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Meci MJM Estrategia Digital Nacional

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1

ÍNDICE

1. Enquadramento 3
A oportunidade de Portugal no Digital 4
Portugal, onde o Digital Simplifica 6

2. A Estratégia 8

A Arquitetura Estratégica 9
A Visão 10
Os Princípios Orientadores 11
As Dimensões 13
2.1. As Pessoas 14
2.2. As Empresas 30
2.3. O Estado 46
2.4. As Infraestruturas 60

3. Modelo de Governação 78

4. O Futuro do Digital em Portugal 82

Anexo
Plano de Ação 2025-2026 da Estratégia Digital Nacional 85

Estratégia Digital Nacional


1. Enquadramento

Estratégia Digital Nacional


A oportunidade de Portugal no Digital

Portugal encontra-se perante uma oportunidade estratégica para se afirmar como


um dos líderes europeus na transição digital. O potencial de Portugal é vasto,
alicerçado em infraestruturas de telecomunicação e computação robustas, na sua
localização geográfica estratégica e no talento especializado com competências
para inovar. Esta é uma janela única de oportunidades que nos convida a construir
um futuro onde o Digital impulsiona a economia, apoia a transição climática e
eleva a qualidade de vida das pessoas.

A conectividade digital de Portugal, com uma cobertura nacional de redes de


telecomunicação fixa e móvel de alta velocidade, destaca-se no contexto europeu e
reforça a resiliência do nosso País perante os desafios globais. Por outro lado, a
digitalização dos serviços públicos regista avanços significativos, facilitando cada
vez mais a interação entre cidadãos, empresas e o Estado.

No entanto, o aproveitamento do potencial digital de Portugal exige um


diagnóstico mais amplo, tanto dos nossos pontos fortes como das áreas a
desenvolver.

Uma dessas áreas é o reforço das competências digitais. A percentagem de


cidadãos com competências digitais básicas está ainda aquém do necessário para
garantir uma inclusão digital universal e bem-sucedida.

Estratégia Digital Nacional 4


A nossa missão é clara: uma aposta forte na aquisição de conhecimento,
proporcionando a cada pessoa as competências que esta nova era exige. A
digitalização tem de ser uma força democratizadora, capaz de abrir portas e
preparar os portugueses para os desafios e oportunidades do século XXI. Ao mesmo
tempo, o País terá de garantir as ferramentas necessárias para promover uma
redução efetiva das desigualdades, assegurando que a transformação digital não
se torna um fator de exclusão social.

Uma das grandes oportunidades deste século é precisamente a Inteligência


Artificial (IA). Esta Estratégia reconhece e destaca o papel crucial que a IA
desempenhará no futuro digital de Portugal, com uma importância crescente em
todos os setores da sociedade: na Saúde onde a IA pode otimizar processos
burocráticos, na Agricultura, onde a IA pode promover uma gestão mais eficiente e
sustentável dos recursos e na Educação onde a IA pode transformar a forma como
os alunos aprendem. O objetivo é maximizar a adoção de IA e outras tecnologias
emergentes, garantindo um uso seguro, ético e orientado para o bem comum. Este
é também o caminho definido pela União Europeia, que aposta numa abordagem
equilibrada, combinando a promoção da inovação com a garantia do respeito pelos
direitos fundamentais, segurança, transparência e valores democráticos.

A nossa visão de transformação estende-se para além da tecnologia e do seu


desenvolvimento. Para Portugal, a transformação digital é uma via para uma
sociedade mais próspera, mais inclusiva e sustentável. Uma jornada onde cada
passo é orientado por princípios fundamentais: inclusão e igualdade; transparência
e confiança; sustentabilidade ambiental; segurança; ética; eficiência; e colaboração.
O cumprimento destes princípios garantirá que a transição digital em curso
beneficia todos. Nesse sentido, a EDN é um compromisso do XXIV Governo
Constitucional com um futuro onde o Digital eleve cada cidadão e empresa.

Estratégia Digital Nacional 5


Portugal, onde o Digital Simplifica

O nosso propósito para 2030 é claro. No centro da Estratégia Digital Nacional está o
propósito de construir um ‘Portugal, onde o Digital Simplifica’, projetando um País
onde as tecnologias digitais facilitam a vida de todos, melhoram a qualidade de vida
da população e contribuem para a competitividade e produtividade da economia
portuguesa.

Concretizar este propósito depende, antes mais, da identificação de barreiras,


necessidades e oportunidades para a concretização do potencial digital de Portugal.
Nesse sentido, a Estratégia Digital Nacional foi desenvolvida através de um
processo inclusivo e colaborativo, que envolveu especialistas na área do digital,
assim como empresas, associações empresariais e entidades da Administração
Pública. Esta consulta ampla foi fundamental para assegurar que esta Estratégia
reflete as reais necessidades da sociedade e da economia, preparando Portugal
para responder aos desafios e aproveitar as oportunidades que o futuro digital
oferece.

A Estratégia Digital Nacional foi desenhada tendo em consideração o contexto e as


necessidades nacionais, mas também tendo por referência a ambição do Quadro
Europeu. Assim, a Estratégia está alinhada com o Programa ‘Década Digital 2030’,
considerando as dimensões fundamentais e os direitos e princípios digitais
definidos pela União Europeia. Este alinhamento garante que a transição digital em
Portugal é conduzida de acordo com os valores europeus, como a inclusão, a
transparência e a proteção dos direitos dos cidadãos no ambiente digital.

Estratégia Digital Nacional 6


A Estratégia Digital Nacional coloca as pessoas no centro das iniciativas,
garantindo que a tecnologia contribui para o progresso social e económico,
ampliando o acesso às oportunidades e reduzindo desigualdades, em vez de criar
exclusões.

‘Portugal, onde o Digital Simplifica’ é um compromisso concreto com a


simplificação e digitalização de Portugal, e com a criação de uma sociedade mais
inclusiva, onde ninguém fica para trás.

Em linha com o Programa do XXIV Governo Constitucional, a Estratégia Digital


Nacional é um plano estruturado e abrangente, com a ambição de tornar Portugal
numa referência europeia no domínio do digital.

O digital não pode ser uma ferramenta para alguns,


mas uma oportunidade para todos.

Estratégia Digital Nacional 7


2. A Estratégia

Estratégia Digital Nacional


A Arquitetura da Estratégia

A arquitetura da Estratégia Digital Nacional é composta pelos seguintes elementos:

› Visão: ambição de Portugal para 2030 no domínio do Digital;

› Princípios Orientadores: pilares de orientação transversais à Estratégia;

› Dimensões: áreas de foco e de classificação das iniciativas da Estratégia, em


linha com a arquitetura da ‘Década Digital’;

› Objetivos Estratégicos: objetivos gerais a alcançar até 2030, orientadas para


a concretização da visão;

› Metas: metas concretas SMART (Specific, Measurable, Attainable, Realistic e


Time-Based), alinhadas com os objetivos estratégicos;

› Iniciativas: programas estruturados que contemplam múltiplas ações e


concretizam os objetivos definidos. As iniciativas são detalhadas em Planos
de Ação, traduzindo-se em várias ações a implementar até 2030;

› Ações: medidas concretas, enquadradas nas iniciativas apresentadas, para


as quais são identificadas as entidades envolvidas, o plano de
implementação, indicadores de desempenho, indicadores de impacto e
valores de investimento.

A Estratégia Digital Nacional será executada através de Planos de Ação bianuais,


que serão revistos sempre que se considerar necessário. Os Planos de Ação
detalharão as ações a implementar para cada uma das iniciativas da Estratégia.

Estratégia Digital Nacional 9


A Visão

A Estratégia Digital Nacional tem uma visão clara para o futuro do digital em
Portugal para 2030. Uma visão de âmbito nacional e multissetorial, focada na
melhoria da qualidade de vida das pessoas através do digital.

O digital pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento de uma


economia mais competitiva, inovadora, sustentável e resiliente, posicionando
Portugal com uma sociedade mais próspera.

A concretização desta visão depende do sucesso das várias iniciativas definidas para
as dimensões das Pessoas, Empresas, Estado e Infraestruturas. Esta
transformação será orientada pela inclusão digital, para que os benefícios do digital
sejam sentidos por todos, de forma transversal.

“ Um Portugal próspero e inovador, que


utiliza as tecnologias digitais para impulsionar
a qualidade de vida da população e a
competitividade da economia ”

Estratégia Digital Nacional 10


Os Princípios Orientadores

A Estratégia Digital Nacional é guiada por sete princípios fundamentais que


orientam todos os eixos de intervenção. Estes princípios sustentam os objetivos
estratégicos, metas e iniciativas.

Ao estabelecer estes princípios, reafirma-se que o verdadeiro valor não está nas
ferramentas ou tecnologias digitais. O essencial reside na construção de uma
sociedade mais inclusiva e justa e uma economia mais sustentável, competitiva
e eficiente.

Figura 1. Os Princípios Orientadores da Estratégia Digital Nacional


Confiança e
Transparência

Inclusão e
Segurança e Igualdade
Proteção

Estratégia
Digital Sustentabilidade
Ética
Nacional ambiental

Eficiência Colaboração

Estratégia Digital Nacional 11


Os sete princípios orientadores da Estratégia Digital Nacional são:

1. Confiança e Transparência: Reforçar a confiança pública e promover a


transparência através das tecnologias digitais, incentivando a participação
cívica e aumentando a disponibilização de informação de forma acessível e
clara;

2. Inclusão e Igualdade: Garantir o acesso universal e inclusivo ao digital,


promover a igualdade de oportunidades e combater os obstáculos à
plena participação de qualquer pessoa ou ao desenvolvimento integral do seu
potencial;

3. Sustentabilidade ambiental: Aliar a transição digital à transição climática e


utilizar o digital para criar uma economia mais sustentável;

4. Segurança e Proteção: Garantir a segurança e proteção de dados e de


sistemas, promovendo uma utilização confiável e segura das tecnologias
digitais;

5. Ética: Fomentar o desenvolvimento e a utilização da tecnologia de forma


ética, salvaguardando os direitos e liberdades fundamentais;

6. Eficiência: Transformar e simplificar processos, reduzir burocracias e


otimizar a alocação de recursos;

7. Colaboração: Reconhecer a transversalidade do digital na sociedade e


construir um ecossistema digital sólido através da estreita colaboração entre
a Administração Pública, empresas, associações, academia e sociedade civil.

Estratégia Digital Nacional 12


As Dimensões

A Estratégia Digital Nacional está estruturada em quatro dimensões-chave, em


alinhamento com a ‘Década Digital 2030’ da União Europeia: Pessoas, Estado,
Empresas e Infraestruturas.

Figura 2. As Dimensões da Estratégia Digital Nacional

AS PESSOAS
(Dimensão #1)

Estratégia
O ESTADO Digital AS INFRAESTRUTURAS
(Dimensão #3)
Nacional (Dimensão #4)

AS EMPRESAS
(Dimensão #2)

Estratégia Digital Nacional 13


ESTRATÉGIA
DIGITAL
NACIONAL

DIMENSÃO 1

2.1. AS PESSOAS
Objetivos Estratégicos
Metas

ESTRATÉGIA
ESTRATÉGIA
DIGITAL
DIGITA
NACIONAL

Estratégia Digital Nacional


Objetivos Estratégicos

A capacitação das pessoas é uma componente central da Estratégia. A aposta na


literacia, na educação e na formação para o digital deve estender-se a todas as fases
da vida das pessoas, garantindo uma utilização eficiente, funcional, eficaz e segura
das tecnologias digitais.

Valorizar o capital humano e dotá-lo das ferramentas necessárias à era digital é


essencial para construirmos um País mais próspero e desenvolvido. A dimensão
Pessoas tem três objetivos estratégicos, que refletem os principais resultados a
alcançar até 2030.

Objetivo #1
Ter uma participação ativa, plena e inclusiva da sociedade na era
digital
Atingir este objetivo implica:

• Aumentar a literacia digital da população, para que os cidadãos possam


participar plenamente na era digital;

• Garantir uma utilização segura da tecnologia;

• Reforçar a participação cívica através de ferramentas digitais;

• Assegurar a inclusão de todos na era digital, independentemente da sua


condição socioeconómica e níveis de qualificações;

• Promover uma maior igualdade de género na área do digital, garantindo a


inclusão plena de mulheres e homens.

Estratégia Digital Nacional 15


Objetivo #2
Ser uma referência na educação digital, assegurando a contínua
qualificação e requalificação profissional

Atingir este objetivo implica:

• Garantir que os nossos alunos terminam o ensino obrigatório com as


competências digitais necessárias para a era digital (incluindo a utilização
segura da tecnologia);

• Incorporar as tecnologias digitais para personalizar e melhorar o processo


de aprendizagem dos alunos;

• Promover a formação ao longo da vida em competências digitais;

• Facilitar a requalificação profissional e a transição de trabalhadores em


setores tradicionais para carreiras na área digital.

Objetivo #3
Formar, reter e atrair especialistas em áreas chave do digital

Atingir este objetivo implica:

• Promover o reconhecimento do País como um centro de excelência em


talento digital, capacitado na formação de especialistas no digital;

• Criar uma cultura de inovação que promova a retenção e atração de quadros


qualificados em áreas chave do digital;

• Fomentar a colaboração e partilha de recursos, a nível nacional e internacional,


posicionando Portugal como um polo de inovação digital;

• Garantir oportunidades de desenvolvimento profissional alinhadas às


necessidades emergentes do mercado digital.

Estratégia Digital Nacional 16


ESTRATÉGIA
DIGITAL
NACIONAL

DIMENSÃO 1

2.1. AS PESSOAS
Objetivos Estratégicos
Metas

ESTRATÉGIA
ESTRATÉGIA
DIGITAL
DIGITA
NACIONAL

Estratégia Digital Nacional


Metas

A dimensão Pessoas define três metas a atingir até 2030, alinhadas com as metas
definidas no âmbito da ‘Década Digital 2030’ e com o DESI (Digital Economy and
Society Index – índice composto que agrega alguns dos principais indicadores
relativos ao desempenho digital da Europa).

Estas metas incluem três áreas fundamentais para uma sociedade mais capacitada
e inclusiva: (1) a literacia digital da sociedade; (2) o número de especialistas a
trabalhar no setor das TIC e (3) o número de mulheres especialistas neste setor.

Meta #1
80% das pessoas (entre os 16 e os 74 anos) têm, pelo menos,
competências digitais básicas

• De acordo com os dados do Eurostat, em 2023, 56% da população portuguesa


(com idade entre os 16 e os 74 anos) possuía competências digitais básicas ou
acima de básicas (55,6% registados a nível da UE). Portugal apresenta uma
evolução positiva nos últimos anos. Ainda assim, alcançar a meta definida
implica acelerar a atual taxa de crescimento.
• Uma oportunidade de melhoria clara reside nas pessoas com menores
níveis de qualificação. Em 2023, Portugal apresentava a segunda maior
diferença entre os Estados-membros da UE entre a população com elevados
níveis de qualificação e a população com baixos níveis de educação formal.

Estratégia Digital Nacional 18


Meta #2
Os especialistas TIC constituem, pelo menos, 7% da população
empregada

• De acordo com dados do Eurostat, em 2023, 4,5% da população empregada


em Portugal eram especialistas TIC, um valor que está ligeiramente abaixo da
média europeia de 4,8%.

• A evolução de Portugal neste indicador é positiva, com uma taxa de


crescimento média anual entre 2015 e 2023 de 5,7%. Ainda assim, alcançar a
meta definida implica acelerar a atual taxa de crescimento.

Meta #3
Pelo menos 30% dos especialistas em TIC são mulheres

• De acordo com dados do Eurostat, apesar da evolução positiva até 2020, ano
em que cerca de 21,3% dos especialistas TIC eram mulheres, os valores deste
indicador têm registado um declínio desde então. Assim, temos de
intensificar esforços através de ações concretas no sentido de acelerar o
aumento do número de mulheres especialistas TIC em Portugal. Uma das
prioridades da Estratégia é atrair mais mulheres para as áreas do digital e
aumentar o número de especialistas femininas em TIC.

Estratégia Digital Nacional 19


ESTRATÉGIA
DIGITAL
NACIONAL

2.1 AS PESSOAS | DIMENSÃO 1


INICIATIVAS
#1 Competências no Digital

#2 Programa Nacional das Raparigas nas STEM

#3 Currículo das Competências Digitais

ESTRATÉGIA
ESTRATÉGIA
#4 Participação Cívica através do Digital
DIGITAL
DIGITA
NACIONAL

Estratégia Digital Nacional 20


#1 COMPETÊNCIAS NO DIGITAL
Enquadramento

› As competências digitais são indispensáveis para garantir uma


participação plena, inclusiva e segura das pessoas na sociedade digital,
além de serem um fator fundamental para o reforço da produtividade e
competitividade da economia portuguesa. No entanto, o cenário atual
apresenta desafios significativos: os dados mais recentes, de 2023, revelam
que apenas 56% da população portuguesa, entre os 16 e os 74 anos, possui
competências digitais básicas (Eurostat, 2023).

› Portugal regista a segunda maior disparidade na União Europeia entre os


níveis de competências digitais da população com educação avançada e
aqueles com pouca ou nenhuma educação formal. Em 2023, cerca de
88,9% da população com educação avançada possuía competências digitais
básicas ou acima de básicas, um valor que reduz para cerca de 23,2% no caso
da população com pouca ou nenhuma educação formal (Eurostat, 2023). Este
diferencial de 65,6 pontos percentuais entre os dois grupos reflete a urgência
de uma intervenção estruturada para reduzir desigualdades e preparar toda a
população para os desafios da era digital.

Estratégia Digital Nacional 21


#1
#1 COMPETÊNCIAS NO DIGITAL
Detalhe (1/2)

› Fortalecer as competências digitais da população, promovendo uma


sociedade mais inclusiva e preparada para os desafios e oportunidades da era
digital. Para isso serão desenvolvidas ações estratégicas que abrangem a
inclusão digital, a literacia básica, a educação, a requalificação profissional e
formação avançada.

› Será priorizado o aumento dos níveis de literacia digital da população, com


foco nas comunidades com menor acesso ao digital. Será promovida a
consciencialização sobre a importância das competências digitais e a
sensibilização para o uso seguro das tecnologias, garantindo que todos
compreendem os riscos e as boas práticas do ambiente digital.

› Na área da educação, será feita uma avaliação das competências digitais dos
alunos e reforçada a formação em competências digitais. Destaca-se a
formação de um conjunto de competências-chave, como o desenvolvimento
do pensamento computacional, a utilização segura das tecnologias digitais e
a capacitação relacionada com a utilização de tecnologias emergentes,
nomeadamente de Inteligência Artificial.

Estratégia Digital Nacional 22


#1
#1 COMPETÊNCIAS NO DIGITAL
Detalhe (2/2)

› Criar oportunidades de reconversão profissional e formação contínua na área


do Digital, promovendo a empregabilidade em setores emergentes. Será
também dado destaque à integração do digital no sistema educativo,
dotando os jovens estudantes das competências necessárias para se
adaptarem às necessidades do mercado de trabalho.

› Serão incentivadas a investigação e a inovação no Digital, para que se criem


condições para a retenção e atração de talento qualificado.

Estratégia Digital Nacional 23


#2
#2 PROGRAMA NACIONAL DAS RAPARIGAS NAS STEM
Enquadramento

› As mulheres continuam sub-representadas nas áreas STEM (Ciências,


Tecnologias, Engenharias e Matemáticas), nomeadamente na área das TIC, o
que compromete a sua capacidade de competir em setores de alta tecnologia
e inovação – apenas 1 em cada 5 especialistas TIC são mulheres (Eurostat,
2023) e apenas 3 em cada 10 diplomados em cursos STEM são mulheres
(Eurostat, 2022).

› A presença feminina em carreiras tecnológicas é ainda mais reduzida em


posições de liderança e investigação, indicando a necessidade de apoio
contínuo desde a educação básica até à integração no mercado de trabalho.
Intervir desde cedo na educação é essencial para combater estereótipos e
incentivar as raparigas a explorar estas carreiras.

› A participação igualitária em STEM não é apenas uma questão de justiça, é


também uma questão económica. A inclusão de mais mulheres nestas áreas
aumenta a diversidade e, consequentemente, a competitividade de Portugal
no mercado global.

Estratégia Digital Nacional 24


#2 PROGRAMA NACIONAL DAS RAPARIGAS NAS STEM
Detalhe

› Lançamento de um Programa Nacional focado na atração e retenção de


raparigas e mulheres nas áreas STEM. O Programa propõe uma intervenção
abrangente e estruturada em diferentes fases do percurso educativo e
profissional com três eixos de atuação: (1) Educação (do pré-escolar ao 12º
ano), (2) Ensino Superior e (3) Mercado de Trabalho.

› O objetivo é mitigar e combater estereótipos de género que associam


homens e mulheres a papéis tradicionais e que desempenham um papel
significativo na exclusão de raparigas das áreas STEM. No contexto educativo,
a iniciativa pretende estimular o interesse das jovens raparigas por estas
áreas, para seguirem cursos de ensino superior e, futuramente, carreiras
nestes campos.

› Para apoiar esta transformação, será criada uma rede de embaixadoras e


mentoras – mulheres que, como modelos de referência, vão inspirar e apoiar
o desenvolvimento de jovens raparigas interessadas nestas áreas,
ajudando-as a concretizar os seus percursos de sucesso.

› Nos ambientes de ensino e trabalho, esta iniciativa visa promover condições


mais inclusivas e propícias para a retenção de mulheres na área do digital.

› Promoção de formação contínua e requalificação profissional, para fomentar


uma maior presença feminina no digital.

Estratégia Digital Nacional 25


#3 CURRÍCULO DAS COMPETÊNCIAS DIGITAIS
Enquadramento

› As exigências de um mercado de trabalho, impulsionadas pela era digital,


exigem uma adaptação contínua das abordagens de formação e
certificação de competências.

› As micro-credenciais permitem que alunos e a população ativa adquiram


competências específicas de forma direcionada. Este modelo facilita a
adaptação rápida às mudanças do mercado e reforça a empregabilidade.

› A Recomendação da Comissão Europeia de 2023 sublinha a relevância das


micro-credenciais, incentivando o seu desenvolvimento e reconhecimento
entre instituições, empresas e países para promover a mobilidade e
competitividade dos profissionais a nível europeu.

Estratégia Digital Nacional 26


#3 CURRÍCULO DAS COMPETÊNCIAS DIGITAIS
Detalhe

› Com a criação do Currículo das Competências Digitais, cada cidadão terá


acesso a uma ferramenta confiável para comprovar as suas competências
digitais.

› Esta carteira digital de credenciais facilita o registo, a validação e a


demonstração das competências digitais dos utilizadores.

› A sua integração com as entidades competentes em matéria de certificação


de competências, bem como nos processos de recrutamento, garantirá um
selo de qualidade que fortalece a empregabilidade e valoriza o capital
humano do País.

› A seleção das credenciais a incluir será orientada pelas necessidades do


mercado de trabalho e pela procura específica por competências digitais,
assegurando que estas refletem as competências mais valorizadas.

› O Currículo das Competências Digitais servirá também como ferramenta de


orientação, apresentando percursos de formação e desenvolvimento
ajustados às preferências dos utilizadores e de um mercado de trabalho
em transformação.

Estratégia Digital Nacional 27


# Participação Cívica através do Digital
4 #4 PARTICIPAÇÃO CÍVICA ATRAVÉS DO DIGITAL
Enquadramento

› A transformação digital oferece uma oportunidade única para fortalecer a


ligação entre os cidadãos e o processo de tomada de decisões públicas,
promovendo uma democracia mais participativa e acessível a todos.

› A Declaração Europeia sobre os Direitos e Princípios Digitais reafirma o


compromisso de “utilizar as tecnologias digitais para estimular a
participação das pessoas” na vida democrática (Comissão Europeia, 2023).

› Promoção da utilização de tecnologias digitais como meio de estimular a


participação ativa dos cidadãos na vida democrática.

› Este compromisso implica o desenvolvimento e a adoção de plataformas


digitais acessíveis, inclusivas e seguras, que facilitem o envolvimento da
população em processos de tomada de decisão, reforcem a transparência e
garantam que ninguém é deixado para trás no acesso à informação e à
participação cívica.

Estratégia Digital Nacional 28


#4 PARTICIPAÇÃO CÍVICA ATRAVÉS DO DIGITAL
Detalhe

› Promoção e fortalecimento das plataformas digitais de participação cívica,


com destaque para o participa.gov.pt, ferramentas essenciais para
aproximar os cidadãos das decisões públicas. Pretende-se que mais cidadãos
se envolvam ativamente na discussão de políticas públicas e na tomada de
decisões que afetam o País.

› Desenvolvimento de novas funcionalidades e capacidades para a


plataforma participa.gov.pt, tornando-a mais intuitiva e interativa.

› Serão realizadas ações de sensibilização para promover a participação


cívica digital, incentivando os cidadãos a conhecer e a utilizar estes meios
para se envolverem nas discussões e decisões que moldam o futuro do País.

› Apoio a projetos em curso que visam reforçar a participação cívica no


digital, incluindo a integração de tecnologias emergentes nos processos de
participação cívica.

Estratégia Digital Nacional 29


ESTRATÉGIA
DIGITAL
NACIONAL

DIMENSÃO 2

2.2. AS EMPRESAS
Objetivos Estratégicos
Metas

ESTRATÉGIA
ESTRATÉGIA
DIGITAL
DIGITA
NACIONAL

Estratégia Digital Nacional


Objetivos Estratégicos

Numa era de mudanças constantes, impulsionadas por desenvolvimentos


tecnológicos cada vez mais acelerados, as empresas terão de se adaptar e
responder de forma inovadora para se manterem competitivas e resilientes.

O Digital tem um papel central na criação de uma economia mais competitiva,


inovadora, produtiva e sustentável. O Digital deve facilitar a vida das empresas,
aumentando a produtividade, permitindo a criação de soluções inovadoras e a sua
expansão a novos mercados. Por fim, o Digital pode apoiar a atração de
investimento, fortalecer redes de conhecimento e criar um ecossistema inovador.

Objetivo #4
Ter uma economia mais competitiva, produtiva, inovadora e
sustentável, impulsionada por tecnologias digitais

Atingir este objetivo implica:

• Dotar as empresas nacionais, especialmente as PME, com as competências e


ferramentas digitais necessárias para aumentar a eficiência,
sustentabilidade e competitividade, aproveitando o as oportunidades
oferecidas pelo digital.

• Aumentar a atratividade de Portugal para o investimento estrangeiro na área


do digital.

Estratégia Digital Nacional 31


Objetivo #5
Maximizar o apoio e facilitar acesso a recursos direcionados à
transformação digital das empresas

Atingir este objetivo implica:

• Apoiar as empresas na captação de oportunidades de financiamento, tanto a


nível nacional como comunitário;

• Agilizar o apoio financeiro às empresas, assegurando o alinhamento das


oportunidades de financiamento com as reais necessidades do tecido
empresarial;

• Capacitar as PME na sua transformação digital, oferecendo mentoria


especializada e ferramentas adequadas para uma transformação efetiva.

Objetivo #6
Criar um ecossistema de empresas e startups no Digital inovador,
colaborativo e empreendedor, valorizando sinergias com o sistema
científico e tecnológico
Atingir este objetivo implica:

• Incentivar a colaboração entre startups, empresas privadas, centros de


investigação e entidades públicas, fomentando um ambiente dinâmico para o
desenvolvimento de novos modelos de negócio, produtos e serviços de
elevado valor acrescentado na área do digital;

• Promover a exportação de soluções digitais inovadoras e de elevado valor


acrescentado.

Estratégia Digital Nacional 32


ESTRATÉGIA
DIGITAL
NACIONAL

DIMENSÃO 2

2.2. AS EMPRESAS
Objetivos Estratégicos
Metas

ESTRATÉGIA
ESTRATÉGIA
DIGITAL
DIGITA
NACIONAL

Estratégia Digital Nacional


Metas

A dimensão Empresas define três metas a atingir até 2030, alinhadas com as
metas definidas no âmbito da ‘Década Digital 2030’ e com o DESI (Digital Economy
and Society Index – índice composto que agrega alguns dos principais indicadores
relativos ao desempenho digital da Europa).

Estas metas contemplam 3 áreas fundamentais para uma economia mais


competitiva, inovadora e produtiva: (1) a capacitação das PME portuguesas,
preparando-as para a nova era digital e apoiando as suas jornadas de
transformação digital; (2) a adoção pelas empresas de ferramentas digitais
modernas, nomeadamente ferramentas de Inteligência Artificial; (3) a criação de um
ecossistema de startups inovador e dinâmico em Portugal.

Estratégia Digital Nacional 34


Meta #4
90% das PME portuguesas atingem, pelo menos, um nível básico de
intensidade digital

• O índice de intensidade digital das PME traça um retrato do nível de


maturidade digital das PME, sendo composto por 12 critérios que avaliam o
nível de digitalização e modernização das empresas. O cumprimento de, pelo
menos, 4 dos 12 critérios assegura a atribuição de um nível básico de
intensidade digital.
• Em 2023, 54% das PME portuguesas tinham, pelo menos, um nível básico
de intensidade digital, um crescimento de 5 pontos percentuais em relação a
2021. Portugal encontra-se ligeiramente abaixo da média da União Europeia,
considerando que, em 2023, 58% das PME europeias tinham, pelo menos, um
nível básico de intensidade digital (Fonte: Eurostat).

Meta #5
No mínimo, 75% das empresas adotam ferramentas de Inteligência
Artificial

• Em 2023, 7,9% das empresas (com mais de 10 empregados) adotavam


ferramentas de IA. A inexistência de valores para este indicador anteriores a
2021 impede uma análise mais completa (Fonte: Eurostat).

• É urgente acelerar a adoção de IA nas empresas, nomeadamente nas PME


onde os níveis de adoção são muito inferiores aos das grandes empresas. Nas
empresas com mais de 250 empregados, o nível de adoção de soluções de IA é
de 35,4% (Fonte: Eurostat, 2023).

Estratégia Digital Nacional 35


Meta #6
Portugal tem, pelo menos, 6.000 startups

• Em 2024, existem 4.719 startups em Portugal, um ecossistema que já


emprega mais de 26.000 pessoas e com um volume de negócios superior a
2.600 milhões de euros (Fonte: Portuguese Startup Ecosystem Report).

• Promoção de um ambiente de excelência para o desenvolvimento das startups


portuguesas que potencie o aumento do número de unicórnios em território
português.

Estratégia Digital Nacional 36


ESTRATÉGIA
DIGITAL
NACIONAL

2.1 AS EMPRESAS | DIMENSÃO 2


INICIATIVAS
#5 Jornada Digital para as PME

#6 Polo colaborativo para o Digital em Portugal

#7 Interação Simples e Digital com as Empresas

ESTRATÉGIA
ESTRATÉGIA
DIGITAL
DIGITA
NACIONAL

Estratégia Digital Nacional 37


#5 JORNADA DIGITAL PARA AS PME
Enquadramento

› Apenas 54% das PME portuguesas (entre 10 e 249 empregados) alcançam


um nível básico de intensidade digital.

› Este dado evidencia a necessidade urgente de apoiar a modernização das


PME, para que possam não só acompanhar as exigências da economia digital,
mas também melhorar a sua competitividade e capacidade de inovação.

› Até 2030, pretende-se que, no mínimo, 90% das PME possuam, pelo menos,
um nível básico de intensidade digital.

Estratégia Digital Nacional 38


#5 JORNADA DIGITAL PARA AS PME
Detalhe (1/2)

› Esta iniciativa responde a quatro desafios cruciais que limitam o potencial


de modernização destas empresas:

› Sensibilização das PME para os benefícios da digitalização e para as


oportunidades proporcionadas por esta esta transformação. É
fundamental investir em ações de sensibilização e formação
direcionadas a empresas e associações empresariais, destacando o
impacto positivo que as ferramentas digitais podem ter no crescimento
e na competitividade das PME.

› Avaliação da maturidade digital das PME, assegurando um


diagnóstico preciso das necessidades de transformação das empresas.
As PME apresentam níveis de maturidade digital muito variados, o
que exige um apoio personalizado, ajustado ao estágio de
transformação de cada empresa e aos objetivos específicos que
pretende alcançar.

› Adoção de caminhos claros para a transformação digital das PME. A


iniciativa irá disponibilizar uma orientação prática e adaptada,
incluindo apoio na adoção de tecnologias e ferramentas digitais,
ajudando as PME a estruturar e concretizar a sua transição.

Estratégia Digital Nacional 39


#5
#5 JORNADA DIGITAL PARA AS PME
Detalhe (2/2)

› Fortalecimento da capacitação digital dos trabalhadores e dos líderes


das PME. Sem capacitar as PME e os seus trabalhadores e líderes sobre
as novas tendências digitais e fortalecer as competências de gestão no
contexto digital não será possível extrair todos os benefícios da
transição digital.

Estratégia Digital Nacional 40


#6 POLO COLABORATIVO PARA O DIGITAL EM PORTUGAL
Enquadramento

› Portugal possui um enorme potencial para avançar na transformação digital,


contando com recursos humanos qualificados, centros de excelência
científica, empresas inovadoras e uma Administração Pública em constante
modernização e digitalização.

› Para que esse potencial se concretize plenamente, é necessário unir


esforços e fomentar a colaboração entre diferentes setores e entidades.

› Esta iniciativa visa justamente criar essas sinergias, reunindo competências


e capacidades para desenvolver soluções inovadoras e eficazes que
respondam às necessidades emergentes da sociedade e impulsionem o
crescimento e a competitividade do País.

Estratégia Digital Nacional 41


#
6 #6 POLO COLABORATIVO PARA O DIGITAL EM PORTUGAL
Detalhe (1/2)

› A iniciativa propõe a criação de um Polo Colaborativo que reúna a


Administração Pública, as empresas, os centros de investigação, as
Instituições de Ensino Superior e outras entidades relevantes para
desenvolver novas soluções digitais inovadoras.

› Este Polo contribuirá para o posicionamento de Portugal enquanto local de


excelência para a experimentação e desenvolvimento de novas soluções
digitais, nomeadamente para as tecnologias emergentes, onde se destaca a
Inteligência Artificial, mas também a Computação Quântica, Blockchain,
Web3, Cloud, IoT, Realidade Virtual e Aumentada, Automação, entre outras.

› Este Polo funcionará como um ponto de encontro onde desafios reais da


sociedade e da economia, identificados pelo setor público em áreas como
transição climática, transportes, agricultura e saúde, são transformados em
oportunidades de inovação tecnológica.

› O processo inicia-se com a Administração Pública a definir e detalhar


necessidades específicas, traduzindo-as em requisitos e orientações claras
para as soluções a serem desenvolvidas. Para responder a esses desafios, o
polo incentiva a criação de redes colaborativas - parcerias entre empresas,
Instituições de Ensino Superior e centros de investigação - que agregam as
competências técnicas e os recursos necessários para desenvolver essas
soluções.

Estratégia Digital Nacional 42


#6 POLO COLABORATIVO PARA O DIGITAL EM PORTUGAL
Detalhe (2/2)

› O polo estabelecerá sinergias com os laboratórios colaborativos (CoLABs), os


Centros de Tecnologia e Inovação (CTIs), bem como as Zonas Livres
Tecnológicas (ZLTs), as Test Beds, as sandboxes e os espaços comuns de
dados. Estas colaborações proporcionarão um ambiente dinâmico e aberto à
experimentação, essencial para o desenvolvimento de soluções inovadoras e
competitivas.

› Estas redes colaborativas terão acesso a financiamento para a criação de


protótipos, realização de provas de conceito e desenvolvimento de
produtos e serviços que enderecem diretamente os problemas identificados.
O objetivo é que estas soluções possam crescer e ser aplicadas em maior
escala, ou mesmo exportadas, promovendo a criação de novas empresas e
modelos de negócio que fortaleçam o ecossistema de inovação em Portugal.

Estratégia Digital Nacional 43


#7 INTERAÇÃO SIMPLES E DIGITAL COM AS EMPRESAS
Enquadramento

› Persistem desafios significativos na interação entre o Estado e as


empresas, onde a burocracia e entraves continuam a dificultar os
processos, especialmente no acesso a fontes de financiamento nacionais e
comunitárias, bem como na área da contratação pública.

› O Digital deve atuar como um motor de transformação, capaz de simplificar


processos, reduzir a burocracia e facilitar o acesso e a compreensão de
informações essenciais para as empresas, assegurando maior agilidade e
flexibilidade nas interações com o Estado.

Estratégia Digital Nacional 44


#7 INTERAÇÃO SIMPLES E DIGITAL COM AS EMPRESAS
Detalhe

› A iniciativa visa transformar a interação entre o Estado e as empresas. Ao


invés de apenas digitalizar processos existentes, o objetivo é redesenhar e
simplificar profundamente os processos de interação com as empresas.

› Esta iniciativa promove uma relação mais direta, moderna e eficiente entre
o Estado e as empresas. O objetivo é criar um ambiente de apoio que não só
atenda às exigências atuais, mas que também contribua para a
competitividade e crescimento sustentável do tecido empresarial em
Portugal.

› Serão identificados casos de uso específicos onde as tecnologias digitais


podem mitigar barreiras e desafios enfrentados pelas empresas, criando
soluções mais intuitivas e acessíveis.

› É essencial reforçar os processos de auscultação e participação cívica das


empresas, assegurando que as suas necessidades são identificadas e
incorporadas no desenho de políticas públicas.

Estratégia Digital Nacional 45


ESTRATÉGIA
DIGITAL
NACIONAL

DIMENSÃO 3

2.3. O ESTADO
Objetivos Estratégicos
Metas

ESTRATÉGIA
ESTRATÉGIA
DIGITAL
DIGITA
NACIONAL

Estratégia Digital Nacional


Objetivos Estratégicos

O Estado deve liderar pelo exemplo, modernizando e digitalizando processos


administrativos. Um Estado mais digital é um Estado mais eficiente e mais
próximo, capaz de responder de forma ágil às necessidades dos cidadãos e
empresas. A transição digital deve, acima de tudo, promover a inclusão,
acessibilidade, confiança e eficiência dos serviços públicos.

Objetivo #7
Garantir a digitalização dos serviços públicos e a sua prestação
eficiente, integrada e centrada nas pessoas

Atingir este objetivo implica:

• Desenvolver uma abordagem centrada no cidadão, focada na criação de


serviços públicos digitais simples, acessíveis, que respondam e antecipem as
necessidades de cidadãos e empresas.

• Automatizar e desmaterializar processos administrativos, garantindo uma


resposta mais eficiente e rápida na prestação de serviços públicos.

• Promover a interoperabilidade plena de sistemas, garantindo a integração


dos serviços públicos para uma experiência unificada.

• Implementar mecanismos de monitorização e avaliação contínua,


garantindo que os serviços evoluem com base no feedback dos cidadãos e nas
melhores práticas internacionais.

Estratégia Digital Nacional 47


Objetivo #8:
Ter uma Administração Pública capacitada, garantindo uma
transição digital sustentável e inclusiva

Atingir este objetivo implica:

• Capacitar os recursos humanos da Administração Pública com as


competências digitais necessárias à nova era do digital.

• Reforçar a formação dos quadros de liderança da Administração Pública,


garantindo as competências essenciais para liderar e gerir a transformação
digital.

• Assegurar a inclusão digital na definição de políticas públicas, garantindo


que todos os cidadãos, independentemente da sua localização ou condição,
têm acesso aos serviços públicos digitais.

• Implementar um sistema de governança digital robusto, assegurando a


transparência, segurança e proteção de dados, criando confiança entre os
cidadãos e incentivando a inovação no setor público.

Estratégia Digital Nacional 48


ESTRATÉGIA
DIGITAL
NACIONAL

DIMENSÃO 3

2.3. O ESTADO
Objetivos Estratégicos
Metas

ESTRATÉGIA
ESTRATÉGIA
DIGITAL
DIGITA
NACIONAL

Estratégia Digital Nacional


Metas

A dimensão do Estado inclui duas metas a atingir até 2030, alinhadas com as
orientações estratégicas definidas na “Década Digital 2030” e com as melhores
práticas internacionais.

Estas metas espelham as duas vertentes fundamentais da prestação de serviços


públicos: (1) a vertente da oferta, isto é, a diversidade de serviços públicos
disponibilizados online; (2) a vertente da procura, avaliando a interação dos
cidadãos com os serviços públicos digitais.

Estratégia Digital Nacional 50


Meta #7
Todos os serviços públicos suscetíveis de serem prestados de forma
digital são disponibilizados por essa via

• Pretende-se assegurar a disponibilização digital de todos os serviços


públicos que sejam passíveis de serem disponibilizados desta forma. A
ambição da Estratégia Digital Nacional vai para além da meta definida na
Década Digital da União Europeia, que estabelece apenas a digitalização dos
serviços públicos essenciais (vide Resolução de Conselho de Ministros nº
86/2024, de 9 de julho, e Decreto-Lei nº 49/2024, de 8 de agosto).

• A digitalização dos serviços públicos salvaguardará a inclusão e a proteção de


grupos mais vulneráveis e com menores níveis de literacia digital e com
menor acesso a ferramentas digitais.

Meta #8
Existem 6 milhões de Chaves Móveis Digitais (CMD) ativas

• Até outubro de 2024, havia cerca de 3,8 milhões de CMD ativas, resultado do
crescimento consistente das adesões à CMD (Fonte: AMA).
• O reforço da adoção da Chave Móvel Digital permite o uso de um mecanismo
de autenticação segura nos canais digitais do Estado e facilita o acesso à
identidade digital e aos serviços públicos digitais.

Estratégia Digital Nacional 51


ESTRATÉGIA
DIGITAL
NACIONAL

2.3 O ESTADO | DIMENSÃO 3


INICIATIVAS
#8 Jornada Digital para a Administração Pública

#9 Serviços Públicos Mais Digitais e Simples

#10 Agenda Nacional de Inteligência Artificial

ESTRATÉGIA
ESTRATÉGIA
#11 Agência Nacional para o Digital
DIGITAL
DIGITA
NACIONAL

Estratégia Digital Nacional 52


#8 JORNADA DIGITAL PARA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Enquadramento

› A Administração Pública deve liderar pelo exemplo, assumindo um papel


pioneiro na transformação digital.

› Persistem discrepâncias nos níveis de maturidade digital entre diferentes


entidades, bem como necessidades contínuas de capacitação digital dos
seus profissionais.

› É essencial definir uma jornada de transformação comum, com requisitos


partilhados por todos os organismos da Administração Pública.

› Esta abordagem permitirá reduzir as disparidades digitais entre entidades,


assegurar um progresso uniforme e criar uma base sólida para que o setor
público ofereça serviços mais eficientes e de alta qualidade, respondendo
de forma ágil às necessidades dos cidadãos e das empresas.

Estratégia Digital Nacional 53


#8 JORNADA DIGITAL PARA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Detalhe

› A iniciativa estabelece um caminho de transformação digital para as


entidades da Administração Pública, com o objetivo de elevar a eficiência
dos seus processos internos e melhorar qualidade dos serviços prestados.

› Esse percurso inicia-se com uma avaliação de maturidade digital, que


permitirá identificar em que ponto cada entidade se encontra na sua jornada
de transformação, assegurando um acompanhamento contínuo para que as
entidades avancem de forma estruturada e alcançável.

› Um dos pilares fundamentais desta transformação é a capacitação digital


dos trabalhadores da Administração Pública, incluindo gestores e líderes. A
formação adequada é essencial para que a transformação digital seja
transversal e impacte positivamente o Estado como um todo, garantindo que
os serviços públicos se tornem mais ágeis e eficazes.

› Criação de um espaço comum de desenvolvimento e transformação que


fomente partilha de boas práticas, exemplos de sucesso, barreiras,
desafios e casos de uso entre entidades da Administração Pública.

Estratégia Digital Nacional 54


#9 SERVIÇOS PÚBLICOS MAIS DIGITAIS E SIMPLES
Enquadramento

› A ambição de Portugal é posicionar-se enquanto referência na prestação de


serviços públicos digitais, utilizando a tecnologia não apenas para digitalizar
processos, mas para simplificar e transformar a experiência de interação com
o Estado.

› Isso significa adotar uma estratégia proativa, onde os serviços públicos


antecipam necessidades e oferecem soluções que facilitam a vida dos
cidadãos e das empresas, reduzindo burocracias e colocando o utilizador no
centro.

› Para tal, é essencial a disponibilização aos cidadãos e empresas de uma


experiência de atendimento omnicanal simples, integrada e harmonizada,
numa visão transversal, desde o desenho e desenvolvimento até à
prestação dos serviços públicos, que garanta que cada etapa é intuitiva e
adaptada às necessidades reais dos utilizadores.

Estratégia Digital Nacional 55


#9 SERVIÇOS PÚBLICOS MAIS DIGITAIS E SIMPLES
Detalhe

› O propósito é facilitar o acesso aos serviços do Estado, permitindo que


qualquer pessoa ou empresa os utilize de maneira simples e eficiente.

› O gov.pt é a peça central desta transformação, garantindo uma abordagem


agregadora, assente em quatro pontos únicos de entrada (portal, aplicação
móvel, linha telefónica e presencial). A melhoria contínua do gov.pt inclui a
expansão de funcionalidades, de acordo com as preferências e necessidades
dos cidadãos e das empresas.

› Criação de serviços proativos, capazes de antecipar as necessidades dos


cidadãos e empresas. Este modelo reduz a necessidade de o utilizador
procurar informações ou iniciar processos, oferecendo, por exemplo,
notificações relevantes e lembretes automáticos para renovações, ajustados
ao perfil do utilizador.

› Com esta iniciativa, o Estado reforça o seu compromisso com um serviço


público acessível e moderno, facilitando a vida dos cidadãos e empresas.

Estratégia Digital Nacional 56


#10 AGENDA NACIONAL DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Enquadramento

› A Inteligência Artificial (IA) representa uma oportunidade única para


impulsionar o crescimento económico e a competitividade de Portugal. A IA
tem um potencial transformador que se estende a todos os setores de
atividade e a todas as dimensões da sociedade.

› A ambição de Portugal é não apenas acompanhar esta evolução tecnológica,


mas posicionar-se na sua liderança.

› Dado o desenvolvimento acelerado da IA a nível global, Portugal precisa de


uma resposta ágil e integrada para intensificar a adoção da IA e não perder
terreno face a outros países.

› A adoção massificada da IA, conduzida de forma segura e ética, transforma


a economia, gera inovação e cria um ambiente favorável ao crescimento
sustentável e inclusivo.

Estratégia Digital Nacional 57


#10 AGENDA NACIONAL DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Detalhe

› A Visão para 2030 é clara: garantir que em 2030 Portugal apresenta um


ecossistema robusto de Inteligência Artificial, baseado na ética e na
excelência científica, que promova o bem-estar social e potencie a
produtividade e competitividade da economia portuguesa.

› A Agenda Nacional de Inteligência Artificial será apresentada no início de


2025 e marca um passo decisivo na criação de um ecossistema robusto e
inovador de Inteligência Artificial em Portugal. Estruturada em torno de
três eixos de atuação - Inovação, Talento e Infraestrutura - e guiada pelas
quatro dimensões da Estratégia Digital Nacional (Pessoas, Empresas, Estado
e Infraestruturas), esta Agenda define um caminho ambicioso para o
desenvolvimento e aplicação responsável da IA no País.

› A Agenda contemplará um conjunto de novas ações, que serão articuladas


com iniciativas e projetos já em curso na Administração Pública. Esta
abordagem agregadora e holística assegura que futuras iniciativas de IA
seguirão as mesmas orientações, promovendo sinergias de recursos que
fortalecerão o impacto dos projetos.

› A Agenda não se traduz apenas num plano de ações, mas num compromisso
coletivo para que Portugal se afirme como um líder responsável e
inovador no desenvolvimento da Inteligência Artificial, colocando as
pessoas e o progresso social no centro desta revolução tecnológica.

Estratégia Digital Nacional 58


#11 AGÊNCIA NACIONAL PARA O DIGITAL
Enquadramento

› À medida que o digital se torna um eixo central da economia e da


sociedade, é necessário garantir uma visão estratégica coordenada e
adaptável, capaz de acompanhar as rápidas evoluções tecnológicas e
responder aos desafios emergentes de forma eficaz.

› A Agência Nacional para o Digital assegura uma capacidade reforçada de


Portugal na transição digital. Num contexto onde áreas como a Inteligência
Artificial e a regulação digital se tornam cada vez mais críticas, a Agência
garante uma resposta ágil e informada, em linha com as boas práticas e as
prioridades europeias e globais.

› A Agência facilitará uma maior harmonização e eficácia na implementação


das políticas públicas relacionadas com o Digital.

› Esta Agência terá a responsabilidade de servir todos os que interagem e


beneficiam com o digital – Pessoas, Empresas e Estado. É através dela que
haverá uma visão integrada e transversal das necessidades e prioridades de
todos, sem exceção.

Estratégia Digital Nacional 59


ESTRATÉGIA
DIGITAL
NACIONAL

DIMENSÃO 4

2.4. AS INFRAESTRUTURAS
Objetivos Estratégicos
Metas

ESTRATÉGIA
ESTRATÉGIA
DIGITAL
DIGITA
NACIONAL

Estratégia Digital Nacional


Objetivos Estratégicos

A criação de uma infraestrutura digital moderna, segura e resiliente é o alicerce


fundamental para a transformação digital em Portugal. O país apresenta um
elevado potencial no desenvolvimento de infraestruturas digitais.

Em termos de conectividade, Portugal destaca-se como um dos Estados-membros


da União Europeia com uma das maiores coberturas de internet fixa e móvel de
alta velocidade, oferecendo uma base sólida para a expansão e modernização
digital.

Além disso, a posição geográfica e geopolítica estratégica de Portugal confere ao


País um papel crucial no contexto internacional, promovendo a integração digital
com outros países e fortalecendo as ligações transnacionais.

Estratégia Digital Nacional 61


Objetivo #9
Ter uma infraestrutura digital amplamente conectada, segura e
resiliente, alinhada com as principais tendências digitais

Atingir este objetivo implica:

• Fortalecer a soberania digital do País.

• Expandir a cobertura de internet fixa e móvel de alta velocidade, garantindo


conectividade em todo o território.

• Desenvolver a infraestrutura digital nacional de alojamento dos dados da


Administração Pública.

• Implementar medidas de cibersegurança robustas para proteção das


infraestruturas críticas e dos dados contra ameaças e ataques cibernéticos.

• Implementar políticas robustas de proteção e segurança de dados para


construir a confiança dos cidadãos no uso das novas tecnologias.

• Adotar políticas de monitorização contínua para avaliar o desempenho da


infraestrutura e permitir melhorias e ajustes rápidos.

• Fomentar parcerias com o setor privado para a criação de infraestruturas


partilhadas e inovadoras que suportem o crescimento das tecnologias
emergentes.

Estratégia Digital Nacional 62


Objetivo #10
Ser uma referência na antecipação e implementação de inovações
tecnológicas que elevem a qualidade de vida de toda a população

Atingir este objetivo implica:

• Fomentar uma cultura de inovação no setor público e privado, incentivando a


adoção de tecnologias emergentes, como a Inteligência Artificial.

• Adotar uma abordagem clara de criação de valor que privilegie a adoção de


tecnologias digitais com foco no impacto criado.

• Criar parcerias entre o setor público, privado e a academia para promover a


investigação e o desenvolvimento tecnológico direcionado para a melhoria
da qualidade de vida.

• Monitorizar e avaliar o impacto das inovações tecnológicas na qualidade de


vida, ajustando as linhas de atuação estratégicas, conforme necessário, para
maximizar os benefícios para a população.

Estratégia Digital Nacional 63


ESTRATÉGIA
DIGITAL
NACIONAL

DIMENSÃO 4

2.4. AS INFRAESTRUTURAS
Objetivos Estratégicos
Metas

ESTRATÉGIA
ESTRATÉGIA
DIGITAL
DIGITA
NACIONAL

Estratégia Digital Nacional


Metas

A dimensão Infraestruturas define duas metas a atingir até 2030, alinhadas com as
metas definidas no âmbito da ‘Década Digital 2030’ e com o DESI (Digital Economy
and Society Index – índice composto que agrega alguns dos principais indicadores
relativos ao desempenho digital da Europa).

Estas metas - cobertura 5G e adoção de serviços de computação em nuvem –


asseguram uma infraestrutura digital amplamente conectada, segura e resiliente e a
antecipação e implementação de inovações tecnológicas que elevem a qualidade de
vida da população.

Estratégia Digital Nacional 65


Meta #9
100% das áreas povoadas abrangidas por redes de alta velocidade
5G
• Em 2023, 98,1% dos agregados domésticos em Portugal tinham cobertura
de, pelo menos, uma rede móvel 5G (Fonte: Eurostat).
• Portugal está, assim, bem posicionado, aproximando-se da meta de 100% das
áreas povoadas cobertas por redes de alta velocidade 5G.

Meta #10:
No mínimo, 75% das empresas adotam serviços de computação em
nuvem (serviços cloud)

• Em 2023, 32,3% das empresas (com mais de 10 empregados) adotavam


serviços de computação em nuvem (serviços cloud), um aumento de 4,2
pontos percentuais em relação a 2021, primeiro ano com dados disponíveis
(Fonte: Eurostat).

• Considerando que a meta da União Europeia e de Portugal é ter 75% das


empresas a adotarem serviços cloud, é urgente acelerar a adoção destes
serviços nas empresas, nomeadamente nas PME.

Estratégia Digital Nacional 66


ESTRATÉGIA
DIGITAL
NACIONAL

2.4 AS INFRAESTRUTURAS | DIMENSÃO 4


INICIATIVAS
#12 Cibersegurança e Infraestruturas Digitais

#13 Dados ao serviço de todos

#14 Coesão Territorial através do Digital

#15 Digital BlueprintESTRATÉGIA


ESTRATÉGIA
DIGITAL
DIGITA
NACIONAL
#16 Nação Digital e Inteligente

Estratégia Digital Nacional 67


#12 CIBERSEGURANÇA E INFRAESTRUTURAS DIGITAIS
Enquadramento

› As infraestruturas digitais são o alicerce de uma sociedade moderna e


competitiva, desempenhando um papel central na promoção da inovação, na
garantia da segurança, no fomento do crescimento sustentável e do bem-
estar das pessoas.

› Constatando-se um aumento no número de incidentes cibernéticos nos


últimos anos (CERT, 2023), é crucial que a cibersegurança seja uma
prioridade nacional.

› Esta iniciativa reforça as defesas digitais do país, num contexto em que


tecnologias emergentes como a Inteligência Artificial e os serviços cloud
(CERT, 2024) trazem novos desafios de segurança.

Estratégia Digital Nacional 68


#12 CIBERSEGURANÇA E INFRAESTRUTURAS DIGITAIS
Detalhe

› Esta iniciativa fortalece a cibersegurança da Administração Pública e a


soberania digital de Portugal. É essencial assegurar que o País está
preparado para proteger e gerir a sua informação de forma soberana e
resiliente.

› Um dos pilares desta iniciativa é o desenvolvimento de uma cloud


soberana, que deve alojar os dados das entidades da AP, garantindo uma
melhor gestão, ganhos de eficiência e salvaguardando o cumprimento de
requisitos elevados de segurança e proteção. Esta infraestrutura de cloud
poderá também oferecer soluções de armazenamento digital para PME
com dificuldades no acesso a serviços de computação em nuvem.

› Será reforçada a capacidade de antecipação e resposta a incidentes de


cibersegurança. Assim, a iniciativa apoiará o desenvolvimento de
plataformas existentes para a identificação, monitorização e resposta a
incidentes cibernéticos. Portugal reforça a sua capacidade de resposta a
ameaças digitais em tempo real, assegurando uma intervenção ágil em
situações de crise.

› Será criada uma bolsa de horas para as entidades da Administração


Pública, que permita a contratação de especialistas em cibersegurança para
apoiar as entidades públicas em caso de ocorrência de incidentes cibernéticos
críticos.

› Implementação em articulação com o Grupo de Trabalho de Cloud, criado


no âmbito do Conselho para o Digital na Administração Pública (CDAP).

Estratégia Digital Nacional 69


#13 DADOS AO SERVIÇO DE TODOS
Enquadramento

› A Estratégia Europeia para os Dados indica que 80% dos dados continuam
inutilizados, um potencial valioso que pode transformar a capacidade de
resposta e de inovação do setor público, bem como criar excelentes
oportunidades para o setor privado.

› A implementação de um modelo comum e uma gestão eficiente dos dados


na Administração Pública é crucial para a aplicação do princípio "only-once",
que evitará que cidadãos e empresas tenham de disponibilizar repetidamente
as mesmas informações em diferentes organismos.

› A adoção pela Administração Pública de uma cultura de gestão de dados


robusta assegura o uso estratégico da informação e uma resposta mais
eficaz às necessidades da sociedade e da economia.

Estratégia Digital Nacional 70


#13 DADOS AO SERVIÇO DE TODOS
Detalhe

› Criação de um modelo comum de dados que se aplica à Administração


Pública. Este modelo visa estabelecer regras e normas claras para o
alojamento, curadoria, tratamento, partilha e análise de dados, garantindo
que a utilização de dados seja feita de forma segura e responsável.

› Definição de uma abordagem estruturada para a criação de valor a partir


dos dados na Administração Pública, com a identificação de casos de uso
para a valorização dos dados e a sua reutilização.

› Reavaliação do quadro de interoperabilidade nacional, permitindo um


acesso simplificado e uma utilização eficiente dos dados entre diferentes
sistemas e entidades.

› Criação de espaços comuns de partilha segura de dados em áreas


estratégicas como os Transportes, Mar, Agricultura, Saúde e Transição
Climática, em articulação com o trabalho desenvolvido a nível europeu nesta
matéria (nomeadamente no caso da Saúde). Estes espaços facilitarão a
colaboração entre a Administração Pública, o setor privado e a academia,
estimulando a inovação e o desenvolvimento de novos produtos, serviços
e modelos de negócio.

› Reformulação do dados.gov.pt, reforçando não só a sua missão enquanto


repositório central de dados abertos, mas assegurando sobretudo uma
reutilização efetiva e a criação de valor com os dados disponibilizados.

› Implementação em articulação com o Grupo de Trabalho para a


Governação de Dados, criado no âmbito do CDAP.

Estratégia Digital Nacional 71


#14 COESÃO TERRITORIAL ATRAVÉS DO DIGITAL
Enquadramento

› Portugal enfrenta o desafio de assegurar, através do digital, uma maior


coesão territorial e que permita a todos os cidadãos e empresas um acesso
inclusivo e justo às tecnologias digitais, independentemente da sua
localização.

› As Regiões Autónomas e os territórios de baixa densidade têm menor


acessibilidade a uma infraestrutura digital moderna e conectada. À medida
que o país se torna cada vez mais dependente do digital, as diferenças no
acesso à conectividade e à infraestrutura tecnológica poder-se-iam tornar
mais evidentes.

› Este cenário exige uma resposta estratégica que assegure não apenas a
infraestrutura necessária, mas também o acesso inclusivo à internet e às
tecnologias digitais.

› A conectividade em todo o País é mais do que um requisito técnico; é um pilar


essencial para a coesão social e económica, permitindo que todos os
cidadãos e empresas possam participar plenamente na economia digital,
independentemente da sua localização.

Estratégia Digital Nacional 72


#14 COESÃO TERRITORIAL ATRAVÉS DO DIGITAL
Detalhe

› Promover uma integração mais sólida da infraestrutura de conectividade e


computação em todo o território nacional e na ligação com outros países.

› Assegurar que todos os cidadãos e empresas, independentemente da sua


localização ou condição socioeconómica, tenham acesso inclusivo às
tecnologias digitais, reduzindo as desigualdades e promovendo uma
verdadeira coesão territorial no acesso ao digital.

› Um dos pilares da iniciativa é o desenvolvimento do novo Anel CAM


(Continente-Açores-Madeira), uma rede de cabos submarinos que ligará o
território continental português às Regiões Autónomas dos Açores e da
Madeira, e a utilização de parte da capacidade do Anel, para conectar a
infraestrutura de computação avançada do continente com as ilhas,
criando uma rede unificada de alta capacidade. Isso permitirá que empresas,
centros de investigação, organismos públicos e outras entidades das regiões
autónomas acedam diretamente à rede nacional de computação avançada,
eliminando as barreiras de conectividade que ainda existem.

› Além disso, a iniciativa definirá ações para facilitar o acesso às tecnologias


digitais, seja através do apoio ao acesso inclusivo à internet por todos ou
pela mitigação das zonas brancas, privilegiando a coesão territorial no
Digital.

Estratégia Digital Nacional 73


#15 DIGITAL BLUEPRINT
Enquadramento

› Portugal ainda não dispõe de uma plataforma nacional dedicada à


monitorização do seu ecossistema digital. A ausência de uma plataforma
limita a capacidade de acompanhar o progresso e impacto das várias
iniciativas digitais.

› A transição digital é um pilar transversal a todos os setores da sociedade


portuguesa que exige uma abordagem coordenada que permita a agilização
dos esforços, a partilha de boas práticas e a criação de sinergias.

› Com uma ferramenta de monitorização integrada, o País poderá obter uma


visão mais completa e atualizada do desenvolvimento digital em todos os
setores, promovendo um acompanhamento contínuo e possibilitando ajustes
estratégicos sempre que necessário.

Estratégia Digital Nacional 74


#15 DIGITAL BLUEPRINT
Detalhe

› Criação de uma plataforma nacional dedicada à monitorização da transição


digital e do ecossistema digital do País. Esta plataforma representa um
passo significativo, concebido para ser uma fonte abrangente e acessível de
informação sobre o ecossistema digital português. Reunindo dados,
indicadores e boas práticas, a plataforma permitirá um acompanhamento
contínuo e transparente do progresso digital de Portugal, possibilitando uma
visão clara do estado atual e das oportunidades futuras.

› Com o objetivo de promover uma cultura de governação digital baseada na


transparência, participação e acesso à informação, esta plataforma atuará
como um repositório de conhecimento, disponibilizando dados relevantes
para cidadãos, empresas, investigadores e decisores políticos.

› Ao facilitar o acesso a esta informação, a plataforma ajudará a construir um


ambiente digital mais inovador, competitivo e sustentável, onde todos os
interessados poderão seguir de perto as iniciativas em curso, incluindo as
da Estratégia Digital Nacional.

› Assumindo um papel de análise e consolidação do ecossistema digital, a


plataforma dará especial atenção a tecnologias emergentes, como a
Inteligência Artificial e a Blockchain. Esta abordagem integrada permite uma
visão holística do progresso digital em Portugal, assegurando um papel
ativo na construção de um futuro digital mais sustentável e próspero.

Estratégia Digital Nacional 75


#16 NAÇÃO DIGITAL E INTELIGENTE
Enquadramento

› Num mundo em rápida evolução, onde a competitividade global e o bem-estar


das populações dependem cada vez mais de infraestruturas digitais robustas,
é necessário posicionar Portugal como uma referência internacional em
conectividade e inteligência territorial, promovendo uma nação
verdadeiramente digital e inteligente.

› Portugal tem feito um percurso ao nível da implementação de ecossistemas


de Smart Cities, através de sensorização e recolha e análise de dados que
suportam a tomada de decisão e a gestão de cidades.

› Estas ações têm sido desenvolvidas principalmente ao nível das maiores


cidades, não sendo tão desenvolvidas ou comuns em zonas menos
populosas, o que não permite que haja uma visão nacional do território,
nem um acesso equitativo a soluções inteligentes.

› Queremos que Portugal tenha Cidades Inteligentes, mas queremos também


que todos os Territórios tenham a oportunidade e as ferramentas para se
tornarem também eles inteligentes.

Estratégia Digital Nacional 76


#16 NAÇÃO DIGITAL E INTELIGENTE
Detalhe

› A iniciativa Nação Digital e Inteligente surge como uma resposta estratégica à


necessidade de expandir o acesso a soluções inteligentes de gestão do
território, bem como melhorar a interligação entre os diferentes
territórios, criando um ecossistema de boas práticas e de partilha de dados.

› Assente em princípios de inclusão, sustentabilidade e coesão territorial, a


iniciativa pretende integrar as dimensões urbanas e rurais num
ecossistema digital que aproveite as potencialidades das tecnologias
emergentes, como a inteligência artificial, a Internet das Coisas (IoT) e as
redes 5G.

› Além disso, a Nação Digital e Inteligente reconhece as especificidades e


desafios de cada território, como o envelhecimento demográfico, a
descentralização de serviços e as alterações climáticas, promovendo
intervenções direcionadas e colaborativas entre entidades públicas,
privadas e a sociedade civil.

Estratégia Digital Nacional 77


3. Modelo de Governação

Estratégia Digital Nacional


Modelo de Governação

A governação da Estratégia Digital Nacional é baseada no novo Modelo de Governo


para o Digital, aprovado em Conselho de Ministros no dia 16 de julho de 2024 e que
adota uma lógica integrada de governação e promove a articulação a diferentes
níveis.

Este modelo de governação é estruturado para assegurar a implementação


eficiente e eficaz das iniciativas e ações que visam a transformação digital do País,
através de uma abordagem que privilegia a comunicação e a colaboração,
integrando diferentes organismos com responsabilidades distintas.

Assim, é assegurada uma monitorização contínua e uma articulação eficaz entre


entidades, permitindo um acompanhamento próximo de todos os aspetos
relacionados com a Estratégia Digital Nacional.

A monitorização e acompanhamento da execução da Estratégia serão apoiados pelo


Digital Blueprint, enquanto plataforma de monitorização do ecossistema digital e
que reunirá informação fundamental sobre o progresso no cumprimento das metas
definidas e na implementação das iniciativas e ações delineadas.

Estratégia Digital Nacional 79


Assim, são definidos quatro níveis de atuação:

› Conselho de Ministros para a Transição Digital e Modernização (CM-TDM):


responsável pela aprovação da Estratégia Digital Nacional, bem como das
iniciativas e ações que serão implementadas para alcançar os objetivos
delineados. Além disso, o CM-TDM realiza um acompanhamento e
monitorização periódicos da execução da Estratégia, assegurando que os
objetivos definidos estão a ser alcançados e que são realizados ajustamentos
necessários ao longo do tempo.

› Conselho Interministerial para a Digitalização (CID): O CID desempenha um


papel fundamental na articulação política entre as diferentes áreas
governativas envolvidas na execução da Estratégia Digital Nacional. O CID
realiza também um acompanhamento periódico da execução da Estratégia
Digital Nacional, atuando como um ponto de referência para a resolução de
obstáculos ou dificuldades que possam surgir ao longo do processo de
implementação da estratégia.

Estratégia Digital Nacional 80


› Conselho para o Digital na Administração Pública (CDAP): O CDAP tem como
responsabilidade principal a monitorização contínua da execução da
Estratégia Digital Nacional, com foco específico nas medidas aplicadas no
âmbito da Administração Pública. Este fórum é também responsável pela
articulação técnica entre entidades da Administração Pública, assegurando
que as iniciativas são implementadas de forma eficaz, eficiente e coordenada.
Através do CDAP, as várias entidades da Administração Pública colaboram
para cumprir os objetivos definidos no âmbito da Estratégia, mantendo uma
abordagem coesa e alinhada com as diretrizes nacionais.

› Grupo Técnico de Trabalho para instalação e início de execução da


Estratégia Digital Nacional: Criado no âmbito do CDAP, este grupo tem a
missão de instalar e iniciar a operacionalização das iniciativas da Estratégia
Digital Nacional, promovendo uma implementação rápida e eficiente da
mesma. O grupo de trabalho tem a duração de 6 meses e funcionará com a
seguinte composição: um representante da Agência para a Modernização
Administrativa, I.P. (AMA, I.P.), que preside; um representante do Gabinete
Nacional de Segurança (GNS); um representante da Agência para a
Competitividade e Inovação, I. P. (IAPMEI); um representante da Fundação
para a Ciência e Tecnologia (FCT, I.P.); um representante da Agência Nacional
de Inovação, I.P. (ANI).

Este modelo de governação é, portanto, uma estrutura integral que combina


coordenação política, suporte interministerial, monitorização técnica e execução
para assegurar o sucesso da Estratégia Digital Nacional.

Estratégia Digital Nacional 81


4. O futuro do Digital
em Portugal

Estratégia Digital Nacional


O Futuro do Digital em Portugal

A Estratégia Digital Nacional representa um marco histórico e transformador


para Portugal. Com uma visão ambiciosa de posicionar o País como uma referência
na digitalização e modernização, esta estratégia surge como um motor de
desenvolvimento, inovação e inclusão. Portugal tem agora uma oportunidade única
para impulsionar a economia, fortalecer a coesão social e territorial e garantir uma
Administração Pública mais eficiente e próxima dos cidadãos, construindo uma
nação onde o digital simplifica a vida de todos.

A Estratégia Digital Nacional apresenta uma estrutura clara, com objetivos


estratégicos, metas concretas e um modelo de governação robusto, assente em
quatro dimensões fundamentais: Pessoas, Empresas, Estado e Infraestruturas.
Estas dimensões orientam 16 iniciativas de grande impacto, abrangendo desde a
capacitação digital dos cidadãos e o incentivo à igualdade de género nas áreas STEM
até à criação de uma infraestrutura digital segura e resiliente.

Portugal assume assim o compromisso de elevar as competências digitais da


população, integrar tecnologias digitais nas PME, modernizar o setor público e
construir uma infraestrutura que suporte a transição digital. Iniciativas como o
‘Currículo das Competências Digitais’ e o ‘Polo Colaborativo para o Digital em
Portugal’ são exemplos concretos que contribuirão para uma sociedade mais
capacitada e para um ambiente empresarial mais competitivo e inovador.

Estratégia Digital Nacional 83


Ao longo desta jornada, a Estratégia contribuirá para os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável, promovendo um País mais inclusivo, justo e
sustentável. A Estratégia dá especial ênfase à inclusão digital e ao combate às
desigualdades, apostando numa transformação que beneficia todos os cidadãos,
independentemente da sua origem, localização geográfica ou condição
socioeconómica.

Estratégia Digital Nacional 84


ANEXO
Plano de Ação 25-26

Estratégia Digital Nacional


Plano de Ação 2025-2026 da Estratégia Digital Nacional
O Plano de Ação para 2025-2026 contempla 49 ações, distribuídas por 16 iniciativas, com 10 entidades responsáveis pela execução das ações elencadas (contando
ainda com o envolvimento de outras entidades). O investimento direto associado às 49 ações é de aproximadamente 350 milhões de euros (excluindo o
investimento destinado às iniciativas #10 - Agenda Nacional de Inteligência Artificial e #11 - Agência Nacional para o Digital).

Entidade Entidades Início de Prazo de


Iniciativa Ação Descrição de atividades a realizar
Responsável envolvidas Implementação Implementação
› No âmbito da revisão das aprendizagens essenciais, todas as disciplinas
1.1. Revisão dos escolares serão alvo de análise e eventual atualização do seu programa.
conteúdos › Os conteúdos curriculares da disciplina de Educação Tecnológicas serão
curriculares analisados e revistos tendo em conta as mais recentes evoluções Outras entidades 1º Semestre de
relacionados com o tecnológicas, de forma a promover a formação em competências digitais, DGE 2025
relevantes 2025
Digital da disciplina apoiando o desenvolvimento do pensamento computacional, a utilização
de Educação segura das tecnologias digitais e a capacitação relacionada com a
Tecnológica utilização de tecnologias emergentes, nomeadamente de Inteligência
Artificial.
› Desenvolvimento de um índice para a avaliação das competências
#1 digitais dos alunos do 1º ciclo ao ensino secundário, alavancando
Competências matrizes de avaliação já existentes (e.g., DigComp framework).
no Digital
› Realização de um piloto em 10 escolas públicas representativas durante
1.2. Criação do o ano letivo 2025/26, com a aplicação do índice ao último ano escolar de
Índice Nacional de cada ciclo. Este piloto permitirá identificar cinco áreas críticas de DGE; CFAE;
intervenção, de forma a mitigar lacunas nas competências digitais dos AMA 1º Semestre de
Competências Instituições de 2026
alunos. (INCoDe.2030) 2025
Digitais na Ensino Superior
Educação › Alargamento do projeto para um universo total de 200 escolas no ano
letivo 2026/27.
› Articulação e colaboração com as ações desenvolvidas no Programa de
Digitalização para as Escolas, nomeadamente no âmbito da Capacitação
Digital dos Docentes, Pais/Encarregados de Educação e Alunos.

86
Plano de Ação 2025-2026 da Estratégia Digital Nacional
Entidade Entidades Início de Prazo de
Iniciativa Ação Descrição de atividades a realizar
Responsável envolvidas Implementação Implementação

› Desenvolvimento de conteúdos pedagógicos de capacitação para a


utilização segura de serviços públicos digitais (i.e. Chave Móvel Digital,
1.3. Capacitação id.gov, outros serviços). INCoDe.2030;
para a utilização entidades da
segura dos serviços
› Utilização da rede de Espaços Cidadão para a distribuição de conteúdos
Administração Pública 1º Semestre de
pedagógicos e para a capacitação e inclusão digital da população, com AMA 2026
públicos digitais, Regional e Local e 2025
especial foco na população idosa.
através da rede de outras entidades
#1 Espaços Cidadão › Realização de um piloto em 20 Espaços Cidadão até final de 2025, e relevantes
Competências expansão das ações de capacitação para todos os Espaços Cidadão
no Digital até ao final de 2026.

› Identificação de áreas de intervenção relativamente à sensibilização dos Entidades


1.4. Lançamento jovens para a utilização segura das tecnologias, incluindo a internet, os responsáveis pela
da campanha serviços digitais e as redes sociais. AMA formação em 1º Semestre de
2025
Nacional ‘Digital › Desenvolvimento de campanhas de sensibilização para endereçar as (INCoDe.2030) Portugal, outras 2025
+Seguro’ áreas de intervenção identificadas, considerando os canais multimédia entidades
de comunicação preferenciais para o público jovem. relevantes

87
Plano de Ação 2025-2026 da Estratégia Digital Nacional
Entidade Entidades Início de Prazo de
Iniciativa Ação Descrição de atividades a realizar
Responsável envolvidas Implementação Implementação

› Oferecer uma experiência às crianças e jovens, durante os programas de


Férias Escolares do IPDJ, através da realização de atividades de
sensibilização, motivação e promoção de competências em
programação, robótica, comunicação digital e Inteligência Artificial.
1.5. Dinamização
#1 de atividades › As metodologias pedagógicas serão no âmbito da educação não formal,
privilegiando a aprendizagem prática. 1º Semestre de
Competências extracurriculares IPDJ e AMA AMA 2025
2025
no Digital relacionadas com o › As entidades organizadoras estabelecerão parcerias com startups,
Digital Instituições de Ensino Superior, municípios, associações, entre outros,
de modo a garantir a partilha de conhecimentos, experiências e recursos
tecnológicos.
› Realização de Projeto-Piloto em 10 municípios.

88
Plano de Ação 2025-2026 da Estratégia Digital Nacional
Entidade Entidades Início de Prazo de
Iniciativa Ação Descrição de atividades a realizar
Responsável envolvidas Implementação Implementação
› Criação da Rede de Embaixadoras, constituída por mulheres com
percursos académicos e/ou profissionais de reconhecido mérito na área
das STEM e dinamização de um evento público de apresentação da Rede
2.1. Criação da de Embaixadoras do Programa Nacional "Raparigas nas STEM“. AMA DGE; DGES;
Rede de 1º Semestre de
Embaixadoras do › Realização de encontros com jovens raparigas que frequentam o ensino (INCoDe.2030) Instituições de
2025
2025
secundário e o ensino superior, de forma a partilhar experiências e CIG Ensino Superior
Programa
académicas e orientações profissionais das mentoras e inspirar as
jovens raparigas a seguirem os cursos e carreiras profissionais que
desejam nas áreas STEM.

› Criação de um emblema atribuído pelo Governo de Portugal a projetos


dinamizados pelo setor público, setor privado, terceiro setor, academia e
#2 sociedade civil, que promovam o interesse, a atração e a retenção das
2.2. Criação do
Programa raparigas e mulheres nas áreas STEM. AMA
Emblema Outras entidades 1º Semestre de
Nacional das (INCoDe.2030) 2025
Raparigas nas
‘Raparigas nas › Criação de uma comissão composta por um representante da CIG e um e CIG
relevantes 2025
STEM’ representante da AMA (INCoDe.2030) para a atribuição do emblema aos
STEM
projetos elegíveis, garantindo uma maior visibilidade dos mesmos e o
reconhecimento público do trabalho realizado.

› Apresentação pública (no 1º Trimestre de 2025) e início de execução do


2.3. Programa Nacional das Raparigas das STEM e do seu Plano de Ação para
Operacionalização 2025 e 2026, que contempla um conjunto de ações para além das acima AMA DGE; DGES; CITE;
1º Semestre de
do Programa elencadas (vide 2.1. e 2.2.). (INCoDe.2030) Instituições de Ensino 2026
2025
Nacional das e CIG Superior
Raparigas nas STEM › O Programa e as suas prioridades de ação estarão assentes em 3
dimensões principais: Educação, Ensino Superior e Mercado de Trabalho.

89
Plano de Ação 2025-2026 da Estratégia Digital Nacional
Entidade Entidades Início de Prazo de
Iniciativa Ação Descrição de atividades a realizar
Responsável envolvidas Implementação Implementação

› Definição de um modelo de certificação de micro-credenciais, com o


3.1. envolvimento das entidades públicas responsáveis pela acreditação e ANQEP; FCT; DGE;
Desenvolvimento certificação de qualificações e as Instituições de Ensino Superior, em DGES; A3ES; INA;
AMA 1º Semestre de
do modelo de linha com a abordagem europeia para as micro-credenciais. CRUP e CCISP e 2025
(INCoDe.2030) 2025
certificação de outras entidades
micro-credenciais › Este modelo deve prever também a certificação das competências ao relevantes
nível do sistema educativo.

› Desenvolvimento de um catálogo nacional de micro-credenciais ligadas


ao desenvolvimento de competências digitais, em alinhamento com as
entidades responsáveis pela formação e atribuição de micro-credenciais
a nível nacional.
› Integração no Catalogo Nacional de Qualificações de Percursos de Curta e ANQEP; FCT; DGE;
#3 3.2. Criação de Média Duração (PCMD) na Área de Educação e Formação (AEF) das DGES; A3ES; INA; CRUP
Currículo das Catálogo de micro- Ciências Informáticas, bem como no âmbito da Literacia Digital. AMA e CCISP;CIP; SCNIE; 1º Semestre de
Competências credenciais em 2026
Digitais Competências › Integração no Catálogo Nacional de Qualificações de novas qualificações, (INCoDe.2030) IEFP; CESAE; CISCO; 2025
desenhadas em Unidades de Competência (UC) na área de educação e ANPRI; APDSI; TICE.PT;
Digitais
formação (AEF) das Ciências informáticas. CINEL

› Desenvolvimento de parcerias com centros de formação, Instituições de


Ensino Superior, empresas tecnológicas, ordens profissionais e outros
atores relevantes no setor educativo e profissional, com vista à expansão
gradual da oferta de micro-credenciais.

3.3. › Desenvolvimento e disponibilização de interface com o cidadão para


certificação e gestão das micro-credenciais, assegurando sinergias e ANQEP; FCT; DGE;
Desenvolvimento e
alinhamento com iniciativas de certificação de micro-credenciais a nível DGES; A3ES; INA;
lançamento do AMA 1º Semestre de
europeu. CRUP e CCISP e 2026
currículo das (INCoDe.2030) 2026
outras entidades
Competências › Comunicação e dinamização do Currículo das Competências Digitais, de relevantes
Digitais forma a acelerar a sua utilização por cidadãos e outros agentes.

90
Plano de Ação 2025-2026 da Estratégia Digital Nacional
Entidade Entidades Início de Prazo de
Iniciativa Ação Descrição de atividades a realizar
Responsável envolvidas Implementação Implementação

4.1. Introdução de
novas
funcionalidades no
› Reforço dos mecanismos de participação cívica digital, garantindo
Outras entidades 1º Semestre de
uma interação mais próxima com os cidadãos e facilitando a AMA 2026
Portal de relevantes 2025
participação de forma prática e segura.
Participação Cívica,
participa.gov.pt

› Auscultação de uma amostra representativa da população para


identificar desafios e barreiras à participação cívica dos cidadãos e à
transparência das políticas públicas, incluindo a incorporação de
4.2. Auscultação da
#4 contributos recolhidos em processos de auscultação realizados por
população sobre Entidades da
Participação outras entidades da Administração Pública.
áreas críticas de Administração 2º Semestre de
AMA 2026
Cívica através participação cívica e › Identificação de cinco áreas críticas de ação para reforço da Pública Central; 2025
do Digital transparência de participação cívica e cinco áreas críticas para melhoria da Regional e Local
políticas públicas transparência na definição e execução de políticas públicas.
› Definição de um plano de intervenção com base nas conclusões da
auscultação.

4.3. Projetos de › Desenvolvimento de três projetos, dinamizados pelo LabX da AMA,


reforço da de reforço da participação cívica através da integração de
Outras entidades 1º Semestre de
participação cívica tecnologias digitais emergentes nos processos de interação do AMA 2026
relevantes 2025
através de Estado com o cidadão, com públicos-alvo distintos para cada
tecnologias digitais projeto.

91
Plano de Ação 2025-2026 da Estratégia Digital Nacional
Entidade Entidades Início de Prazo de
Iniciativa Ação Descrição de atividades a realizar
Responsável envolvidas Implementação Implementação
› Apoio ao desenvolvimento de processos e competências
organizacionais das empresas que fomentem a transformação
digital do seu modelo de negócio, através da atribuição de
5.1. Apoio a Modelos vouchers às PME, para a aquisição de pacotes de serviços nas
de Negócio para a seguintes áreas: Relação com o cliente, ERP, processos e 1º Semestre de
IAPMEI AMA 2025
Transição Digital automatização, Segurança nos Negócios, Data e Business 2025
(Coaching 4.0) Inteligence, Suply Chain Management, Tecnologias Avançadas,
Indústria 4.0 e Building Information Modeling.
#5 › Avaliação da maturidade digital das PME apoiadas.
Jornada Digital
para as PME › Este programa tem como objetivo reforçar a competitividade das
PME portuguesas, capacitando as suas lideranças para enfrentar
os desafios económicos emergentes, como a transição digital e a
5.2. Programa transição para modelos de negócio mais sustentáveis.
Nacional de Outras entidades 1º Semestre de
Capacitação › A ação contará com a participação de Instituições de Ensino IAPMEI
relevantes 2025
2026
Executiva Digital Superior, parceiros técnicos e empresariais, oferecendo formação
avançada, formação aplicada com casos de estudo, visitas a
empresas, experiências imersivas e sessões de mentoria
adaptadas às necessidades das empresas.

92
Plano de Ação 2025-2026 da Estratégia Digital Nacional
Entidade Entidades Início de Prazo de
Iniciativa Ação Descrição de atividades a realizar
Responsável envolvidas Implementação Implementação
AMA; CoLABs;
› Desenvolvimento e lançamento de uma plataforma digital que
CTIs; Instituições
6.1. sirva de ponto de encontro entre a Administração Pública,
de Ensino
Desenvolvimento e empresas e entidades do sistema nacional de inovação. A 1º Semestre de
ANI Superior; DIHs; 2026
lançamento do Polo plataforma deve permitir a submissão de desafios e de soluções, 2025
Test Beds;
colaborativo garantindo um “match” entre as entidades envolvidas e suportar
PROCURE+i;
os processos de compras públicas de inovação.
Entidades do CDAP
#6 › Definição das necessidades específicas da AP, em áreas como
Polo transição climática, transportes, agricultura, pescas, mar, saúde,
Colaborativo segurança e defesa, traduzindo-as em desafios claros para o AMA; CoLABs;
para o Digital desenvolvimento de soluções digitais inovadoras. CTIs; Instituições
6.2. Identificação e
em Portugal de Ensino
priorização das › A partir destes desafios, elaboração de Roadmaps para o seu Superior; DIHs;
necessidades desenvolvimento. O Roadmap definirá a abordagem formal de 2º Semestre de
ANI Test Beds; 2026
específicas da concretização, que poderá seguir o mecanismo aquisitivo 2025
PROCURE+i;
Administração designado por Compras Públicas de Inovação (Diálogo Entidades da
Pública Concorrencial, Parceria para a Inovação, Procedimento por Administração
Negociação, entre outros), ou outros processos de contratação Pública
pública ou colaboração, simplificando o processo de aquisição de
tecnologias e serviços inovadores.

93
Plano de Ação 2025-2026 da Estratégia Digital Nacional
Entidade Entidades Início de Prazo de
Iniciativa Ação Descrição de atividades a realizar
Responsável envolvidas Implementação Implementação
› A ação deverá auxiliar entidades da Administração Pública durante
processos de compras públicas de inovação:
› Prestação de assistência técnica às entidades AMA; CoLABs;
interessadas neste tipo de processos, geralmente CTIs; Instituições
complexos e pouco frequentes na Administração Pública de Ensino
nacional. Superior; DIHs;
6.3. Programa
“Compras Públicas › EComparticipação na fase inicial do desenvolvimento das ANI
Test Beds; 2º Semestre de
2026
soluções, durante a qual os fornecedores participam na PROCURE+i; 2025
de Inovação”
ideação, definem os requisitos do produto-piloto e Entidades do
desenvolvem os protótipos. CDAP; FCT;
Entidades
› Os custos restantes relacionados com o desenvolvimento das Reguladoras.
#6 soluções até à sua entrada em produção serão assumidos pelas
Polo entidades da Administração Pública, ficando esta etapa fora do
Colaborativo âmbito da medida.
para o Digital
em Portugal › Desenvolvimento, em colaboração com outras entidades,
nacionais e europeias, de estratégias de financiamento às redes
colaborativas para a criação de protótipos, provas de conceito e
desenvolvimento de produtos e serviços, visando a escalabilidade
e potencial exportação das soluções. AMA; CoLABs;
CTIs; Instituições
6.4. Estratégias de › O desenvolvimento do Hub colaborativo incluirá um programa de de Ensino 2º Semestre de
financiamento às acompanhamento da Administração Pública, instituições de ANI 2026
Superior; DIHs; 2025
redes colaborativas interface, Instituições de Ensino Superior, empresas e startups Test Beds;
que apoie na identificação de fontes de financiamento tanto a nível PROCURE+i
nacional quanto a nível europeu, visando a escalabilidade e
potencial exportação das soluções e promovendo a criação de
novas empresas e modelos de negócio que fortaleçam o
ecossistema de inovação em Portugal.

94
Plano de Ação 2025-2026 da Estratégia Digital Nacional
Entidade Entidades Início de Prazo de
Iniciativa Ação Descrição de atividades a realizar
Responsável envolvidas Implementação Implementação
Entidades da AP
Central que
7.1. Lançamento de
prestam serviços
medidas de › Reforço do Programa 'Simplex' com medidas direcionadas à
públicos às 2º Semestre de
desburocratização na simplificação e digitalização dos processos e serviços do Estado AMA 2026
empresas; 2025
interação do Estado na interação com as empresas.
Associações
com as empresas
empresariais e
outras entidades
› Realização de sessões de auscultação a empresas e associações Entidades da AP
empresariais para definição das áreas críticas de intervenção na Central que prestam
interação do Estado com as empresas. serviços públicos às
7.2. Criação de
mecanismos de › Criação de um mecanismo de partilha de boas práticas e empresas;
2º Semestre de
#7 informação entre empresas, envolvendo as entidades da AMA Confederações 2026
auscultação das 2025
Administração Pública, que considere as lições de aprendizagem patronais;
Interação empresas
passíveis de acelerar a transição digital e o acesso otimizado a Associações
simples e
recursos direcionados à transformação digital das empresas (este empresariais e outras
digital com as entidades relevantes
empresas mecanismo deverá ser integrado no participa.gov.pt).
› Alargamento e integração do Espaço Empresas no gov.pt,
assegurando um ponto único de acesso a informação para as
empresas, centralizando informação das várias entidades
envolvidas no ciclo de vida das empresas. Entidades da
Administração
7.3. Simplificação da › Centralização do acesso e consulta de informação sobre
Pública Central que
comunicação digital candidaturas a fundos comunitários e simplificação da 1º Semestre de
AMA prestam serviços 2026
do Estado com as comunicação online por parte da Administração Pública 2025
públicos às empresas
Empresas direcionada às empresas.
e outras entidades
› Criação de um guia de boas práticas na interação do Estado com relevantes
as empresas, através da compilação integral e de fácil acesso de
documentação e processos necessários para a constituição de
uma empresa.
95
Plano de Ação 2025-2026 da Estratégia Digital Nacional
Entidade Entidades Início de Prazo de
Iniciativa Ação Descrição de atividades a realizar
Responsável envolvidas Implementação Implementação
› Definição da jornada de transformação digital dos organismos da
8.1. Definição da Administração Pública Central, alinhada com os sistemas de
jornada de avaliação de desempenho existentes na AP, nomeadamente o
transformação QUAR e o SIADAP, estabelecendo requisitos para os quatro níveis Entidades
digital dos de transformação digital. representadas no 2º Semestre de
AMA 2026
organismos da AP e CDAP, outras 2025
do modelo de › Desenvolvimento de um modelo de avaliação de maturidade entidades
avaliação da digital, integrado com a jornada e em alinhamento com os
maturidade digital instrumentos de avaliação existentes, como o Quadro de avaliação
de capacidades de Cibersegurança do CNCS.
› Realização de uma avaliação anual da maturidade digital de todos
os organismos da Administração Pública Central, permitindo
8.2. Avaliação de
mapear as entidades relativamente aos diferentes níveis de
#8 maturidade digital de
transformação digital estabelecidos na jornada de transformação
Jornada Digital todos os organismos
digital. Entidades da
para a da Administração 1º Semestre de
AMA Administração 2026
Administração Pública Central e › Considerando os resultados alcançados, definição de um roadmap
Pública Central
2026
desenvolvimento de de evolução para que as entidades alcancem níveis de maturidade
Pública
roadmap de digital superiores.
evolução
› Disponibilização de recursos para apoio à transformação digital dos
organismos da AP.

› Definição de um quadro de referência para o desenvolvimento de


legislação pronta para o digital (digital-ready), começando pela
8.3. Guia de definição dos princípios digitais que a legislação deve cumprir.
recomendações para
desenvolvimento de
› Definição de requisitos para cada um dos princípios identificados,
AMA
PlanApp, JurisApp, 1º Semestre de
2025
de forma a assegurar que a legislação produzida está pronta a ser outras entidades 2025
legislação pronta
implementada, do ponto de vista tecnológico e digital.
para o digital
› Avaliação da integração de ferramentas de IA para avaliação da
aplicação dos requisitos identificados.

96
Plano de Ação 2025-2026 da Estratégia Digital Nacional
Entidade Entidades Início de Prazo de
Iniciativa Ação Descrição de atividades a realizar
Responsável envolvidas Implementação Implementação
› Lançamento da aplicação móvel gov.pt.
› Implementação de notificações push, associadas a serviços Entidades com
9.1. Lançamento da públicos integrados na app gov.pt, de forma a informar de forma serviços públicos 1º Semestre de
AMA 2025
app gov.pt proativa o cidadão. integrados na app do 2025
gov.pt
› Desenho de um roadmap de evolução da aplicação, com vista à
integração gradual de serviços proativos.

9.2. Autenticação.gov
› Implementação de mecanismos de autenticação e assinatura
disponibilizados pelo Estado em autenticação.gov, Entidades que
em todos os portais 1º Semestre de
nomeadamente o cartão de cidadão e a chave móvel digital como AMA prestam serviços 2026
de serviços públicos 2025
únicos métodos de autenticação segura em todos os portais que públicos digitais
digitais
#9 prestam serviços públicos digitais.
Serviços
Públicos mais › Integração gradual de serviços no gov.pt, garantindo uma
digitais e abordagem integrada de atendimento e prestação de serviços
públicos. Entidades que
simples 9.3. Integração de 1º Semestre de
AMA prestam serviços 2025
serviços no gov.pt › Esta integração seguirá um calendário de implementação que públicos
2025
envolve as múltiplas entidades da Administração Pública que
prestam serviços públicos digitais.

› Desenvolvimento e implementação da Matriz de avaliação dos


9.4. Matriz de serviços públicos: instrumento para a avaliação e monitorização de
Inovação para serviços públicos, suportado por dados, para identificar Entidades que
1º Semestre de
Monitorização e oportunidades de melhoria e apoiar o processo de decisão. AMA prestam serviços 2026
2025
Avaliação de Serviços públicos
Públicos › Lançamento de um piloto de avaliação de três serviços até final de
2025.

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Plano de Ação 2025-2026 da Estratégia Digital Nacional
Entidade Entidades Início de Prazo de
Iniciativa Ação Descrição de atividades a realizar
Responsável envolvidas Implementação Implementação
› Fornecimento de infraestrutura para treinar e alojar o modelo,
utilizando as capacidades de computação nacional e a
infraestrutura da FCT.
› Curadoria e disponibilização de dados de alta qualidade,
começando com o Arquivo.pt e expandindo para outras fontes em
PT-PT.
10.1.
Instituições de Ensino
Desenvolvimento e › Desenvolvimento do LLM, utilizando projetos em curso de LLM em
FCT e AMA Superior; Centros de
1º Semestre de
2026
lançamento do 1º Língua Portuguesa. 2025
Investigação
LLM Português
› Apresentação da Versão Base do LLM e desenvolvimento gradual
#10 de uma versão Multimodal, capacitada para processamento de
Agenda texto e imagens.
Nacional de › Criação de interfaces e APIs para uso comunitário e integração
Inteligência com produtos como o portal gov.pt e disseminação do modelo na
Artificial Administração Pública.

› Investimento de referência internacional, baseado na colaboração


entre Portugal e Espanha, com a participação da Roménia e da
Turquia, destinado a criar um ecossistema que promova o
ANI; Instituições de
10.2. Implementação desenvolvimento de soluções de IA confiáveis e de alta
Ensino Superior; 1º Semestre de
de uma Fábrica de performance. Esta Fábrica terá infraestruturas físicas e digitais, FCT 2026
Centros de 2025
Inteligência Artificial incluindo a instalação de equipas e serviços de apoio ao
Investigação
desenvolvimento de aplicações baseadas em IA em Portugal,
aproveitando os recursos de supercomputação e conjuntos de
dados europeus.

98
Plano de Ação 2025-2026 da Estratégia Digital Nacional
Entidade Entidades Início de Prazo de
Iniciativa Ação Descrição de atividades a realizar
Responsável envolvidas Implementação Implementação

10.3. Aquisição de › Expansão da capacidade de computação que o Estado português


capacidade de adquiriu no supercomputador Mare Nostrum 5, através da
Outras entidades 1º Semestre de
computação aquisição de capacidade de computação a ser utilizada para FCT 2026
#10 relevantes 2025
dedicada à desenvolvimento tecnológico relacionado com a Inteligência
Agenda Inteligência Artificial Artificial.
Nacional de
Inteligência
Artificial
10.4.
› Apresentação e início da execução da Agenda Nacional de IA,
concretizada num plano assente em 3 eixos de atuação (inovação,
Operacionalização da Governo de Outras entidades 1º Semestre de
talento e infraestrutura) com ações direcionadas à construção de 2025
Agenda Nacional de Portugal relevantes 2025
um ecossistema robusto de IA, para além das ações elencadas
IA
(ver 10.1., 10.2. e 10.3.).

99
Plano de Ação 2025-2026 da Estratégia Digital Nacional
Entidade Entidades Início de Prazo de
Iniciativa Ação Descrição de atividades a realizar
Responsável envolvidas Implementação Implementação
› Realizar um estudo sobre a criação de uma Agência Nacional para
11.1. Estudo sobre a o Digital, considerando os possíveis modelos, sinergias e
criação de uma impactos da sua criação. ANACOM e outras 1º Semestre de
AMA 2025
Agência Nacional › Elaborar um plano detalhado para a criação da Agência, definindo entidades relevantes 2025
#11 para o Digital etapas, responsabilidades, recursos e cronogramas, integrando as
Agência dimensões operacionais, regulamentares e tecnológicas.
Nacional
para o Digital
11.2. Criação da
› Início da implementação das etapas necessárias para a criação da
Agência. Esta fase inclui a constituição de equipas, definição de Governo de Outras entidades 1º Semestre de
Agência Nacional 2026
processos e o desenvolvimento de sistemas que assegurem o Portugal relevantes 2026
para o Digital
cumprimento das suas funções e atribuições.

100
Plano de Ação 2025-2026 da Estratégia Digital Nacional
Entidade Entidades Início de Prazo de
Iniciativa Ação Descrição de atividades a realizar
Responsável envolvidas Implementação Implementação
› Caracterização dos serviços, aplicações, sistemas informáticos e
identificadores técnicos publicamente acessíveis das entidades
relevantes da Administração Pública, no âmbito do Regime
12.1. Reforço dos Jurídico da Cibersegurança, incluindo a identificação de
mecanismos de interdependências entre os sistemas.
segurança e
monitorização da
› Produção de relatórios C-Level com o estado da cibersegurança de
CNCS
PJ e outras entidades 1º Semestre de
2026
cada uma das entidades da Administração Pública sujeitas ao relevantes 2025
Cibersegurança da
Regime Jurídico da Cibersegurança.
Administração
Pública › Criação de uma plataforma de gestão e configuração de sistemas
de resolução de nomes nos organismos da Administração Pública
#12 configurando um mecanismo de segurança perimétrica baseado
Cibersegurança em DNS (Domain Name Service) Responsible Policy Zones.
e
Infraestruturas
› Análise das principais lacunas na resposta das entidades da AP a
incidentes de cibernéticos
Digitais
› Identificação das necessidades e recursos humanos, técnicos e
12.2. Definição e financeiros para uma resposta eficaz a este tipo de ocorrências.
implementação de
modelo de suporte › Definir um modelo de suporte técnico e financeiro, comum a toda
a Administração Pública, para apoio na resposta a incidentes AMA; CDAP e outras 1º Semestre de
técnico e financeiro CNCS 2026
cibernéticos. entidades relevantes 2025
para resposta a
incidentes de › Implementar o modelo definido na forma de uma Bolsa de Horas
cibersegurança na AP que disponibilize especialistas em cibersegurança para apoiar
entidades públicas em incidentes críticos. Definição de critérios
claros para a ativação da bolsa de horas, assegurando uma
resposta ágil e eficaz.

101
Plano de Ação 2025-2026 da Estratégia Digital Nacional
Entidade Entidades Início de Prazo de
Iniciativa Ação Descrição de atividades a realizar
Responsável envolvidas Implementação Implementação
› No âmbito do Grupo de Trabalho de Cloud do Conselho para o
Digital para a Administração Pública, definir um plano de
#12 12.3. Definição de um desenvolvimento de uma infraestrutura de cloud soberana em IP Telecom; CNCS;
Cibersegurança plano de Portugal, alavancando a infraestrutura dos prestadores de Entidades
serviços de cloud em território nacional. 1º Semestre de
e desenvolvimento de AMA representadas no 2025
2025
Infraestruturas infraestrutura de › Avaliação de um modelo de negócios associado à infraestrutura de Grupo de Trabalho de
Digitais cloud soberana cloud soberana, para a disponibilização de serviços de cloud a Cloud CDAP
PME e outros organismos nacionais, contribuindo para a meta de
75% das empresas adotarem serviços cloud.

102
Plano de Ação 2025-2026 da Estratégia Digital Nacional
Entidade Entidades Início de Prazo de
Iniciativa Ação Descrição de atividades a realizar
Responsável envolvidas Implementação Implementação
› Definição de um Modelo de Dados da Administração Pública a nível
nacional, com a identificação de regras e orientações de
alojamento, segurança, curadoria, partilha e disponibilização de Entidades
dados. representadas no
13.1. Definição de um
Grupo de Trabalho
Modelo de Dados da › Criação de uma estrutura padronizada para a uniformização e
AMA para a Governação de
2º Semestre de
2026
Administração estruturação dos dados em todos os sistemas, facilitando a 2025
Dados do CDAP e
Pública interoperabilidade e integração entre os sistemas das várias
outras entidades
entidades da Administração Pública e privados.
#13 relevantes
Dados ao › Definição de orientações e um plano de ação para a reutilização de
serviço de dados com foco na criação de valor.
todos
Entidades
13.2. Atualização do representadas no
Regulamento › Atualização do Regulamento Nacional de Interoperabilidade Grupo de Trabalho
1º Semestre de
Nacional de Digital, reavaliando o quadro de interoperabilidade nacional, tendo AMA para a Governação de 2025
2025
Interoperabilidade em consideração as melhores práticas internacionais. Dados do CDAP e
Digital outras entidades
relevantes

103
Plano de Ação 2025-2026 da Estratégia Digital Nacional
Entidade Entidades Início de Prazo de
Iniciativa Ação Descrição de atividades a realizar
Responsável envolvidas Implementação Implementação
› Criação de um Catálogo Nacional de Dados, que agregue de forma
harmonizada a lista de conjuntos de dados públicos existentes e,
se for o caso, passíveis de serem disponibilizados. Consolidação
Entidades
de várias fontes de catálogos de dados da Administração Pública.
representadas no
13.3. Criação de um › Seleção dos conjuntos de dados a serem disponibilizados em Grupo de Trabalho
2º Semestre de
Catálogo Nacional de formato de dados abertos ou disponíveis através de interface de AMA para a Governação de 2026
2025
Dados partilha de informação. Dados do CDAP e
outras entidades
› Desenho de um plano de evolução do Catálogo para a integração
relevantes
#13 de mais conjuntos de dados de entidades da AP e potencial
Dados ao alargamento a entidades do setor privado, terceiro setor e
serviço de academia.
todos Entidades
› Identificação das áreas prioritárias para a implementação dos
representadas no
espaços de dados, nomeadamente Educação, Saúde, Serviços
Grupo de Trabalho
13.4. Públicos, Cultura, Turismo, Mar, e Justiça.
para a Governação de
Desenvolvimento de
um plano de criação
› Articulação com projetos existentes de desenvolvimento de
AMA
Dados do CDAP; 1º Semestre de
2026
espaços de dados, como o da Saúde. entidades da 2025
de espaços comuns
Administração
de dados setoriais › Desenvolvimento de um plano de criação de espaços comuns de
Pública das áreas
dados setoriais, em alinhamento com as prioridades dos Espaços
prioritárias
Comuns Europeus de Dados.
identificadas

104
Plano de Ação 2025-2026 da Estratégia Digital Nacional
Entidade Entidades Início de Prazo de
Iniciativa Ação Descrição de atividades a realizar
Responsável envolvidas Implementação Implementação
› Substituição do atual sistema de cabos submarinos Continente-
IP –
14.1. Implementação Açores-Madeira, em operação desde 1999 e em fim de vida útil, Outras entidades 1º Semestre de
Infraestruturas 2027
do Anel CAM através da implementação de um novo Atlantic CAM de ligação relevantes 2025
de Portugal
entre o Continente e as Regiões Autónomas.
› Concretização do novo sistema de cabos interilhas, designado de
IP –
14.2. Implementação “Anel Açores”, para a ligação de sete das nove ilhas refletindo a Outras entidades 1º Semestre de
Infraestruturas 2027
do Anel Açores sua importância estratégica para a melhoria das ligações entre as relevantes 2025
de Portugal
ilhas do Arquipélago dos Açores.
IP - Infraestruturas
14.3. Expansão da
Rede RCTS-Atlântica › Alocação de capacidade de comunicação no novo Anel CAM. de Portugal;
Fundação para a
para Apoio à Ciência, › Integração das Instituições de Ensino Superior e centros de FCT Computação
1º Semestre de
2026
#14 Tecnologia e Ensino investigação na Rede Nacional de Computação Avançada, 2025
Científica Nacional e
Coesão Superior nas Regiões fortalecendo as capacidades de pesquisa e inovação das regiões. outras entidades
Territorial Autónomas
relevantes
através do
Digital › Análise dos resultados do concurso público aberto para a
cobertura das áreas brancas e identificação de áreas sem
cobertura que necessitem de intervenção após a conclusão do
mesmo.
› Reavaliação do modelo definido no concurso para a cobertura de
áreas brancas e identificação das razões para a não cobertura
14.4. Cobertura das CCDRs, outras 1º Semestre de
total, nomeadamente a ausência de concorrentes ou de ANACOM 2026
áreas brancas entidades relevantes 2025
prestadores de serviços com ofertas adequadas para
assegurarem os serviços associados aos lotes em concurso, bem
como outras situações atendíveis.
› De acordo com as áreas de intervenção identificadas e a análise ao
modelo do concurso, definição de ações para assegurar a
cobertura nacional.

105
Plano de Ação 2025-2026 da Estratégia Digital Nacional
Entidade Entidades Início de Prazo de
Iniciativa Ação Descrição de atividades a realizar
Responsável envolvidas Implementação Implementação
› Desenvolvimento e lançamento do Digital Blueprint, espelhando
indicadores, iniciativas e políticas, e proporcionando uma
Entidades da
plataforma de partilha de dados, publicações e trabalho realizado
Administração
no Digital em Portugal.
#15 Pública; Instituições
15.1. Criação do Digital 1º Semestre de
Digital
Blueprint
› Criação de uma comunidade de prática do Digital, com a AMA de Ensino Superior;
2025
2026
Blueprint dinamização de eventos e iniciativas nacionais de partilha de Empresas;
conhecimento e iniciativas. Associações e outras
entidades relevantes
› Mapeamento de projetos do setor público, privado, terceiro setor,
academia e sociedade civil em matéria de transformação digital.
› Implementação de Plataformas de Gestão Urbana ao serviço de
75 municípios.
› Implementação de 5 Gémeos Digitais em áreas estratégicas a
nível nacional.
16.1. Implementação Entidades da
#16 de plataformas para › Desenvolvimento do Portal dos Territórios Inteligentes. Administração
1º Semestre de
Nação Digital e melhorar a gestão › Implementação do Dashboard de Políticas Públicas e do AMA Pública Regional e
2025
2026
Inteligente urbana e a partilha Observatório do Poder Local. Local e outras
de dados do território entidades relevantes
› Implementação do Sistema Nacional de Gestão de Dados para os
Territórios Inteligentes.
› Dinamização de sessões de capacitação, alcançando 650
trabalhadores da AP.

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