0% acharam este documento útil (0 voto)
17 visualizações6 páginas

Independêcia - Haiti

Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
17 visualizações6 páginas

Independêcia - Haiti

Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 6

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – CAMPUS

PARANAGUÁ

SIMONE MARIA FERREIRA DA SILVA

Trabalho apresentado para a


obtenção de notas do 3° Ano
do curso de Licenciatura em
História.

Disciplina de História da
América II

Professor: Ms. Marco Antônio

PARANAGUÁ

2014

1
As camadas populares no processo de Independência do Haiti
O autor e historiador brasileiro Jacob Gorender escreve uma resenha
crítica do livro “Os Jacobinos Negros” de C.R.L James onde em “O épico e o
trágico na História do Haiti”, o autor fala da Revolução Haitiana que teria sido
inspirada no contexto da Revolução Francesa.

De início, Gorender diz que ao comparar a Revolta dos escravos no Haiti


no início do século XIX com a revolução Operária na metade do século XX os
historiadores cometeram anacronismo. Os primeiros reclamavam por suas
sobrevivências, por reconhecimento como cidadãos enquanto que o segundo
grupo, reclamavam por melhores condições no trabalho moderno.

O território do Haiti, conhecido antes por ilha de São Domingos, estava


dividido entre as duas potências europeias, França e Espanha.

Descoberta por Colombo em sua primeira viaje para a América, São


Domingos, era habitada por nativos que foram dominados e exterminados
pelos conquistadores europeus.

Posteriormente, a população haitiana, era formada por mais ou menos


meio milhão de escravos negros, dominados por uma minoria branca, cerca de
trinta mil.

Assim como no Brasil, a escravidão no Haiti foi de muitos castigos e


torturas frequentes, os mulatos que se encontravam livres, também eram
tratados de forma dura e hostil.

A partir da Convenção parisiense que determinou a libertação dos


escravos das colônias francesas, iniciaram-se as primeiras rebeliões.

2
Muitos senhores de terras, brancos, foram espancados e até mesmo
mortos pelos escravos que abandonavam as plantagens, e destruíram tudo que
viam pela frente. Porém, nessas rebeliões ainda faltava alguém que os
liderassem.

Toussaint L’Ouverture, filho de um chefe tribal na África e vendido como


escravo a um “bom senhor,”que percebeu nele algo de diferente, e por isso
ensinou- o a falar francês, destacou-se como um dos personagens mais
importante na Revolução Haitiana.

De uma intelectualidade diferenciada dos outros escravos, Toussaint,


através de suas leituras sobre políticas de guerras, conseguiu organizar um
grupo de batalhas contra a classe superior onde se saiu vitorioso.

Toussaint manteve a produção de açúcar no Haiti, o que levou os


escravos, agora considerados homens livres, a voltarem para os engenhos de
açúcar cumprindo as mesmas funções subordinadas e exaustivas
anteriormente.

Moise, sobrinho de Toussaint, tentou dar um golpe e retirar seu tio da


liderança revolucionária. Fuzilado, Moise colocou em ação um sentimento de
revolta contra a ordem evidenciando o desejo de uma camada popular de
mudanças.

Na tentativa em 1801, de Napoleão Bonaparte restaurar a escravidão no


Haiti, mandando 25 mil soldados, a ilha é destruída e Toussaint capturado
morrendo um ano depois sem direito a julgamento.

Mesmo com o afastamento de Toussanit, as tropas napoleônicas não


conseguiram vencer. As doenças tropicais a que ficaram expostos os soldados,

3
por exemplo, puseram em cheque os ideais de Napoleão libertando a ilha-
colônia de São Domingos que passou a se chamar Haiti em 1803.

Das camadas populares, o ex- escravo e analfabeto Dessalines assumiu


o poder e se tornou Imperador em 1804.

O trabalho e a economia no Haiti voltaram-se para o sistema de


subsistência o que levou ao declínio e a saída do mercado internacional.

Dessa forma, a independência do Haiti, contou com sangrentas batalhas


e a participação da camada popular mesmo que pagando o alto preço,
deixando de ser a maior colônia francesa em produtividade das Américas para
se transformar em uma das mais pobres do mundo.

4
As controvérsias a cerca da ideia de America Latina

De acordo com o texto de Héctor Bruit, o conceito de América Latina


teve várias interpretações ao longo do tempo.

A origem do termo conceitual de América Latina mais difundida até o


século XX foi a da corrente francesa a que levou o surgimento de críticas em
defesa e ou contra essa ideia.

Disseminada durante o período em que Napoleão III exerceu poder


sobre o México, foi empregado pela primeira vez em janeiro de 1861.

O conceito de America Latina significa uma unidade cultural, e linguística


entre os “povos latinos”.

Para Bruit a “tomada” da América pelos Estados Unidos deu origem ao termo
para diferenciar as populações indígenas e negras que viviam na parte “Latina”.

O termo latinidade vem dos tempos de Roma e quanto ao seu uso se


referia ao conservadorismo, autoritarismo, monárquico.

Em que momento podemos dizer que houve uma consciência ativa de


latinidade em relação às regiões que compunham a América Latina?

Em período de guerras, de grandes lutas, é que uma população


consegue desenvolver uma consciência de unidade, de pertencimento a algo
maior, consciência de nação, de que há um inimigo comum. E assim, nos
períodos de independência, de duras revoltas, é que se vê mais forte o uso
desses conceitos para justificar a união entre os que lutam.

A ideia de quem foi que criou e quem usou o termo é um pouco


conturbada, as opiniões se dividem entre os autores, franceses, hispano-
americanos, o fato é que o uso da expressão se tornou tão popular, que os
equívocos de sua interpretação são recorrentes.

5
Podemos concluir que o uso do termo América Latina e identidade latina,
foi uma construção histórica para que as nações latinas permanecessem
unidas em sua cultura língua e entre outros fossem reconhecidas pelos outros
países como uma nação que conquistou sua independência.

Você também pode gostar