Drenagem Unidade 2 Planejamento e Execução de Obras Viárias
Drenagem Unidade 2 Planejamento e Execução de Obras Viárias
PLANEJAMENTO E
EXECUÇÃO DE OBRAS
VIÁRIAS
DRENAGEM
Autor(a): Esp. Pollianna Jesus de Paiva Mendes Godoi
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Introdução
Caro(a) estudante, seja bem-vindo(a)!
É com prazer que iniciamos esta aula! Neste estudo, você aprenderá sobre drenagem , que
consiste em um conjunto de elementos ou dispositivos instalados para receber, conter e
captar águas de chuvas (pluviais) e conduzi-las até o local apropriado. Você também
aprenderá os tipos de drenagem, que são: de pavimentos, superficial e subsuperficial.
Você sabe como são executadas as redes de drenagem? E como ocorrem as captações de
água nos três tipos de drenagem? Você aprenderá tudo isso e conhecerá os benefícios de
sistemas de drenagem executados em rodovias e vias urbanas públicas, ou seja, estradas
com pavimentação. Vamos lá?
Bons estudos!
Drenagem Viária
Você sabia que as estradas foram inventadas na China? Depois, foram aperfeiçoadas pelos
romanos, que instalaram pavimentos e drenagem nas estradas para que elas tivessem uma
durabilidade melhor. Ao todo foram construídas em torno de 80 mil quilômetros de
estradas durante a fase áurea de Roma (BALBO, 2007).
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#PraCegoVer : o infográfico apresenta três tópicos na vertical, que falam sobre drenagem. Os
tópicos estão dentro de caixas retangulares azuis, sendo numeradas de 1 a 3. O primeiro tópico
fala que “A drenagem é necessária quando há presença de água no pavimento, isto é, quando
ocorre precipitação (chuvas) ou, em alguns casos específicos, o afloramento natural de água
devido ao aumento do nível freático. Em superfícies que sejam permeáveis (e que ainda não
estejam saturadas), a água infiltra no solo e escoa nas profundidades, porém nos pavimentos,
caso estudado aqui, são instalados dispositivos de drenagem para recolher e orientar o
escoamento até o ponto especificado para destinação”. O segundo tópico, logo abaixo do
primeiro, fala que “O processo de drenagem viária se inicia quando a água da chuva cai sobre os
pavimentos ou taludes, que direciona a água para a via, encharcando a pista de rolamento. Com
isso, essa água deverá ser conduzida e encaminhada para o intestino: canais naturais (rios,
córregos etc.) ou canais artificiais (reservatório de armazenamento feito de concreto) ou algum
local para que haja infiltração do líquido”. O terceiro e último tópico fala que “A drenagem visa à
segurança dos usuários e à qualidade do pavimento. Além disso, busca evitar a ocorrência de
erosões e alagamentos nas pistas devido ao escoamento das precipitações. Conforme Abitante
(2017), o escoamento pode ocasionar a existência de sulcos e ravinas nas encostas com
inclinação que ficam próximas às estradas. Os sulcos consistem em aberturas nas terras; por
sua vez, as ravinas são depressões do solo relativas à erosão. Tanto os sulcos como essas
ravinas causam quedas de barreiras e deslizamentos de terras”.
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de toda a vegetação dos terrenos para realização de construções de concreto, sendo que a
impermeabilização da concretagem impede a infiltração de água no solo.
Você sabe quais são os elementos que compõem a microdrenagem? Vamos descobrir a
seguir. Vem comigo!
Elementos da Microdrenagem
Compõem a microdrenagem as sarjetas, as bocas de lobo, as pequenas galerias e os
bueiros, entre outros.
Segundo Almeida (2020), as sarjetas são canais localizados entre os cantos das vias. Elas
têm vários tipos de seção (retangulares, semicirculares, triangulares) e servem para
direcionar a água até elementos de captação. A água que fica sobre os pavimentos é
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direcionada até as sarjetas pela declividade transversal do pavimento, então elas devem
ser dimensionadas para suportarem máxima vazão de escoamento de águas pluviais.
As bocas de lobo são coletoras ou meios de captação de água, que ficam localizadas nas
sarjetas. Através delas, as águas são encaminhadas para as galerias;
As pequenas galerias são tubulares e devem ter diâmetros entre 0,3 metro até 1,20 metro.
São tubos de ligação das águas que entram pelas bocas de lobos.
Os poços de visita , por sua vez, são buracos circulares, mas podem também ter forma de
quadrado, com tampas de metal ou de concreto encontrados no meio das ruas
pavimentadas, através dos quais é possível ter acesso a redes subterrâneas. Os poços de
visita são dispositivos especiais que possibilitam alterações em galerias, como alteração
de diâmetros e de direção da tubulação. Eles permitem a limpeza das galerias e devem ser
posicionados de modo a atender a outros elementos de drenagem, como é o caso das
bocas de lobo, conforme mostra o manual de drenagem das rodovias do DNIT, publicação
IPR 724 (BRASIL, 2006a). Os diâmetros dos poços de visita variam entre 0,6 metro a 1,5
metro, dependendo do que foi especificado em projeto, como pode ser visto na figura a
seguir:
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Os bueiros são pequenas galerias, podem ser de diversos materiais (os de concreto sendo
os mais utilizados) e normalmente têm seções circulares ou quadradas. Eles direcionam as
águas captadas pelas bocas de lobo até o ponto de lançamento. São utilizados para fazer a
transposição de um corpo hídrico por uma seção de aterro, então são posicionados na
base do aterro, permitindo que a água flua pelo seu interior. São compostos de corpos e
bocas – o corpo fica sob os aterros e cortes, e as bocas permitem o lançamento de água a
montante, conforme explica o Manual de Drenagem de Rodovias do DNIT IPR 724 (BRASIL,
2006a).
As drenagens viárias têm a finalidade de afastar as águas das vias urbanas e rodovias, para
não danificar o pavimento nem prejudicar o trânsito evitando, assim, que acidentes
aconteçam. Elas podem ser de três tipos: drenagem superficial, drenagem subsuperficial e
drenagem profunda.
A drenagem superficial da rodovia serve para captar e conduzir águas pluviométricas para
local de deságue adequado. Essas águas são captadas de áreas próximas e da superfície
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Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)
A drenagem de rodovias tem a função de eliminar águas de precipitação, uma vez que,
quando elas atingem o corpo estradal, deverão ser captadas e conduzidas para lugares
apropriados, ou seja, para não afetarem a população e trazerem durabilidade e
segurança para a via pública. A importância da drenagem deve ser assunto de
entendimento do responsável técnico da rodovia, pois ele deverá garantir que a rodovia
tenha estabilidade adequada.
BRASIL. Ministério dos Transportes. Manual de drenagem de rodovias . (IPR. Publ., 724).
2. ed. Rio de Janeiro: Ministério dos Transportes, 2006a. Disponível em:
http://www1.dnit.gov.br/arquivos_internet/ipr/ipr_new/manuais/manual_drenagem_rodovias.pd
. Acesso em: 25 abr. 2021.
De acordo com o texto descrito sobre drenagem de vias públicas, analise as alternativas a
seguir e assinale a opção correta:
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Drenagem Superficial
Caro(a) estudante, segundo o DNIT (BRASIL, 2006a), a drenagem superficial tem o objetivo
de captar as águas que correm sobre o corpo estradal e transportá-las com segurança.
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Em rodovias, dispositivos são utilizados para que o processo de drenagem ocorra, sendo
valetas, sarjetas, descidas d’água, caixas coletoras, saídas de água, bueiros de greide e
dissipadores (BRASIL, 2006a).
De acordo com o manual do DNIT IPR 724 (BRASIL, 2006a) a água que escoa
superficialmente precisará ser tratada com drenagens superficiais , por meio de
transposição de talvegues e drenagem superficial.
As seções de corte em pontos mínimos das curvas verticais das rodovias, por sua vez, são
seções com grandes problemas de drenagem.
Q =
fracC. i. AK
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Valetas
As valetas nada mais são do que condutores a céu aberto no qual o fluxo de água escoa.
Sua função é impedir que vazões provenientes do escoamento superficial do terreno
atinjam o corpo da estrada. Elas têm seção retangular ou trapezoidal, devido ao grande
volume de água. Normalmente são executadas em concreto ou moldadas com o próprio
terreno e revestidas com grama.
Também devem ser previstas valetas para protegerem cortes ou aterros, uma vez que
grandes vazões atuando neles podem gerar processos erosivos.
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Segundo o DNIT (BRASIL, 2006a), as valetas podem ser revestidas de alvenaria, concreto
(espessura de 0,08 m e Fck 15 Mpa), vegetação ou pedra arrumada (rejuntada com
argamassa).
Além das valetas de corte, existem as valetas de proteção de aterros (Figura 2.2), que
servem para interceptar a água do terreno a montante, evitando que ela chegue até o pé do
talude de aterro. Elas recebem a água das sarjetas e valetas de corte e a enviam para o
dispositivo que realiza a transposição de talvegues (BRASIL, 2006a).
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A distância das valetas de aterro será entre 2,0 e 3,0 metros, paralelamente ao pé do talude,
sendo o material escavado colocado entre elas, suavizando as superfícies do terreno
natural e do talude (BRASIL, 2006a).
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valetas podem ter formas circular, trapezoidal, retangular e meia cana (BRASIL, 2006a).
Sarjetas
As sarjetas, assim como as valetas, também são condutos a céu aberto. A principal
diferença entre elas é que as sarjetas têm como objetivo coletar a água precipitada sobre a
pista de rolamento e assim atender a uma vazão menor que as valetas. Sua seção é
basicamente utilizada como triangular, mas também vemos casos de uso de seções
trapezoidais.
Os revestimentos das sarjetas poderão ser feitos de concreto, alvenaria, pedra arrumada e
vegetal. O tipo de revestimento dependerá da velocidade de erosão do local (BRASIL,
2006a).
As sarjetas de corte (Figura 2.4) servem para captar águas de precipitações que caem
sobre os taludes de corte e plataformas, e servem para encaminhá-las de forma
longitudinal à rodovia até o ponto de transição entre o corte e o aterro. Desse modo, a água
sai em rumo à valeta de aterro, ao terreno natural ou ainda a um bueiro de greide, passando
por uma caixa coletora (BRASIL, 2006a).
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#PraCegoVer : a imagem apresenta um esboço, em preto e branco. A figura mostra uma sarjeta
com geometria triangular feita de concreto; no lado esquerdo, mostra o acostamento, o solo
abaixo da sarjeta, assim como o pavimento. A sarjeta tem 25 cm de profundidade e 100 cm de
comprimento. O acostamento é mostrado do lado direito; abaixo da sarjeta tem-se o solo local e,
abaixo do acostamento e do solo local, tem-se o pavimento.
Segundo DNIT (BRASIL, 2006a), essas sarjetas deverão ser executadas próximas aos
acostamentos e poderão ter tipos de seção triangular e trapezoidal para atender à vazão
requisitada pela precipitação na rodovia.
A sarjeta de aterro serve para a captação de águas de chuvas que caem sobre a rodovia
para evitar erosões no talude do aterro e na borda do acostamento, levando essas águas
para locais adequados (BRASIL, 2006a).
Os materiais utilizados nos dispositivos sarjetas de aterro são concreto cimento e concreto
betuminoso, solo cimento e solo betuminoso (BRASIL, 2006a).
Descidas D’água
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As descidas d’água (Figura 2.5) conduzem as águas precipitadas por aterros e taludes de
corte e aterro, podendo ter seção retangular, em degraus, meia cana e ser revestidas de
metal ou de concreto (BRASIL, 2006a).
#PraCegoVer : a imagem apresenta um esboço em preto e branco. A figura mostra uma descida
d’água de aterros do tipo rápido, com a entrada e a saída da água. É possível ver que a descida
d'água é executada inclinada para que a água tenha maior velocidade, e, na saída, há uma
conexão com um dissipador de energia. A metade dessa descida d’água tem 200 cm de
comprimento, e ela também tem três colunas com 30 cm de altura e 10 cm de largura cada.
Caixas Coletoras
As caixas coletoras (Figura 2.6) consistem em dispositivos de coleta de águas pluviais que
vêm das sarjetas e valetas, e direcionam essas águas para os bueiros e descida de águas
(BRASIL, 2006a).
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#PraCegoVer : a imagem apresenta uma planta, em preto e branco. A figura mostra uma caixa
coletora de sarjeta com grelha de ferro em sua parte superior. A figura mostra também a
localização da sarjeta. As medidas da sarjeta são 165 cm de comprimento por 140 cm de
largura, e a medida da grelha é 125 cm de comprimento por 100 cm de largura. A grelha é feita
de ferro redondo com 12,5 mm de diâmetro.
Saídas de Água
As saídas d’água de rodovias, também chamadas de entradas d’água , são dispositivos de
transição, que servem para transportar águas por sarjetas de aterro e levá-las para as
descidas d’água (BRASIL, 2006a).
Bueiros de Greide
Os bueiros (Figura 2.7) consistem em dispositivos enterrados responsáveis por transportar
águas até local de deságue apropriado. Eles são constituídos de caixa coletora e boca
(BRASIL, 2006a).
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Bueiros de greide são obras de transposição do fluxo que, se a rodovia não fosse
executada, cortariam transversalmente a linha do greide. Dessa forma, eles fazem a
captação do fluxo em um lado da rodovia e o direcionam, por meio de tubulação
subterrânea, para o outro. Esses bueiros dependem de dispositivos de captação de água
acoplados a eles, como as caixas coletoras e saídas d’água.
Os bueiros simples tubulares de concreto (BSTC) são feitos em concreto e são modelos
simples, com a aparência conforme mostra a imagem a seguir:
A água pode surgir devido a infiltrações superficiais em trincas, juntas e bordas presentes
nos pavimentos (SUZUKI, 2013). Vamos entender como isso acontece? Analise a figura a
seguir:
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A infiltração ocorre quando as chuvas caem sobre o pavimento e entram pelas camadas
dos pavimentos – elas conseguem entrar tanto pela superfície quanto pelas bordas da
junção entre a pista e o acostamento (SUZUKI, 2013).
Segundo Suzuki (2013), a declividade transversal do local onde está o pavimento tem
influência no aumento de infiltração, porque aumenta a velocidade do escoamento da água
precipitada na superfície. Com isso, a água atinge os pontos laterais e baixos presentes
nos acostamentos.
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Dissipadores
Os dissipadores (Figura 2.9) são dispositivos que servem para reduzir a velocidade das
águas ao serem transportadas para outros dispositivos ou no ponto de lançamento
(BRASIL, 2006d).
#PraCegoVer : a imagem apresenta, no lado esquerdo, uma planta baixa em preto e branco, com
dois cortes no lado direito em preto, branco e marrom. A planta mostra a saída da sarjeta no lado
esquerdo e as pedras no dissipador. Já o corte CC mostra a posição das pedras no lado de maior
comprimento do dissipador e no corte DD, a posição das pedras no lado de menor comprimento
do dissipador.
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REFLITA
atividade
Atividade
Estudante, o Manual de Planejamento e Procedimentos das Atividades de Conservação
Rodoviária Executadas pelos Distritos Rodoviários do Departamento de Estradas e
Rodagem do Distrito Federal prevê inspeções de manutenção preventiva em elementos
de drenagem superficial como sarjetas, meios-fios, valetas, caixas coletoras e descidas de
água e a manutenção em bueiros e galerias. O DER ainda explica no manual que isso
serve para evitar problemas de sujeiras e acúmulos de entulhos nos elementos de
drenagem que atrapalhem o escoamento da água e causem problemas nas entradas e
nas saídas das águas precipitadas.
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Drenagem
Subsuperficial
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Existem dispositivos, que são instalados nas camadas dos pavimentos, que liberam parte
de águas retidas, aliviando tensões e preservando o pavimento (BRASIL, 2006c).
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A canalização pode ser formada por drenos cegos ou tubos não perfurados, conforme
mostra imagem a seguir. Essa canalização é responsável pelo transporte da água que
chega ao conjunto de captação de dreno subsuperficial (BRASIL, 2006c).
De acordo com Suzuki (2013), a água precipitada se infiltra pela borda do pavimento por
causa de alteração de carga hidráulica, que acarreta deslocamento da água e capilaridade.
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Os drenos cegos são superficiais e feitos em duas camadas com espessuras iguais e
compactadas; as camadas, por sua vez, são feitas com material vindo de jazidas (BRASIL,
2006c).
SAIBA MAIS
Caro (a) estudante, a tubulação utilizada em drenos poderá ser adquirida diretamente
em indústrias e ser executada dentro das obras. Porém, tanto sendo feita dentro da obra
quanto sendo feita em indústria, procedimentos de controle e qualidade deverão ser
seguidos de acordo com as normas NBR 9794/1987 e NBR 9795/1987 da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Para saber mais sobre o assunto, acesse: https://cutt.ly/JnczT2G
Fonte: Brasil (2006c).
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SAIBA MAIS
A consulta aos manuais e às normas do DNIT é de extrema importância, visto que todos
eles foram elaborados de forma a garantir a segurança dos usuários, por meio de execução
de serviços e procedimentos com qualidade e que já foram executados pelo próprio
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.
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Segundo o manual de drenagem IPR 724 do DNIT (BRASIL, 2006a), entre as bases e sub-
bases do pavimento (camadas granulares), e entre elas e o subleito, deve haver a
granulometria adequada. Para isso, poderá ser instalado filtro separador, a fim de evitar a
mistura de materiais que afetem a capacidade de drenagem no local, conforme mostra a
figura a seguir.
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#PraCegoVer : a imagem apresenta um esboço, em preto, cinza e branco. A figura mostra quatro
cortes de camadas de pavimentos, bem como a localização do filtro separador dentro das
camadas; além disso, mostra a base drenante, o subleito e o dreno. Em dois cortes, é utilizado o
filtro diretamente na sub-base, e, em outros dois, são utilizados geotêxteis como filtros
separadores. O primeiro corte, na parte superior à esquerda, mostra as seguintes camadas:
revestimento, base (drenante), sub-base (filtro) e subleito. O segundo corte, na parte superior à
direita, mostra as seguintes camadas: revestimento, base (drenante), geotêxtil e subleito. O
terceiro corte, na parte inferior à esquerda, mostra as seguintes camadas: revestimento, base
(drenante), subleito e dreno. O quarto corte, na parte inferior à direita, mostra as seguintes
camadas: revestimento, base (drenante), subleito geotêxtil e dreno.
Q = K . A . I
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Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)
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Drenagem Profunda
Caro(a) estudante, segundo o DNIT (BRASIL, 2006a), a água que escoa profundamente
precisará ser tratada com drenagens profundas, que podem ser: drenos profundos, drenos
espinha de peixe, colchão drenante, drenos horizontais profundos, valetões laterais e
drenos verticais de areia.
Tab 1 Tab 2
Como dito anteriormente, a drenagem profunda deverá evitar que a água chegue ao sentido
ascendente até o pavimento por meio de drenos ou outros elementos. Você verá
detalhadamente cada um deles, a seguir!
Drenos Profundos
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Os drenos profundos interceptam água subterrânea com o rebaixo do lençol freático para
que ela não chegue ao subleito. Eles são instalados em trechos de corte e em terrenos
planos com profundidades entre 1,5 até 2 m de acordo com o manual de drenagem IPR 724
(BRASIL, 2006a).
Os drenos profundos possuem material com função de filtro (areia e agregados etc.),
materiais para realização de dreno (britas e cascalho etc.), tubulação que pode ser em
concreto poroso ou perfurado, bem como tubulação de materiais plásticos e metálicos, de
acordo com o manual de drenagem IPR 724 (BRASIL, 2006a).
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Os drenos de espinha de peixe têm o formato de espinha de peixe, como o próprio nome
diz, e são instalados preferencialmente em grandes áreas pavimentadas, utilizando o eixo
longitudinal da estrada para drenagem da água de chuvas. Eles são executados abaixo do
subleito e normalmente sua adoção acontece quando o lençol freático está próximo à
superfície ou quando a camada abaixo do pavimento é impermeável (BRASIL, 2006a).
Colchão drenante
O colchão drenante são camadas drenantes que servem para drenar longitudinalmente as
águas de chuvas localizadas em pequenas profundidades da estrada, sendo utilizadas se o
dreno de espinha de peixe não conseguir realizar o dreno sozinho. São utilizados em cortes
de rocha e do lençol freático perto ao greide, são utilizados em aterros (BRASIL, 2006a).
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Eles devem ser instalados conforme especificação de projeto, podendo ter alinhamento
transversal, longitudinal ou em forma de espinha de peixe (BRASIL, 2004).
Valetões Laterais
Os valetões laterais são executados próximos ao bordo do acostamento de um lado e, do
outro, rentes ao talude do corte, como se fosse um falso aterro (BRASIL, 2006a).
Os valetões laterais são dispositivos que podem exercer a mesma função de sarjetas e de
drenos profundos em locais com região plana, e podem exercer ambas as funções ao
mesmo tempo (BRASIL, 2006a).
O dreno vertical é um dispositivo cuja função é drenar águas. Esse dreno tem camadas de
brita e de areia sobrepostas, que servem como filtros da água existente em excesso no
solo, para depois encaminhá-la a um lugar oportuno.
Conhecimento
Teste seus Conhecimentos
(Atividade não pontuada)
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Material
Complementar
WEB
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LIVRO
Estradas
Editora : Sagah
ISBN : 978-85-9502-095-5
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Conclusão
Estudante, antes de finalizarmos, vamos recordar o conteúdo que aprendemos? Ao longo deste
estudo, verificamos que a drenagem de pavimentos é um método antigo utilizado para conter as
águas de chuvas que caem sobre a plataforma das estradas pavimentadas. O intuito da
drenagem é retirar a água acumulada sobre o pavimento e levá-la para locais adequados e com
segurança. A água da chuva pode escoar superficialmente e subsuperficialmente; primeiro, passa
pela microdrenagem e, depois, é destinada a locais adequados.
Referências
ABITANTE, A. Estradas . Porto Alegre: Sagah, 2017.
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Rio de Janeiro: Ministério dos Transportes, 2006a. Disponível em:
http://www1.dnit.gov.br/arquivos_internet/ipr/ipr_new/manuais/manual_drenagem_rodovias.pdf
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Publ. 725). 2. ed. Rio de Janeiro: Ministério dos Transportes, 2006b. https://cutt.ly/oncnCuY .
Acesso em: 1º maio 2021.
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Disponível em: http://www1.dnit.gov.br/anexo/Projetos/Projetos_edital0494_10-23_12.pdf .
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