Ferreira CristianoGomide TCC
Ferreira CristianoGomide TCC
PIRACICABA
2002
TCEIUNICAMP
F413e
FOP
060
PIRACICABA
2002
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPiiiAa
fACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
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Ficha Catalográfica
Agradeço a Deus por me ajudar a superar as dificuldades, nesta nova fase da minha
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SUMÁRIO
Resumo ....................................................................................................05
Abstract... ................................................................................................. 06
Introdução ................................................................................................ 07
Discussão ..................................................................................................21
Conclusão ................................................................................................. 24
RESUMO
radiográfica que produz uma imagem única de várias estruturas faciais incluindo os arcos
ABSTRACT
technique that produces a single image of many facial structures including the dental arches and
near structures.
Panoramic imaging process follows tomograph principies. Some images unwanted an out of
focus images formed by anatomic structures or objects out of the image zone, these irnages are
It will shown the formation and characteristics of this images, that many times if not
INJRODUCÃO
estruturas faciais incluindo tanto os arcos dentários maxilares e mandibulares quanto suas
estruturas adjacentes.
Esta Radiografia tomou-se uma ferramenta muito popular e valiosa desde a década de
70. A quantidade de informações disponíveis ao dentista e a forma como ela é apresentada não é
superada por nenhuma fonna atualmente disponível de produção de imagens e deve ser usada
Uma larga utilização deste tipo de exame se deve às grandes vantagens que são a
ampla cobertura dos ossos faciais e dentes, baixa dose de radiação para o paciente • o fato de
poder ser utilizada em pacientes incapazes de abrir aboca, o curto tempo necessário para o
posicionamento do paciente, o fato de que essas radiografias são facilmente entendidas pelo
paciente.
sobre os princípios de fonnação de sua imagem. A fonte de raios X gira em volta da cabeça do
ângulo que o feixe de raios X vai perfazer ao redor do objeto a ser radiografado. Os aparelhos são
classificados de acordo com o tipo distinto de eixo de rotação que utilizam: wn centro de rotação
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(princípio concêntrico), dois centros de rotação (princípio excêntrico), três centros de rotação
elipsopantomografia) (FREITAS, 1998). A Maioria dos aparelhos, hoje em dia apresentam três
numa posição orto-radial do feixe, ou seja, 90 graus em toda a extensão do objeto a ser
radiografado (ALVARES & TAVANO). Além do que a formação de imagens é regida pelos
arcadasdentárias, sendo mais complexa que tomografia linear. As estruturas anatômicas que
devem ser visualizadas, são registradas em um pequeno plano selecionado ou plano focal que é
visto como sendo um campo onde as imagens têm uma distorção mínima. Todos as estruturas
localizadas no plano do eixo rotacional possuem uma velocidade linear relativa igual à do filme
estacionárias no filme já a projeção dos objetos que não estão neste plano ou zona de imagem,
terão wna velocidade diferente da do filme e aparecerão borradas ou desfocadas, uma vez que se
algumas desvantagens. A imagem não apresenta os detalhes anatômicos com nitidez disponíveil
nas radiografias periapicais, por exemplo. Portanto ela não é tão útil como a radiografia
uma radiografia panorâmica para um paciente geralmente não exclui a necessidade de outros
posicionadas fora da zona focal é conhecida por vários nomes : sombras reversos, imagens
secundárias, imagens inerentes, imagens duplas, imagens triplas, sombras, brincos fantasmas
os ramos mandibulares, o osso hióide, objetos artificiais como material metálico , coroas
dentárias, fios metálicos, placas de contenção, brincos, colares, protetores de chlDilbo, partes do
aparelho, etc. A aparência das imagens fantasmas é consideravebnente complexa, uma vez que as
estruturas anatômicas ou objetos artificiais podem formar não somente wna mas várias imagens.
REVISÃO DE LITERATURA
crânio seco e intacto marcado com fios de cobre, esferas metálicas, folhas de chumbo e fio
ortodôntico. Prenderam esses marcadores à maxila e à mandíbula em três planos em relação aos
dentes: bucahnente, lingualmente e no mesmo plano dos longos eixos dos dentes. Examinaram o
crânio seco com os marcadores em varias posições. Avaliaram também o espaço glossopalatal em
seis pacientes que bochecharam sulfato de bário. Como resultados, observaram que as áreas de
ramos e côndilos foram projetadas em lados opostos, gerando imagens fantasmas, assim como o
marcadores colocados no mesmo plano dos dentes foi observado um aumento vertical de 15% e
condilianas. O queixo foi abaixado lcm e observaram que a largura da região do ramo mostrou-
Quando o queixo foi movido lcm para o lado direito, este lado era ampliado e o outro lado era
reduzido. Também foram observados sombras das marcações com sulfato de bário cruzando a
região do ramo médio. Afirmaram então que a distorção dos objetos podem ocorrer em
exame de superficies curvas dos maxilares através da desfocalização de estruturas que não se
encontram no plano pré -selecionado de foco. Os objetos cujos longos eixos estiverem paralelos
alongados, por outro lado, os objetos cujos longos eixos estiverem perpendiculares à direção de
espessura da zona de imagem, ou seja, se um segmento dos maxi lares é posicionado fora da zona
fenômeno progressivo porque é menos efetivo para pontos mais próximos à zona de imagem que
para os pontos mais distantes dela, esta é a razão porque a coluna vertebral se apresenta quase
da zona de imagem depende das distâncias fonte -filme e filme -objeto. Portanto devido aos
variados tamanhos e fonnas dos maxilares, a distância filme - objeto pode variar dentro da zona
radiográfico dos maxilares e estruturas adjacentes, estas radiografias incluem imagens confusas
observando-se as formas dos maxilares, pode, em muitos casos, minimizar ou até mesmo anular a
ROWSE afirmou em 1971, que para interpretar qualquer radiografia é necessário que
região da radiografada. Afinnou ainda que vários são os formatos dos maxilares e única é a área
horizontal e vertical, ROWSE fez medições em um crânio seco. Usou discos pequenos de
chumbo que foram colocados a intervalos iguais ao longo de um pedaço de fita, e esta fita foi
posta então ao redor da borda inferior da mandíbula e ao redor das margens alveolares, das
arcadas zigomáticas e da margem alveolar maxilar. Várias exposições foram feitas com a cabeça
estando em várias posições e verificou a magnitude das distorções. Avaliando as imagens, obteve
como resultado que partes diferentes dos maxilares apresentam graus diferentes de magnificação
e que não existe um fator de correção único a ser aplicado. Concluiu que: 1- Distorção Horiwntal
= os raios divergem a partir do centro de rotação, portanto a imagem será magnificada, ou seja,
quanto mais próximo o objeto está do centro de rotação, maior ele irá aparecer, e se estiver muito
feixe de raios-x é direcionado para cima a fnn de evitar a superposição de estruturas anatômicas
como processo mastóide, porção petrosa do temporal, etc, e é também divergente, sendo
Formacão de imagens reais: a imagem real é formada quando o objeto se localiza entre o centro
de rotação do feixe e o filme, sendo retratado com boa definição . Por outro lado, será retratado
com baixa definição e distorção considerável quanto mais distante estiver deste plano mas, em
ambos os caso, a imagem será real Formação de imagens fantasmas: uma imagem fantasma se
forma quando o objeto se localiza entre a fonte de raios-x e o centro de rotação. Uma imagem
fantasma possui uma imagem real correspondente. que poderá ou não ser visível, dependendo da
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distância até o plano central da zona de imagem e do contaste do objeto. Na dlmensão vertical a
imagem fantasma irá aparecer ínvariavehnente em uma posição mais elevada que a imagem rea1
isto porque o feixe é projetado de baixo para cima. Desfocalização : os objetos situados fora do
plano de imagem aparecerão borrados na dimensão horizontal porque suas sombras são
centro de rotação, esta desfocalização é particulannente severa, uma vez que as sombras e o filme
o objeto se move para mais perto da fonte de raios-x; o fator horizontal também aumenta porém
mais rapidamente que a magnificação vertca1. Concluiratn que alguns fenômenos de fonnação de
assim, o tempo de exposição local para qualquer ponto especifico no filme é bastante breve e que
influenciar apenas aquela parte de imagem que está sendo exposta no momento da intetferência,
o restante da imagem será normal. Afmnou ainda que a radiografia panorâmica rotacional
mostra não só as estruturas que se compreendem na camada de corte, mas ás vezes aparecem
algumas estruturas que estão desfocadas proporcionalmente à sua distância em relação ao plano
focal, e que, em alguns casos são produzidas imagem fantasmas, que podem interferir de
estar localizada para gerar uma imagem fantasma. Utilizaram uma mandíbula seca normal em
mordida ou borda do repouso do queixo: OP5, 5/8 po1, Panelipse, 1114 pol e Panorex 7/l6 pol .
tiras de ísopor nas direções anterior -posterior, mediai -lateral e superior -inferior em relação à
pontos e barras, que foram acoplados de forma seqüencial às tiras de isopor. Fizeram várias
tridimensional dentro da qual um objeto pode formar imagens fantasmas. Chamaram essa zona de
Observaram que objetos sobre a linha média podem produzir imagens duplas nos três
equipamentos. O Panorex apresentou a zona de imagem dupla mais longa, sendo que os outros
dois equipamentos apresentaram zonas limitadas de imagem dupla . Nos aparelhos Panelipse e
OP5 notaram que objetos na linha média podem produzir três imagens, uma vez que existe uma
sobreposição da zona de imagem dupla e da zona fantasma envelope. Concluíram que um objeto
que produz uma imagem fantasma, deve ter as seguintes características: 1- é denso o suficiente
para bloquear a radiação, 2- localiza-se fora da zona focal, 3- localiza-se dentro da zona
fantasma envelope.
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o processo de redução da ocorrência dessas sombras no PM2002 CC, de acordo com o seu
horizontal com a arcada dentária na zona de imagem. A tela de intensificação usada foi a PX-III
(Kasei Optomix) para o PM2002CC e a Spezia1 (Siemens) para OP5. Primeiramente, estudaram
fonna: plano de Frankfurt, 5" para frente e 5" para traz. A seguir, a mandtbula foi deslocada Smm
para a região anterior e 5mm para a região posterior. Apesar de os dois aparelhos incorporarem o
sombras redudantes apareceram a partir da região de molares, assim como do ramo mandibular,
apareceram sombras na parte superior. Já no OP5, as sombras aparecem a partir do molar até a
borda do filme. Na parte superior, apareceu apenas uma sombra radiopaca. Sendo assim,
concluíram que a alteração utilizada na posição da mandíbula , provocou uma maior redução na
De acordo com MONSOUR & MENDOZA em 1990, a zona fantasma é uma zona
tridimensional dentro da qual geral um objeto ou estmtura anatômica deve estar para produzir
uma imagem fantasma em radiografias panorâmicas. Com o objetivo de mapear a zona fantasma
podem ser usadas como método de localização, usaram o seguinte material e métodos : Um
equipamento Orth Oralix DC-Ceph ( fabricado sob bcença para Philips ) simulando uma
mandJbula, nm tubo com voltagem de 62 Kvp com filtração adicional de 0,5 mm de alumimo
para compensar a falta de tecido mole. Fizeram várias tomadas radiográficas sendo que
posição da esfera em cada ocasião para evitar qualquer confusão, e também registraram a
crânio seco de uma criança de 07 anos de idade. Como resultados, observaram que quando o
objeto foi posicionado no lado vestibular dos incisivos inferiores no plano médio, nenhuma
imagem fantasma foi visível na radiografia; no lado lingual, ainda no plano médio, também não
observaram nenhuma imagem fantasma, entretanto, à medida que o objeto foi movido
imagens, estando a imagem fantasma no centro. Os objetos do lado bucal da mandíbula não
provocaram imagens fantasma no f.tlme, também os objetos do lado lingual em contato com o
corpo da mandíbula não provocaram essas imagens. Quando o objeto foi colocado Jatera1mente
ao ramo uma imagem fantasma foi observada lateralmente no ramo oposto da radiografia.
Observaram também que a altura da imagem fantasma depende da sua localização no plano
vertical, sendo que geralmente ela apresentou-se ligeiramente superior à imagem real.
tecido mole podem ser usadas como auxilio na sua localização, mas para isso deve-se ter em
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BROWN et al, relataram alguns casos que abordam imagens radiopacas não
desejadas devido ao uso de tranças de cabelos sintéticos (1998). Perceberam que tranças postiças
são muito populares, e podem causar interferência radiográfica ( Clinica Dentária de Emergência
fizeram uma radiografia Panorâmica que mostrou um padrão de radiopacidade condizente com o
face. Caso 2 ~ Uma das autoras ( T.J.M. ), usando tranças sintéticas participou da avaliação de
interferências radiográficas causadas por esse tipo de cabelo. Obtiveram uma radiografia
panorâmica que revelou intetferências desse cabelo, principalmente as tranças da região anterior
e lateral da cabeça. Concluíram então que os dentistas que utiJizam a radiografia panorâmica
devem estar alertas sobre as possibilidades de que extensões de cabelos sintéticos podem reduzir
cabelo como presilhas e adornos são freqüentemente observados e podem também causar
triplas em radiografias panorâmicas. Esse trabalho tinha como objetivo explicar como estas
panorâmico Oralix SD (Gendex Dental, Hamburgo, Alemanha) que foram desenhados eru uma
folha plástica a qual foi então posicionado ao nível do plano oclusal com a ajuda do sistema de
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direcionamento de luz. Um objeto teste que consistia de wna vara metálica de llmm de altura e
ocorreram quando o objeto estava em posição central . A variação da posição do objeto teste
provocou mudanças sistemáticas tanto na sua localização, quanto na distorção. Uma vez que o
feixe de raio-x é disparado de baixo para cima, objetos próximos ao foco são projetados como
sendo mais altos, ou seja, quanto maior a distância do objeto ao centro deslizante de rotação, mais
a imagem resultante se estreita , este efeito baseia-se na velocidade relativa crescente do feixe, a
medida que ele passa por regiões localizadas mais distalmente do centro de rotação. Obs : Foi
desenhado um diagrama das áreas que podem promover as imagens secundárias desse aparellio .
que esta radiografia deve ser examinada de uma fonna que extraia a maior quantidade de
infonnação disponíveis. Essas infonnações disponíveis aos dentistas e a forma como elas são
apresentadas não é superada por nenhuma outra forma de imagens disponível. Assegurou de que
de estrutura normais fazendo com que estas tenham uma aparência anormal, ou sombras
negativa, portanto projetam estruturas das faces lingual e palatal numa posição mais alta que a
real e com uma certa distorção. Assim como imagens reais de dentes e ossos nas radiografias
panorâmicas, existem também imagens superpostas de tecidos moles, vias aéreas e das chamadas
"'sombras fantasmas" ; as sombras visíveis causadas por tecidos moles são originadas pelos
lóbulos das orelhas palato mole, lfilgua, nariz, adenóides, amigdalas e faringe, já as vias aéreas
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visíveis são muitas e variadas. Ressaltou ainda que pode ser impossível se obter radiografias
ferramenta excepcional de exame para o dentista, mas por outro lado, pode apresentar algumas
desvantagens. Os itens possíveis de diagnóstico devem estar na área focal, caso contrário,
sucesso das radiografias e que objetos como próteses, brincos e outros implementes metálicos,
devem ser (se possível) retirados porque aparecerão no fihne bloqueando estruturas anatômicas e
/ou gerando imagens não desejadas, reais, fantasmas ou distorcidas a ponto de obscurecer o
diagnóstico: «É melhor não se ter mn fihne algum do que se tentar fazer mn diagnóstico usando-
Em wn trabalho feito em 2001, TUll et ai, tiveram como objetivo desenvolver uma
clinica. Também foi usado mn aro de prata com 12mm de diâmetro externo e 7mm de diâmetro
interno, cones e cilindro de cera com comprimento variados. As tomadas radiográficas foram
realizadas sem dispositivo de filtração adicional para compensar a ausência de tecido mole, uma
vez que os mesmos poderiam atenuar as imagens fantasmas. Obtiveram como resultado que a
mandJbula, dentes e seios maxilares, o objeto apresentou-se em uma única imagem real. Na zona
1B que corresponde à coluna vertebral, osso hióide e região de forame magno, a imagem
apresentou-se única, porem fantasma. Na zona 2 que corresponde aos grandes cornos do osso
hióide, ramo e côndilo da mand.Ibula e pavilhão auricular, houve a formação de duas imagens,
sendo uma real e outra fantasma. Uma tripla imagem é fonnada quando a estrutura se localiza na
zona 3, sendo uma imagem fantasma e duas imagens reais, essa região compreende a área do
osso hióide, epiglote , região posterior do palato duro e coluna vertebral. Concluíram então que a
princípios de sua formação, o que possibilita que essa imagem se tome lU11 útil aliado .na
FigO!.
21
DISCUSSÃO
entendido corretamente. Outros fenômenos que são bem conhecidos em relação à produção de
Segundo MC. DAVID et ai (1983), uma imagem fantasma se fonna quando uma
estrutura anatômica ou objeto se localiza entre a fonte de raios-x e o centro de rotação, daí,
estruturas como o osso hióide, espinha cervical, borda e ângulo da mand:Jbula, cometas nasais,
algumas partes do aparelho, geralmente formam essas imagens, que podem ou não ter wna
imagem real correspondente, dependendo da distância até o plano central da zona ou camada de
imagem e do contraste dessa estrutura ou objeto. MONSOUR (2000), cita todas as possíveis
estruturas de tecido mole que produzem imagem fantasma: lóbulo da orelha. palato mole, língua,
nariz, adenóides, amígdalas e faringe. Já KAUGARS et ai (1987), salientam que existe uma área
pré-determinada, em que se fonna uma imagem fantasma, sendo que essa é variável de aparellio
para aparelho.
formam-se vários tipos de imagens e que estas são classificadas como fantasmas, reais simples e
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reais duplas, dependendo da região em que estão localizadas, como também citaram os autores
acima relacionados. Assim, existem regiões onde se tem formação somente de imagens reais que
segundo os autores correspondem ao corpo da mandíbula, dentes e seios maxilares. O osso hióide
e regiilo de forame magno formam imagem única e fantasma. Duas imagens são formadas, sendo
uma real e outra fantasma de estruturas como os grandes cornos do osso hióide, ramo, côndilo
mandibular e pavilhão awicular. Três imagens são fonnadas, sendo uma imagem fantasma e duas
reais, de estruturas como o osso hióide, epiglote e região posterior do palato duro. A coluna
vertebral pode formar uma única imagem fantsasma e duas imagens reais. Isso coincide com a
citação de KAUGARS et ai (1987), de que um dos fatores ao qual está relacionado a formação da
imagem fantasma é o tipo de aparelho. Pela experiência clínica, sabe-se que nem todos os
aparelhos apresentam a característica imagem dupla da coluna cervical. Outro fator que também
acentuadamente inclinado para baixo, tem-se a fonnação da imagem bilateral da coluna. Portanto,
concorda-se com MONSOUR (2000) que cita que os erros de posicinamento do paciente podem
dificultar a interpretaçãÇ> por alterarem a imagem das estruturas e também com GOMOLKA
(2000) quando cita que o posicionamento do paciente é a chave para o sucesso das radiografias
panorâmicas.
inidivíduo, corno observado por CHRISTEN & SEGRETTO (1968) e por SEWERIN (1983) que
do incorreto posicionamento leva a a1teração da relação entre uma determinada região do objeto a
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ser radiografado e o plano de corte do aparelho. Assim, concorda-se com LANGLAND (1968),
que afirma haver uma desfocalização de estruturas que não se encontram no plano pré-
a camada de imagem e com isso pode-se ter tanto a fonnação de imagens fantasmas como falta
de nitidez. Entretanto, não é somente esse fator que leva a formação de imagens não nítidas.
imagem. O desenho desssa região é realizado tentando-se obter o formato mais próximo possível
dos maxilares, no entanto, como citado por ROWSE (1971 ), vários são os formatos dos
imagens secwulárias pelo fato de que é impossível ter-se wna camada de imagem que apresente
consideração que o desenho inicial de uma camada de imagem de um detenninado aparelho, além
de ter certos padrões a serem seguidos e que influenciam na formação da imagem, ainda é
baseado em estudos sobre a anatomia de uma determinada população, tomando-se impossível sua
nitidez, fatores que são inerentes ao método em questão, e ainda dependendo de fatores adcionais
a fonnação de imagens fantasmas e artefatos, este método continua sendo o método de escolha
para um exame inicial do paciente; entretanto, concorda-se com BROWN ei a/ (1998), quando
citam que o profissional que utiliza a radiografia panorâmica deve estar alerta para alguns fatores
que podem produzir alteração na imagem e com MONSOUR (2000) que cita ter alguns
CONCLUSÃO
entre a fonte de raios-x e o centro de rotação. Todas as estruturas localizadas nessa região podem
especialmente no seu componente horizontal. 2, é vista mais acima que o objeto primário. 3, pode
aparecer mesmo que o objeto ou estrutura que a gerou não seja visível na radiografia. 4, aparece
invertida quando comparada com objeto primário. 5, as imagens que são bilaterais possuem nitidez
equivalente. 6, o objeto ou estrutura que gera essas imagens deve ser denso o suficiente para
bloquear a radiação.
Existe uma zona tridimensional (ghost envelop), onde qualquer objeto ou estrutura
anatômica posicionados nesta zona formara imagem funtasma. O formato dessa zona envelope
depende da localização dos centros de rotação para cada aparelho em particular, detenninando a
formação de uma, duas ou três imagens, podendo ser uma ou duas imagens fàntasmas .
imagens, que são diferentes para as dimensões vertical e horizontal. Todas as estruturas situadas
fora da camada de imagem aparecerão borradas na dimensão horizontal porque suas sombras são
projetadas a uma velocidade diferente da do filme; para os objetos entre a funte de raios-x e o
centro de rotação, essa desfocalização é particularmente severa, uma vez que as sombras e o filme
paciente e a movimentação do paciente, do aparelho e/ou do filme. Esses fatores, uma vez não
Devemos também ficar atento com imagens superpostas de tecidos moles e veias aéreas, que são
causadas pelos lóbulos das orelhas, palato mole, língua, nariz, adenóides, amígdalas, faringe, espaço naso-
faríngeo e oro~faringeo. Estas imagens podem desviar a atenção do profissional causando dificuldades na
É importante lembrar que ás vezes pode ser impossível se obter radiografias panorâmicas de
ótima qualidade com certos pacientes e que em certas ocasiões faze-se necessário o uso de algumas imagens
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