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Walmart Pagar+í R$ 155 Mil A Empregado Que Ficou Parapl+®gico em Acidente de Carro

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO FIC

CURSO: MBA GESTÃO DE PESSOAS


DISCIPLINA: NOVAS RELAÇÕES NO TRABALHO
PROFESSOR: LUIS ALVES DE FREITAS LIMA

Walmart pagará R$ 155 mil a empregado que ficou paraplégico em


acidente de carro

A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) manteve decisão do


Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) que condenou a WMS
Supermercados do Brasil Ltda. (Walmart) ao pagamento de indenização por
danos morais no valor de R$ 155 mil a um trabalhador que ficou paraplégico
em decorrência de acidente de automóvel quando viajava a serviço. A empresa
argumentava que a culpa pelo acidente seria do empregado, que fazia o
deslocamento entre filiais utilizando veículo da empresa, em vez de transporte
público e, alegando responsabilidade concorrente, pedia redução da
indenização.
O relator do processo no TST, ministro Fernando Eizo Ono, considerou que a
decisão obedeceu ao preceito do artigo 944 do Código Civil, que estabelece
que o valor da indenização deve ser proporcional ao dano causado. Em voto
que negou provimento ao recurso da empresa, o ministro, acompanhado por
unanimidade, destacou que, na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça
(STJ), encontram-se precedentes em que, para casos semelhantes (vítima de
acidente de trânsito acometida de paraplegia), foram deferidas indenizações
por danos morais com valor superior.
Excesso de jornada
De acordo com o relato nos autos, o acidente ocorreu em 3 de março de 2006,
quando o empregado, responsável pelo conserto e manutenção de
equipamentos em filiais da empresa no interior do estado, perdeu o controle do
automóvel, saiu da pista e capotou. O trabalhador sofreu lesões de caráter
irreversível na coluna vertebral que o deixaram paraplégico nos membros
inferiores e, segundo a perícia, resultaram em incapacidade para exercer a
atividade profissional que desempenhava até então.
O juiz da Vara do Trabalho de Santa Maria (RS) constatou que o
descumprimento de normas trabalhistas, como excesso de jornada em caráter
habitual e a falta de treinamento contribuíram para que o acidente ocorresse.
Além da jornada extenuante, inclusive na véspera do acidente, o magistrado
aponta desvio de função, pois o trabalhador não tinha sido contratado para
atuar como motorista.
A empresa recorreu ao TRT-RS alegando que o acidente foi um infortúnio, de
difícil previsibilidade, e que a responsabilidade era do trabalhador, que preferia
utilizar automóvel em seus deslocamentos. A sentença foi mantida e, em
acórdão, foi ressaltada a culpa da empresa, que "submeteu o trabalhador a
jornadas estafantes em atividade de risco, atuando com total falta de cautela,
ensejando com este procedimento fadiga física e biológica em manifesto
descuido à saúde do trabalhador".
Indenização majorada
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO FIC
CURSO: MBA GESTÃO DE PESSOAS
DISCIPLINA: NOVAS RELAÇÕES NO TRABALHO
PROFESSOR: LUIS ALVES DE FREITAS LIMA

O Regional decidiu, também, aumentar o valor da indenização por danos


morais decorrentes de acidente de trabalho de R$ 30 mil para R$ 155 mil, por
verificar que esse era o valor médio aplicado na jurisprudência para a hipótese
de empregado que se torna paraplégico em decorrência de acidente de
trabalho. Segundo o acórdão, "o acidente resultou de culpa contra a legalidade,
por diversas infrações de normas da CLT, aquelas afetas à duração da jornada,
que se constituem em imposição de ordem física, biológica, econômica, social
e moral, notadamente a regra do artigo 59 da CLT e as normas
regulamentares do Ministério do Trabalho e Emprego, fatores determinantes da
responsabilidade civil".
No recurso ao TST, a empresa reafirmou não ter tido culpa no acidente, pois
além de o empregado utilizar automóvel da empresa por sua conta, não havia
comprovação de que a prestação de horas extras tenha causado o acidente de
trânsito. Apontou também culpa do trabalhador, por não utilizar o cinto de
segurança no momento do acidente e por dirigir mesmo estando cansado, e
pedia que fosse considerada a culpa concorrente entre empregado e empresa,
o que significaria a redução pela metade das indenizações concedidas.
Segundo o ministro Eizo Ono, a empresa não conseguiu descaracterizar
quaisquer dos requisitos que implicam o dever de indenizar, nem conseguiu
demonstrar que o trabalhador não usava o cinto de segurança durante o
acidente. A Turma manteve, ainda, a condenação por danos materiais,
determinando que a empresa mantenha plano de saúde e convênio com
farmácia em favor do ex-funcionário.
(Pedro Rocha/CF)

Fonte: www.tst.jus.br – Processo: RR-40500-02.2006.5.04.0701

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