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Revisão

Estudos de linguagem

1. c O uso de verbos de ação, tais como “saltar”, “enroscar”, “espreguiçar”, “embeber”, etc., dá ao
rio características de seres animados, como humanos e animais, configurando, assim, a
figura de linguagem denominada personificação.
2. b Em “Paquequer”, tem-se dois dígrafos /qu/, em “Paraíba” há um hiato em /aí/ e, em “caudal”,
tem-se o ditongo /au/.
3. c O vocábulo “várzea” é acentuado por ser uma paroxítona finalizada por um ditongo oral.
O mesmo ocorre com “supérfluo” e “incêndio”.
4. d Termos cognatos são termos que compõem uma família por serem derivados de um
mesmo radical. No caso do exercício, “tributário”, “tributo”, “tributar” e “tributável” são
exemplos de palavras que são compostas a partir do radical tribut-.
5. e Corrigindo as demais frases:
a) Os alunos de Medicina dissecaram o cadáver.
b) O assunto é muito delicado e devemos agir com muita discrição.
c) O concerto sinfônico será hoje às 20 h.
d) O eletricista levou um choque enorme.
6. a) O diminutivo indica afetividade. Por um lado, indica a própria afetividade da linguagem
infantil; por outro, indica a afetividade do narrador em relação à personagem.
b) Por sufixação, Guimarães Rosa partiu do substantivo “andorinha” para criar o neologismo
“andorinhar”, verbo cujo sentido indica os movimentos irrequietos da personagem, asso-
ciando-os aos do pássaro.
7. b O termo “advogadozinho” tem valor pejorativo: indica um advogado qualquer, sem grandes
méritos.
8. c O prefixo homo- é indicativo de igualdade. Portanto, “homófono” significa “sons iguais”.
9. a) Compõem a palavra o prefixo des-, cujo sentido se traduz por “sem” ou “desprovido de”,
e o sufixo -vel, que significa “possibilidade de”. Assim, a utilização dos dois afixos em
“descapotável” forma um termo que indica a “possibilidade de remover a capota”.
b) Para o autor, a palavra “descapotável” faz mais sentido que “conversível” porque o carro,
na verdade, não se converte em outro automóvel, ele apenas pode ter sua capota removida.
10. A palavra “Desencontrários” é formada por derivação, processo em que através de uma pala-
vra se formam outras por meio da agregação de certos elementos que Ihe alteram o sentido,
mas sempre se referindo ao valor semântico da palavra primitiva. Assim, há uma possibili-
dade para a formação da palavra em questão, considerando o radical, os prefixos e sufixos
e as desinências flexionais: des+en+contr+ário+s. Des- é um prefixo que indica negação.

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11. a) A palavra “marilama” é formada por composição por aglutinação das palavras “mar” e
“lama”. Aproveita-se a semelhança sonora com o nome da cidade “Mariana” e sugere‑se a
expressão pejorativa “mar de lama” para discriminar os jovens oriundos do vilarejo rural de
Bento Rodrigues, vitimados pelo acidente da mineradora Samarco.
b) O texto revela que, para fugir do preconceito e do bullying, jovens do vilarejo relataram
que “evitavam circular na cidade com o uniforme da Escola Municipal de Bento Rodrigues”.
12. c O artigo deve preceder um substantivo (no caso, “paredes” ). O pronome acompanha o verbo
e substitui um nome (no caso, “paredes”).
13. c A questão trabalha aspectos da morfologia, abordando o substantivo (“lembrança”), o pro-
nome pessoal do caso oblíquo (“me”) e o adjetivo (“divino”).
14. d F “que” (1) é conjunção integrante e introduz oração subordinada substantiva subjetiva;
„ “que” (2) é pronome relativo, substitui “mudanças” e exerce função de sujeito do verbo

“favorecer”;
„ “que” (3) é conjunção integrante e introduz oração subordinada substantiva objetiva direta;

„ “que” (4) é pronome relativo, substitui “distribuição de rendas” e exerce função de objeto

direto.
15. b Os dois primeiros “que” são conjunções integrantes e introduzem orações subordinadas
substantivas objetivas diretas; o terceiro “que” é um pronome relativo com função de sujeito;
“alegria” é substantivo; “alguém” é pronome indefinido; “para” é preposição.
16. c A oração reduzida de gerúndio tem valor condicional (“se discutíssemos”) ou temporal
(“ao discutirmos”).
17. a) Destacam-se como pouco usuais em textos publicitários o substantivo “acquisição”,
sinônimo de “compra”, e o advérbio “galhardamente”, sinônimo de “tranquilamente”.
b) Em ordem direta, a oração tem a seguinte grafia: “A Mercedes-Addelektra é a mais mo-
derna e efficaz entre todas as machinas de contabilidade”.
18. a “Apesar de” indica uma ideia oposta à expressa na outra parte do enunciado.
19. b “Remonta”, nesse contexto, equivale a “remete”.
20. d I. Correta.
II. Correta.
III. Incorreta. Observando o gráfico, é possível perceber que no Norte e Meio-Norte quase
todos os estados apresentam porcentagens próximas de 100 para a ocorrência do pro-
nome “tu”.
IV. Correta.
21. d O texto orienta a substituição da caixa-alta por formas alternativas de destaque, como o
negrito e o itálico.
22. c De acordo com o texto, o adjetivo “é a nossa impressão”, portanto, é subjetivo, próprio de
cada um.
23. b Em a e c, o sentido da frase é alterado por conta da expressão “encontro com o funcionário”,
já que o fragmento original não menciona o alvo do encontro. Em c, d e e afirma-se que
quem solucionará as infrações será o funcionário, fato também não referido no enunciado.
24. e Embora o primeiro parágrafo pareça introduzir uma personagem idealizada, o segundo
parágrafo a caracteriza como ociosa.

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25. c De acordo com o texto: “pois é igual o querosene / que em toda parte ilumina, / e quer nesta
terra gorda, / quer na serra, de caliça, / a vida arde sempre com / a mesma chama mortiça.”
26. b O texto revela que a vida dos escravizados, de maneira geral, permaneceu miserável
apesar da abolição.
27. a “tuitar” é um verbo que já se encontra em dicionários de língua portuguesa, adaptação de
tweet.
28. c A partícula “que” equivale a “a qual”, sendo classificada como pronome relativo e, portanto,
substituindo o termo antecedente, “memória”. Alterando a oração, temos: “Que (a memória)
desenterra os homens do sepulcro”, razão pela qual “desenterra” fica no singular.
29. d “apressados” desempenha a função de predicativo do sujeito.
30. e “17 milhões de almas” e “seu mundo privado” desempenham a função sintática de objeto
direto.
31. a) Vi-o catando-a.
b) “Ver” e “catar”: transitivos diretos.
32. a) A expressão que pode ser considerada um exemplo de paradoxo é “torturadores inofen-
sivos”, visto que “torturador” é aquele que age com violência e crueldade contra alguém,
e “inofensivo” é aquele ou aquilo que não faz mal a algo ou a alguém. Ao reunir esses ele-
mentos contrários na mesma ideia, cria-se um paradoxo.
b) O sujeito de “de quem é a culpa?” é “a culpa” (A culpa é de quem?). O sujeito de “A quem
interessa?”, implícito no contexto, é “A mudança climática em curso” (A mudança climática
em curso interessa a quem?).
33. a) Os padres acreditavam que Eugênio, devido à sua idade, poderia desistir da vida ecle-
siástica caso visitasse a família, uma vez que seria exposto às tentações mundanas. Sua
mãe, no entanto, valeu-se do estado de saúde e de ânimo do garoto para que os padres
concordassem com uma visita aos familiares após quatro anos de reclusão.
b) Eugênio, fazia já quatro anos, achava-se no seminário sem visitar sua família.
A oração indicativa de tempo, intercalada entre sujeito e predicado, mantém o verbo “fazer’’
no singular por se tratar de verbo impessoal.
34. a Embora sejam predominantemente assindéticas as orações que compõem os dois primei-
ros versos, o segundo verso termina com “que a tristeza vai passar”, oração coordenada
sindética explicativa.
35. “Mas” equivale a “no entanto”, “porém” e contrapõe a existência do garoto que havia dentro
dele à não existência de testemunha externa.
36. a Na sequência apresentada, tem-se “Para um homem se ver a si mesmo [...]”, que indica
finalidade: “A fim de um homem ver a si mesmo [...]”; “Se tem espelho e é cego [...]” e “[...] se
tem espelho e olhos [...]” indicam condição; e, finalmente, a oração introduzida por “Logo
[...]’’ indica conclusão.
37. “O combate ao trabalho infantil entrou na lista dos programas sociais que estão vendo as
verbas minguarem, embora este combate tenha sido uma das bandeiras de campanha
do atual governo” ou “Embora o combate ao trabalho infantil tenha sido uma das bandei-
ras de campanha do atual governo, ele entrou na lista dos programas sociais que estão
vendo as verbas minguarem”.

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38. d Trata-se da única alternativa com uma oração subordinada substantiva; no caso, objetiva
direta. As demais são, respectivamente:
a) adverbial condicional;
b) adverbial final;
c) adverbial final.
39. a) Oração subordinada adjetiva explicativa.
b) Pronome relativo.
40. c No trecho, há uma ideia adversativa.
41. c Os dois-pontos introduzem uma oração adverbial causal.
42. e Os dois fragmentos apresentam, introduzidos pela conjunção “como”, a ideia de causa.
43. a I. Correta.
II. Incorreta. “mesmo que” é uma adverbial concessiva.
III. Incorreta. O pronome relativo “que” retoma “questões”.
IV. Incorreta. “porque” introduz uma ideia de causa.
44. a)  “nas matérias que você tem”;
„ “Uma casa, onde na frente funcionava”.

b)  Concentre sua atenção nas matérias em que (ou nas quais) você tem maior dificuldade...;
„ Uma casa, em cuja frente (ou na frente da qual) funcionava um bar [...].

45. Estas eram as ideias que iam passando pela minha cabeça, vagas e turvas, à medida que o
mouro rolava convulso.
46. a De acordo com o trecho indicado, a escravidão foi “justificada pela religião e sancionada pela
Igreja e pelo Estado”, sem ser questionada pelas classes dominantes, que a legitimavam.
47. c O período é composto por oposições, como se percebe em “ricos/pobres” e “livres/escravos”.
Assim, mantém-se esse jogo de palavras em “nobres/vilões”.
48. d “modificar a ordem social” é sujeito (na forma de oração subordinada substantiva subjetiva)
do verbo “caber”.
49. a) A frase “Nossa, mas ela é tão linda! Ninguém diz que ela é surda!” reforça o conceito de
capacitismo, pois o conectivo “mas” opõe os adjetivos “linda” e “surda” como se fossem
excludentes.
A frase “Ela é linda. E é surda!” reforça o anticapacitismo defendido por Regina Casé e sua
filha, pois o conectivo “e” acrescenta a surdez à beleza, reforçando os dois traços como
convergentes e não opostos.
b) A situação descrita é capacitista, pois revela a discriminação contra a pessoa surda, por
considerá-la incapaz de se comunicar.
50. c Corrigindo: [...] a decisão sobre os conhecimentos em que (ou nos quais) a sociedade ou os
cientistas devem concentrar seus esforços [...].
51. a) Sim, no trecho “[...] gente que a vida levou tudo [...]”.
b) [...] gente de que(m) a vida levou tudo [...].
52. d Observando a regência das palavras: referir-se (a); tratar (de); maravilhar-se (com); descobrir (X).
53. e Corrigindo: [...] justamente a de que eu gostava.

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54. d Corrigindo as demais:
a) O verbo preferir não admite “do que”: [...] passou a preferir o acúmulo cada vez maior de
riquezas à busca de harmonia e da felicidade.
b) [...] assistirmos [...] a pichadores e grafiteiros [...].
c) [...] o vereador não se apressou em (ou para) responder às perguntas.
e) [...] atividades que lhe foram atribuídas.
55. a) a que
b) com que
c) que
d) com que
e) de que
56. Incorreto. O uso da 1a pessoa do plural não caracteriza um sujeito coletivo, mas indica que
o escritor se coloca entre os demais.
57. Correto. A estrutura “é muito difícil” é um clássico caso de oração cujo sujeito é “Aceitar [...]”.
58. Incorreto. Não há incorreção gramatical no uso do infinitivo não flexionado.
59. Correto. Em “Porém nem mesmo a liberdade é tão valorizada quanto se imagina. Ela implica
responsabilidades”, substituindo o ponto por porque e escrevendo “ela” com minúscula, o
valor da oração seria causal.
60. Incorreto. “Tratarei-me” deveria ser redigido com mesóclise: Tratar-me-ei.
61. Incorreto. O travessão introduz uma ressalva ao pensamento do autor e, se fosse deslocado,
não teria a mesma função semântica e sintática.
62. d “há dois dias” (o verbo “haver” no sentido de tempo transcorrido); “a ela”; “à Itália”; “a
chorar” (não se usa crase diante de verbos).
63. c A questão cobra o uso da crase em casos já estudados.
64. d O poeta Mario Quintana, em seu texto de tom humorístico, critica a forma como os gramá-
ticos dificultam as regras em vez de simplificá-las, tornando seu uso mais difícil.
65. Tornar-me-ia escritor.
66. e Segundo as regras da gramática formal, não é permitido iniciar uma frase com um pro-
nome oblíquo. No entanto, construções iniciadas dessa forma são comuns na linguagem
popular e coloquial.
67. c Não se começa frase com pronome pessoal oblíquo átono. Caso a oração comece com
verbo que não esteja no futuro, a ênclise é obrigatória: “Devolva-me [...]”.
68. d O pronome “as” faz referência a “Pessoas honestas”.
69. a) A ideia contraditória advém de a criança sentir-se velha, conforme o texto: “Eu, tão menor,
tenho esse quê estranho do anão, pareço velho”.
b) O engano grave a que se refere o narrador tem origem em uma fotografia que traz à me-
mória dele “um olhar manso, um rosto sem marcas, franco, promessa de alma sem malda-
de”, características que se perderam para dar lugar à “impressão de uma monstruosidade
insubordinada” em razão de ele, narrador, parecer velho, de ter olhos que espreitam e dão
claramente os indícios de segundas intenções.

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70. a) São palavras formadas por:
„ derivação sufixal: “feiura”, “tristeza”, “exatamente”;

„ derivação prefixal: “prematura”, “desemburrar”, “recomecei”.

Há outras possibilidades.
b) “Me lembro” e “me pareceram”. Segundo a norma-padrão, não se começa uma frase com
pronome oblíquo. Reescrevendo: “Lembro-me” e “pareceram-me”.
71. b Corrigindo as demais frases:
a) Situações de conflito [...] dão origem [...].
c) [...] onde impera a guerra.
d) Contam-se aos milhões [...].
e) Tornam-se necessárias [...].
72. a O verbo “aumenta” está sendo regido pelo núcleo do sujeito “lista”.
Correção das demais alternativas:
b) Nenhum dos parlamentares que vinha [...] inscreveu-se [...].
c) [...] e quem [...] foi alojado [...].
d) [...] que os auxilia a ir e vir de onde estiverem para onde entenderem.
e) Mas foi nas montagens [...] que ele [...].
73. d  “Ouviram-se” está concordando com o sujeito paciente “três explosões” (Três explosões
foram ouvidas);
„ Em “se trata de”, a partícula “que” atrai o pronome “se” (verbos preposicionados perma-

necem no singular quando acompanhados por “se”);


„ “Existam”, “confirmem” e “sobraram” concordam em número com seus respectivos sujeitos

(“provas”, “que” (provas) e “objetos”).


74. d Corrigindo as demais frases:
a) O retorno dos homens [...] ajudou as mulheres a manter a plantação.
b) Os casos que Augusta relatava – os quais, por sinal, de fato aconteceram [...].
c) Depois disso, ficou acertada [...] a forma de pagamento das parcelas.
e) [...] o encontro de Tina com José os tornava prontos para o namoro.
75. b O gênero miniconto, devido às implicações naturais da forma, é marcado por sugestões
e elipses, entre outras características. No texto de Marcelo Coelho, as reticências indicam
uma informação de conhecimento dos personagens, porém não explicitada na fala.
76. b Segundo o texto, o pirata “não era medroso nem lerdo” e, por isso, ousou afrontar Alexandre
Magno.
77. a A conjunção “se”, no contexto, indica condição, hipótese.
78. e Conforme o texto: “[...] o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos
oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos, ou para a emenda, ou para a cautela,
não preguem a mesma doutrina.”
79. c “[...] o roubar com muito [faz], os Alexandres”.
80. c Padre Antônio Vieira, ao se referir às palavras “em fronteira com o seu contrário”, faz uma
alusão a ideias contrárias, presentes na expressão “eloquentes mudos”.
81. a Os dois textos reforçam a ideia de que atos realizados por indivíduos poderosos podem,
em muitos casos, ser considerados um roubo ou uma expropriação.

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82. b A preposição “a” precede o pronome relativo “quem”, que não admite artigo; o artigo “a”
precede o substantivo feminino “pobreza”; e a preposição “a” precede o pronome demons-
trativo masculino “este”.
83. a) No 3o parágrafo, ocorre um aposto: a expressão “a primeira filha de Antônio e Eulália”
explica o termo antecedente (“Rosa”), daí a obrigatoriedade do emprego da vírgula.
b) No 4o parágrafo, o primeiro trecho é formado por um encadeamento de orações coor-
denadas, com elementos que indicam o modo pelo qual “o tempo se arrastava”: por inter-
médio de uma gradação, “o sol nascia e se sumia”, “a lua passava por todas as fases” e, de
forma mais ampla, “as estações iam e vinham”.
Já o segundo trecho é um encadeamento de termos com mesma função sintática, uma
série de adjuntos adverbiais.
84. No primeiro enunciado, o advérbio “afinal” está relacionado à expressão “falso samaritano”,
modificando-a. Assim, compreende-se que, de início, não era possível chamá-lo de “falso
samaritano”, mas, após a personagem ter concluído o roubo, essa nomenclatura passou a
ser adequada. Ou seja: tornou-se, afinal, falso samaritano, reforçando a opinião do narra-
dor de que antes o ladrão não tinha em mente intenções maléficas, apenas sentimentos
de generosidade, mas acabou mudando de ideia posteriormente.
No segundo enunciado, por outro lado, o advérbio “afinal” está relacionado à locução
verbal “tivesse aceitado”, modificando-a. Assim, entende-se que, de início, a personagem
não aceitou a oferta, somente depois de muita insistência.
85. a) O sujeito oculto da oração é explicitado nos períodos anteriores pelos substantivos
“empresários” e “protagonistas”.
b) Tanto o texto como a charge reenquadram o debate sobre o uso da internet, sugerindo
que o foco da discussão não deve incidir sobre a rede em si, mas sobre os propósitos de
quem a opera. O dilema, portanto, não é a rede, mas as questões éticas decorrentes da
sua instrumentalização.
86. a) Podem ser citadas várias características da prosa machadiana, entre elas:
„ diálogo com o leitor (“Abane a cabeça, leitor; [...]”);

„ metalinguagem (“[...] que torne a pegar do livro e que o abra na mesma página, sem crer

por isso na veracidade do autor”);


„ análise do caráter, no caso, o medo do narrador de ser pai (“Aquela ameaça de um

primeiro filho [...]”).


b) O primeiro pronome oblíquo destacado está na terceira pessoa do singular e tem como
referente o sujeito gramatical “você”, da forma verbal imperativa “chegue”. Levando em
conta que se trata da prosa machadiana, o vocábulo destacado também se refere ao leitor
machadiano.
O segundo pronome oblíquo destacado, igualmente na terceira pessoa do singular, tem
como referente o trecho “[...] deitar fora este livro [...]”.
87. a) E como sempre teve a intenção de possuir as terras de S. Bernardo, considerou legítimas
as ações que o levaram a obtê-las.
b)F “que”: às ações;
„ “me”: ao narrador;

„ “las”: às terras de S. Bernardo.

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88. 1) fizesse
2) transpuser
3) transpusesse
4) detiver
5) vá
89. a) estreou
b) estreasse
90. a) passeassem
b) ansiava
91. a) Interpreta-se usualmente o futuro em sentido imperativo: “não furtes”.
b) Bastos Tigre interpreta o futuro em sentido literal: “não furtarás amanhã, mas nada
impede que furtes hoje”.
92. a) “Se fugir do tema [...] ou fazer uma narração [...]”.
b) Esse tipo de erro é corriqueiro na língua falada, pois há uma identidade entre o infinitivo
e o futuro do subjuntivo nos verbos regulares. Por analogia, a forma infinitiva do verbo
irregular “fazer” foi empregada no lugar da correspondente ao futuro do subjuntivo.
Correção: Se fugir do tema [...] ou fizer uma narração [...].
93. c O termo “logo”, no verso, tem o mesmo valor semântico de “portanto”, estabelecendo a
ideia de conclusão.
94. e A conjunção adversativa “mas” indica uma oposição entre a reflexão filosófica e a experiên-
cia individual.
95. “Conheci Marcos Rey faz mais de vinte anos, quando sonhava tornar-me escritor”.
96. havia
97. Pelos preceitos da gramática normativa, não. Aponta-se a frase como exemplo de redun-
dância, uma vez que o verbo “haver” já indica tempo transcorrido.
98. Tratamento afetivo.
99. O mais-que-perfeito é utilizado para se referir a um tempo anterior (adolescência de
Walcyr Carrasco) ao fato narrado no pretérito perfeito (fase adulta de Walcyr, em que ele
conhece Marcos Rey).
100. “Principalmente, creu em mim”.
101. “Palma, sua mulher, recebeu-me”.
102. d O futuro do subjuntivo do verbo “ver” é “vir”. O futuro do presente do verbo “fazer” é “fará”.
Logo, “Se ele vir o nosso trabalho, fará um elogio”.
103. a) No verso “O Havaí, seja aqui”, o verbo “ser” está no modo subjuntivo e expressa, no
contexto, um desejo, algo mais no campo hipotético. No verso “O Haiti é aqui”, o verbo ”ser”
é empregado no modo indicativo e aponta para uma realidade.
No texto I, o autor aproxima a paisagem paradisíaca e marcada pela prática do surfe da
paisagem carioca e do personagem retratado. No texto II, os autores aproximam a pobreza
da população do Haiti à de expressiva parcela da população brasileira, notadamente de
afrodescendentes.

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b) O verso “O Haiti é aqui” sugere a semelhança entre a pobreza da população haitiana
e a de significativa parcela da população brasileira. A negação “O Haiti não é aqui”, além
da óbvia distinção geográfica – o Brasil não é o Haiti, pois fica na América do Sul, e é um
dos países mais ricos das Américas –, aponta para as profundas desigualdades sociais e o
descaso da parcela mais privilegiada da sociedade brasileira para com os excluídos e
marginalizados.
104. a) O texto é organizado por meio de orações coordenadas, que indicam a fugacidade dos
pensamentos tal qual o vento. A percepção sobre o tempo ocorre por meio de fragmentos
das passagens marcantes, as quais se imortalizaram principalmente pelo sentimento
de tristeza.
b) Os verbos conjugados no pretérito imperfeito apontam para ações de efeito durativo
no passado; já os verbos conjugados no pretérito mais-que-perfeito estão relacionados às
memórias mais antigas, exatamente as que ocorreram anteriormente às indicadas pelos
verbos no pretérito imperfeito.
105. a) As personagens, ao rirem à beça, manifestam a completa hipocrisia do texto publicitário,
ou seja, os produtos não são fabricados com material de primeira qualidade.
b) À luz do contexto, a voz ativa do texto do folheto publicitário é esta: “(Nós) Fabricamos
nossos produtos com materiais selecionados de primeira qualidade”.
Salienta-se que o contexto fornece um agente da passiva oculto: “Nossos produtos são
fabricados por nós com materiais selecionados de primeira qualidade”. Além disso, a
expressão “com materiais selecionados de primeira qualidade” tem valor adverbial, de
modo a figurar, tanto no início quanto no meio ou no fim do texto, conforme mostram
os exemplos:
„ Com materiais selecionados de primeira qualidade, (nós) fabricamos nossos produtos.

„ (Nós) Fabricamos, com materiais selecionados de primeira qualidade, nossos produtos.

„ (Nós) Fabricamos nossos produtos com materiais selecionados de primeira qualidade.

106. b O pronome relativo “onde” deve ser utilizado como referência a lugar.
107. c É a única frase em que o pronome relativo “onde” está sendo utilizado como referência
a lugar.
108. O termo destacado é um advérbio e, portanto, não pode estar flexionado no plural.
Corrigindo: “A implicação é que esses países talvez se saíssem melhor economicamente [...]”.
109. c Em “[...] não só participe da execução da pesquisa, mas também da sua concepção”, as
expressões “não só” e “mas também” funcionam como recomendações ao cientista e assu-
mem um valor afirmativo.
110. A relação de sentido estabelecida pela preposição “por”, em cada um dos casos, é a
seguinte:
I. Finalidade, objetivo, propósito.
II. Meio, instrumento.
III. Causa, motivo.
IV. Posicionamento, ponto de vista.
V. Lugar.
111. b A construção metafórica evidencia-se principalmente quando a narradora refere-se ao
som que saíra de sua boca: “Era um arado torto’.’

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112. b Segundo o texto, “esses meninos que aí andam jogando peteca” são privilegiados quando
comparados às crianças escravizadas – ”aqueles que nasceram e cresceram em pleno horror”.
113. a O recurso responsável por manter a progressão textual e, ao mesmo tempo, contribuir
para a construção da ideia de que há um enredo comum às relações amorosas é a repetição
do pronome indefinido “todos” e, por extensão, de “todas” e “tudo’.’
114. c Simbolizada pela imagem do “nó na garganta”, a dificuldade de comunicação é resultado,
no poema, da atuação de forças opostas – “mente” e “coração”, “cima” e “baixo”, “falar” e
“gritar” –, que levam o eu poético a questionar a sua própria capacidade de expressão:
“e o que eu quero dizer?”.
115. e O texto discorre sobre diversas formas que eram utilizadas para que as notícias chegassem
à população de uma maneira rápida, mesmo que, para a época, os recursos tecnológicos
fossem mais limitados em relação ao que se tem hoje. Essa diversidade de meios de divul-
gação de notícias/informações é mostrada, por exemplo, no seguinte trecho:
“As ordens mendicantes tinham um papel importante na disseminação de informações,
assim como os jograis, os peregrinos e os vagabundos, porque todos eles percorriam
grandes distâncias”.
116. e O texto informa que a análise de “padrões de comportamento” – tais como o horário de
publicação dos conteúdos e a “pobreza vocabular” das mensagens – permitiria reconhe­cer
a atuação humana por trás dos perfis falsos na internet, responsáveis pela disseminação
de informações inverídicas.
117. d O texto refere-se à necessidade de conscientização para um trânsito menos violento. Para
sensibilizar o público, preconizam-se medidas como atenção, respeito por si e pelo outro,
e segurança, garantindo, assim, a preservação da vida.

Estilística, textos e semântica

118. e I. Verdadeira. O poeta utiliza-se de personificações (atribuição de características humanas):


“Os objetos vomitam cores, / [...] O vermelho dos sinais ri, [...]”.
II. Verdadeira. No poema, há hipérboles (exageros): “O sol tomba”.
III. Verdadeira. No poema, há sinestesias (entrecruzamento de sensações), como em “O sol
tomba, / vertical” (visual) e “Ardem os muros perfilados” (tátil).
119. e I. Correto.
II. Incorreto. Não há frases nominais no poema, daí a movimentação presente nas estrofes.
III. Correto.
120. a) De acordo com o texto:
“A. diz que está investindo no futuro”.
b) A ironia consiste na ideia de que, com aquela idade (68 anos) e com um salário mínimo
de aposentadoria, não há futuro a não ser a preparação para a morte.
121. a) “Mulher acompanhada até 24 horas não paga”.
b)  Primeira interpretação: até às 24 horas, a entrada é gratuita às mulheres que estive-
rem acompanhadas.
„ Segunda interpretação: a entrada é gratuita às mulheres que estiverem acompanhadas

por até 24 horas.

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122. a O termo “devassa” é polissêmico, podendo significar, entre outras coisas, (1) investigação
pormenorizada (sentido denotativo) e (2) mulher libidinosa (sentido conotativo).
123. b O termo “mesma”, no trecho, é ambíguo, uma vez que pode se referir tanto à “semana” quanto
à “reunião”.
124. e Encontram-se no texto prosopopeia – “Cada paralelepípedo [...] / Essa noite vai / Se arrepiar” –,
e metonímia, que consiste no uso de uma palavra fora de seu contexto habitual que man-
tenha uma relação de contiguidade com o referente pensado – no caso da letra da música,
têm-se “paralelepípedo” e “avenida” por cidade.
125. e O fato de a bicicleta não sair do lugar estabelece uma metáfora em relação à vida do pai:
aquele que não sai do lugar, isto é, não tem perspectiva.
126. e Um dos maiores pensadores da Antiguidade, Cícero (106-43 a.C.), escreveu A arte do
envelhecimento, um dos mais belos textos sobre a velhice.
127. d O infográfico que mostra a amizade pós-moderna reconhece a internet como uma das
formas mais eficazes de unir as pessoas pelos laços da amizade, dando exemplos dos tipos
de laços que podem ser firmados de acordo com determinadas redes sociais.
128. a) As cinco estrofes do poema se constroem com base na oposição “dia # noite”, em que “dia”
remete à confecção, construção do sudário, e “noite” remete ao seu desmanche e destruição.
Na segunda estrofe, em “O que o dia traça”, o verbo “traçar” remete à elaboração do
sudário. Na terceira estrofe, em “de noite, traças”, o substantivo “traças” remete aos insetos
conhecidos por destruir tecidos, portanto, à destruição do sudário.
b) Em princípio, a palavra “tramas” (substantivo) remete ao ato de entrelaçar fios na tece-
lagem do sudário. Ao mesmo tempo, “tramas” (verbo “tramar”) pode remeter aos planos
que Penélope reserva para quando a noite chegar: o desmanche do que foi tecido de dia.
129. a) Desprezando-se a vírgula, é possível considerar a manchete como uma única palavra:
o substantivo “paranoia”. Considerando-se a vírgula, são duas palavras: “para”, que é o verbo
“parar” no modo imperativo, e o vocativo “noia” (uma corruptela informal para designar
portadores de transtornos mentais).
b) Trata-se de uma edição especial de uma revista sobre transtornos mentais. O texto e a
imagem se combinam na medida em que se pode ver uma pessoa, aparentemente num
diálogo terapêutico, sentada, com a cabeça confusa, embaralhada, sem foco. Além disso,
a imagem sugere, no diálogo terapêutico, o paciente em negação, o que se percebe pelos
braços cruzados sobre as pernas.
130. d Para a construção da voz passiva analítica, o verbo “ser” deve se encontrar no mesmo tem-
po verbal da voz ativa; nesse caso, no presente do indicativo.
131. e Em ordem direta, a 1a estrofe é reescrita desta forma: “Quero que aquela madrugada triste
e leda cheia de toda mágoa e de [toda] piedade seja sempre celebrada enquanto houver
saudade no mundo”.
Nota-se que “madrugada” é o núcleo do sujeito da oração do verbo “ser”: “[...] que aquela
madrugada triste e leda [...] seja [...]”. Na condição de termo nuclear, “madrugada” é reto-
mada pelo pronome pessoal reto “Ela”.
132. d O último verso da terceira estrofe, “se acrescentaram em grande e largo rio”, apresenta-se
como um exagero semântico para “[...] as lágrimas em fio”, evidenciando a hipérbole.
133. a O verso sem a elipse ficaria: “viu uma vontade apartar-se de uma outra vontade”.

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134. a O registro informal contempla palavras e expressões que não são reconhecidas pelas nor-
mas gramaticais e, no entanto, são utilizadas amplamente em diálogos.
135. b A letra de “Essa pequena” é construída em linguagem acessível, informal, marcada por ex-
pressões de uso cotidiano.
136. a O texto II, embora lírico e com linguagem poética, faz uso da palavra como expressão da
oralidade, tal como acontece na comunicação radiofônica.
137. d O caráter informal do texto tem uma das marcas identificadas no trecho “Pelé estava se
aposentando pra valer pela primeira vez.” A expressão “pra valer” é informal pelo uso da
contração “pra” (para).
138. a A função referencial da linguagem centra-se na informação, pois lhe é próprio ser impes-
soal e objetiva.
139. a) A função metalinguística acontece em uma situação de comunicação em que a lingua-
gem é usada na descrição de si mesma, ou seja, quando o código é definido pelo próprio
código. No texto I, ela está presente no próprio título Enciclopédia (produção textual que
busca registrar vocábulos, conhecimentos e saberes de diversas áreas agrupados numa
única obra, visando facilitar a consulta), assim como no uso de recursos em obras elabo-
radas, com o intuito de explicar a própria língua, como estrutura de verbete, abreviaturas
técnicas, referência às origens etimológicas da palavra, bem como ao caráter descritivo,
resumido e supostamente objetivo do texto.
b) O paralelismo sintático que se estabelece entre as duas estrofes gera polissemia entre
os termos “seios” e “textos”, os tecidos de palavras. O primeiro, “seios” do corpo feminino,
é associado à maternidade, à sensualidade, à beleza, ao erotismo, ao aconchego, ao ali-
mento, à intimidade e ao âmago do ser – ao que é essencial. O segundo, “textos”, pode ser
entendido como a representação materializada de uma interioridade, mas também como
um espaço de troca entre autores e leitores, em que pensamentos e afetos dos que os es-
crevem se disponibilizam, nutrindo e seduzindo os que os leem. A convergência dos dois
termos sugere que ambos são fonte de prazer e de sustento físico e espiritual, apresentan-
do-se como matrizes da própria inspiração poética do eu lírico.
140. O conteúdo do texto e o próprio título, associados à fotografia de um jovem com síndrome
de Down, incitam o receptor da mensagem a participar na construção de um mundo mais
justo, aceitando a diversidade, a convivência pacífica com as diferenças e a união cada vez
maior dos que abraçam essa causa. Assim, a função conativa ou apelativa, cujo objetivo
é influenciar e convencer o receptor de alguma coisa por meio de uma ordem ou pedido,
usa verbos no imperativo (“mostre”, “junte”, “seja”) ou conjugados na 3a pessoa, enfatica-
mente repetidos na expressão “se você acredita”, para defender a inclusão social das pes-
soas portadoras dessa deficiência e, assim, ajudar na construção de um mundo mais justo.
141. a) Gênero dramático. Podemos citar como características desse gênero:
„ ausência de narrador;

„ presença de rubricas;

„ predomínio de diálogos;

„ personagens encarnados por atores;

„ encenação dos episódios em um palco.

b) Modo imperativo. Função apelativa ou conativa.

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142. a) Função metalinguística. Os parágrafos explicam os significados das palavras.
b) Derivações sufixais ou sufixação.
Ocultação é o ato de ocultar; e ocultismo designa crença, doutrina ou seita.

143. a O autor simplesmente descreve o fato sem emitir juízos de valor ao descrever os pratos
servidos no jantar e mostrar as atitudes de Nhô Thomé e Tia Policena.

144. b A linguagem padrão da língua está, segundo Drummond, “na superfície estrelada de letras”.

145. a Em situações formais – em que se aprendem as regras gramaticais que atropelam, ator-
doam e sequestram a criatividade do poeta – e situações informais, a linguagem está “na
ponta da língua / tão fácil de falar e de entender”.

146. a) O recurso linguístico do qual Calvin se vale para tecer seus comentários é a utilização de
adjetivos ou de expressões equivalentes.
b) O que se pode concluir das falas de Calvin é que ele enaltece a pintura e despreza os
quadrinhos, qualificando este tipo de expressão artística como “arte menor”.

147. e Nos dois quadrinhos apresentados, percebe-se que existe a necessidade de contar com a
opinião do outro. No primeiro, a personagem se sente em dúvida sobre qual roupa utilizar;
no segundo, ela precisa da opinião das pessoas sobre seu peso.

148. c Tem-se, nos dois quadrinhos, uma variação de planos. No primeiro, há a passagem de um
escritório para um quarto; no segundo, percebe-se a aproximação do carro.

149. c A maior marca da personalidade do gato é ele se julgar perfeito em todos os aspectos.

150. e Mario Quintana considera que os defeitos são aquilo que nos torna diferentes, daí a neces-
sidade de cultivá-los. É a conclusão a que chega Garfield no último quadro.

151. a) A ideia foi ressaltada no primeiro fragmento por meio da chamada em letras maiúsculas
ou pela mensagem não verbal, que mostra um carro de Fórmula 1 em movimento.
b) Como (Porque/Já que/Uma vez que) a Ferrari disparou (causa), ela poderá ser a maior
prejudicada nas pistas (consequência).

152. a) As nervuras da folha assemelham-se a desenhos de rotas e caminhos traçados em mapas,


relacionando-se, dessa forma, com a expressão “mapeamento logístico”, no sentido de
planejamento estratégico para desenvolvimento de uma indústria competitiva na região
da Amazônia.
b) O advérbio “aqui” se refere à imagem da folha da planta amazônica e, metaforicamente,
a toda a floresta.

153. c A imagem e a poesia de Oswald de Andrade revelam a realidade de São Paulo no início
do século XX, uma vez que convivem, no mesmo espaço, uma cidade ainda presa ao
século XIX, agrária e passadista, e uma cidade que desperta para o novo século, clamando
por modernidade.

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154. c A peça publicitária conjuga linguagem verbal e não verbal para, por meio de uma ironia,
provocar no leitor uma reflexão acerca das prioridades adotadas pela gestão municipal.
Deve-se considerar também, para uma boa construção de sentido, o contexto no qual a
situação comunicativa se estabeleceu: período em que foi proposta a campanha “cidade
limpa”. Dessa maneira, pergunta-se: o que é uma cidade limpa? Uma cidade sem cartazes
ou uma cidade sem pobreza?
155. d O quadrinho remete à produção do livro e à relação que ele tem com o leitor. A partir disso,
pede-se que haja uma reflexão sobre essa relação.
156. a O quadrinho faz uma crítica utilizando-se de ironias a respeito do que é veiculado pela
mídia tecnológica, de tal modo que o leitor depreende como são feitas as comunicações e
interações virtuais.
157. c A charge veicula uma crítica à obsessão que se tem por selfies.
158. b O texto chama a atenção do leitor para formas alternativas para a “televisão do futuro”.
Com o advento da internet a cabo, há, entre outras coisas, a produção de vídeos sob de-
manda e o streaming via smartphones por meio de aplicativos próprios exigindo apenas
uma conexão de dados por wi-fi, possibilitando uma conexão ampla com diversos tipos de
conteúdo sem interrupção e/ou limite de espaço.
159. d O texto, unindo linguagem verbal e não verbal, tem finalidade educativa e procura alertar
sobre o problema do uso do celular no trânsito.
160. a O infográfico tem largo espectro e procura alertar o quanto a água é importante como
meio de produção de bens de consumo, daí se deduz que economizar bens de consumo e
evitar desperdício são formas de economizar água.
161. a) A palavra “qual” é uma conjunção subordinativa que estabelece relação de comparação
entre o primeiro e o segundo verso da primeira estrofe e equivale a “como”, “tal como”,
“assim como”.
b) No contexto, o termo “viu” assinala a função fática da linguagem, em que o emissor de-
seja chamar a atenção do receptor para se certificar de que existe contato entre ambos, e
equivale a “tá?”, “ouviu?”, “entendeu?”.
c) Além da rima e do ritmo marcado pelo predomínio do verso redondilho maior, o poeta
usa figuras de estilo que traduzem a sua emoção: decepção, na primeira estrofe, e anseio
de regresso, na segunda. A comparação (“[...] a terra ardendo / Qual fogueira de São João”),
a metáfora (“Quando o verde dos teus olhos / se espalhar na plantação”) e a metonímia
(“meu coração”) revelam a preocupação do eu lírico em transmitir sentimentos de forma
original e concisa, como é típico da linguagem poética.
162. a Em termos linguísticos, o vocabulário utilizado pelo autor mescla termos coloquiais e ex-
pressões de gíria com termos técnicos e linguagem erudita, dando um tom irônico ao texto.
163. b O autor do texto pretende provar que a linguagem revela a ideologia de quem a usa, prin-
cipalmente na política, mas nem sempre ela está impregnada de conteúdo eficaz.
164. c Conforme o texto: “[...] numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a
sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo”.

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165. e O autor pretende, por meio do exemplo recolhido de Erico Verissimo, ilustrar a necessidade
de o autor ter um compromisso com a realidade.
166. c A citação do texto de Solo de clarineta revela aspectos da vida de Erico Verissimo que enri-
queceram a leitura de seu livro.
167. d O trecho citado pelo autor do texto marca a necessidade de ilustrar a inserção de um
aspecto marcante e sangrento vivido e descrito na biografia de Erico Verissimo.
168. e “acertou na veia” é uma expressão coloquial que significa “compreendeu”.
169. b O uso dos parênteses tem a função de explicar por que o autor utilizou a expressão.
170. b De acordo com o texto, “Esses grafismos ultrapassam a noção estética e alcançam a cos-
mologia e as crenças religiosas”.
171. d Enquanto o texto I aborda a diferença entre quantidade de informação e qualidade de
assimilação da informação em prol da preservação histórica, o texto II expõe as dife-
renças entre indivíduos diante da realidade digital (“Olho que tudo vê / Ela ele você”).
Assim, ambos os textos revelam o distanciamento entre o ser humano e a realidade.
172. b Em Bom Crioulo, o personagem ficou extasiado com a paisagem e com a sensação de liber-
dade que ela lhe proporcionava. Nesse sentido, Amaro, fugitivo da escravidão, adapta-se à
mudança que ocorre em sua vida após a sua fuga.
173. a Os jogos tendem a se modificar com o passar do tempo, adequando-se às novas realidades
que lhes apresentam. Alguns deles são o pião e o bilboquê.
174. a Com a mudança das regras de premiação, a diferença entre o valor do prêmio para o vôlei
feminino em relação ao masculino está cada vez menor. De certa forma, os comitês estão
igualando a premiação entre agremiações masculinas e femininas.
175. a O pai do narrador sofreu humilhação na negociação, como aponta o fragmento “Percebi
que as vozes se alteravam e escutei a do meu pai apertada, mais baixa que as outras”. Ao
sair, o narrador percebe a tristeza do pai ao vê-lo chorando.
176. b O personagem é distinguido pelo próprio apelido a ele atribuído, é aquele que vive de
favores por não ter apego efetivo ao mundo material.
177. c A implantação de academias “faz parte de um plano de ações estratégicas para o enfrenta-
mento das doenças crônicas não transmissíveis”, ou seja, a atividade física poderia minimizar
os efeitos de doenças, agregando benefícios à saúde, independentemente de fatores sociais.
178. c A interessante combinação entre poesia e poesia feita a partir de conhecimentos técnico-
-científicos, voltados para a dinâmica das movimentações, lembra o apego ao mundo
novo da tecnologia, típica do movimento futurista.
179. d O romance de Haroldo Maranhão, datado de 1991, é uma reverência que o ávido leitor faz
às obras de Machado de Assis. Ao mergulhar na obra machadiana, o autor incorporou o
estilo irônico e irreverente do escritor, resultando em um misto de história e ficção. O trecho
apontado é um bom exemplo do “conselheiro” de Memorial de Aires, último romance de
Machado de Assis que se transforma, nas mãos de Haroldo Maranhão, em um jogo de
reflexões sobre a morte, com ironia, humor e melancolia.

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180. c O fragmento aponta as qualidades intelectuais e físicas do “Meu Amigo”, entremeando essas
capacidades com alguma ironia, como nas citações que o amigo faz, tanto da vida em
sociedade quanto da apologia aos gregos.
181. e O texto menciona aspectos positivos da reciclagem, tanto no que diz respeito às melhorias
produzidas no meio ambiente quanto às possibilidades de economia ao fazer da reciclagem
um meio de “guardar dinheiro”. Os dados disponibilizados no texto dão ao consumidor a
tarefa de verificar quão gratificante é essa prática.
182. e O assunto do texto é atual e diz respeito aos famosos rumores que percorrem a nossa co-
municação todos os dias. Nesse sentido, deve-se sempre pesquisar se os rumores são ou
não verdadeiros.
183. c Pela figura, os homens não querem ouvir, ver ou falar sobre a denúncia do macaco, que, no
balão, faz referência ao desmatamento. Além disso, o barril menciona substâncias tóxicas.
184. b Na sinopse do filme Domésticas, o autor tece considerações críticas favoráveis tanto à di-
reção quanto à atuação das quatro personagens. O leitor tem sua curiosidade aguçada e,
certamente, aceitará o convite para assistir ao filme.
185. b O mercado de trabalho e as novas regras sociais são alguns exemplos de uma série de fatores
que levam os filhos novamente à casa dos pais e os netos a serem criados pelos avós. No en-
tanto, o fator econômico prevalece sobre todos os fatores apontados, sendo a primeira causa
de todos os problemas.
186. d Uma das principais propostas do Movimento Modernista de 1922 é o nacionalismo. A
multiplicidade de todas as culturas, a miscigenação e a contemplação de um único Brasil
marcam os pensamentos e a escrita de alguns dos principais livros de Mário de Andrade.
187. c A obra Chapeuzinho vermelho nos legou o lema “o lobo é mau”. Ao referir-se ao lobo-guará,
o autor do texto contrapõe a fama criada pela história para crianças com as características
do lobo, que não tem nada de mau nem de lobo, mas que acabou assumindo o lado mau
da história.
188. a O verbete de dicionário, ao mencionar tipos de preconceito, permite ao leitor estabelecer
precisão nos dados informados.
189. d É comum nas conversas via aplicativos as incorreções gramaticais e a linguagem des-
compromissada. O contraponto da empresa vem com ressalvas ao descuido linguístico e
à recusa a aceitar o currículo enviado, embora a cuidadora tenha recebido outras ofertas
de emprego.
190. d Os erros de grafia podem colocar em risco a função de um cartaz, que é divulgar certos
eventos ou serviços.
191. a Como o “nosso universo informativo ficou muito mais complexo depois do surgimento da
avalanche informativa na internet”, a imprensa e o jornalismo têm o dever de abordar a
informação de forma mais coerente, permitindo “uma diversificação na nossa nova forma
de ler, ouvir e ver notícias”.
192. a Os dois textos revelam como são importantes os valores familiares que a infância e a
juventude carregam. Funcionando como espelho, esses valores refletem os conceitos de
limites, responsabilidade, respeito, entre outros. Ensinar o valor do dinheiro é fundamental
e parte da família, continuando ao longo da vida.

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193. c Como a lógica da criança não é como a do adulto, a psicóloga citada diz: “O importante é
falar a verdade e ter paciência. Com o tempo, as crianças percebem que um fato pode ter
mais de uma explicação”.
194. a O texto aborda o aspecto histórico da dominação do colonizador por meio da língua. No
caso do Brasil, de Norte a Sul, é reconhecido que o idioma português predominou. Para o
autor, esse é um típico caso de dominação e violência.
195. b O visual do cartaz e as informações adicionais fornecidas pela linguagem escrita permitem
concluir que a mulher vítima de agressões não deve se permitir sofrer calada.
196. a O autor do texto faz uma resenha do livro Sociedade do cansaço, expondo o conceito da
sociedade do desempenho, marcando os fundamentos da proposta e concluindo com os
resultados possíveis e nada positivos.
197. b Ao pronunciar o discurso na promulgação da Constituição de 1988, Ulysses Guimarães uti-
liza duas funções da linguagem ao se envolver no momento histórico, por meio da primeira
pessoa do plural (“nós”) e informando o que se espera com a nova Constituição.
198. e O texto metaforicamente utiliza o recurso da errata para repassar os erros da vida.
199. b O infográfico oferece informações sobre como está a diversidade indígena brasileira.
Citando números e porcentagens, ele emite informações, seleciona e documenta a atual
configuração do indígena no Brasil.
200. e O mapa do Brasil ao fundo e a presença de um público diversificado, bem como a citação,
revelam a campanha da CNBB em prol da família, da convivência, da justiça e da paz.
201. c A questão gira em torno da abertura das academias durante a pandemia de Covid-19.
O autor do texto acredita que a educação física pode contribuir para a saúde.
202. b Para ser espetáculo, o vôlei precisaria de uma nova fórmula, pois os jogos se tornavam mo-
nótonos com o sistema de vantagens, porque os jogadores cada vez mais tinham melhor
performance. Para tanto, retirar das regras as “vantagens” teria como consequência uma
melhoria do show e uma garantia para os patrocinadores, com a presença cada vez maior
do público.
203. a As questões “sombrias” colocadas no final do texto revelam quão obscuras são as fontes e
os enredos encontrados em contos de fadas.
204. e Segundo o texto, “uma nova revolução industrial está a caminho”, pois é possível levar para
casa, por meio das impressoras 3-D, objetos que antes eram inatingíveis.
205. e O ponto negativo é o usuário estar sendo “bombardeado por vídeos que elevam em muito
o seu pessimismo e que muitas vezes servem de caminho à anorexia, à bulimia e à depres-
são”.
206. a O texto apresenta aspectos da anorexia, que é caracterizada pela busca de um corpo
perfeito e estereotipado.
207. e Debret foi um artista que retratou o cotidiano do Brasil na primeira metade do século XIX.
Sua obra representa um jantar na época da escravidão, com uma clara hierarquia entre
brancos e negros. Já a artista Gê Viana mostra, em sua obra, como seria o mesmo tema
com uma família constituída por negros, em que estes se sentam para jantar numa condi-
ção de igualdade.

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Prática redacional

208. c Por meio da canção entoada em uma língua que Luandi não entendia, tem-se o som como
elemento de preservação da tradição africana.
209. c A mulher, desconsiderada no texto I pelo tratamento machista dado a ela, tem, no texto II,
uma acentuada falta de visibilidade que ocorria até recentemente. Essas formas de repre-
sentação da mulher decorrem das posições já cristalizadas na sociedade.
210. e A finalidade principal do anúncio é incentivar o público feminino a denunciar crimes de
violência contra a mulher durante o período de isolamento, promovido pela pandemia de
Covid-19, por meio da divulgação do Disque 180.
211. c Metáfora é a figura de linguagem na qual há uma comparação implícita. No caso, a autora
compara implicitamente os antigos quilombos às lutas sociais da atualidade (o ato de
“aquilombar”), ou seja, “quilombo” era o nome dado às comunidades formadas por escra-
vizados fugidos, porém, como não há mais escravidão no contexto atual, a ideia de Conceição
Evaristo é que as pessoas se reúnam a fim de lutar contra as desigualdades raciais e o pró-
prio racismo, que assolam o nosso tempo (“É tempo de formar novos quilombos”).
212. c Embora a escravidão tenha acabado em 1888, ainda há resquícios de desigualdade e
violência contra pessoas pretas e pobres, principalmente. Dessa forma, Conceição Evaristo
traz em seu texto alguns aspectos desse passado mórbido da história brasileira (e mun-
dial) para mostrar ao leitor a importância da luta contra o racismo ainda nos dias atuais,
conforme se verifica nos trechos “É tempo de ninguém se soltar de ninguém [presente], /
mas olhar fundo na palma aberta” [passado], e “e que venham dias futuros, salve 2020 /
A mística quilombola persiste afirmando: / ‘a liberdade é uma luta constante’.”
213. b O verbo “nevar” é empregado com sentido conotativo (figurado) e se refere à “mania de des-
colorir, platinando os cabelos até os fios ficarem completamente brancos”. Daí atribui-se a
“nevar” o sentido de “embranquecer”.
214. a As expressões “nevada carioca” ou “nevou” são o referente dos termos “fenômeno”, “onda”,
“tendência” e “modismo”.
215. e No texto, ao descrever seu gato como fora do estereótipo de caçar ratos, o narrador
desenvolve uma reflexão sobre os ratos de Ouro Preto, que, em tempos anteriores, teriam
convivido com os inconfidentes – a exemplo de Tomás Antônio Gonzaga. A partir disso,
pode-se notar o contraste entre essas figuras grandiosas da história e a imagem grotesca
e repugnante dos ratos, reforçada no último período do texto.
216. a O conjunto de proibições imposto pela Companhia, por exemplo “[...] a Companhia ainda
mandou fincar cacos de garrafas nos muros”, serve à construção do culto ao medo, que é
reforçado pelo gesto do pai, nas duas últimas linhas, ao torcer o pescoço de um frango.
217. c No poema, a frustração com a relação amorosa ocorre em um contexto cotidiano, o que
confere uma visão contemporânea à representação do sentimento amoroso.
218. b A partir da leitura do texto de Antonio Candido, pode‑se afirmar que, para esse autor, o
acesso a bens como a literatura e a música está na esfera de um direito, e não na de um
privilégio: “[...] Porque pensar em direitos humanos tem um pressuposto: reconhecer que
aquilo que consideramos indispensável para nós é também indispensável para o próximo.
[...]”. Dessa forma, se “o próximo tem direito, sem dúvida, a certos bens fundamentais”,
deveria ser natural que, no rol desses bens, se encontre o direito a ler Dostoiévski ou ouvir
os quartetos de Beethoven.

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219. c No texto I, há uma breve explicação do papel do algoritmo na vida das pessoas e de como
ele tem certo controle sobre a tomada de decisões dos usuários. Já no texto II, deduz-se que
o algoritmo oferece ao usuário produtos com base nos dados recolhidos, a fim de que a
tomada de decisão seja mais assertiva.
220. a O texto II traz como exemplo uma foto de um dos desfiles da escola de samba Portela
com a finalidade de ilustrar o que foi dito no enunciado: “[a escola] traz a águia como
símbolo em todos os seus desfiles”. Por sua vez, no texto I, tem-se o anúncio da Festa
Literária da Portela (“Fliportela”), cuja simbologia é formada pela fusão da águia (símbolo
da escola, que promove a festa em questão) com um livro, a fim de ressaltar o produto
da expressão literária.
221. a Segundo o texto: “Não farei isso, porque são eles [os brancos] que nos matam com suas
doenças e suas espingardas”.
222. c O vocábulo “avassalados” significa “aquele que foi feito de vassalo, dominado”. No contexto
de uso, o autor se refere a povos e culturas que foram dominados e desculturados.
223. c De acordo com o texto: “Hoje, vivemos imersos em uma cultura dominantemente digital,
caracterizada pela digitalização do material até então analógico, e da convergência, em
que várias mídias, que antes funcionavam separadamente, agora se associam em um
mesmo ambiente, formando a hipermídia”.
224. a O texto revela que a expansão do jornalismo se deu com o estabelecimento da burguesia
no Brasil.
225. e Na seguinte passagem, tem-se a definição de gambito: “Os jogos mais impressionantes
costumam começar com um lado oferecendo um peão em troca de um ataque, mas um
gambito requer que você esteja disposto a correr riscos”.
226. d De acordo com o Dicionário Houaiss: “Coisar: palavra-ônibus usada para suprir um verbo
que, por lapso ou ignorância, não ocorre a quem fala; são inúmeros os seus significados”.
227. c O personagem se surpreende em conseguir o diploma sem conhecer de fato aquilo que
deveria ter estudado. Desse modo, Machado questiona e critica, de forma geral, a instituição
universitária.
228. a O texto em questão debate tecnicamente a temática da literatura, com a intenção de ser
didático e explicativo.
229. e De acordo com o texto: “Pode uma definição indicar-nos se um homem é ou não um cien-
tista? Se é assim, por que os artistas e os cientistas naturais não se preocupam com a de-
finição do termo? Somos inevitavelmente levados a suspeitar de que está em jogo algo
mais fundamental”.
230. c Consoante o texto: “Nesse sentido, concordamos com os que afirmam que, no campo da
Educação Física escolar, um conjunto de saberes origina-se a partir da experiência corporal
e outro se materializa no discurso sobre as práticas corporais na sua relação com o sujeito
e com o contexto social e histórico”.
231. c A partir da leitura do texto, infere-se que o esporte espelha mudanças sociais, o que possi-
bilita a inclusão – ou a exclusão – de modalidades esportivas no lazer ou em competições.

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232. a O saxofonista Jurandy cria uma inter-relação entre músicas que possuem estéticas aparen-
temente diferentes ao unir em seu repertório músicas eruditas e populares.
233. a Lasar Segall foi um artista moderno que valorizava as vanguardas europeias, como o
Cubismo e o Expressionismo, que eram vistos como estilos artísticos degenerados pelos
membros do Partido Nazista, pois se distanciavam dos ideais de arte tradicional.
234. c Pela dança ser apresentada no palco, como um espetáculo, percebe-se uma releitura eru-
dita de práticas religiosas afro-brasileiras.
235. a Ao longo do texto, o autor faz uso de dados estatísticos para comprovar a tese de que
os esportes eletrônicos têm crescido muito de um ano para outro no Brasil. Ainda, para
justificar esse crescimento, são mencionados no texto fatores causadores desse aumen-
to: o crescimento da indústria no esporte eletrônico e a dedicação de grandes gamers na
visibilidade dessa modalidade esportiva. Esses fatores, em conjunto, estão levando à cria-
ção de um evento olímpico oficial no mundo dos games. Isso se comprova pelo trecho:
“Mundo afora, a árdua dedicação de grandes gamers contribuiu para o reconhecimento
do Comitê Olímpico Internacional, aliado a outras cinco federações esportivas e suas de-
senvolvedoras de jogos, que direcionaram um olhar mais atento ao assunto, permitindo dar
o primeiro passo para concretizar, pela primeira vez na história dos jogos eletrônicos, um
evento olímpico oficial”.
236. a Ao tornar o Marabaixo uma nova prática cultural com danças, cantorias e festas religiosas,
houve a ressignificação do drama envolvido na morte de escravizados que eram jogados
na água.
237. c Como forma de ampliar universos, o artista Wolney Fernandes busca expor o seu trabalho
nas redes sociais para criar uma vitrine internacional para a sua produção artística, que já
aparece em capas de obras literárias pelo Brasil e pelo exterior.
238. a O grupo Brô MCs cria uma fusão entre manifestações artísticas urbanas e a cultura indígena
ao associar o rap, visto como uma cultura de defesa, aos ritmos e causas indígenas.
239. Certo. O fato histórico é contado de forma velada, por pessoas escondidas.
240. Errado. Na obra de Cecília Meireles, há forte apelo à linguagem popular, dialogando com o
modelo das mais diversas gerações modernistas.
241. Certo. No poema, o poeta do vigário é responsável pela criação do lema.
242. Errado. A obra Romanceiro da Inconfidência apresenta personagens produtores de poemas
árcades, como Tomás Antônio Gonzaga, mas não é esse o ambiente proposto pela autora.
243. Certo. Como apresentado na questão, ocorreram batalhas em que os brasileiros precisa-
ram se impor como nação para algumas tropas portuguesas.
244. Certo. A afirmação está correta, pois o passado não pode ser visto historicamente como
um modelo cristalizado, mas fluido, que se molda tanto a novas descobertas quanto a
novas percepções.
245. Errado. O texto expõe que as populações originárias foram exploradas em meio ao cresci-
mento das colônias americanas.
246. Errado. A economia açucareira nos séculos XVI e XVII e a de mineração no século XVIII se
apresentavam em todo o território brasileiro, não apenas no Nordeste.

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247. a Rui Barbosa profere um discurso fúnebre para Machado de Assis, no qual as metáforas
são construídas a partir de referências à obra machadiana, principalmente ao soneto de
Machado em homenagem à Carolina, esposa do escritor.
248. a O propósito da campanha publicitária do Ministério da Saúde é esclarecer às mães quais
são os benefícios proporcionados pela amamentação a bebês e crianças.
249. e Endereçada a todos os “cidadãos e cidadãs”, a carta aberta veiculada pela Sociedade Brasileira
de Geriatria e Gerontologia ressalta as dificuldades enfrentadas pela população idosa no
que se refere ao acesso aos serviços de saúde.
250. c A notícia trata da alteração na definição do verbete “casamento” no Dicionário Michaelis,
para que ela se tornasse mais inclusiva e não caracterizasse o termo apenas como a “união
legítima entre homem e mulher”. Essa mudança foi impulsionada por uma petição on-line
criada por um cidadão paulista.
251. b O trecho final do texto informa que a participação de mulheres trans nos Jogos Olímpicos
é condicionada a uma certa quantidade do hormônio testosterona, característica biológica
que limita a inclusão desse grupo de atletas nas competições.
252. b Simone Biles, atleta que coleciona vitórias mundiais, trouxe à tona uma discussão muito
necessária ao público geral: a questão da saúde mental dos atletas. Ao se apresentar como
detentora de medalha olímpica e vítima de abuso sexual, a esportista explicitou o quanto
essas ações errôneas e de abuso prejudicam a saúde mental dos atletas e, ainda, revelou
que há uma máquina de proteção daqueles que cometem esses abusos/essas violências.
Ao final do texto, tem-se um elogio à atitude e à coragem de Biles por trazer à luz aquilo
que muitos negligenciam por anos no mundo dos esportes, como se vê pelo trecho: “ela
[Simone Biles] chegou ao topo como uma líder no trabalho de acabar com o preconceito
com os problemas de saúde mental”.
253. e O fator central que impacta a realização de práticas corporais/atividades físicas no tempo de
lazer no Brasil é a desigualdade entre classes sociais, o que pode ser identificado quando
os autores do texto mencionam: “Aqui, há uma relação inversa e perversa entre variáveis
socioeconômicas de acesso às PC/AF”.
254. d No texto de João Guimarães Rosa, é mostrada uma prática comum de um vilarejo: ouvir
Soropita recontar o episódio de uma radionovela. Embora o enredo não fosse inédito para
os ouvintes, o modo como a personagem se apropriava da linguagem e recontava aquilo
que todos já ouviram é o que chamava e prendia a atenção daquela população. Isso é
evidenciado no trecho: “Soropita começou a recontar o capítulo da novela. Sem trabalho,
se recordava das palavras, até com clareza – disso se admirava. Contava com prazer de de-
morar, encher a sala com o poder de outros altos personagens. Tomar a atenção de todos,
pudesse contar aquilo noite adiante”.
255. b O texto reflete sobre alguns danos que o incêndio no Museu Nacional gerou à cultura
brasileira – desde perdas materiais, como “fósseis, cerâmicas e espécimes raros”, até imate-
riais, a exemplo de algumas línguas indígenas extintas que constavam em materiais guar-
dados ali.
256. Errado. A metáfora relacionando a Independência da República com uma “criança” é um me-
canismo estilístico para apresentar o quão recente era aquele ato político.

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257. Certo. A crônica é compreendida pelo autor como um gênero literário e jornalístico, pois é
por meio desses dois eixos que se desenvolve o texto.
258. Errado. Não há um processo de desmistificação no interesse pelos mitos fundadores do
Brasil na segunda metade do século XIX, pelo contrário: há uma idealização junto à cor-
rente romântica.
259. Certo. O narrador apresenta essa contradição, expondo que o grito, por mais que não te-
nha existido, resume todo o acontecimento político como algo concreto.
260. d O texto apresenta uma intertextualidade da obra de Machado com o contexto de sua
produção, relacionando-se, por exemplo, com obras e acontecimentos romanos.
261. Certo. A natureza trata da Carta, de Caminha, apresentada ao rei de Portugal, remontando
aos sonhos românticos do século XIX.
262. Errado. Apesar de perder o status de Colônia, mantiveram-se a monocultura exportadora, o
latifúndio e a escravidão.
263. Errado. O texto aponta justamente que o Brasil é um “país sem revolução”.
264. c Conforme se lê no início do parágrafo (“Ainda daquela vez pude constatar a bizarrice dos
costumes que constituíam as leis mais ou menos constantes do seu mundo: ao me aproxi-
mar, verifiquei que o Sr. Timóteo, gordo e suado, trajava um vestido de franjas e lantejoulas
que pertencera a sua mãe. [...]”), a narradora compartilha com o leitor suas impressões acerca
do costume incomum que presenciara.
265. c Quando o eu lírico afirma “E eu afinal me repousei dos meus cuidados” (último verso), fica
claro que ele pode se entregar ao desejo, apresentado na primeira estrofe do poema.
266. a Conforme o texto, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) está sujeita a processos de variação
linguística, assim como outras línguas, como explícito no trecho: “O que muda é só o hábito
cultural de cada região. A mesma coisa acontece com a Língua Brasileira de Sinais (Libras)”.
267. d Conforme o texto, os colchetes voltados para fora “[...] são sinais abertos, receptivos, propí-
cios à circulação de ideias”, ou seja, elementos da identidade da revista.
268. b As letras de Caetano Veloso enfatizam a quantidade de informação produzida pela tecno-
logia em seus respectivos momentos históricos.
269. d O texto de Mendonça é iniciado com a citação de uma estrofe do poeta e educador social
Baticum Proletário para evidenciar a tese de que pessoas são mortas no Brasil simplesmente
por serem pretas, conforme se observa nos seguintes versos: “Por ser PRETO sua morte é
defendida / O PRETO sempre merece morrer”. Ao longo do texto de Mendonça, esse fator
é reforçado e comprovado através da estratégia argumentativa do uso de dados estatísti-
cos, os quais revelam que 77% das vítimas de homicídios no Brasil são negros e que uma
pessoa preta tem quase 2,7 vezes mais chances de ser morta que uma branca.
270. e Segundo Eliane Brum, a linguagem sempre se prestou à manutenção dos “privilégios de
grupos de poder”, de modo que a parte menos instruída da população se vê frequente-
mente “impedida de compreender a linguagem daqueles que determinam seus destinos”.
Para ilustrar seu argumento, a autora menciona como exemplo a linguagem especializada
dos meios jurídico, médico, burocrático e acadêmico.

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271. d A passagem “[...] é um registro histórico e pode ser muito útil para estudos dessas comu-
nidades, na abordagem médica delas” justifica que o registro desses termos propiciaram
melhor compreensão dos sintomas dos pacientes.
272. d A passagem “[...] o lema tem sua primeira alteração para ressaltar a solidariedade e incluir
a palavra ‘juntos’: mais rápido, mais alto, mais forte – juntos” corrobora o objetivo de pro-
mover a associação entre o lema olímpico e a cooperatividade.
273. a No texto, a narradora descreve a si mesma, bem como outros corpos (no segundo parágrafo),
sob a ótica do estereótipo feminino e do estereótipo da escravidão, respectivamente, com
suas marcas de violência.
274. c De acordo com o texto, muitos imigrantes vivenciam episódios de racismo e preconceito
linguístico, uma vez que, para muitos portugueses, “nosso português é errado”. Nota-se, por-
tanto, que na opinião desses falantes o ideal linguístico é aquele falado em terras lusitanas.

Oficina de redação

275. Resposta pessoal. De acordo com a proposta “Trabalhadores domésticos: garantia de aces-
so a direitos no Brasil”, é esperado que se reflita sobre as condições de trabalho precarizado
e mal reconhecido enfrentado por trabalhadores domésticos, em especial por mulheres
pretas e pobres. É importante perceber o recorte racial e de gênero, bem como observar
a relação entre a escravidão e as condições de vida e de trabalho atuais dessa demografia.
A partir disso, deve-se apresentar uma proposta de intervenção que tenha como objetivo
aumentar o acesso de trabalhadores e trabalhadoras domésticos a direitos básicos.
276. Resposta pessoal. O objetivo da proposta “Desafios para o enfrentamento da invisibilida-
de do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil” é que se reflita criticamente a
respeito de como o trabalho de cuidado é visto pela sociedade como uma obrigação que
cabe naturalmente à mulher, como esse tipo de trabalho é invisibilizado e não é reconheci-
do como trabalho, e quais os impactos dessa situação na vida das mulheres na sociedade,
tendo em vista as desigualdades existentes entre homens e mulheres. É necessário que se
elabore uma proposta de intervenção que vise mitigar essas desigualdades.
277. Resposta pessoal. De acordo com a proposta “Medidas para o enfrentamento da recor-
rência da insegurança alimentar no Brasil”, é esperado que o texto examine as condições
sociais e econômicas do Brasil, a fim de formular uma análise sociológica do tema, reco-
nhecendo a importância da segurança alimentar e o acesso à alimentação como um di-
reito básico. Também é importante que se reconheça a urgência da questão, uma vez que
a insegurança alimentar se tornou desenfreada nos últimos anos. Portanto, deve-se ser
capaz de considerar iniciativas de agentes públicos, a concretude e viabilidade de medi-
das sociais e, a partir disso, formular uma proposta de intervenção que aborde a questão,
visando sempre aos direitos humanos.
278. Resposta pessoal. De acordo com a proposta “A luta contra a violência doméstica infantil”, é
necessário que se mostre discernimento e sensibilidade ao examinar o problema, uma vez que,
por questões socioculturais, a violência contra menores frequentemente é minimizada e trata-
da como ação disciplinadora. Deve-se refletir criticamente acerca dessas questões, pontuando
os fatores sociais, culturais e econômicos relevantes para o tópico, para, em seguida, desenvol-
ver uma proposta de intervenção que busque uma resolução para o problema.

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279. De acordo com a proposta “Valorização do trabalho docente no Brasil contemporâneo”, é
esperado que se consiga abordar diversos aspectos que envolvam a importância, desa-
fios e possíveis soluções para valorizar os profissionais da educação. Alguns pontos que
podem ser explorados incluem a importância do papel dos professores para a formação
intelectual e cidadã, os desafios enfrentados, tais como salários baixos, condições precá-
rias, etc. Ao propor soluções e políticas públicas que possam melhorar a situação, o enga-
jamento da sociedade e exemplos de práticas de valorização que funcionaram em outros
países podem ser examinados.

280. Resposta pessoal. De acordo com a proposta “Democratização do acesso da população


mais vulnerável a espaços culturais no Brasil”, deve-se ser capaz de abordar as barreiras
socioeconômicas, geográficas e estruturais que impedem o acesso das camadas sociais
mais vulneráveis a espaços culturais, como a falta de recursos financeiros, transporte pre-
cário e a concentração desses espaços em regiões privilegiadas. Como proposta de inter-
venção, deve-se apresentar estratégias que visem promover a democratização do acesso
à cultura, como a criação de políticas públicas voltadas para a descentralização de espaços
culturais, a implementação de programas de inclusão cultural em comunidades carentes e
periferias, etc.

281. Resposta pessoal. De acordo com a proposta “Caminhos para a prevenção do uso de álcool
e outras drogas no Brasil”, é interessante que se contextualize o problema do ponto de vista
da saúde pública e da segurança dos indivíduos que fazem uso dessas substâncias, sem
transformar a questão em um dilema moral. Deve-se ser capaz de abordar os fatores de
risco e vulnerabilidade que contribuem para o uso de álcool e drogas, tais como questões
sociais, econômicas, familiares e psicológicas. Como proposta de intervenção, é impor-
tante destacar a necessidade de educação e conscientização sobre o tema, bem como a
necessidade de políticas públicas que ofereçam suporte psicossocial.

282. Resposta pessoal. A proposta “Longevidade: desafios para o envelhecimento saudável no


Brasil” pressupõe a problematização dos desafios para o envelhecimento saudável no Bra-
sil, ou seja, ela demanda a análise acerca das causas e consequências decorrentes do cres-
cimento da população acima de 65 anos (1980-2020). Entre tais desafios, destacam-se, por
exemplo, a necessidade de oferta de serviços de cuidados integrados e a implementação
de políticas públicas que promovam a integração do idoso e que incentivem conexões so-
ciais de impacto na saúde mental dessa população. Para isso, uma boa proposta de inter-
venção apontará caminhos para superá-los, enfatizando, portanto, meios para lidar com
questões advindas de alguma forma de demência.

283. Resposta pessoal. A proposta “Democratização do acesso à ciência e à tecnologia no Brasil”


pressupõe a problematização das razões da falta de acesso à ciência e à tecnologia no Brasil.
Em outras palavras, é imprescindível compreender não só a importância das universidades
e dos institutos de pesquisa nesse contexto, mas também os impactos do financiamento
privado para a produção em ciência básica. Chama-se atenção, inclusive, para as assimetrias
geográficas (desigualdades regionais no Brasil) na distribuição percentual dos dispêndios
dos governos estaduais. Ademais, uma boa proposta de intervenção apontará caminhos
para garantir a democratização do acesso, destacando, por exemplo, o impacto social do
desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil.

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284. Resposta pessoal. A proposta “Caminhos para promover o direito à cidade no Brasil” pres-
supõe a problematização de meios para a promoção do direito à cidade; para isso, convém
compreender o conceito de “direito à cidade”: “compromisso ético e político de defesa de
um bem comum essencial a uma vida plena e digna em oposição à mercantilização dos ter-
ritórios, da natureza e das pessoas”. Esse processo passa pela validação do urbanismo social
(governança, escuta ativa, planejamento e poder público). Ademais, uma boa proposta de in-
tervenção apontará meios para a efetivação de uma nova concepção social em torno do
espaço urbano.

Literatura

285. a Essa cantiga de escárnio faz uma sátira a um cavaleiro displicente que abandona seu cavalo
quase a morrer. A natureza, com a chuva providencial, faz crescer a erva no lugar onde o
cavalo morria e o salva.
286. d Gil Vicente é o maior teatrólogo do Humanismo português e, como tal, coloca como
centro de suas peças o ser humano, retratando-o de acordo com os cânones da época.
Também é um autor consciente das necessidades religiosas e proclama a fé, embora, muitas
vezes, critique o procedimento do clero.
287. Camões refere-se aos grandes feitos da Antiguidade (as viagens de Ulisses e Eneias, as
vitórias de Alexandre e Trajano), mas com a certeza de poder ultrapassá-los, pois “outro
valor mais alto se alevanta”, no caso, a glória e o poder dos feitos lusitanos.
288. a) A passagem do tempo, que tudo pode, e o sofrimento amoroso.
b) O poeta expressa sua profunda tristeza por constatar que o tempo resolve todos os
males, exceto a tristeza que sente pelo amor não correspondido.
c) À amada. O diamante tem a propriedade de ser a mais preciosa das pedras, mas extre-
mamente dura, daí ser equivalente ao coração da amada.
d) O conflito entre dor (castigo) e prazer, refletido nas antíteses, constitui o cerne da lírica
camoniana, dividida entre a carnalização e a idealização do amor.
289. a) O soneto todo marca o poder exercido pelo tempo, que o poeta deixa mais sinalizado em:
“Mas de abrandar o tempo estou seguro / O peito de diamante, [...]”
b) Acabar e abrandar são justamente as duas ações que marcam a passagem do tempo.
Tudo no mundo é transitório e está sujeito a mudanças.
c) Ambas as estrofes referem-se às transformações produzidas pelo tempo.
d) O tempo é implacável e poderoso; a existência está à mercê dele.
290. a) A mulher é idealizada, endeusada, superior e perfeita.
b) Uso da forma clássica do soneto (decassílabos com rima fixa). Tematicamente, influência
de Petrarca no tratamento do platonismo amoroso.
291. e Os versos de José de Anchieta deixam transparecer o processo de agradecimento desse reli-
gioso enquanto refém dos indígenas.
292. b Enquanto José de Anchieta agradece a graça obtida, Gregório de Matos se vê como
um pecador em busca de perdão.
293. c Conforme a alternativa c enuncia, o verso final resume a reflexão que o poeta faz no soneto:
“A firmeza somente na inconstância”.

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294. a I. Correta.
II. Incorreta. Os versos de Gregório de Matos são setecentistas.
III. Incorreta. Nada no mundo é constante, sendo que o último verso resume as contradições
sentidas pelo poeta: só existe firmeza na inconstância.
295. e Gregório de Matos é um poeta brasileiro, nasceu em Salvador (Bahia) em 1636 e faleceu
em 1696, no Recife.
296. e Nesses versos, Gregório de Matos mostra sua atualidade ao caracterizar comportamentos
reprováveis, mas que resultam em benesses.
297. a A sintaxe de Gregório de Matos é complexa, pois o autor faz uso de hipérbatos com muita
frequência, conforme citado na alternativa.
298. a Padre Antônio Vieira é o maior representante da oratória barroca e representa o movimento
em Portugal. Em seus sermões, prega tanto temas ligados à religião como se envolve em
polêmicas sociais e políticas.
299. a Cláudio Manuel da Costa é o introdutor do movimento árcade na literatura brasileira.
Como poeta, já defendendo os preceitos dessa escola, evoca o ambiente pastoril e não se
detém em sofisticações.
300. a É frequente em Marília de Dirceu a utilização da ordem indireta da frase, geralmente com
inversão do sujeito, como no exemplo: “Enquanto pasta alegre o manso gado” por “En-
quanto o manso gado pasta alegre”, e assim sucessivamente.
301. c O eu lírico, em Tomás Antônio Gonzaga, embora se envolva amorosamente com sua amada
e pastora, não tem os arroubos sentimentais que caracterizam o Romantismo.
302. e A releitura do texto permite concluir que os apelos sentimentais do eu lírico chegam a
evocações sensuais, na medida em que partilha uma sensação de que o tempo passa rapi-
damente e é preciso gozar o momento presente.
303. c Os versos de Tomás Antônio Gonzaga refletem a simplicidade e a leveza com que os poetas
árcades compõem suas poesias.
304. e A releitura dos tercetos lembra uma das características da poesia árcade, ou seja, o carpe
diem.
305. c Bocage, embora ainda preso aos parâmetros do Arcadismo, deixa-se levar por arroubos
sentimentais, o que o torna precursor do Romantismo. Veja-se, para isso, a recusa da razão
em favor da loucura: “Deixa-me apreciar minha loucura; / Importuna Razão, não me persigas.”
306. “Que saudade imensa, do campo e do mato, / Do manso regato que corta as campinas. / la
aos domingos passear de canoa / Na linda lagoa de águas cristalinas; / Que doces lembranças
daquelas festanças, / Onde tinha danças e lindas meninas!”
O excerto anterior retoma os tópicos do movimento neoclássico: busca da simplicidade
em contato direto com a natureza bucólica (“manso regato”, “Na linda lagoa de águas cris-
talinas”) e abandono do status social exigido na vida urbana, resumidos nos termos latinos
locus amoenus (lugar ameno) e fugere urbem (fugir da cidade), respectivamente.
307. b O artista romântico é essencialmente subjetivo; o texto contrapõe algumas das caracterís-
ticas de uma arte clássica à romântica.

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308. e O indígena, no Brasil, encontra seu correspondente no cavaleiro medieval europeu. Nesse
sentido, o autor romântico adapta as concepções do Romantismo europeu às necessida-
des americanas.
309. b Gonçalves Dias, em “Leito de folhas verdes”, mostra a espera da mulher pelo marido que
partiu e tarda a voltar. Esse mesmo tipo de composição lírica lembra a cantiga de amigo e
a espera pelo amado que partiu.
310. b I. Incorreta. A afirmação não corresponde ao conteúdo do texto, uma vez que os filhos de
Tupã sofrem com a invasão dos brancos.
II. Correta.
III. Incorreta. A afirmação não corresponde ao texto, por serem esses versos essencialmente
representativos da temática indianista da primeira geração romântica.
311. e I, II e III. Corretas.
Gonçalves Dias é o mais importante representante da poesia indianista do movimento
romântico. Sua obra contempla também a poesia de inspiração lírico-amorosa em que o
eu lírico fala de seu amor por uma mulher inacessível, além do sentimento de saudosismo.
312. a Nesses versos, o eu lírico sente aproximar-se da morte, que, resumidamente, é o consolo
para a sua vida de privações.
313. c Outra característica da segunda geração romântica é a profunda subjetividade, a partir da
qual a natureza passa a ser um reflexo dos sofrimentos do poeta.
314. c Nesses dois exemplos, têm-se, por um lado (texto I), que a poesia é uma declaração do
desespero do poeta diante de uma mulher que se traduz em sonhos e, por outro (texto II),
uma poesia de vertente debochada, em que o poeta se diz apaixonado por sua lavadeira.
315. e I. Correta.
II. Incorreta. Noite na taverna representa a prosa sinistra e macabra de Álvares de Azevedo,
cujos contos vão de audaciosas noites de orgia a amores que envolvem necrofilia, inces-
to, entre outros.
III. Correta.

316. b O condoreirismo, cujo maior representante é Castro Alves, apresenta uma poesia de vertente
nacionalista voltada para apregoar a liberdade, principalmente do escravizado.

317. c A denúncia que Castro Alves faz em “Navio negreiro” reforça a luta contra a escravidão e,
consequentemente, contra a política vigente.

318. a Em “Mocidade e morte”, o poeta se lança na ânsia de viver e gozar os prazeres do mundo.
Deve-se lembrar que a poesia de Castro Alves é próxima do erotismo.

319. d Memórias de um sargento de milícias é uma obra de difícil classificação, pois não é romance,
aproxima-se de uma novela, apresenta um anti-herói e focaliza a realidade do Rio de Janeiro
no tempo do rei.

320. e O livro em questão é construído sobre ações em movimento constante. Os personagens,


quaisquer que sejam eles, tendem a lutar contra as condições adversas e reconhecer quais
momentos devem ser aproveitados intensamente.

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321. c José de Alencar é o mais importante romancista do movimento romântico no Brasil.
Maneja cuidadosamente sua pena para captar a cor local, ainda que certos elementos sejam
fruto de sua imaginação. Com desenvoltura, trabalha romances históricos (em que se volta
para o passado), romances urbanos (fixando a vida do Rio de Janeiro), romances indianis-
tas (tendo como cenário a selva) e romances regionalistas (focalizando a vida no campo).
322. a I. Correta.
II. Incorreta. O indígena e o branco estão no mesmo patamar de bravura e heroísmo.
III. Incorreta. O conflito entre amor e dinheiro é a problemática de Senhora.
323. a I. Correta.
II. Incorreta. O conflito é entre brancos colonizadores e indígenas.
III. Incorreta. O autor pretende mostrar o heroísmo indígena.
324. e Para os românticos, o brasileiro é fruto da miscigenação do indígena com o branco.
325. c Iracema, de José de Alencar, revela a valorização do indígena a partir da figura da mulher
que, por amor, abandona sua condição de vestal para seguir Martim.
326. e A alternativa está incorreta. O indígena, no Modernismo brasileiro, perde a aura de ideali-
zação e torna-se real.
327. a Alencar pretende revelar, em Senhora, o mercado de troca existente no casamento ao criticar
o interesse pelo dote.
328. b A cena em questão consta no capítulo VI (“Posse”) da terceira parte da obra. É nesse mo-
mento em que, depois do primeiro mês de discussões do casal, ocorre, no jardim por onde
Aurélia e Seixas caminham, uma aproximação sentimental entre eles, quando, à luz da lua,
Seixas recita Byron. Entretanto, ao conversarem sobre o moço traduzir os versos do poeta
inglês, discutem sobre o tempo livre de Seixas, seu emprego e seu dinheiro, o que leva
Aurélia a mudar radicalmente sua postura: sai bruscamente do jardim, menospreza a beleza
da lua, elogia o conforto da sala e ordena ao criado que feche a janela pela qual entrava a
“claridade argentina da lua”.
329. b Ao qualificar a morte como “lazarenta e desdentada” (além do trecho “E devo então dormir
com ela?... / Se ela ao menos dormisse mascarada!”), o poeta faz uso da caricatura, criando,
assim, uma imagem bem distinta da tradição romântica.

330. a) Por se tratar de um vencedor que destaca a coragem do guerreiro tupi, o narrador con-
fere ainda mais valor às ações do guerreiro vencido.
b) A repetição da frase “Meninos, eu vi” confere autoridade ao relato, uma vez que o narrador
tinha sido testemunha dos fatos narrados.

331. Enquanto os primeiros românticos exaltavam, com sentimento nacionalista, as belezas e


as qualidades da pátria brasileira, Álvares de Azevedo considera a pátria sob um ótica indi-
vidual e subjetiva. O tema é o mesmo, somente a ótica de abordagem os diferencia.

332. d Após o relato de um cocheiro sobre uma eventual visita adúltera, Rubião passa a desconfiar
da relação entre Sofia e Carlos Maria, expondo as suas obsessões e seus delírios, que, ao final,
revelam a insegurança da personagem e seu deslocamento da vida burguesa da Corte.

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333. d O jogo entre autor-defunto e defunto-autor marca uma das formas como Machado de
Assis encara seu novo momento literário.

334. e Outra mostra da evolução machadiana no romance de 1881 é a ironia com que o defunto-
-autor comenta o discurso de última hora feito à beira de sua sepultura por um de seus
amigos.

335. b A frase esconde a decepção de Brás Cubas ao revelar que somente 11 amigos o levaram
até a última morada. Imediatamente intercala uma desculpa (a chuva) e a falta de anúncio
para justificar a ausência de público.

336. b O fato de inverter a ordem cronológica da narrativa deixa a obra mais dinâmica e mais
nova, segundo declara o próprio Brás Cubas. O ciclo da vida desse personagem começa
com o “Óbito do autor” e termina com “Das negativas”, também referindo-se à morte do
personagem.

337. c I. Correta.
II. Incorreta. As descrições que eventualmente acontecem no Realismo têm a finalidade de
fotografar o real em todas as dimensões, inclusive as mais degradadas.
III. Correta.
IV. Correta.

338. e O romance Dom Casmurro não está estruturado a partir da defesa da tese determinista. A in-
fluência do meio sobre a formação do caráter das personagens fica mais clara em romances
naturalistas.

339. c Não seria possível reconstruir sua vida de outrora, porque nem o autor era o mesmo, nem
o momento era igual. Esse trecho é um dos momentos mais importantes da obra.

340. b A alternativa define algumas das principais características do maior prosador português
do movimento realista: Eça de Queirós.

341. a) Com o advento das correntes filosóficas do final do século XIX (determinismo, positivis-
mo, darwinismo e experimentalismo), Eça de Queirós justifica em Idealismo e Realismo a
alteração de comportamento do escritor perante um novo público, que exige uma esté-
tica voltada para a observação da realidade, e não mais para a idealização fantasiosa que o
Romantismo oferecera no passado. Ao citar Claude Bernard e ao outorgar-lhe a verdadeira
autoria do Naturalismo, o escritor expressa a necessidade de se adaptar à nova estética
através de recursos verificáveis em O primo Basílio. Assim, ao desvendar a essência de
Luísa, vítima de uma sociedade burguesa aculturada, Eça desmonta a idealização típica
do Romantismo que norteava as ações do protagonista. Ao invés de um sentimento amo-
roso profundo, Luísa acede ao pedido de casamento com Jorge por conveniências sociais
(“Que alegria, que descanso para a mamã!”), desejos reprimidos (“ela sentia o calor daquela
palma larga penetrá-la, tomar posse dela”) e manifestações físicas incontroláveis (“sentia
debaixo do vestido de merino dilatarem-se docemente os seus seios”).
b) Os excertos mencionados no enunciado poderiam ser substituídos por “Ao princípio
não agradou Luísa” e “Que sensação quando Jorge lhe disse; [...]” sem alteração de sentido
do texto original.

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342. a) Nos trechos citados no enunciado, os retratos dos pais realizados por seus filhos dife-
rem na perspectiva temporal dos narradores, na linguagem e na visão da figura paterna
no contexto familiar de cada um. Em Memórias póstumas de Brás Cubas, o narrador é um
homem adulto, com linguagem elaborada e intencionalmente irônica, que relembra a sua
infância de forma distante através de verbos predominantemente no pretérito imperfeito
do indicativo. Em Minha vida de menina, o narrador é uma criança, o que o leitor identifica
na linguagem simples de frases curtas e repetição de vocábulos com que tece considera-
ções sobre ambas as figuras paternas, através do uso de verbos no presente do indicativo.
b) As expressões “O marido era na Terra o seu deus” e “só Nossa Senhora pode ser melhor
que mamãe” não podem ser consideradas, respectivamente, como exemplos de visões
contrastantes da organização familiar (o patriarcado e o matriarcado). No texto I, o narra-
dor desvaloriza a figura materna no contexto familiar (“Minha mãe era uma senhora fraca,
de pouco cérebro”, “caseira, apesar de bonita”, “temente às trovoadas e ao marido”). No
texto II, o narrador, apesar da ligação afetiva que o aproxima mais da mãe, reconhece que,
socialmente, a figura paterna é mais reverenciada e elogiada do que a materna.
343. a) Sim, ao enumerar as tarefas penosas do cotidiano de D. Plácida, o narrador coloca em
evidência o trabalho exaustivo e sem nenhum reconhecimento social da personagem:
a rotina cansativa, a má alimentação, a doença, os definhamentos físico e psicológico
e o abandono final da personagem.
b) A sequência que descreve a rotina cansativa e o desempenho de funções de D. Plácida
é constituída por sucessivos segmentos separados por vírgulas, reveladores do ritmo
frenético e alienado do trabalho da personagem.
344. a Uma das características do Naturalismo é a animalização do ser humano, como ocorre em
“arrulhar choroso de pomba no cio”, “as vozes de bichos sensuais”, etc.
345. e O Naturalismo desequilibra a narrativa por exagerar na composição dos quadros.
346. b A descrição de Bertoleza revela o quão dura é a realidade da ex-escravizada, que se sacrifica
pelo enriquecimento de João Romão.
347. a Em O Ateneu, Raul Pompeia, por meio do personagem Sérgio, revela as agruras pelas quais
passou um adolescente em um colégio interno muito rigoroso.
348. a Enquanto Casimiro de Abreu idealiza a infância, Raul Pompeia a critica, negando a existência
de dias felizes e afirmando a proliferação de decepções.
349. c Como Sérgio, Raul Pompeia revela-se decepcionado com os fatores que marcaram sua vida
como aluno de um colégio interno.
350. a) Nas duas obras referidas, o Sol ocupa posição central, tributário das teorias naturalistas.
Na tela, o Sol atinge o cenário da obra o Caipira picando fumo, marcando não apenas a
paisagem (como se verifica pelas sombras) como também o homem (a pele queimada).
A impressão de quem vê o quadro é de que a luz solar tem presença marcante.
b) A “apreciação positiva’’ apontada pelo crítico de arte se dá pelo caipira plenamente inte-
grado no meio em que está inserido: sua atividade de picar fumo para o próprio deleite é
tranquilamente realizada, apesar da grande luminosidade – o Sol não interfere negativa-
mente em seu cotidiano.
351. a Em b tem-se o Simbolismo, em c, d e e tem-se o Modernismo.

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352. a A poesia parnasiana prefere descrições minuciosas de aspectos da natureza ou de objetos
de arte, em uma poesia fria, mas rigorosamente perfeita.

353. a As principais características do movimento parnasiano são elencadas nesta alternativa.

354. b Raimundo Correia metaforiza, por meio das pombas, os sonhos, mas as pombas voam e
retornam, enquanto os sonhos não voltam mais.

355. e Para Raimundo Correia, os sonhos não voltam mais aos corações e a juventude passa.

356. e Os versos de Camilo Pessanha traduzem as preocupações simbolistas com a palavra e a


linguagem.

357. d O texto pertence ao poeta simbolista Cruz e Sousa.

358. e A alternativa resume as principais características da poesia de Cruz e Sousa.

359. a) Cruz e Sousa foi um poeta fortemente ligado ao Simbolismo, cuja estética está paten-
te no poema “Sonho branco” através de inúmeros recursos, como o tema, a musicalidade
intensa, o uso de sinestesias, entre outros. A temática da dor inerente à condição huma-
na justifica a fuga da realidade para o mundo invisível e transcendente, simbolizada na
figura do sonho feliz (“És do Luar o claro deus eleito, / das estrelas puríssimas nascido”)
que caminha para a morte (“[...] ó Sonho branco de quermesse! / Nessa alegria em que
tu vais, parece / que vais infantilmente amortalhado!”). Também é constante o uso de
aliterações ( “[...] vais vestido, /sonho virgem que cantas no meu peito!...”), assonâncias
(“[...] rosas brancas dão-te um ar nevado...”) e rimas esquemáticas (abba, abba, ccd, eed)
que imprimem sonoridade ao poema. A integração associativa entre cores, perfumes
e sons instrumentaliza-se como recurso da evocação poética simbolista, ampliando o
significado usual das palavras através de sinestesias (“caminho aromal, enflorescido”, ”As
aves sonorizam-te o caminho”).
b) Os substantivos “linho” e “rosas” são repetidos ao longo do poema, assim como os adjeti-
vos “brancas”, “alvo”, “puro” e “límpido”, que conferem características positivas na descrição
metafórica do sonho. A locução adversativa “No entanto”, que inicia o último terceto do
soneto, e o termo “amortalhado”, que finaliza o poema, expressam uma ruptura na traje-
tória onírica do eu lírico, feliz e esperançosa, para introduzir a sensação negativa de que o
sonho é ilusório, ou seja, a percepção de que não vai se realizar.

360. A crítica social se faz presente na descrição da casa frágil, no aspecto físico da mãe, magra
e esquálida, por conta do pesado trabalho, e na referência ao descompasso entre a educação
e inteligência do narrador e sua condição social.

361. a) No texto de Drummond e Ziraldo, o sertanejo é ironicamente apresentado como um


agitador, quando reivindica. É o aspecto não verbal (figuras esquálidas, caídas no chão,
a criança “barrigudinha”, as marcas da seca no chão gretado, as mãos em desespero, etc.)
que enfatiza a ironia e passa a ressignificar o texto de Euclides da Cunha. Essa ironia faz
uma crítica à ideologia do senso comum sobre os nordestinos de modo geral.
b) O emprego das vírgulas ao enfatizar a circunstância de tempo destaca, entre outras,
uma característica positiva do nordestino. O emprego do ponto de exclamação confere à
frase um tom de denúncia.

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362. A Semana de Arte Moderna produziu uma ruptura com a tradição, dando início ao processo
de mudanças culturais e políticas que renovaram as condições da vida nacional.
Entre os efeitos estão:
„ valorização de uma linguagem brasileira;

„ reforço da relação entre cultura e nação;

„ crítica política ao domínio das oligarquias rurais;

„ afirmação de uma cultura essencialmente brasileira;

„ intensificação dos estudos sobre o folclore e a cultura popular;

„ recepção de tendências modernistas na Arquitetura e nas Artes.

363. e Os movimentos de vanguarda europeus, com repercussão no Brasil, marcaram uma ruptura
com a arte tradicional, incorporando valores que vão de representações da realidade, em
que a sociedade passa por transformações revolucionárias, até a incorporação de técnicas
que abandonam os procedimentos do século XIX.

364. b I. Correta.
II. Incorreta. Houve manifestações modernistas em todas as esferas da Arte (música, artes
plásticas e literatura).
III. Correta.

365. No poema de Alberto de Oliveira, encontram-se as seguintes características parnasianas


(entre outras):
„ rigor métrico – uso de verso decassílabo;

„ rimas regulares;

„ soneto – poema de estrutura fixa (dois quartetos e dois tercetos).

No poema de Manuel Bandeira, temos:


„ versos livres;

„ versos brancos;

„ ausência de uma estrutura convencional (o poema não segue modelo).

Enquanto o poema de Alberto de Oliveira caracteriza-se pelo rigor formal, o de Manuel


Bandeira possui ampla liberdade na forma.
366. “Chegas” remete à poesia. Quando ela chega, ao seu toque (“ósculo”), concretiza-se (“vivifica”)
em poema. Alberto de Oliveira acredita em uma inspiração fugidia, como uma deusa a
auxiliá-lo na concepção do poema.
Manuel Bandeira nega várias vezes essa “inspiração”, acreditando que a poesia é espontâ-
nea; recusa-se a aceitar o “lirismo namorador” e o “lirismo comedido”, dizendo-se farto “De
todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo”. Essa espontaneidade
estaria próxima do lirismo dos bêbedos, dos loucos e dos clowns, do lirismo que nasce do
interior do poeta, independentemente de algum valor preconcebido. Nesse sentido,
poderiam ser citados muito mais que dois versos de Manuel Bandeira em oposição ao
verso de Alberto de Oliveira.
367. b Uma das principais propostas dos modernistas é a busca de uma língua brasileira, isto é,
o português do Brasil, que rompe com as estruturas gramaticais tradicionais e, principal-
mente, busca aproximar a língua escrita do português falado, do português popular, colo-
quial, próximo do linguajar do povo.

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368. e O último verso resume com ironia o que ele afirma no verso 3 (“burra como uma porta”).

369. b A paródia é um exercício crítico e humorístico em que o poeta aproveita os famosos versos
de Gonçalves Dias e reestrutura-os a partir de uma visão diferente da apresentada pelo
poeta romântico.

370. c Todas as afirmações são verdadeiras. Com versos econômicos, reduzidos ao mínimo, e uma
linguagem coloquial, próxima da oralidade, transformando a poesia em uma mensagem
de humor, o poeta revela aspectos da história do Brasil.

371. Não segue integralmente, pois, no último parágrafo, atribuem-se à infância traços negativos,
que desmitificam sua imagem de passado idealizado a que se desejaria retornar.

372. Sim, segue, pois a relação entre o homem e a natureza é apresentada de forma idealizada,
já que, no texto, a natureza é um lugar paradisíaco, de experiências positivas.

373. d Em “Poética”, de Libertinagem, Manuel Bandeira faz sua profissão de fé para a poesia
moderna, buscando uma poesia que represente a liberdade de expressão.

374. d Uma das características da poesia de Manuel Bandeira é jogar com aspectos profunda-
mente subjetivos em meio à objetividade e à simplicidade.

375. a) O verso “Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro” apresenta desvio em relação
à norma-padrão da língua escrita, já que o verbo chegar, quando indica o ato de atingir
ou alcançar determinado lugar, apresenta transitividade indireta, estabelecendo regência
com a preposição “a”. Para atender à norma-padrão, o verso deveria apresentar a seguinte
configuração: “Uma noite ele chegou ao bar Vinte de Novembro”.
b) O relato de um fato do cotidiano, a linguagem simples e objetiva do poema, em versos
livres e brancos, afastam-no da estética parnasiano-simbolista, que apresenta preocupa-
ção com a linguagem culta e refinamento formal, com preferência pelo soneto de versos
decassílabos ou alexandrinos.

376. e Embora os dois textos retratem episódios trágicos – o desastre de avião, em Jorge de Lima,
e o ataque a Guernica, em Pablo Picasso –, eles traduzem as tragédias de formas dife-
renciadas. Jorge de Lima faz justaposições de fragmentos que lembram as tendências do
Surrealismo, enquanto Picasso foca na Guerra Civil Espanhola com recortes da tragédia e
marcas da cultura espanhola em um processo cubista.

377. d Cecília Meireles, como grande herdeira do Simbolismo, apela para a musicalidade com o
uso de aliterações, assonâncias e versos breves e intimistas em uma poesia de profunda
singeleza.

378. b Vinicius de Moraes partilha com o leitor uma visão lírico-amorosa, acreditando no amor, que
deve ser vivido intensamente, mas não deve ser eterno. Já Carlos Drummond de Andrade
escreve uma poesia de caráter social, que propõe uma reflexão sobre os males do mundo.

379. a) O tema do eu gauche/errado, isto é, desajustado em relação ao mundo.


b) O texto I estabelece um diálogo intertextual com o texto II por meio da paródia. O ver-
so de Chico Buarque “Quando eu nasci veio um anjo [...]” dialoga com o verso original de
Drummond “Quando nasci, um anjo torto [...]”.

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380. a) O “anjo torto”, de Drummond, e o “anjo safado”, de Chico Buarque, assemelham-se por-
que ambos representam a antítese do anjo legado pela tradição católica, o anjo da guarda.
b) Na hierarquia celestial, o querubim representa o anjo de primeira linha, no topo dessa
hierarquia, por isso ele “decreta”. Já o anjo representa a instância inferior, atrás de queru-
bins e serafins, por isso ele apenas “diz”. Ou seja, os verbos evidenciam “relações de poder”
na esfera celestial.

381. a) Drummond apresenta no texto a valorização do amor, uma de suas constantes temáticas.
Sua concepção de amor envereda no texto por dois caminhos:
1. A concepção do amor como necessidade social, que se cristaliza por meio do casamento.
Nesse caso, o eu gauche, um deslocado em relação ao sistema, aspira integrar-se a ele.
2. O amor concebido como necessidade sexual, que, para sua realização, muitas vezes não
escolhe. Nesse caso, o amor é passageiro e efêmero, refletindo as relações interpessoais do
mundo moderno.
b) A valorização drummondiana do amor não se confunde com a do Romantismo, que o
sacraliza (idealizado como sublime e santo). Drummond dessacraliza o amor, colocando-o
no cotidiano e, portanto, banalizando-o, como indica a própria efemeridade da relação
pretendida.

382. a Cecília Meireles faz versos intimistas, melódicos e profundamente subjetivos, enquanto
Carlos Dummond de Andrade coloca seus versos a serviço do presente e de um compro-
misso com o fazer poético voltado para a realidade.

383. c Os autores mencionados voltam-se para narrar as mazelas sociais e psicológicas de perso-
nagens ligados à vida regional. Jorge Amado retrata a Bahia, José Lins do Rego, a Paraíba,
e Erico Verissimo, o Rio Grande do Sul.

384. a Em Fogo morto, personagens e cenário vivem um clima de decadência, retratados a partir
da falência dos grandes engenhos de açúcar.

385. b Em Vidas secas, a ação se passa no Agreste nordestino, região marcada pelas secas; São
Bernardo narra a luta pela posse das terras da fazenda que dá título à obra por Paulo Honório,
e Angústia retrata o processo de decomposição psicológica do personagem Luís da Silva,
em uma comunidade urbana.

386. e I. Incorreta. Embora rude, Fabiano era incapaz de cometer um crime.


II. Correta.
III. Correta.

387. c O romance São Bernardo narra, em primeira pessoa, a trajetória de Paulo Honório a partir
do fracasso de seu casamento com Madalena, que se suicida, oprimida pelo ciúme doentio
do marido.

388. d Jorge Amado amadurece sua escrita a partir de Gabriela, romance em que o autor traz uma
linguagem mais solta e flexível e uma temática que iria marcar toda a sua segunda fase: o
retrato descompromissado da vida baiana, vazado em profunda sensualidade.

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389. a) Os trechos do enunciado apresentam, entre outros, o caleidoscópio de sentimentos e
emoções da família de Fabiano enquanto observam as festividades de Natal na cidade.
No texto I, os meninos maravilham-se com tantas luzes e pessoas, e assustam-se com o
ambiente da igreja e das lojas, que desconheciam. No texto II, sinhá Vitória está aflita com
a situação de Fabiano, que se tinha embriagado e ficara deitado no chão, dormindo pesa-
damente. Em ambos os textos, está presente o conflito de quem vive em absoluta situação
de precariedade e rudeza e estranha o mundo dos mais afortunados, que têm acesso ao
“luxo” e à abastança.
b) O mundo retratado na obra Vidas secas é revelador do sofrimento dos que vivem em
condições sub-humanas no Sertão nordestino, submetidos aos rigores do clima e ao iso-
lamento social, o que lhes embota o raciocínio e provoca o ressecamento do ser. Assim,
num espaço em que impera o silêncio apenas entrecortado pelos gritos dos animais, os
personagens adquirem as mesmas características, tornando-se cada vez mais “bichos” e
menos “gente”. No texto II, sinhá Vitória procura demarcar-se do meio que a cerca (“Se ficas-
se calada, seria como um pé de mandacaru, secando, morrendo”), mas a pobreza e a falta
de instrução fazem com que a distância que a separa das outras pessoas aumente cada dia
mais. Assim, mais do que a seca e a miséria, a linguagem é que se configura como essência
do que nos faz humanos: a capacidade de comunicação.
390. c Em “Catar feijão”, há uma espécie de profissão de fé do poeta, mostrando como ele entende
o fazer poético.
391. e Morte e vida severina: auto de Natal pernambucano retrata a vida de um retirante nordestino
que, por onde passa, encontra as mesmas constantes: miséria, fome e morte. Só no final
vislumbra uma esperança, com o nascer de uma criança.
392. e O jogo do termo “severino”, refletido nas diferentes classes gramaticais, é uma das grandes
interpretações do auto de João Cabral de Melo Neto.
393. e A poesia concretista visa à unificação das artes, procura abolir a diferença entre gêneros
literários e volta-se para uma nova concepção de verso e poesia.
394. c O texto e a alternativa resumem com propriedade as principais características da poesia
concretista.
395. c I. Incorreta. O texto é altamente elaborado e o poeta explora as possibilidades de decom-
posição e parônimos que são possíveis a partir da composição fluvial/pluvial, sabendo-se
que “pluvial” é relativo à chuva e “fluvial” é relativo a rio.
II. Correta.
III. Correta.
IV. Correta.
396. a Clarice Lispector é uma das principais escritoras da literatura brasileira. Uma de suas mais
importantes contribuições vem do profundo conhecimento da alma humana, principal-
mente de personagens femininas, que revelam gradativamente suas angústias e seus dile-
mas até que, em um momento epifânico, encontram um rumo promissor para suas vidas.
397. a O trecho em destaque refere-se à consciência que a autora tem da necessidade e da dificul-
dade que enfrentará para escrever e desvendar, por meio da escrita, o processo de criação.
398. e Em Grande sertão: veredas, João Guimarães Rosa ultrapassa os limites do regionalismo e
volta-se para questões metafísicas e existenciais, daí tornar-se um escritor universal.

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399. c I. Correta.
II. Correta.
III. Incorreta. Miguilim é retratado por um narrador, referido como “senhor”, que revela poeti-
camente a vivência de uma criança que tem “as vistas curtas” e precisava usar óculos.
400. b Pela leitura do trecho, vê-se a coexistência de dois aspectos: de um lado, a valentia e a violên-
cia do jagunço, de outro, a visão religiosa, em “Eu vi a Virgem Nossa, no resplendor do Céu”.
401. a Um dos principais contos da literatura modernista, “A terceira margem do rio” é narrado
por um personagem não nomeado que relata a estranha história do pai que abandona
tudo para viver em uma canoa, justamente entre uma margem e outra, no meio do rio.

402. a) Em Morte e vida severina, o poeta João Cabral de Melo Neto recorreu a formas mais tradi-
cionais e populares da poesia, sobretudo àquelas típicas da cultura nordestina, deixando tal
inspiração bastante assinalada na estrutura da obra. Como exemplos de recursos estrutu-
rais para a composição do auto, destacam-se o ritmo tradicional, a sonoridade monótona
e melancólica e a estrutura dialogada. O ritmo é marcado em estrofes de oito versos, com-
postas por heptassílabos (redondilha maior) que alternam tetrassílabos, forma comum da
tradição oral nordestina, herdada das antigas cantigas medievais portuguesas. A sono-
ridade é monótona e melancólica, evocando ladainhas ou cantos fúnebres como os das
antigas carpideiras nordestinas, por exemplo, na repetição dos versos “irmãos das almas” /
”irmão das almas” sempre no segundo e no sexto versos de cada estrofe, configurando um
refrão. A estrutura dialogada, similar ao texto teatral, remete ao segundo título do poema:
“Auto de Natal pernambucano”, visto que “auto” é uma forma popular de teatro religioso de
origem ibérica. Essa estrutura usa diversos recursos característicos da dramaturgia, como
travessões, presença de vocativos (“irmãos das almas” e “irmão das almas”), anunciando os
emissores de cada fala e a organização dos versos segundo o esquema de perguntas e de
respostas.
b) O termo “ave-bala” é um neologismo criado pelo autor a partir da justaposição de duas
palavras de sentidos, a princípio, muito distintos. O termo “bala” remete à violência da luta
pela terra no Sertão nordestino, tema central do excerto em análise, onde o defunto é
caracterizado como uma vítima desses conflitos. O termo “ave” associa a trajetória da bala
ao voo das aves, pela eficácia de seu alcance e velocidade. A fusão de sentidos obtida pelo
neologismo revela, sobretudo, a impunidade habitual dos matadores, como se a ave­‑bala
fosse um ser que tivesse vida própria, já comum na paisagem cruel do Sertão (“afinal há
sempre uma bala voando / desocupada”). Tal impunidade corriqueira aponta para os des-
mandos dos poderosos senhores da terra, que no contexto geral da obra são vistos como
os grandes causadores da miséria da vida e morte severina.

403. c Rubem Braga é um dos mais importantes cronistas da literatura brasileira do século XX. Na
crônica “O pavão”, o escritor revela o que vem a ser o ato de criação literária pela metáfora
do pavão, conforme vem anotado em “Eu considerei que este é o luxo do grande artista,
atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos”.

404. a No trecho selecionado, Ferreira Gullar procura, por meio da poesia, revelar sua ideologia,
voltada para propagar a necessidade de um novo momento social.

405. b O poeta se utiliza de composições de palavras, modificando suas estruturas com a finalidade
de criar novos vocábulos e, dessa forma, propagar seus valores.

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406. a Por meio da paródia da “Canção do exílio”, Cacaso critica o Regime Militar e o propagado
“milagre econômico”.

407. c Os dois textos apresentam uma visão irônica e, ao mesmo tempo, cômica do amor, retrato
de um novo modo de ver o lirismo amoroso.
408. e Os versos são de Mensagem, único livro publicado em vida pelo poeta Fernando Pessoa.
Composto de 44 poemas, a obra recompõe as glórias de Portugal e a grandeza de seus
heróis, tenta conclamar a necessidade de ressurgir um novo Portugal ou, ainda, ressurgir a
grandeza extinta, e conclama para um novo tempo, o Quinto Império.
409. b Alberto Caeiro é um dos heterônimos de Fernando Pessoa e busca na natureza e na existên-
cia simples seu modo de fazer poesia.
410. e Os demais poemas são de: a-Ricardo Reis; b-Ricardo Reis; c-Álvaro de Campos; d-Fernando
Pessoa, em Mensagem. Na alternativa e, a afirmação se confirma, pois há, nos versos, traços
de sensacionismo, característica da poesia de Alberto Caeiro, que consiste em observar e
descrever o mundo como ele é, e não sob interpretação.
411. e O poema faz uma recriação moderna de momentos vividos e sofridos na opressão da
Inconfidência.
412. e Todas as assertivas estão corretas: I, conforme o texto: “A fera mordeu” e “Amor [...] Aos ais
acudiu”; II, conforme o texto: “Amor, que no bosque / Estava brincando”; III e IV, conforme
a queixa da última estrofe.
413. b O texto de Manuel Bandeira é um haicai, isto é, uma estrofe única, com três versos. Já Marília
de Dirceu é uma longa lira, com várias estrofes.
414. d Parafraseando o texto, as cicatrizes pessoais não se transferem para o tronco da goiabeira,
isto é, não conseguimos nos livrar de nossas dores facilmente.
415. d Demonstra-se o reforço da expressividade lírica na passagem “E deu de esporas para que
eu não lhe visse as lágrimas”, visto que o cafuzo controla seu sentimento ante o cenário da
morte do tio Firmo, que “não era homem para deixar um verso no chão [...]“.
416. b Na crônica do João do Rio, o narrador descreve suas andanças na noite do Carnaval a partir
de uma combinação de interesse e repugnância, como se percebe em inúmeros trechos,
como: “Era ignóbil. Felizmente, muita gente sofre do mesmo mal no Carnaval”.
417. d No relato de sua ida à delegacia, a autora recebe com desconfiança a aparente ama-
bilidade do tenente, que teria demonstrado preocupação com a educação dos filhos de
Carolina e com a situação dos moradores da favela. Se a preocupação da autoridade fosse
genuína, ironiza a autora, alguma providência teria sido tomada para resolver o problema
(“[...] se ele sabe disto, porque não faz um relatório e envia para os políticos?”).
418. c No verso “A cidade não mora mais em mim”, o pronome explicita a 1a pessoa do singular,
característica da função emotiva da linguagem por dar ênfase ao emissor.

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