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Direito Municipal e Urbanístico

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Direito Público

Direito Municipal e Urbanístico


Profª. Drª. Andrea Teichmann Vizzotto
Itens abordados:
1. Noções preliminares

2. Direito Municipal? Porque?

3. Cidade, território, município e


região metropolitana.

4. Soberania e autonomia;

5. Estados federados e unitários.

6. O conceito de federação.

7. A origem do federalismo.

8. O federalistmo brasileiro.
● A peculiaridade da federação brasileira
● A essência da federação brasileira: divisão de poderes. Sistema constitucional
de competências horizontais e verticais.
● O Município brasileiro: competências próprias.

● O artigo 30 da Constituição Federal;


○ O interesse local. Jurisprudência.

● As demais competências do artigo 30 da Constituição Federal.


○ Estatuto da Metrópole: noções básicas.
○ Artigo 18, parágrafo 4º da CF: modificações territoriais e jurídicas dos
municípios.
● Estatuto da Metrópole: noções básicas.
● Artigo 18, parágrafo 4º da CF: modificações territoriais e jurídicas dos
municípios.

● A Lei orgânica Municipal: natureza jurídica.


● O princípio da simetria para fins de exame de constitucionalidade.

● O prefeito crimes de responsabilidade e improbidade administrativa.


○ Os tribunais de contas.
○ Controle de constitucionalidade.

● Exercícios
○ Bibliografia
Cidade x território x município x região metropolitana
República Federativa do Brasil:
Formas de Estado

Formas de governo
Formas de Estado e a divisão de poder:

● Estado Unitário

● Estado Federado
Soberania

Autonomia
Estado Federal (divisão de poder em dois níveis???):

● A União Federal é o todo, dotado de personalidade jurídica de


direito pública, formada pelas partes integrantes a quem cabe
exercer as prerrogativas de soberania do Estado ( ver artigo 21
da CF/88).

● Os Estados-Membros são entidades federativas componentes,


dotadas de autonomia e também com personalidade jurídica de
direito público.
Princípio federativo: unidade na pluralidade.
Origens do Federalismo:

Federação = latim foederatio, foedus = fazer aliança, pacto, tratado.

● Surgimento ideológico nos EUA.

● Pressupõe Constituição escrita com estabelecimento das


competências expressas.

● Coexistência de esferas de governo.

● Autonomia entre os entes federados e soberania do Poder Central.


FEDERALISMO AMERICANO
Federalismo por agregação
● Federalismo por desagregação:

○ Onde a centralização do Estado


é maior, assim, o ente central
recebe a maior parcela de
poderes, exemplo desse modo, é
visto na federação brasileira.
A Constituição de 1824:

● Art. 1. O Império do Brazil é a associação Politica de todos os Cidadãos


Brasileiros. Eles formam uma Nação livre, e independente, que não admite
com qualquer outro laço algum de união, ou federação, que se oponha á sua
Independência.

● Art. 2. O seu território é dividido em Províncias na forma em que atualmente


se acha, as quais poderão ser subdivididas, como pedir o bem do Estado.

● Art. 3. O seu Governo é Monarchico Hereditario, Constitucional, e


Representativo.(sic)
A Constituição de 1891:

“O Governo provisório da República dos Estados Unidos do Brasil, decreta:


● Art. 1º: “Fica proclamada provisoriamente e decretada como forma de governo
da nação brasileira – a República Federativa.”

● Art. 2º: “As Províncias do Brasil, reunidas pelo laço da federação, ficam
constituindo os Estados Unidos do Brasil.”

● Art. 3º: “Cada um desses Estados, no exercício de sua legítima soberania,


decretará oportunamente a sua constituição definitiva, elegendo os seus corpos
deliberantes e os seus governos locais.”
A Constituição de 1934:

● Art. 1º: “A Nação Brasileira, constituída pela União perpétua e indissolúvel dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios em Estados Unidos do Brasil,
mantém como forma de governo, sob regime representativo, a República
Federativa proclamada em 15 de novembro de 1889.
A Constituição de 1937:

● “Art. 3º: “O Brasil é um Estado Federal, constituído pela união indissolúvel dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. É mantida a sua atual divisão
política e territorial.”
A Constituição de 1946:

● Art. 1º Os Estados Unidos do Brasil mantêm, sob o regime representativo, a


Federação e a República.
(...)
○ § 1º A União compreende, além dos Estados, o Distrito Federal e os
Territórios.

● Art. 217. A Constituição poderá ser emendada.


(...)
○ § 6º Não serão admitidos como objeto de deliberação projetos
tendentes a abolir a Federação ou a República.
A Constituição de 1967/69:

● Art. 1º. Art. 1º. O Brasil é uma República Federativa, constituída, sob o regime
representativo, pela união indissolúvel dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios.
Constituição Federal de 1988:

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos


Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos:

● Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil


compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos
autônomos, nos termos desta Constituição.
1934 – 1ª. Definição das rendas municipais;

1946 – competências municipais expressas, de cujo meramente


administrativas.

E. C. 1969 – L.O . M. outorgadas – capitais, estâncias hidrominerais e


áreas de segurança nacionais.
1988- entes federativos autônomos.

O federalismo brasileiro é caracterizado pela centralização excessiva.

Lima, Edilberto Pontes. “ O STF e o equilíbrio federativo: entre a


descentralização e a inércia centralizadora”
Ente federativo= autonomia

a) Autonomia política;

b) Autonomia legislativa;

c) Autonomia tributária/ financeira;

d) Autonomia administrativa.
A CF conferiu ênfase à autonomia municipal ao mencionar os Municípios como
integrantes do sistema federativo (art. 1º da CF/1988) e ao fixá-la junto com os
Estados e o Distrito Federal (art. 18 da CF/1988). A essência da autonomia
municipal contém primordialmente (I) autoadministração, que implica capacidade
decisória quanto aos interesses locais, sem delegação ou aprovação hierárquica; e
(II) autogoverno, que determina a eleição do chefe do Poder Executivo e dos
representantes no Legislativo. O interesse comum e a compulsoriedade da
integração metropolitana não são incompatíveis com a autonomia municipal. O
mencionado interesse comum não é comum apenas aos Municípios envolvidos, mas
ao Estado e aos Municípios do agrupamento urbano.
[ADI 1.842, rel. min. Gilmar Mendes, j. 6-3-2013, P, DJE de 16-9-2013.]
Críticas:

● Federação de Estados, não de municípios;

● O município é mera divisão política do EM;

● Ausência de participação no Senado Federal que representa uma das


instituições de vontade do Estado Federal (representação igualitária);

● Não podem fazer emendas à CF, artigo 60;

● Não possuem Poder Judiciário;

● Não possuem Contas exceto São Paulo e RJ. Ver artigo 31 §4º da CF/88.
Conceito de competência:

● Decorre diretamente da Constituição.

● Parcela de Poder na Federação.

● Federação 3 entes (União, Estados e Municípios).

● Inexistência de hierarquia na Federação(?).


● Referendo na medida cautelar na ação direta de inconstitucionalidade 6.341
Distrito Federal

● Relator :Min. Marco Aurélio

● Redator do acórdão

● Min. Edson Fachin

● Referendo em medida cautelar em ação direta da inconstitucionalidade. Direito


constitucional. Direito à saúde. Emergência sanitária internacional. Lei 13.979
de 2020. Competência dos entes federados para legislar e adotar medidas
sanitárias de combate à epidemia internacional. Hierarquia do sistema único de
saúde. Competência comum. Medida cautelar parcialmente deferida.
● A emergência internacional, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde, não implica
nem muito menos autoriza a outorga de discricionariedade sem controle ou sem
contrapesos típicos do Estado Democrático de Direito. As regras constitucionais não
servem apenas para proteger a liberdade individual, mas também o exercício da
racionalidade coletiva, isto é, da capacidade de coordenar as ações de forma eficiente. O
Estado Democrático de Direito implica o direito de examinar as razões governamentais e
o direito de criticá-las. Os agentes públicos agem melhor, mesmo durante emergências,
quando são obrigados a justificar suas ações.

● 2. O exercício da competência constitucional para as ações na área da saúde deve seguir


parâmetros materiais específicos, a serem observados, por primeiro, pelas autoridades
políticas. Como esses agentes públicos devem sempre justificar suas ações, é à luz delas
que o controle a ser exercido pelos demais poderes tem lugar.
● 3. O pior erro na formulação das políticas públicas é a omissão, sobretudo para as ações
essenciais exigidas pelo art. 23 da Constituição Federal. É grave que, sob o manto da
competência exclusiva ou privativa, premiem-se as inações do governo federal, impedindo
que Estados e Municípios, no âmbito de suas respectivas competências, implementem as
políticas públicas essenciais. O Estado garantidor dos direitos fundamentais não é apenas
a União, mas também os Estados e os Municípios.

● 4. A diretriz constitucional da hierarquização, constante do caput do art. 198 não significou


hierarquização entre os entes federados, mas comando único, dentro de cada um deles.
(...)ADI 6421
Ações dos entes
federativos durante a
pandemia
A técnica de repartição de competências da
Constituição de 1988 combina competências
horizontais com competências verticais.
Interesse local:

● Contornos (preponderância do interesse).

● Delimitação.

● Elementos que compõe o conceito.

● Diferenciação com peculiar interesse local (peculiar # privativo e interesse local


não é exclusivo interesse)
É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento
comercial. (Súmula vinculante n. 38)
● Tema n. 145 de repercussão geral:

● O Município é competente para legislar sobre meio ambiente com União e


Estado, no limite de seu interesse local e desde que tal regramento seja e
harmônico com a disciplina estabelecida pelos demais entes federados (art. 24,
VI, c/c 30, I e II, da CRFB).
[RE 586.224, rel. min. Luiz Fux, j. 5-3-2015, P, DJE de 8-5-2015).
Definição do tempo máximo de espera de
clientes em filas de instituições bancárias.
competência do município para legislar.
assunto de interesse local. ratificação da
jurisprudência firmada por esta suprema
corte. existência de repercussão geral.

(RE 610221 RG, Relator(a):


Min. ELLEN GRACIE, julgado em 29/04/2010, DJe-154 DIVULG 19-08-2010 PUBLIC
20-08-2010 EMENT VOL-02411-05 PP-01137 )
COMPETÊNCIA DE MUNICÍPIO PARA LEGISLAR SOBRE ATIVIDADE BANCÁRIA.
INTERESSE LOCAL. POSSIBILIDADE.
1. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o RE 610.221, da relatoria
da ministra Ellen Gracie, reconheceu a repercussão geral da controvérsia sobre a
competência dos Municípios para legislar sobre o tempo máximo de espera de
clientes em filas de instituições bancárias. Na oportunidade, esta nossa Casa de
Justiça reafirmou a jurisprudência, no sentido de que os Municípios possuem
competência para legislar sobre assuntos de interesse local, tais como medidas que
propiciem segurança, conforto e rapidez aos usuários de serviços bancários.
2. Agravo regimental desprovido. (RE 357160 AgR, Relator(a):
Min. AYRES BRITTO, Segunda Turma, julgado em 13/12/2011, ACÓRDÃO
ELETRÔNICO DJe-037 DIVULG 22-02-2012 PUBLIC 23-02-2012
Agravo regimental no recurso extraordinário. Constitucional. Competência legislativa
dos Municípios. Instalação de sanitários nas agências bancárias. Conforto dos
usuários. Normas de proteção ao consumidor. Assunto de interesse local.
Precedentes.
1. É pacífica a jurisprudência desta Corte de que os Municípios detêm competência
para legislar determinando a instalação de sanitários nas agências bancárias, uma
vez que essa questão é de interesse local e diz respeito às normas de proteção das
relações de consumo, posto que visa o maior conforto dos usuários daquele serviço,
não se confundindo com a atividade-fim das instituições bancárias. 2. Agravo
regimental não provido.

(RE 266536 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em
17/04/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-092 DIVULG 10-05-2012 PUBLIC
11-05-2012).
CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. LEI MUNICIPAL. COMERCIALIZAÇÃO
DE ÁGUA MINERAL. TEOR DE FLÚOR. RESTRIÇÃO À SUA COMPOSIÇÃO:
IMPOSSIBILIDADE. MATÉRIA DISCIPLINADA POR LEI FEDERAL.
1. A decisão agravada aplicou entendimento fixado pela 2ª Turma desta Corte no
julgamento do RE 596.489-AgR/RS, rel. Min. Eros Grau, DJe 20.11.2009, o qual
declarou a inconstitucionalidade da Lei Municipal 8.640/2000.
2. No caso, padece de inconstitucionalidade a lei municipal que, na competência
legislativa concorrente, utilize-se do argumento do interesse local para restringir ou
ampliar as determinações contidas em regramento de âmbito nacional.
3. Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 477508 AgR, Relator(a):
Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, julgado em 03/05/2011, DJe-092 DIVULG
16-05-2011 PUBLIC 17-05-2011 EMENT VOL-02523-01 PP-00141).
A competência para organizar serviços públicos de interesse local é municipal, entre
os quais o de transporte coletivo (...). O preceito da Constituição amapaense que
garante o direito a "meia passagem" aos estudantes, nos transportes coletivos
municipais, avança sobre a competência legislativa local. A competência para legislar
a propósito da prestação de serviços públicos de transporte intermunicipal é dos
Estados-membros. Não há inconstitucionalidade no que toca ao benefício, concedido
pela Constituição estadual, de "meia passagem" aos estudantes nos transportes
coletivos intermunicipais.[ADI 845, rel. min. Eros Grau, j. 22-11-2007, P, DJE de
7-3-2008.]
Competência do Município para legislar
em matéria de segurança em
estabelecimentos financeiros. Terminais
de autoatendimento.[ARE 784.981 AgR,
rel. min. Rosa Weber, j. 17-3-2015, 1ª T,
DJE de 7-4-2015.]
Os Estados-membros são competentes para
explorar e regulamentar a prestação de
serviços de transporte intermunicipal. (...) A
prestação de transporte urbano,
consubstanciando serviço público de
interesse local, é matéria albergada pela
competência legislativa dos Municípios, não
cabendo aos Estados-membros dispor a seu
respeito.[ADI 2.349, rel. min. Eros Grau, j.
31-8-2005, P, DJ de 14-10-2005.]
QUESTÃO 56 – Analise as assertivas abaixo de acordo com a orientação:
I. Uma vez cumprido o processo de desmembramento de área de certo Município, criando-se nova unidade
federativa, é cabível a reunificação dos dois mediante lei estadual, com mera revogação do ato normativo que o
formalizou.
II. O Município é competente para legislar sobre meio ambiente com União e Estado, no limite de seu interesse
local e desde que tal regramento seja harmônico com a disciplina estabelecida pelos demais entes federados.
III. É constitucional a lei municipal que proíbe a circulação de água mineral com teor de flúor acima de 0,9 mg/l,
disciplinando assim sobre a proteção e defesa da saúde pública,competência legislativa concorrente, nos termos do
disposto no Art. 24, XII, da CB.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
PGM PORTO ALEGRE/2016
QUESTÃO 56 – Analise as assertivas abaixo de acordo com a orientação:
I. Uma vez cumprido o processo de desmembramento de área de certo Município, criando-se nova unidade
federativa, é cabível a reunificação dos dois mediante lei estadual, com mera revogação do ato normativo que o
formalizou.
II. O Município é competente para legislar sobre meio ambiente com União e Estado, no limite de seu interesse
local e desde que tal regramento seja harmônico com a disciplina estabelecida pelos demais entes federados.
III. É constitucional a lei municipal que proíbe a circulação de água mineral com teor de flúor acima de 0,9 mg/l,
disciplinando assim sobre a proteção e defesa da saúde pública,competência legislativa concorrente, nos termos do
disposto no Art. 24, XII, da CB.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
PGM PORTO ALEGRE/2016
QUESTÃO 57 – Analise as assertivas abaixo:
I. O município é competente para legislar em matéria de segurança em estabelecimentos financeiros (Terminais de
autoatendimento).
II. É incompatível com a Constituição lei municipal que impõe sanção mais gravosa que a prevista no Código de
Trânsito Brasileiro, por extrapolar a competência legislativa do Município.
III. Os Municípios situados no âmbito dos Estados-membros não se expõem à possibilidade constitucional de
sofrerem intervenção decretada pela União Federal, eis que, relativamente a esses entes municipais, a única
pessoa política ativamente legitimada a neles intervir é o Estado-membro.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas I e II.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
QUESTÃO 57 – Analise as assertivas abaixo:
I. O município é competente para legislar em matéria de segurança em estabelecimentos financeiros (Terminais de
autoatendimento).
II. É incompatível com a Constituição lei municipal que impõe sanção mais gravosa que a prevista no Código de
Trânsito Brasileiro, por extrapolar a competência legislativa do Município.
III. Os Municípios situados no âmbito dos Estados-membros não se expõem à possibilidade constitucional de
sofrerem intervenção decretada pela União Federal, eis que, relativamente a esses entes municipais, a única
pessoa política ativamente legitimada a neles intervir é o Estado-membro.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas I e II.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;

II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; (Vide ADPF 672)

III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem
prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;

IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;

V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços


públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de
educação infantil e de ensino fundamental;

VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de


atendimento à saúde da população;

VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e


controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a


ação fiscalizadora federal e estadual.
QUESTÃO 79 – Os Municípios, no Estado Federal Brasileiro, desfrutam de autonomia similar à dos
Estados-membros, visto que não lhes faltam um campo de atuação delimitado, leis próprias e autoridades suas.
Assim, é correto afirmar que:

A) A autonomia municipal se expressa pela capacidade de arrecadar as próprias finanças, organizar os serviços e
eleger Prefeitos e Vereadores.

B) Por serem entes federativos, os municípios têm soberania para a tomada de decisão no âmbito de seu território.

C) Os Estados organizar-se-ão de forma a assegurar a autonomia dos municípios, no que diz respeito ao seu
peculiar interesse.

D) Os municípios exercem competência suplementar, podendo legislar sobre as matérias previstas no Art. 22 da
Constituição Federal.

E) É da competência municipal legislar sobre assuntos de interesse local, que significam aqueles de exclusivo
interesse local.
QUESTÃO 79 – Os Municípios, no Estado Federal Brasileiro, desfrutam de autonomia similar à dos
Estados-membros, visto que não lhes faltam um campo de atuação delimitado, leis próprias e autoridades suas.
Assim, é correto afirmar que:

A) A autonomia municipal se expressa pela capacidade de arrecadar as próprias finanças, organizar os serviços e
eleger Prefeitos e Vereadores.

B) Por serem entes federativos, os municípios têm soberania para a tomada de decisão no âmbito de seu território.

C) Os Estados organizar-se-ão de forma a assegurar a autonomia dos municípios, no que diz respeito ao seu
peculiar interesse.

D) Os municípios exercem competência suplementar, podendo legislar sobre as matérias previstas no Art. 22 da
Constituição Federal.

E) É da competência municipal legislar sobre assuntos de interesse local, que significam aqueles de exclusivo
interesse local.
Estatuto da Metrópole- Lei Federal n. 13.089,
de 12-01-2015

● Região metropolitana: unidade regional instituída pelos estados, mediante lei


complementar, constituída por agrupamento de municípios limítrofes para integrar a
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum;

● Função pública de interesse comum: política pública ou ação nela inserida cuja realização
por parte de um município, isoladamente, seja inviável ou cause impacto em municípios
limítrofes;

● Governança interfederativa das funções públicas de interesse comum:


compartilhamento de responsabilidades e ações entre entes da federação em termos de
organização, planejamento e execução de funções públicas de interesse comum, mediante a
execução de um sistema integrado e articulado de planejamento, de projetos, de
estruturação financeira, de implantação, de operação e de gestão.
Criação, desmembramento, anexação, incorporação e
fusão de municípios.

● Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil


compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos
autônomos, nos termos desta Constituição.
(...)
● § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se
para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais,
mediante aprovação da população diretamente interessada, através de
plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-
ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal,
e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos
Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal,
apresentados e publicados na forma da lei.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996)
Criação, desmembramento, anexação, incorporação e fusão de municípios

Desmembramento é a separação de parte de um Município para se integrar


noutro ou constituir um novo Município.

Anexação é a junção da parte desmembrada de um território a Município já


existente, que continua com sua personalidade anterior.

Incorporação é a reunião de um Município a outro, perdendo um deles a


personalidade, que se integra na do território incorporador.

Fusão é a união de dois ou mais Municípios, que perdem, todos eles, sua primitiva
personalidade, surgindo um novo Município.
Na fusão e na cisão os municípios
FUSÃO: incorporação A+B=C originais deixam de existir.

CISÃO: subdivisão A = BC

FORMAÇÃO: A = AB
DESMEMBRAMENTO:
ANEXAÇÃO: AB = AB

Fonte:https://catapan.jusbrasil.com.br/artigos/488754299/organizacao-do-estado
Preservação da continuidade, quebra da continuidade e da
unidade histórico-cultural do ambiente urbano.

Estudo de viabilidade (descontinuidade e perda de mais de 50%


da receita).

Oitiva das populações envolvidas.

Obs. Requisitos diferentes daqueles previstos no artigo 18, parágrafo 3º. para a alteração territorial e jurídica
dos Estados-membros. Ver entendimento do STF
A utilização de termos distintos para as hipóteses de desmembramento de Estados-membros
e de Municípios não pode resultar na conclusão de que cada um teria um significado diverso,
sob pena de se admitir maior facilidade para o desmembramento de um Estado do que para o
desmembramento de um Município. Esse problema hermenêutico deve ser evitado por
intermédio de interpretação que dê a mesma solução para ambos os casos, sob pena de,
caso contrário, se ferir, inclusive, a isonomia entre os entes da federação. O presente caso
exige, para além de uma interpretação gramatical, uma interpretação sistemática da
Constituição, tal que se leve em conta a sua integralidade e a sua harmonia, sempre em
busca da máxima da unidade constitucional, de modo que a interpretação das normas
constitucionais seja realizada de maneira a evitar contradições entre elas.
Esse objetivo será alcançado mediante interpretação que extraia do termo "população
diretamente interessada" o significado de que, para a hipótese de desmembramento, deve ser
consultada, mediante plebiscito, toda a população do Estado-membro ou do Município, e não
apenas a população da área a ser desmembrada. A realização de plebiscito abrangendo toda
a população do ente a ser desmembrado não fere os princípios da soberania popular e da
cidadania. O que parece afrontá-los é a própria vedação à realização do plebiscito na área
como um todo. Negar à população do Território remanescente o direito de participar da
decisão de desmembramento de seu Estado restringe esse direito a apenas alguns cidadãos,
em detrimento do princípio da isonomia, pilar de um Estado Democrático de Direito. (...)
(...) Sendo o desmembramento uma divisão territorial, uma separação, com o desfalque de
parte do território e de parte da sua população, não há como excluir da consulta plebiscitária
os interesses da população da área remanescente, população essa que também será
inevitavelmente afetada. O desmembramento dos entes federativos, além de reduzir seu
espaço territorial e sua população, pode resultar, ainda, na cisão da unidade sociocultural,
econômica e financeira do Estado, razão pela qual a vontade da população do território
remanescente não deve ser desconsiderada, nem deve ser essa população rotulada como
indiretamente interessada. Indiretamente interessada – e, por isso, consultada apenas
indiretamente, via seus representantes eleitos no Congresso Nacional – é a população dos
demais Estados da Federação, uma vez que a redefinição territorial de determinado
Estado-membro interessa não apenas ao respectivo ente federativo, mas a todo o Estado
Federal
O art. 7º da Lei 9.709, de 18-11-1998, conferiu adequada interpretação ao art. 18, § 3º, da
Constituição, sendo, portanto, plenamente compatível com os postulados da Carta
Republicana. A previsão normativa concorre para concretizar, com plenitude, o princípio da
soberania popular, da cidadania e da autonomia dos Estados-membros. Dessa forma,
contribui para que o povo exerça suas prerrogativas de cidadania e de autogoverno de
maneira bem mais enfática.
[ADI 2.650, rel. min. Dias Toffoli, j. 24-8-2011, P, DJE de 17-11-2011.]
ATENÇÃO! DIFERENÇA ALTERAÇÃO INTRATERRITORIAL E EXTRATERRITORIAL

A criação, a organização e a supressão de distritos, da competência dos Municípios, faz-se


com observância da legislação estadual (CF, art. 30, IV). Também a competência municipal,
para promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e
controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano – CF, art. 30, VIII – por
relacionar-se com o direito urbanístico, está sujeita a normas federais e estaduais (CF, art. 24,
I). As normas das entidades políticas diversas – União e Estado-membro – deverão,
entretanto, ser gerais, em forma de diretrizes, sob pena de tornarem inócua a competência
municipal, que constitui exercício de sua autonomia constitucional.[ADI 478, rel. min. Carlos
Velloso, j. 9-12-1996, P, DJ de 28-2-1997.]= ADI 512, rel. min. Marco Aurélio, j. 3-3-1999, P, DJ
de 18-6-2001.
Após a alteração promovida pela EC 15/1996, a Constituição explicitou o alcance do âmbito
de consulta para o caso de reformulação territorial de Municípios e, portanto, o significado da
expressão "populações diretamente interessadas", contida na redação originária do § 4º do
art. 18 da Constituição, no sentido de ser necessária a consulta a toda a população afetada
pela modificação territorial, o que, no caso de desmembramento, deve envolver tanto a
população do território a ser desmembrado, quanto a do território remanescente. Esse sempre
foi o real sentido da exigência constitucional – a nova redação conferida pela emenda, do
mesmo modo que o art. 7º da Lei 9.709/1998, apenas tornou explícito um conteúdo já
presente na norma originária. A utilização de termos distintos para as hipóteses de
desmembramento de Estados-membros e de Municípios não pode resultar na conclusão de
que cada um teria um significado diverso, sob pena de se admitir maior facilidade para o
desmembramento de um Estado do que para o desmembramento de um Município.
[ADI 2.650, rel. min. Dias Toffoli, j. 24-8-2011, P, DJE de 17-11-2011.]
Após a alteração promovida pela EC 15/1996, a Constituição explicitou o alcance do âmbito
Lei do Distrito Federal 899/1995. (...) Previsão de alteração dos limites territoriais entre o
Distrito Federal e o Estado de Goiás. Inconstitucionalidade material.
[ADI 1.509, rel. min. Gilmar Mendes, j. 11-9-2014, P, DJE de 18-11-2014.]
Município: desmembramento. A subtração de parte do território de um Município substantiva
desmembramento, seja quando a porção desmembrada passe a constituir o âmbito espacial
de uma nova entidade municipal, seja quando for ela somada ao território de Município
preexistente. (...) Município: desmembramento: exigibilidade de plebiscito. Seja qual for a
modalidade de desmembramento proposta, a validade da lei que o efetive estará subordinada,
por força da Constituição, ao plebiscito, vale dizer, à consulta prévia das "populações
diretamente interessadas" – conforme a dicção original do art. 18, § 4º – ou "às populações
dos Municípios envolvidos" – segundo o teor vigente do dispositivo.
[ADI 2.967, rel. min. Sepúlveda Pertence, j. 12-2-2004, P, DJ de 19-3-2004.]

Projeto de Lei Complementar (PLP) 137/15, do Senado, que prevê plebiscito e estudos de
viabilidade municipal para criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios.
Leis Orgânicas Municipais:

Natureza jurídica.
Art. 29 CF.
Votada em dois turnos e aprovada por dois terços dos membros da Câmara
Municipal.
Promulgação pelo Presidente Câmara Municipal, atendidos os princípios
estabelecidos na Constituição Federal e na Constituição Estadual e XIV preceitos.
Dar alcance irrestrito à alusão, no art. 29, caput, CF, à observância devida pelas leis orgânicas
municipais aos princípios estabelecidos na Constituição do Estado, traduz condenável
misoneísmo constitucional, que faz abstração de dois dados novos e incontornáveis do trato
do Município da Lei Fundamental de 1988: explicitar o seu caráter de "entidade infraestatal
rígida" e, em consequência, outorgar-lhe o poder de auto-organização, substantivado, no art.
29, pelo de votar a própria lei orgânica. É mais que bastante ao juízo liminar sobre o pedido
cautelar a aparente evidência de que em tudo quanto, nos diversos incisos do art. 29, a
Constituição da República fixou ela mesma os parâmetros limitadores do poder de
auto-organização dos Municípios e excetuados apenas aqueles que contêm remissão
expressa ao direito estadual (art. 29, VI, IX e X) – a Constituição do Estado não os poderá
abrandar nem agravar.
[ADI 2.112 MC, rel. min. Sepúlveda Pertence, j. 11-5-2000, P, DJ de 18-5-2001.]

Princípio federativo e da solidariedade.


Dupla vacância dos cargos de prefeito e vice-prefeito – Competência legislativa municipal –
Domínio normativo da lei orgânica. (...) A vocação sucessória dos cargos de prefeito e
vice-prefeito põe-se no âmbito da autonomia política local, em caso de dupla vacância. Ao
disciplinar matéria, cuja competência é exclusiva dos Municípios, o art. 75, § 2º, da
Constituição de Goiás fere a autonomia desses entes, mitigando-lhes a capacidade de
auto-organização e de autogoverno e limitando a sua autonomia política assegurada pela
Constituição brasileira.
[ADI 3.549, rel. min. Cármen Lúcia, j. 17-9-2007, P, DJ de 31-10-2007.]
Princípio da simetria
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. PRELIMINAR. CONSTITUIÇÃO DO
ESTADO. PROCESSO LEGISLATIVO. MEDIDA PROVISÓRIA. COMPETËNCIA DO
GOVERNADOR PARA EDITÁ-LA. AUMENTO DE REMUNERAÇÃO DE SERVIDORES
PÚBLICOS. INICIATIVA. DOAÇÃO DE BENS DO ESTADO. MAJORAÇÃO DO PERCENTUAL
DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS NA ARRECADAÇÃO DO ICMS. EFICÁCIA LEGAL
LIMITADA NO TEMPO. PREJUDICIALIDADE. 1. Podem os Estados-membros editar medidas
provisórias em face do princípio da simetria, obedecidas as regras básicas do processo
legislativo no âmbito da União (CF, artigo 62). (ADI 425, Relator(a): Min. MAURÍCIO
CORRÊA, Tribunal Pleno, julgado em 04/09/2002, DJ 19-12-2003 PP-00019 EMENT
VOL-02137-01 PP-00014)
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. MATÉRIA DE INICIATIVA DO PODER
EXECUTIVO. EMENDA PARLAMENTAR. AUMENTO DE DESPESA. IMPOSSIBILIDADE.
OBSERV NCIA DO MODELO FEDERAL. As matérias reservadas à iniciativa do Poder
Executivo somente podem ser objeto de emenda na hipótese de não representarem aumento
de despesas. Parâmetro de observância cogente pelos Estados da Federação, à luz do
princípio da simetria. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente. (ADI 1304,
Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA, Tribunal Pleno, julgado em 11/03/2004, DJ 16-04-2004
PP-00052 EMENT VOL-02147-01 PP-00110)
Art. 29, X CF – prerrogativa de função; foro especial de julgamento TJ ( a questão da 4ª
Câmara Criminal TJRS)

Intimações Prefeitos: aplicação art. 221 CPP.


Superado o entendimento anterior:

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DESEMBARGADOR. AGENTE


POLÍTICO. AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. O Supremo Tribunal Federal fixou
entendimento nos termos do qual a Constituição do Brasil não admite concorrência entre dois
regimes de responsabilidade político-administrativa para os agentes políticos. Precedentes.
Agravo regimental a que se nega provimento.

(RE 579799 AgR, Relator(a): Min. EROS GRAU, Segunda Turma, julgado em 02/12/2008,
DJe-241 DIVULG 18-12-2008 PUBLIC 19-12-2008 EMENT VOL-02346-15 PP-03345 RTJ
VOL-00208-03 PP-01286)
Recentes alterações da
Lei Improbidade Administrativa
Controle de contas:

Os tribunais de contas:

O que são?
O que comem?
Do que se alimentam?
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle
externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos
Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.

§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente
prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.

§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer
contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.

§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.


A CF não proíbe a extinção de tribunais de contas dos Municípios. Esse é o entendimento do Plenário, que,
por maioria, julgou improcedente pedido formulado em ação direta de inconstitucionalidade ajuizada contra
emenda à Constituição do Estado do Ceará, que extinguiu o Tribunal de Contas dos Municípios desse ente
federado. (...) O Colegiado entendeu que a fraude na edição de lei com o objetivo de alcançar finalidade
diversa do interesse público deve ser explicitada e comprovada. A mera menção à existência de
parlamentares com contas desaprovadas não conduz à conclusão de estarem viciadas as deliberações cujo
tema é a atividade de controle externo. (...) Afastado o desvio de poder de legislar arguido na petição inicial,
cumpre analisar o argumento segundo o qual o art. 31, § 1º e § 4º, da CF impede a extinção de tribunais de
contas dos Municípios mediante norma de Constituição estadual.
(…) O legislador constituinte permitiu a experimentação institucional dos entes federados, desde que não
fossem criados conselhos ou tribunais municipais, devendo ser observado o modelo federal, com ao menos
um órgão de controle externo. É possível, portanto, a extinção de tribunal de contas responsável pela
fiscalização dos Municípios por meio da promulgação de Emenda à Constituição estadual, pois a CF não
proibiu a supressão desses órgãos.[ADI 5.763, rel. min. Marco Aurélio, j. 26-10-2017)
A Constituição da República impede que os Municípios criem os seus próprios tribunais, conselhos ou
órgãos de contas municipais (CF, art. 31, § 4º), mas permite que os Estados-membros, mediante autônoma
deliberação, instituam órgão estadual denominado Conselho ou Tribunal de Contas dos Municípios (RTJ
135/457, rel. min. Octavio Gallotti – ADI 445/DF, rel. min. Néri da Silveira), incumbido de auxiliar as câmaras
municipais no exercício de seu poder de controle externo (CF, art. 31, § 1º). Esses conselhos ou tribunais de
contas dos Municípios – embora qualificados como órgãos estaduais (CF, art. 31, § 1º) – atuam, onde
tenham sido instituídos, como órgãos auxiliares e de cooperação técnica das câmaras de vereadores. A
prestação de contas desses tribunais de contas dos Municípios, que são órgãos estaduais (CF, art. 31, §
1º), há de se fazer, por isso mesmo, perante o tribunal de contas do próprio Estado, e não perante a
assembleia legislativa do Estado-membro. Prevalência, na espécie, da competência genérica do tribunal de
contas do Estado (CF, art. 71, II, c/c art. 75).[ADI 687, rel. min. Celso de Mello, j. 2-2-1995, P, DJ de
10-2-2006.]
Inconstitucionalidade de norma de Constituição estadual que dispensa apresentação de
parecer prévio sobre as contas de chefe do Poder Executivo municipal a ser emitido pelo
respectivo tribunal de contas estadual.
[ADI 3.077, rel. min. Cármen Lúcia, j. 16-11-2016, P, DJE de 1º-8-2017.]
Tema 835: Repercussão geral reconhecida com mérito julgado
Compete à câmara municipal o julgamento das contas do chefe do Poder Executivo municipal, com o
auxílio dos tribunais de contas, que emitirão parecer prévio, cuja eficácia impositiva subsiste e somente
deixará de prevalecer por decisão de 2/3 dos membros da casa legislativa (CF, art. 31, § 2º). O Constituinte
de 1988 optou por atribuir, indistintamente, o julgamento de todas as contas de responsabilidade dos
prefeitos municipais aos vereadores, em respeito à relação de equilíbrio que deve existir entre os Poderes
da República (checks and balances). A CF revela que o órgão competente para lavrar a decisão irrecorrível
a que faz referência o art. 1º, I, g, da LC 64/1990, dada pela LC 135/2010, é a câmara municipal, e não o
tribunal de contas. Tese adotada pelo Plenário da Corte: “Para fins do art. 1º, inciso I, alínea g, da Lei
Complementar 64, de 18 de maio de 1990, alterado pela Lei Complementar 135, de 4 de junho de 2010, a
apreciação das contas de prefeito, tanto as de governo quanto as de gestão, será exercida pelas Câmaras
Municipais, com o auxílio dos Tribunais de Contas competentes, cujo parecer prévio somente deixará de
prevalecer por decisão de 2/3 dos vereadores.”
[RE 848.826, rel. p/ o ac. min. Ricardo Lewandowski, j. 10-8-2016, P, DJE de 24-8-2017,.]
Tema 157 do STF: (...) o parecer técnico elaborado pelo tribunal de contas tem natureza meramente
opinativa, competindo exclusivamente à câmara de vereadores o julgamento das contas anuais do chefe do
Poder Executivo local, sendo incabível o julgamento ficto das contas por decurso de prazo.
[RE 729.744, rel. min. Gilmar Mendes, j. 10-8-2016, P, DJE de 23-8-2017).
O controle externo das contas municipais, especialmente daquelas pertinentes ao chefe do Poder Executivo
local, representa uma das mais expressivas prerrogativas institucionais da câmara de vereadores, que o
exercerá com o auxílio do tribunal de contas (CF, art. 31). Essa fiscalização institucional não pode ser
exercida, de modo abusivo e arbitrário, pela câmara de vereadores, eis que – devendo efetivar-se no
contexto de procedimento revestido de caráter político-administrativo – está subordinada à necessária
observância, pelo Poder Legislativo local, dos postulados constitucionais que asseguram, ao prefeito
municipal, a prerrogativa da plenitude de defesa e do contraditório. A deliberação da câmara de vereadores
sobre as contas do chefe do Poder Executivo local há de respeitar o princípio constitucional do devido
processo legal, sob pena de a resolução legislativa importar em transgressão ao sistema de garantias
consagrado pela Lei Fundamental da República.
[RE 682.011, rel. min. Celso de Mello, dec. monocrática, j. 8-6-2012, DJE de 13-6-2012.]
● Fiscalização nas contas x devassa nas contas.

● O caráter da fiscalização na divisão dos poderes e a


motivação.

● Impossibilidade de motivação meramente politica.

● Artigo 2º da CF/88
Controle concentrado de constitucionalidade:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da


Constituição, cabendo-lhe:

I - processar e julgar, originariamente:


a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual
e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;
(...)

p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade;


(...)

§1º- A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrentes desta


Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.
Lei ou ato normativo federal ou estadual.
Incompatibilidade com a Constituição Estadual, mesmo que
repisando comandos da Constituição Federal.

Legitimidade ativa: art. 95, § 1º C. E. RS

Impossibilidade de argüição direta de incompatibilidade de lei


municipal diretamente com a Constituição Federal

Julgamento pelo Pleno do TJRS.


Normas de reprodução Normas de imitação
obrigatória (a sentença do TJ (o confronto se resolve única e
não esgota a questão e não tem exclusivamente no âmbito local,
força definitiva, uma vez que se por meio da representação de
admite a interposição de recurso inconstitucionalidade intentada
extraordinário, desde que havido perante o TJ local).
o devido pré- questionamento).
34. Considere as seguintes afirmações sobre Federação.

I –Na Constituição Federal, os “princípios sensíveis da federação”, se violados, ensejam a utilização do instituto da
intervenção federal.

II –No plano do controle judicial da intervenção, cabe o manejo de Recurso Extraordinário contra acórdão do
Tribunal de Justiça do Estado que defere a instauração da intervenção em Município.

III –As vedações constitucionais estabelecidas no art. 19 da Constituição Federal direcionam-se a todos os
integrantes da Federação (União, Estados, Municípios e Distrito Federal) e são de observância cogente.

Quais estão corretas?

(A)Apenas I.

(B)Apenas II.

(C)Apenas III.

(D)Apenas I e III.

(E)I, II e III.

MP/RS Edital n.º 376/2014


34. Considere as seguintes afirmações sobre Federação.

I –Na Constituição Federal, os “princípios sensíveis da federação”, se violados, ensejam a utilização do instituto da
intervenção federal.

II –No plano do controle judicial da intervenção, cabe o manejo de Recurso Extraordinário contra acórdão do
Tribunal de Justiça do Estado que defere a instauração da intervenção em Município.

III –As vedações constitucionais estabelecidas no art. 19 da Constituição Federal direcionam-se a todos os
integrantes da Federação (União, Estados, Municípios e Distrito Federal) e são de observância cogente.

Quais estão corretas?

(A)Apenas I.

(B)Apenas II.

(C)Apenas III.

(D)Apenas I e III.

(E)I, II e III.

MP/RS Edital n.º 376/2014


45.Assinale a alternativa INCORRETA

A. Os serviços públicos de interesse local, inclusive o de transporte coletivo, de caráter essencial, serão
organizados e prestados, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, pelos Municípios.

B. As Câmaras Municipais de Vereadores, consoante reza a Carta da República, não gastarão mais de
70% de suas receitas com folha de pagamento, incluído aí o gasto com o subsídio dos Edis, sob pena
de responsabilização de seus Presidentes por crime de responsabilidade.

C. O ato de desapropriação de imóvel municipal rural expedido com inobservância do disposto no


parágrafo 3º do artigo 182 da Constituição Federal (prévia e justa indenização em dinheiro) ou prévio
depósito judicial do valor da indenização é nulo de pleno direito, consoante dispõe a Lei de
Responsabilidade Fiscal.

D. O uso comum dos bens públicos municipais pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido
legalmente pela entidade a cuja administração pertencer.

E. O Estado não intervirá em seus Municípios, salvo quando: deixar de ser paga, sem motivo de força
maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; não forem prestadas contas devidas, na forma da
lei; não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; ou o Tribunal der provimento à representação para
assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual ou para prover a execução
de lei ou de decisão judicial.
45.Assinale a alternativa INCORRETA

A. Os serviços públicos de interesse local, inclusive o de transporte coletivo, de caráter essencial, serão
organizados e prestados, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, pelos Municípios.

B. As Câmaras Municipais de Vereadores, consoante reza a Carta da República, não gastarão mais de
70% de suas receitas com folha de pagamento, incluído aí o gasto com o subsídio dos Edis, sob pena
de responsabilização de seus Presidentes por crime de responsabilidade.

C. O ato de desapropriação de imóvel municipal rural expedido com inobservância do disposto no


parágrafo 3º do artigo 182 da Constituição Federal (prévia e justa indenização em dinheiro) ou prévio
depósito judicial do valor da indenização é nulo de pleno direito, consoante dispõe a Lei de
Responsabilidade Fiscal.

D. O uso comum dos bens públicos municipais pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido
legalmente pela entidade a cuja administração pertencer.

E. O Estado não intervirá em seus Municípios, salvo quando: deixar de ser paga, sem motivo de força
maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; não forem prestadas contas devidas, na forma da
lei; não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; ou o Tribunal der provimento à representação para
assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual ou para prover a execução
de lei ou de decisão judicial.
Determinado Município do Estado da Bahia tem população de dois milhões, seiscentos e setenta e
cinco mil habitantes e ocupa uma área territorial de seiscentos e noventa e três quilômetros
quadrados.Em tema de organização do Poder Legislativo Municipal, a Constituição da República de
1988 estabelece que a Câmara do citado Município deve observar o limite máximo de:

A. Vinte e um Vereadores, diante de seu número de habitantes e de sua extensão territorial;

B. Vinte e cinco Vereadores, diante de seu número de habitantes;

C. Trinta e cinco Vereadores, diante de seu número de habitantes e de sua extensão territorial;

D. Quarenta e três Vereadores, diante de seu número de habitantes;

E. Cinquenta e cinco Vereadores, diante de seu número de habitantes e de sua extensão


territorial.

Direito Constitucional - Municípios - Fundação Getúlio Vargas (FGV) - 2018 - Câmara de Salvador -
BA - Assistente Legislativo Municipal
Determinado Município do Estado da Bahia tem população de dois milhões, seiscentos e setenta e
cinco mil habitantes e ocupa uma área territorial de seiscentos e noventa e três quilômetros
quadrados.Em tema de organização do Poder Legislativo Municipal, a Constituição da República de
1988 estabelece que a Câmara do citado Município deve observar o limite máximo de:

A. Vinte e um Vereadores, diante de seu número de habitantes e de sua extensão territorial;

B. Vinte e cinco Vereadores, diante de seu número de habitantes;

C. Trinta e cinco Vereadores, diante de seu número de habitantes e de sua extensão territorial;

D. Quarenta e três Vereadores, diante de seu número de habitantes;

E. Cinquenta e cinco Vereadores, diante de seu número de habitantes e de sua extensão


territorial.

Direito Constitucional - Municípios - Fundação Getúlio Vargas (FGV) - 2018 - Câmara de Salvador -
BA - Assistente Legislativo Municipal
Assinale a alternativa incorreta:

A. O processo legislativo compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis


complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e
resoluções.

B. O processo legislativo compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis


complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e
resoluções.

C. Os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais são fixados por lei de
iniciativa do Chefe do Executivo.

D. A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de
pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores.

E. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido
rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.

Direito Constitucional - Municípios - MPE/PR - Ministério Público do Paraná - 2019 - Ministério


Público Estadual - PR (MPE/PR) - Promotor de Justiça Substituto
Assinale a alternativa incorreta:

A. O processo legislativo compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis


complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e
resoluções.

B. O processo legislativo compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis


complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e
resoluções.

C. Os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais são fixados por lei de
iniciativa do Chefe do Executivo.

D. A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de
pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores.

E. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido
rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.

Direito Constitucional - Municípios - MPE/PR - Ministério Público do Paraná - 2019 - Ministério


Público Estadual - PR (MPE/PR) - Promotor de Justiça Substituto
Assinale a alternativa correta:

A. No sistema constitucional de repartição de competências, a União e os Estados têm competências enumeradas


e privativas, ao passo que os Municípios foram dotados apenas de competências residuais ou remanescentes.

B. No âmbito das competências comuns da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, leis
complementares de cada unidade da federação fixarão normas para a cooperação recíproca, tendo em vista o
equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.

C. As competências administrativas comuns são suscetíveis de transferência absoluta no plano vertical (da União
para os Estados, e destes para os Municípios), por meio de lei complementar, desde que atendido o
pressuposto da predominância do interesse.

D. Por se tratar de matéria de interesse predominantemente local, os Municípios têm competência para legislar
sobre o tempo mínimo de espera na fila e instalação de equipamentos de segurança e instalações de conforto
em agências bancárias.

E. Afronta o limite material de reforma à Constituição emenda que de qualquer forma altere o sistema originário de
distribuição de competências legislativas, transferindo dos Estados à União competência inicialmente designada
àqueles pelo Constituinte originário, por desrespeito ao princípio intangível da federação.

Direito Constitucional - Competência dos Municípios - MPE/PR - Ministério Público do Paraná - 2019 - Ministério
Público Estadual - PR (MPE/PR) - Promotor de Justiça Substituto
Assinale a alternativa correta:

A. No sistema constitucional de repartição de competências, a União e os Estados têm competências enumeradas


e privativas, ao passo que os Municípios foram dotados apenas de competências residuais ou remanescentes.

B. No âmbito das competências comuns da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, leis
complementares de cada unidade da federação fixarão normas para a cooperação recíproca, tendo em vista o
equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.

C. As competências administrativas comuns são suscetíveis de transferência absoluta no plano vertical (da União
para os Estados, e destes para os Municípios), por meio de lei complementar, desde que atendido o
pressuposto da predominância do interesse.

D. Por se tratar de matéria de interesse predominantemente local, os Municípios têm competência para legislar
sobre o tempo mínimo de espera na fila e instalação de equipamentos de segurança e instalações de conforto
em agências bancárias.

E. Afronta o limite material de reforma à Constituição emenda que de qualquer forma altere o sistema originário de
distribuição de competências legislativas, transferindo dos Estados à União competência inicialmente designada
àqueles pelo Constituinte originário, por desrespeito ao princípio intangível da federação.

Direito Constitucional - Competência dos Municípios - MPE/PR - Ministério Público do Paraná - 2019 - Ministério
Público Estadual - PR (MPE/PR) - Promotor de Justiça Substituto
Nos termos da Constituição Federal e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa que
apresenta somente matérias da competência legislativa do município.

A. Dispor quanto à vocação sucessória dos cargos de prefeito e vice-prefeito em caso de dupla vacância e quanto
à fixação do horário de funcionamento de estabelecimento comercial.

B. Dispor quanto ao meio ambiente, no limite do respectivo interesse local e desde que em harmonia com a
disciplina estabelecida pelos demais entes federados, e trânsito e transporte.

C. Dispor quanto à fixação de tempo razoável de espera dos usuários dos serviços de cartórios e quanto à
instalação de nova farmácia a menos de 500 metros de estabelecimento da mesma natureza.

D. Dispor quanto a serviços funerários e quanto a normas gerais de direito urbanístico.

E. Dispor quanto a distância mínima entre postos de revenda de combustível e quanto à prestação de serviços
públicos de transporte intermunicipal.
Nos termos da Constituição Federal e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa que
apresenta somente matérias da competência legislativa do município.

A. Dispor quanto à vocação sucessória dos cargos de prefeito e vice-prefeito em caso de dupla vacância e quanto
à fixação do horário de funcionamento de estabelecimento comercial.

B. Dispor quanto ao meio ambiente, no limite do respectivo interesse local e desde que em harmonia com a
disciplina estabelecida pelos demais entes federados, e trânsito e transporte.

C. Dispor quanto à fixação de tempo razoável de espera dos usuários dos serviços de cartórios e quanto à
instalação de nova farmácia a menos de 500 metros de estabelecimento da mesma natureza.

D. Dispor quanto a serviços funerários e quanto a normas gerais de direito urbanístico.

E. Dispor quanto a distância mínima entre postos de revenda de combustível e quanto à prestação de serviços
públicos de transporte intermunicipal.
100
Política urbana x Planejamento x Gestão x Plano diretor

Desenvolvimento urbano
(Sustentável)

Crescimento urbano.
Planejamento e gestão:

Técnicos

Propositivos

Visão integrada e sistêmica

Visão de passado, presente e futuro


Como a cidade é dinâmica,
a legislação deve ser
dinâmica também. Como?

● Natureza dos tipos legais;


● Revisões constantes;
● Revisões sistêmicas e integradas;
● Previsão orçamentária adequada e
racional;
A carta de intenções:
● Transformar a cidade real na cidade desejada.

● Inserir
a informalidade na formalidade e na
cidadania.
Plano diretor é um documento que sintetiza e torna
explícitos os objetivos consensuados para o Município
e estabelece princípios, diretrizes e normas a serem
utilizadas como base para que as decisões dos atores
envolvidos no processo de desenvolvimento urbano
convirjam, tanto quanto possível, na direção desses
objetivos. (SABOYA, 2007, p. 39)
Art. 42. O plano diretor deverá conter no mínimo:
I – a delimitação das áreas urbanas onde poderá ser aplicado o
parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, considerando a existência
de infraestrutura e de demanda para utilização, na forma do art. 5o desta Lei;
II – disposições requeridas pelos arts. 25, 28, 29, 32 e 35 desta Lei;
III – sistema de acompanhamento e controle.
Artigo 4º., parágrafo 3.º
Os instrumentos previstos neste artigo que
demandam dispêndio de recursos por parte
do Poder Público municipal devem ser objeto
de controle social, garantida a participação de
comunidades, movimentos e entidades da
sociedade civil.
Ideia de cidades
resilientes:

VI- incluídas no cadastro nacional


de Municípios com áreas
suscetíveis à ocorrência de
deslizamentos de grande
impacto, inundações bruscas ou
processos geológicos ou
hidrológicos correlatos.

108
Pandemia e os centros urbanos
*Legislar sobre direito urbanístico:

competência da União.

*Executar a política urbana....legislando:

competência municipal.
Da Ordem Econômica e Financeira
Capítulo II Da Política Urbana

Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo poder público


municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus
habitantes.
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades
com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e de expansão urbana.
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências
fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
(...)
CF/1988- Política urbana;

Estatuto da cidade- LF 10.257/2001;

Plano Diretor como instrumento básico, mas não único.

Lei Federal n. 13465/17;

Lei Federal n.6766/79;

Lei Federal n. 13089.


Diretrizes gerais: Natureza vinculativa
Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:
I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à
moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços
públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;
II – gestão democrática por meio da participação da população e de associações
representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e
acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;
III – cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade
no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social;
IV – planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da
população e das atividades econômicas do Município e do território sob sua área de
influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos
negativos sobre o meio ambiente;
Gestão democrática da cidade:
AÇÃO POPULAR - APROVAÇÃO E LICENCIAMENTO PELO MUNICÍPIO DE OSÓRIO DE
EDIFICAÇÃO DE NOVE ANDARES A BEIRA-MAR EM PACATO BALNEÁRIO - LAUDO PERICIAL
CONCLUSIVO NO SENTIDO DA INEXISTÊNCIA DE DANO CONCRETO OU POTENCIAL AO
AMBIENTE - SOLUÇÃO DA LIDE QUE NÃO PASSA EXCLUSIVAMENTE PELO RESPEITO AO
DIREITO À PROPRIEDADE, AO PRINCÍPIO DA RESERVA E A AUSÊNCIA DE DANO AMBIENTAL -
SITUAÇÃO EM QUE O INTERESSE PUBLICO SE SOBREPÕE AO PARTICULAR - A INEXISTÊNCIA
DE PLANO DIRETOR DETERMINA A ADOÇÃO DE MAIORES CUIDADOS NA LIBERAÇÃO DE
CONSTRUÇÕES NÃO CONVENCIONAIS PELA AUSÊNCIA DE MANIFESTAÇÃO DOS MUNÍCIPES
- A OBRA NÃO PODE SER EXAMINADA ISOLADAMENTE E LIBERADA TÃO-SOMENTE POR NÃO
HAVER DANO AMBIENTAL, SOB PENA DE PROLIFERAÇÃO DE EDIFÍCIOS DA MESMA
ENVERGADURA PREJUDICANDO OS MORADORES QUE CONTINUARIAM SEM SER OUVIDOS -
REDIMENSIONAMENTO DA VERBA HONORÁRIA.
Desprovido o apelo da empresa. Provido em parte o do município. Voto vencido.
(Apelação Cível Nº 70012904207, Quarta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: João
Carlos Branco Cardoso, Julgado em 19-4-2006)
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - LEI MUNICIPAL Nº 1.635/2001 DE
GUAÍBA QUE ALTERA O ART. 55 DA LEI MUNICIPAL Nº 1.102/92 (PLANO DIRETOR) -
ORDENAMENTO URBANO LOCAL - AUSÊNCIA DE PARTICIPAÇÃO DAS ENTIDADES
COMUNITÁRIAS LEGALMENTE CONSTITUÍDAS NA DEFINIÇÃO DO PLANO DIRETOR
E DAS DIRETRIZES GERAIS DE OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO - FALTA DE AMPLA
DIVULGAÇÃO E DA DEVIDA PUBLICIDADE - RISCO DE PREJUÍZOS IRREPARÁVEIS
AO MEIO AMBIENTE E À QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO PELA NÃO
CONCRETIZAÇÃO DO PRÉVIO ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL PARA VIABILIZAR
A ALTERAÇÃO PREVISTA NA LEI IMPUGNADA - AFRONTA AOS ARTIGOS 1º, 8º, 19,
177, § 5º E 251 DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E ARTIGOS 29, INCISO XII E 37
"CAPUT" DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Ação julgada procedente. (Ação Direta de
Inconstitucionalidade Nº 70008224669, Tribunal Pleno, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
João Carlos Branco Cardoso, Julgado em 18-10-2004)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL
CIVIL. PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO:
ALTERAÇÃO. PARTICIPAÇÃO POPULAR.
SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA
SEGUIMENTO RE718326 / SP - SÃO PAULO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO Relator(a): Min.
CÁRMEN LÚCIA Julgamento: 06/11/2012
Publicação DJe-225 DIVULG 14/11/2012)
ADIN. LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL QUE
DISPÕE SOBRE ALTERAÇÕES NO PLANO
DIRETOR. AUSÊNCIA DE PARTICIPAÇÃO
POPULAR.É inconstitucional a Lei
Complementar n.º 792/2016, do Município de
Porto Alegre, porque alterou o Plano Diretor,
sem a necessária observância da exigência
constitucional de participação popular. Violação
aos artigos 5º, parágrafo único; 10; 82, incisos
VII e XI; 149, incisos I, II e III, § 3º; e 152, § 3º,
todos da Constituição Estadual. Lições
doutrinárias. Precedentes jurisprudenciais.
JULGARAM PROCEDENTE. UNÂNIME.
(TJRS, 70071549513)
Oferta de equipamentos urbanos
e comunitários, transportes e
serviços públicos adequados às
necessidades da população e de
acordo com as características
locais. (monitoramento da
densificação)
Função social da propriedade como princípio
e como regra constitucional.
123
V – oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos
adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais;
VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;
b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;

Uso inadequado (fora dos padrões urbanísticos), incompatível (inconciliável) e


inconveniente (desagradável, inoportuno e embaraçoso-aspecto moral?).
V – oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos
adequados aos interesses e necessidades da população e às características
locais;
VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;
b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou inadequados
em relação à infraestrutura urbana;
d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como
pólos geradores de tráfego, sem a previsão da infraestrutura correspondente;
e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização
ou não utilização;
f) a deterioração das áreas urbanizadas;
g) a poluição e a degradação ambiental;
(...)
IX – justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de
urbanização;
X – adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira e
dos gastos públicos aos objetivos do desenvolvimento urbano, de modo a
privilegiar os investimentos geradores de bem-estar geral e a fruição dos bens
pelos diferentes segmentos sociais;
(...)
XIX – garantia de condições condignas de acessibilidade, utilização e conforto nas
dependências internas das edificações urbanas, inclusive nas destinadas à
moradia e ao serviço dos trabalhadores domésticos, observados requisitos
mínimos de dimensionamento, ventilação, iluminação, ergonomia, privacidade e
qualidade dos materiais empregados.
§ 3.º Os instrumentos previstos neste artigo que demandam dispêndio de recursos
por parte do Poder Público municipal devem ser objeto de controle social,
garantida a participação de comunidades, movimentos e entidades da sociedade
civil.
INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA
Edificação, utilização e parcelamento compulsório de imóveis.

Artigo 5.º. Lei municipal específica para área incluída no plano diretor
poderá determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização
compulsórios do solo urbano não edificado, subtilizado ou não utilizado,
devendo fixar as condições e os prazos para implementação da referida
obrigação.
NOÇÃO DE VAZIO URBANO
Fase 1: Notificação

Imóvel subutilizado= aproveitamento


inferior ao mínimo definido no plano
diretor ou em legislação dele
decorrente.

Notificação prévia do proprietário,


averbada no RI:
1) notificação pessoal;
2) notificação por edital;
✔ 2 anos = para início da obra (em caso de parcelamento ou
edificação) a partir da aprovação do projeto.

✔ 1 ano = Prazo para cumprimento da obrigação com o protocolo de


projeto urbanístico ou arquitetônico junto ao órgão municipal
competente.

Se for parcelar: Lei Federal 6766/79.

Se for edificar: Código de Edificações e Plano Diretor.


Observação 1: nos grandes empreendimentos os prazos
poderão ser contados em etapas, desde que o projeto
compreenda o empreendimento como um todo. Previsão em
lei municipal específica.

Observação 2: A transmissão do imóvel por ato inter vivos


ou causa mortis, em dada posterior à notificação, transfere as
obrigações sem interrupção de quaisquer prazos. Daí a
necessidade de registro junto ao RI (eficácia)
Fase 2: IPTU progressivo no tempo.

Que tipo de progressividade?


IPTU natureza fiscal (artigo 156§1.da CF)
#
IPTU natureza extrafiscal (artigo 182,§4. da CF)

IPTU progressivo no tempo tem natureza


urbanística com o objetivo de compelir a utilização
do solo urbano.
Leading case:

IPTU. Progressividade. - No sistema tributário nacional é o IPTU inequivocamente um


imposto real. - Sob o império da atual Constituição, não é admitida a progressividade fiscal
do IPTU, quer com base exclusivamente no seu artigo 145, § 1º, porque esse imposto tem
caráter real que é incompatível com a progressividade decorrente da capacidade econômica
do contribuinte, quer com arrimo na conjugação desse dispositivo constitucional (genérico)
com o artigo 156, § 1º (específico). - A interpretação sistemática da Constituição conduz
inequivocamente à conclusão de que o IPTU com finalidade extrafiscal a que alude o inciso
II do § 4º do artigo 182 é a explicitação especificada, inclusive com limitação temporal, do
IPTU com finalidade extrafiscal aludido no artigo 156, I, § 1º. - Portanto, é inconstitucional
qualquer progressividade, em se tratando de IPTU, que não atenda exclusivamente ao
disposto no artigo 156, § 1º, aplicado com as limitações expressamente constantes dos §§
2º e 4º do artigo 182, ambos da Constituição Federal. Recurso extraordinário conhecido e
provido, declarando-se inconstitucional o sub-item 2.2.3 do setor II da Tabela III da Lei
5.641, de 22.12.89, no município de Belo Horizonte.(STF, RE 153.771, Pleno, 20.11.96,
Moreira Alves )
Artigo 7.º. Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos na
forma do caput do art.5º desta lei, ou não sendo cumpridas as etapas previstas
no §5º do art. 5º. desta Lei, o Município procederá a aplicação do imposto sobre
a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo, mediante
a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos.

Lei específica fixará o valor da alíquota que não poderá exceder o a 2 vezes o
valor referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de 15% ( a fim de
não caracterizar o caráter confiscatório da medida).
Fase 3: Desapropriação-sanção
Artigo 8. Decorridos cinco anos da cobrança do IPTU progressivo sem que o
proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização,
o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em
títulos da dívida pública.

- Os títulos terão prévia aprovação do Senado federal;

- Serão resgatados no prazo de até 10 anos em prestações anuais, iguais e


sucessivas.

- Fica assegurado o valor real da indenização.

- Fica assegurado o pagamento de juros legais de 6% ao ano.


Se nos cinco anos de progressividade da alíquota não for cumprida a obrigação
de parcelar, edificar ou utilizar o solo urbano será mantida a cobrança pela
alíquota máxima fixada em lei municipal até que se cumpra a obrigação ou então
que seja desapropriado o imóvel.

Nesse período de progressividade é vedada a concessão de


isenções ou anistia ao imóvel (não ao proprietário do imóvel).
Desapropriação do imóvel
com pagamento em títulos da
dívida pública.
(artigo 8° e seguintes)
Valor real da indenização por desapropriação de imóvel urbano inserido na
área do Plano Diretor:

I - refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o montante


incorporado em função de obras realizadas pelo Poder Público na área
onde o mesmo se localiza após a notificação de que trata o § 2º do art. 5º
desta Lei;

II - não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros


compensatórios.
Os títulos da dívida pública utilizados para pagamento de imóvel
desapropriado não poderão ser utilizados para fins de compensação de
pagamento de outros tributos.

Aproveitamento direto;

Aproveitamento por meio de alienação ou concessão a terceiros (observada


licitação e os prazos e condições para parcelamento, edificação ou
utilização).
DA ARRECADAÇÃO DE IMÓVEIS ABANDONADOS:
( ver também artigo 1276 do C. Civil
Art. 64. Os imóveis urbanos privados abandonados cujos proprietários não possuam a intenção de
conservá-los em seu patrimônio ficam sujeitos à arrecadação pelo Município ou pelo Distrito Federal
na condição de bem vago.
§ 1º A intenção referida no caput deste artigo será presumida quando o proprietário, cessados os
atos de posse sobre o imóvel, não adimplir os ônus fiscais instituídos sobre a propriedade predial e
territorial urbana, por cinco anos.
§ 2º O procedimento de arrecadação de imóveis urbanos abandonados obedecerá ao disposto em
ato do Poder Executivo municipal ou distrital e observará, no mínimo:
I - abertura de processo administrativo para tratar da arrecadação;
II - comprovação do tempo de abandono e de inadimplência fiscal;
III - notificação ao titular do domínio para, querendo, apresentar impugnação no prazo de trinta dias,
contado da data de recebimento da notificação.
§ 3º A ausência de manifestação do titular do domínio será interpretada como concordância com a
arrecadação.
§ 4º Respeitado o procedimento de arrecadação, o Município poderá realizar,
diretamente ou por meio de terceiros, os investimentos necessários para que o
imóvel urbano arrecadado atinja prontamente os objetivos sociais a que se destina.
§ 5º Na hipótese de o proprietário reivindicar a posse do imóvel declarado
abandonado, no transcorrer do triênio a que alude o art. 1.276 da Lei n.º 10.406, de
10 de janeiro de 2002 (Código Civil), fica assegurado ao Poder Executivo municipal
ou distrital o direito ao ressarcimento prévio, e em valor atualizado, de todas as
despesas em que eventualmente houver incorrido, inclusive tributárias, em razão
do exercício da posse provisória.
Art. 65. Os imóveis arrecadados pelos Municípios ou pelo Distrito Federal poderão
ser destinados aos programas habitacionais, à prestação de serviços públicos, ao
fomento da Reurb-S ou serão objeto de concessão de direito real de uso a
entidades civis que comprovadamente tenham fins filantrópicos, assistenciais,
educativos, esportivos ou outros, no interesse do Município ou do Distrito Federal.
O DIREITO DE SUPERFÍCIE.
O instituto separa o direito de propriedade do direito de construir

Concessão de uso do solo, Prazo determinado Escritura


subsolo ou espaço aéreo ou indeterminado; pública;
relativo ao terreno;

Gratuita ou onerosa. Uso e gozo de propriedade alheia EC x CC


implementada por acordo de vontades. (conflito aparente de normas)
●Construção ou plantação sem necessidade de aquisição do terreno;

●Facilidade de utilização de terrenos para moradia sem necessidade de


aquisição.

●Garantia da paisagem urbana e qualidade de vida;

● Regularização fundiária;

● Redes subterrâneas;
DIREITO DE PREEMPÇÃO
●Constitui restrição ao poder de dispor da coisa.

●Município
tem preferência para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação*
onerosa entre particulares*.

Necessidade de delimitação da área no Plano Diretor.

Lei municipal define as áreas e a finalidade de uso.


Enumeração das hipóteses para o exercício do direito de preempção – art. 26

Direito assegurado por lei específica ao Município, nas mesmas condições


de preço e pagamento, de ser preferido quando o proprietário do imóvel
urbano situada em área delimitada por lei municipal baseada no PD e
sujeita ao regime da preempção se dispuser por vontade própria a aliená-lo,
nessas condições, a terceiro em razão do recebimento formal de proposta
de compra e venda.
( GASPARINI, in DALLARI, EC, página 197)
Art. 26. O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar de áreas para:

I – regularização fundiária;
II – execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III – constituição de reserva fundiária;
IV – ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII – criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental;
VIII – proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico;

Parágrafo único. A lei municipal prevista no § 1o do art. 25 desta Lei deverá enquadrar cada área em
que incidirá o direito de preempção em uma ou mais das finalidades enumeradas por este artigo.
Art. 27. O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel, para que o Município, no prazo
máximo de trinta dias, manifeste por escrito seu interesse em comprá-lo.

§ 1.º À notificação mencionada no caput será anexada proposta de compra assinada por terceiro interessado
na aquisição do imóvel, da qual constarão preço, condições de pagamento e prazo de validade.

§ 2.º O Município fará publicar, em órgão oficial e em pelo menos um jornal local ou regional de grande
circulação, edital de aviso da notificação recebida nos termos do caput e da intenção de aquisição do imóvel
nas condições da proposta apresentada.

§ 3.º Transcorrido o prazo mencionado no caput sem manifestação, fica o proprietário autorizado a realizar a
alienação para terceiros, nas condições da proposta apresentada.

§ 4.º Concretizada a venda a terceiro, o proprietário fica obrigado a apresentar ao Município, no prazo de
trinta dias, cópia do instrumento público de alienação do imóvel.

§ 5.º A alienação processada em condições diversas da proposta apresentada é nula de pleno direito.

§ 6.º Ocorrida a hipótese prevista no § 5.º o Município poderá adquirir o imóvel pelo valor da base de cálculo
do IPTU ou pelo valor indicado na proposta apresentada, se este for inferior àquele.
Outorga onerosa do direito de construir (solo criado).

Coeficiente de aproveitamento básico.


Coeficiente de aproveitamento máximo.
Solo criado é o resultado da criação de áreas adicionais utilizáveis, não
apoiadas diretamente sobre o solo natural. .(Eros Grau)

Carta de Embaú/ 1976


Imagens de utilização do Solo Criado, edifícios com incentivo construtivo ao lado de outros com parâmetros de ocupação normal da Zona
O solo criado será sempre um acréscimo ao direito de construir, além do
coeficiente básico de aproveitamento estabelecido pela lei. Acima deste
coeficiente, até o limite que as normas edilícias admitirem, o proprietário não
terá o direito originário de construir, mas poderá adquiri-lo do Município.
(Hely Lopes Meirelles)
Indices Construtivos

● Transação feita pelo Estado do


direito de construir
(outorga ou indenização);

● Bem público;

● Preço público.
RELAÇÃO INFRAESTRUTURA
EXISTENTE
X
ADENSAMENTO
A lei local específica deverá estabelecer as condições para a outorga e a
destinação dos recursos auferidos. (incisos I a IX do artigo 26).
Medidas compensatórias.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. LEI N. 3.338/89 DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS/SC. SOLO CRIADO. NÃO
CONFIGURAÇÃO COMO TRIBUTO. OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CRIAR SOLO. DISTINÇÃO ENTRE ÔNUS,
DEVER E OBRIGAÇÃO. FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE. ARTIGOS 182 E 170, III DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL.
1. Solo criado é o solo artificialmente criado pelo homem [sobre ou sob o solo natural], resultado da construção praticada em
volume superior ao permitido nos limites de um coeficiente único de aproveitamento.

2. OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CRIAR SOLO. PRESTAÇÃO DE DAR CUJA SATISFAÇÃO AFASTA OBSTÁCULO
AO EXERCÍCIO, POR QUEM A PRESTA, DE DETERMINADA FACULDADE. ATO NECESSÁRIO. ÔNUS. Não há, na
hipótese, obrigação. Não se trata de tributo. Não se trata de imposto. Faculdade atribuível ao proprietário de imóvel, mercê da
qual se lhe permite o exercício do direito de construir acima do coeficiente único de aproveitamento adotado em determinada
área, desde que satisfeita prestação de dar que consubstancia ônus. Onde não há obrigação não pode haver tributo. Distinção
entre ônus, dever e obrigação e entre ato devido e ato necessário.

3. ÔNUS DO PROPRIETÁRIO DE IMÓVEL URBANO. Instrumento próprio à política de desenvolvimento urbano, cuja
execução incumbe ao Poder Público municipal, nos termos do disposto no artigo 182 da Constituição do Brasil. Instrumento
voltado à correção de distorções que o crescimento urbano desordenado acarreta, à promoção do pleno desenvolvimento das
funções da cidade e a dar concreção ao princípio da função social da propriedade [art. 170, III da CB].

4. Recurso extraordinário conhecido, mas não provido ( STF, RE 387047, Tribunal Pleno, relator Min. EROS GRAU,
julgamento em 06/03/2008)
Transferência do direito de construir
(ou transferência do potencial construtivo)
•Possibilidade do proprietário exercer o direito de construir em outro local.

•Depende de lei municipal e está vinculado a finalidade específica.

•Alienação mediante escritura pública.


Fonte: IPPUC - Palestra proferida no Fórum Catarinense do Estatuto da Cidade, disponível em www.confea.org.br
OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS
Art. 32. Lei municipal específica, baseada no plano diretor, poderá delimitar área para aplicação de
operações consorciadas.
§ 1o Considera-se operação urbana consorciada o conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo
Poder Público municipal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e
investidores privados, com o objetivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas estruturais,
melhorias sociais e a valorização ambiental.

§ 2o Poderão ser previstas nas operações urbanas consorciadas, entre outras medidas:
I – a modificação de índices e características de parcelamento, uso e ocupação do solo e subsolo, bem como
alterações das normas edilícias, considerado o impacto ambiental delas decorrente;

II – a regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em desacordo com a legislação vigente.

III - a concessão de incentivos a operações urbanas que utilizam tecnologias visando a redução de impactos
ambientais, e que comprovem a utilização, nas construções e uso de edificações 176 urbanas, de tecnologias que

reduzam os impactos ambientais e economizem recursos naturais, especificadas as modalidades de design e de


obras a serem contempladas.
(Incluído pela Lei nº 12.836, de 2013)
Art. 33. Da lei específica que aprovar a operação urbana consorciada constará o plano de operação urbana consorciada, contendo, no mínimo:

I – definição da área a ser atingida;

II – programa básico de ocupação da área;

III – programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela operação;

IV – finalidades da operação;

V – estudo prévio de impacto de vizinhança;

VI – contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores privados em função da utilização dos benefícios previstos nos incisos I e II do § 2.º do art. 32 desta Lei;

VI - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores privados em função da utilização dos benefícios previstos nos incisos I, II e III do § 2.º do art. 32 desta
Lei; (Redação dada pela Lei nº 12.836, de 2013)

VII – forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado com representação da sociedade civil.

VIII - natureza dos incentivos a serem concedidos aos proprietários, usuários permanentes e investidores privados, uma vez atendido o disposto no inciso III do § 2.º do art. 32 desta
Lei. (Incluído pela Lei nº 12.836, de 2013)

§ 1.º Os recursos obtidos pelo Poder Público municipal na forma do inciso VI deste artigo serão aplicados exclusivamente na própria operação urbana consorciada.

§ 2.º A partir da aprovação da lei específica de que trata o caput, são nulas as licenças e autorizações a cargo do Poder Público municipal expedidas em desacordo com o plano de operação
urbana consorciada.
https://youtu.be/bU4TedxVqDs
Direito à moradia e
regularização fundiária
O direito à moradia:

● Antecedentes da Constituição Federal;

● Estrutura da produção de habitação no país,limitada à moradia;

● Habitação popular produzida por órgãos públicos e financiados pelo BNH ;

● Órgãos públicos criados para produzir habitação popular


(ex: COHAB. Demhab);

● Inexistência do cumprimento de regras urbanísticas.


Anos 80:
● Aumento da irregularidade urbana;

● Início das políticas de regularização de áreas ocupadas (precursor


Favela/Bairro no Rio);

● Dimensão jurídica não integrava a regularização fundiária;


DIREITO À MORADIA NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE
DIREITO:

● Integra o conteúdo da ordem urbanística como direito difuso ;

● Direito social: art. 6º CF

● Regularização fundiária é uma expressão do direito social à moradia.


Direito à Moradia:

● Necessidade de produção de habitação popular


(programa Minha Casa, Minha Vida);

● Regularização de áreas ocupadas;

● Instrumentos garantidores do direito de morar


(aluguel social, bônus -moradia, ...);
Regularização Fundiária: expressão do princípio da
segurança da posse

● Uma das formas de concretização do direito à moradia ;

● Política pública permanente que integra a dimensão dos direitos e que


trabalha com o passivo existente.
Multidimensionalidade da regularização fundiária: quanto
aos agente e quanto à forma e conteúdo.

● Jurídica;

● Urbano-ambiental;

● Registral;

● Social;

●O papel do município, Poder Judiciário, do Ministério Público, dos moradores e da


sociedade.
Materialização do direito constitucional

● AEIS e alterações Lei Federal 6766/79


● Estatuto da Cidade (2001)
● Medida Provisória n. 2.220/01: concessão para fins de moradia
● Regularização de Loteamento (Provimento More Legal)
● Lei Federal 11.977/09 (Minha Casa, Minha Vida/ capítulo revogado- processos
em andamento preservados)
● Lei Federal 13.465/17
Regularização fundiária antes 13.465/17:

● Áreas públicas:

Concessão para fins de moradia.


Demarcação urbanística.

● Áreas privadas:
Usucapião.
Regularização loteamentos ( Exemplo: Programa More Legal )
Demarcação urbanística.
Características Lei Federal 13.465/17 ( Lei da RF)

● Lei de Procedimentos;
● Protagonismo da atuação dos municípios, com a afirmação de sua
responsabilidade na festão da política urbana, especificamente no caso da
regularização fundiária.
● Funçãomunicípio no reconhecimento, validação e registro dos direitos a serem
reconhecidos ;
Inovações legislativas em destaque:

● Legitimação fundiária como aquisição originária: efeitos registrários;

● REURB: procedimento qualificador da regularização fundiária;

● Possibilidade de utilizar mais de um instrumento na REURB ;

● Possibilidade de regularizar em partes e de excluir a APP.

● Inércia da decisão qualifica a REURB na forma que foi requerida;

● Possibilidade de regularização das edificações;


Lei Federal 13.465/17:

Art. 28. A Reurb obedecerá às seguintes fases:


I - requerimento dos legitimados;
II - processamento administrativo do requerimento, no qual será conferido prazo para
manifestação dos titulares de direitos reais sobre o imóvel e dos confrontantes;
III - elaboração do projeto de regularização fundiária;
IV - saneamento do processo administrativo;
V - decisão da autoridade competente, mediante ato formal, ao qual se dará publicidade;
VI - expedição da CRF pelo Município; e
VII - registro da CRF e do projeto de regularização fundiária aprovado perante o oficial do
cartório de registro de imóveis em que se situe a unidade imobiliária com destinação urbana
regularizada.
Reurb-E (regularização fundiária urbana)
Art. 16. Na Reurb-E, promovida sobre bem público, havendo solução
consensual, a aquisição de direitos reais pelo particular ficará condicionada ao
pagamento do justo valor da unidade imobiliária regularizada, a ser apurado na
forma estabelecida em ato do Poder Executivo titular do domínio, sem considerar
o valor das acessões e benfeitorias do ocupante e a valorização decorrente da
implantação dessas acessões e benfeitorias.

Parágrafo único. As áreas de propriedade do poder público registradas no


Registro de Imóveis, que sejam objeto de ação judicial versando sobre a sua
titularidade, poderão ser objeto da Reurb, desde que celebrado acordo judicial
ou extrajudicial, na forma desta Lei, homologado pelo juiz.
REURB - S

Art. 17. Na Reurb-S promovida sobre bem público, o registro do projeto de


regularização fundiária e a constituição de direito real em nome dos beneficiários
poderão ser feitos em ato único, a critério do ente público promovente.
Parágrafo único. Nos casos previstos no caput deste artigo, serão encaminhados
ao cartório o instrumento indicativo do direito real constituído, a listagem dos
ocupantes que serão beneficiados pela Reurb e respectivas qualificações, com
indicação das respectivas unidades, ficando dispensadas a apresentação de
título cartorial individualizado e as cópias da documentação referente à
qualificação de cada beneficiário.
Art. 30:
Compete aos Municípios nos quais estejam situados os núcleos urbanos informais a serem regularizados:
I - classificar, caso a caso, as modalidades da Reurb;
II - processar, analisar e aprovar os projetos de regularização fundiária; e
III - emitir a CRF.
§ 1.º Na Reurb requerida pela União ou pelos Estados, a classificação prevista no inciso I do caput deste
artigo será de responsabilidade do ente federativo instaurador.
§ 2.º O Município deverá classificar e fixar, no prazo de até cento e oitenta dias, uma das modalidades da
Reurb ou indeferir, fundamentadamente, o requerimento.
§ 3.º A inércia do Município implica a automática fixação da modalidade de classificação da Reurb
indicada pelo legitimado em seu requerimento, bem como o prosseguimento do procedimento
administrativo da Reurb, sem prejuízo e futura revisão dessa classificação pelo Município, mediante
estudo técnico que a justifique.
Artigo 37:
Na Reurb-S, caberá ao poder público competente, diretamente ou por meio da
administração pública indireta, implementar a infraestrutura essencial, os
equipamentos comunitários e as melhorias habitacionais previstos nos projetos de
regularização, assim como arcar com os ônus de sua manutenção.
Na Reurb-E, o Distrito Federal ou os Municípios deverão definir, por ocasião da
aprovação dos projetos de regularização fundiária, nos limites da legislação de
regência, os responsáveis pela:
I - implantação dos sistemas viários;
II - implantação da infraestrutura essencial e dos equipamentos públicos ou
comunitários, quando for o caso; e
III - implementação das medidas de mitigação e compensação urbanística e
ambiental, e dos estudos técnicos, quando for o caso.
§ 1.º As responsabilidades de que trata o caput deste artigo poderão ser
atribuídas aos beneficiários da Reurb-E.
§ 2.º Os responsáveis pela adoção de medidas de mitigação e compensação
urbanística e ambiental deverão celebrar termo de compromisso com as
autoridades competentes como condição de aprovação da Reurb-E.
Art. 44, parágrafo 2º:
Recebida a CRF, cumprirá ao oficial do cartório de registro de imóveis prenotá-la, autuá-la, instaurar o
procedimento registral e, no prazo de quinze dias, emitir a respectiva nota de exigência ou praticar os
atos tendentes ao registro.
§ 1º O registro do projeto Reurb aprovado importa em:
I - abertura de nova matrícula, quando for o caso;
II - abertura de matrículas individualizadas para os lotes e áreas públicas resultantes do projeto de
regularização aprovado; e
III - registro dos direitos reais indicados na CRF junto às matrículas dos respectivos lotes, dispensada a
apresentação de título individualizado.
§ 2º Quando o núcleo urbano regularizado abranger mais de uma matrícula, o oficial do registro de
imóveis abrirá nova matrícula para a área objeto de regularização, conforme previsto no inciso I do
§ 1o deste artigo, destacando a área abrangida na matrícula de origem, dispensada a apuração de
remanescentes.
§ 3.º O registro da CRF dispensa a comprovação do pagamento de tributos ou penalidades tributárias de
responsabilidade dos legitimados.
Ano: 2020 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Vila Velha - ES Prova: IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila
Velha - ES - Técnico em Edificações

São parâmetros de uso e ocupação do solo:

A. Plano Diretor, Lei de Parcelamento do Solo, Lei de Uso e Ocupação do Solo, Código de Obras.

B. Código Sanitário, Plano Diretor, Lei de Parcelamento do Solo, Lei de Uso e Ocupação do Solo.

C. Código de Obras, Código Sanitário, Plano Diretor, Lei de Parcelamento do Solo.

D. Lei de Uso e Ocupação do Solo, Código de Obras, Código Sanitário, Plano Diretor.

E. Lei de Parcelamento do Solo, Lei de Uso e Ocupação do Solo, Código de Obras,


Código Sanitário.
Ano: 2020 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Vila Velha - ES Prova: IBADE - 2020 - Prefeitura de Vila
Velha - ES - Técnico em Edificações

São parâmetros de uso e ocupação do solo:

A. Plano Diretor, Lei de Parcelamento do Solo, Lei de Uso e Ocupação do Solo, Código de Obras.

B. Código Sanitário, Plano Diretor, Lei de Parcelamento do Solo, Lei de Uso e Ocupação do Solo.

C. Código de Obras, Código Sanitário, Plano Diretor, Lei de Parcelamento do Solo.

D. Lei de Uso e Ocupação do Solo, Código de Obras, Código Sanitário, Plano Diretor.

E. Lei de Parcelamento do Solo, Lei de Uso e Ocupação do Solo, Código de Obras,


Código Sanitário.
Ano: 2019 Banca: COPESE - UFT Órgão: Prefeitura de Porto Nacional - TO Prova: COPESE - UFT - 2019 - Prefeitura de Porto
Nacional - TO - Arquiteto
As afirmativas abaixo estão alinhadas aos princípios da sustentabilidade urbana.

I. Cidades com baixa densidade que promovem expansão urbana prematura oneram os custos de infraestrutura e afetam negativamente
o meio ambiente.
II. O planejamento dos transportes deve estar de acordo com o planejamento do uso do solo, intensificando a ocupação urbana nos eixos
prioritários de transporte de massa.
III. As cidades que são compactas e possuem diversidade de usos e baixa segregação socioespacial promovem o aumento de distâncias
nos deslocamentos e, consequentemente, estimulam a utilização de veículos automotores.
IV. O cumprimento da função social da propriedade está em desacordo com o desenvolvimento urbano sustentável, uma vez que não
promove a diminuição das desigualdades socioespaciais.
V. A Nova Agenda Urbana é o documento mais recente aprovado na Conferência das Nações Unidas sobre Moradia e Desenvolvimento
Urbano Sustentável (Habitat III), realizada em 2016 em Quito, a qual reafirma o compromisso global para o desenvolvimento urbano
sustentável e orienta a urbanização sustentável pelos próximos anos.
Considerando-se as afirmativas, assinale a alternativa CORRETA.

A. Apenas as alternativas I, II, III e IV estão corretas.

B. Apenas as alternativas I, II e V estão corretas.

C. Apenas as alternativas I, II e IV estão corretas.

D. Todas as alternativas estão corretas.


Ano: 2019 Banca: COPESE - UFT Órgão: Prefeitura de Porto Nacional - TO Prova: COPESE - UFT - 2019 - Prefeitura de Porto
Nacional - TO - Arquiteto
As afirmativas abaixo estão alinhadas aos princípios da sustentabilidade urbana.

I. Cidades com baixa densidade que promovem expansão urbana prematura oneram os custos de infraestrutura e afetam negativamente
o meio ambiente.
II. O planejamento dos transportes deve estar de acordo com o planejamento do uso do solo, intensificando a ocupação urbana nos eixos
prioritários de transporte de massa.
III. As cidades que são compactas e possuem diversidade de usos e baixa segregação socioespacial promovem o aumento de distâncias
nos deslocamentos e, consequentemente, estimulam a utilização de veículos automotores.
IV. O cumprimento da função social da propriedade está em desacordo com o desenvolvimento urbano sustentável, uma vez que não
promove a diminuição das desigualdades socioespaciais.
V. A Nova Agenda Urbana é o documento mais recente aprovado na Conferência das Nações Unidas sobre Moradia e Desenvolvimento
Urbano Sustentável (Habitat III), realizada em 2016 em Quito, a qual reafirma o compromisso global para o desenvolvimento urbano
sustentável e orienta a urbanização sustentável pelos próximos anos.
Considerando-se as afirmativas, assinale a alternativa CORRETA.

A. Apenas as alternativas I, II, III e IV estão corretas.

B. Apenas as alternativas I, II e V estão corretas.

C. Apenas as alternativas I, II e IV estão corretas.

D. Todas as alternativas estão corretas.


Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGM - João Pessoa - PB Prova: CESPE - 2018 - PGM - João Pessoa - PB -
Procurador do Município
À luz da jurisprudência do STJ, assinale a opção correta, acerca do direito urbanístico.

A. A administração tem responsabilidade solidária de execução subsidiária em caso de dano ambiental-urbanístico, sendo
necessária a demonstração de omissão específica e direta do ente estatal para caracterização da responsabilidade.

B. As infrações ao meio ambiente não são de caráter continuado, razão pela qual ações de pretensão de cessação de
danos ambientais-urbanísticos decorrentes de loteamento irregular são prescritíveis.

C. O município é titular do dever de regularizar loteamentos clandestinos ou irregulares, sendo-lhe vedado alterar a malha
urbana já implementada, sob risco de prejudicar os moradores já instalados.

D. O município tem o poder-dever de agir para fiscalizar e regularizar loteamento irregular, pois é o responsável pelo
parcelamento, pelo uso e pela ocupação do solo urbano, atividade essa que é vinculada, e não discricionária.

E. No campo ambiental-urbanístico, vale a norma contemporânea ao julgamento da causa, dispensando-se a mais


rigorosa vigente à época dos fatos.
Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGM - João Pessoa - PB Prova: CESPE - 2018 - PGM - João Pessoa - PB -
Procurador do Município
À luz da jurisprudência do STJ, assinale a opção correta, acerca do direito urbanístico.

A. A administração tem responsabilidade solidária de execução subsidiária em caso de dano ambiental-urbanístico, sendo
necessária a demonstração de omissão específica e direta do ente estatal para caracterização da responsabilidade.

B. As infrações ao meio ambiente não são de caráter continuado, razão pela qual ações de pretensão de cessação de
danos ambientais-urbanísticos decorrentes de loteamento irregular são prescritíveis.

C. O município é titular do dever de regularizar loteamentos clandestinos ou irregulares, sendo-lhe vedado alterar a malha
urbana já implementada, sob risco de prejudicar os moradores já instalados.

D. O município tem o poder-dever de agir para fiscalizar e regularizar loteamento irregular, pois é o responsável pelo
parcelamento, pelo uso e pela ocupação do solo urbano, atividade essa que é vinculada, e não discricionária.

E. No campo ambiental-urbanístico, vale a norma contemporânea ao julgamento da causa, dispensando-se a mais


rigorosa vigente à época dos fatos.
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: Câmara Legislativa do Distrito Federal Prova: FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal -
Consultor Legislativo - Desenvolvimento Urbano
A partir da afirmação que a política de desenvolvimento urbano é consubstanciada pelo conjunto coordenado das unidades de
planejamento urbanístico − planos e projetos urbanísticos − e construída pela atuação conjunta entre o poder público e o setor privado, é
correto afirmar:

A. O planejamento urbanístico contêm todos os elementos necessários para a execução da transformação desejada, estabelecendo
regras e estratégias específicas para cada um dos diferentes territórios da cidade a serem seguidas pelo setor privado.

B. O projeto urbanístico, etapa da política de desenvolvimento urbano, veicula disposições gerais e fundamentais da regulação
urbanística, conformando os instrumentos aplicáveis no município.

C. O projeto urbanístico utiliza-se ferramental próprio, desenvolvido e implantado em atuação conjunta entre o poder público e o setor
privado, com o objetivo de regular o processo de transformação das cidades.

D. O planejamento urbanístico é um processo que ocorre em ao menos duas fases, sendo a primeira preparatória através de planos
gerais e normativos e a segunda vinculante, que se realiza mediante planos de atuação concreta, de natureza executiva.

E. O plano urbanístico é o conjunto de propostas destinadas à transformação ou correção de urbanização outrora implementada e à
melhoria das condições ambientais, formalmente representados em instrumento próprio e específico.
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: Câmara Legislativa do Distrito Federal Prova: FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal -
Consultor Legislativo - Desenvolvimento Urbano
A partir da afirmação que a política de desenvolvimento urbano é consubstanciada pelo conjunto coordenado das unidades de
planejamento urbanístico − planos e projetos urbanísticos − e construída pela atuação conjunta entre o poder público e o setor privado, é
correto afirmar:

A. O planejamento urbanístico contêm todos os elementos necessários para a execução da transformação desejada, estabelecendo
regras e estratégias específicas para cada um dos diferentes territórios da cidade a serem seguidas pelo setor privado.

B. O projeto urbanístico, etapa da política de desenvolvimento urbano, veicula disposições gerais e fundamentais da regulação
urbanística, conformando os instrumentos aplicáveis no município.

C. O projeto urbanístico utiliza-se ferramental próprio, desenvolvido e implantado em atuação conjunta entre o poder público e o setor
privado, com o objetivo de regular o processo de transformação das cidades.

D. O planejamento urbanístico é um processo que ocorre em ao menos duas fases, sendo a primeira preparatória através de planos
gerais e normativos e a segunda vinculante, que se realiza mediante planos de atuação concreta, de natureza executiva.

E. O plano urbanístico é o conjunto de propostas destinadas à transformação ou correção de urbanização outrora implementada e à
melhoria das condições ambientais, formalmente representados em instrumento próprio e específico.
Ano: 2019 Banca: IESES Órgão: Prefeitura de São José - SC Prova: IESES - 2019 - Prefeitura de São José - SC - Arquiteto
A Lei 6.766, de 19 de dezembro de 1979, estabelece questões acerca do parcelamento do solo para fins urbanos.
BRASIL. Lei n. º 6.766, de 19 de dezembro de 1979. Dispõe sobre o parcelamento do solo urbano e dá outras providências. Diário Oficial
[da] República Federativa do Brasil, 1979. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6766.htm>. . Acesso em: 29 jan.
2019.
Acerca do parcelamento dos solos, analise as afirmativas a seguir.

I. É permitido o parcelamento dos solos em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação.
II. Não é permitido o parcelamento dos solos em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que sejam
previamente saneados.
III. É permitido o parcelamento dos solos em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para
assegurar o escoamento das águas.
IV. Não é permitido o parcelamento dos solos em terrenos com declividade igual ou superior a 20% (vinte por cento), salvo se atendidas
exigências específicas das autoridades competentes.
Assinale a sequência correta:

A. Apenas a assertiva III está correta.

B. Apenas a assertiva II está correta.

C. Apenas as assertivas II e III estão corretas.

D. Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas.


Ano: 2019 Banca: IESES Órgão: Prefeitura de São José - SC Prova: IESES - 2019 - Prefeitura de São José - SC - Arquiteto
A Lei 6.766, de 19 de dezembro de 1979, estabelece questões acerca do parcelamento do solo para fins urbanos.
BRASIL. Lei n. º 6.766, de 19 de dezembro de 1979. Dispõe sobre o parcelamento do solo urbano e dá outras providências. Diário Oficial
[da] República Federativa do Brasil, 1979. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6766.htm>. . Acesso em: 29 jan.
2019.
Acerca do parcelamento dos solos, analise as afirmativas a seguir.

I. É permitido o parcelamento dos solos em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação.
II. Não é permitido o parcelamento dos solos em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que sejam
previamente saneados.
III. É permitido o parcelamento dos solos em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para
assegurar o escoamento das águas.
IV. Não é permitido o parcelamento dos solos em terrenos com declividade igual ou superior a 20% (vinte por cento), salvo se atendidas
exigências específicas das autoridades competentes.
Assinale a sequência correta:

A. Apenas a assertiva III está correta.

B. Apenas a assertiva II está correta.

C. Apenas as assertivas II e III estão corretas.

D. Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas.


FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: Prefeitura de Pará de Minas - MG Prova: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2018 - Prefeitura de
Pará de Minas - MG - Advogado
De acordo com o Estatuto da Cidade, Lei Nº 10.257 de 10 de julho de 2001, que estabelece normas de ordem pública e interesse social
que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio
ambiental, é correto afirmar:
A. Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco anos e cuja área total dividida pelo número de possuidores
seja inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados por possuidor são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, desde que
os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.

B. Considera-se consórcio imobiliário a forma de viabilização de planos de urbanização, de regularização fundiária ou de reforma,
conservação ou construção de edificação por meio do qual o proprietário transfere ao incorporador privado seu imóvel e, após a
realização das obras, recebe como pagamento unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ou edificadas, ficando as demais
unidades transferidas ao incorporador privado.

C. Considerando a intenção legítima de regularizar a situação na ocupação, a instauração do consórcio imobiliário por proprietários que
tenham dado causa à formação de núcleos urbanos informais, ou por seus sucessores, os eximirá das responsabilidades
administrativa, civil ou criminal.

D. A adoção, pelo município, do parcelamento e edificação compulsórios, imposto sobre a propriedade territorial urbana progressivo no
tempo, e desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública decorre da aplicação direta do Estatuto da Cidade,
não havendo necessidade de previsão ou delimitação de áreas específicas em plano diretor.
FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: Prefeitura de Pará de Minas - MG Prova: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2018 - Prefeitura de
Pará de Minas - MG - Advogado
De acordo com o Estatuto da Cidade, Lei Nº 10.257 de 10 de julho de 2001, que estabelece normas de ordem pública e interesse social
que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio
ambiental, é correto afirmar:
A. Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco anos e cuja área total dividida pelo número de possuidores
seja inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados por possuidor são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, desde que
os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.

B. Considera-se consórcio imobiliário a forma de viabilização de planos de urbanização, de regularização fundiária ou de reforma,
conservação ou construção de edificação por meio do qual o proprietário transfere ao incorporador privado seu imóvel e, após a
realização das obras, recebe como pagamento unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ou edificadas, ficando as demais
unidades transferidas ao incorporador privado.

C. Considerando a intenção legítima de regularizar a situação na ocupação, a instauração do consórcio imobiliário por proprietários que
tenham dado causa à formação de núcleos urbanos informais, ou por seus sucessores, os eximirá das responsabilidades
administrativa, civil ou criminal.

D. A adoção, pelo município, do parcelamento e edificação compulsórios, imposto sobre a propriedade territorial urbana progressivo no
tempo, e desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública decorre da aplicação direta do Estatuto da Cidade,
não havendo necessidade de previsão ou delimitação de áreas específicas em plano diretor.
Ano: 2009 Banca: CESPE Órgão: DPE-PI Prova: CESPE - 2009 - DPE-PI - Defensor Público
Quanto aos instrumentos de indução do desenvolvimento urbano e direito à moradia, assinale a opção correta.
Lei municipal específica poderá determinar o parcelamento compulsório do solo urbano não edificado. Entretanto,
é vedado ao poder público realizar a notificação da obrigação por edital.

A. A notificação do Poder Executivo municipal para edificação do solo urbano não utilizado, dispensa a averbação
no cartório de registro de imóveis.

B. O prazo de uma utilização compulsória do solo urbano não edificado é de, no mínimo, 3 anos.

C. Se uma lei municipal determinar a edificação compulsória do solo urbano em determinado imóvel, caso ele
venha a ser transmitido por ato inter vivos, as obrigações de edificação não se transferem.

D. No âmbito do planejamento municipal, o plano diretor, o zoneamento ambiental e a gestão orçamentária


participativa figuram como instrumentos da política urbana.
Ano: 2009 Banca: CESPE Órgão: DPE-PI Prova: CESPE - 2009 - DPE-PI - Defensor Público
Quanto aos instrumentos de indução do desenvolvimento urbano e direito à moradia, assinale a opção correta.
A. Lei municipal específica poderá determinar o parcelamento compulsório do solo urbano não edificado.
Entretanto, é vedado ao poder público realizar a notificação da obrigação por edital.

B. A notificação do Poder Executivo municipal para edificação do solo urbano não utilizado, dispensa a
averbação no cartório de registro de imóveis.

C. O prazo de uma utilização compulsória do solo urbano não edificado é de, no mínimo, 3 anos.

D. Se uma lei municipal determinar a edificação compulsória do solo urbano em determinado imóvel, caso ele
venha a ser transmitido por ato inter vivos, as obrigações de edificação não se transferem.

E. No âmbito do planejamento municipal, o plano diretor, o zoneamento ambiental e a gestão orçamentária


participativa figuram como instrumentos da política urbana.
Banca: CESPE Órgão: MPE-PI Prova: CESPE - 2019 - MPE-PI - Promotor de Justiça Substituto
A política urbana tem como objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana.
Considerando-se as disposições legais sobre esse assunto, é correto afirmar que;

A. a elaboração do estudo prévio de impacto de vizinhança não substitui a necessidade de elaboração e aprovação de
estudo prévio de impacto ambiental

B. os imóveis urbanos não edificados nos prazos e nas condições legais estarão sujeitos à tributação de IPTU progressivo no
tempo, sendo viável a concessão de anistia nas hipóteses reguladas por lei municipal.

C. o Ministério Público tem legitimidade ativa para a propositura de ação de usucapião especial urbana.

D. é facultativa a promoção de audiências públicas e de debates pelo Poder Legislativo durante o processo de elaboração do
plano diretor.

E. não existe prazo legalmente estabelecido para que o município proceda ao adequado aproveitamento do imóvel objeto de
desapropriação a partir de sua incorporação ao patrimônio público.
Banca: CESPE Órgão: MPE-PI Prova: CESPE - 2019 - MPE-PI - Promotor de Justiça Substituto
A política urbana tem como objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana.
Considerando-se as disposições legais sobre esse assunto, é correto afirmar que;

A. a elaboração do estudo prévio de impacto de vizinhança não substitui a necessidade de elaboração e aprovação de
estudo prévio de impacto ambiental

B. os imóveis urbanos não edificados nos prazos e nas condições legais estarão sujeitos à tributação de IPTU progressivo no
tempo, sendo viável a concessão de anistia nas hipóteses reguladas por lei municipal.

C. o Ministério Público tem legitimidade ativa para a propositura de ação de usucapião especial urbana.

D. é facultativa a promoção de audiências públicas e de debates pelo Poder Legislativo durante o processo de elaboração do
plano diretor.

E. não existe prazo legalmente estabelecido para que o município proceda ao adequado aproveitamento do imóvel objeto de
desapropriação a partir de sua incorporação ao patrimônio público.
Banca: FCC Órgão: Câmara Legislativa do Distrito Federal Prova: FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal -
Consultor Legislativo - Desenvolvimento Urbano
A Lei n° 13.465/2017 instituiu normas e procedimentos aplicáveis à Regularização Fundiária Urbana (Reurb), no contexto da
qual foi introduzida a legitimação fundiária,

A. aplicável para reconhecimento de posse àquele que ocupar área privada integrante de núcleos urbanos formais ou
informais consolidados até 2016.

B. instrumento de regularização fundiária urbana para expedição de títulos de domínio para aquele que ocupar área
privada integrante de núcleo urbano informal consolidado até 2016, não se aplicando para terrenos de titularidade
pública.

C. instrumento de aquisição originária do imóvel integrante do perímetro identificado pelo CRF (Certidão de Regularização
Fundiária), preenchidos demais requisitos e condicionantes legais.

D. aplicável quando se tratar de imóveis de titularidade pública e forma de aquisição originária de propriedade, não
transmissível mortis causa.

E. restrita para ocupações residenciais, não se admitindo sua aplicação para reconhecimento de posse
ou outorga de direito de propriedade para aquele que detiver imóvel com finalidade diversa
Banca: FCC Órgão: Câmara Legislativa do Distrito Federal Prova: FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal -
Consultor Legislativo - Desenvolvimento Urbano
A Lei n° 13.465/2017 instituiu normas e procedimentos aplicáveis à Regularização Fundiária Urbana (Reurb), no contexto da
qual foi introduzida a legitimação fundiária,

A. aplicável para reconhecimento de posse àquele que ocupar área privada integrante de núcleos urbanos formais ou
informais consolidados até 2016.

B. instrumento de regularização fundiária urbana para expedição de títulos de domínio para aquele que ocupar área
privada integrante de núcleo urbano informal consolidado até 2016, não se aplicando para terrenos de titularidade
pública.

C. instrumento de aquisição originária do imóvel integrante do perímetro identificado pelo CRF (Certidão de Regularização
Fundiária), preenchidos demais requisitos e condicionantes legais.

D. aplicável quando se tratar de imóveis de titularidade pública e forma de aquisição originária de propriedade, não
transmissível mortis causa.

E. restrita para ocupações residenciais, não se admitindo sua aplicação para reconhecimento de posse
ou outorga de direito de propriedade para aquele que detiver imóvel com finalidade diversa
Banca: FCC Órgão: Câmara Legislativa do Distrito Federal Prova: FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal -
Consultor Legislativo - Desenvolvimento Urbano
Distingue-se a legitimação fundiária da legitimação de posse, ambas previstas na Lei n° 13.465/2017 porque:
A. somente a primeira destina-se à regularização fundiária de caráter urbano, restrita aos núcleos de interesse social e
destinada à outorga de títulos definitivos de propriedade aos beneficiários.

B. a legitimação de posse destina-se somente à regularização fundiária de interesse social de natureza urbana, razão pela
qual não permite conversão em direito de propriedade.

C. a legitimação de posse pode incidir sobre terrenos de titularidade pública, desde que não abranja edificações, ocupadas ou
não.

D. a legitimação fundiária implica expedição de títulos de domínio em área pública ou privada, enquanto a legitimação de
posse admite outorga de título passível de ser convolado em propriedade, preenchidos os requisitos do usucapião especial
urbano.

E. ambas se destinam a área urbana, independentemente das características e metodologia da ocupação,


mas somente a legitimação de posse outorga título definitivo de proprietário.
Banca: FCC Órgão: Câmara Legislativa do Distrito Federal Prova: FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal -
Consultor Legislativo - Desenvolvimento Urbano
Distingue-se a legitimação fundiária da legitimação de posse, ambas previstas na Lei n° 13.465/2017 porque:
A. somente a primeira destina-se à regularização fundiária de caráter urbano, restrita aos núcleos de interesse social e
destinada à outorga de títulos definitivos de propriedade aos beneficiários.

B. a legitimação de posse destina-se somente à regularização fundiária de interesse social de natureza urbana, razão pela
qual não permite conversão em direito de propriedade.

C. a legitimação de posse pode incidir sobre terrenos de titularidade pública, desde que não abranja edificações, ocupadas ou
não.

D. a legitimação fundiária implica expedição de títulos de domínio em área pública ou privada, enquanto a legitimação de
posse admite outorga de título passível de ser convolado em propriedade, preenchidos os requisitos do usucapião especial
urbano.

E. ambas se destinam a área urbana, independentemente das características e metodologia da ocupação,


mas somente a legitimação de posse outorga título definitivo de proprietário.

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