ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA
Lucas Rafael, Maria Vitória, Mariana
Silva, Mariane Ayres e Raquel Neves
Lucas
Sistema Único de Saúde (SUS): Princípios e Diretrizes
Universalidade: Todos os cidadãos têm direito ao acesso à saúde,
independentemente de sua condição social, econômica ou local de
residência. Esse princípio assegura que qualquer pessoa possa
utilizar os serviços oferecidos pelo SUS, desde a atenção básica
até tratamentos de alta complexidade.
Integralidade: O SUS deve garantir o atendimento completo ao
indivíduo, considerando-o como um todo. Esse princípio abrange a
prevenção de doenças, promoção da saúde, tratamento e
reabilitação, com atenção focada nas necessidades do paciente em
todas as fases da vida.
Equidade: Os recursos e serviços do SUS devem ser distribuídos de
maneira a reduzir desigualdades. Esse princípio prioriza o
atendimento de grupos populacionais mais vulneráveis e em regiões
de maior necessidade, promovendo a justiça social dentro do
sistema de saúde.
Lucas
Assistência Farmacêutica: Definição e
Importância
01 02 03
Importância da
Conjunto de ações Definição oficial
Assistência Farmacêutica
"conjunto de
Ações voltadas ao acesso Ela contribui diretamente
e ao uso racional de
atividades
relacionadas ao para o sucesso dos
medicamentos essenciais.
medicamento, tratamentos, reduzindo
Essas ações incluem desde
complicações de doenças e
a seleção e aquisição até destinadas a apoiar
a distribuição, o evitando a necessidade de
as ações de saúde
controle de estoque e a internações hospitalares.
demandadas por uma
promoção do uso adequado
dos medicamentos.
comunidade"
Lucas
Estrutura e Abrangência do SUS com Destaque
para a Assistência Farmacêutica +-------------------+
| Nível |
| Terciário |
O SUS é estruturado em três níveis | |
de atenção: primária, secundária e | Alta complexidade |
| Medicamentos de |
terciária. A Atenção Primária (APS) | alto custo |
é o nível de base, responsável pela +-------------------+
|
maior parte das demandas de saúde e |
+-------------------+
incluindo a distribuição de | Nível |
medicamentos básicos. A Atenção | Secundário |
| |
Secundária compreende atendimentos | Especialidades |
especializados e exames | Medicamentos
| de média
|
|
complementares, onde são fornecidos | complexidade |
medicamentos de maior complexidade. +-------------------+
|
Já a Atenção Terciária engloba |
+-------------------+
hospitais de alta complexidade, | Nível |
oferecendo tratamentos de ponta e | Primário |
| |
medicamentos de alto custo. | APS |
| Medicamentos |
| essenciais |
+-------------------+
Lucas
Estatísticas Gerais sobre o SUS e a Assistência
Farmacêutica
Cobertura Populacional: O SUS atende mais de 150 milhões de
brasileiros, garantindo a maioria dos atendimentos e tratamentos
realizados no país.
Atenção Básica: Aproximadamente 75% da população brasileira
depende exclusivamente do SUS para o acesso a medicamentos
essenciais, fornecidos pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Distribuição de Medicamentos: O SUS disponibiliza cerca de 180
medicamentos básicos e essenciais nas UBSs, além de medicamentos
de alta complexidade nas redes secundária e terciária.
Gasto com Medicamentos: Em 2023, o orçamento federal para
Assistência Farmacêutica foi de aproximadamente 20 bilhões de
reais, representando cerca de 15% do orçamento total do Ministério
da Saúde.
Mariana
Principais Políticas e Seus Objetivos
1. Política Nacional de Medicamentos (PNM):
Define diretrizes para o uso racional de medicamentos e incentiva a produção nacional para reduzir dependência
externa.
Fortalece o sistema de vigilância sanitária e regula o controle de qualidade.
2. Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF):
Garante o acesso integral e contínuo a medicamentos para tratamentos ambulatoriais e hospitalares.
Descentraliza a gestão, permitindo que governos municipais e estaduais integrem os serviços de assistência
farmacêutica.
3. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME):
Lista periodicamente atualizada de medicamentos essenciais fornecidos pelo SUS.
Promove o uso racional e orienta a padronização dos medicamentos em todos os níveis de atendimento (básico, médio
e alta complexidade).
4. Programa Farmácia Popular do Brasil:
Iniciado em 2004, oferece medicamentos gratuitos ou a preços reduzidos para doenças crônicas, como hipertensão e
diabetes, em parceria com a rede privada.
5. Política de Preços de Medicamentos:
Responsável: Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
Objetivo: Regular preços para evitar abusos e garantir acessibilidade.
Ajustes Periódicos: Baseados em inflação e inovações tecnológicas para manter preços justos.
6. Política de Assistência Farmacêutica na Atenção Básica:
Visa a disponibilidade de medicamentos essenciais em Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todo o Brasil.
Integração com Programas de Saúde Pública: Controla doenças como tuberculose e hanseníase, garantindo tratamento
no nível local.
Mariana
Estrutura e Função da Assistência Farmacêutica no
SUS
Qualidade e Segurança: Implementação de políticas que
regulam a qualidade dos medicamentos e garantem o acesso a
tratamentos eficazes.
Acessibilidade: Redução de barreiras financeiras e
descentralização dos serviços, permitindo atendimento nas
UBSs e farmácias conveniadas.
1940-1980 1988 2003-2004
Constituição Federal Criação da CMED e do
Criação da Central de estabelece o SUS e a Programa Farmácia Popular
Medicamentos (CEME) e assistência farmacêutica para garantir equidade e
instituição da RENAME. como direito social, acessibilidade.
gerando acesso universal
à saúde e medicamentos.
Mariana
Linha do Tempo
1940-1980: Primeiras Iniciativas
Criação da Central de Medicamentos (CEME).
Primeira RENAME (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais).
1988: Constituição Federal
Criação do SUS, estabelecendo a saúde como direito universal e
assistência farmacêutica como um direito básico.
1998: Política Nacional de Medicamentos (PNM)
Foco em uso racional de medicamentos e produção nacional.
2003: Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED)
Estabelece controle de preços para assegurar acessibilidade.
2004: Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF)
Formaliza a assistência farmacêutica como parte do SUS.
Lançamento do Programa Farmácia Popular.
Raquel
Componente Básico da Assistência
Farmacêutica
O Componente Básico da Assistência Farmacêutica está
relacionado aos medicamentos e insumos da
Assistência Farmacêutica no âmbito da Atenção
Básica à Saúde. São usados para a atender a maioria
das pessoas na maioria das doenças.
O financiamento é de responsabilidade da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Exemplos: Medicamentos para hipertensão, diabetes,
alguns antibióticos para infecção, entre outros.
Onde encontrar? São dispensados em Farmácias
Municipais, às quais estão localizadas, em sua
maioria, nas Unidades Básicas de Saúde.
Raquel
Componente Estratégico da Assistência
Farmacêutica
O Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (CESAF) destina-se
à garantia do acesso equitativo a medicamentos e insumos, para
prevenção, diagnóstico, tratamento e controle de doenças e agravos de
perfil endêmico, com importância epidemiológica. São doenças que atingem
ou põem em risco as coletividades e que tem como importante estratégia
de controle o tratamento de seus portadores.
Disponibiliza medicamentos para pessoas acometidas por HIV/AIDS,
tuberculose, influenza, tabagismo, dentre outros.
Os medicamentos e insumos são financiados e adquiridos pelo Ministério
da Saúde (MS), sendo distribuídos aos estados e Distrito Federal. Cabem
a esses o recebimento, armazenamento e a distribuição aos municípios
Onde encontrar? Nas Unidades Básicas de Saúde do município onde o
paciente reside.
Raquel
Componente Especializado da Assistência
Farmacêutica
O Componente Especializado da Assistência
Farmacêutica busca garantir a integralidade do
tratamento medicamentoso, em nível ambulatorial
Exemplo: Medicamentos para transplantados, fibrose
cística, hepatite C, Parkinson, Alzheimer, glaucoma,
entre outros.
Cada doença atendida tem um Protocolo Clínico e
Diretriz Terapêutica. Nele estão estabelecidos
protocolos de diagnóstico, critérios de inclusão e
exclusão, casos especiais, algoritmo de tratamento,
resultados esperados e monitorização terapêutica. É
importante ressaltar que os medicamentos apenas são
dispensados aos pacientes que se enquadrarem nos
critérios estabelecidos no respectivo Protocolo
Clínico e Diretriz Terapêutica.
Mariane
Assistência Farmacêutica no SUS: Papel e Impacto
Importância: A Assistência Farmacêutica no SUS garante o acesso a
medicamentos essenciais, tratando doenças crônicas, agudas e de alta
complexidade.
Cobertura: O SUS oferece 98% dos medicamentos da Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais (RENAME).
População Beneficiada: Cerca de 53% da população brasileira depende
exclusivamente do SUS para medicamentos.
Programa “Aqui Tem Farmácia Popular”: Beneficia 20 milhões de brasileiros com
medicamentos subsidiados para doenças como hipertensão e diabetes.
Distribuição: Realizada em mais de 38 mil estabelecimentos de saúde.
Desabastecimento: 80% dos municípios enfrentam dificuldades de abastecimento,
prejudicando a continuidade do tratamento.
Redução de Internações: Estudo da Revista de Saúde Pública (2021) mostrou uma
redução de até 30% nas internações por complicações de doenças crônicas
devido ao acesso regular aos medicamentos.
Mariane
Financiamento, Desafios e Comparação de Custos
Orçamento de 2023: A Assistência Farmacêutica do SUS teve um orçamento de R$
20 bilhões, representando 11% do orçamento do Ministério da Saúde.
Medicamentos de Alto Custo: Representam 30% do orçamento, mas atendem apenas
2% dos pacientes, principalmente para tratamento de câncer e doenças raras.
Judicialização: Crescimento de 130% nos casos de judicialização nos últimos 5
anos, pressionando ainda mais o orçamento.
Número de
Custo Médio por Porcentagem do
Tipo de Medicamento Pacientes
Paciente (Anual) Orçamento
(%)
Medicamentos
Essenciais
R$ 1.200 70% 98%
(hipertensão,
diabetes)
Medicamentos de
Alto Custo (câncer, R$ 35.000 30% 2%
doenças raras)
Maria
Programas de Assistência Farmacêutica: Impactos e Resultados
Programa Farmácia Popular (Nacional):
Objetivo: Expansão do acesso a medicamentos essenciais para doenças
crônicas, com ênfase em hipertensão e diabetes.
Resultados: Aumento de 35% no acesso para populações de baixa renda,
com redução de complicações e internações.
Impacto: Redução de internações por complicações de doenças
crônicas.
Distribuição Descentralizada de Medicamentos (Ceará):
Objetivo: Melhorar a distribuição em regiões remotas, utilizando
tecnologia de rastreamento e gestão de estoques.
Resultados: Redução de 20% nas faltas de medicamentos, beneficiando
áreas rurais e comunidades isoladas.
Integração Eletrônica na Assistência Farmacêutica (Curitiba, Paraná):
Objetivo: Melhorar a gestão de estoques e logística de distribuição.
Resultados: Aumento de 15% na disponibilidade de medicamentos e
redução de desperdícios.
Maria
Financiamento, Desafios e Comparação de Custos
Sistema de Gestão de Medicamentos (Região Metropolitana
de São Paulo):
Objetivo: Otimizar logística e controle de
medicamentos.
Resultados: Economia de R$ 5 milhões em dois anos,
redução de 25% nas falhas de abastecimento.
Farmacêuticos na Saúde da Família (Porto Alegre, RS):
Objetivo: Integrar farmacêuticos nas equipes da
Saúde da Família, com foco em pacientes idosos com
doenças crônicas.
Resultados: Melhoria de 20% na adesão ao tratamento
e redução de 15% nas hospitalizações por
complicações evitáveis.
Programa Indicador Resultado
Farmácia Popular (Nacional) Aumento no acesso a medicamentos essenciais +35%
Redução de internações por complicações -20% (hipertensão e diabetes)
Distribuição Descentralizada de
Redução de faltas de medicamentos -20%
Medicamentos (CE)
Cobertura expandida em áreas rurais +1 milhão de pessoas beneficiadas
Integração Eletrônica na Assistência
Aumento na disponibilidade de medicamentos +15%
Farmacêutica (PR)
Economia com desperdício de medicamentos R$ 2 milhões anuais
Redução no tempo de espera para reposição -30%
Sistema de Gestão de Medicamentos
Economia em dois anos R$ 5 milhões
(SP)
Redução nas falhas de abastecimento -25%
Farmacêuticos na Saúde da Família (RS) Melhoria na adesão ao tratamento +20% (idosos)
Redução de hospitalizações -15% (complicações evitáveis)
OBRIGADO