (valor tonal) e a saturação. Na
teoria das cores, o matiz da cor é a cor pura sem adicionar branco ou o preto. No total, são doze
matizes: as três primárias, as três secundárias, e as terciárias, produzidas pela mistura de cada uma
das secundárias com as primárias.
O tom (Valor tonal) refere-se à maior ou menor quantidade de luz presente na cor.
Quando se adiciona preto a determinado matiz, este se torna gradualmente mais escuro, e essas
gradações são chamadas escalas tonais. Para se obter escala tonal mais clara, acrescenta-se o branco.
Pode-se dizer que o tom é a luminosidade ou escurecimento obtido da mistura de cada
matiz com o preto, e a saturação é o colorido ou a intensidade da cor.
Já a saturação é a intensidade de uma cor, que representa a vivacidade ou palidez da
mesma. As cores puras do espectro estão completamente saturadas. Uma cor intensa é muito viva.
Na figura 12, são mostrados exemplos desses componentes desde o matiz, bem como, a saturação e
o valor tonal das cores.
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Fonte: https://hmateriais.imd.ufrn.br/public/curso/disciplina/5/65/2/6
Descrição: a figura mostra três retângulos, o primeiro, todo colorido representando o conceito do matiz da cor, o
segundo, faixas vermelhas em degradê até o cinza e o último, faixas começando na cor branca indo até a preta em
degradê.
Uma análise das aplicações de cores que considera diferentes tonalidades, intensidades
e matizes é feita por meio da harmonia. Saber quais combinações funcionam melhor para um
determinado uso é estudar o papel das combinações harmoniosas de cores. Para as combinações,
são utilizadas as cores primárias, secundárias e terciárias e, através da análise do círculo cromático,
são produzidas harmonias monocromáticas, análogas, complementares e triádicas.
A harmonia monocromática é trabalhada com uma cor base, e essa é utilizada com suas
variações de tonais, que resulta na variação de cor em mais intensidade até a mais suave.
Esse tipo de harmonia é considerado uma das mais simples, pois trabalha em cima de
apenas uma cor, e suas combinações são caracterizadas pela simplicidade e pelo equilíbrio entre as
tonalidades. Na decoração, esse tipo de harmonia cria uma certa monotonia no ambiente pela
repetição da cor, gerando um certo exagero no espaço como pode ser visto na figura 13. Já a figura
14, apresenta o círculo cromático e a harmonia monocromática.
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Figura 14: Círculo cromático e a harmonia monocromática.
Fonte: https://casacomidaeroupaespalhada.com/2015/08/20/circulo-cromatico-como-utilizar-pra-definir-sua-paleta-
de-cores/
Descrição: Imagem do círculo com cores.
A harmonia análoga é realizada pela a escolha de uma determinada cor, sendo essa
primária como o vermelho, azul ou amarelo. Em seguida, essa cor primária é utilizada em conjunto
com cores próximas do círculo cromático (Figura 15).
Na harmonia análoga são conseguidos mais contrastes na decoração em comparação com
a harmonia monocromática. A cor primária escolhida garante mais harmonia ao conjunto de cores, e
pode ser aplicada em detalhes ou em elementos decorativos, como pode-se observar na figura 16.
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Figura 16: Decoração de uma sala com cores análogas.
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/24699497947314538/?mt=login
Descrição: a figura mostra uma sala de estar nos tons verde e azul.
A harmonia complementar trabalha com cores que estão em lados opostos do círculo
cromático. Analisando o círculo cromático, é identificada uma cor complementar entre as cores
primárias, secundárias e terciárias achando sua cor oposta. Observando o círculo cromático, verifica-
se que a cor complementar de uma cor primária será sempre uma cor secundária e vice-versa,
conforme a figura 17.
Logo, a cor complementar do vermelho é o verde, a complementar do azul é o laranja e
o roxo é complemento do amarelo.
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Descrição: a figura exibe um círculo de cores com setas mostrando as cores que são consideradas opostas.
É importante definir uma cor principal que será usada junto com a cor complementar,
essa situação também deve ser aplicada nas outras harmonias. Utilizar essa harmonia é garantir o
contraste de cores de forma mais evidente. Nas artes, as cores complementares são utilizadas para
gerar movimento e harmonia ou criar pontos de destaque, esse efeito também acontece na
decoração exibida na figura 18, em uma sala de estar.
Quando são utilizadas três cores diferentes e com distâncias iguais no círculo cromático,
ocorre uma harmonia triádica (Figura 19). Esse tipo de harmonia permite equilíbrio entre o contraste
das cores e a harmonia do conjunto.
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Fonte: https://casacomidaeroupaespalhada.com/2015/08/20/circulo-cromatico-como-utilizar-pra-definir-sua-paleta-
de-cores/
Descrição: a figura apresenta um círculo de cores com um triangulo no centro com a palavra tríade.
Na decoração, é importante escolher entre as três cores, uma que seja predominante na
decoração e as demais podem ser usadas nos detalhes e complementos. Ver exemplo na figura 20,
de uma área de serviço.
Os neutros são conhecidos por seus tons de marrom e bege e são criados pela mistura de
cores complementares. Os tons de branco, preto e cinza também são considerados neutros, e são
usados para reduzir a intensidade de uma cor quando misturados. Os neutros são frequentemente
usados como complemento de outras cores, e possuem como característica baixa intensidade e
reflexão. A figura 21, apresenta uma paleta de tons neutros, e a figura 22, mostra essa aplicação em
uma sala de estar.
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Figura 22: Sala de estar com decoração em tons neutros.
Fonte: https://www.significados.com.br/cores-neutras/
Descrição: a figura exibe uma sala de estar com mobiliários e elementos de decoração com tons neutros.
O branco e o preto não são considerados cores, mas são inclusas como neutras, e o branco
apresenta a característica de ser a junção de todas as cores, enquanto o preto é conhecido pela
ausência de cores.
Outra característica das cores, é a sensação de calor ou frio quando aplicadas em um
ambiente, sendo denominadas de cores quentes ou frias. Exemplos de cores quentes são o vermelho
e laranja, e de cores frias o azul e o verde. No círculo cromático, é possível observar essa divisão da
cor por essa característica de transmitir a aparência de ser quente ou fria como visto na figura 23.
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quente como frias. Dessa forma, as cores vermelha, laranja e amarela remetem à luz do sol, ao calor
e estimulam as pessoas, enquanto as cores roxo, azul e verde, consideradas frias, estão relacionadas
a calmaria, ao mar e o céu.
Na decoração é perceptível sentir esses efeitos na maioria dos projetos, como os
apresentados na figura 24, onde é bem visível na primeira foto, que o ambiente transmite a sensação
de calor, devido ao uso do vermelho, e as seguintes fotos, a sensação de frio, devido ao uso do azul
e do verde.
A psicologia das cores estuda a interferência das cores em nosso comportamento e esses
estudos comprovam que o cérebro liga situações habituais a efeitos que algumas cores causam no
organismo gerando diferentes sentimentos. O reconhecimento dos efeitos causados pelas cores pode
variar de acordo com fatores como aspectos culturais, idade, sexo, região, entre outros
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condicionantes. Um exemplo disso, é que na cultura indiana, as noivas se vestem de vermelho um
sinal de sorte, já no Brasil a tradição é o uso do branco, como exibidos na figura 25.
Figura 25: Noivas vestidas com roupas de acordo com sua tradição cultural.
Fontes: https://seucasamentoclub.wordpress.com/tag/noiva-indiana/
https://www.claudiamatarazzo.com.br/case-e-arrase/fotos-de-casamento-para-mulheres-sem-noivo/
Descrição: a figura mostra duas noivas uma vestida com roupa vermelha e outra vestida com a roupa branca.
Além do estudo do comportamento humano por influência das cores, a psicologia junto
com a teoria das cores estuda o comportamento do cérebro e como o mesmo identifica e transforma
as cores em emoções. Todo esse estudo ajuda a entender a influência das cores em nosso
comportamento.
O estudo da psicologia das cores identifica oito emoções principais nos seres humanos,
que são: raiva, medo, tristeza, nojo, surpresa, curiosidade, aceitação e alegria. Esses sentimentos são
representados por uma cor, que definem e determinam o comportamento das pessoas. Nessa leitura,
a psicologia entende que cores quentes passam a sensação de energia, agitação e entusiasmo, ao
contrário das cores frias que estão ligadas a sensação de tranquilidade e calmaria.
Cada cor gera uma sensação diferente nas pessoas e, portanto, se torna fundamental
saber utilizá-las. Para isso existem algumas características importantes na hora da utilização das
cores, que são:
• Dimensão: a cor pode influenciar na percepção da dimensão do ambiente, de acordo
com ela, pode-se ter a impressão de estar em um espaço maior ou menor;
• Peso: um objeto pode aparentar ser mais leve ou pesado de acordo com a sua cor, a
mesma influencia na sensação de peso dos objetos;
• Iluminação: a luz pode ser absorvida de diferentes formas, depende da cor, essa
situação faz com que lugares aparentem ser mais escuros ou mais iluminados;
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• Temperatura: a definição das cores em quentes ou frias é proveniente da sensação
que determinadas cores causam em relação à temperatura do ambiente;
• Simbolismo: a cor pode transmitir um significado diferente para cada pessoa, isso é
reflexo das experiências de vida de cada um. E em cada momento da vida a cor pode
vir a trazer uma emoção ou sentimento diferenciado para mesma pessoa;
• Emoção: de acordo com estudos da psicologia, as cores afetam e despertam as
emoções. As mesmas podem influenciar no humor, na motivação e em outros
aspectos psicológicos das pessoas;
• Recordação: a cor pode trazer lembranças do passado, podendo por exemplo,
estimular os cheiros. Podem estar ligados a momentos marcantes da vida de alguém.
As cores ainda podem possuir um significado específico, importante na hora da
composição do layout de um produto ou de um ambiente.
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Figura 26: Desenho de um ambiente com pintura nas paredes.
Fonte: a autora, 2022.
Descrição: a figura mostra 2 desenhos de um ambiente com pintura na parede frontal na cor vinho e outra nas paredes
laterais, na cor vinho.
Na figura 27, são observadas a forma de criar a sensação do teto está mais alto no
ambiente. A técnica é pintar todas as paredes com uma cor mais escura do que a cor do teto, que
geralmente é pintado de branco. E para criar a sensação inversa de que o teto é mais baixo, a técnica
é pintar o teto com uma cor mais escura do que as paredes do ambiente.
Outro efeito interessante que se pode fazer no ambiente apenas com a pintura, é criar a
sensação de que as paredes no espaço são mais longas ou mais curtas como se pode ver na figura 28.
Para criar o efeito de alongar as paredes, basta pintar de forma contínua meia parede na parte
inferior, e para criar a sensação de encurtar a parede é pintar de forma contínua, meia parede na
parte superior. Esse efeito é bastante utilizado em quartos infantis.
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Quando se pensa em destacar um objeto seja um quadro, um móvel, uma cadeira, pode-
se utilizar da pintura na parede para evidenciar o elemento que se quer destacar. A técnica é pintar
a parede com cores que façam contraste com o objeto, e para criar a sensação que um corredor é
mais largo, a técnica é pintar a parede frontal do corredor e o teto com a mesma cor, como visto na
figura 29.
Caro estudante,
Chegamos ao final desta competência. Espero que você tenha absorvido a importância
do estudo das cores na composição dos ambientes. Na próxima competência, você irá entender a
importância dos princípios da Gestalt e como o cérebro interpreta e compõe as formas que
observamos em nossa volta.
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3.Competência 03| Identificar os elementos básicos para a execução de
um projeto com equilíbrio e harmonia adequados aos usuários
Caro estudante, foi visto nas competências anteriores os conceitos de percepção e o
estudo das cores, agora inicia-se a terceira competência, cujo tema aborda os elementos necessários
para se projetar ambientes harmoniosos através do uso da forma.
Agora dê uma pausa na leitura e ouça o podcast que informa sobre os principais aspectos
das formas e o equilíbrio de sua aplicabilidade na decoração.
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Ponto
É a unidade mais simples de linguagem visual. O ponto serve como centro de qualquer
representação visual e serve como base para outros elementos que sejam adicionados a ele. Na
Gestalt, o ponto é considerado como qualquer elemento, independente de ser redondo ou não, e
que funcione como centro de atração visual dentro de uma composição visual.
Linha
É o elemento de ligação entre dois pontos. Com base em sua trajetória é que temos a
sensação de movimento. A linha conforma, contorna e delimita objetos e coisas de modo geral.
Plano
É um conjunto de linhas e com base na união das linhas é possível criar um espaço
bidimensional entre os eixos X e Y.
Volume
É a utilização de vários planos nos eixos X, Y e Z. Consegue-se aqui exprimir as três
dimensões dos objetos, aumentando a sensação visual do espectador, características dos elementos
da Gestalt.
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Figura 30: Desenho do nome Gestalt.
Fonte: https://www.faberhaus.com.br/gestalt/
Descrição: a figura mostra o desenho as letras do nome Gestalt e o significado de cada princípio.
1. Lei da Unidade
A Lei da Unificação afirma que a unidade é vista como um elemento único. A percepção
de uma imagem pode consistir em várias partes ou partes que compõem o todo.
Na Gestalt, uma unidade representa a interpretação de um elemento como um todo, ou
a interpretação de uma combinação de elementos que fazem parte de um todo. Visualizamos a
unidade através de uma relação composicional: por exemplo, na figura 31, onde uma flor é uma
unidade (a própria flor) que consiste em várias outras unidades (cada pétala).
2. Lei da Segregação
Essa lei identifica que o cérebro consegue separar partes de um todo. Na segregação
utilizamos dos estímulos visuais para separar elementos como: cores diferentes, formas, linhas,
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texturas, volumes, entre outros elementos. Esse processo é uma situação natural da mente e com
isso, conseguimos dividir imagens em suas partes e isso facilita a interpretação do todo.
Essa lei focaliza a nossa capacidade perceptiva de isolar, evidenciar e identificar objetos,
mesmo que esteja em uma composição sobreposta. E isso ocorre pelo fato de que as imagens
possuem variações de elementos como: cor, textura, sombra, brilho entre outros.
Quando olhamos uma fotografia, conseguimos dividir em partes todo o conjunto, vai
existir um elemento principal, elementos secundários, fundo. A figura 32, mostra um exemplo da Lei
da Segregação
3. Lei da Unificação
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Figura 33: Desenho do símbolo yin-yang.
Fonte: https://www.significados.com.br/ying-yang/
Descrição: a figura mostra um círculo dividido em duas partes nas quais uma é preta com um ponto branco e a outra é
branca com um ponto preto.
4. Lei do Fechamento
5. Lei da Continuidade
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visual gradativa. Um exemplo disso é uma imagem com cores em degradê, conforme figura 35. Isso
é feito através de formas, linhas, cores, profundidade, planos.
6. Lei da Proximidade
7. Lei da Semelhança
A Lei da Semelhança e da Proximidade são bem parecidas e buscam a criar ideias
idênticas. Mas, em termos de semelhança, são procurados elementos que sejam semelhantes entre
si de alguma forma: seja na cor, forma, orientação ou qualquer outra característica. Aqueles objetos
que possuem formas, cores ou aparência geral semelhantes, também tendem a ser interpretados
como uma só unidade, como visto na figura 37.
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Figura 37: Figura com a sequência de linhas e pontos.
Fonte: https://blog.revendakwg.com.br/inspiracao-design/teoria-e-principais-leis-da-gestalt-um-estudo-da-forma/
Descrição: a figura mostra uma sequência de linhas na vertical e dois pontos.
8. Lei da Pregnância
Uma das leis básicas da Gestalt é a Lei da Pregnância, nela a harmonia e clareza na
composição de elementos é fundamental para que o cérebro identifique rapidamente o objeto e faça
a interpretação visual. Logo, objetos de forma mais simples e harmoniosas apresentam melhor
compreensão do que formas mais complexas, que apresentação composições visuais mais
complicadas.
Na figura 38, podemos identificar melhor o que a Lei da Pregnância justifica, quanto maior
a legibilidade de um texto, maior é a sua Pregnância, isso inclui na composição a cor do texto, a cor
do fundo, a tipografia entre outros elementos.
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3.3 A Forma no Design
Com a evolução das ciências através das análises do comportamento humano, tanto pela
Psicologia como também pela Arquitetura, hoje temos a noção da importância da Geometria do
Design e o que ela possibilita na criação de um projeto de interiores.
O trabalho realizado com a Psicologia Humana, permitiram aos designers entenderem
que cada formato influencia um ambiente e estimula sensações nas pessoas. Todos os elementos do
Design de Interiores são importantes para criar os estímulos, sensações e até as emoções desejadas
para o projeto e cada forma pode remeter a um significado específico.
Na geometria, a forma é definida como um conjunto de linhas que compõem um objeto,
e as linhas são usadas para descrever e desenhar diferentes tipos de figuras, essas são sucessões
contínuas de pontos, onde deles podem ter retas ou curvas e combinações de diferentes formas.
Na decoração, as linhas ajudam a modificar a percepção dos espaços, podemos ampliar
ou diminuir visualmente um ambiente, ampliar ou baixar uma altura. Elas podem aparecer no
revestimento, na pintura, no mobiliário, em detalhes construtivos, na natureza e através dela,
podemos equilibrar e transformar a decoração.
As linhas geométricas na decoração podem ser curvas, retas, horizontais e verticais, como
também, o conjunto dessas linhas que resultam nas formas geométricas como triângulos, quadrados,
círculos entre outros, estão associadas em nossa mente a diferentes sensações e movimentos. Por
exemplo, formas mais arredondadas remetem a conforto, enquanto que retangulares remetem a
estabilidade. A figura 39, mostra uma composição de linhas retas em um quarto.
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Descrição: a figura mostra um quarto com duas camas e a parede pintada na cor laranja e azul com formato de
triângulo.
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Figura 41: Sala de estar com mobiliários e objetos com forma circular.
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/812688695272937861/?mt=login
Descrição: a figura apresenta uma sala de estar com formas circulares, na mesa de centro, nos bancos e no sofá.
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Conclusão
A Psicologia e o estudo do comportamento humano têm um papel fundamental no
trabalho do designer de interiores. A necessidade de projetar espaços que gerem sentimentos e
relações afetivas somando a emoções e a percepção das pessoas é um dos princípios da decoração.
É percebido que nos últimos anos a decoração afetiva vem sendo valorizada e ganhando
espaço por proporcionar mais acolhimento e aconchego.
Nessa última competência, você teve a oportunidade de conhecer mais o universo das
cores e como a mesma pode vir a transformar os ambientes. Agora é o momento de se aprofundar
nas informações que lhes foram transmitidas para desenvolver no futuro, projetos e espaços que
atendam com qualidade a necessidade de seus clientes.
Desejo a você estudante, muito sucesso e até o nosso próximo encontro!
Bons estudos!
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Referências
ARNHEIN, Rudolf. Arte e percepção visual. 9. ed. São Paulo: Pioneira, 1995.
BARROS, Lílian R. M. A cor no processo criativo: um estudo sobre a Bauhaus e a teoria de Goethe.
São Paulo: SENAC, 2006.
ELAM, Kimberly. Geometria do design: estudos sobre proporção e composição. Kimberly Elam. São
Paulo: Cosac Naify, 2010.
FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores na comunicação. São Paulo: Edgar Blücher, 2006.
GOMES FILHO, João. Gestalt do objeto: sistema de leitura visual da forma. São Paulo: Escrituras
Editora, 2000.
GURGEL, Miriam. Projetando espaços: Design de interiores. São Paulo: SENAC, 2017.
WONG, Wucius. Princípios da forma e desenho. São Paulo: Editora Martins Fontes, 1998.
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Minicurrículo do Professor
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