Introdução à Filosofia
Moderna
O saber e as Artes Medievais
O saber medieval
Desde a queda do Império Romano, diversos padres
da Igreja (isto é, filósofos e teólogos) tentaram
colocar a razão à serviço da fé.
Um dos principais
representantes dessa
ideia foi Santo
Agostinho (354-430
d.C.), pertencente ao
período da Patrística.
O saber medieval
Essa questão tornou-se mais difundida no final da
Idade Média, quando alguns filósofos da chamada
Escolástica tentaram harmonizar a fé e a razão.
Um dos principais representantes
dessa corrente foi São Tomás de
Aquino (1225-1274), que
acreditava explicar a existência de
Deus por meio da razão.
“A razão não pode contradizer a fé,
pois ambas vêm da mesma fonte”.
O saber medieval
O saber no período da Escolástica era ensinado nas
universidade europeias – também chamadas de
“escolas”. As primeiras universidades foram:
Bologna – Itália Paris – França
(1088) (1170)
O saber medieval
Mas foi a partir do séc. XV que a fundação de
universidade se generalizou nas principais cidade
da Europa.
Essas instituições eram
frequentadas
principalmente pelos
membros da
burguesia, que
desejavam se apropriar
do conhecimento
produzido pela Igreja.
O saber medieval
Segundo o método da Escolástica, a exposição e
discussão das ideias era feita através da Disputa.
Esse método consistia na
apresentação de uma tese,
que deveria ser defendida
ou refutada com
argumentos tirados da
Bíblia, de Platão,
Aristóteles ou de outros
Padres da Igreja.
O saber medieval
Cabia ao professor julgar
qual seria a tese
verdadeira ou falsa,
dependendo da força e
da qualidade dos
argumentos encontrados
nos vários autores da
tradição.
O saber medieval
Portanto, a avaliação das Disputas medievais
estava subordinada ao critério do Princípio da
Autoridade:
Quanto mais estiver fundamentada
nos argumentos de uma
autoridade reconhecida (Bíblia,
Platão, Aristóteles, Padres da
Igreja, santos, papas etc.), mais a
tese é considerada verdadeira.
A literatura medieval
Romance da Rosa
Trata-se de um poema francês, escrito como um sonho
alegórico sobre o Amor. Contém duas partes:
1ª) Escrita em 1240 por Guilherme de
Lorris, descreve as tentativas de um
cortesão em conquistar sua amada,
simbolizada por uma “rosa”. Só após duras
provas, ela pode ser “colhida” pelo seu
cavaleiro. Possui um tom mais idealista.
2ª) Escrita em 1280 por Jean de Meung,
descreve o amor e as mulheres de forma
mais realista e com tom mais mundano.
A literatura medieval
“Les Fabliaux” (As Pequenas Fábulas)
Tratam-se de breves poemas metafóricos (sécs. XII-XIV),
cujo objetivo era moralizar ou ridicularizar a condição de
personagens medievais, como a “mulher” (desavergonhada),
o “clérigo” (avarento) e o “camponês” (malandro).
*Gautier le Leu (As aventuras de
Ardennes); *Geoffrey Chaucer (Os Contos
de Canterbury); *Jean Bodel (O Jogo de
São Nicolas); *Rutebeuf (As Disputas de
Charlot e o Barbeiro); *Fábulas Anônimas
(O Bebê-neve; A Donzela que não podia
ouvir falar em sexo; O sacerdote que comeu
amoras; O funcionário pobre etc.).
A literatura medieval
Divina Comédia
Escrito por Dante Alighiere (1321), a obra está dividida
em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso.
Na companhia do escritor antigo
Virgílio, um anjo leva Dante à uma
viagem, cujo roteiro passa pelo
Inferno, Purgatório e Paraíso.
A partir dessas metáforas, Dante
criticou alguns personagens de seu
tempo (colocando-os no Inferno) e
glorificou (encontrados no Paraíso).
A literatura medieval
Decameron
Escrito por Giovanni Boccaccio (1348-1353), a obra é
ambientada na época da peste negra e é considerada
um marco na moral medieval, uma vez que relata não
só o amor espiritual, mas também os valores terrenos.
Narra a história de dez jovens (sete
moças e 3 rapazes) que fogem da
cidade por conta da peste negra e se
encontram casualmente em um casa
no campo. A cada dia, um deles
torna-se o “monarca” do lugar e tem
a função de contar dez histórias.
A formação da mentalidade
moderna
Marcos históricos para o
surgimento da Filosofia Moderna
Sem dúvida, a queda do Império Romano do
Oriente (1453) e a descoberta da América (1492)
foram os dois marcos para o início da Idade Moderna.
Porém, a transição
foi lenta e, muitas
vezes, insensível.
Marcos históricos para o
surgimento da Filosofia Moderna
No século 14, na poesia,
já brotava o espírito
novo que produziria um
novo estilo de vida e uma
nova época.
O poeta italiano Petrarca
(1304-1374) já retratava
bem esse “dolce stil
nuovo” (doce estilo novo).
Marcos históricos para o surgimento
da Filosofia Moderna
Mas foram os sécs. 15 e 16 que proporcionaram uma
mudança radical na mentalidade e no comportamento
das pessoas, nas mais variadas esferas:
a) Econômica: Há um declínio lento e gradual do
feudalismo, enquanto ocorre a ascensão do capitalismo
mercantil, que ganha força com as grandes navegações,
fazendo que o comércio e a vida urbana reapareçam por
quase toda a Europa.
b) Política: A descentralização do poder, fundamentada na
relação de suserania e vassalagem, dá lugar à formação das
monarquias nacionais, com o poder centralizado nas mãos
de um soberano que exerce o poder baseado em sua
autoridade.
Marcos históricos para o surgimento
da Filosofia Moderna
c) Social: A nobreza perde espaço para uma burguesia
comercial ávida por provocar mudanças na fechada
sociedade estamentária medieval (a sociedade medieval era
formada por três estamentos ou estados: o clero, os nobres
e o povo, sem nenhuma mobilidade social).
d) Religiosa: Até o início do século 16 predomina o
catolicismo romano, e, com a modernidade, há uma ruptura
provocada pela Reforma Protestante e pela Contrarreforma.
e) Cultural: A mentalidade teocêntrica medieval dá lugar à
mentalidade moderna baseada no humanismo
antropocêntrico, o que provocou o aparecimento do
Renascimento cultural.
Uma nova concepção de ser humano
O homem burguês (diferente do grego que buscava
a harmonia da natureza e do medieval que se
contentava apenas em observar e contemplar as ações
divinas no mundo) quer compreender o mundo para
usufruir, para torná-lo melhor para viver.
Nova mentalidade e novos valores
O teocentrismo é substituído pelo antropocentrismo,
criando o humanismo moderno.
A explicação do mundo pela fé cede lugar a uma explicação
do mundo pela razão, que se manifestará no racionalismo
moderno, principalmente nas ciências modernas.
O mundo coletivo e fraternal da cristandade medieval é
substituído pelo individualismo e pelas diferenças dos
homens livres, o que marca o aparecimento e o
desenvolvimento do individualismo burguês, com seu espírito
de competição e concorrência;
O saber, que durante toda a Idade Média, foi controlado
pela Igreja, começa a ser substituído por um saber leigo,
ávido de novos conhecimentos.
Renascimento
(fim do séc. XIV até início do séc. XVII)
Renascimento
Trata-se de um movimento
cuja finalidade era propor
uma crítica aos paradigmas
tradicionais da Idade Média e
resgatar as obras da
cultura clássica (autores e
artistas gregos e latinos da
antiguidade).
Tem como marca principal o antropocentrismo.
Características do Renascimento
“A experiência nunca falha,
apenas as nossas opiniões
falham, ao esperar da
experiência aquilo que ela não
é capaz de oferecer”.
Leonardo Da Vinci (1452-1519)
a) A descoberta da anatomia
Durante o Renascimento e a Idade Moderna,
começou a mudar a concepção de corpo.
Um indício dessa mudança
foi a prática de dissecação
de cadáveres, até então
proibida pela Igreja, por ser
um ato sacrílego que
desvenda o que Deus teria
ocultado de nosso olhar.
Anatomia Humana. Desenho de
Leonardo Da Vinci.
a) A descoberta da anatomia
No século XVI, o médico
belga Andreas Vesalius
(1514-1564) desafiou esse
tradição, alterando assim
várias concepções
inadequadas da anatomia
tradicional, até então
baseada na obra de
Cláudio Galeno, médico
que viveu no século II e
que se restringira a Selo belga, lançado em
02/03/1964, em homenagem aos
dissecações de animais.
400 anos da morte de Vesalius.
a) A descoberta da anatomia
Esse novo olhar sobre o corpo abre espaço para uma
consciência secularizada, na qual retira-se o aspecto
religioso para a considerar a natureza biológica apenas
como objeto de estudo científico.
Esses fatos são
prévias da futura
revolução
científica com
Bacon, Descartes
e Galileu.
Lições de Anatomia do Dr. Tulp.
Quadro de Rembrandt, 1632
b) O Antropocentrismo moderno
Como crítica, o Renascimento
substitui o teocentrismo da Idade
Média pelo antropocentrismo da
Idade Moderna. Surge então o
renascimento de um novo tempo.
A característica principal do
Renascimento é o
antropocentrismo, ou seja,
definir o “homem” como centro
do conhecimento e não mais
“Deus” ou a “religião”. Nasce
então o humanismo moderno. Homem Vitruviano (desenho).
Leonardo Da Vinci, 1492.
c) Arte: a celebração do “humanismo”
A arte é a grande obra do mundo natural, a única capaz
de reproduzir todas as criações visíveis da natureza.
Desta maneira, a arte é então a celebração do ser
humano como artífice desta original reprodução do
mundo, isto é, criador do conhecimento e das possíveis
representações da natureza.
A criação de Adão.
Michelângelo, 1518.
d) Ciência e técnica: o homem como
senhor da natureza
A partir do Renascimento criou-se a ideia de que o
homem, por si só, tem condições de conhecer e
manipular o mundo natural.
Para isso, muitas ideias
científicas e técnicas
foram inventadas com o
intuito de conhecer os
limites da força da
natureza.
Conhecer é poder! Protótipo de uma máquina
voadora, de Leonardo Da Vinci.
As três vertentes do Renascimento
Principais representantes
Vertente mística: Petrarca, Dante
Alighiere, Pico de la Mirandola, Marcílio
Ficino, Pietro Pomponazzi etc.
Vertente política: Erasmo de Roterdã,
Thomas Morus, Nicolau Maquiavel etc.
Vertente antropocêntrica (artística e
científica): Leonardo Da Vinci, Rafael
de Sanzio, Bernardino Telésio, Giordano
Bruno, Tomaso Campanella, Michel de
Montaigne etc.
Vertente Mística
Vertente Mística: filosofia
proveniente da leitura de
três obras de Platão
(Banquete, Fédon e Fedro),
das obras de magia
natural (Mesopotâmia e
Egito), do hermetismo
(Corpus Hermeticum, de
Hermes Trismegisto) e
Sagradas Escrituras
(Bíblia cristã).
Vertente Mística
Afirma duas coisas:
a) Macrocosmo: a natureza é vista como um grande ser
vivo, possuidora de uma alma (Alma do Mundo), organizada
por vínculos e mistérios secretos existentes entre as coisas.
b) Microcosmo: o homem é concebido
como uma parte especial da natureza,
pois ele traz em si um foco da divindade
(razão) que o possibilita, através de
conhecimentos e práticas (magia
natural, alquimia e astrologia),
desvendar as ligações secretas e
misteriosas que organizam a natureza.
Vertente Mística
(1) É verdade, sem falsidade alguma, verdade absoluta:
(2) O que está embaixo é como o que está em cima e o que está em cima é
como o que está embaixo, para realizar os milagres de uma única coisa. /
(3) E assim como todas as coisas vieram do Um, assim todas as coisas são
únicas, por adaptação. / (4) O Sol é o pai, a Lua é a mãe, o vento o embalou
em seu ventre, a Terra é sua nutridora; / (5) O Pai de toda Telesma
(vontade) do mundo está nisto. / (6) Seu poder é pleno, se é convertido em
Terra. / (7) Separarás a Terra do Fogo, o sutil do denso, suavemente e com
grande perícia. / (8) Sobe da terra para o Céu e desce novamente à Terra e
recolhe a força das coisas superiores e inferiores. / (9) Desse modo obterás
a glória do mundo. / (10) E se afastarão de ti todas as trevas. / (11) Nisso
consiste o poder poderoso de todo poder: Vencerás todas as coisas sutis e
penetrarás em tudo o que é sólido. / (12) Assim o mundo foi criado. / (13)
Esta é a fonte das admiráveis adaptações aqui indicadas. / (14) Por esta
razão fui chamado de Hermes Trismegisto, pois possuo as três partes da
filosofia universal. / (15) O que eu disse da Obra Solar é completo.
(HERMES TRISMEGISTO. Tábua Esmeraldina)
Vertente Política
Vertente Política: originária dos
pensadores florentinos (Itália), que
defendiam a liberdade das cidades
italianas contra o Império Romano-
Germânico e a recuperação do
ideal republicano, livre do poder
eclesiástico.
Para isso, divulgaram e comentaram amplamente os
autores latinos (Cícero, Tito Lívio e Tácito) e os
historiadores e juristas clássicos.
Vertente Antropocêntrica
Vertente Antropocêntrica: propunha o ideal do ser
humano como artífice do seu próprio destino, por
meio:
*dos conhecimentos (astrologia,
magia natural e astrologia);
*da política (ideal republicano);
*das técnicas (medicina, arquitetura,
engenharia e navegação);
*das artes (pintura, escultura, poesia
e teatro).
Horizonte especulativo da
Filosofia Moderna
Filosofia Moderna
Enquanto a Filosofia Antiga e Filosofia Medieval
perguntavam sobre a essência das coisas, a
Filosofia Moderna busca primeiro saber se o homem
é capaz ou não de conhecer as coisas.
Portanto, a questão principal
da Filosofia moderna é a
seguinte: “o que é
possível conhecer”.
A distinção das “verdades”
A Filosofia Medieval introduz, então, uma distinção até
então impensável para os filósofos antigos:
Verdades de razão: Verdades de fé:
conhecimento que conhecimento que só
nossa razão é capaz de alcançamos por meio de
alcançar por si mesma. uma revelação divina.
As verdades de “fé”
As verdades que dependem
da revelação divina são
aquelas que nossa razão
finita e imperfeita não só
não pode alcançar
sozinha, como também são,
sobretudo, aquelas que só
podemos aceitar sem
compreender.
Portanto, as verdades de fé são Mistérios.
Duas verdades em uma só
Entretanto, visto que a Verdade,
tanto a de razão como a de fé,
tem sua origem na sabedoria e
inteligência de Deus, conclui-se o
seguinte:
A Verdade, que para o homem
é dividida em duas, na
realidade, é indivisível e
única em si mesma (pois
provém unicamente de Deus).
Fé e razão não se contradizem
A partir da concepção de uma única “Verdade” –
porém aparentemente dividida em duas para o
homem – conclui-se dois aspectos:
1º) Não pode haver
então contradição
entre as verdade de
fé e as verdade de
razão, pois a verdade
não pode contradizer a
mesma verdade.
A razão está à serviço da Fé
2º) Se houver alguma
contradição, as verdades
de razão devem ser
abandonadas em proveito
das verdades de fé, uma
vez que a razão humana
está sujeita ao erro e à
ilusão.
Portanto, o conhecimento racional, mesmo que não
dependa da fé, deve subordinar-se a ela.
A razão está à serviço da Fé
“Ora, o conhecimento dos princípios que nos são
conhecidos naturalmente (razão) nos é dado por
Deus, uma vez que Deus é o autor de nossa
natureza. Por conseguinte, tais princípios naturais
estão incluídos também na sabedoria divina.
Portanto, tudo aquilo que contradiz a tais princípios
(da razão) também contradiz a sabedoria divina (fé).
Ora, isto não pode acontecer em Deus. Tudo o que a
revelação nos manda crer é impossível que contrarie
ao conhecimento natural”.
(Tomás de Aquino. Suma contra dos Gentios)
A razão está à serviço da Fé
Com isso, para Tomás
de Aquino, a filosofia
não precisa ser
substituída pela
teologia, pois ambas não
se opõem.
Ou melhor, não pode
haver contradição
entre fé e razão.
A “fonte” da verdade e do erro
Outro elemento introduzido pela Filosofia Medieval
é a ideia de que:
I) A causa da verdade é II) a causa do erro é a
a inteligência divina (que vontade humana (que
ilumina a razão humana) envenena a razão humana).
Como é possível o erro ou a ilusão?
A partir desse conceito de revelação, é possível fazer
duas considerações acerca do conhecimento racional:
1ª) Ideia da limitação e impotência da razão: pelo
fato da revelação ser conhecida apenas pela fé, ela
obriga o homem a dizer “assim seja” e reconhecer que a
razão não pode entender o mistério divino.
2ª) Ideia da perversão da razão: visto que o
intelecto limitado humano foi pervertido pela
vontade pecadora, torna-se impossível conhecer até
mesmo as verdades de razão (que estão ao alcance do
homem) sem o auxílio da revelação e da fé.
Como é possível o erro ou a ilusão?
Ou seja, pelo fato dos modernos não aceitarem as
respostas medievais (verdades de fé e verdade de
razão), a questão do conhecimento tornou-se
central para eles.
René Descartes, criador do
método científico racionalista.
A contaminação das verdade de razão
Diante de tão problemática explicação do
conhecimento racional, os filósofos modernos
puderam identificar onde estaria o erro na teoria
do conhecimento medieval:
Observaram que as
verdades de fé
haviam influenciado
a própria maneira de
conceber as verdades
de razão.
A contaminação das verdade de razão
Ou seja, o princípio da
autoridade medieval
contaminou as
verdades de razão,
fazendo com que os
filósofos só aceitassem
uma ideia se esta viesse
com o “selo” de alguma
autoridade da Igreja.
A fé ditando as regras da ciência
Sobre a teoria heliocêntrica de Copérnico, escreve
Lutero:
“Parece que um novo astro
logo quer provar que a Terra
se move através dos céus [...]
O tolo quer virar toda a arte da
astronomia pelo avesso”.
(Lutero apud GLEISER, M. A
Dança do Universo).
Lutero (1483-1546)
A fé ditando as regras da ciência
Prefácio da 1ª edição da obra “Sobre as revoluções das
órbitas celestes” de Copérnico, inserido anonimamente
por Osiander e sem o consentimento do autor
(Copérnico).
“Permitamos, pois, que, junto com as antigas,
em nada mais verossímeis, façam-se conhecer
também essas novas hipóteses, tanto mais por
serem elas ao mesmo tempo admiráveis e
fáceis, e por trazerem consigo um enorme
tesouro de doutíssimas observações. E que
ninguém espere da astronomia algo de certo no
que concerne a hipóteses, pois nada disso
Osiander
(1498-1552) procura ela nos oferecer” (Andreas Osiander).
A recusa da autoridade eclesial
Com isso, a primeira tarefa que os modernos
apreenderam foi a de recusar o “poder da
autoridade da fé e da Igreja” sobre a razão.
Começaram, por isso,
separando a fé da razão,
considerando cada uma delas
voltada para conhecimentos
diferentes, sem que uma
deva subordinar-se à
outra.
Filósofos modernos
O problema do conhecimento tornou-se crucial para a
Filosofia, cujo ponto de partida para os modernos
passou a ser o sujeito do conhecimento.
Os dois primeiros filósofos que
iniciaram esse novo modo de fazer
filosofia a partir do séc. XVII.
Descartes Bacon
O filósofo que pela 1ª vez propõe uma teoria
do conhecimento propriamente dita.
Locke