Fundação Centro de Controle de Oncologia do
Amazonas
Procedimento Operacional Padrão
PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR VIA ENDOVENOSA (EV)
- POP 02
Código Data Data de Próxima Revisão Revisão
DE–PAMEV/02 Emissão Vigência 2027 03
2024 2024/2027
Elaborado por: Verificado por: Aprovado por:
Marielle Colares M Jarilza Viana de Shirley Fragoso
Martins Mendonça Monteiro
Gestora da CCIH Sub-gerente de Chefe de
COREN: 146256 Enfermagem Departamento de
COREN: 476903 Enfermagem
COREN: 98228
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FCECON PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO - POP Página:
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ÁREA EMITENTE: DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM – DE
ASSUNTO: PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR VIA ENDOVENOSA (EV)
1. Objetivo:
1.1. Administrar medicamentos quando se quer absorção imediata, ou ação lenta e contínua do
medicamento e controle rigoroso da dose e/ou volume infundido;
1.2. Infundir grandes quantidades de líquidos;
1.3. Restaurar e manter o equilíbrio hidroeletrolítico;
1.4. Administrar medicamentos, especialmente substâncias irritantes e/ou vesicantes que
poderiam causar necrose tecidual se disseminado por outras vias;
1.5. Administrar nutrição parenteral.
2. Considerações Gerais:
Cuidados fundamentais na administração de drogas:
2.1. Higienizar previamente as mãos para: troca de curativo do acesso, manipulação das conexões
(troca de soro e/ou administração de medicamentos);
2.2. Atenção rigorosa a prescrição médica: nome do paciente, nome da medicação, dose, via e
horário de aplicação;
2.3. O paciente e seu acompanhante devem ser informados sobre todos os aspectos de seu
tratamento, quanto ao objetivo do tratamento, principais reações adversas, efeitos colaterais, riscos
e benefícios;
2.4. Faz-se necessário o conhecimento do medicamento nos seus aspectos de diluição,
conservação, estabilidade, incompatibilidade e fotos sensibilidade por parte dos profissionais
responsáveis pela administração das drogas;
2.5. Escolher veia que ofereça a melhor proteção às articulações, tendões e nervos e cause menor
prejuízo anatômico;
2.6. O volume do diluente é frequentemente especificado pelo médico prescrito, porém o
enfermeiro deve conhecer os volumes recomendados para a aplicação de cada droga.
3. Materiais Necessários:
3.1. Álcool a 70% ou clorexidina a 2%;
3.2. Algodão;
3.3. Medicamento e diluente conforme prescrito;
3.4. Luvas de procedimento;
3.5. Dispositivos: Jelco, seringa de variados tamanhos (De acordo com a duração, tipo da droga a
ser infundida e local do acesso);
3.6. Soro montado com o equipo;
3.7. Adesivo hipoalergênico ou esparadrapo;
4. PROCEDIMENTO:
4.1. Higienização das mãos;
4.2. Ler a prescrição médica que deve conter o nome do cliente, nº do leito, nome do
medicamento, dose, via de administração, horário, frequência da administração;
4.3. Reunir o material necessário;
4.4. Realizar registro adequado no caso de medicações controladas;
4.5. Fazer a desinfecção do balcão de preparo de medicamentos e da bandeja com álcool
à 70%;
4.6. Fazer o rótulo do medicamento contendo, nome do cliente, número do leito, nome
do medicamento, dose, via, horário;
Enfermeiro e Téc. De Enfermagem.
4.7. Conferir o nome do medicamento, dose, via e prazo de validade;
4.8. Fazer a desinfecção da ampola/frasco ampola com algodão umedecido com álcool à
70%. Nos casos de frasco-ampola retirar a proteção metálica com o auxílio de um
Responsável:
pedaço de algodão e/ou extrator de grampos e após, fazer a desinfecção;
4.9. Abrir a embalagem da seringa e acoplá-la à agulha para aspiração do medicamento,
observando-se a técnica asséptica, protegendo-a em sua embalagem original;
4.10. Quebrar a ampola, envolvendo-a com um pedaço de algodão, pressionando-a com
os dedos indicador e polegar da mão dominante;
4.11. Retirar o protetor da agulha e mantê-lo dentro de sua embalagem original sobre o
balcão de preparo do medicamento ou dentro da bandeja;
4.12. Aspirar o medicamento segurando a ampola ou frasco-ampola com os dedos
indicador e médio da mão não dominante, segurar a seringa com os dedos polegar e
anular da mão não dominante e com os dedos polegar, indicador e médio da mão
dominante, tracionar a extremidade do êmbolo sem contaminar sua extensão, aspirando
o medicamento;
4.13. Trocar a agulha de aspiração pela agulha que será ministrada a medicação;
4.14. Colocar a seringa na posição vertical e retirar o ar;
4.15. Afixar o rótulo de identificação na seringa;
4.16. Proteger o êmbolo da seringa com sua embalagem original;
4.17. Reunir na bandeja o medicamento preparado, bolas de algodão, álcool à 70% ou
swab;
4.18. Levar a bandeja próximo ao leito do cliente;
4.19. Conferir o nome completo do cliente, leito, medicamento e via de administração na
pulseira e no quadro de identificação, confirmando dados com cliente ou acompanhante;
4.20. Explicar ao cliente e ao acompanhante o procedimento e informar o medicamento a
ser administrado;
4.21. Posicionar o cliente de maneira confortável e adequada para a realização do
procedimento;
4.22. Higienizar as mãos e calçar luvas de procedimento;
4.23. Verificar a compatibilidade do medicamento a ser ministrado com a solução que
esteja sendo infundida (caso esteja sendo administrada outras medicações no acesso venoso);
Enfermeiro e Téc. De Enfermagem.
4.24. Fechar a válvula de controle do fluxo para outros medicamentos/soluções, se
necessário;
Responsável:
4.25. Fazer a assepsia do local de injeção (adaptador de silicone, torneira de 3 vias, silicone
do equipo macro gotas, conexão em Y) utilizando bola de algodão com álcool à 70%, fazer
movimentos em espiral, iniciando pelo ponto onde será feita a aplicação, de 5 a 15 segundos;
4.26. Retirar o conjunto de seringa e agulha da embalagem;
4.27. Puncionar o adaptador de silicone ou equipo (em local apropriado) com a agulha. No
caso de torneira de 3 vias ou conexão em Y, conectar a seringa sem a agulha;
4.28. Verificar a permeabilidade do acesso venoso (lavar com soro fisiológico 0.9%, se
necessário), empurrar o êmbolo da seringa injetando a solução, manter o soro, conforme
prescrição;
4.29. Observar as reações do cliente após administração da medicação
4.30. Abrir a válvula de controle de fluxo e reajustar o gotejamento conforme prescrição
(caso se aplique);
4.31. Deixar o cliente em posição confortável e a mesa de cabeceira do paciente em ordem;
4.32. Desprezar o conjunto de seringa e agulha (sem encapá-la) na caixa de descarte de
material perfurocortante;
4.33. Recolher o que deve ser guardado, desprezar o restante do material utilizado no lixo
apropriado, lembrando que materiais de saúde são descartados em saco branco leitoso,
segundo RDC nº 222/2018;
Enfermeiro e Téc. De Enfermagem. 4.34. Retirar as luvas de procedimento;
4.35. Higienizar as mãos
Responsável:
4.36. Registrar na SAE e comunicar ao enfermeiro aspectos relacionados a vômitos,
recusa e reações do cliente;
4.37. Checar a prescrição médica conforme normativa;
4.38. Higienizar as mãos entre um paciente e outro, evitando assim o risco de
infecções cruzadas.
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Referências:
BONASSA, E. M. A.; GATO, M. I. R. Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos. 4.
Ed. São Paulo: Atheneu, 2012.
CARMANGNANI, M. I. S. et al. Procedimentos de Enfermagem: Guia prático. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2011.
PRADO, M.L., GELBCKE, F.L. Fundamentos para o cuidado profissional de Enfermagem.
Florianópolis-SC, 2013.