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PROVA Psicologia Jurídica 3

Resumo
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Psicologia jurídica

Unidade 1
Introdução
• Psicologia Jurídica: aplicação do conhecimento psicológico às questões relacionadas ao Direito.
• A primeira aproximação entre a Psicologia e o Direito: século XIX com a Psicologia do Testemunho.
• Ambas as áreas compartilham o mesmo objeto de estudo: O HOMEM E O SEU COMPORTAMENTO
•1985: criação do cargo de psicólogo jurídico, no Brasil.

A Psicologia
• Ciência humana.
• Estuda o comportamento e os seus processos mentais.
• Desenvolveu-se a partir do advento do capitalismo.
• Século XIX: ganha o status de ciência.
•Wundt: fundador do primeiro laboratório de pesquisa psicológica.

Teorias psicológicas
Psicanálise:
• Freud; FUNDADOR
• Conceito de inconsciente: instância psíquica de emoções e sentimentos reprimidos da consciência;
• A repressão ocorre por apresentar um conteúdo insuportável.
• Composição do aparelho psíquico:
• ID: Princípio do Prazer; conteúdos inconscientes;
• EGO: Princípio da Realidade;
•Superego: moral, leis, regras, valores, crenças.

Mecanismos de defesa:
• Diminuem a angústia provocada pelos conflitos internos;
• A diminuição ocorre a partir de uma distorção momentânea da realidade;
• Espera-se a adaptação e o enfrentamento das situações estressantes;
• Exemplo: negação da realidade.

Behaviorismo:
•Teoria do comportamento ou comportamental;
•Skinner;
•Condicionamento operante: princípio de aprendizagem entre o estímulo e a resposta;
•Reforço positivo: exemplo da delação premiada;
•Reforço negativo.

Gestalt:
•Teoria da "forma";
• Estudo da percepção;
•Fenômeno de ilusão de óptica: imagens que enganam a nossa visão;
• Relação figura (experiências dominantes) e fundo (experiências do passado).

Erikson
•O desenvolvimento físico e psicológico é resultado da relação do indivíduo com o seu ambiente físico e
social;
•Necessidade de adaptações;
•Apresentou oito conflitos: se diferenciam nas diversas fases da vida do indivíduo.

• Separações;
•Regulamentação de visitas;
•Disputa de guarda;
•Paternidade.

Direito da criança e do adolescente:


• Adoçao;
•Destituição do poder familiar (separar uma criança de sua família);
•Adolescentes infratores;
•Conselho Tutelar;
•Crianças e adolescentes em situação de risco;
•Intervenção junto a crianças abrigadas.
Direito Civil:
• Indenizações;
• Danos psíquicos;
• Interdição: incapacidade de exercício, por si mesmo, dos atos da vida civil.

Direito Penal:
•Perícia das condições de discernimento ou sanidade mental das partes;
• Insanidade mental e crime;
• Delinquência.

Direito do Trabalho:
• Condições de trabalho;
• Repercussão na saúde mental do indivíduo;
•Indenizações.

Psicologia do Testemunho:
•Estudo do testemunho;
• Falsas memórias.

Psicologia Penitenciária:
• Penas alternativas;
• Intervenção junto ao reeducando;
• Assistência junto ao egresso;
•Trabalho com os agentes de segurança.

Psicologia Policial e das Forças Armadas:


•Seleção de profissionais da área;
• Formação das Polícias Civil e Militar;
• Atendimento psicológico.

Mediação:
• Direitos humanos;
• Proteção às testemunhas;
• Formação e atendimento aos juízes e aos promotores;
• Vitimologia: violência doméstica; atendimento às vítimas de violência; aos familiares da vitima;
•Autópsia psicológica: análise de características psicológicas mediante informações de terceiros.

Psicopatologia e personalidade

Psicopatologia:
• A legislação brasileira utiliza o termo "doença mental" no art. 26, do Código Penal;
• Objetivo: estabelecer a inimputabilidade;
• Trata da ciência que estuda o ser humano em seus estados mentais patológicos;
• Gera um sofrimento psíquico;
• Podem surgir transtornos de personalidade e psíquicos;
• Os transtornos podem comprometer: percepções, pensamentos, sensações e relações interpessoais.

Freud contribuiu para o estudo das doenças mentais, classificando-as em:


• Neuroses;
• Psicoses;
• Perversões.
Obs.: para ele, essas doenças aparecem em decorrência das diferentes maneiras que o indivíduo se
posiciona diante da lei e do desejo.

Neuroses
• Indivíduo tem plena consciência de suas ações, mas não consegue controlá-las.
• São distúrbios "mais leves".
• Há poucas distorções da realidade.
• Geram angústia e inibições.
•Exemplos: neurose obsessiva (pessoa que obedece cegamente a lei), neurose histérica (extremamente
emotiva), neurose de angústia (fobias).

Psicoses
• Não apresentam consciência dos seus atos.
• Perda da noção de realidade.
• Exemplos: esquizofrenia, transtorno bipolar, paranoia, autismo.

Perversões
•Indivíduo busca a satisfação sexual além dos limites normais.

Personalidade
• Várias teorias explicativas.
• Algo que é único.
• Conjunto estável e previsível dos traços emocionais e comportamentais.
• Não é uma estrutura rígida.

Transtornos de personalidade
• Personalidade paranoica: desconfiança e perseguição.
• Personalidade esquizoide: reserva e introspecção.
• Personalidade psicopata: transgressão de leis e regras sem arrependimento.
• Personalidade histriônica: teatralidade, dramatização.
• Personalidade obsessiva: perfeccionismo e repetições.
• Personalidade borderline: instabilidade, impulsividade.
• Personalidade ansiosa.
• Personalidade dependente.
• Personalidade depressiva.
• Personalidade narcísica.

Transtornos psíquicos
De ansiedade:
• Agorafobia: medo de multidões, locais públicos.
Síndrome do pânico:
• Transtorno obsessivo compulsivo (TOC).
Síndrome de Estocolmo - vínculo afetivo com o criminoso:
• Pedofilia.

Psicologia do Testemunho e Vitimologia


Psicologia do Testemunho:
• Primeiras conexões entre a Psicologia e o Direito;
• Visa investigar os processos internos de testemunhas que podem ou não dificultar o relato delas;
• Portanto: possibilita investigar a veracidade das informações trazidas;
• Deve-se considerar as chamadas "falsas memórias": o indivíduo é capaz de armazenar e recordar
informações que não ocorreram.
Obs.: crianças e idosos.

Formas de relatos
• Espontâneo: menos deformado.
• Interrogatório: respostas podem não ser verdadeiras.
• Confissão: a pessoa se expõe voluntariamente à punição ou pode derivar pela evidência dos fatos.

Sintomas que podem evidenciar uma mentira


• Precisão excessiva nas recordações.
• Prontidão ou hesitação nas respostas.
• Silêncio.

Vitimologia
•Estuda a influência da vítima na ocorrência de um delito.

Classificação das vítimas:


• Vítima completamente inocente ou vítima ideal;
• Vítima de culpabilidade menor ou por ignorância;
• Vítima voluntária ou tão culpada quanto o infrator;
• Vítima mais culpada que o infrator: vítimas provocadoras;
• Vítima unicamente culpada: legítima defesa.

Unidade 2
família e a lei
• A sua estrutura e o seu conceito foram se desenvolvendo ao longo da história humana.
É importante na construção do indivíduo:
• Emocional, intelectual, social e interacional.
Código Civil brasileiro, de 1916:
• Pátrio poder; casamento; família era um código moral assimétrico sexual; mulher casada parcialmente
incapaz.
Após a Primeira e a Segunda Guerra Mundial:
• Muitos homens morreram;
• Invenção de meios anticoncepcionais;
• Emancipação feminina;
• Facilidade de separação no casamento.

Constituição Federal de 1988:


•Contempla as mudanças e esboça uma nova familia.
Ela pode ser:
•Biparental;
• Monoparental.
• Constituída por casamento ou união estável.
• De natureza heterossexual ou homossexual.
• O pátrio poder cede lugar ao poder familiar.

Código Civil de 2002:


• Preve a igualdade dos cônjuges;
• Dissolução da sociedade conjugal;
• Manutenção do vínculo de pais e filhos;
• Guarda compartilhada ou não.

Guarda dos filhos


• Guarda única ou exclusiva.
• Guarda compartilhada
• Guarda alternada.

1. Guarda única ou exclusiva: conferida a só um dos genitores.


Obs.: esse tipo de guarda passou a ser insatisfatório para atender às necessidades, e aos interesses dos
pais e dos filhos (principalmente).
2. Guarda alternada: cada um dos pais pode deter a guarda dos filhos alternadamente
segundo um ritmo de tempo.
• Ex.: ano escolar; um mês; uma semana.
3. Guarda compartilhada: ambos os genitores dividem a responsabilidade legal pela tomada de decisões
relacionada aos filhos. Ambos possuem os mesmos direitos e as mesmas obrigações.
Obs.: esse tipo de guarda surgiu devido às mudanças na estrutura familiar.

Alienação parental
• Ato de afastar o filho do pai ou da mãe.
• Conduta proibida por lei.
• Conhecida por SAP: Síndrome da Alienação Parental.
• Lei n. 12.318, de 26 de agosto de 2010.

Lei Maria da Penha


• Originou-se de um caso verídico.
• Violência doméstica: física, sexual ou psicológica, cometida por parceiros íntimos.
• Finalidade da lei: retirar a mulher não do seu lar, mas da posição de vítima.
Tipos de violência
1. Violência física: surge quando a mulher resiste à violência psicológica.
• Ex.: empurrões, queimaduras, murros, puxões de cabelo.

2. Violência psicológica:
• Ex.: humilhações, questionamentos quanto à competência como mãe, mulher, esposa e profissional;
isolamento, impedimento de trabalhar e estudar.

3. Violência cíclica: processo contínuo e repetitivo de agressões. Composta por 4 fases distintas:
3.1 Fase de construção da tensão: violência não direta. O agressor tende a responsabilizar a vítima por
todos os seus problemas e frustrações;
• Ex.: olhares, violências verbais.

3.2 Fase da agressão: violência física se inicia;


3.3 Fase de desculpas: o agressor tende a minimizar ou anular o seu
•comportamento agressivo;
Há um duplo objetivo:
• Responsabilizar a mulher pelo comportamento agressivo;
• Fazê-la não sentir mais raiva

3.4 Fase da lua de mel: cessam os ataques violentos, os pedidos de desculpas.


• Surge um comportamento amoroso do agressor.
• A vítima acredita que é ela que detém o poder da agressão.

Feminicídio
• Lei do Feminicídio que alterou o Código Penal brasileiro: incluindo como qualificador do crime de
homicídio o feminicídio.
• O feminicídio é o homicídio praticado contra a mulher pelo fato de ela ser mulher.
• Portanto, ele é motivado pela discriminação de gênero.
Obs.: não é qualificado como feminicídio:
• Assassinato de uma mulher originado de latrocínio (roubo seguido de morte);
• Briga entre desconhecidos;
• Praticado por outra mulher.

Violência
• Velada.
•Doméstica.
• Intrafamiliar.

Violência velada
• Assédio moral: qualquer comportamento abusivo e repetitivo, que afeta a plenitude física ou psíquica de
uma pessoa.
Tipos de assédio moral:
• Ascendente;
• Horizontal;
• Descendente.

Métodos de assédio moral


• Desqualificação.
• Desacreditação.
• Humilhação.
• Indução ao erro.
• Assédio sexual.

Fases do assédio moral


• Conflito.
• Estigmatização.
• Intervenção da empresa.
• Marginalização ou exclusão da vida laboral.

Violência doméstica
• Envolve outros membros do grupo, aqueles que não têm função parental, mas que convivem no espaço
doméstico.
• Ex.: empregados domésticos.

Violência intrafamiliar
•Envolve, apenas, os membros da família, incluindo as pessoas que passam a assumir uma função
parental, ainda que sem laços de consanguinidade.

Separações litigiosas e a guarda dos filhos


• Série de dificuldades para reorganizar as suas vidas e de se administrar as suas responsabilidades
perante os filhos.
• As dificuldades podem desencadear distúrbios emocionais, principalmente, nos filhos do casal

Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA


• Enfatiza a proteção integral às questões relacionadas à infância em qualquer situação.
• A infância deve ser compreendida e inserida em um contexto cultural.
• Hoje, a criança é vista como uma cidadã com direitos.
• Necessita de atenção.
• Proteção: Estado, sociedade e família.
Convenção dos Direitos da Criança (ONU):
• Criança é definida como todo ser humano com menos de 18 anos de idade.

Obs.: a não ser em conformidade com a lei aplicável à criança, a maioridade seja alcançada antes.
• Direitos da criança: instrução, cultura, vida, nome e nacionalidade, formular os seus próprios pontos de
vista, liberdade de expressão, crença, associação, saúde, lazer.
ECA: faz distinção entre a criança e o adolescente:
• Criança: até 12 anos incompletos;
• Adolescente: entre 12 e 18 anos.
• Ideia de função repressiva, punitiva e discriminatória do Estado cede lugar à dignidade, e à cidadania da
criança e do adolescente.
• As medidas protetivas (art. 101): são aplicadas às crianças em situação de risco.
• Risco: é descrito (art. 98): ameaça ou violação dos direitos reconhecidos no próprio estatuto.
• Ameaça: da sociedade, do Estado, dos pais ou responsáveis, da própria conduta da criança e do
adolescente.
•Quando a criança ou o adolescente entram em conflito com a lei: são aplicadas as medidas
socioeducativas (art. 112).

Obs.: a criança ou o adolescente podem cometer delitos. No entanto, presume-se que a criança não sabe
o que faz, enquanto o adolescente tem a capacidade para saber, mas não o discernimento pleno.

Adoção
• Deriva quando da impossibilidade dos pais biológicos de criarem os seus filhos e pela disponibilidade
de outras pessoas cuidarem dessas crianças.
• A ruptura com as pessoas importantes e a institucionalização passam a ser fatores de risco para o
desenvolvimento dessas crianças.
• Os procedimentos para o processo de adoção estão previstos no ECA.
• É importante o papel do psicólogo jurídico.
•Abrigo: uma alternativa a partir da destituição do poder familiar.

Cumpre uma função por período determinado, até que haja uma decisão sobre o retorno da
criança:
• À família;
• Sua colocação em uma família adotiva.

Motivações dos adotantes


• Ampliação da família.
• Evitar o contato com a dor psíquica da infertilidade.
• Compensação pela morte do filho.
• Resgatar um casamento desgastado.
• Praticar o bem.
• Cumprimento de promessa religiosa.
• Fuga da solidão.

Adoção e ECA
ECA: prevê e obriga a existência de uma equipe interprofissional:
• Assistentes sociais;
•Psicólogos.
Obs.: ambos assumindo uma atividade pericial e avaliativa para auxiliar o juiz.
Atividades previstas

• Entrevistas com os candidatos a pais adotivos.


• Entrevistas de acompanhamento com as crianças e os adolescentes.
• Acompanhamentos dos genitores que pretendem entregar o filho para a adoção ou em vias de serem
destituídos do pátrio poder.
• Aproximação gradual dos pretendentes habilitados à adoção.
• Assessoria à recém-família durante o estágio de convivência (mínimo de 30 dias).
• Acompanhamento das famílias adotivas com Dificuldades

Obs.: o Tribunal de Justiça de São Paulo distribui em todas as comarcas do Estado um roteiro contendo
sugestões, e uma relação de itens e critérios a serem contemplados no estudo psicossocial no contexto
de adoção.

Estudo realizado (2003):


• 76,2% querem apenas uma criança;
• 88,2% querem crianças saudáveis;
• 45,3% preferem crianças do sexo feminino;
• 33,5% são indiferentes ao sexo;
• 5,6% são indiferentes à cor da pele;
• 79,6% querem crianças menores de 2 anos.

Obs.: podem adotar os maiores de 18 anos, independentemente do estado civil (art. 42, ECA, Adoção).

Pedofilia e abuso sexual


• Século XIX: o termo "pedofilia" é utilizado em seu sentido negativo: desejo sexual por crianças e
adolescentes.
•Inclui desde a fantasia e o desejo sexual até a consumação do ato sexual.
• Na rede virtual, a pedofilia encontra o suporte e a impunibilidade no anonimato.
• Comércio de pornografia infantil.
•Assédio, pornografia, abuso, programa e exploração comercial constituem um crime (ECA).

Pedofilia é crime ou doença?


• Pedofilia é considerada uma doença;
• A lei penaliza a prática de violência sexual, o abuso sexual.
Obs.:
• Uma pessoa pode ser pedófila e nunca chegar a praticar o abuso sexual;
• Nem sempre aquele que comete abuso sexual é pedófilo;
• O ECA e o Código Penal não preveem uma redução de pena ou da gravidade do delito de abusado.

Características do crime:
• Agressor: aparentemente normal e querido pelas crianças;
• Espaço físico: a própria casa do abusado, ou um local próximo da vítima ou do agressor
• Vítimas e agressores: mesmo grupo étnico e socioeconômico;
• Níveis de renda familiar e de educação não são indicadores de abuso;
• Violência psicológica vem em primeiro lugar: ameaças e/ou a conquista da confiança e do afeto da
criança;
• Violência é encoberta pela criança: pais ou parentes.

Obs.: mesmo que a pedofilia seja considerada uma doença, o pedófilo não perde a consciência crítica
acerca do que é certo/errado. Dessa forma, o pedófilo deve tomar medidas:
•Para prevenir a prática do abuso sexual;
• Como tomar medidas no sentido de tratar a doença.

Violência pode ser classificada em:


• Física: objetivo de ferir, lesar ou destruir, deixando ou não marcas;
• Sexual: consiste em todo ato sexual ou jogo; intenção de estimulá-la sexualmente ou utilizá-la para
obter satisfação sexual;
• Negligência: omissões dos pais, responsáveis ou instituições que deixam de prover as necessidades
básicas;
• Psicológica: rejeição, depreciação, discriminação, desrespeito, cobranças exageradas, punições
humilhantes e utilização da criança/adolescente para atender às necessidades psíquicas do adulto.

Adolescente infrator
• ECA: não receberá uma pena e sim uma medida socioeducativa.
•Adolescente é inimputável, porém não fica impune.

Medidas socioeducativas (ECA):


• Meio aberto, não privativo de liberdade: advertência, reparação do dano, prestação de serviços à
comunidade e liberdade assistida;
• Medidas privativas de liberdade: semiliberdade e internação em um estabelecimento educacional.

Explicações para o ato infracional:


• Tentativa de existir e de pertencimento;
• Tentativa de ser reconhecido;
• Vida marcada por uma sucessão de faltas e de exclusões;
• Fragilidade das referências familiares;
• Uso abusivo de drogas lícitas e ilícitas;
• Convívio com famílias substitutas;
• Maus-tratos;
• Negligências relativas à educação e à saúde;
• Trabalho infantil.

Portanto: espera-se a partir do ECA:


1. Requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico:
• Regime hospitalar ou ambulatorial.

2. Inclusão em programa comunitário ou oficial:


• Auxílio à família;
• À criança;
• Ao adolescente.

Unidade 3
Crime e execução penal

Crime:
• Há uma multiplicidade de classificações.
• Os casos têm aumentado.
• Há uma preocupação social e mundial.

Conclusões
• As atuações criminosas têm em comum a sua ilegalidade.
• A Lei não identificou e definiu um fator causal de criminalidade.
• Cada autor parte de determinada "teoria do crime".
• Observação: as medidas corretivas, independentemente da teoria escolhida, visam à recuperação do
agente e a prevenção da reincidência.

Destacam-se duas classificações:


• Criminológicas: têm em comum a sua ilegalidade.
Observação: as medidas corretivas visam à recuperação do agente e a prevenção da reincidência.
• Etiológicas: diante o ato criminoso, o agente responde a estímulos que derivam do meio interno ou
externo.

Observação:
• Deve-se levar em consideração o aspecto sociopsicológico do criminoso.
• O crime sofreu modificações temporais e sociais.
• Atualmente, as pessoas que cumprem pena são denominadas de reeducandos.

Modalidades de delitos
1. Delito doloso: ato voluntário (consciente) com resultado intencional.
2. Delito culposo: ato voluntário com resultado involuntário. Há 3 formas:
•2.1. Por meio de imprudência. Exemplo: dirigir em velocidade acima da permitida.
•2.2. Por meio da negligência. Exemplo: mãe que deixa seu bebê sozinho por um ongo período.
•2.3. Por meio de imperícia: omissão do indivíduo no exercício de sua profissão.
3. Delinquência ocasional: indivíduo ajustado e que segue as leis, mas que pratica o ato criminoso
mediante um estímulo externo.
4.Delinquência psicótica: o delito surge devido a um transtorno mental.
5. Delinquência neurótica: o delito surge da manifestação de conflitos internos.

Classes perigosas
• Seu significado foi se modificando com o decorrer da história.
• Antiguidade e Idade Média: trabalho era desvalorizado, entendido como castigo.
• Final da Idade Média: o trabalho passa a ser valorizado. Surgem as classes marginalizadas ou
"perigosas" → Controle social.

Mudanças no tipo de penas


• Sociedade feudal: visava-se o corpo no qual se aplicava o suplício e a pena de morte.
• Sociedade industrial: muitas vezes, a pena privativa de liberdade é substituída por severas multas.

A pena privativa de liberdade visa:


• à disciplina;
• objetivo: que as pessoas introjetem a disciplina para se comportarem adequadamente no contexto
social.

Portanto
• A falta de disciplina é perigosa, resultando no interesse da sociedade na reclusão do criminoso.
• A prisão serve como instrumento corretivo.
• A partir de um diagnóstico do reeducando é estabelecido um prognóstico para que sua socialização
seja bem-sucedida.
• Variações do conceito de crime, criminoso e tipos de penas.
• СТС: Comissão Técnica de Classificação, composta por vários profissionais: médicos, psicólogos e
assistentes sociais que emitem laudos.

Criminologia
• Ciência que se ocupa do crime, da criminalidade e de suas causas, da vítima, do criminoso e de sua
ressocialização.

Causas do comportamento criminoso


1. Endógenas: antropológicas, genéticas, psicológicas, patológicas.
2. Exógenas mesológicas: referentes ao meio ambiente. Exemplo: poluição, drogas, remédios nocivos.
3. Sociológicas: referentes ao meio social. Exemplo: desigualdades, injustiças, falta de assistência
social.

Observação
• Não podemos afirmar que existe uma única explicação para o crime. Atualmente, é importante
considerar o indivíduo como um elemento biopsicossocial.
• A causa da criminalidade se define como um produto de diversos fatores.

Evolução do pensamento criminológico


• Concepção causalista: relação causa e efeito (crime como decorrência natural).
• Concepção multifatorial: sem relação causal; há uma série de circunstâncias.
• Concepção criminologia crítica: questiona acerca das razões pelas quais determinadas condutas são
consideradas criminosas enquanto outras não.

Penas
• Como sinônimo de castigo.
• Penas alternativas: importância do papel do psicólogo jurídico.
• Conselho Federal de Psicologia editou as Referências Técnicas para atuação dos psicólogos no
Sistema Prisional.

Psicologia e o contexto criminal


Nos traz vários fatores influenciadores:
1. Fatores emocionais: do ponto de vista jurídico passa a ser uma situação atenuante de alguns delitos.
2.. Personalidade: as pessoas podem parecer iguais diante de uma mesma situação. No entanto,
podem reagir de maneira completamente diferente.
3.Necessidades humanas, frustrações e ideais: podem conduzir o indivíduo a expressar respostas
diversificadas.
4. Estruturação do caráter: composta por introjeções de valores (superego), contendo certos impulsos ou
respostas socialmente reprováveis.

O psicólogo e as penas alternativas


• Conselho federal de psicologia: editou as Referências Técnicas para a atuação dos psicólogos no
sistema prisional.

Penas
Podem ser entendidas como:
1. Retributivas ou punitivas: funcionando como uma prevenção geral do delito através do princípio de
exemplaridade.
2. Ressocialização e "terapêuticas": funcionando como função "político-educativa"
3.associada à ideologia da recuperação do apenado.

Atualidade
• Considera-se a criminalização não como algo natural, resultado de causas biológicas, mas como um
processo social e histórico.
• A nova postura considera o método prisional um fator criminalizante, sendo ineficaz em termos de
diminuição de atos criminosos.
• Na realidade brasileira observa-se o aumento da marginalização, da exclusão social e das relações
sociais degradantes.

Observações
Código Penal Brasileiro:
• Art. 26: é isento de pena o agente que, por doença mental [...] inteiramente incapaz de entender o
caráter ilícito do fato.
• Serão absolvidos de seus crimes, mas sentenciados a uma medida de segurança por tempo
indeterminado objetivando sua proteção e a da sociedade.

Perícia psicológica e mediação


Perícia psicológica:
• Avalia os aspectos emocionais e psicológicos de um indivíduo.
• Aprofunda a estrutura dinâmica da personalidade, inteligência, maturidade mental, funções neurológicas
e motivações.
• Como resultado é elaborado um laudo.

Observação
• O laudo psicológico deve ser confeccionado com detalhes, com linguagem clara para que outros
profissionais (juízes, advogados e promotores) possam compreendê-lo.
• O laudo psicológico é um essencial instrumento para que o juiz, por exemplo, possa compreender o
papel de todas as pessoas envolvidas.

Código de Processo Civil brasileiro indica em seu art. 145:


•"o juiz será auxiliado por um perito, quando as provas dependerem de conhecimento específico e
especializado".

Código de Ética do psicólogo, art. 23 §1:


•"nos casos de perícia, o psicólogo deverá tomar as precauções para relatar somente o necessário para o
esclarecimento do caso".

Áreas de atuação:
• No âmbito do Trabalho: perícia em caráter de vistoria com o objetivo, por exemplo, de detectar danos
relacionados com as condições de trabalho.
• Exemplo: riscos, alterações de comportamento.
• Varas da Infância e da Juventude: laudos sobre adoção, alocações em lares substitutos, abrigos,
internação e desinternação.
• Varas de Família e Sucessões: guardas de filhos e regulamentação de visitas.
• Interdição: demonstração da incapacidade para atos da vida civil, destituição de poder familiar e
anulação de casamento.

Métodos de solução de conflitos


• A legislação brasileira prevê utilização de métodos extrajudiciais.
• Observação: não excluem o sistema jurídico tradicional. São mais econômicos em termos financeiros e
temporais; são autocompositivos.

Tipos de métodos
• Julgamento: é o método tradicional, resultando em uma sentença do juiz.
• Arbitragem: decisão do conflito cabe a um terceiro: o árbitro escolhido pelas partes.
• Negociação: utilizada em situações que envolvem bens materiais.
• Conciliação: método cooperativo; não tem poder de decisão; cabendo às partes esta tarefa; conciliador
mostra as vantagens de um acordo.

Tipos de métodos
Mediação:
• Mediador não decide e nem sugere soluções. Atua para que as partes as encontrem.
• Análise do conflito.
• Identificação de interesses.
• Objetiva a comunicação produtiva.
• Deve ser voluntária.
• Imparcialidade.
• Confidencial.
• Tem caráter não adversarial.
• Deve promover o deslocamento de emoções negativas para positivas.
• Foco: buscar o resultado ganha/ganha.

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