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Reconhecendo A Grandeza de Deus em Meio A Aflição

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RECONHECENDO A GRANDEZA DE DEUS EM MEIO A AFLIÇÃO.

Texto base: Salmo: 77: 13-20.

INTRODUÇÃO:

Tudo indica que este salmo pode ser associado ao Salmo 74, que também lamenta a
destruição de Jerusalém e o cativeiro de Judá. Ambos tratam da aparente rejeição do povo pelo
Senhor (74:1; 77:7) e ambos procuram revigorar as esperanças voltando-se para o Êxodo (74:12
-15; 77:16-19). Quando JeruI salém caiu, muitos israelitas foram mortos e outros tantos foram
levados cativos para a Babilônia. É bem possível que Asafe fizesse parte do "círculo" de
Jeremias e que tenha sido deixado para trás a fim de ministrar ao remanescente sofredor (Jr
30 - 40). Porém, o próprio Asafe estava sofrendo em seu leito durante a noite (vv. 2, 6) e lutava
para entender os acontecimentos que havia testemunhado. Neste salmo, Asafe descreve como
passou da decepção e do desespero para a confiança de que Deus cuidaria de seu povo.

I. AS TREVAS DO DESESPERO (Sl 77:1-9).

a). Sem conseguir dormir, Asafe começa a orar (vv. 1, 2); então, passa a se lembrar (vv. 3-6) e,
por fim, vê-se a questionar (vv. 7-9). Em tempos de crise e sofrimento, a oração é a reação mais
natural daquele que crê, e Asafe estendeu as mãos em meio às trevas e clamou ao Senhor.

• Asafe mostra para nós um princípio bíblico que nos dias de hoje está cada vez menos
exercido por alguns cristãos, que é o princípio de " ação e reação ".

Tiago: 4: 8. Chegai-vos a Deus (ação ), e ele se chegará a vós ( reação). Alimpai as mãos,
pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações.

Mateus: 7: 7-8. Pedi ( ação), e dar-se-vos-á ( reação); buscai (ação), e encontrareis ( reação);
batei (ação), e abrir-se-vos-á (reação).

Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á.

Êx: 14: 15. Então disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel
que marchem. (" cf. v. 20. E ia entre o campo dos egípcios e o campo de Israel; e a nuvem era
trevas para aqueles, e para estes clareava a noite; de maneira que em toda a noite não se
aproximou um do outro".). (cf. Jr. 29. 13; 2Cr.20.1-3).

• Quando Asafe se lembra do Senhor e medita sobre o assunto (v. 3; ver 6, 11, 12), só lhe
resta gemer, pois parece que o Senhor abandonou seu povo. Mas será que isso é verdade?

b). A própria disciplina é prova de seu amor (Pv 3:11, 12). Asafe se lembra de outros tempos,
quando Israel desfrutava a bênção do Senhor, e também dos cânticos que havia entoado no
templo, mesmo quando servia durante a noite (134; ver 42:8; 92:2; Jó 35:10).
• Havia levantado as mãos no santuário e recebido as bênçãos de Deus, mas agora levanta
as mãos e não recebe coisa alguma. Não é pecado questionar Deus, pois tanto Davi quanto
Jesus fizeram a mesma pergunta ao Senhor (22:1; Mt 27:46), mas é pecado exigir uma
resposta imediata ou in sinuar que Deus precisa de nosso conselho (Rm 1 1:33-36). Asafe faz
seis perguntas, sendo que todas elas se referem ao caráter e aos atributos de Deus.

> Acaso ele nos rejeitou? Não! Ele é fiel a sua Palavra (Lm 3:31-33).

> Voltará a demonstrar o seu favor por Israel? Sim! (Sl 30:5; Is 60:10).

> Seu amor inabalável desapareceu para sempre? Não! (Jr 31:3).

> Suas promessas falharam? Não! (1 Rs 8:56).

> Esqueceu-se de sua bondade? Não! (Is 49:14-18).

> Acaso está tão irado que reteve sua com paixão? Não! (Lm 3:22-24).

II. O ALVORECER DA DECISÃO (Sl 77:10-12).

a). Durante as crises da vida, chega um momento em que é preciso ser agarrado pelo colarinho
e sacudido até sair do poço de autocomiseração e voltar à realidade - e foi isso o que Asafe fez.
Sua atitude mostra que chegou a um ponto de decisão e de determinação. "Isto é a minha
aflição; mudou-se a destra do Altíssimo" (v. 10).

b). Seria, sem dúvida, uma grande aflição, se o caráter de Deus tivesse mudado! "Deus desertou
seu povo, e esse é um fardo que devo carregar!" E evidente que sua conclusão estava
equivocada, pois o Senhor não muda (102:26; Nm 23:19; 1 Sm 15:29).

" No entanto, estava certo ao tomar a decisão de deixar para trás sua postura de dúvida e
atravessar a crise até chegar ao outro lado. Resolveu meditar sobre o que o Senhor havia feito
por Israel no passado e descobrir, por meio dos feitos de Deus, quais eram os planos dele
para seu povo ".

III. O DIA DO LIVRAMENTO (Sl 77:13-20).

• Os pronomes mudam repentinamente da primeira para a segunda pessoa do singular e


passam a se referir ao Senhor. Quando olhamos para as circunstâncias, concentra- mo-nos em
nós mesmos e não vemos espe rança alguma, mas quando, pela fé, olhamos para o Senhor, as
circunstâncias talvez não se alterem, mas nós somos transformados. Asafe não resolveu seus
problemas de todo, mas certamente saiu das sombras da dúvida, mas para realidade do Senhor
e para a confiança nele.
• Primeiro, ele olha para o alto pela fé e se regozija com a grandeza de Deus (vv. 1 315).
Percebe que os caminhos de Deus são sempre santos, que ele é um Deus grande e que seus
propósitos são sempre corretos (ver Êx 15:11, 13, 14 e 16).

• Como cristãos, olhamos para trás, para o Calvário, onde o Cordeiro de Deus entregou sua vida
por nós. Se Deus o Pai não poupou seu próprio Filho por nós, acaso não suprirá todas as
nossas outras necessidades (Rm 8:32)? Por certo o povo de Deus tem um futuro maravilhoso!

IV. A SOBERANIA DO SENHOR É EXALTADA NA SEÇÃO FINAL DESSE SALMO.

• Soberania (77.16-20) A supremacia de Deus tanto na natureza como na história é


celebrada na seção final desse salmo. O versículo 16 é similar ao versículo 3 do Salmo 114, em
que tanto o mar Vermelho como o rio Jordão são mencionados. Nas duas situações, o poder
de Deus sobre as águas foi evidente: e tremeram. Aguaceiro, trovão, relâmpagos (17) e
terremoto (18), todos são evidências do poder do Deus Criador. Aquele que formou a terra
também a controla.

• Pelo mar foi teu caminho, e tuas veredas, pelas grandes águas; e as tuas pegadas não se
conhe ceram (19) — como Perowne menciona: “Nós não sabemos, eles não sabiam, por quais
meios exatamente ocorreu o livramento [...] e não precisamos saber; a obscuridade, o mistério
aqui, e em outras partes, fazia parte da lição [...] Tudo que conseguimos enxergar distintamente
é que no meio dessa noite escura e terrível, com o inimigo se aproximando por trás, e o mar à
frente, Ele conduziu seu povo como ovelhas pela mão de Moisés e Arão”.13 Por intermédio do
terror e mistério de cruzar o mar Vermelho brilha o milagre do cuidado de Deus pelo seu povo,
como um pastor pelo seu rebanho. Embora fosse pela mão de Moisés e de Arão (20), foi o
Senhor que os guiou.

CONCLUSÃO:

Asafe teve alguns con flitos durante esse período difícil da vida, mas, no final, descobriu que
poderia estar seguro de que o Senhor faria todas as coisas coope rarem para seu bem e, como
uma ovelha obediente, sujeitou-se ao Pastor. É isso o que devemos fazer.

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