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Câncer

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CONSULTA DE ENFERMAGEM NA DETECÇÃO

PRECOCE DO CÂNCER DE MAMA

Prof.a Ma. Thaynara F.Filgueiras


Enfermeira Obstetra
O que é câncer?
Aspectos gerais
❖ Câncer é um termo que abrange mais de 100 diferentes tipos de doenças
malignas que têm em comum o crescimento desordenado de células, que
podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos a distância.

❖ Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do


corpo:

Carcinomas Sarcomas
• Tecidos epiteliais, como • Tecidos conjuntivos,
pele ou mucosas. como osso, músculo ou
cartilagem.
Aspectos gerais
❖ Os tumores podem ser diagnosticados em diferentes fases de estadiamento:

In situ
• Quando as células modificadas estão localizadas
no órgão/tecido onde se iniciou a alteração;

Infiltrante
• Quando as células modificadas invadem áreas
vizinhas e tem potencial para atingir linfonodos e
outros órgãos (metástase).
Câncer de mama
❖ O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação
desordenada de células da mama, gerando células anormais que se
multiplicam formando um tumor.

❖ Há vários tipos de câncer de mama e sua classificação depende da


localidade e tecido que surgiu (doença pode evoluir de diferentes formas).

❖ O câncer de mama também acomete homens, porém é raro,


representando apenas 1% do total de casos da doença.
Câncer de mama
❖ Os principais tipos são:

Carcinoma ductal Carcinoma lobular


• Tem origem nos ductos • Tem origem nos lóbulos e
mamários e há vários são diagnosticados em
subtipos. É o mais comum, cerca de 5 a 10% dos
sendo encontrado em 80% casos
dos casos.
Câncer de mama: incidência
• Distribuição proporcional dos dez
tipos de câncer mais incidentes
estimados para 2018 por sexo,
exceto pele não melanoma.

• Estimativa de novos casos: 66.280


(INCA, 2020)

• Número de mortes: 18.295


• 18.068 mulheres;
• 227 homens.
Câncer de mama: fatores de risco

(INCA, 2019)
Câncer de mama: fatores de risco
❖ A mulher que possui um ou mais desses fatores genéticos/hereditários é
considerada com risco elevado para desenvolver câncer de mama.

❖ O câncer de mama de caráter genético/hereditário corresponde a apenas 5%


a 10% do total de casos da doença.

❖ Amamentar o máximo de tempo possível é um fator de proteção para o


câncer de mama.
Câncer de mama: sinais e sintomas
Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando
presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher

Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja

Alterações no bico do peito (mamilo)

Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço

Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos


Câncer de mama: sinais e sintomas
❖ Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados por um profissional de saúde para
que seja avaliado o risco de se tratar de câncer.

❖ É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem


confortáveis para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa,...), sem técnica
específica, valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.

❖ Em caso de permanecerem as alterações, elas devem procurar logo os serviços de saúde


para avaliação diagnóstica.

❖ A postura atenta das mulheres em relação à saúde das mamas é fundamental para a
detecção precoce do câncer da mama.
Câncer de mama: prevenção
❖ Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a
adoção de hábitos saudáveis como:
• Praticar atividade física;
• Alimentar-se de forma saudável;
• Manter o peso corporal adequado;
• Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
• Amamentar;
• Evitar uso de hormônios sintéticos, como anticoncepcionais e terapias
de reposição hormonal.
Câncer de mama: detecção precoce

Todas as mulheres, independentemente da idade, devem ser estimuladas a conhecer seu


corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas.

A Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de


rastreamento (exame realizado quando não há sinais nem sintomas suspeitos) seja
ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos.

Mamografia é uma radiografia das mamas feita por um equipamento de raios X chamado
mamógrafo, capaz de identificar alterações suspeitas de câncer antes do surgimento dos
sintomas, ou seja, antes que seja palpada qualquer alteração nas mamas.

Mulheres com risco elevado de câncer de mama devem conversar com seu médico para
avaliação do risco e definição da conduta a ser adotada.
Câncer de mama: detecção precoce
❖ Em relação à avaliação das mamas preconiza-se:

• Mulheres de 40 a 49 anos – realização do exame clínico das mamas por profissional da


saúde, e realização de mamografia, somente se existir indicação da equipe de saúde.

• Mulheres de 50 a 69 anos – realização do exame clínico das mamas por profissional da


saúde e realização de mamografia de 2 em 2 anos, ou em intervalos menores,
dependendo do resultado da mamografia anterior.

• Mulheres com elevado risco para câncer de mama (histórico familiar e/ou histórico
pessoal de câncer de mama) – necessário avaliação e acompanhamento
individualizado.
(INCA, 2020)
Câncer de mama: detecção precoce
A mamografia de rastreamento pode ajudar a reduzir a mortalidade por câncer de
mama, mas também expõe a mulher a alguns riscos:

Benefícios:
• Encontrar o câncer no início e permitir um tratamento menos agressivo.
• Menor chance de a paciente morrer por câncer de mama, em função do tratamento
precoce.
Riscos:
• Resultados incorretos: suspeita de câncer de mama, sem que se confirme a doença.
• Ser diagnosticada e submetida a tratamento, com cirurgia (retirada parcial ou total da
mama), quimioterapia e/ou radioterapia, de um câncer que não ameaçaria a vida.
• Exposição aos Raios X: raramente causa câncer, mas há um discreto aumento do risco
quanto mais frequente é a exposição.
Estratégias de diagnóstico precoce do
câncer de mama

POPULAÇÃO
ALERTA
aos sinais e sintomas

PROFISSIONAIS SISTEMAS E
DE SAÚDE SERVIÇOS DE
capacitados para SAÚDE
avaliar casos de qualidade e
suspeitos integral

(INCA, 2015)
Desafios do diagnóstico precoce do
câncer de mama

Não adesão às Desestímulo de


Dificuldade de mulheres
Demanda por diretrizes sobre
ofertar todos os sintomáticas
consultas população-alvo e
procedimentos pela busca da
intermediárias periodicidade
em um único assistência
desnecessárias do rastreamento
serviço (descrença no
mamográfico prognóstico)

(MIGOWSKI et al., 2018)


Estratégias de ENFRENTAMENTO do
câncer de mama

Unidades de Saúde Portaria nº 483/2014


Protocolo clínico de
capazes de assumir - habilitação de
encaminhamento nos
toda a investigação Serviços de
sistemas de
diagnóstica até a Referência para
regulação de
confirmação Diagnóstico de
consultas
histopatológica Câncer de Mama

CASOS SINTOMÁTICOS SUSPEITOS


(MIGOWSKI et al. , 2018)
Sistema BI-RADS®
❖ O termo BI-RADS, um acrônimo em inglês para Breast Image Reporting and Data System.

❖ A classificação desenvolvida em 1993 pelo Colégio Americano de Radiologia (ACR) com


intuito de padronizar os relatórios mamográficos, de forma a minimizar os riscos de má
interpretação dos laudos da mamografia e facilitar a comparação de resultados para futuros
estudos clínicos.

❖ O radiologista precisa sintetizar os achados mamográficos usando uma das 6 categorias


da classificação de BI-RADS.

❖Através desta classificação, o seu médico poderá facilmente distinguir a probabilidade da


sua lesão ser maligna ou benigna.
Câncer de mama: estadiamento

Estádios I

Estádios II

Estádios III

Estádios IV
Câncer de mama: tratamento
Muitos avanços vêm ocorrendo no tratamento do câncer de mama nas últimas
décadas.

O tratamento do câncer de mama depende da fase em que a doença se


encontra (estadiamento) e do tipo do tumor.

Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial


curativo.

No caso de a doença já possuir metástases (quando o câncer se espalhou


para outros órgãos), o tratamento busca prolongar a sobrevida e melhorar a
qualidade de vida.
Câncer de mama: tratamento
Consulta de Enfermagem
Consulta de enfermagem
Identificação

Motivo da
Antecedentes consulta +
obstétricos semiologia

Antecedentes Aspectos
pessoais epidemiológicos

Antecedentes
familiares
História clínica específica:
Alterações mamárias crônicas

Alterações mamárias que alteram com o fluxo menstrual

Secreção mamilar ou dor no local

História pessoal de doenças da mama;

Antecedentes familiares de câncer de mama

História sexual e reprodutiva – menarca, paridade, lactação, uso de contraceptivos


hormonais ou hormônios
Uso de medicações e álcool
Exame clínico das mamas
❖ Exame realizado por profissional de saúde treinado e autorizado para
avaliar as mamas;

❖ Pode ser realizado por profissionais de enfermagem e medicina;

❖ Várias técnicas de exame físico são descritas na literatura, mas todas


incluem os componentes:
▪ Inspeção das mamas;
▪ Palpação das mamas;
▪ Palpação dos linfonodos.
Exame clínico das mamas
❖ A mulher deve estar sentada confortavelmente e despida da cintura para
cima, voltada para o profissional que conduzirá o exame em local com
privacidade e boa iluminação;

Inspeção estática das mamas


• A inspeção é feita pelo examinador enquanto a mulher
mantém os braços posicionados ao longo do corpo;

• Procura-se observar a simetria, abaulamentos, retrações ou


presença de edema cutâneo das mamas, o aspecto das
aréolas e papilas, procurando identificar áreas de ulceração.
Exame clínico das mamas
Inspeção dinâmica
• Na inspeção dinâmica, solicita-se que a mulher eleve os braços
lentamente, acima de sua cabeça, de maneira que eventualmente
possa salientar abaulamentos e retrações.

• A seguir, pede-se que a mulher coloque os braços na cintura e


aperte-a, para que através da compressão dos músculos peitorais,
sejam evidenciados abaulamentos e retrações.

• Na inspeção dinâmica a realização de manobras é para realçar


possíveis retrações e abaulamentos, que podem sugerir ou não
processos malignos, bem como, verificar o comprometimento dos
planos musculares, cutâneo e gradil costal.
Exame clínico das mamas
Palpação das mamas
• Com a mulher confortavelmente deitada e com as duas mãos sob a
cabeça, o profissional procura, explorando toda a região da mama,
identificar nódulos suspeitos;

• A comunicação com a paciente durante todo o procedimento é


imprescindível para acalma-la e orienta-la;

• A seguir, realiza a palpação mais profunda da mama utilizando as


polpas digitais;

• Por fim faz-se uma expressão suave da mama, da base até o


complexo aréolo-papilar buscando visualizar saída de possíveis
secreções.
Exame clínico das mamas
Palpação dos linfonodos
• Com a mulher sentada, devem ser palpadas
cuidadosamente os linfonodos supra e infraclavicular.

• A palpação das regiões supraclaviculares pode ser realizada


com o examinador localizado à frente ou por detrás da mulher.

• Ao examinar a axila é importante que a mulher relaxe os


músculos peitorais, garantindo um exame completo.

• O exame das axilas e regiões supraclaviculares visa a


detecção de linfonodos.
Exame clínico das mamas
❖ Registro dos achados:
❖ Caso de algum achado anormal, descrever na ficha de avaliação:

Tamanho
Localização dos Consistência do
aproximado em Delimitação
quadrantes nódulo
centímetros

Aspectos de
erupções ou
Mobilidade Dor a palpação
outras alterações
na pele
Ações da enfermagem

Adesão às
diretrizes de
Atividades
população-
educativas Decisão
alvo e
coletivas e compartilhada
periodicidade
individuais
de
rastreamento

(MIGOWSKI et al. , 2018)


Referências
▪ WORLD HEALTH ORGANIZATION. Prevention. Geneva, 2007. (Cancer control: knowledge
into action: WHO guide for effective programmes). Disponível em: <
https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/43743/9241547338_eng.pd... >. Acesso em:
28/04/2020.

▪ INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Diretrizes para


a detecção precoce do câncer de mama no Brasil. Rio de Janeiro, 2015. Disponível em: <
https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/diretrizes-para-deteccao-prec... > Acesso em:
15/09/2020.

▪ MIGOWSKI, A. et al. Diretrizes para detecção precoce do câncer de mama no Brasil. II –


Novas recomendações nacionais, principais evidências e controvérsias. Cadernos de Saúde
Pública, Rio de Janeiro, v.34, n.6, p. e00074817, 2018. Disponível em: <
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2018000... > Acesso em:
13/07/2020
CONSULTA DE ENFERMAGEM NA DETECÇÃO

PRECOCE DO CÂNCER DE MAMA

Prof.a Ma. Thaynara F.Filgueiras


Enfermeira Obstetra

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