CEMP – Ensino Médio
Nome: _____________________________________________________________________
Professora: LAURA COVIELLO 2o Ano do Ensino Médio Turma: 2A
RESUMO DE HERANÇA QUANTITATIVA
HERANÇA QUANTITATIVA
A herança quantitativa também é um caso particular de interação gênica. Neste caso, em que
as diferenças fenotípicas de uma dada característica não mostram variações expressivas, as
variações são lentas e contínuas e mudam gradativamente, saindo de um fenótipo “mínimo” até
chegar a um fenótipo “máximo”.
É fácil concluir, portanto, que na herança quantitativa (ou poligênica) os genes possuem efeito
aditivo e recebem o nome de poligenes.
A herança quantitativa é muito frequente na natureza. Algumas características de importância
econômica, como a produção de carne em gado de corte, produção de milho etc., são exemplos
desse tipo de herança. No homem, a estatura, a cor da pele e, inclusive, inteligência, são casos de
herança quantitativa.
Herança da cor da pele no homem
Segundo Davenport, a cor da pele na espécie humana é resultante da ação de dois pares de
genes (AaBb), sem dominância. Dessa forma, A e B determinam a produção da mesma quantidade
do pigmento melanina e possuem efeito aditivo. Logo, conclui-se que deveria existir cinco tonalidades
de cor na pele humana, segundo a quantidade de genes A e B.
Genótipos Fenótipos
aabb pele clara
Aabb, aaBb mulato claro
AAbb, aaBB, AaBb mulato médio
AABb, AaBB mulato escuro
AABB pele negra
Vejamos os resultados genotípicos e fenotípicos que seriam obtidos a partir do cruzamento de dois
indivíduos mulatos médios, duplo-heterozigotos:
mulato médio X mulato médio
AaBb AaBb
AB Ab aB ab
AABB AABb AaBB AaBb
AB
Negro mulato escuro mulato escuro mulato médio
AABb AAbb AaBb Aabb
Ab
mulato escuro mulato médio mulato médio mulato claro
AaBB AaBb aaBB aaBb
aB
mulato escuro mulato médio mulato médio mulato claro
AaBb Aabb aaBb aabb
ab
mulato médio mulato claro mulato claro Branca
Fenótipos:
1/16 : 4/16 : 6/16 : 4/16 : 1/16
branco mulato claro mulato médio mulato escuro negro
E a cor dos olhos?
Todo o professor de biologia tem que responder, durante as aulas de genética, ao inevitável
questionamento sobre como é herdada a cor dos olhos. Contudo, muitos ainda tratam erroneamente
essa característica genética como um tipo de herança mendeliana simples, cuja ocorrência é
influenciada por um único par de genes associados com a produção de olhos escuros e claros.
Essa explicação simplista, porém, não mostra como surge toda a variedade de cores presentes
nos olhos e não esclarece por que pais de olhos castanhos podem ter filhos com olhos castanhos,
azuis, verdes, ou de qualquer outra tonalidade. A cor dos olhos é uma característica cuja herança
é poligênica, um tipo de variação contínua em que os alelos de vários genes influenciam na
coloração final dos olhos. Isso ocorre por meio da produção de proteínas que dirigem a proporção de
melanina depositada na íris. Outros genes produzem manchas, raios, anéis e padrões de difusão dos
pigmentos.
Distribuição dos fenótipos em curva normal ou de Gauss
Normalmente, os fenótipos extremos são aqueles que se encontram em quantidades menores,
enquanto os fenótipos intermediários são observados em frequências maiores. A distribuição
quantitativa desses fenótipos estabelece uma curva chamada normal (curva de Gauss).
O número de fenótipos que podem ser encontrados, em um caso de herança poligênica, depende do
número de pares de alelos envolvidos, que chamamos n.
Número de fenótipos = 2n + 1
Se uma característica é determinada por três pares de alelos, sete fenótipos distintos podem ser
encontrados. Cada grupo de indivíduos que expressam o mesmo fenótipo constitui uma classe
fenotípica.
Sabendo-se o número de pares envolvidos na herança, podemos estimar a frequência esperada de
indivíduos que demonstram os fenótipos extremos, em que n é o número de pares de genes.
Frequência dos fenótipos extremos =1/4n