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Texto 1
Adquirimos uma estridente insistência em reafirmar que o passado pouco tem de interessante a ensinar. O
nosso mundo, asseguramos, é novo; seus riscos e oportunidades não têm precedentes.
A ignorância da história do século XX não contribui apenas para um deplorável entusiasmo pelo conflito armado.
Também leva à identificação errônea do inimigo. Temos bons motivos para nos preocupar com o terrorismo e o desafio
que ele representa.
Esquecemos a grande lição do século XX: a facilidade com que a guerra, o medo e o dogma podem nos levar
a demonizar os outros, negando-lhes uma humanidade como a nossa ou a proteção das nossas leis para submetê-los
a coisas indizíveis.
A guerra representou invasão, ocupação, deslocamento, privação, destruição e assassinatos em massa. Os
países que perderam as guerras muitas vezes também perderam habitantes, território, recursos naturais, segurança e
independência. Mesmo os países que emergiam formalmente vitoriosos tinham experiências comparáveis, e
rememoravam a guerra com uma feição semelhante à dos derrotados.
As distinções mais sofisticadas que fazemos hoje na guerra contra o terror — entre o império da lei e
circunstâncias “excepcionais”, entre cidadãos e não-cidadãos, aos quais tudo pode ser feito; entre as pessoas normais
e os “terroristas”; entre “nós” e “eles” — não são novas. Todas foram invocadas ao longo do século XX. São as
mesmíssimas distinções que autorizaram os piores horrores do passado recente: campos de internação, deportação,
tortura e assassínio — os crimes em resposta aos quais sempre murmuramos “nunca mais”. Então, o que julgamos ter
aprendido com o passado? De que serve o nosso culto moralista da memória e dos memoriais?
https://piaui.folha.uol.com.br/materia/o-que-aprendemos-se-e-que-aprendemos-alguma-
coisa/#:~:text=A%20guerra%2C%20em%20suma%2C%20desencadeava,em%20massa%20na%20era%20moderna. (Adaptado)
Texto 2
É preciso ficar bem claro que numa guerra não há mocinhos e bandidos. Todos têm seus interesses e nem
sempre os interesses são democráticos, humanitários e louváveis.
Aliás, são interesses expansionistas, religiosos, intervencionistas e econômicos que motivam toda guerra. Além
de tanques, armas, mortos e destruição, toda guerra é guerra de narrativas. Cantar vitória, produzir imagens,
sentimentos, emoções e crenças sobre um conflito é uma das mais eficientes estratégicas de ação numa guerra, desde
sempre.
Ou seremos contra toda guerra, portanto antiguerra e sempre pela paz (e não pela "pax estadunidense"), ou
estaremos fadados às narrativas do bem e do mal produzidas, sob medida, pelos senhores da guerra e da morte: os
donos das indústrias bélicas, do petróleo, das mineradoras, da energia, da construção, das telecomunicações etc. - que
são os grandes vencedores das guerras.
https://www.ihu.unisinos.br/categorias/616912-sobre-guerra-e-paz-artigo-de-robson-savio-reis-souza (Adaptado)
-1
Texto 3
Qual é o sentido da guerra?
[…] Como, sem dúvida, você pode imaginar, nós costumamos perguntar em desespero: “Qual é o sentido da guerra?
Por que, por que as pessoas não podem viver juntas em paz? Por que toda essa destruição?”
A pergunta é compreensível, mas até agora ninguém encontrou uma resposta satisfatória. Por que a Inglaterra
fabrica aviões e bombas maiores e melhores e, ao mesmo tempo, constrói casas novas? Por que se gastam milhões
com a guerra a cada dia, enquanto não existe um centavo para a ciência médica, para os artistas e para os pobres?
Por que as pessoas têm de passar fome, quando montanhas de comida apodrecem em outras partes do mundo? Ah,
por que as pessoas são tão malucas?
Não acredito que a guerra seja apenas obra de políticos e capitalistas. Ah, não, o homem comum é igualmente
culpado; caso contrário, os povos e as nações teriam se rebelado há muito tempo! Há uma necessidade destrutiva nas
pessoas, a necessidade de demonstrar fúria, de assassinar e matar. E até que toda a humanidade, sem exceção, passe
por uma metamorfose, as guerras continuarão a ser declaradas, e tudo o que foi cuidadosamente construído, cultivado
e criado será cortado e destruído, só para começar outra vez!
Anne Frank (O Diário de Anne Frank)
Texto 4
Guerras, principalmente as duas mundiais, levaram a humanidade a sancionar termos parar impor limites à
ação humana durante os conflitos armados.
Estamos falando das Convenções de Genebra, acordos que foram realizados em convenções que se passaram
nos anos de 1864, 1906, 1929 e 1949. A junção desses acordos foi revista e atualizada na Quarta Convenção, em 1949.
Por meio da Convenção de Genebra, foram decididos termos para que prisioneiros de guerra, civis, enfermeiros,
soldados feridos, entre outros, fossem protegidos e tratados dignamente.
As Convenções de Genebra são um importante pacto civilizatório, o qual demonstra que nem em estado de
guerra é permitido que se realizem horrores, como o aprisionamento desumano de prisioneiros e a tortura. Atualmente
196 países ratificam as Convenções de Genebra, fazendo com que sua aplicação seja considerada universal. Aqueles
que não cumprem as determinações estão sujeitos a julgamento na Corte Penal Internacional, localizada em Haia, nos
Países Baixos.
https://brasilescola.uol.com.br/guerras (Adaptado)
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Considerando as ideias apresentadas nos textos e também outras informações que julgar pertinentes, redija
uma dissertação em prosa, na qual você exponha seu ponto de vista sobre o tema:
QUAL O SENTIDO DA GUERRA NA CONTEMPORANEIDADE?
Autoria: Maria Aparecida Custódio
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Folheto 35
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As linhas abaixo não serão consideradas.
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Nome do(s) corretor(a):____________________________________
Competência CRITÉRIOS FUVEST – NOTA MÁXIMA: 50 Peso Nota atribuída
1.
Desenvolvimento do tema e organização do texto dissertativo- 4
argumentativo (1 a 5)
2. Coerência dos argumentos e articulação das partes do texto
3
(1 a 5)
3. Correção gramatical e adequação vocabular
3
(1 a 5)
4-