Empirismo
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19 de 20 pontos
Leia com atenção e responda as questões.
O ponto de partida do empirismo de Locke é a ideia de que tudo que está na
mente passou antes pelos sentidos. Considerando isso, qual das alternativas
abaixo está INCORRETA:
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Locke também usou a expressão latina “tábula rasa” para se referir à sua
concepção sobre o conhecimento.
Tato, paladar, olfato, audição e visão são os meios pelos quais ideias sobre
o mundo exterior são criadas na mente humana.
A ideia de infinito é uma ideia simples produzida pela visão, sem o trabalho
das faculdades da mente.
Ideias como pensamento e emoção são obtidas a partir da observação de
nossas próprias operações mentais.
Quando olhamos em torno de nós na direção dos objetos externos e
consideramos a ação das causas, não somos jamais capazes, a partir de um
único caso, de descobrir algum poder ou conexão necessária, alguma
qualidade que ligue o efeito à causa e torne um a consequência infalível do
outro como, por exemplo, o impulso de uma bola de bilhar é acompanhado pelo
movimento da segunda. Eis tudo o que se manifesta aos sentidos externos.
HUME, David. Investigação acerca do entendimento humano. In: Os
Pensadores. Tradução: AIEX, A. São Paulo: Nova Cultural, 1999. p. 76.
Considerando-se o excerto acima, segundo Hume, o que permite que o
entendimento humano seja alcançado é a suposição de que as causas e os
efeitos dos acontecimentos sejam conhecidos.
Nesse sentido, é correto afirmar que esse conhecimento é consequência
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da razão.
da causa.
do efeito.
do hábito.
Resposta correta
do hábito.
No período moderno, emergiu uma escola filosófica que pôs em questão as
concepções inatistas e metafísicas de conhecimento. Para os filósofos
partidários dessa escola, o conhecimento é sempre decorrente da experiência,
jamais podendo existir ideias inatas. O nome dessa corrente filosófica, bem
como o nome de um de seus filósofos representativos são, respectivamente:
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empirismo; Locke.
escolástica; Santo Agostinho.
idealismo; Kant.
metafísica; Platão.
inatismo; Descartes.
Na introdução ao Ensaio sobre o entendimento humano, John Locke declara
que nessa obra ele pretende investigar “a origem, a certeza e a extensão do
conhecimento humano, juntamente com as bases e graus da crença, opinião e
assentimento”.
(LOCKE, John. Coleção Os Pensadores. Vol. XVIII. São Paulo: Victor Civita,
1973. p. 145.)
Com base nessa citação e na obra de que foi retirada, é correto afirmar que
essa investigação:
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busca critérios de verdade.
levará o entendimento a estender os seus limites.
requer o exame dos processos físicos pelos quais o entendimento recebe
suas ideias.
requer o abandono das opiniões recebidas.
levará o entendimento a ter certeza sobre seus conteúdos.
A ciência ativa rompe com a separação antiga entre a ciência (episteme), o
saber teórico, e a técnica (techne), o saber aplicado, integrando ciência e
técnica. Do ponto de vista da ideia de ciência, a valorização da observação e
do método experimental opõe a ciência ativa à ciência contemplativa dos
antigos; assim também, a utilização da matemática como linguagem da física,
proposta por Galileu sob inspiração platônica e pitagórica, e contrária à
concepção aristotélica.
MARCONDES, D. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a
Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008 (adaptado).
Nesse contexto, a ciência encontra seu novo fundamento na
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construção do método em separado dos fenômenos.
apropriação do senso comum como inspiração.
reintrodução dos princípios da metafísica clássica.
utilização da prova para confirmação empírica.
consolidação da independência entre conhecimento e prática.
David Hume nasceu na cidade de Edimburgo, em pleno Século das Luzes,
denominação pela qual ficou conhecido o século XVIII. Para investigar a origem
das ideias e como elas se formam, Hume parte, como a maioria dos filósofos
empiristas, do cotidiano das pessoas. Do ponto de vista de um empirista,
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não existem ideias inatas.
não existem ideias abstratas.
não existem ideias a posteriori.
não existem ideias formadas pela experiência.
Ampliando suas investigações para além de suas capacidades, e deixando
seus pensamentos vagarem em profundezas, a tal ponto de lhes faltar apoio
seguro para o pé, não é de admirar que os homens levantem questões e
multipliquem disputas acerca de assuntos insolúveis, servindo apenas para
prolongar e aumentar suas dúvidas, e para confirmá-los ao fim num perfeito
ceticismo.
(LOCKE. Ensaio acerca do entendimento humano. Trad. Anoar Aiex. Coleção
Os Pensadores, vol. XVIII. São Paulo: Victor Civita, 1973, introdução, p. 147.)
Considerando a passagem acima e a obra de que foi extraída, segundo Locke,
os homens tornam-se céticos porque:
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encontram prazer na mera disputa.
dependem da experiência sensível para conhecer, sendo essa experiência
enganosa.
não são capazes de encontrar um apoio seguro para os seus pensamentos.
não limitam suas investigações ao que é possível conhecer.
são capazes de obter apenas um conhecimento provável acerca das coisas.
Ao investigar as origens das ideias, diversos filósofos fizeram interferências
importantes no pensamento filosófico da humanidade. Dentre eles, destaca-se
o pensamento de John Locke.
Assinale a alternativa que expressa as origens das ideias para John Locke.
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“Não há dúvida de que todo o nosso conhecimento começa com a
experiência […] mas embora todo o nosso conhecimento comece com a
experiência, nem por isso todo ele pode ser atribuído a esta, mas à
imaginação e à ideia.”
“O que sou eu? Uma substância que pensa. O que é uma substância que
pensa? É uma coisa que duvida, que concebe, que afirma, que nega, que
quer, que não quer, que imagina e que sente, uma ideia em movimento.
“Quando analisamos nossos pensamentos ou ideias, por mais complexos e
sublimes que sejam, sempre descobrimos que se resolvem em ideias
simples que são cópias de uma sensação ou sentimento anterior, calcado
nas paixões.”
“Afirmo que essas duas, a saber, as coisas materiais externas, como objeto
da sensação, e as operações de nossas próprias mentes, como objeto da
reflexão, são, a meu ver, os únicos dados originais dos quais as ideias
derivam."
Quando analisamos nossos pensamentos ou ideias, por mais complexos e
sublimes que sejam, sempre descobrimos que se resolvem em ideias simples
que são cópias de uma sensação ou sentimento anterior. Mesmo as ideias que,
à primeira vista, parecem mais afastadas dessa origem mostram, a um exame
mais atento, ser derivadas dela. HUME, D. Investigação sobre o entendimento
humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973.Depreende-se deste excerto da obra
de Hume que o conhecimento tem a sua gênese na
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dimensão apriorística.
convicção inata.
percepção dos sentidos.
realidade transcendental.
elaboração do intelecto.
O pensamento moderno caracteriza-se pelo crescente abandono da ciência
aristotélica. Um dos pensadores modernos desconfortáveis com a lógica
dedutiva de Aristóteles – considerando que esta não permitia explicar o
progresso do conhecimento científico – foi Francis Bacon. No livro Novum
Organum, Bacon formulou o método indutivo como alternativa ao método
lógico-dedutivo aristotélico.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Bacon, é
correto afirmar que o método indutivo consiste
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na derivação de consequências lógicas com base no corpo de conhecimento
de um dado período histórico.
no estabelecimento de leis universais e necessárias com base nas formas
válidas do silogismo tal como preservado pelos medievais.
na postulação de leis universais com base em casos observados na
experiência, os quais apresentam regularidade.
na inferência de leis naturais baseadas no testemunho de autoridades
científicas aceitas universalmente.
na observação de casos particulares revelados pela experiência, os quais
impedem a necessidade e a universalidade no estabelecimento das leis
naturais.
São de quatro gêneros os ídolos que bloqueiam a mente humana. Para melhor
apresentá-los, assinalamos os nomes: Ídolos da Tribo, Ídolos da Caverna,
Ídolos do Foro e Ídolos do Teatro.” Fonte: BACON. Novum Organum..., São
Paulo: Nova Cultural, 1999, p.33.
É CORRETO afirmar que para Bacon:
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Através dos Ídolos, mesmo considerando que temos a mente bloqueada,
podemos chegar à verdade.
Os Ídolos do Teatro são todos os grandes atores que nos influenciam na vida
cotidiana.
Os Ídolos do Foro são as ideias formadas em nós por meio dos nossos
sentidos.
Os Ídolos são falsas noções e retratam os principais motivos pelos quais
erramos quando buscamos conhecer.
Os Ídolos da Tribo e da Caverna são os conhecimentos primitivos que
herdamos dos nossos antepassados mais notáveis.
[...] é necessário, ainda, introduzir-se um método completamente novo, uma
ordem diferente e um novo processo, para continuar e promover a experiência.
Pois a experiência vaga, deixada a si mesma [...] é um mero tateio, e presta-se
mais a confundir os homens que a informá-los. Mas quando a experiência
proceder de acordo com leis seguras e de forma gradual e constante, poder-se-
á esperar algo de melhor da ciência. [...]
A infeliz situação em que se encontra a ciência humana transparece até nas
manifestações do vulgo. Afirma-se corretamente que o verdadeiro saber é o
saber pelas causas. E, não indevidamente, estabelecem- se quatro coisas: a
matéria, a forma, a causa eficiente, a causa final. Destas, a causa final longe
está de fazer avançar as ciências, pois na verdade as corrompe; mas pode ser
de interesse para as ações humanas. (BACON, F. Novo Organum ou
verdadeiras indicações acerca da interpretação da natureza.São Paulo: Abril
Cultural. 1973.
p.72; 99-100.)
Com base no texto e no pensamento de Francis Bacon acerca da verdadeira
indução experimental como interpretação da natureza, é correto afirmar.
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O estabelecimento de um método experimental, baseado na observação e
na medida, aprimora o método escolástico.
O desacordo entre a experiência e a razão, prevalecendo esta sobre aquela,
constitui o fundamento para o novo método científico.
Na busca do conhecimento, não se podem encontrar verdades indubitáveis,
sem submeter as hipóteses ao crivo da experimentação e da observação.
Bacon admite o finalismo no processo natural, por considerar necessário ao
método perguntar para que as coisas são e como são.
A formulação do novo método científico exige submeter a experiência e a
razão ao princípio de autoridade para a conquista do conhecimento.
David Hume afirma que “a razão, em sentido estrito e filosófico, só pode
influenciar nossa conduta de duas maneiras”, a saber:
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“a razão por si só funda a moral humana e como tal nela encontra respaldo
para instaurar influências, além disso, reduz o campo de influência
dogmática sobre a conduta humana”.
“ao reconhecer o estatuto racional que fundamenta e legitima a paixão, a
moral se estabelece como consequência dessa razão em si mesma, além de
determinar o sujeito que age”.
“despertando uma paixão ao nos informar sobre a existência de alguma
coisa que é um objeto próprio dessa paixão ou descobrindo a conexão de
causas e efeitos de modo a nos dar meios de exercer uma paixão qualquer”.
“razão e ação prática são princípios ativos fundamentais que conferem
poderes aos corpos externos ou às ações racionais ou se fundam,
exclusivamente, na intenção que é peculiar ao indivíduo”.
São de quatro gêneros os ídolos que bloqueiam a mente humana. Para melhor
apresentá-los, assinalamos os nomes: Ídolos da Tribo, Ídolos da Caverna,
Ídolos do Foro e Ídolos do Teatro.” Fonte: BACON. Novum Organum..., São
Paulo: Nova Cultural, 1999, p.33.
É CORRETO afirmar que para Bacon:
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Através dos Ídolos, mesmo considerando que temos a mente bloqueada,
podemos chegar à verdade.
Os Ídolos da Tribo e da Caverna são os conhecimentos primitivos que
herdamos dos nossos antepassados mais notáveis.
Os Ídolos do Teatro são todos os grandes atores que nos influenciam na vida
cotidiana.
Os Ídolos do Foro são as ideias formadas em nós por meio dos nossos
sentidos.
Os Ídolos são falsas noções e retratam os principais motivos pelos quais
erramos quando buscamos conhecer.
Os termos “impressões” e “ideias”, para David Hume, são, respectivamente,
por ele definidos como
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“nossas percepções mais fortes, tais como nossas sensações, afetos e
sentimentos; percepções mais fracas ou cópias daquelas na memória e
imaginação”.
“aquilo que se imprime à memória e nos permite ativar a imaginação;
lampejos inéditos sobre o objeto e sua natureza”.
“o que fica impresso na memória independentemente da força: ação de
criar a partir do dado sensorial”.
“vaga noção do sensível; raciocínio com força de lei que legitima a natureza
no âmbito da razão”.
John Locke afirmou que a mente é como uma folha em branco na qual a
cultura escreve seu texto e Descartes demonstrava desconfiança em relação
aos sentidos como fonte de conhecimento. A respeito desses dois filósofos,
verifica-se o seguinte:
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Descartes é um representante do materialismo e Locke é um representante
do idealismo.
Locke é um representante do empirismo e Descartes é um representante do
racionalismo.
Locke é um representante do racionalismo e Descartes é um representante
do empirismo.
Descartes e Locke possuíam a mesma concepção, pois ambos eram críticos
do iluminismo.
Descartes é um representante do teologismo e Locke é um representante
do culturalismo.
O empirismo de Locke se opõe ao racionalismo de Descartes. Entre as
divergências entre esses dois pensadores, é INCORRETO dizer que
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Locke afirmava que a mente humana não possui ideias inatas, pois é uma
tábula rasa; Descartes, por outro lado, defendia a existência de ideias
inatas.
Descartes acreditava que Deus era uma ideia inata, já Locke pensava que
essa era uma ideia oriunda da sensação.
Locke defendia que, como o conhecimento tem origem na experiência, não
podemos saber da existência de Deus; Descartes, como acreditava que a
razão por si só é capaz de produzir conhecimento sobre o mundo, ela é
capaz de demonstrar a existência de um ser perfeito.
Descartes acreditava que a ideia de perfeição era uma ideia inata, já Locke
acreditava que tinha origem na sensação.
Posto que as qualidades que impressionam nossos sentidos estão nas próprias
coisas, é claro que as ideias produzidas na mente entram pelos sentidos. O
entendimento não tem o poder de inventar ou formar uma única ideia simples
na mente que não tenha sido recebida pelos sentidos. Gostaria que alguém
tentasse imaginar um gosto que jamais impressionou seu paladar, ou tentasse
formar a ideia de um aroma que nunca cheirou. Quando puder fazer isso,
concluirei também que um cego tem ideias das cores, e um surdo, noções reais
dos diversos sons. (John Locke. Ensaio acerca do entendimento humano,
1991. Adaptado.)De acordo com o filósofo, todo conhecimento origina-se
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da combinação de ideias metafísicas e empíricas.
de uma relação dialética do espírito humano com o mundo.
de categorias a priori existentes na mente humana.
da reminiscência de ideias originalmente transcendentes.
da experiência com os objetos reais e empíricos.
Adão, ainda que supuséssemos que suas faculdades racionais fossem
inteiramente perfeitas desde o início, não poderia ter inferido da fluidez e
transparência da água que ela o sufocaria, nem da luminosidade e calor do
fogo que este poderia consumi-lo. Nenhum objeto jamais revela, pelas
qualidades que aparecem aos sentidos, nem as causas que o produziram, nem
os efeitos que dele provirão; e tampouco nossa razão é capaz de extrair, sem
auxílio da experiência, qualquer conclusão referente à existência efetiva de
coisas ou questões de fato.
HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Unesp
2003.
Segundo o autor, qual é a origem do conhecimento humano?
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O estudo das tradições filosóficas.
A vivência dos fenômenos do mundo.
A potência inata da mente.
O desenvolvimento do raciocínio abstrato.
A revelação da inspiração divina.
A maneira pela qual adquirimos qualquer conhecimento constitui suficiente
prova de que não é inato. (John Locke, Ensaio acerca do entendimento
humano. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.13.)O empirismo, corrente filosófica
da qual Locke fazia parte,
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afirma que o conhecimento não é inato, pois sua aquisição deriva da
experiência.
defende que as ideias estão presentes na razão desde o nascimento.
é uma forma de ceticismo, pois nega que os conhecimentos possam ser
obtidos.
aproxima-se do modelo científico cartesiano, ao negar a existência de ideias
inatas.