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Amor, o Esforço Do Prazer Cristão - em Busca de Deus - Cap. 4 - John Piper (NOTAS)

Amor, o esforço do prazer cristão - Em Busca de Deus - Cap. 4 - John Piper (NOTAS)

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Wesley Meira
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AMOR – O ESFORÇO DO PRAZER CRISTÃO.

DEVE-SE TER PRAZER EM SER MISERICORDIOSO?


O MANDAMENTO SOBRE OS ATOS DE MISERICÓRDIA
Miquéias 6.8 – “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o
Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e
andes humildemente com o teu Deus.”
A ordem não é apenas de que sejam praticados atos de misericórdia, mas
que o sujeito goste de ser misericordioso e queira ser misericordioso.

O ENSINO DO APÓSTOLO PAULO SOBRE O AMOR


O QUE É APROVEITADO DOS ATOS DE AMOR?
1 Coríntios 13.3 – “E ainda que eu distribua todos os meus bens entre
os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser
queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.”
É bom que Deus recompense atos de amor, mas não é bom que sejamos
atraídos para o amor apenas pela promessa da recompensa.
Edwards: “O proveito pelo qual é apropriado motivar-se é a felicidade que se
obtém pelo ato de amar em si, ou pelo bem conseguido por meio dele”.

O AMOR SEM INTERESSE PODE ALEGRAR-SE NA VERDADE?


1 Coríntios 13.6 – “(...) não se alegra com a injustiça, mas regozija-se
com a verdade.”
O termo “verdade” também pode ser interpretado como “com o que é
correto”.
O amor não é uma simples escolha ou um mero ato. Ele envolve afeições.
Isto é, ele não faz simplesmente a verdade ou apenas o que é certo. O amor
alegra-se no caminho da verdade.
Portanto, não há contradição com o texto de Miquéias 6.8 que nos ordena a
“amarmos a misericórdia”.
Contudo, se o amor se alegra nas escolhas que faz, não pode ser
desinteressado. Não pode ser indiferente à sua própria alegria. A alegria é o
ganho/resultado da ação de amar.
Ou seja, para o apóstolo Paulo não há perda do valor moral do amor quando
somos motivados a fazê-lo pela promessa de alegria que teremos nela e a
partir dela – contrário a visão de Kant sobre boas ações, que, para ele,
deveriam ser totalmente sem interesse.
Logo, o texto de 1 Coríntios 13.5 (o amor não busca seus interesses) não
contradiz o mandamento de Miquéias 6.8, por isso Piper formula a tese de
que a busca do prazer é uma motivação essencial para toda boa ação. Ao
amar, não devemos perder o nosso proveito (“alegria”)

1 Tessalonicenses 2:19-20 – “Pois quem é a nossa esperança, ou


alegria, ou coroa em que exultamos, na presença de nosso Senhor
Jesus em sua vinda? Não sois vós? Sim, vós sois realmente a nossa
glória e a nossa alegria!”

Romanos 15.1-3 – “Nós que somos fortes devemos ter consideração


pelos fracos, e não agradar a nós mesmos. Devemos agradar ao
próximo visando ao que é certo, com a edificação deles como alvo. Pois
Cristo não viveu para agradar a si mesmo.”
A alegria e paixão da vida de Paulo era a salvação das pessoas. Ele alcançou
isso com a dispensa de muitos prazeres e benefícios incomparavelmente
menores.
Isso nos ensina que não podemos considerar nenhum conforto pessoal
como uma alegria superior a de ver nossos esforços levarem à salvação de
outras pessoas.

O AMOR É MAIS DO QUE AÇÕES


“AMOR NÃO É O QUE VOCÊ SENTE, MAS O QUE VOCÊ FAZ”
Tiago 2.16 – “(...) e vocês disserem: “Até logo e tenha um bom dia;
aqueça-se e coma bem”, mas não lhe derem alimento nem roupa, em
que isso ajuda?” (NVT)
1 João 3.18 – “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas
de fato e de verdade.”
1) meros sentimentos calorosos jamais poderão substituir atos reais de amor.
2) devemos esforçar-nos em praticar atos de amor mesmo na ausência de
alegria que se gostaria de ter (Ex.: Jesus antes da crucificação).
Entretanto, os sentimentos importam tanto quanto o que é feito em nome
do amor. 1 Coríntios 13.4-7 diz que o amor não arde em ciúmes, não é
orgulhoso, não é rancoroso, entre outros, de modo que Paulo deixa claro que
os sentimentos envolvidos nos atos de amor são essenciais.
Por isso, “o amor é mais que sentimentos, mas, não, amor não é menos que
sentimentos”.
Deste modo, uma ação não se qualifica como amor se não for incluir a
motivação correta.

O QUE O AMOR PELAS PESSOAS TEM A VER COM NOSSO AMOR POR
DEUS?
O EXEMPLO DE AMOR GENUÍNO DOS MACEDÔNICOS
2 Coríntios 8.1-4 – “Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de
Deus concedida às igrejas da Macedônia; porque, no meio de muita
prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a
profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua
generosidade. Porque eles, testemunho eu, na medida de suas posses
e mesmo acima delas, se mostraram voluntários, pedindo-nos, com
muitos rogos, a graça de participarem da assistência aos santos.”
Paulo está viajando recolhendo recursos para os irmãos pobres em
Jerusalém e escreveu 2 Co 8 e 9 para incentivar os irmãos de Corinto a serem
generosos em suas ofertas.
No versículo 8, Paulo diz que o propósito é um teste do amor deles (“Não vos
falo na forma de mandamento, mas para provar, pela diligência de outros,
a sinceridade do vosso amor”).
Assim, Paulo usa os macedônicos como exemplo para inspirar os crentes de
coríntios a expressarem o mesmo amor na vida real.

1) É uma obra da graça de Deus


“Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus concedida às
igrejas da Macedônia.” (v. 1)
A disposição e a dedicação é uma obra da graça de Deus. Paulo chega a dizer
que Deus lhe deu não somente a graça de participar, mas também de sofrer
pelo Evangelho (Fp 1.29).
No mesmo texto, o exemplo de Tito é citado por Paulo, ao dizer que
voluntariamente ele foi solicito em atender a igreja em Corinto por amor
(verso 16).
Essa graça e voluntariedade pode alcançar todos os atos de serviço, não
apenas ofertas financeiras.

2) A experiência com a graça de Deus os encheu de alegria


“(...) porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram
abundância de alegria.” (v. 2)
A alegria deles não estava no fato de que Deus os fizera prosperar
financeiramente. Pelo contrário, em profunda pobreza alcançaram
abundância em alegria ao desfrutar e transbordar da graça de Deus.
Outros casos similares são de Paulo e Silas na prisão (At 15) e Estevão (At 7).

3) A alegria deles na graça de Deus transbordou em generosidade para


atender a necessidade de outros irmãos
“(...) a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da
sua generosidade” (v. 2)
A liberalidade expressa horizontalmente em relação às pessoas foi um
transbordar da alegria na graça de Deus.
Ex.: Os Irmãos Moravianos.
“Estou convencido que não devo orar se não estou disposto a ser resposta
pelo o que estou orando.”
“Que o Cordeiro que foi imolado receba a recompensa do seu sofrimento”.

4) Os macedônicos imploraram pela oportunidade de sacrificar seus


recursos em favor dos irmãos em Jerusalém
“(...) na medida de suas posses e mesmo acima delas, se mostraram
voluntários, pedindo-nos, com muitos rogos, a graça de participarem da
assistência aos santos” (v. 3-4)
A maneira pela qual a alegria deles em Deus transbordou foi na alegria de
dar. Era o que eles queriam. Nisso estava a alegria deles.
A alegria de estender a graça de Deus foi muito maior para eles do que
qualquer outra alegria que o dinheiro poderia comprar.
DEUS AMA QUEM DÁ COM ALEGRIA
2 Coríntios 9.6-7 – “E isto afirmo: aquele que semeia pouco, pouco
também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância
também ceifará. Cada um contribua segundo tiver proposto no
coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a
quem dá com alegria.”
Piper: “Deus não se agrada quando as pessoas agem com benevolência
mas não o fazem com alegria. Quando as pessoas não têm prazer em suas
ações de serviço, Deus não tem prazer nelas.”
Ao amar quem dá com alegria, não podemos ser indiferentes ao que Deus
manifesta em sua palavra e praticar atos de serviço sem a alegria exigida.

QUEM AMA SE ALEGRA NA ALEGRIA DA PESSOA AMADA


2 Coríntios 1.23-2.4 – “Agora, invoco a Deus como testemunha de que
foi para poupá-los que ainda não voltei a Corinto. Isso não significa
que queremos controlar vocês, dizendo-lhes como exercer sua fé.
Nosso desejo é trabalhar com vocês para que tenham alegria, pois é
pela fé que permanecem firmes.
Por isso resolvi não entristecê-los com outra visita dolorosa. Pois, se eu
lhes causar tristeza, quem me alegrará? Certamente não serão
aqueles a quem entristeci. Esse foi o motivo de eu ter escrito como o
fiz, para que, quando eu for, não seja entristecido por aqueles que
deveriam me alegrar. Sem dúvida, vocês sabem que minha alegria
vem do fato de vocês estarem alegres. Escrevi aquela carta com
grande angústia, com o coração aflito e muitas lágrimas. Minha
intenção não era entristecê-los, mas mostrar-lhes quanto amo vocês.”
(NVT)
1) O desejo de Paulo é trabalhar para propiciar alegria aos irmãos;
2) Ao dizer que, se ele causar tristeza não teria quem o alegrasse, Paulo
denota que sua principal preocupação era em fazer dos seus irmãos felizes.
De modo que, ao entristecê-los, ele mesmo já não poderia ser consolado.
3) Em seguida, há o contraste com o versículo anterior, pois Paulo diz
primeiro que não deseja causar a tristeza dos irmãos e em seguida afirma
que sua alegria é levar alegria a eles.
4) Paulo demonstra que a abundância de alegria ocorre não na mera busca
da alegria alheia, mas quando ela é buscada como se fosse a sua própria
alegria.
MELHOR É DAR DO QUE RECEBER
Atos 20.35-37 – “Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim,
é mister socorrer os necessitados e recordar as palavras do próprio
Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar que receber. Tendo dito
estas coisas, ajoelhando-se, orou com todos eles. Então, houve grande
pranto entre todos, e, abraçando afetuosamente a Paulo, o beijavam.”
Paulo nos ensina que devemos sempre manter vivo na mente que amar ao
próximo traz consigo a recompensa da felicidade. Ele literalmente diz aos
líderes de Éfeso: lembrem-se! Quem dá é mais feliz do que quem recebe.

O ENSINO DE PEDRO SOBRE ALEGRIA NO MINISTÉRIO


1 Pedro 5.1-2– “E agora, uma palavra aos presbíteros em seu meio. Eu,
que também sou presbítero, testemunhei os sofrimentos de Cristo e
também participarei de sua glória quando ela for revelada. Assim,
peço-lhes que cuidem do rebanho que Deus lhes confiou com
disposição, e não de má vontade; não pelo que lucrarão com isso, mas
pelo desejo de servir a Deus.”
3 João 1:4 – “Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus
filhos andam na verdade.”
É essencial que o ministro realize seu trabalho com afinco, mas,
principalmente, que o façam com prazer.
Existem duas motivações condenadas: fazer “por má vontade” ou “por
força” – a motivação deve ser interna, e não uma obrigação imposta
externamente – e motivado por “ganância por dinheiro” – se dinheiro é a
motivação, a alegria jamais poderá ser o ministério, mas as coisas adquiridas
com o salário.
A alegria no ministério é uma obrigação.
O problema não é que estamos tentando agradar a nós mesmos, mas que
somos muito fáceis de agradar com prazer inferiores em relação ao que
Deus nos promete em sua Palavra.

EXEMPLOS DE AMOR HORIZONTAL NO LIVRO DE HEBREUS


O PREÇO E O LUCRO DA ALEGRIA
Hebreus 10.32-36 – “Lembrem-se dos primeiros dias, quando foram
iluminados, e de como permaneceram firmes apesar de muita luta e
sofrimento.
Houve ocasiões em que foram expostos a insultos e espancamentos;
em outras, ajudaram os que passavam pelas mesmas coisas.
Sofreram com os que foram presos e aceitaram com alegria quando
lhes foi tirado tudo que possuíam. Sabiam que lhes esperavam coisas
melhores, que durarão para sempre.
Portanto, não abram mão de sua firme confiança. Lembrem-se da
grande recompensa que ela lhes traz.
Vocês precisam perseverar, a fim de que, depois de terem feito a
vontade de Deus, recebam tudo que ele lhes prometeu.” (NVT)
Os hebreus haviam passado por grande tribulação e se doaram em favor de
outros que estavam presos, a fim de dar-lhes suporte em suas necessidades.
Suportaram com prazer o espólio de bens.

A ESCOLHA DE MOISÉS
Hebreus 11.24-26 – “Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou
ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado junto
com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado;
porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do
que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão.”
Moisés não considerou que os bens e prazeres do Egito eram coisas que ele
deveria se apegar. Mas, por amor, juntou-se ao povo para liderá-los até o fim
de seus dias.

JESUS NÃO CONTRARIA O PRINCÍPIO DO PRAZER CRISTÃO


Hebreus 12.1-2 – “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos
tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo
peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com
perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente
para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria
que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da
ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.”
Jesus, a despeito do grande sofrimento experimentado em vida (Isaías 53 –
“homem de dores”), teve como objetivo realizar a obra de maior alegria
somente possível a ele. Como resultado, assentou-se à destra de Deus e tem
o nome exaltado acima de todo nome (Atos 4.12).
Ex. alpinistas/esportistas.
A alegria de Jesus está em realizar a vontade de Deus Pai (João 5.30). Por
isso, independente do momentâneo sofrimento, manteve-se fiel até a
consumação.

A RELAÇÃO ORGÂNICA ENTRE O AMOR QUE CRISTO NOS ORDENA


E A RECOMPENSA QUE ELE PROMETE
UM ATO DE AMOR PRECISA SER APROVADO POR NOSSA
CONSCIÊNCIA
Romanos 8.29 – “'Porquanto aos que de antemão conheceu, também
os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de
que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”
Lucas 6:35 – “Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai,
sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis
filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus.”

Qualquer ato de amor que decidimos praticar, deve ser praticado quando
vemos nessa atitude traços morais da recompensa que nos é prometida.
A nossa recompensa principal está registrada em Romanos 8.29.
1º) nossa predestinação é para sermos como Cristo – isso inclui corpos
glorificados (Fp 3.21 e 1 Co 15.49) e, mais do que isso, as qualidades espirituais
e morais de Cristo (1 Jo 3.2-3).
2º) que Cristo seja o primogênito entre muitos irmãos – Deus irá cercar Jesus
daqueles que são semelhantes a ele, como imagens vivas de si mesmo, de
modo que a glória do principal brilhe ainda mais.
Portanto, somente contemplaremos a Cristo com a alegria exigida pela
Palavra na medida em que nossas atitudes sejam moralmente coerentes
com o caráter de Cristo. Para sermos santos como Ele é, devemos agir, com
alegria, partilhando de sua santidade.
Nesse ponto, não se torna suficiente contemplar a santidade, mas também
ser santo e participar da graça de Deus (Ex. Isaías 6).
O mandamento é amar. A recompensa é tornar-se como quem ama
perfeitamente e ser cada vez mais parecidos com Ele.

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